Revista Eletrônica Bragantina On Line - Maio/2014

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  • Edio n 31 Maio/2014 0

    Revista Eletrnica Bragantina On Line

    Discutindo ideias, construindo opinies!

    Nmero 31 Maio/2014

    Joanpolis/SP

  • Edio n 31 Maio/2014 1

    SUMRIO

    Nesta Edio:

    - EDITORIAL A educao o caminho .............................................................. Pgina 3;

    - EDUCAO AMBIENTAL Por uma educao de qualidade

    Por Flvio Roberto Chaddad ................................................................................... Pgina 4;

    - SADE EM FOCO Fatores que influenciam no aleitamento materno

    Por Juarez Coimbra Ormonde Junior .................................................................... Pgina 7;

    - LINHA DO TEMPO No permita

    Por Helen Kaline Pinheiro ..................................................................................... Pgina 10;

    - A ARTE DO TURISMO E DA HOTELARIA O turismo como agente desmistificador

    Por Leonardo Giovane ........................................................................................... Pgina 13;

    - SEGURANA DO TRABALHO Preveno no uso de fogos de artif cio

    Por Rildo Aparecido Fonseca ................................................................................ Pgina 15;

    - BIOLOGIA Saneamento ambiental em reas de mananciais

    Por Jennifer Leo dos Santos ................................................................................. Pgina 16;

    - TECNOLOGIA E REDES SOCIAIS O planeta movido internet escravo da tecnologia

    Por Conceio Marques ......................................................................................... Pgina 18;

    - O ANDARILHO DA SERRA Travessia da Chapada Diamantina (1 de 2)

    Por Susumu Yamaguchi ......................................................................................... Pgina 25;

    - VOZES DA HISTRIA O que nos diriam as outras vozes da histria?

    Por Luciana Pereira dos Reis ................................................................................. Pgina 29;

    - HISTRIA AMBIENTAL Porto alm-mar

    Por Diego de Toledo Lima da Silva ....................................................................... Pgina 32.

  • Edio n 31 Maio/2014 2

    REVISTA ELETRNICA BRAGANTINA ON LINE

    Uma publicao independente, com periodicidade mensal.

    Site:

    https://sites.google.com/site/revistabragantinaonline

    Facebook:

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    E-mail:

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    Nossas edies so publicadas na maior biblioteca on line do mundo:

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  • Edio n 31 Maio/2014 3

    EDITORIAL

    A EDUCAO O CA MI NHO

    Prezados leitores!

    Em meio a tantas discusses, promessas polticas e discursos afamados, questes

    como sade, segurana, meio ambiente, emprego, renda e educao afligem o cidado

    brasileiro.

    Quero aqui chamar ateno para a questo educacional, que o caminho para o

    desenvolvimento social, maior igualdade entre as pessoas e para o crescimento sustentvel

    deste pas.

    Uma educao verdadeiramente emancipadora, social e prtica, em que o professor

    seja valorizado e reconhecido como grande mestre da promoo do ensino. Claro que

    mudanas nas escolas e nos gabinetes onde so elaboradas as polticas pblicas do setor

    devem ocorrer de forma urgente, pois estamos num beco sem sada, sendo a educao o nico

    modelo capaz de demolir os muros da discrdia e das mazelas sociais.

    Questo para se pensar e discutir, num debate amplo, em que as famlias tambm

    assumam seu papel nesse processo. A Revista um espao democrtico, em que ideias so

    discutidas, construindo opinies. Assim a considero um veculo de comunicao educacional,

    com objetivo de contribuir para que ocorram as transformaes necessrias no Brasil!

    Diego de Toledo Lima da Silva Editor (16/05/2014)

    Uma boa leitura e no deixe de enviar sua opinio pelo e-mail

    ([email protected])!

    mailto:[email protected]
  • Edio n 31 Maio/2014 4

    EDUCAO AMBIENTAL

    Flvio Roberto Chaddad

    Graduado em Engenharia Agronmica e Cincias Biolgicas; Graduando em

    Filosofia; Especia lista em Educao Ambiental , Gesto da Educao Bsica e

    Gesto Ambiental; Mestre em Educao [Superior ] e Mestrando em Educao

    Escolar

    E-mail: [email protected]

    POR UMA EDUCAO DE QUALIDADE

    Em 27 de Novembro de 2009 escrevi um artigo em um jornal sobre a necessidade de

    se ter uma educao diversa e cidad. Hoje, passados quatro anos, retiro minhas crticas

    educao tradicional e compactuo com ela, mantendo o mesmo esprito de rebeldia de anos

    anteriores.

    Os reflexos de uma escola que tenta a todo custo ser diversa, dar a cada aluno um

    tratamento diferenciado, perdendo de vista a cultura humana, produzida h milnios, em troca

    de um saber que traz em si certo pragmatismo pois s dado ao aluno o que lhe interessa

    para a vida prtica, cotidiana.

    Uma escola que tenta a toda a prova diminuir a figura do professor, aceitando tudo o

    que o aluno produz, ou seja, em um movimento anticientfico, baseada, sobretudo, no

    construtivismo de Piaget e na Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire. Uma escola que tenta a

    todo custo no cobrar do aluno o que aprendeu e o passa a diante no faz e no tem mais

    sentido, a no ser de destruir seres humanos, jog-los para a barbrie e barbarizar a sociedade.

    Ou seja, est-se formando em nossa escola pblica, que deveria ser a grande mestra da

    sociedade uma gama de incapazes que nem ao menos sabem ler e interpretar um texto.

    Isto o reflexo da escolha de certas teorias pedaggica e de nossa aprovao

    automtica. Todos j sabem que a escolas pblicas ensinam a poucos, a aqueles querem

    aprender e que j tm uma base cultural em sua famlia. Os outros, que so a maioria, ficam

    no meio do caminho.

    No podemos deixar de lado que a nossa educao prepara o indivduo para o processo

  • Edio n 31 Maio/2014 5

    capitalista, que impem um ritmo alucinante aos sujeitos e, mais que isto, transforma os

    sujeitos em mercadorias, em objetos, pois eles se igualam aos objetos, ou seja, so o que tm

    em termos de mercadorias, o que podem comprar para ser nesta indstria de terror.

    Mas me perguntam: ser que isto no est certo? Ser que no h outra forma de

    pensar o mundo? Sim, eu digo, e esta forma de pensar o mundo est longe das amarras do

    capitalismo. Est fora das influncias da burguesia, que segundo vrios autores, muitos

    consagrados, como Adorno, Horkheimer, Marcuse e Benjamim, querem a todo preo difundir

    a cultura hegemnica, sem nenhuma contestao. A razo instrumental e o iluminismo s

    avessas, ou seja, a dialtica que est por trs do que se poderia chamar como a maior

    revoluo provocada pelos seres humanos, mas que foi expropriada pela burguesia e no lugar

    da razo apenas sobrou faceta demonaca do capitalismo. Isto que sobrou, pois a burguesia

    soube sim manipular e excluir grandes parcelas da populao de fatias crescentes do bolo

    monetrio - aconteceu desde a Revoluo Industrial.

    O sistema capitalista em si quer se tornar ideologicamente um sistema metafsico, sem

    nenhuma contestao. Para seus idelogos, ele no pode ser apropriado por uma razo, por

    um que programe um sistema poltico e econmico pela sociedade. Pelos tericos da

    educao neoliberal no h esta possibilidade.

