Revista EmbalagemMarca 091 - Março 2007

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Edição de março de 2007 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Ações para fortalecer o setorm cumprimento da primeira etapa do que havíamos

antecipado em edições recentes, temos a satisfa-ção de anunciar duas ini-ciativas, entre outras que pretendemos levar a cabo até o final deste ano. A pri-meira delas é o lançamento do PRÊMIO EMBALAGEM-MARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, ideali-zado a partir de constan-tes sugestões de leitores, clientes e amigos. Na pági-na 8 desta edição pode ser vista uma apresentação do que será essa premiação, que deverá caracterizar-se por ser diferente das já

existentes, de modo a não conflitar com elas.A segunda ação que temos o prazer de anunciar marca o início das atividades da Divisão de Livros e Fascí-culos da Bloco de Comu-nicação. Trata-se da edi-ção do livro Flexografia – Manual Prático, de autoria de Eudes Scarpeta, articu-lista, conferencista e pro-fissional atuante na área técnica de grande indústria convertedora de embala-gens flexíveis. A ser lança-da no final de março, essa obra vem suprir em parte a profunda falta de informa-ção que o autor constatou existir no país a respeito

de flexografia.Como temos por norma planejar e analisar em pro-fundidade e com cautela nossos empreendimentos, acreditamos que tanto o lançamento do prêmio quanto a edição do livro, em seus respectivos for-matos finais, se consagra-rão como duas contribui-ções positivas para o for-talecimento da cadeia da embalagem no Brasil. E, enquanto as coisas cami-nham, continuamos tra-balhando para em breve anunciar outras boas novi-dades ao mercado brasilei-ro de embalagem. Aguar-dem. Até abril.

Enquanto ascoisas caminham,continuamostrabalhando para em breve anunciar outrasboas novidadesao mercadobrasileiro deembalagem

Wilson Palhares

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

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Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Departamento de [email protected]

Carlos Gustavo CuradoJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoEunice Fruet

Marcos Palhares

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

64 Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

IncentivoEMBALAGEMMARCA lança pre-miação para grandes cases nacionais de embalagem

PlásticasBisnagas de itens de higiene pessoal e de cosméticos têm cada vez mais hot stamping

Reportagem de capa:CelulósicasÁrdua tarefa: convencer agricultores e varejistas de que nobres caixas de papelão ondulado podem valorizar os negócios de frutas e legumes

RelacionamentoComo a sinergia favorece a produção da embalagem convincente até para brinde

CelulósicasCereal matinal utiliza cartu-cho com janela em promo-ção com jogo eletrônico

MercadoÁguas com sabor abrem um flanco potencial para embalagens inovadoras...

Mercado...assim como as versões “zero”, moda que embala no mercado de refrigerantes

nº 91 • março 2007

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66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

35 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

36 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

60 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

6 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

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30 54 Making ofCom embalagens requintadas, molhos de restaurante incursio-nam no varejo de auto-serviço

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10 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

44 MarketingCervejas emergentes e tradicio-nais investem em embalagens maiores e menores

45 MarcasGeneral Brands, a dos refrescos em pó, entra para valer no segmento de sucos prontos

46 MetálicasCom nova fábrica, Rexam quer oferecer maior variedade de for-matos de latinhas de alumínio

50 CelulósicasOs papéis cartão disponíveis para a produção de cartuchos de sabonetes em barra

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42

58 Entrevista:Trevor Flannery

Inglês mapeia oportunidades no Brasil para consul-torias britânicas de design e traça um quadro dos problemas e das tendências do setor

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Edição em castelhano

Sou engenheiro industrial chileno. Conheci EMBALAGEMMARCA por inter-médio de um colega e amigo argentino, que me passou o link para acessar a versão em castelhano no sítio da revista na Web. Quero felicitá-los pelo artigo Tendências e Perspectivas para 2007 no mercado brasileiro de embalagens. Além de brindar-nos com informações valiosas, gerou em nós várias idéias estratégicas no sentido da expansão e da integração de nossos mercados. Considerem-me desde já um fiel leitor da revista e sigam adiante.

Gonzalo Caviglia Engenheiro industrial

Santiago, Chile

Papelão e sacaria

Sou leitor assíduo de EMBALAGEM-MARCA desde o primeiro número. Sin-to falta de matérias sobre embalagens “menos nobres”, porém não menos importantes, como papelão ondulado e sacaria em kraft (sacos de padaria, por exemplo). O volume de negócios envol-vidos nesses materiais não pode ficar à margem de uma revista especializada em embalagens.

Welington LageDiretor presidente

Embalare Embalagens do NordesteTeresina, PI

N. da R.: Agradecemos a observa-ção e procuraremos dar mais atenção

ao tema sacaria em kraft. Quanto a papelão ondulado, no campo de busca do site www.embalagemmarca.com.br aparecem 104 citações sobre o tema, indicação de que a revista o aborda com regularidade, embora muitas vezes de forma indireta. Nesta edição, por exemplo, a reportagem de capa dá des-taque para o tema.

Cobertura do Emballage

Gostaria de parabenizá-los pela cobertura do Salão Emballage, em Paris (EMBALAGEMMARCA nº 89, janeiro de 2007). A reportagem está muito boa e abrangente. Parabéns mais uma vez. A idéia da newsletter também é genial e confirma a contemporaneidade da revista. Publicações internacionais já utilizam esse recurso para divulgar matérias e alcançar outros leitores além dos da versão impressa

Rogério OliveiraDesenvolvimento de Embalagens

O BoticárioSão José dos Pinhais, PR

Perfume Exception

A matéria a respeito do perfume Exception, publicada na edição de janei-ro de EMBALAGEMMARCA ficou ótima!

Juliana H. de AguilarDesenvolvimento de Produtos

L´acqua di FioriBelo Horizonte, MG

Rótulos da Belco

Ao lerem a legenda da foto da repor-tagem sobre a aquisição da área de termoencolhíveis da ITW em âmbito mundial, publicada na edição nº 90 de EMBALAGEMMARCA (fevereiro de 2007), os leitores poderão concluir que os rótu-los que ali aparecem são produzidos pela ITW, agora CCL Label, e isso não é verdade. A Propack fornece 100% dos rótulos sleeve da linha Chopp 350 ml (Claro e Escuro), da linha 500 ml (Claro e Escuro) e da linha 1 litro (Claro e Escu-ro), desde o lançamento dos itens, ocor-rido em outubro de 2006. Na somatória de versões, os itens da CCL (1,5 litro), ainda que tenham iniciado fornecimento

antes da Propack, não representam hoje mais do que 10% do volume total dos itens com sleeve da Belco.

Roberto BrandãoGerente comercial

Propack Ind. e Com. de PlásticosEmbu, SP

6 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Redação: Rua Arcílio Martins, 53CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533Fax (11) 5182-9463

[email protected]

Cartas para EMBALAGEMMARCA

Doses individuais

A reportagem intitulada Chegando para ficar, sobre as garrafinhas com doses individuais, publicada na edi-ção nº 87 de EMBALAGEMMARCA ficou muito boa. Felicitamos a editora e sua equipe pela clareza bem exemplificada desta importante tendência.

Valdir BenDiretor

Visograf Studio DesignBento Gonçalves, RS

Newsletter agrada

Tenho acompanhado os artigos da newsletter EMBALAGEMMARCA, e a grande maioria dos assuntos abordados é de interesse da Eastman do Brasil, nossa cliente.

Juliana FerreiraJornalista responsável

The Group ComunicaçãoSão Paulo, SP

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8 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Com enfoque no resultado do conjunto, EMBALAGEMMARCA lança prêmio para estimular a inovação e a eficácia da embalagem brasileira

o longo dos quase oito anos de circulação de EMBALAGEMMARCA, que se completam em junho pró-ximo, temos sido consultados com

crescente freqüência sobre a possibilidade de instituirmos para o setor um prêmio com o título da revista. Sempre relutamos, com base em algumas ponderações. A primeira delas é a de que, se um dia viéssemos a tomar tal ini-ciativa, instituiríamos uma premiação com os mesmos atributos básicos que deram à revista a credibilidade de que hoje desfruta. Vale dizer: transparência, neutralidade, equilíbrio no julgamento dos fatos e esforço para refletir a realidade do mercado.

Os sócios e colaboradores da Bloco de Comunicação, que além de EMBALAGEMMAR-CA edita outras publicações, têm por norma analisar, estudar e refletir longamente antes de pôr em prática qualquer projeto. Foi o que fizemos ao decidirmos lançar o PRÊMIO EMBA-LAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALA-GEM, que temos o prazer de aqui apresentar ao mercado, em parceria com a SPR Internatio-nal, empresa de reconhecida experiência na organização desse tipo de evento.

Alinhamento com diferenciaisAlém de manter a postura ética, outra precau-ção que nos orientou nesse longo período de reflexão foi a de que, se instituíssemos uma premiação, ela deveria contribuir para o for-talecimento da cadeia de embalagem e evitar coincidências de formato e sobreposição de interesses com concursos já existentes.

Desse modo, como no caso da revista,

Homenagem às empresas que fazem o setor avançar

A

incentivo >>> premiação

lançada com o conceito de ser não ape-nas mais uma publicação sobre embalagem, porém uma publicação diferente, a arquitetura do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM buscou uma fórmula de premiação que tivesse o máximo possível de diferenças em relação às outras. Cabe ressal-tar que no conceito de diferenciação não está contida a noção mesquinha de pretensa supe-rioridade ao que já existe. Na verdade, este prêmio vem preencher um espaço destinado a estimular as atividades industriais, comer-ciais e de serviços ligadas ao packaging que as demais premiações, em seu formato, não contemplam. Portanto, o PRÊMIO EMBALA-GEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM vem colocar-se ao lado delas, embora delas se distinguindo.

Critérios terão manualDada sua concepção, uma das principais dife-renças deste prêmio em relação a outros é a composição do item “categorias”. No PRÊ-MIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM não haverá premiações para aspectos isolados das embalagens concorren-tes, como sua decoração, seu perfil, seu aspec-to meramente técnico ou apenas visual. Não haverá também molduras rígidas que obri-guem a conceder lauréis a diferentes embala-gens em incontáveis categorias de produto.

Nos critérios de julgamento não será leva-do em conta apenas um ou outro elemento integrante das embalagens, mas a otimização do conjunto de seus componentes. Em outras palavras, as embalagens inscritas serão julga-

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Como reforço à neutralidade do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES

DE EMBALAGEM, seus organizadoresevitaram impor um formato de troféu ou o material de que seria feito,e uma coincidência de interessescontribuiu para isso.Quando a arquitetura do prêmio ainda estava em estudo, professores do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo solicitaram o apoio darevista EMBALAGEMMARCA a iniciativas internas dirigidas aos alunos doscursos ligados à área de design (Gráfico e Produtos, cadeiras nas quais se inserem as embalagens, e Arquitetura e Moda). Uma dessas iniciativas era um concurso de criação de embalagens dirigido ao corpo dis-cente daquela instituição universitária. Foi apresentada – e aceita – a contra-proposta de que o objetivo do concur-so fosse a criação do troféu. Os membros da escola iniciaram ime-diatamente os trabalhos para levar adiante a idéia, e já estão em contato com indústrias para que o projeto vencedor venha a ser confeccionado de forma a atender o objetivo de esti-mular a integração do corpo discente com o sistema produtivo. O concurso está em andamento, e seu resultado sairá até 21 de maio próximo.

Um fruto de integração

Com enfoque no resultado do conjunto, EMBALAGEMMARCA lança prêmio para estimular a inovação e a eficácia da embalagem brasileira

Homenagem às empresas que fazem o setor avançardas do ponto de vista do design (industrial e gráfico), do desempenho nas linhas de enchi-mento, da redução de custos, da segurança, da economia de materiais, do impacto ambiental e dos resultados comerciais positivos confir-mados ou potenciais por elas oferecidos. Ou seja: serão julgadas como cases de criação, marketing, desempenho em linhas, vendas e sustentabilidade. Para esse fim, os organiza-dores do prêmio estão elaborando minucioso

roteiro de critérios, uma espécie de “manual de procedimentos” para os jurados. Estes, ao final do julgamento, elaborarão relatório explicativo de suas escolhas.

Sem a afetação de utilizar palavras exage-radamente eloqüentes, atrevemo-nos a quali-ficar o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRAN-DES CASES DE EMBALAGEM como um prêmio holístico, ou sistêmico. Ao mesmo tempo é um prêmio seletivo. Por isso, seu regula-mento estabelece que não haverá obrigação de premiar todos os formatos de recipientes, nos mais diversos materiais de que são feitos. Embora não seja limitado, o número de pre-miações não deverá ser extenso, e não haverá primeiras, segundas ou terceiras colocações entre os concorrentes. Serão premiados aque-les que uma comissão julgadora composta por profissionais categorizados no meio escolher, sem interferência dos organizadores.

Os resultados do concurso serão revela-dos em cerimônia a ser realizada em local e data a serem divulgados, e terão cobertura em edição especial de EMBALAGEMMARCA, sem custos para os concorrentes. Os troféus (ver quadro), diplomas e certificados serão con-cedidos sem cobrança de taxas. Patrocínios para a iniciativa já estão compromissados, e um deles, internacional, já está firmado. É um Patrocínio Master, do salão Emballage 2008, a realizar-se em Paris.

Por todas essas e por outras razões, sem desmerecer as premiações em voga, a Bloco de Comunicação, agora em parceria com a SPR International, entende que o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM se destacará como um poderoso e inovador instrumento de estímulo ao forta-lecimento da embalagem brasileira.

O regulamento do prêmio pode ser visto no site www.embalagemmarca.com.br Informações sobre formas de patrocínio e de inscrição podem ser solicitadas pelo e-mail [email protected]

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10 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Converplast(11) 64621177www.converplast.com.br

Design Absolutowww.designabsoluto.com.br(11) 3071-0474

Bisnaga para gel Fixador é lançamento da Helcla

A Helcla Cosméticos coloca no mercado um novo gel fixador para cabelos em bis-nagas de polietileno de 300 mililitros. O Gel Fixador Multiação possui filtro solar em sua composição e está disponível em 3 versões. O design foi feito pela agência RG26. A Helcla não informa quem forne-ce as embalagens.

RG26 Design(11) 6331-7390www.rg26.com.br

Fabricantes aderem a embalagens individuais

Dixie Toga(11) 5516-2000www.dixietoga.com.br

Fator 2(11) 6194-5033www.fator2.com.br

Inove Design(41) 3013-5522www.inove.com.br

Okra Embalagens(15) 3225-4221www.wyda.com.br

Thermovac(48) 3465.4000 www.thermovac.com.br

Copo avança em chás

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AÇÃO

As fabricantes de bebidas Convenção, de Itu, e Cini, de Curitiba, ampliaram suas linhas de produtos. As duas empresas entram no mercado de chás gelados com embalagens similares: copos de polietileno de alta den-sidade (PEAD) de 300 mililitros. “Apostamos em um crescimento de 30% em função dos lançamentos e da nova embalagem”, afirma Geraldo Cardoso Guitti, diretor comercial da companhia paulista. Para o diretor da empre-sa paranaense, Nilo Cini Junior, “o objetivo com os copos é atingir o consumidor que exige praticidade”.As embalagens da Convenção foram criadas pela Fator2 Comunicação e Marketing, e são produzidas pela Dixie Toga. O layout dos copos da Cini, fornecidos pela Ther-movac, são da Inove Design. Os selos de alumínio são fornecidos pela Okra Embalagens para as duas empresas.

Fruttare em BOPP

A Kibon, marca da Unilever líder no mercado brasileiro de sorvetes, aposta em novas embalagens do picolé de frutas Fruttare. Os envelopes de BOPP, criados pela Design Absoluto, trazem fotos das frutas em um cenário que remete a uma feira e são fornecidos pela Converplast.

