Revista Dinâmica | Edição 20 (Especial de Natal)

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Revista brasileira de variedades.

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Editorial

Colaboradores

Crônicas e Contos Eu tenho um problema...

Educação e Formação Trégua às dificuldades de aprendizagem

Mitologia Aquiles

Embates e Debates Balancete natalino

Fazendo Direito Boas festas e bom trabalho

Imagem e Ação Um mix de emoções

MP2 Ela não sonhava com o sétimo lugar...

Saúde e Beleza Descomplique!

Com Água na Boca Um doce Natal para você!

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( ÍNDICE )

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4 Revista Dinâmica

Prezado leitor

Mais uma vez chegamos num tempo surrealmente rápi-do ao Natal. Dessa vez ele chegou ao início de novem-

bro. Lojas de Shopping, supermercados, comerciais, anúncios que nos levam a pensar antecipadamente

nas “compras” de Natal.

Mas será só isso que a mídia pode fazer pelo ser huma-no tão estressado, cheio de problemas dos mais varia-

dos tipos?

Amigos leitores, Natal é uma festa especial, onde a re-flexão deve ser o caminho para repensarmos o ano que

passou, nossas decepções, mágoas, perdas e outros revezes. Também é hora de contabilizarmos os ganhos,

celebrarmos a vida! No cômputo geral, com certeza, o lado positivo será muito maior, você tem o maior pre-

sente: a sua vida.

Por que não aproveitarmos esta época do ano para revermos nossas atitudes, nossos valores, nossas verda-

des, por vezes, tão cristalizadas?

Nascimento do Menino Jesus, que tal observar, relem-brar uma festa infantil. Os pequenos costumam preferir as caixas coloridas, as embalagens bonitas aos presen-tes caros. Não têm noção do dinheiro, intuitivamente,

ocupam-se em brincar, abraçar, comer doces, tomar refrigerantes. O mais importante da festa é o amigo,

não o presente.

Passamos os nossos dias em companhia da fa-mília e dos amigos queridos. Não há perfei-

ção, há vontade ser perfeito. Há o perdão, amor, carinho,atenção,misericórdia para os que precisam.

Vamos fazer deste Natal uma festa infantil, limparmos os nossos corações das dores. Coloquemos um sorriso sincero em nosso rosto, acolhamos os que necessitem de uma palavra de carinho. Que a festa não nos deixe

esquecer daqueles que necessitam de quase tudo.

Feliz Natal! Tereza Machado

( EDITORIAL )Diretora de redaçãoTereza Machado

Redatora-chefeFernanda Machado

Diretor de arteChris Lopo

EditoresChris Lopo, Fernanda Machado e Tereza Machado

Projeto gráficoBonsucesso Comunicação

DiagramaçãoChris Lopo

Jornalista responsávelThiago Lucas

Imagens não creditadasGetty Images

Projeto inicialAntônio Poeta

[email protected]

O conteúdo das matériasassinadas, anúncios e informes publicitários é de responsabilidade dos autores.

Site www.revistadinamica.com

[email protected]

Próxima edição05 de janeiro de 2010

( EXPEDIENTE )

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Revista Dinâmica 5

Mario Nitsche([email protected])Curitibano, dentista por profissão, filósofo por opção. Publicou o livro Descanso do Homem em novembro de 2005.

Liz Motta([email protected])Baiana e historiadora. Especialista em políticas públicas, produz artigos sobre violência contra a mulher.

Liana Dantas([email protected])Carioca. Estudante de jornalismo. Começou cursando Letras e hoje pensa na possibilidade de vender cosméticos.

Fernanda Machado([email protected])Carioca. Cientista da computação e apaixonada por design.

Kiko Mourão([email protected])Mineiro de Belo Horizonte. Estudante de direito. Além de fazer estágio na área também trabalha com sua maior paixão: a música.

Tereza Machado([email protected])Cearense. Professora universitária, psicopedagoga e consultora educacional.

Chris Lopo([email protected])Gaúcho. Trabalha com web design desde 1997. Hoje é, além de web designer, designer gráfico, ilustrador e tenta emplacar sua banda de rock.

Priscila Leal([email protected])Carioca. Atriz e estudante de danças. Apaixonada pelo estudo da filosofia, da anatomia humana e de tudo que constitua o ser humano e suas possibilidades de expressão.

( COLABORADORES )

Clarissa Leal([email protected])Carioca. Biomédica apaixonada por leitura, teatro, cinema e boa comida. Amante das Ciências da Saúde, estuda para Mestrado em Biofísica.

Leila Mendes([email protected])Carioca. Professora, Psicopedagoga e Mestre em Educação.

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6 Revista Dinâmica

Leila Mendes

Nesta época do ano, justamente quando se aproxima o Natal, tudo

na escola assume uma proporção maior.

Pois, foi justamente nesta ocasião que tudo aconteceu. Véspera de prova. Muita matéria para estudar. Eu havia feito uma pergunta a Carol. Mas, ela não respondera. Ao invés disso, olhara-me, inclinara levemente a cabeça. Pude observar um rosto iluminado pela tez clara. Olhos grandes, vivos, inquietos. Ela, como quase toda adolescente, tem pressa. Anseia por conquistar o mundo, em realizar seus anseios. Mas, aquela expressão, nunca mais esquecerei. Aquele olhar parecia pedir algo. Seu corpo mostrava

que ela não estava bem certa do que falar, como se tivesse algum receio. Fitava o lápis, deitava vaga-rosamente a cabeça para um lado, depois para o outro, olhava-me. Perguntei-lhe o que havia. Reticen-te, como quem discute um pensa-mento consigo mesma e talvez na dúvida entre falar ou não, Carol resolve, enfim, se pronunciar.

- É que... hesita por um instante e fala de uma só vez:

- Eu tenho um problema!

Sua fala, embora reticente, parecia segura. Parecia ter certeza de ter um problema. Talvez ,o receio viesse daquilo que eu poderia dizer ou por não estar certa em dividir tão importante questão.Carol é minha aluna. Trabalhamos

juntas há um ano. Entre aulas de gramática, leitura de textos, refle-xões sobre o processo de aprendi-zagem, Carol aprendeu a gostar de ler. Dá os primeiros passos lendo livros típicos de adolescentes, mas tornou-se fã de Clarice Lispector e lê com interesse livros como o “O sobrevivente”.

Nossas aulas são permeadas por conversas. De personalidade forte, possui autoridade e explora seu pensamento divergente desenhan-do modelos e fazendo arte de um modo geral. Além disso, reflete constantemente sobre seu “eu”, sendo necessário, muitas vezes, sair da estrada principal para depois voltar. Caso contrário, corre-se o risco de percorrer quilômetros e não chegar a lugar algum.

