Revista Edição 20
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“A agricultura sofreu os efeitos daseca e teve perda de 5%a 6% na produção”
“Nos próximos cinco anos vamoster investimentos (privados)na faixa de R$ 75 bilhões”
Edição 20Ano IVJan/Fev 2014
Tel.: (71) 3288-0227 (71) 3121-7967 / (71) 3484-3565
Cada vez mais, o mercado exige uma
qualidade a preços competitivos. Por isso -
mente em máquinas e equipamentos de ponta,atualizado e sempre pronto para acom-panhar as novas tecnologias, além de
com vasta experiência nos segmentos
São 37 anos de experiência e tradição no
históricas no que diz respeito à impressão , dos tipos móveis à mais atual
tecnologia, tornando-se especializada na produção de revistas, folders, cartões, portfólios, pastas, agendas, cadernos e tantos outros impressos.
37 anos de boa impressão
Tel.: (71) 3288-0227 (71) 3121-7967 / (71) 3484-3565
Cada vez mais, o mercado exige uma
qualidade a preços competitivos. Por isso -
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São 37 anos de experiência e tradição no
históricas no que diz respeito à impressão , dos tipos móveis à mais atual
tecnologia, tornando-se especializada na produção de revistas, folders, cartões, portfólios, pastas, agendas, cadernos e tantos outros impressos.
37 anos de boa impressão
4 Primeira Página
Caro leitor,
Feliz ano novo! Esta é a primeira edição da revista Primeira Página em 2014. E como todo brasileiro gosta de dizer que o ano só começa depois do carnaval, ainda está em tempo de lhe dese-jar muito sucesso neste que inicia. Para alcançarmos nossos objetivos, precisamos de foco e informações que nos ajudem na tomada de decisões. Por isso, a edição nº 20 que chega até você está repleta de análises sobre o ano que terminou e de perspectivas para o que está apenas começando.
Nossa capa é com o ex-presidente da Petrobras e atual secre-tário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli. Em uma entrevista exclusiva, o secretário fala com franqueza sobre os principais gargalos da economia baiana, os efeitos da seca e os investimentos previstos para 2014. É leitura obrigatória. Com-plementando a entrevista, temos uma reportagem com todos os números do PIB baiano em 2013.
Como estamos na alta estação para o trade turístico, prepara-mos também uma reportagem sobre o setor. Ao que tudo indi-ca, o turismo baiano está saindo da UTI. Os dados do réveillon foram bastante animadores e as expectativas para a Copa do Mundo são as melhores possíveis.
Depois de uma temporada de festas religiosas, como o Dia de Santa Bárbara, o Dia de Nossa Senhora da Conceição e a La-vagem do Bonfim, não poderíamos deixar passar em branco a forte vertente local que é o turismo religioso. Conheça as ações que a Igreja Católica e o Governo do Estado estão adotando para atrair ainda mais visitantes ao nosso estado.
Você anda pensado em ter um negócio próprio? Quem sabe, já no próximo verão não estará lucrando com a venda de óculos de sol? Confira na nossa seção de franquias as novidades mais quentes para o segmento e programe-se.
Esta edição traz ainda análises sobre as indústrias de bebida, gráfica, automobilística, de sucata, transformados plásticos e muito mais.
Boa leitura!
EDITORIAL
Marivaldo Teixeira Diretor
5Primeira Página
14 24
10
No Brasil, sucata ferrosa supera desafios daexportação à logística
PIB baiano apresentaexpansão de 3,3% noterceiro trimestre de 2013
José Sérgio Gabrielli fala das expectativas para aeconomia baiana em 2014
SUMÁRIO
Novas franquias apostam no verão ou no ineditismo
4036 Alta estaçãoaquece setor deturismo e hotelaria na Bahia
Indústria gráfica vive crise há dois anos, com perspec-tiva de piora
2018 Carga tributária desigual prejudica indústrias regio-nais de bebidas
30 Computação em nuvem aumenta segurança dasempresas
Bahia investe em turismo religioso e cria cursos decapacitação
34
6 Primeira Página
EXPEDIENTE
Revista bimestral, com distribuição dirigida ao meio empresarial e industrial
dos estados da Bahia e de Sergipe
Ano IV, Nº 20 | janei ro / feverei ro | 2014
DIRETORMarivaldo TeixeiraDEPTO. JURÍDICO
Marcos Antônio da C. PintoGERENTE FINANCEIRASonia Mª. Cunha Teixeira GERENTE COMERCIAL
Viviane TeixeiraGERENTE DE MARKETING
Eliza TeixeiraGERENTE ADMINISTRATIVA
Soraya Teixeira Pinto JORNALISTA RESPONSÁVELJan Penalva (DRT/BA 3672)
REPÓRTERIgor Leonardo (DRT/BA 3449)
COLABORADORLourival Cunha
PROJETO GRÁFICOGanesh BrandingDIAGRAMAÇÃO
Renato SouzaREVISÃO DE TEXTOS
Rita CanárioREVISÃO GERAL
Solon Cruz (DRT/BA 393) FOTO
Rômulo PortelaDEPTO. DE CIRCULAÇÃOJean Fabian Alves Silva
WEB DESIGNERAntonio Carlos da S. Sales
IMPRESSÃOJacográfica Serv. Gráficos Ltda.
CNPJ: 34.248.187/0001-69
A Revista Primeira Página é uma publicação bimestral, de propriedade daJacográfica Serviços Gráficos Ltda. Conceitos e opiniões emitidos em artigos
assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores.
Próxima edição: abril 2014Para receber gratuitamente a revista Primeira Página, envie e-mail com o seu
endereço para [email protected]
Tel.: (71) 3288-0227 / (71) [email protected] | [email protected]
Av. Brigadeiro Mário Epinghaus, 33, Centro, Lauro de Freitas - Bahia. CEP 42.700-000
7Primeira Página
C
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anuncio-WDC-primeira-pagina.pdf 1 13/02/2014 17:50:08
8 Primeira Página
BRASIL | CURTAS ONLINE
Pedidos de falência caem 25,75% em janeiro Em janeiro deste ano, 124 pedi-
dos de falência foram efetuados
no País, representando uma que-
da de 25,75% em relação aos 167
requerimentos feitos em janeiro
de 2013. É o que revela o Indica-
dor Serasa Experian de Falências
e Recuperações. Dos 124 requeri-
mentos de falência, 72 foram de
micro e pequenas empresas, 31 de
médias e 21 de grandes. O atual
cenário de reduções graduais dos
níveis de inadimplência, tanto
dos consumidores quanto das
empresas, tem contribuído para o
recuo.
Investimentos estrangeiros em quedaO investimento estrangeiro
direto (IED) no Brasil caiu 3,9%
em 2013, mas permaneceu
significante, em 63 bilhões
de dólares, afirmou um
novo relatório divulgado
pela Conferência das Nações
Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento (UNCTAD).
Apesar disso, o fluxo de IED
na América Latina e no Caribe
cresceu pelo quarto ano
consecutivo e atingiu os 18% ou
294 bilhões de dólares.
Prefeitura começa a organizar orla de SalvadorA prefeitura de Salvador iniciou em janeiro a entrega das tendas móveis que serão utilizadas nas praias da cidade. O material – composto de tenda, térmica, cadeiras, sombreiros, mesas e lixeiras – foi entregue aos ambulantes credenciados e poderá ser utilizado das 7h às 19h. As tendas trazem impressas as marcas Pepsi, Schin e Itaipava, que patrocinaram os equipamentos, e serão distribuídas em duas opções de cor: branco e azul. Só será permitida a venda de produtos nas praias com o uso do material padronizado.
“Fugitivo do mensalão” é preso na ItáliaA Polícia Federal informou que prendeu na Itália o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, o processo do “mensalão”. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a operação foi realizada em conjunto com a polícia da Itália. O ex-diretor fugiu para aquele país em novembro de 2013. Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 12 anos e sete meses de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha.
Petrobras adia balançoe assusta mercadoA decisão da Petrobras de adiar o balanço patrimonial do quartotrimestre de 2013 foi “técnica”, disse no início de fevereiro o ministroda Fazenda, Guido Mantega. Para o ministro, as especulações domercado sobre o assunto são “um absurdo”. “(A decisão) é só para que possamos ter mais tempo para ter os dados que serão apresentados napróxima reunião”, disse Mantega, que é presidente do Conselho deAdministração da estatal. Os números deveriam ser disponibilizados nodia 14/02, mas agora serão divulgados apenas no dia 25.
Notícias veiculadas no site www.revistaprimeirapagina.com.br
Mande suas sugestões e comentários para [email protected]
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9Primeira Página
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10 Primeira Página
ENTREVISTA
Estado investirá no fim dos gargalos logísticos
As expectativas para a economia baiana em 2014, os principais investimentos atraídos pelo estado e as dificuldades enfrentadas por alguns setores de mercado são assuntos da entre-vista que o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, concedeu com exclusividade à Primeira Página. Ele também fala como o governo estadual tem trabalhado para resolver problemas históricos, a exemplo da logística e do escoamento da produção, assim como da estagnação da construção civil e das exportações, que ficaram prejudicadas por conta da crise internacional.
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José Sérgio Gabrielli fala das expectativas para a economia baiana em 2014
11Primeira Página
À frente da Secretaria de Plane-
jamento do Estado da Bahia (Se-
plan) desde março de 2013, Ga-
brielli exerceu o cargo de diretor
financeiro e de relações com in-
vestidores da Petrobras, quando
foi nomeado membro do Conselho
de Administração e, logo depois,
presidente da empresa, tendo o
mandato mais longo da história
da estatal – sete anos. Atualmente,
acumula o cargo de membro não
executivo do Conselho de Admi-
nistração do Itaúsa S.A e da petro-
lífera portuguesa Galp Energia.
Primeira Página – Como o senhor avalia o desempe-nho da economia baiana em 2013?José Sérgio Gabrielli – A economia
baiana, em 2013, continuou cres-
cendo mais que o Brasil. Nós tive-
mos uma recuperação da ativida-
de industrial, e isso deu um rumo
à atividade automobilística. Tive-
mos também uma recuperação da
produção petroquímica, o que sig-
nifica que, na atividade industrial,
superamos os números de 2012,
que era uma situação de dificul-
dade. Com a produção automobi-
lística foi possível exportar mais,
principalmente para a Argentina,
o que elevou o crescimento indus-
trial. A produção e o refino de pe-
tróleo e derivados também tiveram
aquecimento. O mais importante,
porém, é que nós continuamos,
em 2013, o que vem acontecendo
nos últimos anos, que é um au-
mento muito grande do setor de
serviços e da área de comércio.
Isto reflete a distribuição de renda
e o fato de que a nossa economia
está crescendo cada vez mais. Ti-
vemos um pequeno contratempo
em relação à construção civil, que
cresceu pouco, e nossa agricultura
sofreu os efeitos da seca, com uma
perda em torno de 5% a 6% na
produção agrícola. Tivemos ainda
um enorme crescimento de postos
de trabalho com carteira assinada,
um aumento do rendimento mé-
dio das pessoas, fazendo com que
haja, portanto, do ponto de vista
do mercado de trabalho, um au-
mento de baixo pra cima na distri-
buição de renda.