Embalagem é reformulada

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Edição: Flávio Palhares

Bio Redux adota embalagem da BrasilataBrasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Fechamento a vácuo

A indústria de medica-mentos fitoterá-picos Brasmed lança o Bio Redux, composto à base de vitami-nas e minerais, em latas de aço Ploc Off VP – Vacuum Packa-ging, produzidas pela Brasilata. A lata Ploc Off VP é destinada a ali-

mentos que necessitam de vácuo para a con-servação do seu aroma e de suas propriedades organolépticas. Para criar a condição de vácuo no sistema de fechamento, a solução encontrada pela equipe técnica da Brasilata foi recobrir o anel com aplicação do plastissol, vedante utilizado em embalagens de alimen-

tos e de bebidas. O perfil da tampa plástica também foi modificado para garantir a vedação e manter o vácuo resi-dual. O design é da própria Brasmed.

Iogurte usa PET e rótulo auto-adesivo

Visual limpo

O iogurte Do Bem aposta em uma linguagem limpa e dife-renciada para se destacar no ponto-de-venda das outras embalagens de iogurtes. Criados pela Packaging Brands, os frascos têm ilustrações simples. As embalagens de PET são produzidas pela AG Plast, com rótulos auto-ade-sivos de BOPP da IndexFlex. As tampas são fornecidas pela Alcoa-CSI.

AG Plast(32) 3221-5381www.agplast.com.br

Alcoa-CSI(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

IndexFlex (11) 3618-7100www.indexflex.com.br

Packaging Brands(21) 2494-7717www.packaging.com.br

é destinada a ali- embalagens de alimen-tos e de bebidas. O perfil da tampa plástica também foi modificado para garantir a vedação e manter o vácuo resi-dual. O design é da própria Brasmed.

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12 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Batavo redesenha linha de produtos funcionais

Biofibras muda de cara

Aumentando a oferta de produtos funcionais, a Batavo colocou no mercado o iogurte Bio Fibras com as embalagens reformuladas pela Komatsu Design. As garrafas de PEAD de 900 mililitros são produ-zidas pela Graham Packaging e os rótulos termoencolhíveis pela Sleever International.

Graham Packaging do Brasil(11) 2135- 7930www.grahampackaging.com

Komatsu Design(11) 5561-7702www.komatsudesign.com.br

Sleever International(11) 5641-3356www.sleever.com

Embalagem da Swiss Vital une xampu e condicionador

Frasco funcional

A Swiss Vital escolheu as embala-gens da linha Energia Vital como diferencial: xampu e condicionador são disponibilizados em um frasco duplo, com aberturas individuais, uma para cada produto. O proprie-tário da Swiss Vital, Sérgio Driuzzo, foi o idealizador do recipiente. Os moldes das embalagens foram feitos pela Moltec. A Igaratiba fornece os frascos e as tampas, ambos produzidos em polietileno. Os rótulos auto-adesivos são produ-zidos pela Rhoss Print em BOPP transparente for-necido pela Flexcoat. As embalagens têm tam-bém deco-ração em silk screen feita na Igaratiba.

Flexcoat(19) 38484303www.flexcoat.com.br

Igaratiba (19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Moltec(11) 5523-4011www.moltec.com.br

Rhoss Print(19) 3935-9877www.rhossprint.com.br

Embalagens de fragrâncias da Água de Cheiro usam efeito degradê

Coloridos e sofisticados

A Água de Cheiro incrementa seu mix de produtos com três novas fragrâncias: Água Fresca Summer e Euphoric – femininas – e Ávidus Black – masculina. Os frascos da Água Fresca Summer e da Euphoric têm pintura orgânica degradé, o primeiro em tonalidade que vai do amarelo ao laranja, e o segundo em tons que vão do azul ao lilás. A colônia Ávidus Black é extensão e reposicionamento da colônia Ávidus, em frasco preto. O layout das embalagens é da New

Hot Shop (antiga Newdesign), em frascos de vidro fornecidos pela Wheaton Brasil (Euphoric e Água Fresca Summer) e pela italiana Bormioli Rocco (Ávidus Black). As tampas do Ávidus Black e do Água Fresca são produzidas pela Augros do Brasil, e do Euphoric, pela Incom Packing. Os cartu-chos de papel cartão das colonias Euphoric e Água Fresca Summer foram produzidos pela Kingraf, e do Avidus Black, pela Gráfica Lavezzo.

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

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AÇÃO

Augros do Brasil(44) 3220-6617www.augros.com.br

Bormioli Rocco+ 33 1 4998-3000www.bormioliroccopackaging.com

Incom Packing(11) 4173-9937www.incom.com.br

Kingraf(41) 3333-5366www.kingraf.com.br

Lavezzo(11) 3392-2555www.lavezzo.com.br

New Hot Shop(31) 2108-2222www.newhotshop.com.br

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Suco com medidor de dosesCombinação vidro-termoencolhível permite recurso

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AÇÃO

Alcoa CSI(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

CIV(11) 2172-7400www.civ.com.br

Concept(81) 3466-8100www.conceptnet.com.br

Sleever International(11) 5641-3356www.sleever.com

A fabricantes de sucos DaFruta desenvolveu um produto à base de soja e frutas, acondicionado em garrafas de vidro. O novo suco DaFruta Soja Concentrado é vendido nas versões Caju, Uva, Tropical C (Laranja, Ace-rola e Caju) e Maçã. Cada embalagem rende três

litros de suco. A garrafa é produzida pela CIV – Cia Industrial de Vidros, com tampa da Alcoa CSI e rótulo termoencolhível da Sleever International. O design da embalagem é da Concept Marketing e Comunicação. O destaque da embala-gem é o medidor exclusi-vo de doses, que utiliza o recurso da transparência no rótulo termoencolhível.

Bem Estar em latas de açoEmbalagens de linha da Nestlé têm dois tamanhos

A Nestlé FoodServices, sob a marca Maggi, lança a pri-meira linha Bem Estar dire-cionada para o canal institu-cional, depois dos produtos Bem Estar (sopas, caldos e

pratos instantâneos) volta-das para o consumidor dire-to. Batizada de Bem Estar Profissional, a nova linha de sopas chega ao mercado em quatro sabores, em latas de 900 gramas e 1,35 quilo. As latas de aço são pro-duzidas na própria Nestlé, assim como os selos peel off. As sobretampas plás-ticas são fornecidas pela Sonoco For-Plas e os rótu-los de papel são impressos pela Gráfica 43. A B+G designers foi responsável pela identidade visual das embalagens.

B+G designers(11) 5051-1446www.bmaisg.com.br

Gráfica 43(47) 3221-1200www.43sagrafica.com.br

Sonoco For-Plas(11) 5097-2750www.sonocoforplas.com.br

A empresa de

acabamento das melhores gráficas.

(11) 4341-6060

[email protected]

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14 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Plano Propaganda(19) 3242-2974www.planopropaganda.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Já está no mercado o Sonho de Valsa Trufa, nova versão do tradicional bombom da Kraft Foods. A novidade chega em embalagens promocionais, desenvolvidas pela Narita Design, especiais para presente. A embalagem acrílica, em formato de coração, com onze unidades do bombom, é produzida pela Tritec. A luva de papel cartão, que também serve como base para a embalagem ficar em pé, é fornecida pela Ibratec. O bombom é vendido também em embala-gens individuais de BOPP, feitas pela Itap.

Ibratec(11) 4789-4200www.ibratecgrafica.com.br

Itap(11) 5516-2000www.dixietoga.com.br

Narita Design(11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

Tritec(47) 3275-8800www.tritec.ind.br

K Dent tem novo visual

FAZdesign(47) 3027-2298www.fazdesign.com.br

Gráfica Vicenzi(47) 3382-2789

Padronização de linha

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AÇÃO

A K Dent, marca da empresa catarinense Quimidrol, renovou as embalagens de seus produ-tos odontológicos. O projeto, elaborado pela FAZdesign, tem grafismos que padronizam as

embalagens no ponto-de-venda, criando unidade de toda a linha de produtos. As embalagens são produzidas pela Gráfica Vicenzi, em papel cartão.

Ovo líquido em Tetra PakFama ovos tem três lançamentos

A Fama Ovos, uma das líderes no Brasil na produção de ovos líquidos e desidra-tados, aderiu à embalagem cartonada da Tetra Pak para acondicionar três novos produtos. A empresa está colocando no mercado o ovo líquido pasteurizado, a gema de ovo pasteurizada e a clara de ovo pasteurizada em caixinha. Os lança-mentos são acondicionados em emba-lagens Tetra Rex, que tiveram o design elaborado pela Plano Propaganda.

Bombom Sonho de Valsa ganha edição especial

Promocionais para presentear

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16 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Vinólia resgata embalagens dos anos 90

Design Absoluto(11) 3071-0474www.designabsoluto.com.br

Itap(11) 5516-2000www.dixietoga.com.br

Devido ao sucesso de vendas na década de 1990, duas variantes do sabonete Vinólia, Fleur de Champs e White Lilac, ganharam uma relei-tura das antigas embalagens. O resultado foi a criação de invólucros que remetem ao passado, mas com aparência contemporânea. As embala-gens em estrutura de PET e papel são fornecidas pela Itap Bemis. O trabalho foi desenvolvido pela Design Absoluto.

Colomba é embalada em papel kraft

Consolidada no mercado de massas e biscoitos do Rio Grande do Sul, a Corrieri Alimentos iniciou neste ano

um trabalho para reposi-cionamento da marca no mercado, visando novos nichos e o for-talecimento da marca. Depois de investir na reformulação de embala-gens, unifor-mizando a identidade de comunicação, a empresa

lança a Colomba Pascal Corrieri. A embalagem do produto é produzida pela Cartonagem Hega em papel kraft reciclado, em estilo rústico, amarrado com corda. A criação é da Pactacom.

Cartonagem Hega(51) 3226-2077www.cartonagemhega.com.br

Pactacom(55) 3221-1057www.pactacom.com.br

Valorização do retrô

Montilla completa 50 anosBebida ganha versão premium

O Montilla, rum mais consumido no Brasil, está comemorando 50 anos e celebra a data com o lançamento de uma versão premium. O Montilla Premium é composto por runs envelhecidos até 18 anos. A garrafa de vidro incolor de 750 mililitros da bebida, produzida pela CIV, possui um formato diferenciado do restante da linha regular, porém mantém o design acin-turado da marca. O rótulo auto-adesivo, fornecido pela CCL Label, tem o predo-mínio das cores preta e dourada, fazendo referência ao cinqüentenário do produto. A tampa é fornecida pela argentina Super-Tap. A embalagem foi desenvolvida pela 100% Design (o desenho do pirata no rótulo é da 6B Estudio).

6B Estudio(11) 3833-0080www.6bestudio.com.br

100% Design(11) 3032-5100www.100porcento.net

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

CIV(11) 2172-7400www.civ.com.br

SuperTap+56 11 5217-0040www.supertap.com.ar

PASSADOEmbalagens fizeram

sucesso nos anos 90

PRESENTEEdição limitada de Vinólia relembra

o passado

Estilo rústico

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Cresce no Brasil o uso de bisnagas plásticas decoradas com hot stamping

unca as bisnagas plásticas cintila-ram tanto nas gôndolas de produ-tos de higiene pessoal e beleza no Brasil. Ocorre que, num faustoso

movimento iniciado mais ou menos dois anos atrás, vem se intensificando o acabamento dessas embalagens com hot stamping – a tra-dicional gravação de detalhes brilhantes, mor-mente prateados ou dourados, com o uso de películas metalizadas pressionadas sob calor. Unilever, Johnson & Johnson, Nivea, L’Oréal, O Boticário, Granado, Vizcaya e outros bada-lados nomes do mercado de personal care recorrem crescentemente a essa estampagem para realçar seus cremes, loções, máscaras e géis “embisnagados”. Disputantes do canal porta a porta, como Natura e Avon, trilham a mesma vereda.

Grande fabricante de bisnagas plásticas, a Globalpack, muito embora não revele esta-tísticas produtivas, confirma o fenômeno. “Os pedidos de unidades decoradas com hot stamping evoluíram, percentualmente, na casa dos dois dígitos no último biênio”, informa Fábio Pinto, gerente comercial da fornecedo-ra. Outra importante força do ramo de bisna-gas, a C-Pack, atesta volumes de output desse tipo de embalagem em elevação no mesmo período. Um dado eloqüente vem da Dubuit do Brasil, subsidiária da fabricante francesa de máquinas aplicadoras de hot stamping que também comercializa películas (fitas) para o processo no mercado nacional. “Quatro anos atrás, quando inauguramos nosso negócio de fitas, vendíamos menos de trinta bobinas por mês. No ano passado, as vendas mensais variaram entre sessenta e oitenta bobinas, e ainda neste ano esperamos chegar às 150”, calcula o francês Philippe Ayala, diretor-geral da empresa.

O maior uso do hot stamping, registre-se, não sucede apenas nos tubos plásticos, mas igualmente nas produções de rótulos e de car-tuchos de papel cartão. Nas bisnagas, contudo, a massificação repentina chama a atenção e leva a crer que o mercado passa a valorizar

Ourivesaria em alta

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plásticas >>> higiene e beleza

ESCALADANa C-Pack, volume de pedidos de bisnagas

com hot stamping aumenta mês após mês

mais o ornamento dada a pouca margem para manobras em design de formato dessas emba-lagens. “Como recurso clássico para atrair o olhar do consumidor, o hot stamping pode desempenhar papel decisivo, por exemplo, na cada vez mais concorrida seção de cre-mes para o cabelo, na qual as apresentações em bisnaga são parecidas”, lembra Sérgio Minerbo, diretor comercial da Globalpack.

Valor inequívoco“É inegável: um detalhezinho em hot stam-ping faz uma tremenda diferença”, argumenta Fábio Yassuda, diretor comercial da C-Pack. “O pombinho-símbolo de Dove, metalizado, ganha vida, parece querer voar das pratelei-ras”, diz Yassuda, aludindo ao investimento da Unilever na metalização do detalhe nas bisnagas de sua marca de produtos hidratan-tes. Usuários da embalagem concordam. “O hot stamping confere um diferencial estético e sofisticação às nossas bisnagas ao mesmo

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tempo em que remete ao consumidor a cer-teza de encontrar, dentro da embalagem, um produto que cumpre o que promete”, afirma Sidnei Dal Gallo, da área de desenvolvimento de embalagens da Johnson & Johnson bra-sileira. A J&J tem requisitado o acabamento em bisnagas das linhas ROC, Neutrogena e Sundown, e Dal Gallo antecipa que um núme-ro expressivo de lançamentos para este ano também o ostentarão.

Mas, afinal, o que explica a populariza-ção do hot stamping, processo considerado caro, e até por isso orçado em centimetragem quadrada da decoração, nas bisnagas plásticas nacionais? Para muitos, o real valorizado dos últimos anos tem sido um fator decisivo, na medida em que as fitas, insumos básicos do processo, são importadas. Não há contratipos nacionais. “O processo, de fato, não é barato, mas o valor das fitas nunca foi barreira, pois os preços daqui são competitivos com os pra-ticados no resto do mundo”, assegura Ayala. Para o executivo, o que mais tem influído é realmente a maior estima pelas indústrias usuárias, além do surgimento de fitas espe-ciais para adornar bisnagas – segmento que a Dubuit alega ter aberto no Brasil há quatro anos. A empresa afirma ser responsável por

cerca de 80% a 90% das películas utilizadas nas bisnagas nacionais de cosméticos. “São fitas importadas do Japão, sofisticadas, com alta resistência física e química”, explica Ayala. “Evitam, por exemplo, as avarias do hot stamping por fricções com a unha.”

