Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso...

49
Revista Digital de Podologia Revista Digital de Podologia Gratuita - Em português Gratuita - Em português N° 71 - Dezembro 2016

Transcript of Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso...

Page 1: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Revista Digital de PodologiaRevista Digital de PodologiaG r a t u i t a - E m p o r t u g u ê sG r a t u i t a - E m p o r t u g u ê s

N° 71 - Dezembro 2016

Page 2: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema
Page 3: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

www.revistapodologia.com 3

DiretorAlberto Grillo

[email protected]

Revistapodologia.comMercobeauty Importadora e Exportadora de Produtos de Beleza Ltda.

Tel: #55 19 98316-7176 (WhatsApp) - Campinas - São Paulo - Brasil.www.revistapodologia.com - [email protected]

A Editorial não assume nenhuma responsabilidade pelo conteúdo dos avisos publicitários que integram a presente edição, nãosomente pelo texto ou expressões dos mesmos, senão também pelos resultados que se obtenham no uso dos produtos ou serviçospublicados. As idéias e/ou opiniões expressas nas colaborações assinadas não refletem necessariamente a opinião da direção, quesão de exclusiva responsabilidade dos autores e que se estende a qualquer imagem (fotos, gráficos, esquemas, tabelas, radiografias,etc.) que de qualquer tipo ilustre as mesmas, ainda quando se indique a fonte de origem. Proíbe-se a reprodução total ou parcialdo material contido nesta revista, somente com autorização escrita da Editorial. Todos os direitos reservados.

R e v i s t a p o d o l o g i a . c o m n ° 7 1 D e z e m b r o 2 0 1 6

ÍNDICEPag.

5 - Infecções cutâneas na Diabetes Mellitus (DM).Dr Alejandro Gonzalez. México.

12 - Tratamento da Onicomicose a travéz de Óleos Essenciais.Podóloga Suellen Adriana Cardoso Silvy. Brasil.

35 - Argiloterapia: o uso de arcgila no tratamento da onicomicose.Podólogas Cristiane Barbosa Francelino Coura e Pauline Marcelina

Cardozo Almeida - Orientador: Regina Gante. Brasil.

Page 4: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema
Page 5: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

A PELE

A pele é um órgão extenso e complexo.A pele é um órgão vivo que pesa o dobro ou o

triplo que o cérebro.E um órgão fronteira, nossa carta de apresen-

tação ante o mundo.Cobre toda a superfície corporal, acabando

onde começam as mucosas.

Sua extensão depender de talha e peso(ex: 1.70m, 70 kg)• Superfície corporal:1.85 m2• Volume: 4,000 cm3• Espessura meia: 2,2 mm• Peso: 4,2 kg (6% do peso corporal)• Sangue: 1,800 cc (30%de sangue corporal)

ANATOMIA DA PELE

CAPAS DA EPIDERME

BARREIRA CUTÂNEA

• Heuss 1892: natureza ácida da pele• Schade e Marchionini 1928: a nomearam

com o térmo de manto ácido• Miller y cols. 1998: queratinócitos responsá-

veis da formação de lipídios (defesa antimicro-biana da pele)

MANTO ÁCIDO

ESTRUTURA e FUNÇÃO DO MANTO ÁCIDO

FATOR NATURAL DE UMECTAÇÃO

www.revistapodologia.com 5

Infecções Cutâneas na Diabetes Mellitus (DM)

Dr Alejandro Gonzalez. México.

Normalmente o estrato córneo contem 10-30% deágua necessária para manter a umidade e

flexibilidade da pele

EPIDERMES

• Capa mais superficial• Epitélio plano estratificado• Em constante renovação• Grossura 0.4-1.5 mm• Constituídapor queratinocitos

EMULSÃO EPICUTÂNEA

Dois compartimentos:“tijolos e cimento”

• Canais hidrofílicos, hidrofóbicos

• Mantem a concentração deágua no estrato córneo

1- Corneocitos2- Lipídeos epidérmicos

Suor: ácidos graxos,láctico, cítrico, ascórbico, sebo: ácidos graxos livres

Corneócitos e lipídios Intercelulares: ácidos aminos, ácidos graxos livres, ácido carbónico, pirrolidona

• CO2• Vapor de água Manto ácido

Manto gasoso

Estrato córneo

Estrato granuloso

Estrato espinhoso

Estrato basal

"O Dermatologista é o único que pode dar diagnósticos superficiais"