PP – Em 2013, o Nordeste teve um crescimento maior do que outras regiões brasi-leiras. A que o senhor atri-bui esse crescimento? JSG – Acho que um dos elementos
fundamentais é o papel do merca-
do interno. Nós temos, hoje, um
mercado interno muito dinâmi-
co no Nordeste, particularmente
na Bahia, e isso resulta de dois
elementos estruturais que estão
acontecendo: a melhoria do mer-
cado de trabalho e os programas
de transferência de renda, seja o
Bolsa Família, seja a aposenta-
doria. Assim, com a renda mais
baixa crescendo, a tendência é
haver maior consumo, aumentar a
atividade de serviços e comércio,
fazendo a economia crescer.
PP – Que tipo de investi-mento a economia baiana tem atraído?JSG – Nos próximos cinco anos va-
mos ter investimentos na faixa de
R$ 75 bilhões. São investimentos
do setor privado, principalmente,
com outra característica. Além do
fato de representarem um volume
muito grande, esses investimentos
estão concentrados em três gran-
des setores: mineração, energia
eólica e celulose. Mineração no
sudoeste da Bahia e na Bacia do
Paramirim, celulose no extremo
sul e energia eólica na margem di-
reita do Rio São Francisco.
Tivemos um pequeno
contratempo em relação à construção
civil, que cresceu pouco, e nossa
agricultura sofreu os efeitos da seca
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12 Primeira Página
PP – Como já foi dito, a construção civil registrou instabilidade em 2013. O que o Governo do Estado pretende fazer em 2014, para que o setor retome o crescimento?JSG – O grande efeito de estabi-
lização do crescimento da cons-
trução civil foram os programas
para pessoas com renda média.
Isso causou alguns problemas
com o estoque de imóveis, parti-
cularmente em Salvador, que pre-
cisam ser vendidos. Mas existem
dois outros segmentos que, ao que
me parece, não estão enfrentando
grandes problemas: o da constru-
ção popular, “Minha Casa, Minha
Vida”, e o das obras públicas. Es-
tamos com um enorme volume de
obras públicas acontecendo, como
a Ferrovia de Integração Oeste-
-Leste (FIOL), as intervenções em
Salvador, estradas sendo feitas,
então, na área da construção pú-
blica, não há problemas por conta
de redução das atividades e o Es-
tado vai atuar fortemente na mo-
bilização e na continuidade das
obras públicas.
PP – O senhor citou a FIOL. Como o Governo do Estado tem trabalhado para resol-ver a questão da logística do escoamento de produ-ção, já que a Bahia é um estado tão grande?JSG – O Governo do Estado não
tem resolvido isso sozinho. Es-
tamos cuidando do assunto jun-
tamente com o Governo Federal.
Do ponto de vista das linhas
principais da logística baiana,
três grandes obras me parecem
fundamentais para a Bahia. A
primeira é a Ferrovia Oeste-Leste,
que conecta o Oeste com o Porto
Sul. Haverá uma mudança muito
grande nessa conexão, tanto para
a mineração, quanto para a pro-
dução de grãos naquela região.
A segunda, que está em fase de
projeto e deve seguir para lici-
tação brevemente, é a substitui-
ção da Ferrovia Centro-Atlântica
(FCA), que sai de Belo Horizon-
te, passa por Brumado, chega a
Feira de Santana e de lá vai para
Juazeiro e vem para o Porto de
Aratu. E a terceira é a Hidrovia do
São Francisco. Esses três modais
são mudanças muito importantes
para os “troncais” da logística
baiana. Mas é preciso intervir em
outros elementos, como platafor-
mas de logísticas locais, em Jua-
zeiro, Feira de Santana e Vitória
da Conquista, que estão sendo
implantadas. É preciso trabalhar
nos pátios de manobra desses
equipamentos para integrá-los,
particularmente na FIOL, com a
economia local, fazendo cone-
xões com as rodovias existentes
para viabilizar a concentração de
carga e, assim, estimular a ativi-
dade econômica. Além disso, nos
últimos sete anos, o governo in-
vestiu em mais de sete mil qui-
lômetros de estradas, tanto cons-
O Estado está atuando em diversas
áreas, tentando cumprir a sua
função de intervir em áreas de logística
para aumentar a eficiência da
economia baiana
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13Primeira Página
truindo, quanto recuperando as
que estavam com problemas.
Estamos avançando no processo
licitatório e licenciamento dos ae-
roportos de Vitória da Conquista
e Feira de Santana, criando con-
dições de melhorias de alguns ae-
roportos regionais importantes da
Bahia. O Estado está atuando em
diversas áreas, tentando cumprir a
sua função de intervir em áreas de
logística para aumentar a eficiên-
cia da economia baiana.
PP – E quanto à ponte Sal-vador-Itaparica, que tam-bém pode ajudar nesse processo, como está o cro-nograma?JSG – Hoje, encontra-se em pleno
andamento, prestes a ser finaliza-
do, o trabalho de sondagem. Já
fizemos dez furos na Baía-de-To-
dos-os-Santos, estamos com todas
as coletas para os estudos de im-
pacto ambiental quase em fase fi-
nal e também estamos concluindo
o estudo de macrolocalização para
fazer a discussão sobre os grandes
traçados da ponte. Duas empresas
estão sendo contratadas em um
consórcio; já temos contratados
os estudos de hidráulica marinha
e estamos ainda com um conten-
cioso comercial entre concorrentes
na licitação para os estudos urba-
nísticos da ponte. Portanto, acre-
ditamos que tudo segue dentro
do previsto, com a “gravidez” da
ponte normalmente.
PP – Sobre as exportações, que ficaram prejudicadas em 2013 pela crise econômica internacional, o que o gover-no pretende fazer em 2014?JSG – Apesar da queda de 10% na
exportação em 2013, nós tivemos
uma mudança muito grande no
seu destino. Diminuímos as expor-
tações para os países europeus e
os Estados Unidos e aumentamos
para a Argentina e a China. Com
isso, redefinimos um pouco o nos-
so processo de mercado. Por outro
lado, tivemos o problema da seca,
que fez com que nosso produto
agrícola tivesse algum sofrimento.
Mas, ao mesmo tempo, em função
dos preços internacionais, espe-
cialmente na questão do milho,
tivemos uma melhoria de preços
que compensou parcialmente essa
perda de produção. O grande en-
trave para as nossas exportações é
a logística. Somos exportadores de
produtos primários, basicamente
grãos e produtos da petroquímica,
e estamos começando a exportar
automóveis. Mas a grande parce-
la ainda é de produtos primários,
que estão longe do porto. Então,
precisamos melhorar a logística
para reduzir o custo e aumentar a
competitividade.
PP – Este ano de 2014 pro-mete ser agitado para a
economia baiana, inclusive com previsões positivas. O senhor poderia dizer, em números, qual a previsão do governo?JSG – Eu não queria falar em nú-
meros, mas vou comparar com
as dificuldades que tivemos em
2013. A seca: Sobre esta dificul-
dade, tudo indica que teremos a
produção agrícola crescente em
2014. A segunda dificuldade que
tivemos foi na área da construção
civil: Estamos superando a crise
do estoque de imóveis não ven-
didos nas regiões metropolitanas;
nas áreas não metropolitanas,
estamos expandindo a atividade
de construção; e detectamos que
a atividade de serviços, com o
crescimento do salário mínimo,
tende a continuar crescendo. Por-
tanto, temos elementos básicos
que indicam para 2014 um cresci-
mento maior do que o registrado
em 2013, porque os fenômenos
que levaram a segurar o cresci-
mento no ano passado não ocor-
rerão em 2014.
Temos elementos básicos que
indicam para 2014 um crescimento maior do que o
registrado em 2013
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14 Primeira Página
ECONOMIA
PIB baiano fecha terceiro trimestre de 2013 com alta de 3,3%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado da Bahia fechou o terceiro trimestre de 2013 com crescimento de 3,3%, segundo um estudo divulgado em dezembro pela Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos da Bahia (SEI), órgão vinculado ao Governo do Estado. De acordo com o diretor de Indicadores da SEI, Gustavo Pessoti, a aposta para 2014 é de um cenário ainda melhor, e isso já no primeiro semestre, com crescimento do setor de serviços – em razão da Copa do Mundo –, recuperação da construção civil (setor que registrou insta-bilidade em 2013), resultados dos investimentos industriais nos segmentos de energia eólica e mineração e nos setores automotivo, petroquímico e naval.
Perspectiva para a construção civil é de retomada do crescimento em 2014
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15Primeira Página
“Este cenário nos dá uma leitura
positiva não somente do desem-
penho econômico, mas da descon-
centração espacial e territorial da
nossa economia”, afirma Pessoti
em entrevista à Primeira Página.
Para o período de janeiro a dezem-
bro de 2013, a previsão é de que o
PIB do estado alcance 2,7%.
Dentre os setores que mais apre-
sentaram resultados positivos
em 2013, até o mês de setembro,
destacaram-se a indústria (5,1%)
e os serviços (1,5%). A agropecu-
ária, porém, apresentou queda de
3,7%. No setor industrial, a trans-
formação foi destaque, com 8,8%
de crescimento. A produção e dis-
tribuição de energia eólica, gás,
água e esgoto também registrou
desempenho positivo, com cresci-
mento de 3,5%.
Queda na construção civilEnquanto a indústria extrativa re-
gistrou alta de 2,2%, a construção
civil apresentou queda no tercei-
ro trimestre, com taxa de -2,6%.
Apesar do desaquecimento do
setor imobiliário, a perspectiva é
de retomada do crescimento em
2014, por conta das obras públicas
previstas para este ano, através do
Programa de Aceleração do Cresci-
mento (PAC).
Mesmo com o baixo desempenho,
a construção civil gerou mais de
17 mil empregos no período, de
acordo com dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempre-
gados (Caged), do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE). No
mesmo período de 2012, o setor
disponibilizou 8,5 mil postos de
trabalho na Bahia.
Segundo o presidente do Sindicato
da Indústria da Construção Civil
da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos
Henrique Passos, 2013 foi um ano
de pouco crescimento para o setor,
mas ele acredita que após a solu-
ção de alguns “gargalos”, como o
impasse da legislação de uso e ocu-
pação do solo na capital baiana,
2014 tende a superar o déficit.
“Não podemos considerar 2013
um ano positivo, porque convive-
mos com um volume de produção
decrescente. Alguns segmentos
do nosso setor, como a indústria
imobiliária, tiveram o desenvolvi-
mento inibido no segundo semes-
tre, por exemplo. Além disso, não
vamos ter novos lançamentos”,
afirma Passos em entrevista à
Primeira Página.