Capacidade ampliadaO fato é que os fornecedores de bisnagas apostam numa inevitável

evolução do uso do hot stamping. A Globalpack, anunciam Sérgio Minerbo

e Fábio Pinto, adquiriu no fim do ano passado uma nova aplicadora automática de hot stamping, o que deverá situar a

capacidade de decoração da empresa em 2 milhões de bisnagas/mês já a partir de

março. Por sua vez, a C-Pack, que já conta-va com aplicadoras de alta precisão, dotadas de sistemas de posicionamento por câmera

além dos por fotocélula, também investiu numa máquina dessa natureza, da Dubuit.

O equipamento entrará em operação na nova fábrica que a C-Pack pretende inaugurar em meados de maio, no distrito industrial de São José (SC). “Com o momento favorável e o aparelhamento dos convertedores, pode ser que tendências modernas em hot stamping, como o uso de fitas holográficas, emplaquem no mercado nacional”, aventa Fábio Yassuda. Resta aguardar. (GK)

C-Pack(11) 5564-1299www.c-pack.com.br

Dubuit(11) 6480-4699www.dubuit.com.br

Globalpack(11) 5641-5333www.globalpack.com.br

ATESTADO – Para Jonhson & Johnson, hot stamping sinaliza produto de alta qualidade

ENTUSIASTANivea é uma das

empresas que cada vez mais valorizam os

detalhes metálicos nas bisnagas plásticas

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Apesar da acomodação do

agricultor e da negligência

do varejo, embalagens

especiais de papelão

buscam espaço no mercado

hortifrutigranjeiro, tomado

pelas perigosas caixas de

madeira. Setor de frutas

é o mais receptivo

Madeira abaixoreportagem de capa >>> celulósicas

Por Guilherme Kamio

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olhidos, abacaxis são empilhados nas caçam-bas de caminhões, sobre camadas de palha ou capim, para seguir rumo aos entrepos-tos atacadistas. Rotineira no Brasil, essa

rude logística, marcada por solavancos no transporte e manuseio excessivo, gera perdas médias de 4% das cargas. A estatística é de um recente estudo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG), encomendado pelo Ceasa mineiro para aferir a qualidade da distribuição do produto. O mesmo exame constatou que o uso de caixas de papelão, criadas pela Klabin especialmente para acomodar abacaxis e doadas para teste, fez o refugo cair para 1%. Rendeu, ainda, um apro-veitamento 25% maior do receptáculo dos caminhões. Couberam 10 000 abacaxis onde, à moda dos ninhos de capim, cabiam 8 000. O encaixotamento também tornou mais ágil o descarregamento dos frutos. Da média de cinco horas, no desembarque um por um, o processo caiu para uma hora.

Análises como essa, comprovando ganhos notáveis na distribuição de frutas e legumes com embalagens adequadas, sucedem mês após mês em centros de agro-nomia espalhados pelo Brasil. Mas o índice nacional de desperdício de hortifrutigranjeiros, estimado em 23% da produção anual, ou 14 milhões de toneladas, escancara a falta de engajamento dos agricultores em melhorias de processos.

Dada a situação, chega a surpreender a crescente mobilização dos fabricantes de embalagens, em especial dos de papelão ondulado, em difundir modernas soluções

Madeira abaixo Cnesse mercado – “notoriamente, o único que não utiliza o papelão em larga escala como embalagem de transpor-te”, conforme nota Mário Henrique Santos, da produtora de caixas Paraibuna Embalagens. Afinal, a missão é dura. Além de ter de convencer o cliente a abdicar de práticas que, numa visão superficial, podem parecer compensadoras, não raro o fornecedor também tem de combater a resistência do varejo. “A pressão dos varejis-tas para redução de custos é muito grande”, observa um profissional de vendas de uma indústria de caixas que pede para não ser identificado. “Muitas vezes o cliente do nosso cliente não paga pela adoção de um sistema que garanta melhor qualidade no ponto-de-venda”. Benedito Marques, diretor de relações com mercado e projetos da ABCcorp, empresa de gestão empresarial voltada para logística e prevenção de perdas, lembra ainda que a cultura de consumo da própria população ajuda a enten-der a situação. “O brasileiro acostumou-se com vendas a granel em ilhas de produtos, e o varejo entende que transmite a idéia de fartura com essa prática”, nota. “Só que o empilhamento e o manuseio estimulado por ela provocam desperdícios.”

A despeito do cenário espinhoso, a indústria local do papelão ondulado tem investido alto em sofisticadas caixas para o dito mercado de FLV (frutas, legumes e verduras). De modo geral são recipientes modulares, construídos com desenhos e dimensões que favorecem a paletização – prática organizativa, requisitada nas expor-tações, mas bastante renegada na distribuição doméstica, dominada pelos embarques em caminhões abertos.

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Dotadas de estruturas reforçadas e desenhos especiais de armação, essas caixas apresentam grande resistência mecânica. O empilhamento em estrados é facilitado não só pela robustez, mas também por sistemas embarcados de travas. Em atenção a um requisito importante para frutas armazenadas sob refrigeração, as embalagens podem ser confeccionadas com papelões de alta tolerância à umidade, subme-tidos a tratamentos anti-higroscópicos (contra a absorção de água). Certos modelos con-templam a aquisição conjunta de máquinas armadoras, o que propicia a automatização da montagem nas estações de embalagem dos agricultores (as chamadas packing houses).

Apoio no ponto-de-vendaPonto importante é que tais caixas sob medida para hortifrutigranjeiros podem ser revestidas com capas de papel nobre e receber impressão de alta definição, em off-set ou flexografia, com aplicação de vernizes de alto brilho. Com isso, adquirem o status de mídia de grande impacto para a divulgação de marcas no ponto-de-venda, diferenciando e valorizando os alimentos nelas acondicionados em rela-ção aos da concorrência. Em outras palavras, ganham efetiva função de ferramentas de marketing para o agricultor. Mais: por todas as

características descritas, essas nobres emba-lagens de papelão podem funcionar como caixas-display, ou seja, embalagens de despa-cho não apenas protetoras de produtos, mas também capazes de desempenhar a função de práticos e comunicativos módulos de reposi-ção de gôndola.

O nicho mais receptivo às caixas de pape-lão de alta performance tem sido o dos gran-des exportadores de frutas tropicais. Pudera: em vendas internacionais para mercados mais desenvolvidos esses produtores lidam com

Múltiplos papéisOs benefícios das caixas-display no acondicionamento de frutas, legumes e verduras

Redução de danos e mais segurança

Estruturas reforçadas de papelão protegem contra choques nos processos de transporte. As caixas também diminuem o manuseio dos produtos na movimentação e na venda, minimizando a probabili-dade de contaminação e de avarias

Resistência ao frio e à umidade

As caixas recebem tratamento contra fadiga do material no armazenamento e no transporte sob frio e contato intenso com a umidade

Paletização e empilhamento

As caixas têm conformidade com os padrões dimen-sionais dos paletes e costumam suportar empilha-mento de mais de 2 metros de altura

Decoração atraente

Sistemas de impressão em várias cores, com uso de policromia, possibilitam a inclusão de imagens com

APRIMORAMENTO – Caixas Plaform, da Rigesa, melhoraram a operação do centro de embalagem da Caliman, grande exportadora de mamão

qualidade fotográfica e garantem decorações com riqueza de detalhes

Valorização no ponto-de-venda

Com função de display, caixas permitem exposição direta nas lojas, funcionando como módulos de reposição. Também destacam a marca do produtor, funcionando como ferramenta de marketing

Maior higiene

As caixas são para uso único, ao contrário das cai-xas de madeira e de plástico, cuja reutilização causa o acúmulo de detritos e facilita a propagação de fungos e bactérias

Atributo ambiental

Caixas de papelão são de fácil descarte e reciclagem. O produtor se livra da preocupação com a destina-ção das embalagens reutilizáveis e do uso de mate-riais alternativos para a proteção no transporte

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normas fitossanitárias rigorosas, que barram, por exemplo, o uso das indefectíveis caixas K, aquelas reutilizáveis de madeira ainda muito populares no Brasil (e que, em culturas como a de tomates, ocasionam perdas da ordem de 30%). Um alento para a indústria papeleira é que, em contato com a maior exigência dos estrangeiros, muitos exportadores acabam ampliando a política de melhor acondiciona-mento para os negócios no mercado interno.

Tome-se o caso da Caliman Agrícola, de Linhares (ES), grande produtora e exportadora de mamão. Utilizadas até pouco tempo atrás nas vendas domésticas, embalagens retornáveis de madeira, para 8 quilos de produto, influíam diretamente no índice de perdas de mais de 15% registrado pela empresa. Com a adoção de caixas Plaform – conceito de embalagem-display de papelão para hortifrutigranjeiros armada automaticamente, criado pela espanho-la Cartisa e distribuído com exclusividade no Brasil pela Rigesa desde 1998 – o volume de

ABACAXI RESOLVIDOCaixas desenvolvidas pela Klabin reduziram em quatro vezes as perdas de abacaxis em Minas

APRIMORAMENTO – Caixas Plaform, da Rigesa, melhoraram a operação do centro de embalagem da Caliman, grande exportadora de mamão

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A mais completa fonte de referência sobre flexografia

em língua portuguesa.

Informações e vendas:[email protected]

240 páginas

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avarias despencou. Hoje, gran-de parte dos supermercados de São Paulo comercializa o mamão da Caliman nessa apre-sentação. “As caixas de pape-lão mitigaram o manuseio do mamão e melhoraram a operação no packing house, pois a caixa de madeira representava perigo como vetor de agentes patogênicos”, deta-lha Juarez José Ferreira, engenheiro agrônomo da Rigesa.

Pé no barroO investimento da Rigesa numa equipe interna de engenheiros agrônomos é emblemático do esforço dos fabricantes de caixas de papelão para destacar as vantagens das caixas talhadas para FLV. “Ao indicar um conceito de emba-lagem ao cliente, o engenheiro o faz com base nos requisitos do produto e do mercado, que ele conhece com profundidade”, explica Ferreira.

Assim como a Rigesa, a Klabin, que brande a liderança nas vendas nacionais de caixas de papelão para hortifrutigranjeiros – canal para o qual expediu cerca de 70 milhões de emba-lagens em 2006 –, empenha-se na estratégia do pé no barro para prospectar vendas. A empresa mantém equipes comerciais e centros de distri-buição próximos aos grandes pólos produtores, como os de manga e uva, em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), e os de morango, no Sul. A intimidade com o mercado consumidor ajudou no desenvolvimento de uma emergente linha de embalagens premium para frutas e legumes, a Klabin KB. “Ela consiste de caixas dese-nhadas de acordo com as condições de prote-ção exigidas por cada produto e apresentam altíssima resistência estrutural, minimizando danos ao conteúdo”, resume Robson Alberoni, gerente de planejamento de mercado da área de embalagens da Klabin. “Vide o caso do aba-caxi mineiro”, comenta Alberoni. “Apoiamos estudos sobre distribuição de frutas para proje-tarmos embalagens estruturalmente melhores, e também queremos conscientizar o agricultor das vantagens da embalagem como suporte para marcas no varejo.”

Outro peso-pesado da área de papelão ondulado, a Orsa Embalagens, intensificou o atendimento aos hortifrutigranjeiros em mea-dos de 2004. Foi quando lançou, sob um investimento de 1 milhão de reais, a Orsa

Platô System, embalagem-display passível de montagem automática voltada tanto à clientela exportadora quanto ao mercado interno. “Além do grande apelo visual capaz de ser propor-cionado pelo Orsa Color Pack, um processo exclusivo de impressão flexográfica, as caixas Orsa Platô System possuem design exclusivo, com seis travas, que garantem mais estabilida-de e resistência nas movimentações de carga”, divulga Sergio Mathias, gerente de marketing da Orsa Celulose, Papel e Embalagens. De modo a fazer decolar a adoção da Platô System, a Orsa estimula pesquisas de inovações e soluções específicas para cada cliente em um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento.

Pequenas tiragens tambémEm que pese toda a sofisticação dessas caixas de papelão de alto padrão, o acesso a elas não é restrito ao clube vip do grande agronegó-cio. Justamente para atender à imensa quan-tidade de agricultores pequenos e médios, a Paraibuna Embalagens oferece a viabilidade da produção de embalagens-display para frutas em pequenas quantidades. Esse serviço, infor-

MELHOR JUNTURA – Platô System, lançada em 2004 pela Orsa, dispõe de seis travas para empilhamento

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ATENÇÃOParaibuna oferece

baixas quantidades para pequenos e médios

produtores

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ORSA

SOLUÇÃO: Orsa Platô System

CAPACIDADE DE DECORAÇÃO: Até seis cores (ou cinco cores mais verniz)

DIFERENCIAIS: “O Orsa Platô System possui alguns diferenciais importantes que garantem mais resistência e apelo visual. O exclusivo design, com seis travas, dá maior estabilidade e resistência na movimentação da carga em relação aos modelos concorrentes. Ainda, com a exclusiva tecnologia de impressão Orsa Color Pack, os clientes podem desenvolver impressões em alta definição com custos mais competitivos se comparados ao off-set”

Sergio Mathias, gerente de marketing da Orsa Celulose, Papel e Embalagens

CONTER PERDAS, COLHER VENDAS

KLABIN

SOLUÇÃO: Klabin KB

CAPACIDADE DE DECORAÇÃO: Cinco cores, em tecnologia de cromia, ou quatro cores (possibilidade de três cores mais verniz)

DIFERENCIAIS: “O principal diferencial é a marca Klabin, sinônimo de liderança de mercado – temos 20% de market share nas vendas de caixas de papelão ondulado no Brasil. Nossas caixas têm alta resistência, o que garante economia ao usu-ário pelo menor grau de danos aos produtos, e podem diferenciar a marca do produtor no varejo, através de serviços de impressão de alta qualida-de. Ademais, contamos com uma equipe própria de vendas para esse mercado e participamos ati-vamente de estudos, para o desenvolvimento de soluções mais adequadas para frutas, legumes e verduras”

Robson Alberoni, gerente de planejamento de mercado da área de embalagens da Klabin

PARAIBUNA

SOLUÇÃO: Caixas-padrão para diversos tipos de produto

CAPACIDADE DE DECORAÇÃO: Até quatro cores (mais com policromia)

DIFERENCIAIS: “Com os equipamentos de ponta instalados em nossa nova fábrica, em Sapucaia (RJ) – no caso, uma impressora Martin MID Line 924 e uma Onduladeira Fosber 2,5m de largura –, estamos capacitados a oferecer caixas com várias combinações de cores, essenciais para itens de alto giro, como as de hortifrutigranjeiros. Outro fator importante é a opção de corte e vinco cola-

da, que elimina as aplicações de colas e grampos e reduz o custo da embalagem, possibili-

tando produzir lotes econômicos e de poucas quantidades”

Mário Henrique Santos, gerente comercial e de marketing da

Paraibuna Embalagens

RIGESA

SOLUÇÃO: Plaform

CAPACIDADE DE DECORAÇÃO: Até seis cores, em flexografia de alta resolução que permite a impressão de fotos e grafismos (Rigegraphics)

DIFERENCIAIS: “O controle da matéria prima: miolo de fibras naturais e kraft liner de alta performance de coluna; emprego de tratamento de miolo e capas para conferir resistência a umidade tanto na forma líquida, como principalmente na forma gasosa. O desenho privilegia a resistência à compressão (capacidade de empilhamento), a baixa utili-zação de papelão (menor custo) e, montado por equipamentos novos e certificados, per-mite uma regularidade no desempenho”

Juarez José Ferreira, engenheiro agrônomo da Rigesa

Algumas das mais avançadas caixas para hortifrutigranjeiros

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AÇÃO

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março 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 29

Klabin(11) 3046-5800www.klabin.com.br

Orsa Embalagens(11) 4689-8716www.orsaembalagens.com.br

Paraibuna Embalagens(32) 2102-4000www.paraibuna.com.br

Rigesa(19) 3707-4000www.rigesa.com.br

ma Mário Henrique Santos, gerente comercial e de marketing, será uma das prioridades produtivas da nova fábrica da empresa. Aberta no fim do ano passado em Sapucaia (RJ), a unidade dispõe de maquinário zero-quilômetro e conta com tecnologia de corte e vinco colado de caixas, “o que reduz o custo da embalagem ao eliminar aplicações de grampos e outras operações triviais”, lembra Santos.