    A razo, o conhecimento de gerir uma situao, no permitida pelo sistema. Pelo

    contrrio, o impondervel sempre uma constante em um sistema que foi materializado desde

    a aplicao funcional das molculas de Newton a sociedade feita por Locke. A razo em todos

    os aspectos negada e permanece o relativismo, como na poca dos Sofistas, ou seja, tudo a

    mesma coisa, o apreo pela verdade, pela aproximao da verdade aqui no necessria.

    Neste sistema, o professor um mero expectador, sem nenhuma validade, pois, de

    acordo com este pensamento, a razo, o cientificismo, oriundos do que mais sagrado no

    mundo o conhecimento so esquecidos. E onde entra a Pedagogia do Oprimido de Paulo

    Freire, que aparentemente revolucionria, do construtivismo, que em sua origem nunca foi

    uma teoria do aprendizado, apenas uma epistemologia, e da escola nova?

    Entra no sentido de que, estas pedagogias, no aceitam que algum ensine algum de

    algo, no aceitam que os educadores que tm o conhecimento cientfico passem este

    conhecimento para seus alunos. Freire diz que ningum educa ningum, que isto reproduz a

    relao entre opressor e oprimido. Ento no se deve ensinar. Para o construtivismo h fases

    de desenvolvimento do educando. Ele no aprende de forma alguma pela interveno de um

    bom professor. Ele s aprende quando estas fases se maturam em suas estruturas cognitivas.

    Para a Escola Nova, o importante a incluso, a que entra a diversidade. Muitas

    vezes, em uma atitude anticientfica, aceitam tudo que os alunos produzem, como se isto fosse

    correto. Na verdade, isto o mais puro relativismo, por isso digo que os sofistas habitam o

    presente: aceitam tudo - aquilo que e aquilo que no - no existe uma verdade. Ou seja,

  • Edio n 31 Maio/2014 6

    tudo menos o ensino do que h de mais sofisticado, mais desenvolvido na cultura humana.

    O ensino no Brasil, infelizmente, foi o reflexo destas teorias que em si no carregam

    nada de conhecimento e aprendizagem. necessrio resgatar uma educao de qualidade, o

    mais urgente possvel, e isto s pode ser conseguido atravs da socializao do que h de mais

    desenvolvido na cultura humana, ou seja, dos clssicos.

    No adianta adotar formas mirabolantes de ensino, s h a necessidade que se ensine e

    mude as concepes de mundo e de vida dos alunos, no deixar que se percam pelos

    caminhos tortuosos do capitalismo, de uma educao que no educao que s educa,

    quando cumpre sua funo, para o consumo, para Ter. Esta resposta, quem pode dar, sem

    dvida nenhuma, a pedagogia histrico-crtica.

    Como citar:

    CHADDAD, F.R. Por uma educao de qualidade. Revista Eletrnica Bragantina On

    Line. Joanpolis, n.31, p. 4-6, mai. 2014.

  • Edio n 31 Maio/2014 7

    SADE EM FOCO

    Juarez Coimbra Ormonde Junior

    Enfermeiro Especialista em Sade Pblica e Professor na UNEMAT Universidade Estadual de Mato Grosso

    E-mail: [email protected]

    FATORES QUE INFLUENCIAM NO ALEITAMENTO MATERNO

    Segundo Marcondes et al. (2003), a excelncia do aleitamento materno pode ser

    verificada em diversos prismas. Mas ainda existem tabus e mitos, inseguranas e medos, que

    podem influenciar no processo da amamentao natural.

    Por modificao das famlias, mu

    As mes ficavam somente em casa cuidando dos seus filhos, hoje pela

    luta da igualdade do direito, a mulher sofre perda de papeis relevantes, como um deles a boa

    prtica da amamentao ao seio, que se dispe de tempo e disponibilidade (BRASIL, 2009).

    Em nossa sociedade, a concepo da boa prtica da amamentao tem sido substituda

    por regras rpidas extrapoladas do uso de mamadeiras, que tentam igualar com a

    amamentao ao seio. Isto, como contrapartida, trouxe grande prejuzo. No sentido de tentar

    suprir este problema, os profissionais de sade tm que abordar e realizar trabalho de

    educao em sade na USF (MARCONDES et al., 2003).

    O desmame precoce parcial ou total ocorre antes dos perodos recomendados pela

    Organizao Mundial de Sade, sendo seis meses para o aleitamento exclusivo, ou antes, dos

    dois anos para o aleitamento complementado. Ressalta-se que este um processo complexo

    de natureza predominantemente sociocultural, que implica uma tomada de deciso por parte

    da mulher susceptvel a uma srie de influncias do meio em que ela vive.

    Os fatores de risco de desmame precoce esto mais relacionados com a falta de

    informao sobre a prtica da amamentao durante a gravidez, pois um dos componentes

    mailto:[email protected]
  • Edio n 31 Maio/2014 8

    mais importantes do processo de desmame a compreenso da me sobre a importncia do

    aleitamento natural. Portanto, mulheres que recebem informao durante a gestao possuem

    uma boa concepo e o desejo de prolongar o aleitamento natural, retardando mais a possvel

    introduo de leite artificial.

    Segundo Damio (2008), a influncia de fatores como grau de instruo e idade

    maternas, condies de trabalho, prticas associadas ao parto e nascimento, interferem sobre a

    incidncia e durao do aleitamento materno, especialmente de forma exclusivo. Contudo,

    fica clara a necessidade do enfermeiro conhecer fatores associados ao aleitamento materno em

    cada realidade, com vista a subsidiar a escolha de estratgias mais efetivas de promoo da

    amamentao, que focalizem e as intervenes aos grupos de maior risco.

    Damio (2008) tambm relata que vrios motivos podem dificultar a manuteno do

    aleitamento materno, ou at mesmo o desmame precoce, tais como a me ter que se afastar da

    criana para estudo ou trabalho, depresso, interferncias familiares ou mesmo cirurgia na

    mama. Entretanto, quase todas estas situaes apresentam alternativas que possibilitam a

    perseverana no ato de amamentar.

    Segundo Faleiros et al. (2006), vantes acima de tudo, so os

    tabus como: falta de leite, leite fraco, problemas mamrios e a recusa do beb em pegar o

    . Algumas mulheres acham que o leite natural insuficiente pra nutrir seus filhos, por

    estas concepes errneas aderem ao leite artificial, promovendo o desmame precoce.

    Outro fator relevante que muitas mulheres tem a mama como um smbolo sexual e

    carregam consigo o mito que a amamentao provoca a queda das mamas. Esta falsa ideia faz

    com que muitas mes pratiquem o desmame precoce. Na realidade, este efeito ocorre pelo

    ganho de peso excessivo durante a gestao. Acredita-se que, quando a mulher amamenta, a

    mama realiza a funo a qual se destina, aumentando seu tnus (MARCONDES et al., 2003).

    Ainda segundo este autor: o ultrapassar as dificuldades, medos, inseguranas para

    .