- Anônimo

Page 6: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

FATOR NATURAL DE UMECTAÇÃO

- Queratina- Derivados da filagrina: ácido aspártico, ácido

pirrolidón-carboxílico, ácido urocânico.- Ureia, sódio, potássio, fosfatos- Retém água dentro dos queratinócitos e rei-

drata o estrato córneo

LIPÍDIOS EPIDÉRMICOS

- Ceramidas: 40-50%- Colesterol: 25%- Ácidos graxos livres: 25%

Estrato Córneo

O estrato córneo integroHistidina- Ac. UracanicoProteção endógena UVImunossupressão

Ca de pele

Fatores que podem afetar o pH de superfícieEndógenos não relacionados com patologia (idade)Endógenos relacionados com patologia (D.A.)Exógenos (sabonetes)

Fatores Endógenos

Factores endógenos no relacionados com a idade.

Diferencias raciaisRaça Negra menos ácidos

Variações topográficasJanelas alcalinas

Axila, virilhas, dobras submamários, interdigital

+ Glândulas sebáceasEspalda, peitoMenos acido uracanico x umidade

Mulheres pH 5.26 Homens pH 5.06

DIABETES MELLITUS

O pH da superfície cutânea é alterado nospacientes com DM

- Intertriginosa- Axila- Virilha

Diabetes Care April 1993 vol. 16 no. 4 560-563

A pele e a obesidade

Obesidade e fisiologia cutânea

Barreira cutânea

Glândulas sebáceas, apócrinas e écrinasColágenoCirculação sanguínea e linfática

Barreira epidérmica

Existe correlação entre IMC e funções epidér-micas

- Aumento de perdida de água transepidérmica- Eritema- Pele seca- Reparação epidérmica alteradaSkin Res Technol 2002;8-19-22

Glândulas

- Sebáceas↑ produção de sebo

- Apócrinas e écrinasAlteração do pH (volta-se alcalino)↑ Calor → ↑ Sudoração → ↑ umidade e maceração

SkinResTechno2002;8:19-22 ,Clin Dermatol2004;22:360-6

Fatores extrínsecos

www.revistapodologia.com 6

International Journal of Cosmetic Science, 2013, 35

Page 7: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

INTRODUÇÃO

A DM é una enfermidade que afeta múltiplosórgãos e sistemas.

30%-91% dos pacientes com DM terão invólu-cro cutâneo durante o curso de sua enfermida-de.

A fisiopatologia da DM e suas complicações:- Vasculopatia- Neuropatia- Alterações Imunológicas- Defeitos na síntese de colágeno- Mau controle glicêmico

Contribuem ao desenvolvimento das diferentesmanifestações cutâneas.

Tabor, Camille A; Parlette, Eric C; “CutaneousManifestations of Diabetes: Signs of poor glycemiccontrol or new onset disease”, PostgraduateMedicine; Sep/Oct 2006; 119, 3; ProQuest Central

As manifestações cutâneas da DM, classifi-cam-se em 4 grupos:

1. Enfermidades cutâneas associadas à DM2. Infecções cutâneas3. Manifestações cutâneas das complicações

da DM.4. Reações cutâneas secundarias ao tratamen-

to da DM.

Infecções bacterianas

Infeccções por estafilococo e estreptococo. - Impetigo- Foliculite- Furunculose- Ectima- Erisipela- Celulite- Otite externa maligna- Eritrasma

FOLICULITE

Antibióticos anti-estafilococos:- Dicloxacilina ou cefalexina 500mg c/6 horas- Sabonetes antissépticos- Medidas generais

FURUNCULOSES

Antibióticos anti-estafilococos:- Dicloxacilina ó cefalexina 500mg c/6 horas- Sabonetes antissépticos- Medidas generais

www.revistapodologia.com 7

Page 8: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

ECTIMA

Antibióticos anti-estafilococos:- Dicloxacilina ó cefalexina 500mg c/6 horas- Sabonetes antissépticos- Medidas generais

ERISIPELA

- O paciente no se vê tóxico- Doloroso, bem delimitado.- Pode haver bolhas

- Streptococcus pyogenes - Sensível a penicilina (eleição) ou TMP/SMX

Forte 1-2 comprimidos c/12 hrs + Rifampicina300mg c/12 hrs.