A massificação das caixas, conforme apontam as fornecedoras, traria ainda um benefício extra ao mercado hortifrutigranjei-ro. Ocorre que elas favoreceriam, por aqui, a difusão do Sistema Modular de Caixas, ou Common Footprint Standard (CFS). Trata-se de uma recomendação que estipula padrões dimensionais comuns no mundo inteiro e que determina o tamanho e o posicionamento exa-tos das travas de empilhamento de caixas de frutas, legumes e verduras. Além de uniformi-zar o “modus operandi” do acondicionamento desses produtos em nível global, o Sistema facilitaria a composição de cargas mistas, com embalagens de múltiplos tamanhos, em pale-

tes. Embora seja incentivada pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) e as fabricantes já estejam aptas a produzir caixas em conformidade com ela, a modulação ainda é largamente ignorada pelo mercado local. “No Brasil praticamente não se utiliza o CFS e isso é uma pena”, lamenta Ferreira, da Rigesa. “O mercado, porém, demanda essa unifica-ção”, pontifica Mathias, da Orsa Celulose, Papel e Embalagens.

DESESTÍMULOSistema modular, que

estimula a paletização de cargas mistas, ainda não

deslanchou no Brasil

FOTO: RICARDO CUNHA (KLABIN)

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30 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Wheaton presenteia clientes com kit para apreciadores de grãos gourmet

artões com mensagens de espe-rança e otimismo nos lembram que final de ano é época de ges-tos marcantes. Não é diferente no

mundo corporativo, em que algumas empresas aproveitam o período para distribuir brindes requintados a um seleto grupo de clientes e de fornecedores. Mesmo que não tenham como destino as gôndolas dos supermercados, esses presentes muitas vezes vêm em embalagens cuidadosamente elaboradas, com detalhes de acabamento e produção dignos de sofisticados produtos de linha. É o caso de um estojo para apreciadores de café distribuído no final do ano passado pela Wheaton, uma das principais fabricantes de embalagens de vidro do país.

Dentro de um cartucho cartonado com chamativo acabamento iridescente são encon-trados um frasco de vidro retangular contendo 50 gramas de café solúvel do tipo gourmet e um conjunto de quatro xícaras e pires de vidro produzido pela divisão de objetos de mesa da Wheaton. Entre outros aspectos, o esmero pro-dutivo aparece na composição dos pigmentos empregados na pintura dos frascos do café.

Para ressaltar o apelo VIP do brinde, utili-zou-se uma tinta especial que tem ouro entre

Um brinde com... café

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relacionamento >>> marketing institucional

seus componentes. Chamado comercialmente de Ouro Brilhante, o pigmento foi trabalhado em silk screen pela Wheaton Decor, empresa coligada à vidraria e atuante no mercado de decoração e pintura de embalagens de vidro.

“Apesar do custo maior, a decoração à base de ouro tem diferentes adeptos no mercado brasileiro de perfumaria e cosméticos, e faz parte do portfólio de decoração da Wheaton Decor”, informa Caroline Mass, profissional de marketing da Wheaton.

Outro aspecto que chama atenção no brin-de é a sinergia entre as diferentes empresas que fizeram parte do projeto. A Companhia Cacique de Café Solúvel, por exemplo, desen-volveu o design da embalagem, forneceu o café e o acondicionou. A empresa favoreceu ainda a aproximação entre a Wheaton e a Sonoco For-Plas, que forneceu sem custos uma tampa plástica de aparência metálica (cor de cobre) já dotada de selos de fechamento por indução. O mesmo modelo de tampa já

NINGUÉM FAZ GOL SOZINHOArjo Wiggins, cujos papéis especiais revestem o estojo, Companhia Cacique de Café Solúvel e Sonoco For-Plas, fornecedora da tampado frasco, também participaram do projeto

Arjo Wiggins(11) 4028-9200www.arjowiggins.com.br

Makro Kolor(11) 5683-8400www.makrokolor.com.br

Sonoco For-Plas(11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

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32 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

havia sido usado numa das duas versões do café solúvel com a marca Pelé Gourmet, que a Companhia Cacique exporta para a Rússia, com potes de vidro da pró-pria Wheaton (ver quadro).

Um terceiro parceiro no projeto foi a Arjo Wiggins, de quem a Wheaton comprou a preço de custo o papel especial que reveste o estojo de cartão, cuja impressão foi feita pela gráfica Makro Kolor. Na tampa e no berço, foi usado o papel Colour Plus Metálico Aspen, com gramatura de 120g/m². Já na peça de fundo, o revestimento é feito com o Colour Plus Jamaica, de aparência

A parceria entre a Wheaton e a Companhia Cacique de Café Solúvel já coleciona uma diver-sificada lista de projetos de embalagem desenvolvidos de modo a atingir adequadamente diferentes mercados e seus res-pectivos nichos. Às vésperas da Copa do Mundo da Alemanha, por exemplo, a empresa detec-tou a necessidade de criar uma embalagem diferenciada para colocar um produto premium na Rússia, país conhecido como grande consumidor de café fre-eze dried (liofilizado) e principal mercado da Cacique no exterior. Seguindo a estratégia de utiliza-ção de potes de vidro, conside-rados um diferencial no merca-do russo, cujos maiores volumes são atendidos pelas latas de aço, a empresa recorreu à Wheaton “por sua experiência em embalagem diferenciada”, conta Haroldo Bonfá, diretor adjunto de marketing internacio-nal e comercial da Companhia Cacique de Café Solúvel.Uma das ações envolveu a marca Café Pelé versão Champ10n (assim, com 1 e 0 no lugar de I e O), que foi aplicada a um pote de vidro de

amarela, com gramatura de 18g/m². Para Haroldo Bonfá, diretor adjunto de marketing internacional e comer-cial da Companhia Cacique de Café Solúvel, a sinergia no projeto de brinde de final de ano da Wheaton reflete uma prática de cooperação que a empresa busca incentivar com seus fornecedores. “Afinal, nin-

guém faz gol sozinho”, lembra. Além da marca Café Pelé, controlada pela Companhia Cacique, e de informações nutricionais, a impressão à base de ouro traz no pote de vidro a marca de fantasia Limited Edition e o nome Wheaton do Brasil. No total, cerca de 2 500 estojos foram produzidos. (LH, WP)

À BASE DE OUROPintado em silk screen

pela Wheaton Decor, frasco leva tinta

que tem ouro entreseus componentes

Uma aula sobre como explorar embalagens para atingir diferentes nichos

formato quadrado. Criado por uma agência russa, o rótulo em carac-teres cirílicos traz a imagem do atleta com a camisa 10 de costas, num estádio. “Como antes da Copa a torcida na Rússia e em outros países da Europa Central onde a marca Pelé também está presente era muito forte pelo Brasil, apela-mos para as cores verde e amarela”, conta Bonfá. O sucesso da marca Champ10n impulsio-nou o lançamento, no mesmo pote da Wheaton, de outras marcas, para outros nichos. No frasco de

vidro, mudaram apenas as medi-das. O pote de 50 gramas, por exemplo, nasceu da necessidade de atingir um nicho que consu-mia quantidades menores, como singles e também os interessa-dos nesses produtos premium mas sem poder aquisitivo para comprar embalagens de 100 gramas ou de 200 gramas, nascidas simultaneamente com as de 50 gramas. Interessante nesse desenvolvimento – feito, como todas embalagens, pela Divisão de Mercado Interno da Cacique – é que todos os fras-cos foram projetados de modo a aproveitar a mesma tampa da Sonoco For-Plas. Dessa forma, a boca tem o mesmo diâmetro – 48,10 milímetros – nas três medidas do pote.

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34 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Cartucho do cereal Crunch traz game em janela especial para visualização

o lançar uma nova promoção envolvendo seu cereal matinal Crunch, a Nestlé transcendeu a idéia de que boas embalagens devem funcionar como ferramenta de suporte de marcas. Numa

edição limitada, o produto chega aos pontos-de-venda em cartuchos especiais de papel cartão, que vão além daquele ditame dos manuais de marketing, pois também servem como suporte de um brinde exclusivo. O regalo é um CD-ROM do Grand Chase, jogo de luta, ação e RPG (Role Playing Game, ou “jogo de representação de papéis”) para Internet distribuído no Brasil pela Level Up! Games.

Produzida pela gráfica Romiti, a embalagem, que comporta 350 gramas do produto, apresenta uma janela com corte especial, possibilitando visualizar o CD-ROM. A mídia vai dentro de um envelope, aplicado manualmen-te antes da montagem da caixa. O cartucho é feito em papel cartão Klafold 275 g/m², fornecido pela Klabin. A impressão é feita em off-set com seis cores.

Handicap inclusoA B+G designers, que atende a divisão de Cereais Matinais da Nestlé há cerca de dois anos, assina o projeto gráfico da embalagem. Segundo Bianca Heineken, designer da agência, além da janela no frontal, o cartucho destaca a palavra “grátis”, que tem a função de chamar atenção do consumidor para o CD do game e para outro brinde, a Capa da Vitalidade, item que só pode ser obtido através da promoção, garantindo aos jogadores desempenho superior nas batalhas da gincana eletrônica.

“Já no verso da embalagem foram exploradas as três principais personagens do jogo em ação”, descreve Bianca. O pano de fundo do verso foi criado na estrutura de uma ficha técnica, para que o entendimento da história e do jogo seja rápido e fácil. A distribuição gratuita do CD-ROM vai até abril. (LH)

Suporte de marca (e de brinde)

A

DIV

ULG

AÇÃO

celulósicas >>> matinais

ATRATIVOCorte especialrevela CD do game Grand Chase no frontal da embalagem (detalhe acima)

B+G designers(11) 5051-1446www.bmaisg.com.br

Gráfica Romiti(11) [email protected]

Klabin(15) 3255-9006www.klabin.com.br

INTEGRAÇÃOCartucho é

produzido pela gráfica Romiti, com

cartão da Klabin

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do, com cores que variam de acordo com a versão do detergente. Moldado com polietileno de alta densidade (PEAD) pela Alpla, na Hungria, o frasco branco é decorado com rótulos auto-adesivos da austríaca Ulikett.

Por trás da invenção estão os alemães Hans-Georg Mühlhausen e Matthias Reimann, funcionários da Henkel. O caráter lúdico da embala-gem não é puro capricho de designer. Futurino também é o nome de um projeto social da matriz alemã da Henkel, iniciado em fevereiro, focado na assistência ao desenvolvimento infantil. O logotipo da iniciativa é justamente a figura estilizada de uma criança acenando com o braço direito. “A meta da empresa é comercializar 1,7 milhão de unidades dessa edição limitada na Alemanha até o fim de março”, informa a divisão de rela-ções-públicas da Henkel. (GK)

o ano em que completa seu centenário, ocupan-do um lugar especial nos compêndios sobre bens

de consumo por ter sido a pioneira em sabões em pó, a marca Persil, da Henkel, acaba de ganhar uma embalagem comemorativa em seu mercado natal, o alemão. Trata-se de um frasco plástico cujas formas simulam a figura de uma criança ace-nando com a mão direita. A inovação, nomeada Futurino, acondiciona uma linha Persil de lava-roupas líquidos – produtos que vêm crescentemen-te substituindo as variantes em pó mundo afora, já dominando as áreas de serviço de um terço dos lares na Alemanha.

O braço levantado do “bone-co” consiste no gargalo do frasco, enquanto uma alça faz o papel do braço esquerdo, arqueado para baixo. A cabeça do conjunto é um copo dosa-dor esférico, fabricado pela húngara Almand em polipropileno translúci-

N

Lava-roupas tem frasco que é simulacro de gente

Boneco na área

SILHUETAMão direita do “frasco-

boneco” é a tampa. Cabeça é representada

por copo dosadorFO

TOS:

DIV

ULG

AÇÃO

Almandwww.almand.hu

Alplawww.alpla.com

Ulikettwww.ulikett.at

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36 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Dois novos centros Maior empresa de reciclagem de embalagens de alumínio do Brasil, a Aleris inaugurou em fevereiro dois novos Centros de Coleta, nas cidades paulistas de Campinas e de Presiden-te Prudente. Segundo a empresa, as novas unidades têm localização estra-tégica, pois estão em regiões com alto consumo de latinhas. Recolhidas, as embalagens seguem para os Centros de Reciclagem da empresa, situados em Pindamonhangaba (SP).

Tubos reaproveitadosA Alcan Packaging Beauty, sediada em Mogi das Cruzes (SP), lançou no fim de 2006 um projeto de reciclagem de tubos laminados. Com palestras e kits de material reciclado, o programa, nomeado Reciclam, busca difundir o potencial de reciclagem dessas emba-lagens junto aos clientes da empresa, incentivando que estes também de-senvolvam projetos de conscientiza-ção dos consumidores finais.

Sopro de renovaçãoA Soproval, fabricante de embalagens plásticas de Valinhos (SP), está ex-pandindo seu parque industrial. Ele passará de 6 000 metros quadrados para 30 000 metros quadrados, e a produção saltará de 200 toneladas/mês para 500 toneladas mensais. Se-gundo a empresa, novas máquinas, adquiridas através de um investimen-to de 1 milhão de reais, permitirão a fabricação de produtos com maior qualidade, porém mais leves. As gar-rafas de PET de 510 mililitros, por exemplo, terão peso reduzido de 20 gramas para 17 gramas. A empresa espera crescer 30% em 2007.

Nova coordenaçãoO presidente da Henkel Mercosul, Ju-lio Muñoz Kampff, foi nomeado para o cargo de Coordenador da Comissão de Comércio Exterior da Associação Brasileira da Indústria Química (Abi-quim). O executivo também coordena a Comissão de Colas, Adesivos e Se-lantes da mesma entidade.

Contrato iminenteKrones deve anunciar primeiro cliente em PET asséptico

Subsidiária da alemã Krones, tradicio-nal fornecedora de linhas de enchi-mento e rotuladoras para embalagens de bebidas, a Krones do Brasil deve anunciar em breve a conquista do primeiro cliente nacional na área de envase asséptico em garrafas de PET – tecnologia que vem crescendo prin-cipalmente na Europa como alternativa às tradicionais caixinhas longa vida. Nos últimos meses a empresa tem recebido solicitações de estudos e

consultas sobre a tecnologia de indús-trias de bebidas das mais variadas. A conferir.

No compasso do paísIndústria de embalagens cresce moderadamente em 2006

Faturamento de 32 bilhões de reais, o equivalente a 1,53% do PIB bra-sileiro, e um crescimento de 2,13%. A indústria brasileira de embalagens fechou 2006 com esses números, de acordo com pesquisa divulga-da pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Em que pese o crescimento do faturamento, o volume de produção de embalagens sofreu uma queda de 0,18% em relação a 2005, “acompanhando o desempenho da economia como um todo”, nas palavras de Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas – entidade que há dez anos

traça análises para a Abre. Emba-lagens de vidro, com um aumento de 6,14% em produção física, e as metálicas, com 1,01%, foram as que mais cresceram no ano passado. A balança comercial do setor continua superavitária, com 376,7 milhões de dólares resultantes de exportações e 291,6 milhões de dólares de impor-tações. As exportações de emba-lagens vazias evoluíram 31,31% em 2006, com uma alta de 66,4% na indústria de plásticos. Segundo Quadros, o setor de embalagens deve viver uma alta na produção de cerca de 2% em 2007. “O mercado tem tudo para crescer, pois o cená-rio deve continuar favorável.”