  • Edio n 31 Maio/2014 9

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BRASIL, Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno

    Bsica. Sade da criana: nutrio infantil: aleitamento materno e alimentao

    complementar, Departamento de Ateno Bsica. Ed. MS, Braslia, 2009. Srie A. Normas e

    Manuais Tcnicos. Cadernos de Ateno Bsica, n. 23. Disponvel em:

    httt//portal.gov.br/portal/arquivos/pdf/cab.pdf. Acesso em 22 maio 2012.

    DAMIO, Jorginete de Jesus. Influncia da escolaridade e do trabalho maternos no

    aleitamento materno exclusivo. Revista Brasileira de Epidemiologia. So Paulo, Ed. ABP

    ps Graduao em Sade Coletiva v. 11 n. 3 , 2008. Disponvel em:

    http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000300011.

    Acesso em: 10 abr. 2012.

    FALEIROS, Francisca Teresa Veneziano et al. Aleitamento materno: fatores de influncia na

    sua deciso e durao. Revista de Nutrio. Ed. PUCC, v. 19 n. 5, Campinas , 2006.

    Disponvel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext&pid=S1415-

    52732006000500010. Acesso em: 19 out. 2012.

    MARCONDES, Eduardo; VAZ, Flavio Adolfo Costa; RAMOS, Jose Lauro Araujo; OKAY

    Yassuhiko. Pediatria Bsica. So Paulo, Ed. Sarvier, 9 ed 2003.

    Como citar:

    ORMONDE JUNIOR, J.C. Fatores que influenciam no aleitamento materno. Revista

    Eletrnica Bragantina On Line. Joanpolis, n.31, p. 7-9, mai. 2014.

  • Edio n 31 Maio/2014 10

    LINHA DO TEMPO

    Helen Kaline Pinheiro

    Estudante e jovem talento de Joanpolis

    E-mail: [email protected]

    NO PERMITA

    No permita que a tristeza

    te faa esquecer o sorriso verdadeiro.

    No permita que a incerteza

    retire de voc a esperana de vencer.

    No permita que as dvidas

    apaguem a certeza do seu corao.

    No permita que os excessos da vida

    escondam os valores existentes dentro de voc.

  • Edio n 31 Maio/2014 11

  • Edio n 31 Maio/2014 12

    Conhea mais no Blog: http://helenkaline.blogspot.com.br/

    Como citar:

    PINHEIRO, H.K. No permita. Revista Eletrnica Bragantina On Line. Joanpolis, n.31,

    p. 10-12, mai. 2014.

  • Edio n 31 Maio/2014 13

    A ARTE DO TURISMO E DA HOTELARIA

    Leonardo Giovane M. Gonalves

    Tcnico em Hospedagem e Graduando em Turismo E-mail: [email protected]

    O TURISMO COMO AGENT E DESMISTIFICADOR

    A atividade turstica pode compreender vrios campos, como, por exemplo, o

    ecoturismo, o turismo de aventura, o turismo cultural, o turismo tnico, o turismo rural e

    outras atividades. Porm, existe uma modalidade pouco conhecida no Brasil, que o Turismo

    Rural nos Assentamentos de Reforma Agrria.

    A regio do Pontal do Paranapanema marcada e nacionalmente conhecida por esses

    assentamentos e pelos inmeros conflitos agrrios pela posse da terra. Dos 32 municpios,

    situados no Pontal, cerca de 16 possuem um ou mais assentamentos.

    Os assentamentos de reforma agrria so antigas propriedades, consideradas pelo

    governo como improdutivas, que hoje so ocupadas e ganham uma nova reconfigurao

    agrria. Alm de a comunidade praticar nas terras (ou lotes) a agricultura familiar e a

    pecuria, alguns, assentamentos praticam tambm a atividade do turismo no espao rural.

    Esses assentamentos abrem suas portas para mostrar aos turistas um pouco da sua

    histria de vida e o cotidiano, bem como buscam transmitir e inserir o turista no ambiente

    rural. O turista ao visitar o assentamento tem a oportunidade de conhecer sobre os costumes

    rurais e o histrico de vida dos assentados. Alm disso, ele pode desfrutar das belezas e da paz

    do campo.

    O turismo no meio rural proporciona aos turistas novas experincias, como conhecer e

    degustar pratos tpicos e quitutes. Tambm pode ver de perto como so cultivados os

    alimentos e conhecer a forma artesanal de fabricao de doces, queijos, compotas, cachaas,

    licores e outros insumos.

    Porm, pr conceito

    reforma agrria, isso para a maioria da populao. Muitas pessoas, por falta de informao ou

    pr o

  • Edio n 31 Maio/2014 14

    so reais no cotidiano local.

    Esse conceito equivocado, pois quando se conhece um assentamento possvel

    descobrir que a realidade outra, pois a comunidade local recebe a populao de portas

    abertas, buscando integr-lo ao meio, de forma a conhecer um pouco do estilo de vida e seus

    valores.

    E nesse contexto que o turismo entra para tentar desmitificar essa ideia, tendo como

    finalidade promover o local e transmitir os seus valores e crenas para outras pessoas, criando

    um reencontro com o passado e o resgate das razes perdida; bem como otimizar a

    permanncia do homem no campo e garantir a produo da agricultura familiar, que to

    importante para a economia do nosso pas.

    Alm de desmitificar essa concepo, o turismo no ambiente rural dos assentamentos

    acarreta na perpetuao e transmisso dos valores, tanto do meio rural, mas tambm os

    valores dos assentados que carregam um enorme trao cultural vindo de diversas regies.

    REFERNCIAS

    MELO, T.S.; THOMAZ, CORTEZ, R.C; FOGAA, I.F. Reflexo inicial sobre turismo

    em assentamentos de reforma agrria: o caso do municpio de Rosana. Rosana: UNESP,

    2008.

    Como citar:

    GONALVES, L.G.M. O turismo como agente desmistificador. Revista Eletrnica

    Bragantina On Line. Joanpolis, n.31, p. 13-14, mai. 2014.

  • Edio n 31 Maio/2014 15

    SEGURANA DO TRABALHO

    Rildo Aparecido Fonseca

    Tcnico de Segurana do Trabalho e Gestor Ambiental

    E-mail: [email protected]

    PREVENO NO USO DE FOGOS DE ARTIFCIO

    1 Procure sempre comprar fogos de artifcio em lojas especializadas e certificadas pelo

    Corpo de Bombeiros;

    2 Armazene os fogos em local frio, seco e longe do alcance das crianas;

    3 No exponha a sua integridade fsica ou de terceiros a risco iminente de acidente com

    fogos de artifcio, como, por exemplo, guardando-os ou transportando nos bolsos;

    4 Leia e siga as instrues na embalagem;

    5 Caso faa uso de bebida alcolica no solte fogos de artifcio, pois aumenta o risco de

    acidentes;

    6 Solte foguetes somente em locais abertos e em direo oposta s pessoas: longe de

    escolas, igrejas, etc.;

    7 No reutilize os fogos que tenham falhado;

    8 Nunca faa experincias, nem modifique ou tente fazer seus prprios fogos de artifcio;

    9 Em caso de show pirotcnico contrate um profissional especializado;

    10 Lembre-se: soltar bales crime!

    Como citar:

    FONSECA, R.A. Preveno no uso de fogos de artifcio. Revista Eletrnica Bragantina

    On Line. Joanpolis, n.31, p. 15, mai. 2014.