ExportaçõesA crise econômica internacional
provocou queda nas exportações
baianas. As vendas externas entre
janeiro e novembro de 2013 soma-
ram US$ 9,3 bilhões, uma retração
de 9,3% em relação ao mesmo pe-
ríodo do ano anterior.
Mesmo com o recuo, a Bahia li-
dera o ranking dos estados expor-
tadores do Nordeste, com 63,4%
de participação, e mantém parcela
de 4,2% na balança comercial do
Brasil. Os automóveis lideraram as
exportações, com alta de 102%, e
reduziram o impacto negativo na
balança comercial. A metalúrgica
também teve bom desempenho,
com um incremento de 69,8%, no
Não podemos considerar 2013 um ano positivo,
porque convivemos com um volume
de produção decrescente
Carlos Henrique Passos,presidente da Sinduscon-BA
Gustavo Pessoti, diretor de Indicadores da SEI
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16 Primeira Página
comparativo acumulado entre ja-
neiro e outubro de 2013.
Comércio varejistaOutro setor da economia que não
obteve bom desempenho em 2013
foi o de varejo, que registrou cres-
cimento de 1,6%. O número é mui-
to menor do que o alcançado no
mesmo período do ano de 2012, da
ordem de 10,2%. No Brasil, o va-
rejo obteve taxa positiva de 4,1%.
Mesmo com a baixa performance,
o número de empregos gerados
nos segmentos de serviços e co-
mércio demonstra que este setor
tende a crescer em 2014. No acu-
mulado dos últimos 12 meses, o
segmento de serviços ficou em se-
gundo lugar na geração de empre-
go, seguido do comércio.
Investimentos futurosOs investimentos previstos para o
período de 2014 a 2016 devem ge-
rar cerca de R$ 106 bilhões na eco-
nomia do estado, de acordo com
dados da SEI. Somente no setor
industrial estão previstos R$ 70,5
bilhões em recursos, sendo que R$
49,7 bilhões já estão em fase de
implantação, com a promessa de
gerar 114 mil empregos diretos. O
restante ainda se limita às inten-
ções de empresas que esperam
uma retomada da economia ou a
solução de “gargalos” logísticos
para desembarcar em território
baiano.
As indústrias que mais se desta-
caram na Bahia no ano passado
fazem parte do Polo Industrial de
Camaçari (BA), que hoje concen-
tra cerca de 90 empresas. A grande
vantagem da região é a capacida-
de de estabelecer longas cadeias,
como no caso do setor petroquími-
co. O ativo total do Polo saltou de
US$ 12 bilhões para US$ 16 bilhões
em 2011, com a expectativa de que
em 2015 chegue a US$ 22 bilhões
– excluindo aportes do governo
em itens de infraestrutura. Hoje,
hospedando empresas como Ford,
Basf, Kimberly Clark, Braskem,
entre outras, desfruta de posição
privilegiada entre os observadores
da economia mundial.
Geração de empregosNo acumulado do ano de 2013,
a Bahia apresentou um saldo de
emprego de 51.270 novos postos
de trabalho, incluindo as informa-
ções declaradas fora do prazo. O
resultado consolida o estado na
liderança de geração de empregos
no Nordeste. Em segundo lugar
está o Ceará (50.206), seguido por
Pernambuco (28.062), Maranhão
(14.908), Paraíba (14.785), Sergi-
pe (13.634), Piauí (11.551) e Rio
Grande do Norte (10.384). O esta-
do de Alagoas foi o único do Nor-
deste que registrou saldo negativo
no acumulado do ano de 2013,
com -1.484 postos.
Mesmo com o acumulado do ano
passado sendo positivo na geração
de empregos na Bahia, o mês de
dezembro teve saldo negativo. Fo-
ram menos 10.237 empregos gera-
dos. “O recuo no último mês do
ano resulta das paradas para ma-
nutenção nas indústrias, dos des-
ligamentos na agropecuária, no
setor de serviços e educação e do
período de desaceleração na cons-
trução civil”, diz Gustavo Pessoti.
Não tivemos um dezembro tão bom,
mas fechamos o ano com um
desempenho muito bom
Construção civil deve ter retomada do crescimento por conta das obras em 2014
Foto
:Mat
eus
Pere
ira
17Primeira Página
Brasil: Vendas nos supermercados tiveram alta de 5,36%
Nesse mês, o resultado do empre-
go foi negativo tanto no interior
do estado, quanto na Região Me-
tropolitana de Salvador (RMS).
De forma mais precisa, no inte-
rior foram fechados 5.921 postos
de trabalho e na RMS o número
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foi de 4.316. Considerando os
municípios com mais de 30 mil
habitantes, Mata de São João,
Porto Seguro e Maragogipe des-
tacaram-se na criação de novas
oportunidades de trabalho formal
na Bahia.
Nacionalmente, os destaques
na geração de emprego em 2013
foram: São Paulo (267.812),
Rio de Janeiro (100.808), Para-
ná (90.349), Rio Grande do Sul
(90.164), Minas Gerais (88.484) e
Santa Catarina (76.762).
As vendas nos supermercados
brasileiros acumularam alta
de 5,36% em 2013, segundo a
Associação Brasileira dos Su-
permercados (Abras). O cres-
cimento supera a expectativa
da entidade, que no início do
ano passado estimava uma ele-
vação de 3,5%. Em dezembro,
as vendas cresceram 2,87% em
comparação com o mesmo perí-
odo de 2012. “Não tivemos um
dezembro tão bom, mas fecha-
mos o ano com um desempenho
muito bom”, avalia o presiden-
te do Conselho Consultivo da
Abras, Sussumu Honda.
Para 2014, a projeção da enti-
dade é um crescimento de 3%.
“Procuramos não extrapolar
muito (na projeção), é melhor
corrigir depois para cima do que
para baixo”, justificou o presi-
dente da Abras.
18 Primeira Página
IMPOSTOS
Carga tributária desigual prejudica indústrias regionais de bebidas
Ainda segundo a entidade, as pe-
quenas empresas do setor estão
sujeitas a uma tributação que va-
ria de 37% a 48%, enquanto que
as grandes corporações pagam en-
Você conhece algum ramo da economia brasileira que seja dominado por um oligopólio? Uma dica é que nesse segmento apenas duas grandes corporações detêm mais de 80% do mercado, abocanhando mais de 92% do faturamento total. Pois bem, trata-se do segmento de bebidas. De acordo com a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afre-bras), a situação é ainda pior por causa dos tributos aplicados ao setor, que privilegiam as grandes corporações em detrimento das pequenas indústrias.
tre 13% e 20%. “Todos os entra-
ves no setor de bebidas frias são
ocasionados pelo Ministério da Fa-
zenda, que beneficia há anos so-
mente as grandes corporações. Em
2000, 800 indústrias de bebidas
regionais atuavam no País. Hoje,
somente 193 pequenas e médias
empresas de bebidas pagam 27%
de alíquota de refrigerante e 40%
Cenário de tributos do setor privilegia as grandes corporações
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19Primeira Página
de cerveja. Nenhum outro produto
no Brasil, a não ser o cigarro, tem
uma taxa fiscal tão pesada”, de-
nuncia o presidente da Afrebras,
Fernando Rodrigues de Bairros.
“Este cenário não deveria existir
no mundo competitivo, com abu-
so das multinacionais, bloqueio
dos canais de distribuição e outras
ações que prejudicam o pequeno
fabricante”, critica. Ele ressalta
que, para agravar ainda mais a
situação das indústrias regionais
de refrigerantes, a embalagem pet
tem uma alíquota de 53%, contra
37% do vidro e 31% da lata.
“É extremamente perceptível que
as taxas são feitas para beneficiar
os gigantes do mercado, que traba-
lham diretamente com as embala-
gens de lata. Se retirarem as amar-
ras dos pequenos fabricantes de
refrigerantes, haverá competitivi-
dade, uma proposta de arrecadação
muito maior e melhor qualidade
dos produtos. Isto, sem contar que
o maior beneficiado será o consu-
midor”, explica à Primeira Página.
A tributação elevada afeta, inclu-
sive, indústrias com unidades na
Bahia. A diretora da Indústria de
Bebidas São Miguel (ISM), grupo
peruano dedicado à produção de
refrigerantes, néctares de frutas e
água mineral, questiona a seguran-
ça que o País oferece para as empre-
sas que aqui estão investindo. “Es-
tamos localizados em Alagoinhas,
região de baixa renda no Brasil, a
116 quilômetros de Salvador. Gera-
mos cerca de 600 empregos diretos
e indiretos e estamos com muitos
problemas por causa da alta e com-
plexa tributação”, reclama a direto-
ra da ISM, Britt Ananos Alcazar.
Diante de tantos problemas, o pre-
sidente da Afrebras participou em
dezembro do ano passado de uma
Audiência Pública na Comissão de
Finanças e Tributação do Congres-
so Nacional, quando solicitou aos
parlamentares e à Receita Federal
que providencie isonomia, igual-
dade e condições de sobrevivência
para os fabricantes regionais de
bebidas. “O Ministério da Fazenda
prometeu ajustar as alíquotas do
setor de bebidas até 2018. Contu-
do, faço uma pergunta: Quantas
empresas conseguirão sobreviver
até lá?”, questionou.
A Associação argumenta que o ní-
vel atual de concentração do mer-
cado de refrigerantes é resultado
de ganhos sistemáticos de market
share das grandes corporações na
última década. No final dos anos
1990, as pequenas empresas re-
gionais registravam 33% de par-
ticipação de mercado, sendo que,
em 2012, estima-se que tal partici-
pação atingiu apenas 11,1% (me-
dição em volume).
É extremamente perceptível que as taxas são feitas
para beneficiar os gigantes do mercado
CervejaA indústria brasileira da cer-
veja possui a mesma caracte-
rística predominante no setor
de refrigerantes, que é o ele-
vado nível de concentração
de mercado. De acordo com
a Afrebras, os quatro maiores
grupos empresariais – Am-
bev, Brasil Kirin, Heineken e
Cervejaria Petrópolis – domi-
nam 99% do mercado. Ou-
tras 250 micro e pequenas
cervejarias espalhadas pelo
território brasileiro dividem o
restante do bolo (1%).
Afrebras reivindica condições de sobrevivência para os fabricantes regionais
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20 Primeira Página
PESSIMISMO
No terceiro trimestre de 2013, a indústria gráfica registrou seu oitavo resultado negativo em comparação com trimestres anteriores. A queda, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi da ordem de 5,4%, em comparação com o segundo trimestre, e levou a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) a rever as próprias projeções para o setor. A expectativa agora é que o ano de 2013 tenha terminado com uma retração de 5,6%.