Penso, enquanto não respondo,

( CRÔNICAS E CONTOS )

Mente nas alturas, problemas no chão

Eu tenho um problema...

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Revista Dinâmica 7

se todos não têm um problema... e se a vida não consiste na arte de resolver problemas, mas acho filosófico demais e resolvo, incen-tivada pela curiosidade, saber que tipo de problema pode afligi-la, embora saiba que os adolescentes sofram por excelência problemas que só existem na cabeça deles... mas, isso não diminui o problema uma vez que, se algo é problema para alguém, tem de ser encarado e respeitado enquanto tal.

- Problema, Carol? Que tipo de problema? Em que posso te ajudar?

- É que quando eu “tô” lendo um texto, eu não consigo pensar nele... minha cabeça “tá” em outro lugar.Disse-lhe que era natural que isso acontecesse. Se o interesse dela está longe daquilo que está lendo, é natural que não consiga se concen-trar... Sugeri uma estratégia: que ela anotasse num papel os pensa-mentos que povoavam sua mente... disse-lhe que eu fazia isso. Dessa forma, conseguia me concentrar no texto por que eu sabia que não ia perder as ideias que passavam pela minha mente. Elas estavam guardadas.

Carol presta atenção e parece refle-tir, mas não se mostra satisfeita:- Não, Leila... mesmo que eu não esteja interessada em outra coisa... não consigo prestar atenção... - Mas por quê? O que acontece? Começava a me sentir desafiada, a tomar aquela questão para mim. Desafio maior para um professor? Não existe... O que se passa na cabeça de uma adolescente? Que preocupações podem povoar seus pensamentos que o impedem de

ler? Lanço, então, meu último argumento:

- Olha Carol... isso pode acontecer quando a gente passa por um pro-cesso de alfabetização destituído de significado, linguagem acadêmi-ca demais para uma adolescente, corrijo-me, vazio de significado. Ensinam que “b” com “a” faz “BA”, “b” com “e” faz “BE” e assim por diante... formamos famílias de palavras e frases bizarras como “O macaco come banana na panela”, “Vovô viu a uva” e por aí vai. O que acontece é que decodificamos o código: por exemplo: sabemos que “b” com “a” faz “BA”, “l” com “a” faz “LA” e “BA” mais “LA” faz “bala”, mas, o que é “BALA”, ninguém trabalhou... ficamos tão presos ao código que esquecemos do simbo-lismo das palavras, do significado e do sentido que adquirem para cada um. Assim, nos tornamos aptos a fazer a leitura e a escritura mecâni-ca. Quem nunca leu um texto e ao chegar no final não se lembrava do que estava escrito no início? Ou, quem nunca copiou uma folha in-teira do quadro e ao final não sabia o que tinha escrito?

Carol continua...

- Você acha mesmo que eu não tenho nada? pergunta ela preocu-pada...

Olho para ela e digo que ela não tem nada. Explico-lhe também que ninguém nasce sabendo focar a atenção e a se concentrar. Atenção e concentração são aprendizagens que fazemos ao longo da vida. Alguns se tornam mais atencio-sos e concentrados pelo interesse que têm por atividades que con-

tribuem para que desenvolvam esses aspectos. Outros, por que se interessaram por outras coisas, não desenvolveram essas habilidades. Mas, saliento que nunca é tarde para aprendermos.

Talvez vocês discordem de mim, argumentando sobre o fator ge-nético. Ok! Concordo que o fator genético é importante. Mas ele não me ajuda. Se eu creditar que fulano é assim porque nasceu assim, pou-co posso fazer por ele, como diz o ditado “Pau que nasce torto morre torto”ou “Filho de peixe, peixinho é”. Assim, prefiro acreditar que so-mos frutos da interação dos fatores hereditários e genéticos, mas que o peso da cultura em nossa forma-ção é muito grande. Logo, o peso da escola, das aprendizagens que fazemos, podem influenciar muito mais a nossa vida.

Continuo explicando... Se você quer desenvolver sua atenção e sua capacidade de concentração, exis-tem várias atividades, que não são escolares, e que contribuem muito para o desenvolvimento dessas ha-bilidades. Montar quebra-cabeças é uma excelente atividade para se desenvolver a concentração. É necessário passar um bom tempo para se montar um quebra-cabeça. E se você monta rapidamente, está na hora de montar um com um nú-mero maior de peças. Há também que se prestar muita atenção às peças, às cores, aos encaixes.Os jogos de memória também são ótimos exercícios de concentra-ção e atenção. Se, o que se deseja é ganhar o jogo, é importante que se use a atenção para reter na memória o lugar em que as placas estão, e é preciso se concentrar na

( Crônicas e Contos )

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atividade.

Há também as palavras cruzadas. São atividades que contribuem para ampliar o vocabulário e enquanto você está ali, está exerci-tando seu poder de concentração e atenção. E o que falar dos jogos dos Sete erros? Também, além de divertidos, são ótimos para desen-volver a atenção.

A leitura também exige essa dupla

habilidade, além de outras, mas uma coisa é certa: quanto mais se lê, mais se desenvolve a capacidade de prestar atenção e de se concen-trar.

Agora, nenhuma destas atividades será efetiva se realizada sem inte-resse. É necessário que a pessoa goste e se interesse por aquilo que está fazendo. Pode ser que você não goste de nada disso, mas goste de desenhar. Então, aprimore-se na

arte de desenhar que, por tabela, estará desenvolvendo sua atenção. Ou, se gosta de costurar, costure. Nossa atenção pode ser desenvol-vida de várias formas e uma vez desenvolvida, poderá ser utilizada em outro tipo de atividade. A única condição é querer. Lembro-lhe, então, que havia recomendado que ela montasse um quebra-cabeça...Carol, pensativa, pareceu por ora, se dar por convencida e continua-mos a estudar.

“Atenção e concentração são aprendizagens que fazemos ao longo da vida.”

( Crônicas e Contos )

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Revista Dinâmica 9

Tereza Machado

Nesta época que antecede o Natal, somos tomados por uma energia tão

boa, vontade de ajudar as pessoas, resolver todos os problemas para podermos entrar no novo ano com a cabeça e o coração batendo em harmonia.

Há uns dois anos, escrevi um texto para uma outra revista digital e até hoje recebo e-mails de pessoas que passam pelo problema abordado.

Concomitante à edição da vigési-ma Revista Dinâmica, serão exibi-dos mais dois programas da série “Tudo em Seis Minutos”, onde falo sobre a questão das dificuldades enfrentadas no processo de alfabe-tização.