  • Edio n 31 Maio/2014 16

    BIOLOGIA

    Jennifer Leo dos Santos

    Biloga e Pesquisadora

    E-mails: [email protected]. br

    SANEAMENTO AMBIENTAL EM REAS DE MANANCIAIS

    Devido s inmeras notcias e informaes sobre a alta probabilidade da falta de gua,

    a coluna deste ms descreve sobre o que saneamento ambiental e qual sua importncia em

    reas de mananciais.

    O termo saneamento bsico engloba, de forma geral, as atividades relacionadas ao

    abastecimento de gua potvel, coleta e tratamento de esgoto, o manejo dos resduos slidos

    e controle de pragas, tendo como enfoque a sade das comunidades. Em geral, a questo do

    saneamento bsico no Brasil delicada, j que existe uma parcela da populao que possui

    acesso a esse sistema de forma precria ou de forma incompleta. Quando nos voltamos s

    reas de mananciais esse tema se torna ainda mais frgil, j que essas reas so caracterizadas

    por apresentarem um crescimento desordenado, sendo composto por condies habitacionais

    sem infraestrutura urbana bsica, e uma populao que apresenta baixa renda.

    Mananciais so todas as fontes de gua doce, superficial ou subterrnea, utilizadas

    para o consumo humano e desenvolvimento de atividades econmicas, sendo assim, a

    expanso urbana desordenada em reas de mananciais pode comprometer a qualidade destes,

    colocando em risco o abastecimento pblico. Esta ocupao ocorre geralmente em encostas,

    beiras de rios, vrzeas, entre outros, resultando na degradao ambiental. Atividades como a

    retirada da vegetao para construo das moradias irregulares, o lanamento de esgoto sem

    tratamento e o acmulo de resduos slidos so algumas das causas da degradao.

    Devido s questes citadas acima, o saneamento ambiental atua de forma mais ampla,

    tendo como enfoque no apenas a sade da populao, como tambm a sade do ambiente em

  • Edio n 31 Maio/2014 17

    que esto inseridas. Alm de manter as atividades do saneamento bsico, o saneamento

    ambiental tambm se preocupa com a proteo e recuperao dos mananciais e das reas

    produtoras de recursos hdricos, levando em considerao as questes ambientais, sociais e

    econmicas.

    Este saneamento desenvolve atividades como gerenciamento de resduos slidos, alm

    de realizar a remediao e o controle ambiental de lixes existentes nestas reas. Outra

    atividade a construo de um sistema de abastecimento e esgotamento sanitrio, j que este

    no existia na regio, devido ocupao irregular do solo, resultando assim em benefcios

    ambientais, com a manuteno da qualidade dos recursos hdricos, alm de melhorar a

    qualidade de vida desta comunidade.

    Outro fator que contribui para esta melhoria a implementao de infraestrutura

    bsica nestas reas, no se esquecendo da elaborao de estratgias de recuperao e

    conservao dos mananciais, como reconstituio da vegetao, monitoramento da qualidade

    ambiental, dentre outros.

    De acordo com a Secretaria de Saneamento e de Recursos Hdricos de So Paulo, o

    desenvolvimento de um programa de saneamento ambiental, alm de se preocupar com as

    caractersticas de cada rea de manancial, deve partir de uma gesto participativa, em que

    aes integradas contribuam com a minimizao dos impactos ambientais e sociais.

    Sendo assim, o saneamento ambiental contribui com o desenvolvimento urbano de

    forma sustentvel, j que propicia a incluso social e a manuteno dos mananciais para o

    abastecimento pblico, alm da recuperao e conservao destas reas. Contudo, deve-se

    atentar que a implementao destas atividades contribui para o aumento da especulao

    imobiliria, ou seja, aumenta o interesse da populao para construes de moradias, devido

    melhoria na infraestrutura.

    Dessa forma, imprescindvel a comunicao e formulao de estratgias, entre a

    sociedade civil e os setores governamentais, para o congelamento do crescimento dessas

    regies, e para que ocorra uma melhoria nas condies de vida, proporcionando sade, bem-

    estar e qualidade ambiental.

    Fonte:

    - http://www.saneamento.sp.gov.br/site_manaciais/default.asp

    - www.mma.gov.br

    Como citar:

    SANTOS, J.L. Saneamento ambiental em reas de mananciais. Revista Eletrnica

    Bragantina On Line. Joanpolis, n.31, p. 16-17, mai. 2014.

    http://www.saneamento.sp.gov.br/site_manaciais/default.asphttp://www.mma.gov.br/
  • Edio n 31 Maio/2014 18

    TECNOLOGIA E REDES SOCIAIS

    Conceio Marques

    Professora de Sociologia, Filosofia e Histria E-mail: [email protected]

    O PLANETA MOVIDO INTER NET ESCRAVO DA TECNOLOGIA

    1. INTRODUO

    O presente artigo tem a inteno de apresentar uma reflexo sobre o uso da internet a

    partir da composio:

    a diferente daquele apresentado na msica.

    A letra da msica revela o receio que as pessoas apresentam atualmente em relao ao

    uso da internet em grande escala, principalmente, pelos jovens, indicando vrios pontos

    negativos; inclusive comportamento subordinado e dependente em relao ao mundo virtual,

    como se o ciberespao fosse um senhor dominador que tivesse a capacidade de modelar

    perfis, atravs da tecnologia digital.

    A letra expe a condio que o ser humano tem de conectar com o mundo de forma

    rpi

    o tempo de validade das descobertas que ficam obsoletas, caindo no desuso imediatamente

    aps o incio de sua utilizao. Mostra a necessidade de conhecimento do vocabulrio tcnico

    Para o grupo, h uma substituio de alguns comportamentos sociais que fazem parte

    da tradio e do costume local por outros novos construdos nas relaes em rede da internet.

    passa a ideia de que as

    pessoas j no fazem mais o que faziam: no viajam, pois podem conhecer o mundo sentado

    em frente a um computador, no compram mais livros, uma vez que podem ler o que

    quiserem no e-book.

    A msica no apresenta outras possibilidades no uso da internet, em relao visita de

    sites, pesquisas, leituras, aumento de informaes, comunicaes no espao virtual,

  • Edio n 31 Maio/2014 19

    conhecimento de mundo, identificao de questes sociais atuais que podem, inclusive,

    transformar a realidade, no prprio espao real, a partir do virtual.