Indústria gráfica vive crise há dois anos, com perspectiva de piora
A expectativa é que 2013 tenha terminado com retração de 5,6%
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21Primeira Página
Fortemente dependente de insu-
mos importados, suscetíveis às
variações de câmbio, a indústria
gráfica viu seus custos de produ-
ção acelerarem 5,2% em relação a
setembro/outubro de 2012 e 4,3%
frente ao bimestre anterior (julho/
agosto de 2013). Os principais res-
ponsáveis pelas altas foram os in-
sumos, que, alavancados pela de-
preciação cambial, subiram 4,4%
comparativamente ao mesmo pe-
ríodo de 2012. Na mesma linha de
comparação, também a mão de
obra ficou 7,3% mais cara para o
setor. Na conta final, o segmento
de embalagens foi o mais onerado,
com aumentos entre 7% e 9%.
"O agravante dessa aceleração é
que a indústria gráfica já vem atu-
ando com margens deprimidas.
Somos um setor fortemente capila-
rizado, em que a lei da oferta real-
mente impera – uma concorrência
perfeita, benéfica para o mercado,
mas que exige um delicado equilí-
brio por parte das empresas para
a manutenção das suas margens",
afirma o presidente da Abigraf Na-
cional, Fábio Arruda Mortara.
De acordo com ele, para 2014, dian-
te da falta de perspectiva de mudan-
ças macroeconômicas, a indústria
gráfica prevê novo encolhimento,
devendo fechar o ano com resulta-
do 1,7% inferior a 2013. Apesar das
expectativas nada otimistas, o setor
continua investindo para manter o
parque gráfico atualizado. Entre ja-
neiro e novembro deste ano, a in-
dústria importou US$ 1,08 bilhão
em máquinas e equipamentos, o que
representa apenas 4,7% a menos do
que em igual período de 2012.
Mortara observa que 2014 é ano de
eleições e defende que a indústria
gráfica redobre sua articulação.
“Precisamos pressionar para que
as reformas política, tributária, tra-
balhista, previdenciária e judiciária
saiam do papel. É preciso diminuir
o intervencionismo e restabelecer
um ambiente menos hostil aos ne-
gócios”, pondera o presidente.
A Abigraf pleiteia a isenção de
PIS/Cofins para impressão de li-
vros, prioridade para obras roda-
das em gráficas brasileiras no Pro-
grama Nacional do Livro Didático
(PNLD), margem de preferência
para impressos nacionais nas com-
pras do governo e desoneração do
IPI e PIS/Cofins sobre material es-
colar. “Não se trata de protecionis-
mo ou qualquer privilégio, mas de
reduzir um pouco a desvantagem
competitiva em relação a outros
países, que vão tomando conta de
nosso mercado”, defende, em con-
versa com a Primeira Página.
Balança comercialEntre janeiro de 2007 e novembro
de 2013, a indústria gráfica bra-
sileira investiu US$ 10,45 bilhões
em máquinas, equipamentos e
processos. No mesmo período em
que fez o expressivo investimento,
a indústria viu seu desempenho
no comércio exterior cair de um
superávit de US$ 64,46 milhões,
em 2006, para um déficit de US$
253,11 milhões, no acumulado de
janeiro a novembro de 2013. Em
2012, o saldo negativo havia sido
de US$ 229,01 milhões.
“Os números evidenciam uma
desconfortável realidade: Livros
brasileiros, embalagens de nossos
alimentos e outros produtos gráfi-
cos estão sendo impressos no ex-
terior, sacrificando empregos que
poderiam ser gerados aqui, redu-
zindo a arrecadação de impostos
e mitigando os investimentos”, re-
clama Fábio Mortara.
Somos um setor fortemente
capilarizado, em que a lei da oferta realmente impera
Abigraf pleiteia a isenção de PIS/Cofins para a impressão de livros
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22 Primeira Página
INDÚSTRIA
Produção de veículos bate recorde com crescimento de 10% em 2013
Na análise por segmento, o desta-
que foi a produção de caminhões,
que cresceu 43,1% em 2013, na
comparação com 2012, somando
190.304 unidades. A produção de
carros aumentou 8,6%, totalizan-
do 3,51 milhões, e a fabricação de
ônibus avançou 9,5%, passando
para 40.111.
Mercado internoApesar do recorde, houve queda
na venda de veículos no merca-
do interno, medida pelo número
de licenciamentos. O recuo foi de
0,9% em 2013. De acordo com o
balanço da Anfavea, foram co-
mercializados 3,77 milhões de
veículos no ano passado, contra
3,8 milhões em 2012. Luiz Moan
classificou como “empate técnico”
A produção de carros de passeio aumentou 8,6%, totalizando 3,51 milhões de unidades
A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil cresceu 10% em 2013, atingindo a marca de 3,74 milhões de veículos, novo recorde anual. Os dados foram anun-ciados pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Os dados de 2013 são muito bons. Em números absolutos, a produção teve um acréscimo de 10%. Entre-tanto, em 2014, esperamos um crescimento médio de 1%. Isto acontecerá devido à redução do número de dias úteis, em face de grandes eventos como a Copa do Mundo e também dos feriados nacionais”, afirma à Primeira Página o presidente da Anfavea, Luiz MoanYabiku Júnior.
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gaçã
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23Primeira Página
o resultado das vendas em 2013.
Para ele, a diferença de 34 mil ve-
ículos entre um ano e outro repre-
senta, aproximadamente, apenas
dois dias de vendas no País.
"Batemos o recorde histórico do
setor, em termos de vendas de ve-
ículos produzidos no Brasil. Mas
a rigidez na concessão de créditos
foi um fator determinante para
segurar um pouco o ímpeto do
consumidor", analisa. O executi-
vo também faz um alerta: “Hoje,
o Brasil é o quarto maior mercado
no mundo, mas apenas o sétimo
maior produtor”.
ExportaçõesAs exportações da indústria au-
tomobilística somaram US$ 16,57
bilhões em 2013, o que representa
uma alta de 13,5% em compara-
ção com 2012. As vendas para o
exterior, em dezembro, aumen-
taram 14,5% em relação ao mes-
mo mês de 2012, equivalendo a
US$ 1,2 bilhão (R$ 2,8 bilhões). A
quantidade de carros que saíram
do País em 2013, de acordo com
a Anfavea, totaliza 563.268 unida-
des, volume 26,5% maior do que
o exportado em 2012 (445.219).
Ainda segundo a Associação, os
importados representaram 18,8%
dos veículos comercializados no
Brasil em 2013, somando 706.864
unidades. Essa participação cor-
responde a um recuo em relação
ao ano anterior, quando as 788.097
unidades importadas ficaram com
uma fatia de 20,7% dos veículos
licenciados.
Máquinas agrícolas A produção de máquinas agrícolas
automotrizes em 2013 superou a
barreira das 100 mil unidades, pela
primeira vez. As 100,5 mil máquinas
fabricadas representam 20% a mais
que as 83,7 mil de 2012. Somente em
dezembro foram 6,5 mil unidades,
13% acima das 5,7 mil do mesmo
mês no ano anterior e 20,2% abaixo
das 8,2 mil de novembro de 2013.
Projeções para 2014 A Associação Nacional das Fa-
bricantes de Veículos Automo-
tores (Anfavea) projeta para
2014 o crescimento de 1% na
produção, 1,1% no licencia-
mento, 2,1% nas exportações
em unidades e 2,6% nas ex-
portações em valores. Para o
segmento de máquinas agrí-
colas, as projeções indicam
estabilidade em produção e
exportações e 1,1% de alta em
vendas internas.
A demanda por produção foi con-
sequência da elevação do merca-
do interno, estimulado por safra
recorde, taxas atrativas de finan-
ciamento e busca permanente de
aumento da produtividade por
parte do produtor. Esse contex-
to fez de 2013 o melhor ano da
história em vendas internas, que
registraram 18,4% de aumento,
quando comparadas as 83,1 mil
máquinas comercializadas com as
70,1 de 2012.
Batemos o recorde histórico do setor,
em termos de vendas de veículos
produzidos no Brasil
Em 2013, o recuo na venda de veículos foi de 0,9%
Luiz Moan, presidente da Anfavea
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24 Primeira Página
INDÚSTRIA I
Os desafios do setor de sucata ferrosa no BrasilImportante insumo utilizado no processo de fabricação do aço, a sucata ferrosa tem supe-rado desafios que vão da exportação aos altos custos de logística e transporte. No Brasil, a participação da sucata na produção de aço bruto vem oscilando entre 26% e 28%, abaixo da média mundial, que foi de 45% em 2012, de acordo com os dados do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (INESFA). O setor atua com equipamentos para preparo e beneficiamento da sucata industrial e de obsolescência, com benefícios para diversos seg-mentos industriais, que geram um reaproveitamento do ciclo dos metais contidos na sucata.
“É importante mencionar que a
sucata ferrosa é uma commodity
fundamental para a indústria si-
derúrgica mundial. Em vista da
sua atual importância, a disponi-
bilidade do insumo nos proces-
sos de produção, principalmente
pelas aciarias elétricas, tem sido
um assunto cada vez mais deba-
tido pelos segmentos que partici-
pam da cadeia produtiva do aço”,
afirma o presidente do INESFA,
Marcos Fonseca, em entrevista
à Primeira Página.
ExportaçõesO ano de 2013 começou com bons
níveis de exportação, mas os volu-
mes passaram a cair mês a mês. O
volume exportado em julho (22,5
mil toneladas, somando US$ 8,2
milhões), por exemplo, é bastan-
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25Primeira Página
te inferior ao mesmo mês de 2012
(35,2 mil toneladas, somando
US$ 15 milhões). O total de expor-
tações no ano passado alcançou
mais de 450 mil toneladas, equi-
valentes a US$ 177.611.921. “Em
relação às exportações, é provável
que o número não aumente, uma
vez que os comerciantes priori-
zam o mercado interno”, avalia
Marcos Fonseca.
O presidente explica ainda que di-
versos fatores contribuem para in-
viabilizar o negócio no Brasil, in-
cluindo custo de transporte e falta
de políticas eficazes no processo
de exportação. “No ano passado,
um assunto de grande repercussão
na mídia foi a eventual taxação
das exportações da sucata, me-
dida restritiva que, obviamente,
comprometeria a competitividade
do setor, que já sofre forte influ-
ência da indústria siderúrgica, al-
tamente concentrada e verticaliza-
da”, explica Fonseca.
Outro problema apontado pelo re-
presentante do INESFA é o acúmu-
lo de estoque de sucata no Brasil.
Todo o material que poderia ser
reutilizado está parado por falta de
projetos que incentivem a recicla-
gem. “A demanda de sucata não
reciclada no País ainda é grande.
Existe material que não vai para
reciclagem, como é o caso dos car-
ros apreendidos e que ficam por
muitos anos nos pátios do Detran
(Departamento Nacional de Trân-
sito). Nossa luta é voltada para a
reciclagem de todo esse material, e
contamos com a ajuda dos gover-
nos estaduais e federal”, completa.
O futuroSobre os desafios a serem enfren-
tados pelo setor em 2014, o presi-
dente destaca a criação de leis que
versem sobre a reciclagem das fro-
tas e a adequação da Política Na-
cional dos Resíduos Sólidos, para
que, partindo do apoio das entida-
des representativas, o governo en-
tenda suas reais necessidades.