PP no centro das atençõesFórum abordará inovações em embalagens de polipropileno

A Milliken, fornecedora de aditivos para polipropileno, realizará no dia 2 de abril a segunda edição do Fórum Milliken de Inovação em Embala-gens de Polipropileno. Durante o evento, cuja proposta é estimular o desenvolvimento de embalagens de PP nos segmentos de limpe-

za, alimentício e cosmético, serão ministradas palestras e haverá uma exposição de embalagens de vários mercados mundiais.Informações podem ser obtidas através do telefone (11) 3043-7193 ou pelo e-mail [email protected].

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março 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 37

Recorde. De acordo com o GNPD, um banco de dados global da con-sultoria Mintel, surgiram mais de 182 000 novos produtos no mundo em 2006, ou 17% a mais que o índice de 2005. Diante da enxur-rada de lançamentos, indústrias se vêem cada vez mais pressio-nadas para projetar embalagens com rapidez – e torná-las efetivas influenciadoras das decisões de compra do consumidor, visto que não há cacife para promoções grandiosas de tantos produtos. Tido como um guru do packaging, Ben Miyares, vice-presidente de relações com a indústria do PMMI (associação dos fabricantes ameri-canos de máquinas de embalagem e organizadora das feiras Pack Expo), fala dessa situação.

Como as indústrias podem tornar mais ágeis os desenvolvimentos de embalagens?Melhor planejamento. Os contra-tempos encontrados geralmente resultam de algo que está sendo negligenciado no processo. Melho-rar a comunicação entre o pes-

Velocidade com eficácia“Explosão demográfica” de produtos exige engenharia criteriosa de embalagens

soal de marketing e o de fábrica é importante. Necessidades, requisitos e objetivos também devem ser discu-tidos com fornecedores de insumos e de máquinas o mais cedo possível. Diálogos ajudam a criar embalagens pertinentes para gerência da marca, operações, armazenagem, varejo e consumidor.

Quais têm sido os maiores erros dos projetos de embalagens e como evitá-los?O erro mais comum é não engajar todos os elos de interesse logo no começo do processo. Industriais cos-tumam pensar em design de emba-lagem como um exercício gráfico,

o que ele certamente é, mas não somente. Geralmente, fabricantes de máquinas e equipes de chão-de-fábrica são instados a discutir projetos de última hora. Pressupo-sições de que o design vai funcio-nar nem sempre se materializam. Migrar do vidro para o plástico, por exemplo, não é tão fácil quan-to pode parecer para o observador casual.

A tendência é a embalagem subs-tituir promoções tradicionais no ponto-de-venda?As duas coisas podem ser com-binadas com publicidade para formar uma experiência total de marketing – tanto na loja como fora dela. A Pepsi recentemente anunciou planos para mudar o design de seus rótulos 35 vezes em 2007, e esse é um bom exem-plo. O logotipo da marca será apli-cado sobre fundos que mudarão constantemente, num reflexo das rápidas mudanças de interesse dos jovens. Mais de 8 bilhões de embalagens de Pepsi deverão integrar esse plano mundo afora.

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38 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Crescem as opções diferenciadas da mais natural das bebidas

milenar conceito de que água é apenas uma substância incolor, insípida e inodora vem mudando cada vez mais rapidamente. No

mundo inteiro, e agora no Brasil – que na verdade tem certo vanguardismo, pois estreou nessa seara há cerca de vinte anos, com a marca Minalba (ver quadro na pág. 40). Atualmente, produtores e engarrafadores de águas minerais e refrigerantes procuram inovar essa máxima com lançamentos de águas saborizadas (ou “flavorizadas”, num neologismo ungido pelo mercado) e funcionais.

Nos Estados Unidos e na Europa, as cha-madas águas com valor agregado – saborizadas ou adicionadas de vitaminas e sais – estão conquistando o espaço que antes era ocupa-do apenas pelos refrigerantes. Segundo dados da Beverage Marketing Corporation, empresa especializada em pesquisa e consultoria na área de bebidas, o consumo dessas águas cresceu mais de 200% no mercado americano em 2005 e movimenta 455 milhões de dólares, ou 14% das vendas de águas engarrafadas. Além disso, no ano passado, pela primeira vez na história, houve queda no volume de vendas de refrige-rantes no país. Na Europa, as águas saborizadas também já detêm a significativa fatia de 30% do mercado de águas minerais, mesmo percen-tual ocupado na Argentina.

Dentro da ondaNaturalmente, o Brasil, onde o consumo de águas minerais também cresce veloz-mente, não ficaria muito tempo fora da onda. A tendência mundial de “incre-mentar” águas minerais ganhou fôlego no mercado nacional no ano passado, com a chegada da Aquarius, nas versões limão e laranja, pela Coca-Cola (desde abril de 2006 em mercados-teste, a partir de janeiro deste ano em todo o País), e da polêmica H2OH! (ver quadro na pág. 41), único produto gaseificado do novo segmento, pela Pepsi/AmBev.

Ao sabor das águas

O

mercado >>> águas

A rigor, no Brasil esses produtos não são considerados água, pois a legislação não per-mite o uso do termo “água saborizada”. A defi-nição correta é “preparado líquido aromatizado ou adicionado de vitaminas”. O nome “água” só pode ser utilizado para identificar produtos naturais, como água mineral natural e água potável de mesa, que não passam por nenhum tipo de tratamento ou adição. É um campo em que as coisas parecem ser promissoras. Em tempos recentes, esse atraente mercado ganhou o reforço de lançamentos de três importantes produtores de águas minerais, que tratam de otimizar o uso das embalagens como ferramen-tas de vendas.

A Acquafibra, saborizada e com fibras, marca a entrada da empresa paulista Genuína Lindoya no mercado de alimentos funcionais. O produto é a primeira bebida à base de água que contém a fibra FOS (frutooligosacarídeo), que segundo o engarrafador traz benefícios à saúde. O projeto gráfico das embalagens, assi-nado pela 9design, tem o mote “genuinamente brasileira” e ressalta aspectos históricos da cul-tura nacional, valorizando a produção artesanal brasileira. Complementarmente, as embalagens Tetra Prisma, fornecidas pela Tetra Pak, dos cinco sabores de Acquafibra (Natural, Morango,

Limão, Abacaxi com Hortelã e Pêssego) exploram, com tex-

9design(11) 3717-2969 www.9design.com.br

Amcor PET Packaging(11) 4589-3062www.amcor.com

Creattore ComunicaçãoIntegrada(19) 3783-9313www.creattore.com.br

ITW Canguru Rótulos(11) 3044-2366www.itw-autosleeve.com

Owens-Illinois(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Rotolograv(19) 3829-4596

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

NA CAIXINHAGenuína Lindoya

optou por solução da Tetra Pak

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40 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

tos e fotos, as característica de fibras naturais presentes em diferentes regiões do País.

Por sua vez, a recém-lançada Ouro Fino Plus, água saborizada da paranaense Ouro Fino, nas versões maçã e tangerina, chama atenção por sua apresentação. “A embala-gem é inédita e foi projetada para pessoas ambidestras, com tampa que pode ser usada como copo”, diz o presidente do Conselho de Administração da Empresa de Águas Ouro Fino, Guto Mocellin. “A garrafa foi concebida para que a pega seja tanto para mão esquerda como para a direita, pois os detalhes em baixo relevo acomodam perfeitamente a posição dos dedos”, diz o diretor industrial da empresa, Carlos Alberto Lancia, que é também presi-dente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam).

Com altura de 205 milímetros, diâmetro de 65,40 milímetros e capacidade de 500 milili-tros, a garrafa de PET, projetada e produzida na própria Ouro Fino, tem rótulo termoencolhível da ITW Canguru e demorou catorze meses para ser concebida. “Fizemos uma ampla pes-quisa e identificamos que todas as embalagens eram voltadas ao consumidor destro, portanto criamos uma embalagem que pudesse atender também o canhoto”, justifica Lancia. Outro destaque fica com a tampa da garrafa, produ-zida pela Owens-Illinois. “Pesquisas mostram que as pessoas não consomem o conteúdo da garrafa de uma vez só. Fizemos então uma tampa plástica que pudesse virar copo, subs-tituindo o tradicional canudinho”, afirma o diretor industrial da Ouro Fino. A tampa-copo tem capacidade para 50 mililitros.

Na esteira do aumento de demanda por esse tipo de bebida, a Águas Prata ampliou seu por-tfólio de produtos segmentados e lançou a água aromatizada Prata Bio Lima Limão. Segundo o gestor nacional de vendas da empresa, Moacyr Alves, o lançamento “visa atender as reivindi-cações de consumo detectadas em pesquisas realizadas em São Paulo.”

A Águas Prata teve a preocupação de dife-renciar a embalagem do novo produto da linha tradicional de águas. “Os rótulos da Prata Bio Lima Limão são bem distintos dos rótulos da linha de água mineral, e as garrafas receberam coloração verde clara, o que elimina possí-veis confusões para o consumidor”, ressalta o executivo. A garrafa de PET de 510 mililitros, fornecida pela Amcor PET Packaging, ganhou

A primeira água mineral saborizada engarrafada no Brasil está prestes a completar duas décadas. Lançada em fevereiro de 1988, a água saborizada da Minalba com gás era acondicionada em garrafas retor-náveis de vidro de 300 mililitros. A pioneira das aromatizadas era pro-duzida em Campos do Jordão (SP) nos sabores limão, menta e tange-rina. Em 1990, a bebida passou para garrafinhas one-way de 250 mililitros, também de vidro, forneci-das pela Cisper (hoje Owens-Illinois) pré-rotuladas e com tampas crown. Ainda na década de 1990, o produ-to saiu do portfólio da Minalba.

Novidade no século passado

MULTIUSOGarrafa da Ouro Fino

tem pega ergonômica e tampa que vira copo

APROVAÇÃO 200%Sucesso da garrafa de 510 mililitros levou a Águas Prata a lançar embalagem maior

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março 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 41

rótulo de BOPP, produzido pela Rotolograv, e tampa de rosca da Owens-Illinois. O design da embalagem ficou a cargo da Creattore Comunicação Integrada. O sucesso da garrafi-nha foi imediato. “Em trinta dias, o volume de vendas superou em 200% a nossa expectativa”, conta Alves. “Agora a Águas Prata vai colocar no mercado uma nova versão de embalagem, também em PET, de 1,26 litro”. (FP)

Apesar do nome, a H2OH!, sucesso da Pepsi/AmBev, é classificada e tem no rótulo a identificação de refrigeran-te. Mas a Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais – Abinam alega que o produto, além de infringir a legislação sobre bebidas não-alcoólicas, tem a clara intenção de confundir o consumidor ao adotar o símbolo químico universal da água para dar nome a um refrigerante. A entidade argumenta que, no lançamento do produto, executivos da Pepsi apresentaram a H2OH! como “água gaseificada” e “água saborizada”. No site da AmBev, a bebida aparece no ícone “outros produtos”, separado dos refrigerantes. Na verdade, a H2OH! é uma variação light do conhecido refrige-rante de limão 7UP, o que é explicitado nos rótulos da bebida em outros países, como Uruguai, Argentina e Portugal. No Brasil, a citação aparece apenas em letras pequenas (na imagem abaixo).A Abinam alega também que o produto é apresentado nos supermercados como água e exposto ao consumidor nas gôn-dolas de águas minerais e não nas de refrigerantes. Mas essa forma de expo-sição, pelo menos em São Paulo, não pode mais acontecer. O Procon deter-minou, no início de março, que todas as águas com sabor, fibras ou vitaminas sejam comercializadas em gôndolas separadas das de água mineral.

A 7UP com nova cara – e bem-sucedida

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42 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Fabricantes de refrigerante podem aposentar classificações light e diet

omo boa parte das indústrias de consumo, de tempos em tempos os fabricantes de refrigerantes pre-cisam se reinventar, num processo

cujo objetivo, claro, é aumentar as vendas. A onda propagada nos últimos meses faz parte desses movimentos cíclicos, e pode ser resumida pela multiplicação dos chamados refrigerantes zero açúcar nos pontos-de-venda brasileiros. Segundo os fabricantes, tal tendên-cia foi desencadeada por duas constatações de mercado. A primeira é que os jovens, res-ponsáveis por gordas fatias do setor, passa-ram a torcer o nariz para as palavras light e diet, consideradas ultrapassadas por eles. Em segundo lugar há a suspeita de que as classi-ficações convencionais dos refrigerantes de baixas calorias também deixaram de agradar o público formado por homens adultos, que interpretaria nos carimbos ligth e diet certa conotação feminina.

Munidos de tais diagnósticos, grandes fabricantes de refrigerante vêm promovendo uma nova leva de lançamentos no mercado brasileiro. Nesse movimento, chama especial atenção o surgimento de bebidas clássicas em versões renovadas. São os casos da Coca-Cola Zero e do Guaraná Antarctica Zero Açúcar, que começaram a chegar a determinadas praças do varejo brasileiro no primeiro trimestre, e pro-metem se espalhar por todo o país em breve. Mas muitas outras marcas pegaram carona na tendência (Guraná Kuat Zero e Sprite Zero, por exemplo), indicando que esse movimento não tem relação apenas com adolescentes e homens adultos insatisfeitos.

Para quem é do ramo, não há dúvidas de que a onda zero açúcar é uma reação ao fenô-meno H2OH!, o refrigerante de baixa gaseifi-cação da Pepsi que em três meses amealhou dez pontos percentuais do mercado brasileiro, acendendo o alerta laranja da concorrência (ver quadro ao lado).

Caso essa ponte entre os refrigerantes e as águas com sabor, também chamadas de flavorizadas (sobre esse tema, ver reportagem

O zero está com tudo

C

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

mercado >>> refrigerantes

Participação no mercado

Outubro de 2006

Dezembro de 2006

Coca Light 36,1% 32,1%Guaraná Antarctica 20,5% 16,8%

Pepsi Light 3,3% 3,1%

H2O! 2,5% 13,7%

FON

TES: AC N

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Fenômeno H2O! derruboufatias das marcas líderes

REAÇÃOCoca-Cola Zero quer conter crescimento da H2OH!. Uma das armas é uma garrafa de PET exclusiva da Engepack

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março 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 43

na página 38), de fato esteja por trás da onda zero açúcar, pode-se dizer que a H2OH! e sua escalada repentina no ranking nacional favo-receram o surgimento de boas novidades de embalagem nas prateleiras de refrigerante. A principal delas é a garrafa de PET de 400 mili-litros da Coca-Cola Zero, inédita no mix da marca e criada exclusivamente para o público brasileiro.

O formato tenta fazer uma releitura da con-sagrada garrafa contour de vidro, mas são as características da região de pega que chamam atenção no projeto. Colocados na vertical, traços em relevo simulando as mesmas ondas que caracterizam a primeira letra C do logotipo da Coca-Cola dividem a cintura da garrafa. À esquerda, a marca aparece na horizontal e em alto relevo, enquanto no lado direito, pontos também em relevo proporcionam uma textura diferenciada, projetada para facilitar a pegada. A garrafa é produzida pela Engepack.