    2. OUTRO OLHAR SOBRE O USO DA INTERNET

    Na viso de Pierre Lvy (1999), no h substituio de comportamentos, as relaes

    virtuais no impedem o encontro entre as pessoas, muito menos as viagens que muitas vezes

    so at programadas a partir desta ferramenta. Para ele, uma ideia errada afirmar a troca

    total do que mais antigo pelo que mais recente. Invenes, descobertas, comportamentos

    novos ocorreram ao longo da histria da humanidade e ainda assim muitas inovaes no

    substituram as anteriores:

    A fotografia substituiu a pintura? No, ainda h

    pintores ativos. As pessoas continuam, mais do que

    nunca, a visitar museus, exposies e galerias,

    compram as obras dos artistas para pendur-las em

    casa. Em contrapartida, verdade que os pintores, os

    desenhistas, os gravadores, os escultores no so mais

    como foram at o sculo XIX os nicos produtores

    de imagens. O cinema substituiu o teatro? De forma

    alguma. O cinema um gnero autnomo, com matria

    prima prpria, a histria agitada de suas regras e seus

    cdigos. (LVY, 1999, p. 212)

    Apesar de identificar o exagero de alguns no uso e abuso dos computadores, quando

    afirma que

    frente a seu computador, jogando RPGs na rede, participando de discusses on-line ou

    surfando interminavelmente de p (IDEM, p. 214), no significa que este

    mesmo sujeito no possa continuar o convvio social no seu espao fsico:

    O territrio definido por seus limites e seu centro,

    organizado por sistemas de proximidade fsica ou

    geogrfica. Em contrapartida, cada ponto do

    ciberespao em princpio co-presente a qualquer

    outro, e os deslocamentos podem ser feitos velocidade

    da luz. Mas a diferena entre os dois espaos no se

    deve apenas a propriedades fsicas e topolgicas. So

    tambm qualidades de processos sociais que se

    (IDEM, p.195)

  • Edio n 31 Maio/2014 20

    A pessoa usa de outro modo o espao que reconhece como lugar de construo de

    aprendizado, troca de informaes, comunicaes, mudanas, o lugar explica

    relaes, dos objetos sobre os quais se do as aes humanas, j que objetos e relaes

    mantm ligaes dialticas onde o objeto acolhe as relaes sociais, e estas impactam os

    (SANTOS, 1988, p. 21); esta relao ocorre no espao fsico e no espao virtual, o

    ser humano est presente nos dois territrios e h encontro nesses lugares, um complementa o

    outro, um afronta o outro e

    . (IDEM, 2006, p.231)

    O sujeito utiliza o territrio fsico no cotidiano, pode aproveitar e aproveita diversas

    vezes o territrio virtual para acelerar alguns processos e aumentar a flexibilizao no

    convvio social, deixa de lado a rigidez e a hierarquizao, muito mais forte no espao fsico

    de relacionamento do que no ciberespao, ora

    ela tem que ser reinventada a cada nova gerao conforme esta assume sua herana cultural

    (GIDDENS, 1991, p.44); e no se deve ter medo do novo, daquilo que pode

    representar encontro e mudana e esta condio est presente em qualquer tipo de

    relacionamento social, seja ele no mundo real ou virtual.

    O espao virtual definido por Lvy sustenta que

    desterritorializada, capaz de gerar diversas manifestaes concretas em diferentes

    momentos e locais determinados, sem, contudo, estar ela mesma presa a um lugar ou tempo

    (LVY, 1999, p. 47). Esta uma oportunidade que no pode ser perdida em

    construes de relacionamentos e conquistas sociais fora do espao fsico, que pode ser

    aproveitada para o mundo real ou no, dependente das demandas.

    2.1. Espao virtual e real: convvio em rede

    No convvio em rede e nas questes levantadas sobre direitos sociais surgiu a

    oportunidade da construo de um movimento poltico. Um exemplo da ao construda por

    uma parte da populao, de maioria jovem, no Brasil, no ms de junho de 2013, perodo da

    1999, p.

    17) para exigir mudanas em sua vida real, no territrio geogrfico, to desprovido de aes

    pblicas de benefcio para a sociedade como um todo.

    O brasileiro traa um plano de manifestao poltica a partir das redes sociais e

    confirma que quista e o controle do espao, por exemplo, requerem antes de tudo que

    concebamos o espao como uma coisa usvel, malevel e, portanto, capaz de ser dominada

    (HARVEY, 1992, p. 231). So os sujeitos dominando tambm esse

    espao, (IDEM, p.

    200).

  • Edio n 31 Maio/2014 21

    Conhecer outros pases e suas conquistas, a luta por mais direitos, trocar ideias com

    outros e descobrir que muitos pensam igual, conceber seu lugar com vrios problemas

    passveis de mudanas, discutir no ciberespao, sugerir, produzir condies de melhoria e

    reconhecer que o espao virtual est pequeno, limitado e preciso sair dali, caminhar para o

    mundo real, mas foi no ciberespao que o encontro existiu e foi estruturado:

    Estamos todos familiarizados com eventos, com aes,

    e com a aparncia visvel de cenrios fsicos a milhares

    de quilmetros de onde vivemos. O advento da mdia

    eletrnica sem dvida acentuou estes aspectos de

    deslocamento, na medida em que enfatiza a presena

    (GIDDENS,

    1991, p.142)

    Vrias regies, cidades distantes uma das outras, concluram sobre a necessidade de

    aes urgentes para mudanas polticas no Brasil:

    virtual orienta (LVY. 1999, p.72). As pessoas

    produziram slogans que mostravam claramente o grau de conscientizao dos sujeitos em

    relao aos direitos sociais e sobre o que a populao pensava a respeito das atitudes polticas

    no governo atual.

    As frases escritas em qualquer papel ou cartaz, levantadas por jovens ou adultos,

    exibiam as insatisfaes da sociedade brasileira, que resolveu transferir o lugar de discusses

    sobre o mundo real, foram s ruas gritar e apresentar o que haviam pensado em grupo, em

    rede, no ciberespao.

    interconexo mundial dos computadores e das memrias dos computadores .

    eus direitos no so

    scolas e hospitais padro

    (Portal Terra).

    Cada texto escrito e falado relatava as necessidades bsicas no preenchidas pelos

    grupos que dependem do poder pblico, para que suas demandas sociais sejam atendidas,

    diante da organizao realizada a partir do mundo virtual, atravs de conversas e reflexes

    sobre a realidade brasileira, fica difcil apenas ver pontos negativos no uso da internet:

    meio dos computadores e das redes, as pessoas mais diversas podem entrar em contato, dar

    (LVY, 1999, p.119).

  • Edio n 31 Maio/2014 22

    Foi isso que as pessoas fizeram, planejaram manifestaes de protesto atravs das

    relaes virtuais e depois convocaram todos a sarem das redes para alcanar a rua, de um

    espao ao outro, mostraram que

    interesses, de conhecimentos, sobre projetos mtuos, em um processo de cooperao ou

    troca, tudo isso independentemente das proximidades geogrficas e das filiaes

    (IDEM, p.127).

    No existe a pretenso de julgar ou avaliar a questo poltica, as intenes partidrias,

    as crticas que foram feitas s mdias, apenas identificar e discutir a utilizao das redes

    sociais, da internet, para outras situaes, que podem causar impactos positivos no espao

    virtual e no espao real, que vai alm dos vcios provocados na m utilizao desta

    ferramenta.