- Si grave, Vancomicina / Linezolid

CELULITES

- Paciente se vê tóxico- BH, QS y VSG mandatórios para tomar deci-

sões.- Valorar tratamento intrahospitalario.- Mesmos esquemas que erisipela.

INFECÇÕES FÚNGICAS

- Infecções por Cândida.- Onicomicose

T.m. 30.8% CONTROLE 4.54% - Intertrigo- Estomatites- Paroniquia

Identificação de agente mediante cultivo.Tratamento sistêmico

www.revistapodologia.com 8

Page 9: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

TINHA DO CORPO

Associada à Diabetes

TINHA DOS PÉS• Interdigital (intertriginosa)• Vesiculosa• Hiperqueratósica

Podem coexistir duas ou mais variedades.

INTERDIGITAL

VARIEDADE VESICULOSA

VARIEDADE HIPERQUERATÓSICA

Complicações:• Dermatites por contacto• Impetigo• Ides (dermatofitides)*

* Frequentes em mãos.

DERMATITES DE CONTACTO MAIS IMPETIGO

TINHA DE PÉS + DERMATOFITIDESIDES NA MÃO

www.revistapodologia.com 9

Page 10: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

ONICOMICOSES

TIPOS CLÍNICOS:1.- SUBUNGUEAL:

• Distal (OSD)• Lateral (OSL)• Proximal (OSP)

2.- DISTRÓFICA TOTAL (ODT)3.- BRANCA SUPERFICIAL (OBS)

SUBUNGUEAL DISTAL

SUBUNGUEAL LATERAL

DISTRÓFICA TOTAL

TRATAMENTO

TINHA DAS UNHAS (SISTÊMICO):

1. Griseofulvina: 330-500 mg/dia (um ano). 2. Ketoconazol: 200 mg/dia ( um ano)3. Fluconazol: 150 mg/sem. (40 semanas) 4. Itraconazol: 200 mg/dia ou pulsos. (3

meses ou 3 pulsos)5. Terbinafina: 250 mg/dia (3 meses)

Exemplo:ITRACONAZOL 3 PULSOS (400 MG)

TRATAMENTO

TINHA DAS UNHAS (TÓPICO):1. Bifonazol-ureia. Unguento (Oclusivo-creme.

2-4 unhas) 2. Amorolfina laca. (Aplicação semanal)3. Ciclopirox laca. (1-2 aplicações semanais)

CONCLUSÕES

1. O paciente diabético sempre tem una der-matoses associada.

2. Sempre buscar intencionadamente transtor-nos metabólicos em pacientes com as dermato-ses revisadas.

3. As infecções associadas à diabetes sempremerecem atenção e seguimento.

4. Promover o cuidado da pele no pacientediabético é de suma importância. ¤

www.revistapodologia.com 10

Page 11: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema
Page 12: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter medado saúde e força para superar as dificuldades.

Aos meus familiares pelo incentivo e orienta-ção.

Ao meu marido Juliano Rossi pelo amor e apoioincondicional, mesmo nas horas mais difíceis ede cansaço.

Obrigado ao meu filho amado Arthur Rossi querespeitou minha ausência dedicada aos estudos,sempre se fez entender que o futuro é construídode constante dedicação ao presente.

A minha irmã Sulamita que de forma especiale carinhosa me deu força e coragem nos momen-tos de dificuldades.

A minha mãe agradeço na forma em que meensinou a enfrentar as barreiras da vida, comhumildade e garra.

As minhas colegas de classe, que com certezafuturas excelentes podólogas, em especial aminha amiga e parceira Julinda, que soube divi-dir comigo sua amizade, dúvidas, sua estória ebom humor.

A professora Márcia D. Pinheiro pela atenção,carinho, paciência, compreensão e das boas risa-das.

Ao Instituto INA pela oportunidade de tornar-me uma profissional capacitada na área Técnicade Podologia.

Ao meu orientador Marcelo Kertichka por terme mostrado o caminho do conhecimento paraobter minha formação.