Recomendo que leiam este artigo

e vejam os dois programas, procu-rando por “Tudo em seis minutos” no You Tube. Este trabalho tem o objetivo de presentear crianças e suas famílias quando chegam ao impasse de perceber que não hou-ve aprendizagem , que algo falhou.

A primeira coisa a fazer é relaxar, os problemas costumam piorar sob pressão. Os pequeninos já sofrem um estresse imenso ao sentirem que têm dificuldade de aprendiza-gem, comparam-se com os cole-guinhas que aprenderam a ler e a escrever.

Muitas famílias, sem orientação, sem saber o que fazer, começam a cobrar da criança, da escola, da professora, sem, entretanto, per-ceber que a cobrança não surtirá efeito porque não tem a possibili-dade de retroceder o tempo.

Natal, tempo de Amor. Vamos amar nossas crianças, independen-te de estarem bem na escola ou não. Vamos fazer do lar, do acon-chego familiar o ponto de partida para tomar a sábia decisão de buscar a ajuda onde ela estiver.

Este trabalho vai lhe dar algumas orientações, os vídeos também, de certa forma, complementarão o assunto em pauta.

Vamos ao artigo:

Vou falar sobre um dos problemas que mais atemorizam pais e as próprias crianças: falta de apren-dizagem escolar. Em primeiro lugar, vamos distencionar ao ler o artigo, relaxe os ombros, mexa cabeça, gire seu pescoço, pensa que é brincadeira? Falo muito sério. Pelos anos de experiência que vivi como Diretora Pedagógica Escolar

( EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO )

Um outro olhar sobre as dificuldades de aprendizagem na infância

Presente de Natal: Trégua às dificuldades de aprendizagem

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e exercendo também a Psicopeda-gogia Institucional era o que mais me chamava a atenção a angústia, a tensão que as famílias encaravam as dificuldades educacionais de seus pequenos. Principalmente na época da alfabetização formal, vejo que não é somente a criança que se encontra em processo de alfabeti-zação, toda a família se preocupa, se desgasta em acompanhar o filho, por vezes, trilhar o caminho da alfabetização que acaba se tornan-do, para alguns, o Caminho das Pedras.

Quando a criança vem cedo para a Escola, os profissionais da Educação têm mais tempo para detectar se a criança possui algum problema, seja do mais simples, por exemplo, visão ou audição até alguns mais complicados como a dislexia ou a temida Hiperativida-de que tem várias causas, embora

sejam crianças muito inteligentes, não têm a aprendizagem condizen-te com o grau de inteligência.

São casos e mais casos que abar-rotam salas de Coordenadores Pedagógicos que encaminham estas crianças para Neurologistas, Oftalmologistas, Otorrinolaringo-logistas, Psicólogos, Psicopedago-gos e Fonoaudiólogos.

Muitos pais vinham a minha pro-cura nas Escolas por onde passei, ansiosos querendo saber o que poderiam fazer para ajudar seus filhos,sempre respondi: - SENDO PAIS! Criança em casa precisa de Família que a ajude a se organizar, ser cuidadosa com seu material, que lhe eduque, lhe coloque limites e lhe dê muito carinho. É essa a fórmula principal da Família que quer ajudar seu filho na escola, fazer com que ele aprenda a ser

responsável, assíduo e pontual, que faça seus deveres de casa. Mas, para por aí. O desgaste que observava em algumas famílias com crianças que tinham dificuldade de apren-der era impressionante, muitos pais acham que os filhos têm preguiça de estudar, porque não entendem que hoje em dia o “estudar” que ele conheceu na escola MUDOU RADICALMENTE! Não dá para se ensinar uma criança para ON-TEM, isto é passado.

Precisamos ensinar nossas crianças para um Futuro que desconhece-mos como será. Temos algumas idéias de que tipo de Homem pre-cisamos formar para ter sucesso no FUTURO: ser criativo, responsá-vel, aprender a aprender sozinho, ter iniciativa, saber trabalhar em equipe, saber ouvir mais do que falar. Essas são algumas caracte-rísticas que a maioria dos teóricos

( Educação e Formação )

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Revista Dinâmica 11

( Educação e Formação )em Educação e Profissionais de Educação consideram como indis-pensáveis em qualquer sociedade do futuro.

A criança nasce potencialmente pronta para aprender. A falta de aprendizagem é SINTOMA de que algo não vai bem com esta criança. Pais, deixem a educação escolar para ser trabalhada pela Escola, procurem a Equipe Pedagógica para esclarecer qualquer dúvida. Se forem aconselhados a levar seu filho a um especialista, não demorem, qualquer atraso pode redundar em fazer essa criança perder um ano, repetir um ano. Já está provado que repetir um ano escolar derruba qualquer auto-

estima infantil. Afinal quem gosta de ser REPROVADO em qualquer situação da vida até hoje, como adulto?

Ninguém melhora com reforço ne-gativo. Saibam que um REFORÇO POSITIVO vale mais que vinte reforços negativos. Brigar com uma criança que tem dificuldade na aprendizagem é quase uma covar-dia, ela não é preguiçosa, o que o seu corpinho demonstra em se es-preguiçar, abrir a boca, pedir para beber água ou ir ao banheiro é um pedido de SOCORRO, “alguém me entenda, por favor? Não estou entendendo nada!”.

Por isso, prezado leitor, é neces-

sário que se escolha bem em que escola vai matricular seu filho, que Teoria de Aprendizagem a escola segue, se é tradicional, se é construtivista, sociointeracionista, montessoriana. Por vezes, a criança que tem problemas escolares numa determinada escola, basta mudar para outra que cessam todos os sintomas descritos acima.

Prezado leitor, se manifestar de-sejo em se aprofundar mais nesse assunto, é só escrever para o e-mail da revista, que responderei com o maior prazer.

Feliz Natal para você toda sua família.

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Aquiles

Mário Nitsche

O aqui e agora

O escuro no espírito dela era mais denso do que as sombras que flutuavam

lá fora. As sombras na noite davam um bonito contexto para os braços da lua que passeavam de um lado ao outro iluminando cantos da floresta ou do caminho por onde a mulher andava em direção ao rio que se deixava ver em pedaços através das árvores seculares e vegetação.

Mas as trevas na mulher não ti-

nham lua nem luz e nem se mo-viam com elegância. Eram extáti-cas como a morte.