    Usar a internet instituir diferentes tipos de relacionamentos, mais uma forma que a

    espcie humana descobre para ir ao encontro de outro, do mundo, das descobertas, trocar

    informaes, discutir e refletir. Os jovens vivem esta tecnologia, nova para alguns e to

    costumeira para outros, usam mal e usam bem, como em tudo que os seres humanos fazem ao

    longo da histria da humanidade:

    Eis, portanto, a tese que vou sustentar: a emergncia

    do ciberespao fruto de um verdadeiro movimento

    social, com seu grupo lder (a juventude metropolitana

    escolarizada), suas palavras de ordem (interconexo,

    criao de comunidades virtuais, inteligncia coletiva)

    (IDEM, 1999, p.123)

    O movimento que, aparentemente, se preocupa com o aumento da passagem do

    transporte coletivo vai desenhando a verdadeira imagem da manifestao, apresenta uma

    populao que parecia abnegada, mas estava atenta, aguardando o momento propcio para

    exigir seus direitos, porque os conhecem e fazem em rede numa mobilizao ampla, que

    extrapola o territrio virtual:

    A verdadeira democracia eletrnica consiste em

    encorajar, tanto quanto possvel graas s

    possibilidades de comunicao interativa e coletiva

    oferecidas pelo ciberespao -, a expresso e a

    elaborao dos problemas da cidade pelos prprios

    cidados, a auto-organizao das comunidades locais,

    a participao nas deliberaes por parte dos grupos

    diretamente afetados pelas decises, a transparncia

    das polticas pblicas e sua avaliao pelos cidad

  • Edio n 31 Maio/2014 23

    (IDEM, 1999, p.186)

    Desde que o ser humano passa a viver em grupo cria diversas formas de comunicao,

    as relaes conflituosas ou harmoniosas so representadas de diversas maneiras e construdas

    a partir de suas necessidades e interesses individuais e coletivos.

    3. CONSIDERAES FINAIS

    mundo atual, principalmente para os jovens, mas no transcende o que, verdadeiramente, o

    uso da internet tem feito na vida das pessoas. No ela a responsvel por maldade ou

    bondade humana, ela pode ser utilizada como ferramenta para apresentao de um dado perfil.

    No so as redes sociais as responsveis por isolamento ou alienao poltica, pelo contrrio,

    elas podem motivar comportamentos conscientes e transformadores.

    O exemplo apresentado em relao ao movimento em prol de melhoria da sade,

    educao, luta por melhores condies de vida e igualdade social, demonstra que os jovens e a

    populao de um modo geral no so to alheios ao que ocorre no Brasil e podem usar o

    ciberespao de forma significativa, que vai alm das conquistas pessoais e de interesses

    individuais.

    O ciberespao utilizado como lugar de discusso, reflexo e apresentao das

    mazelas sociais no Brasil, no momento em que a sociedade deve estar voltada para o lazer no

    campo de futebol, com uma copa adaptada ao estilo de pases ricos economicamente, os

    brasileiros descobrem um espao democrtico: o ciberespao e aplica bem o que entende que

    seja democracia, sendo que

    (IDEM,

    p.218).

    Assim, o espao virtual mais uma condio encontrada pelos sujeitos para participar

    da vida poltica de seu pas.

  • Edio n 31 Maio/2014 24

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    GIDDENS, Anthony. As consequncias da modernidade. So Paulo, UNESP: 1991.

    GRUPO OS NONATOS. O planeta movido internet escravo da tecnologia. Disponvel

    em: http://letras.mus.br/os-nonatos/985025. Acesso em: 10 Julho 2013.

    HARVEY, David. A condio ps-moderna. Uma pesquisa sobre as origens damudana

    cultural. So Paulo, Loyola: 1992.

    LVY, Pierre. Cibercultura . So Paulo, Ed. 34: 1999. (Coleo Trans)

    PORTAL TERRA. Disponvel em: http://www.noticias.terra.com.br. Acesso em: 24 Junho

    2013.

    SANTOS, Milton. Metamorfoses do espao habitado: fundamentos terico e metodolgico

    da geografia. So Paulo, Hucitec: 1988.

    SANTOS, Milton. A natureza do espao. Tcnica e tempo. Razo e emoo. So Paulo,

    EDUSP: 2006. Coleo Milton Santos.

    Como citar:

    MARQUES, M.C.N. O planeta movido internet escravo da tecnologia. Revista

    Eletrnica Bragantina On Line. Joanpolis, n.31, p. 18-24, mai. 2014.

    http://letras.mus.br/os-nonatos/985025http://www.noticias.terra.com.br/
  • Edio n 31 Maio/2014 25

    O ANDARILHO DA SERRA

    Susumu Yamaguchi

    Cronista, andarilho e morador de Joanpolis

    E-mail: [email protected]

    TRAVESSIA DA CHAPADA DIAMANTINA

    (1 de 2)

    Nosso portal da Chapada Diamantina surgiu repentinamente beira da rodovia BR

    242, junto ao morro de Pai Incio. esquerda, trs grandes morros com bordas e topos

    recortados se sucediam distncia, em formao; direita, outra sequncia de morros, menos

    perfilada, completava a composio da larga campina que nos levaria a Lenis, uns quinze

    quilmetros a sudeste. E enquanto Pai Incio saltava do alto do morro e fugia para sempre dos

    feitores que o caavam, sem que seu corpo nunca fosse encontrado, Eunice e eu deixvamos o

    asfalto e pisvamos a soleira do portal da travessia da Chapada Diamantina.

    Os primeiros momentos da caminhada eram dedicados ao ajuste da mochila ao corpo e

    dos passos ao terreno. Eram atividades simples que no pediam ateno exclusiva e

    consistiam de pequenas puxadas e solturas nas diversas fitas da mochila como se

    ajeitssemos uma roupa para que ficasse bem confortvel enquanto pisvamos pedras

    irregulares, trechos areentos e cruzvamos depresses resfriadas por onde corriam linhas de

    rvores mes.

    Aquela baixada que tnhamos visto da estrada no era to sedosa como parecera, e

    medida que avanvamos as trs sentinelas esquerda se mostravam ser apenas frontes de

    uma mesma serra, que nos vigiavam de uma altura de algumas centenas de metros. O mesmo

    ocorria com as da direita, que nos acompanhavam por mais alguns quilmetros at que

    sassemos em um largo vale que nos deslizou at Lenis.

    Nossa passagem pela praa quase vazia durou apenas o tempo suficiente para comprar

    lanche para a noite e tomar uma tardia e ltima refeio pronta pelos prximos dias. J era

    quase final da tarde quando paramos beira de um riacho de corredeiras, no muito distante

    da cidade. Com a barraca montada, era hora de tomar banho e descansar at que a noite nos

  • Edio n 31 Maio/2014 26

    trouxesse o sonhado sono reparador, j que vnhamos de uma viagem de mais de trinta horas e

    dois mil quilmetros, de So Paulo passando por Braslia e chegando a Seabra, onde

    dormimos poucas horas, at o ltimo nibus nos deixar no morro de Pai Incio no final da

    manh. Com a Chapada inteira pela frente e a ltima cidade atrs, embarcamos no murmrio

    das guas brilhantes de Lenis, correndo ao lado da barraca.

    A segunda manh inaugurou uma rotina que o primeiro dia perdera. Desmontar

    barraca, tomar desjejum, colocar arroz integral de molho, embalar equipamentos, refazer

    mochilas e levantar acampamento sem pressa, sem tardana. A trilha agora tomava o

    sentido oeste e prosseguia subindo, devagar e continuamente, at alcanar o primeiro patamar,

    de onde olhamos para trs e pudemos ver l embaixo as casinhas claras de Lenis.