“As oportunidades estão surgindo.
Programas de renovação de fro-
tas vêm sendo implantados, bem
como iniciativas dos entes públi-
cos com o escopo de regulamentar
a questão da Política Nacional de
Resíduos Sólidos”, afirma Fonseca.
Emprego e rendaDados do INESFA apontam que o
comércio atacadista de sucata na-
cional gera atualmente emprego
e renda para mais de 1,5 milhão
de pessoas, sendo constituído por
cerca de 5.400 empresas, a maio-
ria de pequeno e médio portes.
“O setor permite a geração de tra-
balho através do fomento das coo-
perativas de catadores, elevando o
número de empregados formais na
classe, além de permitir a inclusão
social e melhoria na distribuição de
renda no Brasil”, afirma Fonseca.
A demanda de sucata não reciclada
no País ainda é grande. Existe
material que não vai para reciclagem
26 Primeira Página
INDÚSTRIA II
Setor de transformados plásticos deve fechar 2013 com alta de 1,6%A produção do setor de transfor-
mados plásticos deve fechar 2013
com crescimento de 1,6%, pas-
sando de 6,66 milhões de tonela-
das em 2012 para 6,76 milhões.
O segmento de laminados foi o
que apresentou maior expansão,
com 8,3%. Em seguida aparece
o de artefatos diversos, com alta
de 1,2%. A má notícia ficou por
conta do setor de embalagens, que
teve retração de 0,3%.
De acordo com o presidente da As-
sociação Brasileira da Indústria do
Plástico (Abiplast), José Ricardo
Roriz Coelho, “os laminados fo-
ram puxados para cima especial-
mente pelo setor automotivo, cuja
expansão foi considerável no ano
passado devido à política de crédi-
to e incentivos fiscais”.
O faturamento do setor de transfor-
mados plásticos cresceu 8,6% em
2013, saltando de R$ 56,46 bilhões
para R$ 61,33 bilhões. O consumo
registrou aumento de 9,1%, alcan-
çando a marca de R$ 66,3 bilhões.
Em relação ao comércio inter-
nacional, o setor exportou 7% a
mais, quando comparado ao ano
anterior, com 255 milhões de to-
neladas, e importou 6% acima
do registrado em 2012, ou um to-
tal de 731 milhões de toneladas.
Desta forma, o saldo da balan-
ça comercial de transformados
plásticos permaneceu deficitário,
ultrapassando os R$ 5 bilhões –
índice 14,7% maior que em 2012.
“A importação de alimentos em-
balados aumentou bastante, pre-
judicando a participação da nossa
indústria nesse segmento”, expli-
ca José Coelho.
Os investimentos tiveram cresci-
mento de 4,8% na comparação
com o ano anterior, totalizando
R$ 1,97 bilhão. Já o nível de em-
prego no setor de transformados
plásticos registrou alta de 2,2%,
com quase oito mil postos de tra-
balho gerados.
PerspectivasO presidente da Abiplast prevê
que 2014 manterá o atual ritmo de
crescimento do setor. Segundo ele,
haverá expansão de 1,8% na pro-
dução física, aumento de 8% no
faturamento e crescimento de 9%
no consumo aparente de transfor-
mados plásticos e de 2% no nível
de emprego.
27Primeira Página
GESTÃO
Empresas brasileiras investem em governança corporativaAs empresas brasileiras estão cada
vez mais investindo em gover-
nança corporativa. A mudança foi
identificada no estudo “A gover-
nança corporativa e o mercado de
capitais brasileiro”, realizado pela
KPMG no Brasil. A pesquisa revela
que está havendo no País um cres-
cimento contínuo do número de
comitês para suporte ao Conselho
de Administração e um aumento da
quantidade de Conselhos Fiscais.
Há também um crescimento rele-
vante no valor médio de seguro
D&O contratado pelas empresas
(seguro que visa proteger o patri-
mônio de pessoas físicas que ocu-
pam cargos ou funções diretivas
na empresa, em caso de condena-
ção judicial por decisões tomadas
durante sua gestão) e uma maior
preocupação com o gerenciamen-
to de riscos.
“Vemos o aumento do número de
empresas que querem se aprimo-
rar na busca por melhores práticas
de governança corporativa, abran-
gendo transparência, prestação de
contas, equidade e responsabili-
dade corporativa. Isto é sinal de
maior profissionalização por parte
delas e, logo, o aumento da com-
petitividade”, afirma o sócio-líder
da área de Risk Consulting da
KPMG no Brasil e responsável
pelo estudo, Sidney Ito.
Resultados da pesquisa- Mais empresas criaram comitês
voltados para temas específicos –
dentro dos próprios Conselhos de
Administração – como: Comitês de
Risco (24 para 37 empresas), Re-
cursos Humanos (32 para 48) e Fi-
nanças/Investimentos (36 para 50).
- 43% das empresas possuem uma
área específica de gerenciamento
de risco, contra 40% em 2012.
- 55% das empresas contam hoje
com auditoria interna, contra 45%
em 2012.
“As diversas notícias sobre em-
presas envolvidas em fraudes ou
erros contábeis na condução dos
negócios reforçam a importância
de uma estrutura eficaz de geren-
ciamento de riscos, uma cultura
de negócios baseada na ética e
conduta e a necessidade de um
ambiente efetivo de controles in-
ternos”, conclui Ito.
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28 Primeira Página
POLÍTICA
Bahia institui Frente Parlamentar dos ComerciáriosA Bahia é o quinto estado brasilei-ro a instaurar em sua Assembleia Legislativa uma Frente Parlamen-tar em Defesa dos Comerciários. A Frente – criada no estado em de-zembro – lutará por pautas como proibição de que o caixa acumule a função de empacotador, fim do trabalho aos domingos, extinção do fator previdenciário, partici-pação nos lucros da empresa, jornada de trabalho de 40 horas semanais e expropriação de pro-priedades com trabalho escravo.
A instalação da Frente contou com a presença do presidente da Con-federação Nacional dos Trabalha-dores no Comércio (CNTC), Levi Fernandes. De acordo com ele, “trata-se de uma conquista impor-
tante para o movimento sindical, para os comerciários de todo o Brasil e, especialmente na Bahia, para os mais de 450 mil trabalha-dores no comércio e em serviços no estado”.
Em entrevista à Primeira Página, o presidente da Federação dos Em-pregados no Comércio de Bens e Serviços no Estado da Bahia (Fecombase), Márcio Fatel, afir-ma que a criação da Frente é um grande avanço, tendo em vista a regulamentação da profissão – com a sanção da Lei Federal nº 12.790/13 pela presidente Dilma Rousseff, em março de 2013 – como uma importante conquista da categoria.“Tivemos, em março do ano pas-
sado, a tão sonhada regulamenta-ção da profissão de comerciário. Agora, com a criação da Frente Parlamentar no Congresso Nacio-nal e nas Assembleias Legislativas Estaduais, vamos ter voz e vez no poder”, afirma. Ainda de acordo com Fatel, a chegada da Frente na Bahia representa um importante avanço para a luta da categoria por melhores condições de traba-lho no estado.
A Frente Parlamentar em Defesa dos Comerciários tem coordena-ção, na Câmara Federal, do depu-tado Daniel Almeida (PCdoB-BA), tesoureiro do movimento e articu-lador da criação na Bahia. A coor-denação estadual estará por conta do deputado Álvaro Gomes.
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29Primeira Página
PESQUISA
Micro e pequenas empresas lideram geração de empregos no Brasil
Micro e pequenas empresas (MPE)
foram as responsáveis pela quase
totalidade dos empregos líquidos
– resultado total das admissões
menos as demissões – gerados em
outubro de 2013. As informações
foram divulgadas pela Agência
Sebrae de Notícias, em dezembro
do ano passado. Os pequenos ne-
gócios empregaram 101 mil pesso-
as no décimo mês de 2013 (28%
a mais que no ano anterior), ao
contrário das médias e grandes
empresas, que fecharam 7,5 mil
vagas no mês.
Para se ter uma ideia do resulta-
do, o número total de pessoas que
conseguiram emprego apenas em
outubro é superior ao da quanti-
dade de trabalhadores que a Petro-
bras possui em seu quadro atual
– cerca de 85 mil empregados.
O total de vagas abertas de janei-
ro a outubro do ano passado pelos
empreendimentos de micro e pe-
queno portes soma mais de 950 mil
em todo o País. “As micro e peque-
nas empresas têm um peso muito
grande no saldo positivo de empre-
gos. Esse é um comportamento que
vem se consolidando nos últimos
anos e tem sido comprovado pelos
levantamentos mensais que faze-
mos com base no Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados
(Caged), do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE)”, afirma o presi-
dente do Sebrae, Luiz Barretto.
Bahia na liderança Os dados do Caged apontam ain-
da que de janeiro a novembro de
2013 as micro e pequenas empresas
baianas geraram 48.922 novos em-
pregos, colocando o estado na pri-
meira posição no Nordeste, seguido
do Ceará e de Pernambuco.
Dentro do universo dos pequenos
negócios baianos – que faturam até
R$ 3,6 milhões por ano –, o setor
da economia que mais contratou
em novembro foi o de serviços,
4.053 pessoas, seguido pelo comér-
cio, 3.883. Os dois ramos de ativi-
dades, juntos, concentram mais de
87% das MPE do estado. Outro se-
tor com importante contribuição na
geração de empregos foi o da cons-
trução civil, com 1.808 vagas.
Luiz Barretto, presidente do Sebrae, explica o papel das micro e pequenas empresas na geração de empregos
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30 Primeira Página
TI
Computação em nuvem aumenta segurança das empresas
Quando se pensa em desastres, as primeiras imagens que vêm à mente são catástrofes natu-rais, como terremotos, maremotos ou furacões. Esses fenômenos da natureza podem parali-sar os negócios de uma empresa por dias, semanas, gerando grandes prejuízos. No Brasil, os cuidados em relação a tais episódios ainda são incipientes, já que são raros os casos de ca-lamidades públicas provocadas por eventos desse tipo. Por aqui, as ameaças são diferentes, mas igualmente perigosas: incêndios, enchentes, desabamentos e, principalmente, ataques virtuais de origem externa ou interna.
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lia.c
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31Primeira Página
“Com a possibilidade de perder
tempo, dinheiro e credibilidade de-
vido a períodos de interrupção dos
negócios, muitas empresas têm
recorrido a serviços estratégicos
de continuidade. Principalmente
aquelas que com grande parte do
negócio baseada na web e que de-
pendem de um serviço disponível
no sistema 24x7x365. Adotar pro-
gramas de gestão de continuidade
e recuperação em nível global pas-
sa a ser questão de ‘vida ou morte’
para esse tipo de empresa”, afirma
o diretor de tecnologia da Online
Data Center, Adriano Filadoro, à
Primeira Página.