Nos demais lançamentos de refrigerantes zero açúcar, de modo geral as novidades em embalagem se restringem ao terreno dos gra-fismos. Nesse aspecto, destaque para o layout do Guaraná Antarctica Zero Açúcar, criado pela Narita Design. A agência conseguiu des-tacar a nova classificação do produto e ao mesmo tempo preservar o padrão de cores, a tipologia e o estilo despojado dos grafismos do antigo layout. (LH)

EQUITIES MANTIDOSPadrão de cores, tipologia e grafismos despojadosdo antigo Guraná Antarctica Diet foram mantidosna versão Zero Açúcar, desenhada pela Narita Design

Engepack(11) 2149-8800www.engepack.com.br

Narita Design(11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

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44 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

om a disputa cada vez mais acir-rada no mercado de cervejas, a Femsa aposta na diferenciação das embalagens da Sol, seu carro-chefe,

para conquistar novos consumidores. Lançada em outubro de 2006, a marca foi incrementada com uma nova opção de embalagem secundá-ria, a Sol Ice Box, que ajuda a manter a cerveja gelada por duas horas. Trata-se de uma caixa de papel cartão desenvolvida em conjunto pela Femsa e pela Rigesa com dezoito latas e que não vaza mesmo depois que o gelo a ele adicionado derreta, garante a Femsa. A arte da embalagem é da Fischer América. “Como a Sol estreou no verão, estação que representa cerca de 40% do total de vendas no ano, decidimos brindar o consumidor com a Ice Box, que pos-sui a funcionalidade de um cooler e a praticida-de do descartável”, diz Leonardo Lima, gerente de marketing da Sol. “Além da praia, a caixa é ideal para festas e churrascos.”

Outra novidade apresentada pela Femsa no final do verão foi a Sol Shot, primeira garrafa de vidro de cerveja de 250 mililitros do Brasil. Para adotar tal embalagem, a Femsa fez inves-timentos na unidade fabril de Araraquara (SP), a primeira a ter uma linha adaptada e especial-mente dedicada ao engarrafamento da Sol Shot. Foram 240 dias de pesquisas e análises feitas em conjunto com a vidraria Owens-Illinois, fornecedora da nova garrafa. A tampa de aço, do tipo crown, é fornecida pela Aro; o rótulo, de papel, pela Gráfica Rami.

Sol com gelo e preço

C

marketing >>> cervejas

FRESCORIce Box (acima) mira

ocasiões festivas. Já a garrafinha da Shot (à

esq.) promete dificultar a cerveja “choca”

Aro(11) 6412-7207www.aro.com.br

Fischer América(11) 3704-1411www.fischeramerica.com.br

Gráfica Rami(11) 4587-1100www.ramiprint.com.br

Owens-Illinois(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Rigesa(19) 3881-8800www.rigesa.com.br

Rexam(51) 2123-8500www.rexamcan.com.br

Não é mais exclusividade de Skol

A Brahma, marca internacionalizada pela AmBev, também ganhou novo recipiente: uma lata de alumínio de 473 mililitros, medida que há tem-pos faz parte da linha permanente de embalagens da Skol, da mesma cervejaria. A novidade foi apresenta-da no camarote da marca durante

o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, no sambódromo da Marquês de Sapucaí, e pode ser encontrada nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A AmBev não tem previsão para estender o lança-mento para outros mercados. A lata é produzida pela Rexam.

Além do formato inédito da nova gar-rafa, o preço de comercialização sugerido, que varia de 75 a 79 centavos em lojas de auto-serviço, é outro argumento de venda. “Acreditamos que o preço altamente compe-titivo será um fator adicional de sucesso das vendas”, comenta Riccardo Morici, diretor de marketing da Femsa, ressaltando que a emba-lagem menor proporciona ao consumidor a degustação da bebida “na mesma temperatura do começo ao fim.” (FP)

Femsa recorre a embalagem cooler e garrafa inédita para ganhar mercado

FOTO

S:DIVULGAÇÃO

Assim como marca irmã, Brahma passa a ter versão em “latão”

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março 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 45

Camp estréia em sucos prontos

aior fabricante nacional de refrescos em pó, a General Brands entra na categoria de sucos prontos com a marca Camp Néctar. Esse seg-mento de mercado fatura anualmente cerca de

1 bilhão de reais no Brasil e vem recebendo fortes investi-mentos, sobretudo da gigante Coca-Cola, que recentemente comprou a Sucos Mais e a Sucos Del Valle (no México e no Brasil, em parceria com a Femsa). Assim, a Coca-Cola e a Femsa detêm 27,6% do mercado de sucos prontos para beber no Brasil, considerando-se as participações da Sucos Mais, de 7,6%, e da Del Valle, de 20%. A terceira colocada, Sú Fresh, tem 7%, e o Maguary, da Kraft Foods, 6%.

O diretor-presidente da General Brands, Isael Pinto, diz que a empresa pretende conquistar 5% dessa fatia em doze meses, ficando entre os cinco maiores fornecedores do produto. Os investimentos no Camp Néctar, incluindo novas linhas de envase, somam mais de 10 milhões de reais. “Vamos aproveitar o atual sistema de distribuição do Camp em pó e a forte penetração dos nossos produtos nas regiões Norte e Nordeste, onde o verão acontece o ano todo”, afirma o diretor-presidente da GB. Primeiro produto lançado pela empresa, em 1997, o Camp em pó conta com pontos-de-

venda espalhados por todo o Brasil. O Camp Néctar, um suco natural e sem

conservantes, está nas gôndolas desde o final de fevereiro nos sabores caju, maçã, goiaba, maracujá, manga, pêssego, uva e laranja, em embalagens cartonadas assépticas da Tetra Pak de 200 mililitros e de 1 litro e em latas de 335 mililitros, fornecidas pela Crown. O design é do

departamento de marketing da General Brands.

Com o lançamento, a empresa (que também pro-duz balas, goma de mascar, chocolate granulado e suple-mento alimentar) terá pela primeira vez as classes A e B como público alvo.

Mais um na disputa

M

marcas >>> sucos

Crown(11) 4529-1000www.crowembalagens.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

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46 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Rexam reabre unidade para produzir três tamanhos de latas para bebidas

rigor, não há motivos para quei-xas no setor de latas de alu-mínio para bebidas: a fatia continua a mesma, mas o bolo

aumentou de tamanho. Na verdade, as vendas para a indústria de bebidas bateram recorde em 2006, quando foi registrado crescimento de 10% sobre o ano ante-rior. As três empresas do setor – Rexam, Latapack-Ball e Crown – colocaram 10,7 bilhões de latas no mercado brasileiro no ano passado, contra 9,7 bilhões em 2005. O recorde anterior era de 2002, com 10,04 bilhões de unidades vendidas. Agora os fabricantes apostam no potencial de con-sumo nacional, que cresce ano a ano e hoje está em 57 latas por pessoa anualmente. É uma posição ainda distante da americana, que marca um consumo médio de 372 uni-dades por ano, mas a expectativa do setor é de que haverá avanços.

Durante o ano passado, a participação das latas de alumínio manteve-se estável no universo das embalagens de bebidas. No segmento das cervejas (9,8 bilhões de litros em 2006), a presença das latas foi de 28,2%; no de refrigerantes (13 bilhões de litros), de 7,8%; no de sucos (353 milhões de litros), de 3,1%, e no de chás (51 milhões de litros), de 23,5%. “Essa estabilidade é uma vitória, porque a lata concorre, principalmente, com outros dois pro-dutos mais baratos e menos tributados, as gar-rafas plásticas e as de vidro”, considera André Balbi, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) e presidente da Rexam no setor de latas de bebidas na América do Sul.

Apostando no crescimento do mercado, a Rexam, maior fabricante mundial de latas de alumínio para bebidas, acaba de reabrir sua uni-dade de Jacareí, no interior de São Paulo, com o objetivo de produzir embalagens em tamanhos diferenciados – 250 mililitros e 473 mililitros –, além das tradicionais latas de 350 mililitros para cervejas, refrigerantes, chás e sucos prontos

Aposta em outras medidas

A

metálicas >>> alumínio

DIVERSIDADETrês opções de latas agora em linha de produção

para beber. A par de atender o mercado local, a planta vai servir como base de exportações para países da América do Sul.

A nova unidade foi instalada onde antes fun-cionava uma fábrica da antiga Latasa fechada em julho de 2004, após menos de um ano de sua aquisição pela Rexam. Como a planta já existia e estava fora de operação, a empresa precisou de três meses e investimento de 5,3 milhões de dólares em novas máquinas, que poderão produzir até 600 000 latas por ano. A produção ainda está em fase de testes, mas a Rexam adianta que a operação a todo vapor deve acon-tecer no final do primeiro trimestre deste ano. “Queremos oferecer alternativas diferenciadas aos nossos clientes, para que possam chegar ao consumidor final com produtos adequados a todos os perfis”, conta André Balbi.

A decisão de reabrir a unidade de Jacareí, segundo o executivo, também está de acordo com a estratégia da Rexam de regionalizar a produção. Ao longo de 2006 a empresa produ-

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Com a inauguração de duas unidades de redução de alumínio, no final de janeiro último, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do Grupo Votorantim, com sede em Alumínio, no interior de São Paulo, tornou-se a maior produtora da América Latina. A expansão da fábrica exigiu investimentos de 3,5 bilhões de reais, realizados nos últimos cinco anos, e contribuiu para capacitar a empre-sa a produzir 475 000 toneladas de alumínio primário ao ano. “A meta é atingir 615 000 toneladas até 2011, mas isso pode aconte-cer antes do planejado”, acredita o presidente da Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes. Os novos fornos têm capacidade para pro-

cessar um total de 182 toneladas por dia de uma pasta de piche e coque, que constituem matéria-prima para a formação do alumínio, mais o óxido de bauxita. A CBA passa a ter em operação 1 508 for-nos, em oito pavilhões, e produz alumínio na forma de vergalhões, tarugos, lingotes, cha-pas, bobinas, perfis, telhas e cabos, sendo que 40% da produção total são destinados à exportação. “Caso a economia permita, a meta é ampliar as vendas para o mercado interno”, diz o empre-sário. “Vender para o Brasil é muito mais interessante”, ele con-sidera. “No entanto, tivemos de aumentar de 30% para 40% a expor-tação, porque o merca-do nacional piorou.”

A Hindalco Industries Limited, maior com-panhia de metais não ferrosos da Índia, e a Novelis, líder mundial em laminados de alumínio, anunciaram a assinatura de um acordo definitivo de aquisição da empresa canadense pela indiana em uma transação de 5,9 bilhões de dólares, incluindo uma dívida de cerca de 2,4 bilhões de dóla-res. Com sede em Bombaim (Mumbai), a Hindalco é uma das indústrias líderes de alumínio e de cobre na Ásia, e principal companhia do conglomerado Aditya Birla Group. Com a transação, a Hindalco cons-tituirá, com a Novelis, a maior companhia de laminados de alumínio do mundo, uma das maiores produtoras de alumínio primá-rio na Ásia e a líder de produção de cobre na Índia. A compra dará à empresa india-na acesso a novas tecnologias e novos mercados, dobrando suas vendas anuais para 20 bilhões de dólares. Com sede em Atlanta (EUA), a Novelis foi criada há dois anos a partir de um desmembramento de ativos da canadense Alcan.

Novelis é dos indianos

CBA é agora a maior produtora de alumínio da América Latina

ziu, como teste, latas em tamanhos diferencia-dos em algumas de suas seis unidades no país. “Mas como as unidades de fabricação de latas de alumínio são de alta produtividade, a manu-tenção de produções ocasionais dificultaria o atendimento ao mercado de latas tradicionais”, explica Balbi. (FP)

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Um apanhado das linhas de cartão disponíveis aos fabricantes de sabonetes

uma demonstração de que mesmo itens de necessidade básica com-portam investimentos em apresen-tações diferenciadas, a categoria

de sabonetes em barra vem protagonizando um importante movimento rumo a emba-lagens posicionadas num patamar superior de qualidade. A tendência é especialmente deflagrada pela substituição dos tradicionais envelopes de papel laminado pelos cartu-chos de papel cartão. Basta analisar a atual “demografia” das prateleiras do produto, nos supermercados, para se perceber que as embalagens cartonadas surgem como gran-des vedetes do mercado de sabonetes.

Não é difícil entender tamanha onda de migração. Enquanto os envelopes pratica-mente se tornaram sinônimo de marca popu-lar, nos últimos anos as caixinhas de papel cartão têm conseguido agregar valor a dife-rentes linhas sem implicar grandes alterações no custo de suas embalagens.

Uma das principais vantagens do papel cartão decorre do maior destaque propor-cionado no ponto-de-venda. “Na maioria das vezes os itens com embalagens de papel cartão estão mais bem expostos, tanto em localização na gôndola quanto em metragem,

Caixinhas para todos

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ULG

AÇÃO

celulósicas >>> higiene e beleza

VEDETESMaior área de exposição no PDV e diferenciação frente a “embalagens

commoditizadas” favorecem cartuchos

proporcionando maior visibilidade das mar-cas, que ficam de frente para o consumidor”, sintetiza Ana Paula Pinheiro Baltazar, geren-te de produto da Suzano Papel e Celulose.

Nas prateleiras de sabonetes, as diferentes linhas de cartão da Suzano podem ser vistas nas marcas Albany, Avon, Granado, Francis, Johnson & Johnson, Memphis e O Boticário. Dentro da família de cartões da Suzano, um dos produtos indicados para o segmento de sabonetes é o Supremo Alta Alvura, papel cartão com brancura diferenciada, revestido com duas camadas de tinta. “Isso faz dele um cartão mais atraente e apropriado para pro-dutos de posicionamento premium”, conta a gerente da Suzano. Outra alternativa é o TP Hi-Bulky, papel cartão triplex que apresenta rigidez diferenciada e, segundo a executiva, se adapta bem a impressoras e linhas de envase de alta escala. Ana Paula cita ainda o TP Polar, papel cartão triplex com resina interna que funciona como barreira a umi-dade e gordura. “Por enquanto, porém, esse produto está sendo mais utilizado no merca-do de embalagens de alimentos congelados”, ela informa.

Os apelos do papel cartão no mercado de sabonetes não se resumem a ganhos na área

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de exposição. Christian Kroes, assistente técnico de produto da Papirus, outro gran-de fabricante de cartões para embalagens, lembra que, no mercado de sabonetes, as caixinhas reforçam o posicionamento de produtos com maior qualidade cosmética e características especiais, como tratamento para a pele, hidratação e esfoliação. Para o profissional da Papirus, esse tipo de sabo-nete já não se viabiliza com o tradicional envelope laminado. “Esse material é hoje encarado como uma commodity no segmen-to”, define Kroes.

Em termos de acabamento e tratamento gráfico, as técnicas possíveis são variadas, a começar pela plastificação e laminação com diferentes polímeros. Esse tipo de procedi-mento já é feito pelos próprios fabricantes de papel cartão, como demonstra o case de Dove, que utiliza um cartão duplex extru-dado com polietileno de baixa densidade (PEBD) pela própria Ripasa (ver quadro). Mas outros tratamentos, caso da aplicação de vernizes com propriedades antifungo, ou mesmo de controles especiais no resultado do corte e vinco, costumam ser feitos pela indústria gráfica que atua como convertedor da embalagem. Ela também pode realizar aplicações de relevo e de hot-stamping.