    Se naquele ponto deixvamos para trs em definitivo a presena urbana, avistvamos

    frente o distante paredo da serra do Ribeiro fechando o horizonte, exceto por uma garganta

    para onde a trilha nos conduzia. Levaramos ainda bastante tempo at comearmos a galgar

    aquela encosta e seguamos por trechos de terra com vegetao rasteira, intercalados com

    pisos de pedras em meio a rvores magras, galhudas e com pouca folhagem. E para nossa

    surpresa e encanto, de repente surgiam touceiras de orqudeas de nossa altura a nos barrar o

    caminho, fazendo com que ns, com reverncia, girssemos a sua volta repetidas vezes,

    atrados pela beleza de suas flores to brancas.

    Passando pelo portal no alto da serra entramos de repente em um mundo de dimenses

    estreitadas por imensos paredes, que lentamente nos tangiam no rumo noroeste atravs do

    vale do rio Ribeiro. Seguimos por sua margem esquerda, a dezenas de metros acima das

    guas, sempre acompanhando suas calmas curvas no fundo do vale. Depois a trilha comeou a

    descer em zigue-zagues at que cruzamos o rio, passamos para a banda de sua mo direita e

    recuperamos parte da altura. E caminhamos por muito tempo dentro desse vale de encostas

    bem verdes, que emendavam a certa altura com paredes verticais que definiam os limites do

    mundo possvel.

    Mas o mundo sem limites retornou quando o estreito vale do Ribeiro foi se abrindo

    gradativamente, o bero do rio se escondendo e a vegetao se modificando at se transformar

    em um campo. Subamos por uma trilha, e alm do topo visvel da colina avistvamos apenas

    o cu azul da tarde. medida que seguamos uma barreira surgiu no curto horizonte e foi

    crescendo, cada vez mais, at que se transformou em um imenso morro o prprio dito

    Morro em tudo semelhante ao desenho de uma cobra que engolira um elefante.

    Mas no fomos conferir e levantar o aparente chapu, pois a trilha fazia um largo arco

    para a esquerda e contornava a chapada que vnhamos bordejando desde que tnhamos entrado

    no vale do rio Ribeiro. Se segussemos direto, e abrindo asas naquela amplitude, passaramos

    ao lado direito do Morro e entraramos na larga plancie que nos levaria de volta, uns dez

    quilmetros adiante, ao nosso portal primeiro da Chapada. E nesse retorno a sua abertura j

  • Edio n 31 Maio/2014 27

    seria outra, pois que sempre renovada. E enquanto amos pela trilha rumo ao vale do Capo,

    uma parte de ns tangenciava a curva e atravessava em definitivo o portal do sem-fim.

    Margareth [email protected]

    Aproximamo-nos do final da interminvel curva j no fim da tarde, quando

    procuramos um lugar adequado para acampar, beira de um rio. Durante o trajeto

    admirvamos a majestade do Morro, que por sua vez acompanhava nosso caminhar

    posicionando-se de frente, de modo que quando montvamos a barraca sua tromba apontava

    em nossa direo, espiando-nos por cima das rvores junto ao rio. Eu no sabia, Eunice no

    sabia e o Morro no sei mas seis anos depois eu voltaria ali e subiria com Idair at o alto

    de seu costado, e de l testemunharia essa nossa passagem c embaixo. Tomamos banho no

    rio, lavamos roupas s o suficiente para tirar poeira e suor e cozinhamos o arroz. E enquanto

    memorvamos os acontecimentos do dia, o chiado do fogareiro embalava-nos para mais uma

    boa noite de sono.

    A terceira manh surpreendeu-nos com o Morro em erupo. O topo da cabea e seu

    costado reto, de 1.418 metros de altitude, estavam cobertos por uma nuvem que lembrava

    fumaa de vulco, mas que resultava da condensao de umidade pelo frio da madrugada no

    serto baiano. Nossa trilha agora seguia para o sul pelo longo, aberto e esparsamente habitado

    vale do Capo e deixvamos o Morro para trs. Ele continuaria presente em nossa percepo

    ainda por longo tempo e distncia, exceto quando algum obstculo se interpunha entre ns. E

    caminhando algumas horas por entre ondulaes que se multiplicavam na aparente planura do

    vale, chegamos enfim a uma crista esquerda por onde, em vrios e largos terraos, subimos

    uns trezentos metros at o plat que nos levaria cachoeira da Fumaa.

  • Edio n 31 Maio/2014 28

    medida que subamos o mundo se abria cada vez mais, e parvamos para descansar

    e contemplar a viso: ao norte, j distante, o nosso Morro aparecia entre um morro desta

    mesma chapada e outro esquerda, bem mais longe; a oeste, por entre morros mais baixos,

    uma estrada de terra serpenteava e ondulava pelo vale e levava nossa imaginao, do povoado

    de Caet-Au escondido ali embaixo, para o vasto mundo; ao sul, no fundo e pelas encostas

    suaves do vale, moradias espalhadas em meio vegetao integravam seus habitantes aos

    capes que se sucediam e despareciam em uma curva bem longe; e a leste, o caminho da

    cachoeira da Fumaa, considerada o ponto alto da travessia, que nos esperava pelas prximas

    horas.

    O alto da cachoeira apareceu de repente no plano geral de pedras do plat, ao fim de

    uma trilha bem marcada nas gramneas que sobreviviam por ali. Passamos por riachos que

    acabavam convergindo para a cabeceira de um cnion, de onde despencavam em queda livre

    de mais de trezentos metros, e que devido ao vento ascendente formavam nuvens de gotculas

    que subiam como fumaa. Mas era poca de seca, e ao nos debruarmos sobre as pedras da

    borda vamos apenas um filete de gua descendo e se espalhando, garoando, quase no

    chegando l embaixo.

    Porm, o que mais impressionava era que assim deitados tnhamos bem perto dos

    olhos uma planta bem pequenina, como uma real rvore em bonsai, que se tornara nossa

    referncia em relao absurda dimenso da garganta aberta e convidativa abaixo de ns.

    Arrastamo-nos devagar para trs, viramo-nos de costas e, deitados sob o sol da tarde no

    serto, penetramos no profundo azul infinito do cu.

    abaixo, e o que est a O tempo que nos acolhia, este, saiu do

    meio.

    Como citar:

    YAMAGUCHI, S. Travessia da Chapada Diamantina (1 de 2). Revista Eletrnica

    Bragantina On Line. Joanpolis, n.31, p. 25-28, mai. 2014.

  • Edio n 31 Maio/2014 29

    VOZES DA HISTRIA

    Luciana Pereira dos Reis

    Professora e Historiadora E-mail: [email protected]

    O QUE NOS DIRIAM AS OUTRAS VOZES DA HISTRIA?

    O Brasil reconhecidamente um vasto territrio. Em cada canto pisado, habitado e

    reconhecido pelo homem est contida suas experincias. Vrias localidades contm

    referncias da passagem do homem naquele local. Pode ser o nome de uma instituio, placas,

    rodovias, monumentos, escolas, hospitais, ruas, enfim... Nomes de pessoas ou famlias que,

    mesmo que no se saiba quem foram, imagina-se ao menos que tenham sido importantes em

    algum determinado perodo para fatos ocorridos no local ou proximidades. Muitos nomes so

    antecedidos j destacando quem fora a pessoa, por exemplo: presidente, coronel, capito,

    prefeito, vereador, padre, entre outros.