Levava em seus braços um lindo menino. Ela chegou ao rio Estige. O rio que vinha do Hades. Fechou os olhos e sentiu o rio vivo, ma-rulhando canções estranhas em muitas línguas desconhecidas aos humanos e deuses. Murmúrios. Percebeu-o sinistro, presente... Um leve ricto nos lábios bonitos reve-lou que confirmara a sua decisão. Tétis tirou as roupas da criança, privando-a do calor e segurança. O

menino sentiu que algo ia aconte-cer e começou a chorar, agitar-se. Segurou-o pelos pés e mergulhou o filho nas sombras escuras do Estige.

A deusa Tétis filha do Oceano e ca-sada com Peleu. Peleu era rei e des-cendia de Zeus! Mas era humano. Ela teve com o marido sete filhos que puxaram pelo Homo sapiens do pai! Seis deles ela os passou por um fogo sagrado para elimi-nar o humano de suas naturezas e ficarem deuses... e eles não cola-boraram. Morreram. A deusa não

( MITOLOGIA )

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desistiu com o último. Descobriu que o mergulhando no Estige ele seria invulnerável. E naquela noite ela conseguiu seu filho de corpo fechado ao fio da espada e outras armas. Para ela, ser invulnerável era um pouco... ser deus.

No Rio Estige, nenê ainda, o maior guerreiro de todas as épocas, Aqui-les, enfrentou a primeira batalha: o medo, o desconhecido e a falta da segurança do colo da mãe... e o rio! Aquiles começou cedo sua vida de aventuras. Naquela noite ele cho-rou muito... e não foi a última vez.

Educação finíssima. No Monte Pélion foi cuidado pelo centauro Filira e sua mulher, a ninfa Cariclo. Um pouco mais taludinho exer-citou-se na caça, o domar cavalos selvagens e a medicina. Aprendeu a tocar lira e cantar. O grande cen-tauro Quiron o treinou na prática das virtudes dos antepassados: o horror à mentira. A moderação em tudo; resistência às más paixões e à dor e o desprezo aos bens desse mundo. Era alimentado com igua-rias estonteantes... (procure um restaurante chique e você vai ver o quanto custa!) como entranhas de leões e javalis.

Aquiles estava pronto para guerra e atos heróicos. Ulisses o convidou a uma expedição a Tróia! Cami-nhando a beira mar e pensando, Tétis apareceu e falaram.

- filho, se você for a Tróia terá grandes emoções! Sentimentos intensos, fortes. Aproveitará o dia e cada fato como se fosse o último. Será lembrado sempre. Escreverão livros sobre você! Daqui a muitos séculos um grande ator, Brad Pitt vai representá-lo numa arte que

não temos ainda, o cinema. Mi-lhões o verão... A glória o acompa-nhará em Tróia. A glória e a morte andarão de mãos dadas e sua vida será curta. Meu filho, você não vai voltar. Se ficar aqui não terá glórias e ganhará uma vida bonita, normal, calma, longa e sábia; terá mulher e filhos e filhos dos seus filhos. Logo será esquecido depois dos seus netos. Meu filho, o mundo não valoriza o que tem o valor de uma vida sem glórias. O que você escolhe?

- “Eu escolho a glória mãe! Eu vou para Tróia!”. Ele nem hesitou.

Durante nove anos os gregos fica-ram diante dos muros de Tróia. Só no último ano aconteceu tudo que foi descrito na Ilíada. Nove anos de pirataria, combates, mortes e saques creditados aos gregos por toda a vizinhança.

A unidade...

No décimo ano a guerra começa de verdade entre troianos e gregos ao descompasso de uma crise entre Aquiles e Agamêmnon. Aquiles chama Agamêmnon à uma reunião com os chefes, para deixar livre a bela Criseide que fora entregue a ele como despojo de Tebas. O pai da moça, sacerdote Crises tinha fa-lado com Apolo que muito brabo, mandou a peste dizimar as linhas gregas. Agamêmnon, pressiona-do cedeu, mas instou Aquiles a passar para ele a linda Briseide que o moço obtivera como parte de despojos também. Que negociata! Aquiles que convocara a reunião foi obrigado a ceder, ficou muito, muito irado; zuretou e não brin-cou mais! Recusou-se a sair para o combate e por isso os gregos,

mesmo com a peste findando começaram a perder.

A política divina...

Tétis falou com Zeus que deu aos troianos a vitória por nove dias e assim forçaram Agamêmnon a mandar uma embaixada a Aquiles para ele lutar. Aquiles não concor-dou. Agamêmnon promete a ele vinte das mais belas mulheres de Tróia, mais uma das filhas dele e para fechar o negócio... Briseide! Nada. Aquiles estava com um bico enorme na sua nau vendo o combate chegar ao acampamento e os gregos perdendo. O moço era teimoso... Pátroclo seu melhor amigo (e segundo as boas línguas da época mais que amigo!) com medo que os gregos queimassem as naus, pediu licença para ir a luta. Aquiles consente e empresta a sua armadura ao amigo. Pátroclo con-fundido com Aquiles teve algum êxito. O grande troiano Heitor o viu e após um formidável combate o eliminou.

A crise...

Aquiles soube da morte do amigo e no desespero deu um grito imenso. Uma dor inenarrável o acometeu. Tétis ouviu os gritos do filho, veio e prometeu a ele uma armadura linda e novinha em folha em troca da que Heitor tirara do cadáver de Pátroclo. Que mãe! Aquiles corre sem armas ou armadura para o campo de batalha e seus gritos afu-gentam os gregos que lutavam com os troianos pelo corpo de Pátroclo.

A noite passou e na manhã seguin-te Aquiles procurou Agamêmnon e pede a ele o esquecer-se do estres-se. Reuniões são sempre cansati-

( Mitologia )

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vas. Agamêmnon pede desculpas e devolve ao moço a muito bonita Briseide na qual ele não encostara um dedo sequer! Imediatamente Aquiles regressou aos combates. A guerra sempre continua. O seu brioso cavalo Xanto, por uma fra-ção de segundos e milagre ganhou o dom de falar e disse a Aquiles que o momento da morte dele estava próximo. Aquiles não estava nem aí e não deu bola ao aviso. Aquiles avança em direção a Tróia num festival de mortes sem pre-cedentes. Os deuses participaram dando jeitinhos aqui e ali segundo suas preferências.

E o bom senso de um deus...

Escamandro era o deus do rio do mesmo nome que corria pela planície de Tróia. Ele estava cons-ternado com a quantidade de lixo, plástico, latinhas de cerveja, sofás velhos, liquidificadores quebrados e dejetos humanos lançados no rio. A poluição era brutal. Agora Aquiles juncava as águas com um mar de cadáveres. O rio não tinha mais condições de lidar com tudo aquilo. A natureza sempre reage. Vide o Jornal Nacional. Quando o guerreiro passou pela vau do Escamandro, o deus do rio procu-rou matá-lo numa correnteza que fez subir as águas como um muro. Mas, - e sempre existe um “mas”... O “mas” é o espírito da história - Hefesto, deus do fogo chegou jun-to e forçou Escamandro a desistir... E Aquiles passou.