Klabin(11) 3046-5800www.klabin.com.br

Papirus(19) 2113-6200www.papirus.com

Ripasa(11) 3491-5303www.ripasa.com.br

Suzano0800 0 555 100www.suzano.com.br

Pode-se dizer que o movimento dos fabricantes de sabonetes em direção às caixinhas foi iniciado no Brasil em 1992, quando a Unilever introduziu por aqui sua linha Dove de sabonetes com creme hidratante. Tal lançamento trouxe à baila os famosos car-tuchos brancos com detalhes azuis e dou-rados até hoje carac-terísticos da marca. As caixinhas de Dove, por sinal, são feitas desde aquela época com cartão da Ripasa. “Em função disso, fomos pioneiros no fornecimento de papel cartão ao segmento de sabonetes”, diz Sérgio

Canela, superintendente comer-cial da empresa. O executivo informa que o cartão utilizado atualmente na linha Dove é do tipo duplex, e conta com aplicação de polietileno de baixa densidade (PEBD) nas paredes internas. Tal tratamento funciona

como barreira contra umidade, vapor e gordura. A extrusão da resina é feita pela própria Ripasa, na fábrica situada em Embu das Artes (SP).Tal unidade, aliás, recentemen-te passou a ser controlada de forma integral pela Suzano Papel

e Celulose. A empresa já detinha participação na plan-ta, e em fevereiro último anunciou ter adquirido da Votorantim Celulose e Papel (VCP) o restante de seu controle. O valor anunciado do negócio foi de 20 milhões de dólares, em mais um indi-cativo da importância dos sabonetes no faturamento global dos fabricantes de cartões para embalagem.

Pioneira no setor, Ripasa passa por mudanças

Ainda do ponto de vista industrial, outra vantagem do papel cartão é a boa produtivi-dade nas linhas de acondicionamento. “Além disso, o material oferece ótima superfície de impressão”, destaca Edgard Avezum Jr., gerente comercial da área de cartões da Klabin, outro player do setor. Para o mercado de sabonetes, ele destaca a linha KlaFold, produzida com um mix de fibras curtas (eucalipto) e longas (pínus). “Isso atribui maior rigidez, resistência ao rasgo e à com-pressão”, ressalta Avezum.

Somados, benefícios assim permitem pre-ver uma progressiva participação do mate-rial no mercado de sabonetes em barra. Tal tendência também pode ser beneficiada pela multiplicação de produtos com apelos arte-sanais e feitos à base de vegetais. Seja como for, em se tratando de uma categoria presente em 99% dos lares brasileiros, os movimentos do mercado de sabonetes em barra merecem atenção. (LH)

INVIABILIDADEPara fabricantes de cartões, envelopes

comprometem posicionamento de

sabonetes hidratantesou esfoliantes

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Projetadas com esmero, embalagens valorizam molhos na sua transição de suvenires de restaurante a produtos distribuídos no varejo de alto requinte

nte a crescente demanda de seus exigentes clientes pelos molhos e cobertu-ras produzidos em sua

cozinha, para uso em casa, a rede de restaurantes e cafés Bazzar, conhecida no Rio de Janeiro pela boa qualida-de de seus produtos, acabou entrando recentemente em novo nicho de negócio que, graças ao uso adequado das embala-gens, se prenuncia muito próspero. Ocorria que o atendimento ao público para aqueles complementos vinha crescendo gradativamen-te, com o uso de embalagens genéricas, sem marca, sem rótulo e sem grandes pretensões por parte dos proprietários da casa.

Foi então que entrou em cena a rede de supermercados Zona Sul, cujas principais lojas ficam no bairro do Leblon, com uma proposta que influiria na decisão dos sócios do restau-rante de transformar os ingredientes artesanais em produtos capazes de ter bom desempenho em gôndolas. A rede se dispunha a comer-cializar os itens com a marca Bazzar, desde que acondicionados em recipientes industriais. Essa é a gênese de duas linhas de produtos cujas embalagens – frascos de polipropileno multicamadas e potes de vidro – materializam os sempre enaltecidos conceitos de transmis-são da idéia de qualidade do conteúdo e de adição de valor.

Aceita a proposta, os sócios do estabe-lecimento decidiram que seria fundamental acondicionar os produtos, cuja qualidade tanto atraía os compradores, em embalagens atraen-tes, capazes de manter os sabores originais e ao mesmo tempo transmitir a idéia de manu-fatura requintada, sem cair na vala comum do “produto caseiro”.

As caldas e coberturas são produtos natu-rais, com pouquíssimos conservantes, e isso impunha o desafio de criar recipientes com barreira suficiente para preservar o conteúdo

A

making of >>> molhos e condimentos

e manter a qualidade original. “Nossos produ-tos atendiam bem às donas de casa e sempre se adequaram perfeitamente às necessidades de consumo do público masculino que cozi-nha por lazer e do chamado single”, observa Cristiana Beltrão, uma das sócias do restau-rante. “Era fundamental que as embalagens agradassem a esses públicos.”

Para desenvolver o projeto o Bazzar con-tratou em São Paulo a agência Hi-Design, por indicação da consultoria FuturePack. “Como os dois itens – molhos salgados e caldas doces – são totalmente distintos, foram defini-dos dois conceitos diferentes de embalagens”, conta a designer Sara de Paula Souza, diretora da Hi-Design.

Barreira decisivaPara as caldas de chocolate, caramelo e fram-boesa foi escolhido um pote de polipropileno multicamadas, produzido pela Olveplast, com resina fornecida pela Suzano Petroquímica. “O produto que a Suzano nos apresentou pos-sibilitou o uso de pouquíssimo conservante, pois tem ótimo grau de barreira”, diz Cristiana Beltrão. “Queríamos produzir as caldas sem aditivos, mas isso não foi possível”, ela conta. “Porém, com o polipropileno multicamadas

Conteúdo enobrecidoPor Flávio Palhares

PRATICIDADETampa usada como base facilita escoamento do líquido viscoso

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conseguimos utilizar muito menos conservan-tes do que seria necessário em uma embala-gem feita de outro tipo de plástico.” A Suzano Petroquímica bancou 50% do valor de produ-ção do molde do frasco, numa iniciativa que, segundo André Giglio, da área de marketing e desenvolvimento de mercado da empresa, “faz parte de um esforço para disseminar novas aplicações de alto valor agregado para o polipropileno.”

Reforçando a idéia de adição de valor e pro-duto premium, os frascos plásticos têm design exclusivo, com tampa flip-top, da Igaratiba, para facilitar o consumo, e rótulos termoenco-lhíveis, da Sleever International. A embalagem é desenhada com a boca para baixo, de modo que a tampa serve como base. “Pesquisas mos-tram que o brasileiro tem o hábito de espremer os recipientes de caldas sobre os sorvetes na hora de consumir, e essa se mostrou a solu-ção mais adequada para tal uso”, relata Sara de Paula Souza. Segundo ela, “a posição da tampa ajuda a dispensar o líquido viscoso, que é aproveitado até a última gota.”

Brilho e belezaPara os três tipos de molho – Teriyaki (à base de shoyu) de Damasco e de Tomate e Especiarias – as embalagens escolhidas foram potes de vidro, com rótulos auto-adesivos e tampas de aço com botão de segurança (safety button). A boca larga facilita o uso do pote de vidro, fornecido pela Companhia Industrial de Vidros (CIV), e isso teve grande peso na escolha da embalagem. “É só retirar a tampa e levar o pote ao forno de microondas”, diz Cristiana. Mas havia uma questão importante ligada à possi-bilidade de utilização do conteúdo em etapas, influindo no tipo de material dos rótulos. Como a embalagem é grande (480 gramas), nem sempre os molhos são consumidos de uma vez, podendo ser guardados no refrigerador, “e isso exigia um rótulo resistente à umidade, o que levou ao filme de BOPP”, destaca a diretora da Hi-Design. “Além disso, o material tem brilho e beleza, dois atributos muito cultivados pelo público consumidor dos produtos.”

Com a pequena tiragem inicial dos molhos, a colagem precisava ser feita manualmente, outro fator que influiu na escolha do siste-ma auto-adesivo, já que seria praticamente inviável a aplicação de outro tipo de rótulo. “Também racionalizamos o uso das cores e

o desenho das facas, para reduzir custos de impressão”, diz a designer. Os rótulos, impres-sos pela Pimaco, seguem o padrão de cores dos três molhos.

A tampa, produzida pela Metalgráfica Rojek, tem o efeito de aço escovado, para harmonizar com o ambiente despojado do res-taurante Bazzar. “A idéia foi fugir do dourado, que lembra o estilo clássico e é muito utilizado em embalagens de molhos”, explica Cristiana. “O aço escovado é mais contemporâneo”. A tampa é a primeira com esse tipo de acaba-mento no mercado brasileiro, graças à tecno-logia desenvolvida no centro de pesquisas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Na opinião de Sara de Paula Souza, o uso do botão de segurança completa o conceito de embala-gem limpa. “Cogitamos o uso de um selo ade-sivo como lacre, mas isso acabaria poluindo a embalagem”, diz ela, que classifica o trabalho como “exemplo de smart design.”

As embalagens fizeram sucesso tão logo foram lançadas. A previsão dos proprietários do restaurante era vender o lote inicial, de quantidade não revelada, em dois meses. Os produtos esgotaram em quinze dias, só no atendimento a clientes do Rio de Janeiro. Agora, o Bazzar estuda propostas para viabili-zar a comercialização dos molhos e caldas em empórios sofisticados de São Paulo.

CIV(11) 2172-7400www.civ.com.br

CSN(11) 3049-7162www.csn.com.br

FuturePack(11) 4195-9406www.futurepack.com.br

Hi-Design(11) 3834-2821

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Metalgráfica Rojek(11) 3227-4789www.rojek.com.br

Olveplast(11) 4191-8222www.olveplast.com.br

Pimaco (21) 2450-9730www.pimaco.com.br

Sleever International(11) 5641-3356www.sleever.com

Suzano Petroquímica(11) 3583-5900www.suzanopetroquímica.com.br

SOBRIEDADEVidro, tampa de aço escovadoe rótulo de BOPP compõemvisual contemporâneo

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Diretor de entidades de design vem ao Brasil avaliar oportunidades para empresas inglesas. Projetos de embalagens fazem parte do interesse

irigente da Design Business Association, associação britânica que fomenta par-cerias entre o comércio

e empresas de design, e da Design Leicestershire, entidade representativa de mais de 700 consultorias de design baseadas na região das East Midlands, o Centro-Leste da terra da Rainha, o inglês Trevor Flannery esteve em São Paulo no início de março numa espécie de missão de reconhecimento. Veio para analisar o design brasileiro como negó-cio e mapear oportunidades futuras para as representadas.

A visita de Flannery, que também é diretor de vendas e marketing da Stocks Taylor Benson, considerada uma das principais agências britânicas de design gráfico, integra a Go Brazil, maior cara-vana multissetorial do Reino Unido ao Brasil nos últimos anos, apoiada pelo UK Trade & Investment (servi-ço comercial do governo britânico). O “missionário” concedeu a seguinte entrevista a EMBALAGEMMARCA.

Quais os interesses das empresas britâ-nicas de design no Brasil?Há um esforço no sentido de se firmar uniões colaborativas internacionais para as consultorias de design associadas à Design Business Association e, em nível mais específico, àquelas integrantes da Design Leicestershire. Nesse sentido, temos apoio governamental e também da indústria, na forma de recursos capta-dos junto à iniciativa privada. Queremos entender melhor o Brasil, pois nossos mercados são muito afastados, não têm intimidade. Poderemos, assim, construir parcerias com empresas brasileiras com interesses comuns e também prestar serviços de consultoria no futuro. Nosso

Em busca de mercado

D

design >>> entrevista

PROSPECÇÃO – Para Flannery, o Brasil é um mercado potencial para designers britânicos

projeto é de três anos. Quando eu retor-nar à Inglaterra, teremos mais informa-ções para formular propostas relevantes para o mercado brasileiro.

A brochura oficial da missão Go Brazil diz que a Design Leicestershire repre-senta mais de 700 empresas de design. Parece ser um setor bem prolífico para a região Centro-Leste inglesa...Sim. East Midlands é uma grande região – quer dizer, não tão grande assim se comparada a São Paulo, na verdade até pequena (risos)... Duas pesquisas detec-taram 708 empresas de design nessa região, de quinze diferentes perfis. São empresas que vão desde escritórios de arquitetura e de design de ambiente a agências de design gráfico, de criação de material de apoio para ponto-de-venda, de design de produto, de design estrutural. É um espectro bastante varia-do. Há desde empresas com mais de cem funcionários a empresas formadas por dois ou três profissionais.

Qual a importância do design de emba-lagem dentro da missão representada pelo senhor?Consideramos o design de embalagem muito importante, embora tão importan-te quanto qualquer outra disciplina, dada a variedade de perfis das empresas repre-sentadas, como mencionei. Embalagens estão na nossa agenda porque 65% do faturamento das consultorias represen-tadas advêm de projetos para o varejo. Muitos desses projetos são de embala-gens para produtos de marcas próprias dos varejistas. Visitarei supermercados para observar atentamente as embala-gens daqui.

Designers europeus, ao analisar emba-

PROSPECÇÃO – Para Flannery, o Brasil é um

lagens brasileiras, freqüentemente dizem que elas carregam uma quantida-de exagerada de informações. Produtos britânicos costumam prezar embala-gens limpas, com design minimalista, principalmente os de marcas próprias dos varejistas. A que o senhor atribui essa característica?Não tenho uma opinião formada a res-peito, mas parto do pressuposto de que cada povo tem sua cultura de consumo. Ao mesmo tempo, o design muitas vezes cede a variados tipos de pressão, como os de cunho sanitário ou ambien-tal, e acaba havendo uma overdose de informações nas embalagens. Em face de sua pergunta, uma coisa em voga na Inglaterra, atualmente, é o que chama-mos de traffic light system. Basicamente são sistemas que, da mesma forma que semáforos, comunicam através de íco-nes coloridos os níveis de sais, de açúca-res, de gordura saturada dos alimentos. Foram inventados para funcionar como guias fixos, permitindo ao consumi-dor visualizar rapidamente o que é ou não benéfico à sua saúde. Algumas das grandes cadeias varejistas do Reino Unido estão tentando adotar sistemas

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Convite feito

próprios de códigos nas embalagens de seus alimentos, e essa onda tem gerado certa controvérsia e alguns conflitos de padrão. Mas, no fim das contas, eu acho que, se a iniciativa facilita a vida das pessoas, ela é válida. O consumidor quer as informações logo. Ele não quer gastar muito tempo checando os produ-tos. Compra com os olhos.

Que dificuldades as empresas de design atreladas a embalagens enfrentam atu-almente no Reino Unido?Dificuldades universais, e não apenas dos designers de embalagens, são a luta para justificar os preços cobrados e a competitividade cada vez maior. O setor enfrenta grandes pressões. Como profissional da Stocks Taylor Benson, que também realiza design de embala-gens, enxergo uma situação que possi-velmente também acontece no Brasil e em outros lugares: o problema da conti-nuidade. Muitas consultorias nascem da associação entre dois ou três profissio-nais, e, quando elas crescem, crescem nas esferas inferiores a eles. Chega um momento em que a sucessão se torna um estorvo, que pode comprometer o negócio.

Inovação tornou-se a meta declarada das grandes indústrias, e muitas delas esperam que os designers sejam arau-tos dessa propriedade. Que fatores têm dificultado a obtenção de designs inova-dores no campo das embalagens?Um problema que observo é que muitos designers não desafiam os briefings. Há um receio de contrariar os clientes. Por isso, muitas vezes as consultorias

Empresas brasileiras têm incentivo para visitar feira britânica de embalagens

entregam o que o cliente quer, e não o que ele precisa. Isso faz uma diferença brutal. É possível optar pelo caminho seguro e vender ao cliente coisas das quais ele certamente gostará, ou se arris-car, dando-lhe aquilo que ele realmente necessita – e que lhe trará aumento de vendas, aumento de penetração no mercado e melhor reconhecimento da sua marca.