    So pessoas que escreveram a histria, sendo marcas de fatos ocorridos e relatados.

    comum saber ou ouvir que determinada pessoa ou famlia foi importante para a histria. Por

    exemplo, toda cidade tem seu fundador. Quem foi o fundador da sua cidade? Quem foram os

    primeiros habitantes de seu bairro? Chegamos at ao ponto de saber o nome do que

    Onde esto as outras referncias?

    Compreendemos o Brasil e suas localidades quase que de maneira fictcia, onde o

    considerado fato histrico demandado e patenteado por nomes e sobrenomes que se

    tornaram tradicionais por seus feitos e importncias nas transformaes ocorridas, marcando

    e narrando a histria com sua voz escrita e reconhecida.

    Mas e as outras vozes? O local onde cada um de ns habita hoje existe h milhares ou

    mesmo milhes de anos. Quantas pessoas e fatos j ocorreram nesses locais ou ingenuamente

    pensamos que nenhum desses locais fora antes habitado? Onde est a voz do ndio, do

  • Edio n 31 Maio/2014 30

    caboclo, do caipira, do negro, do escravo, do arteso, do morador de rua e tantas outras vozes

    de nossa histria sem nome ou reconhecimento?

    Onde esto as tantas outras experincias e histrias? O campo dessa memria um

    caminho a ser percorrido independente de distncia ou tempo. Ainda percorremos por uma

    histria interrompida, fraudada, repetitiva, como diria Marc Bloch uma espcie de

    histria do Brasil por a sem nomes destacados. Mas que fizeram a histria, mesmo que no a

    tenham escrito.

    Hoje vemos uma histria do Brasil recheada de corrupes das mais variadas espcies

    que no somente polticas. Mas ser exclusivamente de hoje isso?

    O que aconteceu com os habitantes do territrio que viria a ser Brasil a partir do

    momento da chegada daqueles que se tornariam colonizadores? O que houve com as famlias

    separadas da frica que para c vieram trabalhar como escravas? Como os ndios so tratados

    hoje pelas leis depois de tantos roubos e quase dizimados pelo processo de colonizao e

    domnio (ainda atual) dessas terras? Qual o direito e respeito adquirido e conquistado pelos

    africanos e seus descendentes aps sculos de servido? A Lei urea e as leis atuais

    reconhecem seus direitos e seus feitos para a formao desse pas?

    Como seriam as verses de diversas comunidades e etnias indgenas sobre o processo

    da chegada dos europeus no Brasil e na colonizao do territrio? Quantos de ns temos a

    conscincia do processo de formao do que veio a ser nossa cidade? E a verso dos africanos

    escravizados? E os marginalizados? As outras verses dos mesmos fatos? O que existiu antes

    de mim tambm faz parte de minha histria. Quanto demora para conhecer um fato por saber

    apenas de uma verso dele? Faa um teste! Pergunte, por exemplo, para vrios moradores de

    seu bairro ou cidade o que eles tm a dizer sobre algum determinado assunto ou fato

    ocorrido? Para cada um que voc perguntar ter uma resposta ou uma verso. Ento como

    podemos aceitar uma nica verso da histria? Nessa nica verso muitos so excludos e

    excludos tornam-se marginalizados. A corrupo e violncia que vivemos atualmente faz

    parte desse processo de marginalizao histrica e social. O grito dessas vozes continua a

    ecoar.

    a firme convico de

    que se faz necessrio o reconhecimento das mltiplas vozes histricas. Esse reconhecimento

    histrico muito mais que uma escrita. ter entendimento e compreenso de que se pode

    tomar decises, e que essas decises se relacionaro e interferiro sua volta.

    Quando analisamos criticamente no julgamos, mas sim aprendemos e

    compreendemos. Creio que um dos objetivos de um historiador social para com os

    , muitas vezes, passam despercebidos e calados. sair da

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    esclerose e trazer de volta memrias para histria.

    Reconhecer-se como um personagem histrico, muito mais que uma escrita. ter o

    entendimento e compreenso de que se pode tomar decises, e que essas decises se

    relacionaro e interferiro sua volta.

    A incluso histrica, reconhecida, tem a capacidade de atuar em processos decisivos

    em vrias esferas da sociedade. E essa incluso tem o dever de ser mais interessante e eficaz

    do que somente queles que a escrevem, mas tambm a todos que nela atuam.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BLOCH. Marc. Apologia da histria: ou o ofcio de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

    Editora, 2001. 78p.

    RIBEIRO. Darcy. O povo brasileiro: a formao e o sentido do Brasil. So Paulo:

    Companhia das Letras, 1995. 454p.

    Como citar:

    DOS REIS, L.P. O que nos diriam as outras vozes da histria? Revista Eletrnica

    Bragantina On Line. Joanpolis, n.31, p. 29-31, mai. 2014.

  • Edio n 31 Maio/2014 32

    HISTRIA AMBIENTAL

    Diego de Toledo Lima da Silva

    Tcnico e Engenheiro Ambiental E-mail: [email protected]

    PORTO ALM -MAR

    Aeroporto de Guarulhos, seis horas da manh, da janela do avio o mundo se abre,

    grandioso como o cu azul rodeado de nuvens brancas. Decolando como um pssaro, destino

    Bahia. Ali embaixo, o dia inicia nas cidades, vilas e bairros, movimentado pela fora de

    trabalho e pelas relaes sociais de nossa gente.

    Na poltrona ao lado, ela est com frio e medo, segurando firme em minhas mos,

    torcendo para chegar logo. Como os versos cantados pelo cearense Belchior

    fcil, todo mundo compreende, quele toque Beat

    paz reflete o pouso tranquilo, acalmando-a finalmente com os ps no cho. Porto Seguro nos

    acolheu com seu calor matinal, num aeroporto de estilo e arquitetura prprios, localizado no

    alto de um morro.

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    O hotel alcanado aps trafegar por vrias ruas centrais, pequenas e movimentadas,

    uma loucura viria. Como a guia que renasce das cinzas, a edificao do hotel cercada por

    casas antigas, com portas e janelas coloridas voltadas para a rua, tombadas como patrimnio

    histrico. Aps um reforado caf da manh, a rua um convite caminhada, sentindo a brisa

    do oceano.

    grandes reas de mangues e restingas, frequentadas por nativos, turistas e pescadores. Estes

    ltimos com seus velhos barcos, navegando o rio em busca de peixes, ultrapassados por balsas

    lotadas de turistas. Parte do pescado comercializada em vendinhas coloridas vizinhas ao rio

    do Peixe, numa atividade que resiste ao tempo e s mudanas sociais e econmicas da regio.

    O paredo natural de arenito protege a orla das ondas do mar, sendo que na foz do rio

    Buranhm ocorre uma batalha eterna, o rio entrando no oceano e este tentando superar as

    negras guas do rio. Com o turismo, Porto Seguro experimentou muitas mudanas num curto

    espao de tempo, sendo esta a principal atividade econmica local na atualidade. Nmeros

    demonstram a fora dessa atividade: o nmero de turistas varia de 2 mil (baixa temporada) a 6

    mil (alta temporada), movimentando hotis, pousadas, agncias de turismo, comrcio, entre

    outros, de segunda a segunda, a cidade no para.

    Lado bom e lado ruim. Um dos aspectos negativos no ambiente foi a supresso das

    restingas, que associadas s rpidas alteraes de uso e ocupao do solo, tiveram como