A todos familiares e amigos que diretamente ouindiretamente fizeram parte da minha caminha-da, meu muito obrigado.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: AnatomiaFigura 2: OnicomicoseFigura 3: Onicomicose Subunguel Distal LateralFigura 4: Onicomicose Subungueal ProximalFigura 5: Onicomicose Branca SuperficialFigura 6: Onicomicose Distrófica TotalFigura 7: Onicomicose por CândidaFigura 8: ParoníquiaFigura 9: Oníquia

Figura 10: CanelaFigura 11: CedroFigura 12: CitronelaFigura 13: CravoFigura 14: LavandaFigura 15: Melaleuca AlternifóliaFigura 16: PatchuliFigura 17: Tomilho

SUMÁRIO

1 Introdução2 Revisão Literária 2.1 Conceitos da Podologia 2.2 Anatomia da Lâmina Ungueal2.2.1 Composição da Unha2.2.2 Inervação2.2.3 Irrigação Sanguínea2.3 Fungos2.4 Sintomas2.5 Onicomicoses2.5.1 Onicomicose Subungueal Distal Lateral

(OSDL)2.5.2 Onicomicose Subungueal Proximal (OSP)2.5.3 Onicomicose Branca Superficial (OBS)2.5.4 Onicomicose Distrófica Total (ODT)2.5.5 Onicomicose por Cândida2.5.6 Onicomicose Causada por Água Sanitária2.5.6.1 Paroníquia2.5.6.2 Oníquia2.6 Causas da Patologia2.7 Prevenção2.8 Procedimento Podológico nas

onicomicoses2.9 Plantas Medicinais2.10 Aromaterapia2.11 Óleos essenciais2.12 Canela (Cinnamomum zeylanicum)2.13 Cedro (Cedrus atlantica)2.14 Citronela (Cymbopogon nardus)2.15 Cravo (Eugenia Caryophyllata)2.16 Lavanda (Lavandula Angustifolia)2.17 Melaleuca (Melaleuca alternifólia)2.18 Patchuli (Pogostemon patchouli)2.19 Tomilho (Thymus vulgaris)2.20 Tratamento a Base dos Óleos Essenciais3 Considerações finais4 Referências bibliográficas

www.revistapodologia.com 12

Tratamento da Onicomicose Através de Óleos Essenciais

Podóloga Suellen Adriana Cardoso Silvy. Brasil.

Trabalho (TCC) apresentado como requisito parcial para conclusão do Curso deEducação Profissional de Nível Técnico na área da Saúde com Habilitação deTécnico em Podologia do INA – Instituto Brasileiro de Naturopatia Aplicada deBlumenau. Blumenau-SC, Brasil 2016.

Page 13: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

1. INTRODUÇÃO

Com a demanda crescente por produtos de ori-gem natural e menos tóxico, utiliza-se plantas eseus anexos, como fonte de tratamento terapêu-tico.

Objetivo desse trabalho foi conhecer o processode desenvolvimento, sintomas, e fatores predis-ponentes das onicomicoses causadas por fungosdermatófitos, não dermatófitos e por candidíase.Combater as (OSDL), (OBS), (OSP), (ODT),Paroníquia, Oníquia e por cândida nas lâminasungueais, para contribuir com a diminuição des-tes casos na população. Compreender a trans-missão destas patologias. Identificar as causasde contágio e minimizar o número de pessoasinfectadas. Buscar a cura através de medicamen-tos naturais sem agredir a saúde e o bem estar,já que na antiguidade o uso de ervas e plantasmedicinais, com o principio ativo com proprieda-des antissépticas, antibacteriana, antifúngicasentre outras era de uso exclusivo para combatermilhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema imunológico, assim podendolevar até a morte do ser humano debilitado.

O Podologista deve conhecer estas diferencia-ções para entender melhor os tratamentos indi-cados pelos médicos e colaborar, analisando se opaciente está sendo submetido ao tratamentoadequado (BEGA, 2014, p. 127).

Metodologia de pesquisa foi através de levanta-mento bibliográfico de livros, revistas, artigos esites da internet.

2. REVISÃO LITERÁRIA

2.1 Conceitos da Podologia

A podologia é um ramo auxiliar da medicina,cuja atuação é voltada para os pés por meio doestudo aprofundado de sua anatomia, fisiologia epodopatias. Desenvolve o conhecimento biome-cânico sobre o tornozelo e os pés a fim de com-preender a marcha e os problemas que a dificul-tam, podendo desta forma optar pelo melhor tra-tamento com base em uma visão amplo e multi-disciplinar. A podologia deve atuar conforme umaética cientifica e legal, encaminhando para pro-fissionais de outras ciências o que a eles cabetratar e tomando para si a responsabilidade decumprir suas atribuições científicas (BEGA,2014, p. 1).