A luta...

Aquiles chega às portas de Tróia e encontra Heitor. Este fica com medo. O prato da balança de Heitor já apontava para o Hades...

Apolo o deixou e Atena insuflou nele um desejo incontrolável de enfrentar Aquiles. Foi vencido e gravemente ferido. Antes de mor-rer pediu a Aquiles que entregasse seu corpo a Príamo. O moço nem ouviu. Aquiles perfurou os cal-canhares de Heitor, passou uma correia de couro a qual amarrou no seu carro e arrastou o corpo do herói espartano de um lado para outro em frente às muralhas. Aquiles só parou para regressar ao acampamento ao funeral de Pá-troclo onde chorou desesperada-mente. No dia seguinte voltou para mais um passeio sinistro, puxando Heitor frente os olhos estarrecidos dos troianos. E isso por doze dias.

Zeus que já estava cheio do teatro de horrores mandou Tétis avisar Aquiles que os deuses estavam furiosos com o seu desrespeito aos mortos. Imagine só! Logo depois Príamo, rei de Tróia, veio com uma embaixada reclamar o corpo do filho e foi bem recebido por Aquiles que entregou o que restara de Heitor ao seu pai, solicitando uma polpuda soma em ouro como resgate.

Aquiles, a última batalha...

Um dia ele empurrou as tropas troianas até a muralha de Tróia e continuou com a sua conhecida arte do morticínio indiscriminado. Tendência que tinha conseguido irritar os deuses. Apolo veio pes-soalmente e mandou-o parar com a luta. Aquiles ignorou o pobre deus uma vez que tudo era emoção pura! Apolo subiu as muralhas e buscou Páris - cujo bom gosto em termos do sexo feminino o levou a raptar Helena, o que forneceu um bom pretexto para a guerra. Páris

viu Aquiles na batalha e mesmo sa-bendo ser ele invulnerável levantou o arco, apontou cuidadosamen-te... Sentiu, percebeu que algo ou alguém invisível baixava levemente a flecha apontada por ele para as costas de Aquiles. Paris deixou que o imponderável o liderasse, soltou a seta envenenada que zumbiu, voou e cravou-se no calcanhar de Aquiles. O único ponto onde ele era vulnerável eram os calcanhares aonde a água do Estige não chega-ra por causa das mãos de Tétis.

Aquiles o herói morreu jovem...

Aquiles já era. A Guerra de Tróia continuou. A guerra sempre con-tinua.

Uma constatação... ?

Um arremedo de Aquiles vive hoje. Nunca o AQUI E AGORA foi tão forte. Emoções requeridas para tudo e compradas! Vivemos o HOJE emprestando do dia de amanhã. Curtimos muito, mui-to. Não fazemos mais perguntas essenciais. O mundo virou uma grande diversão para uns e desastre e para muitos. Há o mesmo desejo de glória no ar! O tipo Aquiles é a coluna do século XXl e é um esta-do de espírito. Mas observe que não vivemos as aventuras como ele o fez! Imaginamos... Poucos inven-tam aventuras artificiais para nós. Nosso campo de batalha é virtual.

Não somos heróis!

...E aparentemente estamos muito fortes e invulneráveis. Qual seria o calcanhar de Aquiles da nossa civilização?

Um bom Natal.

( Mitologia )

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Revista Dinâmica 15

Liz Motta

Balancete natalinoPapai Noel chegou com presentes de Natal.

Seja rico ou seja pobre, o Velhinho sempre vem

Como sempre faz, ao entrar o mês de dezem-bro, Papai Noel pega

seu relatório anual de boas ações humanas e passa a analisar quem foi bonzinho durante o ano. Não é uma tarefa fácil julgar as pessoas, afinal elas são tão imperfeitas e contraditórias. Por isso, ele pega uma xícara de chocolate quente enorme e se tranca em seu escritó-rio até a semana que antecede os festejos natalinos.

Neste Natal, o Bom Velhinho

está singularmente preocupado. Folheando as páginas do grosso livro de anotações ele percebe que talvez não valha a pena passar no Brasil para entregar alguns poucos pacotes, já que a distância, a vio-lência, os impostos e o tráfico são motivos mais do que suficientes para não fazer suas renas passarem por terras tupiniquins a pretexto de ínfimas entregas.

Mesmo assim, o Sr. Noel se ajeita na confortável poltrona, bebe um gole do saboroso líquido prepara-do por sua esposa querida, Mamãe Noel, e fecha os olhos procurando

para além daquelas páginas, ten-tando lembrar-se de bons motivos para fazer o roteiro integral na América do Sul. Após uns cinco minutos na mesma posição ele balança a cabeça tristemente sem muita esperança. Fica se pergun-tando como um povo tão bonito e alegre vivendo num lugar mara-vilhoso abençoado pelas belezas naturais não seja bonzinho a ponto de não merecer presentes de Natal.

Irritado, Papai Noel pega papel e caneta e resolve escrever as boas e más ações do Brasil, na última

( EMBATES E DEBATES )

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tentativa de ser justo. Primeira-mente ele traça uma linha vertical dividindo a folha em branco em duas partes. No cabeçalho de cada coluna ele escreve positivo e negativo, respectivamente. Como em uma retrospectiva Global, Noel lembra-se dos fatos ocorridos desde janeiro até o presente mo-mento no país: greves; arrastões; apagões; inundações; contrabando de animais e madeira; corrupção; terrorista italiano com cara de santinho se refugiando em solo nacional com a anuência do alto escalão do governo federal; pre-tenso ditador lunático e sabichão empoleirado na embaixada brasi-leira; tentativas governamentais de retorno à censura jornalística; juízes acusados de desviar 1milhão do TJ goiano; ONGs mamando dos cofres públicos; o Senado Fe-deral desacreditado e envergonha-do por conta do seu líder corrupto e imputável; cartões corporativos, cargos, celulares e passagens aéreas do Senado distribuídas aos pa-rentes e aderentes dos políticos; o samba do crioulo doido nas provas

do ENEM; invasão e destruição de propriedades privadas e públicas pelo inabalável MST; médico de famosos (as) preso por estupro; políticos envolvidos no escândalo de notas fiscais frias e empresas fantasmas e até a criação de mito político vivo com o apoio da inicia-tiva privada.