Aqui no Brasil muitas pessoas criticam o fato de que muitos daqueles que se intitulam designers de embalagens são unicamente designers gráficos, tendo pouca familiaridade com design estru-tural ou tecnologias de impressão, por exemplo. Acontece coisa parecida no Reino Unido?Sim. A idéia da especialização nesse ramo é muito forte. Numa analogia com o futebol, que é bastante popular no Brasil como em meu país, há uma grande parcela que acredita no seguinte: o atacante faz gols e só, o goleiro defen-de a meta, ponto, e por aí vai. Falta, infelizmente, a visão de que, embora se tratem de competências diferentes, elas fazem parte do mesmo jogo. O mercado não está acostumado a trabalhar pro-jetos holisticamente. Se uma empresa de design gráfico deseja expandir seus serviços para design estrutural, normal-mente ela fecha uma parceria com uma empresa especializada nessa área, ou a compra. Dito isso, sim, eu creio que as consultorias em design falham em não se capacitar, em não explorar pro-priedades de materiais, tecnologias de impressão e outras áreas que, em última análise, são de seu interesse. (GK)

AMOSTRA – Embalagens projetadas pela Stocks Taylor Benson, consultoria dirigida por Flannery

Os governantes do Reino Unido querem que o Brasil conheça melhor sua indústria de embala-gens, a fim de estimular futuros negócios entre os países na área do packaging. Daí o convi-te, feito por meio do Consulado Geral Britânico em São Paulo, para que indústrias nacionais consumidoras de embalagens, das mais variadas áreas, par-ticipem de uma missão comer-cial que visitará a segunda edição da Total Processing & Packaging Show – a ocorrer em Birmingham, Inglaterra, entre os dias 15 e 18 de maio de 2007. Fusão de quatro eventos (Pakex, PPMA Show, Eurochem e Interphex), a Total é conside-rada a maior feira de embala-gens do Reino Unido. Deverá reunir mais de 900 expositores, de 28 países.O governo britânico oferece a até dez empresas brasileiras custo com hospedagem para três noites, reembolso parcial de passagens aéreas, trasla-dos, acesso livre ao evento e programas de reuniões pré-agendadas com empresas britâ-nicas, entre outras facilidades. Empresas interessadas em participar da pré-seleção para a missão têm até 10 de abril para se candidatar. Detalhes com o Consulado Britânico, no telefone (11) 3094-2759. O site do evento é o www.totalexhibition.com

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60 >>> EmbalagemMarca >>> março 2007

Contagem regressivaMal o ano começou e a Labelexpo Global Series, responsável pelo evento itinerante mais importante da indústria mundial de rótulos e etiquetas, já anun-ciou os preparativos para a Labelexpo Asia, que acontece de 28 a 30 novem-bro próximo, em Xangai. Com base no sucesso do Label Summit South China, que aconteceu no final de 2006, os orga-nizadores prevêem que mais de 12 mil visitantes comparecerão à Labelexpo Asia. A área de impressoras de rótulos contará com os principais fabricantes asiáticos, e por isso deverá ser uma das mais movimentadas.

Um quarto de séculoConhecida pelo fornecimento de equi-pamentos voltados ao controle de quali-dade de processos gráficos, a Altec está completando 25 anos. Parte das come-morações ocorrerá na feira Brasilplast, que acontece em maio, em São Paulo. Nela a empresa exporá soluções como alinhadores eletrônicos, montadoras de clichês e sistemas de vídeo inspeção. No primeiro caso, destaque para os alinhadores da série WebLine, aplicáveis em máquinas de banda larga ou banda estreita.

Pré-impressãoA Graphispag, feira gráfica que aconte-ceu em Barcelona, entre os dias 19 e 25 de fevereiro, foi eleita pela belga Esko Graphics, uma das principais fornecedo-ras de equipamentos de pré-produção de embalagens do mundo, como palco de seus mais importantes lançamentos. Entre eles, destaque para o ArtiosCAD e o CDI Spark 4260, que fazem parte da suíte de softwares Scope.

RetomadaEm 2007 a Irani Celulose espera retomar o crescimento de seu lucro líquido e encerrar o ano com valor próximo a 17 milhões de reais, mesmo resultado de 2004. A partir daquele ano, a empresa, que atua em três frentes de negócios (papel, embalagens de papelão ondu-lado e resinas para madeira e móveis) sofreu com a valorização do real frente ao dólar e também com o desaqueci-mento do mercado interno. Dentre os produtos com os quais a Irani trabalha, as embalagens são os únicos vendidos apenas no Brasil.

Do papel couché para o BOPP pero-lado. Assim pode ser resumido o upgrade por que passaram os rótulos da linha de produtos da Dr. Tozzi Cosméticos, empresa de Águas de Lindóia (SP) que recentemente refor-mulou suas embalagens. Buscando transmitir visualmente o “padrão exportação” dos produtos, a Dr. Tozzi apostou em filmes de BOPP perolado, impressos com quatro cores mais

verniz com tecnologia digital da con-vertedora Vilac. Os produtos já estão sendo vendidos para os Estados Unidos. A identidade visual ficou a cargo de Cláudio Marco Raso, que inseriu fotos e utilizou cores referen-tes ao conteúdo do agente básico de cada produto, priorizando os tons ouro, prata e preto. Os frascos e tampas, de plástico, são fornecidos pela AB Plast. A linha contém cerca de cinqüenta itens, entre cosméticos, xampu, sabonetes e gel. Como dife-rencial, os produtos são feitos com água termal com propriedades medi-camentosas oriundas das fontes de Águas de Lindóia. AB Plastwww.abplast.com.br(47) 3451 – 9106

Vilac www.vilac.com.br(19) -3741-3300

Padrão exportação em cosméticos

Outdoor ambulante

A venda de cafés para viagem se tornou uma das principais fontes de lucro da rede britânica Costa Coffee, com mais de 400 lojas no Reino Unido. Por isso a empresa decidiu apostar numa solução de embalagem de alto valor agregado para esse segmento. Trata-se do PortaDrink, carrier feito de papel cartão, que funciona como uma espécie de outdoor ambulante para a marca. “Você consegue ima-ginar uma propaganda mais eficiente do que seu próprio logo e identidade visual sendo carregados nas ruas pelos consumidores”, pergunta-se Ian Bates, CEO da PortaBrands, agência que projetou a novidade. Segundo ele, com o PortaDrink, a agilidade de atendimento das franquias subiu 25%. Especialmente desenvolvido para

transporte de bebidas quentes, o mate-rial que compõe os copos foi fornecido pela sueca Korsnäs. A embalagem leva o selo do FSC (Forest Stewardship Council), entidade internacional respon-sável por certificar procedimentos de manejo florestal sustentável. Korsnäs+46 (0)26 15 10 00 www.korsnäs.se

Vilac fornece rótulos das novas embalagens da Dr. Tozzi

Embalagem take-away para copos de café faz sucesso na Inglaterra

impressos com quatro cores mais

RAPIDEZ – Com novo carrier, velocidade do atendimento subiu 25% nas franquias

REQUINTE – Auto-adesivos sãoimpressos sobre BOPP perolado

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Tudo sobre flexografia

Para suprir parte da profunda falta de informação existente no país a respeito de flexografia e de setup na indústria gráfica em geral, a Bloco de Comunicação, iniciando as atividades de sua Divisão de Livros e Fascículos anuncia o lançamento do livro “Flexografia – Manual Prático”, de autoria do especialista em artes gráfi-cas Eudes Scarpeta.O manual é um guia práti-co para responsáveis pela criação, produção e apro-vação de materiais impres-sos, além de profissionais de marketing, design e direção de arte, passando pelos responsáveis pelas compras. Com mais de 400 ilustrações, fotos, gráficos e tabelas, a publicação aju-dará a responder a pergun-

tas do dia-a-dia de maneira didática e de fácil compreensão. O lança-mento está previsto para março de 2007. Informações e vendas: [email protected]

Manual supre lacuna de informações sobre sistema de impressão

RebatizadaA Intergrafica Print & Pack, que há mais de 45 anos atua como revendedora de produtos e equipamentos gráficos, está mudando de nome. A empresa atende-rá agora por MAN Ferrostaal Equipa-mentos e Soluções Ltda, fundindo-se à nova unidade de negócios, equipamen-tos e soluções da MAN Ferrostaal AG. “Nada muda em termos de relações comerciais com nossos clientes e par-ceiros”, esclarece o diretor-presidente da empresa, Mario Barcelos.

Pigmentos em altaUma das maiores fabricantes de pig-mentos marinhos do mundo, a Holliday Pigments anunciou reajuste de até 30% nos seus preços para a América Latina. Os crescentes custos com energia e a redução da capacidade de produção devido a regulamentações ambientais são citados como justificativa para o aumento. Segundo a empresa, a demanda mundial de pigmentos mari-nhos, que tem na indústria de tintas para embalagem um dos seus merca-dos consumidores, ultrapassou a capa-cidade produtiva em 2006.

Na onda das tiragens...A Mack Color está confiante no poten-cial do mercado de pequenas e médias tiragens de rótulos auto-adesivos para decoração de embalagens. A empresa anunciou a aquisição de um novo equi-pamento digital da HP Indigo. A máqui-na reforça a estratégia da empresa junto a pequenos e médios consumidores de rótulos auto-adesivos. O equipamento é capaz de produzir etiquetas com qualidade off-set, totalmente acabadas, individualmente ou em bobinas.

...cada vez menoresA máquina imprime em até sete cores, com aplicação de verniz UV e hot stam-ping, sem necessidade de fotolitos e matrizes, tendo acabamento off-line com facas e clichês planos de cus-tos reduzidos. “Hoje há, por exemplo, clientes com tiragens de 5 000 frascos de xampus divididas em dez modelos distintos. Ou seja, a tiragem de cada modelo acaba sendo de 500 rótulos, tornando imprescindíveis equipamen-tos que ofereçam maior flexibilidade no processo de produção com dados variáveis.

Uma alternativa ao BOPP

Na contramão da disseminação dos rótulos de BOPP no mercado de água mineral, a gigante de papéis especiais Stora Enso anunciou nos Estados Unidos o lançamento do EcoSet, um papel resistente a umidade especialmente desenha-do para decoração de garrafas de PET de água mineral. Do tipo wrap around, o produto sinaliza, nas palavras da empresa, a importância que os engarrafadores norte-ame-ricanos de água mineral têm dado às vantagens ambientais e de custo dos rótulos de papel.Stora EnsoNo Brasil(11) 3065-5200www.storaenso.com

EcoSet, da Stora Enso, explora vantagens do papel no segmento de água mineral

SUSTENTABILIDADE Apelo ambientalfavorece lançamento

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Parcerias de Sucesso, este é um de nossos objetivos. A Limer-Cart, líder na distribuição de fi lmes fl exíveis, coloca isso em prática a cada dia, a exemplo de nosso relacionamento com a EmbalagemMarca, que se destaca como um importante veículo de informação e promoção para o setor brasileiro de embalagem.

Estamos muito satisfeitos ao completar um ano de parceria com a revista, período este que resultou na conquista de novos clientes, no crescimento de nossa empresa e na busca constante de novos serviços a serem oferecidos ao mercado.

Assim como BOPP é o nosso negócio, a publicação especiali-zada em embalagens é o negócio da EmbalagemMarca.

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Almanaque

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Certos paradigmas são difíceis de serem quebrados. A Pepsi provou disso quando tentou lançar um refrigerante de cola incolor, em 1993. A Crystal Pepsi tinha o mesmo gosto da versão convencional da bebida, mas parecia água – o que ten-deria a conferir ao produto um ar mais saudável, apostavam os marqueteiros. O cristal turvou. Poucas semanas após seu lançamento, com vendas ínfimas, a bebida foi engavetada.

Preto é básico

Já uma oitentona no Brasil

Precursora dos diets

Pouco conhecido no Brasil, o Tab foi a primeira expe-riência da Coca-Cola na produção de refrigerantes dietéticos. Lançada em 1963 nos Estados Unidos, a bebi-da teve o nome baseado na máxima “keep tabs on your weight”, algo como “man-

ter a vigilância sobre seu peso”. Sucesso imediato de vendas, o refri-gerante perdeu mercado quando a sacarina, usada como adoçante artificial, foi proibida nos Estados Unidos, em 1977(decisão revogada em meados da década de 1980), e passou por várias reformulações. Mas aí a Coca-Cola Diet (adoçada com aspartame), lançada em 1982, já tinha dominado o mercado de bebidas light. A lata cor de rosa de Tab (que na década de 60 também era vendida em garrafas de vidro) virou um ícone da cultura pop. A sua produção é limitada, e o próprio

site da Coca-Cola nos Estados Unidos diz que o refrigerante tem a fama de ser difícil de ser encontrado. Além dos Estados Unidos, o refrigerante é comercializado em Botsuana, África do Sul, Espanha, Islândia, Lesoto, Moçambique, Namíbia, Suazilândia e Ilhas Virgens Americanas.

O hábito da profilaxia dentária pelos brasileiros ganhou tremendo incen-tivo com a instalação da americana Colgate-Palmolive no país, ocorrida oficialmente em 1º de fevereiro de 1927, após autorização do então pre-sidente Washington Luiz. Instalada no Rio de Janeiro, a Colgate & Company of Brazil Limited começou importando cremes dentais e o sabo-nete Palmolive. Em 1940, nacionali-zou o creme Colgate, abrindo uma fábrica em São Paulo, o que signifi-cou um marco na comercialização de dentifrícios em escala por aqui.

Uma certificação de qualidade culinária

dentifrícios em escala por aqui.

Imprimir receitas em embalagens de ingredientes e temperos de alimen-tos sempre foi tradição no Brasil, mas era comum gerarem decepções às consumidoras, pois nem sempre davam certo. Várias das que são bem sucedidas, até hoje presentes em embalagens

Na Cozinha Experimental de Claudia,

em 1973, Edith Eisler (de óculos) serve

suas convidadas. À esquerda, sua par-

ceira, Elisabetta (Bettina) Orrico

de diferentes marcas, surgiram na redação de Claudia – ou, mais exa-tamente, na casa de uma funcionária da publicação, Edith Eisler. Junto

com Elisabetta (Bettina) Orrico, ela pôs em prática na revista feminina da Editora Abril, lançada em 1961, o que viria a ser a Cozinha Experimental de Claudia, primeira experi-ência de alto padrão do

gênero na imprensa brasileira. O princípio era o de que tudo que fosse publicado na revista teria de ser testado e aprovado antes. A sala de visitas da casa de Edith foi o embrião do que viria a ser um laboratório a que, mais tarde, recorreriam as grandes

marcas antes de lançar produtos. A chancela da Cozinha Experimental tornou-se símbolo de prestígio e praticamente uma certificação de qualidade culinária.

presentes em embalagens

Na Cozinha Experimental de Claudia,

gênero na imprensa brasileira. O princípio era o de que tudo que fosse publicado na revista teria de ser testado e aprovado antes. A sala de visitas da casa de Edith foi o embrião do que viria a ser um laboratório a que, mais tarde, recorreriam as grandes

marcas antes de lançar produtos. A

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Desde a sua fundação, em

1984, a Colacril se orgulha

de ter contribuído para a

consolidação e o

crescimento do mercado de

auto-adesivos no Brasil.

Com investimentos

constantes em tecnologia,

seja em equipamentos,

seja em capital intelectual,

a Colacril sempre esteve à

frente das evoluções

do segmento.

Fincada em parcerias com

fornecedores de primeira

linha, a empresa, nascida

em Ribeirão Preto (SP), hoje

produz em sua moderna

fábrica de 50.000m² na cidade

de Campo Mourão (PR)

mais de 100 itens

dirigidos às mais diversas

aplicações, e exporta

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