Com tais conhecimentos e formação, o podólo-go tem competência para praticar procedimen-tos terapêuticos no tratamento e no cuidado dospés, além de atuar como agente preventivo depatologias, indicando e recomendando hábitosespecíficos de higiene. O podólogo não deveministrar tratamentos que não sejam de sua

competência (VIANA, 2005, p. 3).Cabe ao Podólogo esclarecer o máximo possí-

vel ao paciente a patologia da qual é portador e,tanto quanto possível, revelar a evolução ou invo-lução de seu quadro, alertando-o sobre a impor-tância de sua participação no processo terápico(PIEDADE, 2004, p. 15).

O podólogo deve estar atento e observar o seucliente desde o momento que o cumprimenta narecepção. É necessário que o cliente seja obser-vado como um todo. O modo como está sentadoe o jeito de se levantar, seu biótipo (peso e altu-ra), o jeito de caminhar, e o tipo de calçado queestá usando (JUSTINO; JUSTINO; BOMBONATO,2011, p. 32).

2.2 Anatomia da lâmina ungueal

Matriz ou raiz da unha assegura o crescimentoe substituição da lamina ungueal. Compõe-se decélulas germinativas em constante reprodução.Situa-se abaixo da prega supra-ungueal e é cons-tantemente irrigada pelos vasos sanguíneos.Prega supra-ungueal, localiza-se antes do hiponí-quio e recobre a matriz da unha. Sulco ungueal éa estreita faixa de pele localizada lateralmente alâmina (VIANA, 2005, p. 9).

Eponíquio a extremidade proximal da lâmina éformada pelo eponíquio. Sua função é de prote-ção contra agentes externos como, por exemplo,agentes químicos, evitando assim que estes pro-dutos cheguem a matriz ungueal. Lúnula é ameia-lua de cor branca que se localiza na baseou na extremidade proximal da unha, apresenta-se particularmente lisa achatada e brilhante.Borda livre é a parte da lâmina ungueal que seprojeta descolada, fora do leito ungueal.Hiponíquio é a área localizada abaixo da margemlivre da borda ungueal, isto é, onde o leito se des-prende da lâmina ungueal. Área com grandequantidade de terminações nervosas, por estemotivo bastante sensível (JUSTINO; JUSTINO;BOMBONATO, 2011, p. 30).

Figura 1: Anatomia - Fonte: VIANA.

www.revistapodologia.com 13

Page 14: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Lâminas queratinizadas recobrem a ultimafalange dos dedos, uma unha tem quatro partes:a posterior ou raiz, localizada sob a dobra dapele; a lâmina, aderente ao leito ungueal na suaporção inferior; as dobras laterais; e borda livre.A raiz ou matriz ungueal é uma área semilunarde células epiteliais proliferativas, parcialmentevedada pela dobra ungueal posterior e visível,parcialmente, em área mais clara, chamada lúnu-la. A dobra ungueal posterior apresenta um pro-longamento da camada córnea que recobre aporção proximal da unha, cutícula, abaixo desta,o eponíqueo, que adere a lâmina ungueal. Estasestruturas são importantes porque podem serdestacadas das unhas por processos inflamató-rios (SAMPAIO; RIVITTI, 2008, p. 11).

Destaca que enquanto função as unhas sãorepresentativas no ato de proteger os dedos detraumatismos, defesa, adorno, revelados dedoenças sistêmicas e, principalmente preservaro tato das mãos (MENDONÇA, 2004, p. 228).

As unhas dos pés, além de possuir funções pro-tetoras, contribuem para uma correta biomecâni-ca do pé e, por isso, estão diretamente relaciona-das a todas as patologias que causam uma loco-moção alternada: funções da unha, defesa, esté-tica, preensão/pinça, protetora e tátil (TOSTI;PIRACCINI; CHIACCHO, 2007, p. 27).

Sobre o dorso das falanges distais dos dedosencontra-se a unha, esta, portanto, correspon-dente ao espessamento da camada córnea. Aregião espessada da camada basal (germinativa)é denominada matriz ungueal, nesta ocorremmitoses (divisão celular), portanto, as célulasanteriormente formadas que já se corneificaramsão empurradas para frente, dando assim, ocrescimento da unha. O leito da unha é compostopela camada basal (germinativa), esta camada éespessada abaixo da extremidade proximal daunha, formando uma região esbranquiçada emforma de meia lua, visível através da unha, deno-minada lúnula. Na extremidade proximal daunha, encontra-se o eponíqueo (cutícula). Abaixoda ponta livre da unha, a camada córnea é espes-sada e assim denominada de hiponíqueo. Asunhas geralmente possuem uma colocação rosa-da em função da extensa rede capilar existenteabaixo dela (SPENCE, 1991, p. 84).