É a coisa não anda boa lá para as bandas brasileiras, mas ainda resta preencher a coluna das boas ações. Neste momento, Noel sente uma pontada na cabeça – prenuncio de uma forte enxaqueca que só lhe toma em momentos de alta concentração. Sem querer esperar o porvir doloroso, toma logo um analgésico e respira fundo, pois ainda precisa elencar o lado posi-tivo deste povo. Sem demora ele começa a rabiscar a folha: retoma-da do crescimento econômico, a conquista das Olimpíadas no Rio de Janeiro e a Copa de 2014 e...

Após duas horas de profunda me-ditação, Papai Noel não conseguia lembrar-se de mais nada. Também

não tinha mais tempo, já que ainda precisava avaliar os países do Con-tinente Africano e toda a Oceania. Muito a contragosto abre a gaveta da sua escrivaninha e lança mão de um corretivo – aqueles utilizados para apagar escrita esferográfica – e passa o líquido em toda a coluna da direita; logo abaixo rubrica seu nome e coloca o papel na caixa que irá para o setor de produção de presentes. O Brasil terá sim um Natal com direito a visita do Papai Noel e seus presentes. Afinal de contas, o que vale não são aqueles que colocam em risco o Natal bra-sileiro por conta de suas más ações, mas sim de todos os brasileiros e brasileiras que se mantêm íntegros (as), honestos (as), conscientes de sua cidadania.Por estes, vale a pena correr o risco das balas perdidas, da violência, da corrupção e menti-ras políticas. Quanto as renas, não terão o que reclamar: como bom empregador, Noel pagará horas e quilometragem extras para sua equipe. E viva o povo brasileiro.

Feliz Natal.

( Embates e Debates )

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Kiko Mourão

Quando o fim de ano se aproxima, aumentam as expectativas com as fes-

tas, os presentes, os comes e bebes, a confraternização. Para atender a essa demanda por produtos e ser-viços as empresas acabam criando vagas temporárias, o que já é de conhecimento de todos. Mas, o que se camufla com o termo “tem-porário” é na verdade uma grande

oportunidade. O emprego tempo-rário oferece duas grandes vanta-gens: um dinheiro a mais no fim do ano, o que é importante para quem quer festejar, e a oportunidade de se manter no emprego.

Estima-se que para atender à de-manda das festas de 2009 o núme-ro de vagas será maior em relação ao mesmo período de 2008, apro-ximadamente 123 mil empregos, segundo a Associação Brasileira

das Empresas de Serviços Tercei-rizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem). Esse aumento de vagas pode estar relacionado com o aumento do crédito do brasilei-ro. Além disso, a criatividade do mercado, com produtos baratos e úteis, acaba por estimular o poder de compra até mesmo dos que não queriam gastar no fim de ano.

O emprego temporário movi-menta a economia, uma vez que,

Boas festas e bom trabalhoAs festas de fim de ano e as oportunidades de emprego

( FAZENDO DIREITO )

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as pessoas que passariam o fim de ano sem ir às compras por falta de dinheiro terão recursos para ajudar o papai Noel. Além disso, o em-prego temporário é, para muitos, uma oportunidade de entrada no mercado de trabalho. Sempre ao final do período os funcionários de maior destaque acabam sendo contratados. Entretanto, para 2009 a previsão do número de efetiva-ções está mais pessimista do que os números registrados em 2008. Talvez devido à crise, que causou certo desequilíbrio na economia. Mas o que é pessimista ainda ofe-rece bons números. Mais de 20 mil brasileiros poderão ser efetivados. Ainda que seja um número menor do que o do último ano, essas vagas estão lá, esperando pelos melhores. É uma excelente oportunidade

( Fazendo Direito )para quem deseja o primeiro em-prego, ou para quem quer retornar ao mercado de trabalho.

Quanto à segurança jurídica, mesmo os trabalhadores temporá-rios estão protegidos pela legisla-ção trabalhista, o que é mais um motivador para quem pensa em conseguir um emprego de fim de ano. Assim como os trabalhadores efetivos, os temporários fazem jus às horas extras, ao adicional noturno, e quantos mais direitos ti-verem. Com exceção do direito ao aviso prévio e à multa de 40% do FGTS. Ao ser contratado, pesquise para saber se há acordos sindicais e convenções coletivas do trabalho da sua categoria que reduzem ou ampliam alguns direitos. A infor-mação é um dos principais meios que propiciam efetivo exercício do

Direito.

Aos interessados, é importante lembrar que existem vagas para todos os gostos. Mas as mais ofere-cidas são justamente às de setores que se sobrecarregam no Natal: vendedor, empacotador, opera-dor de telemarketing, estoquista, etiquetador, analista de crédito, au-xiliar de crédito, fiscal de loja, etc.

A Revista Dinâmica deseja uma boa sorte e muito sucesso a todos os que pretendem entrar no mer-cado de trabalho por essa porta e recomenda sempre atenção ao assinar contratos, recibos, etc. Seu direito pode estar sendo violado com a sua concordância.

A todos os leitores, um feliz Natal e um excelente ano novo.

“Quanto à segurança jurídica, mesmo os trabalhadores temporários estão protegidos pela legislação trabalhista, o que é mais um motiva-

dor para quem pensa em conseguir um emprego de fim de ano.”

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atinja seu alvo.

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Liana Dantas

Fiquei um pouco longe, mas nada que afetasse minhas perspectiva peculiares das

coisas: como não pude reparar no botox de Amaury Jr.?! Está compli-cado. Alguém o avise que está num mix de Fofão com Babyssauro? Mas ele deve levantar as mãos para Shiva e agradecer este lindo pre-sente de natal, que foi sua repórter Maria João ser mandada para A Fazenda 2. Um lugar especial só para ela!

Soube que a Globo este ano teve pena de nós, em parte. Aquela pérola encantada “Estação Globo” apresentando por Ivete Sangalo - que deve ter posters do Faustão e Leda Nagle no quarto, pois tam-bém não deixa ninguém falar – no dia 31 de dezembro, não vai acon-tecer! Achei que os deuses tinham me escutado, mas como sou bem prolixa, deixei algo de fora e vai ter

um programa semelhante no dia 2 de janeiro de 2010. Aff...

De nada adianta a Adriane Galisteu está macérrima, se sua vida pro-fissional está obesa de fracassos? (Essa foi péssima, porém necessá-ria!) Nem sei o nome do programa dela. Lembro que desde quando o DJ Zé Pedro deixou de fazer dupla com ela, na Rede Record, a audi-ência dela nunca mais foi a mesma. Dica: contratem Zé Pedro para apresentador. Falando em péssima audiência, digo o nome e sobreno-me da personificação disso: Danie-la Cicarelli e Otávio Mesquita.