Um dos recursos mais importan-
tes como parte da estratégia de
recuperação de desastres são os
serviços em nuvem. Em vez de
se apoiar num software local, os
recursos disponíveis no computa-
dor contam com o respaldo de um
programa instalado em algum lu-
gar na internet, num servidor que,
por sua vez, está instalado em um
data center gerenciado por espe-
cialistas em tecnologia.
“Serviços em nuvem, ou cloud
computing, são um modelo de ne-
gócio em que o cliente tem acesso
a uma variedade de serviços, apli-
cações e soluções garantidos pelo
provedor. A estratégia é permitir
que se tenha acesso aos dados da
empresa de forma remota. Esta
possibilidade vem se fazendo pre-
sente cada dia mais e certamen-
te está revolucionando não só os
negócios, mas o próprio ambiente
de trabalho”, diz Filadoro.
Na opinião do executivo, uma
das principais qualidades da con-
figuração em nuvem é permitir
upgrades de maneira rápida, fácil
e sem interrupções. Além disso,
o comprometimento de um edifí-
cio por conta de um incêndio ou
enchente, por exemplo, não che-
ga a afetar o acesso aos dados do
servidor da empresa, já que será
possível fazê-lo de qualquer outro
computador.
“A replicação do banco de dados
permite que todos os usuários
compartilhem o mesmo nível de
informação. Um sistema de banco
de dados distribuído garante que
alterações, adições e exclusões en-
volvendo dados em qualquer local
sejam automaticamente replica-
das em todos os outros locais, per-
mitindo que cada usuário tenha
acesso a dados consistentes”.
Governo federal já usa o cloud computingO Serviço Federal de Processa-
mento de Dados (Serpro) também
já trabalha com a tecnologia de
computação em nuvem. Em uma
iniciativa inédita, a empresa lan-
çou no final de 2013 a primeira
nuvem do governo federal. O am-
biente abriga sistemas para o Pro-
grama Cidades Digitais. A tecnolo-
gia oferece soluções de educação,
atendimento médico hospitalar,
gestão e comunicações para cerca
de 80 municípios brasileiros.
De acordo com o superintendente
de Produtos e Serviços do Serpro,
José Gomes Júnior, a tecnologia
permitirá que prefeituras brasilei-
ras tenham estrutura para montar
os seus sites. “Para cada prefeitura
ter seu site e todos os sistemas, em
um primeiro momento elas preci-
sariam ter uma infraestrutura de
processamento local, um minicen-
tro de processamento de dados,
servidores e licenciamento dos sof-
twares. O que o Serpro está fazen-
do é levar toda essa tecnologia às
prefeituras, que não precisam mais
se preocupar em ter essa infraes-
trutura do outro lado”, disse o su-
perintendente à Agência Brasil.
Serviços em nuvem são modelos de
negócio em que o cliente tem acesso a uma variedade
de serviços
Adriano Filadoro, diretorda Online Data Center
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gaçã
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32 Primeira Página
SAÚDE
Profissionais podem sofrer perda de audição no ambiente de trabalho
A perda auditiva gera muitos im-
pactos na vida de um indivíduo.
Além da difícil comunicação com
os familiares e deterioração da
vida social, o aspecto econômico
também está presente. A surdez
pode gerar a dificuldade de encon-
trar ou manter um emprego, afe-
tando negativamente a carreira de
um profissional.
Atividades desenvolvidas no pró-
prio trabalho, muitas vezes, são
as maiores causas da perda audi-
tiva. Operadores de telemarketing,
músicos, funcionários que atuam
em pistas de aeroportos, industri-
ários, entre muitos outros, estão
constantemente expostos a ruídos
intensos.
"Nós não imaginamos, mas em
um ambiente normal de trabalho,
como um escritório, o som pode
chegar a até 80 decibéis", diz a fo-
noaudióloga da Telexfree, Isabela
Gomes. A exposição continuada a
sons entre 100 e 120 decibéis pode
levar à perda auditiva definitiva.
Acima de 120 decibéis, o barulho
pode ocasionar trauma acústico.
Mas a solução é simples, se forem
utilizados com frequência proteto-
res ou abafadores auriculares, que
reduzem o volume excessivo, pro-
piciando uma audição mais con-
fortável do som ambiente.
O protetor auricular é um equi-
pamento de proteção individual
(EPI), projetado para ser acoplado
ao canal auditivo externo e, as-
sim, evitar os prejuízos causados
à audição por ruídos altos, entrada
de água e impurezas. Geralmente
são feitos de material esponjoso,
em formato cilíndrico, de forma a
serem inseridos no ouvido e per-
manecerem fixados, sob pressão,
cobrindo toda a área de entrada do
canal. "Os equipamentos reduzem
o volume excessivo, mas quem os
utiliza não deixa de ouvir o som
ambiente. São indicados princi-
palmente para músicos, DJs, mo-
tociclistas e até dentistas", explica
Isabela.
Já os abafadores são feitos de plás-
tico e possuem formato de con-
chas, presas nas extremidades de
uma haste. As conchas cobrem a
orelha do usuário, diminuindo ou
bloqueando a entrada de som. Os
preços variam de centavos de real
a R$ 200. Um pequeno investi-
mento que pode manter a audição
perfeita por muitos anos.
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33Primeira Página
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34 Primeira Página
TURISMO RELIGIOSO
Bahia investe em turismo religioso
“Poucos estados do Brasil têm tan-
tas belezas para mostrar aos turis-
tas quanto a Bahia. E poucas cida-
des da América Latina apresentam
o potencial turístico de Salvador.
Acolher o turista e apoiá-lo na bus-
ca da beleza e do repouso é a ex-
pressão de uma certeza: cada pes-
soa tem um valor único, pois foi
criada à imagem e semelhança de
Deus”, afirma o Arcebispo Primaz
do Brasil, Dom Murilo Krieger.
O site (www.turismoreligiosobahia.
com.br) foi concebido para ser
um banco de dados e informa-
ções para peregrinos que querem
conhecer, compreender e com-
partilhar as festividades, datas
A Secretaria do Turismo da Bahia e a Arquidiocese de Salvador lançaram no início do ve-rão uma série de ações para promover o turismo religioso no estado. Entre as ações estão a criação de roteiros religiosos, um guia turístico de igrejas, um portal de turismo e cursos de idiomas. Atualmente, 100 mil turistas vêm à Bahia exclusivamente por motivos relacionados às suas religiões.
A Bahia recebe 100 mil turistas exclusivamente por motivos religiosos
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BA
35Primeira Página
importantes e templos religiosos
católicos baianos. Na página, que
é administrada pela equipe de co-
municação da Arquidiocese, há
espaço para dicas, anúncios co-
merciais, calendários de festejos,
acesso às redes sociais e roteiros
turísticos religiosos.
Já a capacitação, voltada para pro-
fissionais que atuam no receptivo
turístico das igrejas, tem 160 horas
de duração. O curso é ministrado
pelo Sest/Senat e beneficia 25 pes-
soas nesta primeira fase. As aulas
começaram em dezembro.
Fitinhas do Senhor do Bonfim voltam a ser fabricadas na BahiaÍcone tradicional da religiosida-
de baiana, a fitinha do Senhor do
Bonfim será novamente fabricada
na Bahia, após 20 anos. O item
será fabricado pela Cooperativa de
Produtores de Artigos Religiosos
e Culturais (Cooparc). A fábrica
funcionará na Avenida Beira-Mar,
no bairro da Ribeira, e também
contará com um memorial dos
atrativos turísticos da Baía de To-
dos-os-Santos.
PanfletosOutra ação em andamento é a dis-
tribuição de 20 mil folders na rede
hoteleira, com informações sobre
as igrejas localizadas no roteiro
turístico da capital baiana. “Cada
igreja é uma página da nossa his-
tória, que começou em 1549. Eu
não me preocupo só com o aspec-
to religioso, mas também com a
melhoria do atendimento, porque
isso faz com que o visitante fale
bem da nossa cidade para outra
pessoa que se interesse por ela e
queira conhecê-la”, diz Dom Mu-
rilo à Primeira Página.
Ao todo, cinco circuitos fazem
parte do roteiro turístico de Sal-
vador: Orla 1 (Nossa Senhora da
Conceição – Itapuã; Sagrada Famí-
lia – Nova Brasília de Itapuã; São
Francisco de Assis – Boca do Rio;
Sant’Ana – Rio Vermelho); Orla 2
(Ressurreição do Senhor – Ondi-
na; Santo Antônio – Barra; Nossa
Senhora da Vitória – Vitória); Cen-
tro Antigo (São Pedro – Piedade;
São Bento; Conceição da Praia;
Catedral Basílica; São Francisco
– Pelourinho; Rosário dos Pretos
– Pelourinho; Igreja do Carmo e
Santo Antônio Além do Carmo);
Península Itapagipana (Irmã Dul-
ce; Senhor Bom Jesus do Bonfim;
Nossa Senhora da Boa Viagem); e
Empresarial (Santa Rosa de Lima
– Costa Azul; Nossa Senhora da
Esperança – Stiep; Nossa Senhora
da Conceição Aparecida – Imbuí;
Ascensão do Senhor – CAB).
Conforme o presidente da Asso-
ciação Baiana da Indústria de Ho-
téis (ABIH), José Manoel Garrido,
a capital baiana dispõe de 40 mil
leitos, distribuídos entre os bair-
ros de Stella Maris e Ribeira. “Nas
recepções dos hotéis sempre há
informativos sobre pontos turísti-
cos para que os visitantes possam
fazer um city tour, mas não havia,
até agora, nenhum informativo
com os horários das missas. Além
disso, nós precisamos valorizar
o lado cultural e dar ao turista a
oportunidade de conhecer a histó-
ria a partir das igrejas”, afirma.
Precisamos valorizar o lado cultural e dar ao turista a
oportunidade de conhecer a história a partir das igrejas
Cinco circuitos religiosos fazem parte do roteiro turístico de Salvador
Foto
: G
OV
BA
36 Primeira Página
TURISMO
Alta estação aquece o setorde turismo na Bahia
O turismo está em alta na Bahia, neste verão. Os principais destinos turísticos do estado tiveram ocupação de 100% no réveillon e o movimento continuou intenso durante o mês de janeiro. Em alguns locais, como Porto Seguro, Ilhéus, Praia do Forte e Lençóis, na Chapada Diamantina, turistas enfrentam dificuldade para encontrar vagas.
O réveillon de Ilhéus foi um dos
que registraram taxa de ocupação
máxima, e no mês de janeiro ela
se manteve em 80%. “Estamos fe-
lizes porque tivemos um aumen-
to de 10% no número de turistas
que visitam Ilhéus nesta época do
ano. Sempre há uma queda depois
do réveillon, mas este ano o trade
quase não sentiu a redução no res-
tante do mês. Hotéis e restauran-
tes estão sempre cheios”, afirma a
presidente do Convention Bureau
da Costa do Cacau, Luigi Massa.
Já em Salvador, a taxa média de
ocupação foi de 90%. Os hotéis
do bairro de Ondina chegaram a
registrar taxa de 96,5%.