A Band está se sentindo muito por causa da audiência do CQC. Pra mim é GDB Grandes B...olinhas e investe em qualquer coisa, ou em coisa que já está mais do que batido: reformar carro? O nome da atração é Zero Bala. Ah, tenha dó. Reforma um barraco, um caixão, um... sei lá! E para ter audiência, é óbvio que não podem chamar Da-niela Cicarelli e Otávio Mesquita. Chamem até o Datena, mas esses dois, jamais!

Nunca mais assisti ao Jô Soares e nem à Marília Gabriela. Mas outro

dia desses, peguei pela manhã a volta de Silvia Popovich à Band no programa Dia Dia, que Daniel Bork, Partrícia Maldonato e Lore-na Calábria apresentavam. O mais engraçado é Sílvia apresentando os, como diria o eterno Clodovil, “merchãns”: “Para você que está acima do peso, comeu demais na festa - cinta não sei das quantas”. Fiquei pensando, ela disse isso tudo olhando para um espelho? Espero.

Nada é mais bafônico do que Oprah Winfrey. E o que foi a anunciação do fim do programa dela? Obama fica até branco! Juro que pensei que ia acabar , no máximo, dia 22 de dezembro, mas “opa, nós somos experts em fazer dramas pausados” e anunciamos agora paraacabar ano que vem! Me poupem.

Uma receita boa mesmo para o natal: compre a caixa completa do Seinfield “It´s gold, It´s Jerry”, com todas as oito temporadas mais um material exclusivo para quem ou pediu ao Bom velhinho ou... traba-lhou mesmo. Aproveite, peça seu dvd player para assistir aos vídeos!

( IMAGEM E AÇÃO )

Um mix de emoçõesNovidades na TV, nem sempre boas

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Desacreditada desde os tempos do colégio, onde era chamada de “Sim-

ple Susan” (Simple é um termo pejorativo comumemente usado para pessoas com deficiência), trabalhou como cozinheira em sua antiga escola e e integrou grupos de ajuda, onde ela visitava doentes em suas casas.

Por insistência da mãe, morta em 2007, Susan Boyle se inscreveu no Britain’s Got Talent, programa inglês muito popular, fonte direta do brasileiro Fama, após vencer vários concursos menores. Mesmo sabendo que não seria fácil como cantar na igreja católica local, Susan resolveu enfrentar o grande público.

( MP2 )

Sua performance foi ao ar no dia 11 de abril deste ano e arrancou lágrimas de uma platéia desacredi-tada, que havia dado risada antes mesmo da nova “diva” abrir a boca. Simon Cowell, famoso jurado do programa britânico e também do X-Factor e American Idol, chegou a fazer uma de suas famosas caras, que passam a impressão de que ele está pensando “ah não.. mais um?”

Só que desta vez foi diferente. Su-san cantou a música que dá nome ao seu CD de estréia, “I Dreamed a Dream” (Sony Music). Sua perfor-mance bateu recordes de audiência tanto na TV quanto no Youtube.

Ainda na crista da onda, participou de muitos programas de entrevis-

tas, como o de Oprah Winfrey e Larry King, este último para quem ela cantou My Heart Will Go On, acappella.

Parece que andou tendo algumas aulas de bizarrices com a pós-gra-duada no assunto, Amy Winehou-se. Teve um colapso nervoso e foi internada numa clínica psiquiá-trica, aparece chupando o dedo na frente dos fãs e já se deixou ser fotografada de roupão.

Após anos desempregada, prepara-se para sua primeira turnê.

Com músicas pinceladas, seu CD faz um apanhado de canções de muito sucesso, como Wild Horses, dos Rollings Stones, que abre o CD, Cry Me a River, de Julie Lon-don, e, lógico, I Dreamed a Dream, clássica do musical Os Miseráveis. Porém nem tudo são flores, e a cantora derrapa nas adaptações de Daydream Believer, Who I Was Born to Be e Proud.

O grande aprendizado da história de Boyle é que sonhos podem se tornar realidade, mesmo que ela não tenha relativamente sonhado em ser uma diva, ou apenas não ter acreditado em seu potencial, que é enorme, apesar de suas limitações. Aos apaixonados pela nova diva, que estreou em sétimo lugar na parada dos álbuns mais vendidos da década, resta apenas agradecer à Bridget Boyle, sua mãe, por ter insistido que ela participasse do programa.

Apenas para constar: Susan já ganhou seu primeiro álbum, mas ainda falta seu primeiro beijo. Quem será o felizardo?

Ela não sonhava com o sétimo lugar...

O perfil de Susan Boyle, a nova diva

Chris Lopo

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Descomplique!

Ideias facilitadoras para esse e todos os anos que ainda virão!

Priscila Leal

Já acabou? Nos perguntamos espantados com a velocida-de do tempo! Sim, nos resta

pouco menos de um mês para que o ano de 2009 se encerre! Quantos propósitos conseguiu cumprir? Quantos objetivos ficaram pelo caminho? Quantas metas estão em pleno processo de realização? Se você preferiu 2008, se 2009 foi maravilhoso ou se não vê a hora de acabar esse ciclo e 2010 despontar, lembre-se de que transformações não precisam de um cronômetro zerado para começarem a aconte-cer. Transformações só precisam de um “respirar fundo e agir”! Hoje! Agora! De “amanhã” em “amanhã” passam-se por nós os anos. E com eles as oportunidades, algumas pessoas, muitos sentimen-tos, quantas Luas...

Para que 2009 seja encerrado com esperança e com a beleza de reconhecer pequenos momentos e conquistas, desejo a você: força e fé! Mantenha-se focado! Como

dizem: “Uma caminhada de 5 km começa com o primeiro passo!”.

Que você tenha um Natal harmo-nioso!

Que os preciosos dias de 2009 sejam devidamente vividos e que 2010 seja um ano de aprendizados e transformações!

Aqui seguem pequenas e simples ideias para amenizar o estresse da luta debaixo desse nosso Sol a pino, que se alterna com chuvas de igual grandeza e poder! Ações para homenagear a si mesmo e seguir com a auto-estima lá nas nuvens!

Antes de mais nada, por mais repetitivo que soe, não me parece demais mencionar práticas ne-cessárias que ainda não se torna-ram hábitos naturais para muitas pessoas:

Beba bastante líquido! No mínimo 2 litros por dia! Aumente a quan-tidade quando estiver exposto ao sol forte.

Há necessidade de consumir bebi-das isotônicas se você perder mais de 2% de peso corporal durante uma atividade física. Isotônicos são bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos, ideais para reposição de líquidos e sais mine-rais. Existem isotônicos artificiais (como Gatorade, por exemplo) e naturais, como a água de coco.

Hidrate-se antes, durante e depois de atividades físicas!

O uso de filtro solar é indispen-sável! Assim como se limitar à exposição ao sol até as 10h e após as 16h.

Um grande aliado dos cuidados com a pele e os cabelos é o Mo-rango! Quando aplicado na pele ele desintoxica profundamente, deixando-a pele clara, macia e viçosa. Por possuir propriedades antioxidantes, o morango ajuda no combate ao envelhecimento da pele. Já nos cabelos, devolve o brilho, protege a raiz dos fios e, consequentemente, ajuda na pre-venção de queda capilar.

( SAÚDE E BELEZA )

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( Saúde e Beleza )Máscara para pele:

3 morangos grandes, Iogurte (1 colher de sopa), Aveia (1 colher de sopa), Mel (1 colher de sopa)

Bata tudo no liquidificador ou com um mixer, o importante é triturar o morango e produzir uma mistura homogênea. O resul-tado é delicioso, perfumado e nutritivo, mas resista, não estamos falando de alimentação! É para aplicar na pele e não para comer! Distribua por toda a pele limpa, deixe agir por cerca de 30 minu-tos e enxágue apenas com água. Não há contra-indicações nem limites de uso. Quanto maior o número de aplicações, melhor será o resultado.

Máscara para cabelo:

A receita é a mesma com a adição de 1 colher de sopa de abaca-te. Com os abelos previamente lavados e ainda úmidos, aplique a máscara, cubra com uma touca plástica, deixe agir por 30 minu-tos e enxágue apenas com água. É importante cobrir os cabelos para que a máscara não seque nos fios. Nos cabelos não é indi-cado mais de uma vez semanal, pois o abacate em excesso pode provocar oleosidade.

Atenção! Por ser rico em vitamina C, o morango oxida muito rapi-damente. A aplicação das máscaras deve ser feita imediatamente após o preparo. Sempre utilize água fria para o enxágue final. Assim você ajuda a fechar os poros da pele e a cutícula dos fios. No caso da pele, água gelada é ainda mais indicada por ativar a circulação sanguínea.

Para disfarçar as chatas e recorrentes olheiras:

Compressas geladas atenuam o problema, mas de forma paliati-va. Você pode usá-las e obter bons resultados de imediato, já que o gelo faz uma constrição nos vasos, isto é, os fecha, impedindo a circulação sanguínea. No entanto, a imagem de que o proble-ma foi sanado é apenas uma impressão. Depois de uma noite de sono, a temperatura corporal se restabelece e as olheiras voltam. Para as compressas podem ser utilizados simplesmente água gelada ou diversos ingredientes, desde chá de camomila até frutas e legumes, mas esses só farão diferença na textura da pele, dependendo de seus componentes, afinal, o que ajuda mesmo é a temperatura, que deverá ser a mais baixa possível.

Até o ano que vem!

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Um doce Natal para você!

Clarissa Leal

Que o próximo ano venha recheado de doçura e realizações!

No próximo dia 25 co-memoraremos mais um Natal. E conforme esta

data vai chegando, talvez pelo fim de ano em si que se aproxima, e todos já muito cansados pela longa jornada, ou mesmo pelo que para muitos significa esta época do ano, nos sensibilizamos mais com os outros, com as pequenas grandes coisas de todos os dias, com nossa própria existencialidade.

E desejamos, seja por um motivo ou pelo outro, que o ano seguinte seja melhor, que o amor possa estar mais presente, que a paz que tanto precisamos se faça real. E mesmo que só um pouquinho, a cada ano sentimos que podemos conquistar tudo isso se cada um de nós fizer a sua parte independente do que acredita.

Seguindo ou não alguma crença, festas de fim de ano são sempre comemorativas, momentos que desejamos compartilhar com aqueles que nos são mais caros.

( COM ÁGUA NA BOCA )

E, por um breve instante que seja, sentir que o amor estar no ar, que a compaixão e serenidade nos envol-ve e podemos nos sentir acolhidos pelos que amamos e nos amam.

Pensando neste momento de pura fraternização e desejando a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, duas receitinhas para adoçar suas noites de celebração.

Bom apetite!

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Torta de maracujá com chocolateIngredientes

300g chocolate amargo ou meio amargo

1 lata creme de leite sem soro

1 pacoto biscoito maisena triturado e peneirado

1 lata leite condensado

A mesma medida de suco de maracujá

A mesma medida de gelatina de maracuja

3 claras em neve bem firmes

Manteiga ou margarina

Granulado de chocolate

Junte o biscoito triturado e peneirado com a manteiga até formar uma massa homogenea. Forre as laterais e o fundo de uma forma de fundo removível e leve ao forno para assar por 15 minutos a 240°C. Retire do forno e reserve. Derreta o chocolate em banho maria mexendo sem-pre para não ficar nenhum pedaço mal deretido. Homogeinize bem. Adiocione o creme deleite quando o chocolate estiver menos quente e homogeinize bem. Cubra o fundo da forma com o creme de choco-late. Leve ao freezer e aguarde. Enquanto isso, bata no liquidificador o leite condensado, o suco e a gelatina até obter um creme uniforme. Adicone esse creme às claras em neve aos poucos. Homogeinize bem. Retire a forma do freezer e despeje o creme de maracujá sobre o de chocolate cuidadosamente. Leve ao freezer por 4 horas e depois deixe na geladeira até a hora de servir. Cubra toda a superficie da torta com o granulado.

Modo de preparo

Cheesecake com geléia de amoraIngredientes 150g iogurte natural integral

220g cream cheese

3 ovos

1 colher de sopa farinha de trigo

1/2 pocote biscoito maisena triturado e peneirado

Manteiga ou margarina

250g geleia de amora

2 colheres de sopa de água

Junte o biscoito triturado e peneirado com a manteiga até formar uma massa homogenea. Forre o fundo de uma forma de fundo removível e leve ao forno para assar por 5 minutos a 240°C. Retire do forno e reser-ve. Bata no liquidificador o iogurte, o cream cheese, os ovos e a farinha até formar um creme bem homogeneo. Despeje sobre a forma e leve para assar em forno pre-aquecido por 30 a 40 minutos a 200°C. Obser-ve que o creme deverá estar levemente dourado e bem firme. Retire do forno e deixe esfriar. Leve a geleia e a água ao fogo brando até formar uma calda espessa. Desenforme o cheese cake e cubra com a calda. Leve a geladeira até a hora de servir.

Modo de preparo

( Com Água na Boca )

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