Réveillon 2014: A taxa média de ocupação em hotéis de Salvador foi de 90%
Foto
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37Primeira Página
Em Praia do Forte, no litoral norte
baiano, não é diferente. Os hotéis
estão lotados desde o final de no-
vembro e é muito difícil conseguir
hospedagem até depois do carna-
val, garante a gerente de marketing
da Associação Comercial e Turísti-
ca da Praia do Forte (Turisforte),
Maria Betânia Souza Paranaguá.
“Além da dificuldade de conseguir
hotéis, os turistas não conseguem
nem casas para alugar. Janeiro des-
te ano foi um mês especial para os
hoteleiros da Praia do Forte, com
um incremento de 10% a 15% no
número de visitantes em relação
ao ano anterior”, revela.
Chapada DiamantinaNão são apenas os destinos de sol e
praia que estão com a ocupação em
alta. Lençóis, na Chapada Diaman-
tina, teve um incremento de 30%
em relação a janeiro de 2013. “A
cidade ficou completamente lotada,
com filas nos supermercados e até
mesmo nos restaurantes. Foi uma
surpresa muito grande para o trade.
E o melhor é que o movimento con-
tinua com média de 80% de ocupa-
ção”, revela a secretária de Turismo
de Lençóis, Michelli Nonato.
No Capão, também na Chapada
Diamantina, a realidade é a mes-
ma: restaurantes, pousadas e mer-
cadinhos cheios. De acordo com
Marcos Monteiro, proprietário da
pousada Villa Lagoa das Cores,
desde o dia 20 de dezembro está
complicado conseguir um quarto
no vilarejo. “Terminamos dezem-
bro e iniciamos janeiro com 100%
de ocupação. Vamos fechar janei-
ro com 20% a mais de hóspedes
em relação ao mesmo mês do ano
passado”,confirma.
CarnavalO pico da alta estação na Bahia
acontece durante o carnaval. A
Associação Brasileira da Indús-
tria de Hotéis (ABIH) estima que
a folia deva gerar uma ocupação
média, em Salvador, de 80%. Em
um levantamento do Ministério
do Turismo (MTur), realizado nas
principais cidades brasileiras que
celebram a maior festa popular do
País, a Bahia aparece em segundo
lugar na atração de turistas para a
Região Nordeste.
Estão previstos 690 mil visitantes
para as cidades de Salvador, Tran-
coso, Costa do Sauípe e Arraial
D’Ajuda, uma movimentação de
R$ 639 milhões. Pernambuco é o
estado que mais deve atrair turis-
tas no Nordeste. Espera-se que 850
mil pessoas visitem as cidades de
Recife, Olinda, Porto de Galinhas e
Cabo. A movimentação econômi-
ca estimada é de R$ 787 milhões.
“Os hotéis de Salvador estão se
organizando, cada um de acordo
com sua necessidade, fazendo
reformas grandes ou pequenas.
Além disso, a capital baiana rece-
beu dez novos hotéis em apenas
dois anos. Em termos de ofertas,
a cidade está pronta, e temos feito
também um trabalho de recupe-
Patrocínio recordeA Prefeitura de Salvador con-
seguiu um patrocínio recorde
para o carnaval de 2014. A ca-
pital baiana arrecadou R$ 45
milhões dos patrocinadores
Itaipava, Schin, Net, Itaú e
Governo do Estado da Bahia.
Com esses recursos, a prefeitu-
ra vai cobrir os custos da fes-
ta e ainda obter um lucro de
R$ 10 milhões.
Em termos de ofertas, a cidade
está pronta, e temos feito um
trabalho de recuperação da sua imagem no exterior
José Manoel Garrido Filho, presidente da ABIH na Bahia
Cássia Magalhães, superintendente da Secretaria do Turismo da Bahia
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BA
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ivul
gaçã
o
38 Primeira Página
ração da sua imagem no exterior,
pois precisamos continuar atrain-
do turistas após a Copa”, afirma o
presidente da ABIH na Bahia, José
Manoel Garrido Filho, em entre-
vista à Primeira Página.
"Trata-se de uma festa que recebe
mais de R$ 50 milhões em inves-
timentos do Governo do Estado. É
uma grande festa, que atrai mais
de 500 mil visitantes e movimen-
ta algo em torno de R$ 1 bilhão",
afirma o secretário de Turismo da
Bahia, Pedro Galvão.
Pelo sétimo ano consecutivo, a Se-
cretaria promoverá o projeto Guias
e Monitores, que no ano passado
realizou 100 mil atendimentos
a turistas e, neste carnaval e na
Copa do Mundo, pretende aten-
der os estrangeiros que chegam à
Bahia. Cerca de 600 profissionais
vão atuar durante o carnaval e ou-
tros 100 no mundial da FIFA.
"No período do carnaval, nós che-
gamos a realizar atendimentos em
até dez línguas, inclusive as mais
incomuns, como russo, japonês e
croata", afirma à Primeira Página
a superintendente de Serviços Tu-
O último réveillon oficial de Sal-
vador foi um sucesso. O evento
atraiu 390 mil pessoas nos qua-
tro dias de festa à Praça Cairu, no
Comércio, e os hotéis do centro
da cidade chegaram a ter uma
ocupação superior a 90% no pe-
ríodo. Uma pesquisa realizada
pela prefeitura mostrou ainda
que 80% dos participantes apro-
varam os festejos da cidade.
Em coletiva de imprensa, o pre-
feito ACM Neto fez um balan-
ço do evento. Ele revelou que o
réveillon 2014/2015 está garanti-
do e que manterá o seu forma-
to, com duração de quatro dias.
Serão realizadas duas grandes
festas: uma na Barra ou na Pra-
ça Cairu e outra em região com
grande densidade populacional,
como o Subúrbio ou Cajazeiras.
“Havia muita dúvida sobre a re-
alização do evento no Comércio,
mas vimos que deu certo. Ainda
vamos pensar se repetiremos o
local. Precisamos avaliar se daqui
a dois ou três anos a Praça Cairu
comportará o público que espera-
mos trazer, já que a perspectiva
é que esse número cresça a cada
ano. Nos próximos meses, a de-
cisão será anunciada, até porque
queremos fazer o lançamento
com bastante antecedência”, afir-
mou o prefeito.
Atrações de peso nacional mar-
caram presença em 2014, a
exemplo de Gilberto Gil, Caetano
Veloso, Gal Costa, Claudia Leite,
Paralamas do Sucesso, Anitta e
Nando Reis. A virada do ano teve
show pirotécnico de 15 minutos,
com 12 toneladas de fogos no lo-
cal da festa, no Comércio. Outras
20 toneladas foram usadas em
11 pontos da cidade: Barra, Rio
Vermelho, Boca do Rio, Itapuã,
Cajazeiras, Boa Viagem, Ribeira,
Periperi e nas ilhas de Paramana,
Bom Jesus dos Passos e Maré.
rísticos da Secretaria do Turismo
da Bahia, Cássia Magalhães.
Baixa estaçãoO presidente da ABIH afirma tam-
bém que o segmento hoteleiro tem
boas perspectivas para a baixa es-
tação, principalmente no período
da Copa do Mundo. “Como Sal-
vador foi contemplada com jogos
de grandes seleções, esperamos
um bom fluxo de visitantes. Há
uma procura intensa por reserva
nos hotéis e a expectativa é que
tenhamos 100% de ocupação nos
dias de jogos na cidade, sobretudo
nas partidas entre Portugal e Ale-
manha, Espanha e Holanda. Nos
demais dias, a taxa de ocupação
deverá oscilar entre 80% e 90%. A
capital baiana receberá jogos até o
dia 5 de julho, pois sediará partida
das quartas de final”, completa.
Prefeitura estuda local para próximo réveillon de Salvador
Foto
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gaçã
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Pedro Galvão, secretário de Turismo da Bahia
39Primeira Página
Tel.: 71-3332-8222 / 9161-1765 / [email protected] Jacobina, 160, Edf. Maximinio Perez Garrido, Sala 301, Rio Vermelho Salvador-BA
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40 Primeira Página
FRANQUIAS
Novas oportunidades de franchise apostam no verão ou no ineditismo
Nesta época de calor, quem mais fatura são as empresas que trabalham com produtos ligados ao verão. Se você
está pensando em ter o próprio negócio, fique de olho em oportunidades geradas pelo brilho e pela energia do
sol. Uma alternativa, na área de franquias, é a marca Lupalupa. A empresa, que vende óculos de sol e relógios,
possui mais de 30 lojas no Brasil e exige investimento inicial a partir de R$ 15 mil. Em avaliação de qualidade
realizada pela PROTESTE, a associação de defesa dos direitos do consumidor mais popular do Brasil, a Lupalu-
pa terminou à frente de marcas como Ray-Ban, Armani, Vogue, Calvin Klein e Chilli Beans.
Franquia de produtos ligados à alta estação tende a ser ótimo investimento
41Primeira Página
com processamento de cartões pri-
vate label, para pequenos e médios
varejistas. Os cartões – que podem
ser pós ou pré-pagos, de fidelida-
de ou vale-presente – trazem mais
organização e inteligência para os
pequenos negócios, diminuindo a
informalidade e, por outro lado,
aumentando o vínculo com os
clientes.
O negócio é atrativo não só pelo
ineditismo, mas também pelas
perspectivas do varejo e pelo su-
porte da franqueadora. Segundo a
Associação Brasileira das Empre-
sas de Cartão de Crédito, o private
label está crescendo, sobretudo,
no interior. “Ainda há muitos co-
merciantes que dão crédito ao
cliente por conta própria, sem o
devido controle ou a garantia de
recebimento. Outros também de-
sejam trabalhar com cartões pré-
-pagos ou mesmo estabelecer al-
gum programa de fidelização para
estar mais perto de seus clientes”,
exemplifica o gerente de expansão
da Carto, Enio Cursino.
“O custo de implantação é viável,
não cobramos taxa de administra-
ção. O atendimento é feito por um
franqueado do local e a estrutura
de Tecnologia da Informação que
temos a oferecer é bastante robus-
ta. Também dá ao comerciante a
possibilidade de associar um ban-
co de dados para análise e gestão
de crédito”, completa o gerente.
O franqueado da Carto investirá a
partir de R$ 100 mil para iniciar
suas atividades (o valor já inclui
taxa de franquia, treinamento e
instalação, entre outros custos).
Caberá a ele identificar, no peque-
no e médio varejo, quais são os
negócios com perfil para ter um
cartão private label, vender a solu-
ção, negociar e instalar o sistema.
O franqueado também se dedica a
oferecer suporte aos clientes. Todo
o processamento, porém, é de res-
ponsabilidade da franqueadora – o
que deixa o franqueado livre para
prospectar novos clientes.
A Carto acredita que o franqueado
ideal é aquele que conhece bem o
O diretor comercial e de expansão
da rede, José Cavalieri Bazílio,
afirma que a empresa está cres-
cendo, em média, 40% ao ano.
Esse ritmo acelerado de cresci-
mento, segundo ele, se deve a um
importante e atrativo diferencial:
o valor investido pelo franqueado
retorna em até 18 meses, ao con-
trário do período usual de 24 me-
ses praticado por outras franquias.
“Queremos rentabilizar de forma
mais rápida o nosso franqueado.
Este prazo de 18 meses é uma
grande vantagem no segmento de
franquia, assim como a margem
elevada de preços para o franque-
ado, em média de 200%, o que é
possível graças à diminuição da
margem do franqueador”, explica
à Primeira Página.
A empresa oferece ao franquea-
do a avaliação de viabilidade do
ponto de venda, projeto de arqui-
tetura, acompanhamento da obra
e treinamento. A duração do con-
trato é de quatro anos.
InovaçãoMas se você prefere fugir da con-
corrência e investir em algo novo,
a dica é a franquia Carto, que atua
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DE RENDA DEVIDO
42 Primeira Página
comércio local, gerentes de bancos aposentados ou ex-comerciantes. “Queremos atingir cidades a partir de 50 mil habitantes”, avisa Cur-sino. “Mapeamos 250 regiões no Brasil com grande potencial para receber a Carto. Pretendemos, até o final de 2014, ter 70 franquias em operação. O negócio é promis-sor e o franqueado atinge o ponto de equilíbrio da operação em cer-ca de seis meses”.
Ficha técnica – Franquia CartoInvestimento inicial: R$ 100 mil
Taxa de franquia: R$ 50 mil
Capital de giro: R$ 50 mil
Royalties: 60% sobre os processamentos efetuados
Taxa de publicidade: 1% do faturamento bruto
Área mínima: 30m²
Número de funcionários: o franqueado, mais dois
funcionários fixos e cinco vendedores, que podem
trabalhar home office
Faturamento médio mensal: a partir de R$ 33 mil
Lucro líquido: média de R$ 11 mil
Prazo de retorno: 16 meses
Prazo de contrato: cinco anos
Suporte ao franqueado: treinamento de gestão co-
mercial, treinamento no negócio, apoio permanente
para desenvolvimento, apoio para grandes negocia-
ções, call center para atendimento aos clientes finais,
departamento de marketing e criação.
Telefones: (11) 4106-5133; (61) 3038-3593
Site: http://www.carto.com.br/carto/
E-mail: [email protected]
Ficha técnica – Franquia LUPALUPATamanho da loja: 25 a 35 m²
Investimento (aproximado): R$ 115 mil
(quiosque) e R$ 200 mil (loja)
Taxa inicial de franquia: R$ 35 mil (quios-
que) e R$ 40 mil (loja)
Capital de giro: R$ 10 mil
Taxa de royalties: não tem
Taxa de propaganda: 4% sobre o fatura-
mento bruto
Faturamento médio mensal bruto: de R$
40 mil a R$ 50 mil
Número de funcionários por loja: quatro
ou cinco funcionários
Margem de lucro médio: entre 15% e 18%
do faturamento bruto
Previsão de retorno do investimento: em
até 18 meses
Contatos: (21) 3724.3881
Email: [email protected]
Franquia atua com processamento de cartões para pequenos e médios varejistas
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Fot
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.com
43Primeira Página
MONTADORAS
Anira Caminhões planeja encerrar 2014 com share de 18%
“Em 2013, tivemos uma participa-
ção de mercado de 10,4%. Nossa
expectativa é alcançar, até o final
de 2014, um share de 18%”, afir-
ma o diretor comercial da Anira,
Ismael Ribeiro Filho. “Investimos
em pessoal, infraestrutura e novos
lançamentos de veículos. O portfó-
lio cresceu muito, acreditamos que
vamos faturar 1250 veículos neste
ano”, comemora o executivo.
Líder na comercialização de ca-
minhões Ford na Bahia, a Anira
Caminhões – Distribuidor Ford é
uma empresa do Grupo MC (Mo-
desto Cerqueira), que soma 40
anos de experiência no mercado
automotivo. Com unidades em
Simões Filho, Itabuna, Petrolina e
Teixeira de Freitas, a Anira possui
um grande leque de produtos, da
linha leve (Linha F e Cargo 712 e
815) aos caminhões pesados ro-
doviários e traçados (Linha Cargo
1932 e 2688).
A concessionária emprega 230
profissionais em seu quadro, é ho-
mologada pela Ford no Programa
Serviço Total de Caminhões (STC)
e também possui amplas oficinas,
com sala de espera, agendamento
para atendimento com hora mar-
cada, oficina com horário estendi-
do e oficina volante 24 horas, com
atendimento no local.
Melhor janeiroda históriaA indústria automobilística
registrou o melhor janeiro da
história em licenciamento de
autoveículos, com 312,6 mil
unidades comercializadas. Os
dados foram divulgados no dia
6 de fevereiro pela Anfavea. O
volume significa acréscimo de
0,4% sobre os 311,5 mil auto-
veículos de janeiro de 2013 e
queda de 11,7%, comparati-
vamente aos 353,8 mil de de-
zembro do ano passado.
O crescimento de 43% na produção de caminhões em 2013 animou as concessionárias baia-nas. Enquanto a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores estima um crescimento de 1,1% no licenciamento de veículos para 2014, a Anira Caminhões, por exem-plo, prevê alta nas vendas de 5% em sua área de atuação.
Ismael espera aumentar o share da Anira em 80%
44 Primeira Página
ARTIGO | GESTÃO
O Caixa é o Rei!
Quando falamos em caixa, estamos nos re-
ferindo a toda entrada e saída de valores na
organização. Assim, como entrada temos os
recebimentos efetivos de numerário, qualquer
que seja a sua natureza; e como saída, toda
e qualquer retirada em espécie ou nas contas
bancárias para pagamento de custos e despe-
sas da operação.
É o resultado de caixa que garante a continui-
dade de funcionamento do negócio, permite
avaliações de desempenho e evidencia neces-
sidades de intervenção imediata, mas, infeliz-
mente, uma boa parcela das empresas dá pou-
ca importância ao assunto.
Um controle efetivo de caixa pressupõe, antes
de qualquer coisa, o completo registro de to-
das as operações de entrada e saída, de manei-
ra padronizada, realizado sistematicamente e
pelos valores reais. Pode parecer simples, mas
exige disciplina e tem de ser feito todos os dias.
Em segundo lugar, a análise dos valores, de-
vidamente classificados, indica onde estão os
principais problemas. Estamos recebendo cor-
retamente? Existe alguma tendência negativa
ou positiva a que devamos estar mais atentos?
O volume de gastos de determinados itens está
acima do razoável?
Finalmente, prever os valores futuros nos
permitirá identificar oportunidades ou si-
tuações críticas que poderão ocorrer e nos
possibilitará tomar medidas preventivas.
No próximo mês, necessitaremos recorrer a
um empréstimo externo? Podemos realizar
investimentos, e em que montante, no pró-
ximo semestre?
Essas e outras perguntas devem ser feitas e
respondidas a partir dos registros realizados
e à luz da sensibilidade do empresário, o
que às vezes é negligenciado. E o momento
correto para fazê-las é antes de incorrer nos
gastos. O simples fato de assinar os cheques
ou as transferências bancárias não significa
um controle efetivo. Afinal, as assinaturas
dos pagamentos se referem a despesas já in-
corridas, que normalmente não podem ser
desfeitas. Assinar é o de menos.
Lourival Cunha administrador
Administrador de empresas com especialização em Gestão pela Western Ontário Business University – Canadá e pós-graduação em
Captação de Financiamentos. É palestrante, professor e consultor em Gestão Organizacional.
45Primeira Página
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46 Primeira Página
NOTAS SOCIAIS
Hari Alexandre Brust, diretor da Companhia Baiana
de Pesquisa Mineral, não consegue ter um momento
de descanso. Mas está muito feliz com isso. É que a
toda hora chegam novidades sobre o setor de mine-
ração à Bahia. Entre os eventos que mais têm anima-
do o diretor estão a inauguração da mina e indústria
de vanádio em Maracás e a inauguração da mina de
ouro em Santa Luz, ambas com previsão para acon-
tecer no primeiro semestre de 2014.
Mineração em alta
Foto
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Em tempo: qualquer semelhança entre o novo
presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, e o ex-
-tesoureiro da campanha de Fernando Collor, PC
Farias (morto em 1996), não é mera coincidência.
Eles são irmãos. Carlos é engenheiro agrônomo e
possui mestrado em Genética da Cana-de-Açúcar,
pelo Instituto Agronômico de Campinas. Até ser
eleito, acumulava os cargos de vice-presidente da
FIEB e diretor institucional da Agrovale.
Família ê, família ah,família
Foto
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IEB
Bafafá executivoCarlos Gilberto Farias foi eleito o novo presidente da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB),
em uma acirrada disputa com o ex- (ou atual?) presi-
dente da entidade, José Mascarenhas. Os parênteses
acima têm fundamento por que, apesar da derrota
nas urnas, Mascarenhas afirma que “a eleição não é
assunto encerrado, tendo em vista que o resultado foi
influenciado por questões jurídicas ainda em aberto”.
Isso ainda vai dar muito pano pra manga...
Foto
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/ F
IEB
47Primeira Página
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48 Primeira Página
ITA na BahiaJefferson Gomes, professor da Divisão de Engenharia
Mecânica do badalado Instituto Tecnológico Aero-
náutico (ITA), fez um rasante por Salvador em janei-
ro. O mestre veio participar da aula magna inaugural
da Faculdade Senai Cimatec e ficou impressionado
com a estrutura da Instituição. “O capital intelectual
aqui é muito bem incorporado; o capital estrutural
merece destaque, com diversos processos de gestão e
equipamentos disponíveis”, revelou.
Foto
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IEB
Alto luxoPara o alto e avante! Este é o clima no mercado
de imóveis de elevado padrão em Salvador. É só
reparar nos novos prédios que surgem na Ladeira
da Barra. Edifícios como o Solaire e o Villa San-
to Antônio, com apartamentos que chegam a valer
de R$2,5 milhões a R$ 3,5 milhões, já dominam e
embelezam o skyline do bairro. Não é à toa que o
banco BTG Pactual, maior private equity do Brasil,
está em negociação com a incorporadora JCG, de
Ary Ribeiro, para firmar uma sociedade. O prog-
nóstico – para a parceria e para o segmento – é
bastante positivo.
Figueiredo & Galletti conquis-tam arquitetura corporativa
Quem disse que ciência não combina com confor-to e sofisticação? André Figueiredo e Alex Galletti, proprietários do escritório 3A do Brasil Arquitetura e da Alfaiataria da Madeira, provaram que ambien-tes de pesquisa podem sim ter um toque de classe. A dupla criou o projeto arquitetônico do Instituto Fraunhofer-Gesellschaft, centro de pesquisa alemão que em março inaugura um dos seus polos no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador. O foco principal foi ergonomia do espaço e o resultado, um sucesso.
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