As bordas ou pregas ungueais são compostaspor epitélio, nas bordas laterais esse epitélio éespesso, sem cutícula evidente, porém, comcamada de queratina macia, que tende a perma-necer como uma membrana fina e rugosa emcontato com a superfície ungueal adjacente, for-mando assim os sulcos ungueais laterais. Naborda proximal o epitélio é normal e, se justapõe

à placa ungueal (unha), sua margem distal écompreendida pelo eponíqueo (cutícula), este, éde grande importância biológica, pois, proporcio-na a selagem que impede o acesso de fragmen-tos e de microrganismos à área próxima àmatriz, na falta dessa proteção, podem acorrerinfecções e distúrbios morfológicos ao sistema(BARAN; BERKER; DAWBER, 2000, p. 2).

Preconiza que, as unhas crescem aproximada-mente 3 mm por mês, a partir do epitélio engros-sado da matriz ungueal. Sua espessura varia de0,5 a 0,75 mm, tanto crescimento quanto espes-sura podem ser afetados por dermatoses e,doenças sistêmicas (SAMPAIO; RIVITTI, 2008, p.441).

A unha contém vestígios de muitos oligoele-mentos, entre eles os de maior quantidade são ozinco e o ferro. A carência de ferro pode acarretarafinamento e fragilidade de lâmina. Em contra-partida, não existe relação entre as propriedadesmecânicas da lâmina e sua quantidade de cálcio;aparentemente, o rastro de cálcio contido naunha provém de contaminações ambientais.Substâncias importantes para a funcionalidade ecrescimento correto das unhas: oligoclementos(ferro, zinco e selênio), vitaminas (B6, A, C, E eBiotina), aminoácidos (cistina, arginina e ácidoglutâmico) e lipídios (TOSTI; PIRACCINI; CHIAC-CHO, 2007, p. 23).

2.2.1 Composição da Unha

• Nitrogênio.• Enxofre.• Traços de metais: cálcio, magnésio, sódio,

ferro, cobre e zinco.• Lipídios: encontrados de 0,1 a 1% sendo

colesterol o principal deles, agindo como plastifi-cante. Quando eles são extraídos a unha torna-seseca e quebradiça.

• Água: de 7 a 12%, também plastificante.Quanto menos água na unha, maior sua dureza.

Conforme (BEGA, 2014, p. 17).

2.2.2 Inervação

A inervação dos dedos ocorre através de nervosque se originam no nervo tibial anterior e poste-rior. A inervação corre através do quinto dedo eda metade medial do quarto dedo recebe inerva-ção sensitiva pelo ulnar. O restante se faz pormeio do mediano derivam de uma invaginação daepiderme, a qual já se encontra perfeitamenteformada na metade do período da vida fetal.(JUSTINO; JUSTINO; BOMBONATO, 2011, p. 27).

Os artelhos são inervados através de nervos

www.revistapodologia.com 14

Page 15: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema
Page 16: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

que se originam no nervo tibial anterior e tibialposterior (NUSSBAUMER; JUSTINO; JUSTINO;BOMBONATO, 2007, p. 53).

2.2.3 Irrigação Sanguínea

O leito ungueal é irrigado por dois arcos arte-riais, os quais são anastomoses entre as duasartérias, os quais são anastomoses ente as duasartérias laterais dos dedos das mãos e pés.Vasos sanguíneos de tamanho médio ligam-se dadobra ungueal até a articulação interfalangianaproximal. Esta relação anatômica é de valor, con-siderando-se a associação próxima entre asdoenças da unha e da articulação. Os vasos lin-fáticos do leito ungueal são numerosos, mais queem ouras áreas da pele, indo até o tecido adipo-so. Uma rede de fibras nervosas pode ser identi-ficada com troncos terminando na adventícia dosgrandes vasos do glômus e no tecido adiposo.Outras terminações nervosas podem ser vistasnas papilas dérmicas e, provavelmente, termi-nam entre as células epiteliais. Numerosos cor-púsculos de Vater-paccini podem ser vistos pro-fundamente no cório e são maiores nas pontasdos dedos. A partir da borda livre, os corpúsculosde Meisner são visualizados (SOARES, 2013, p.17).

A parte mais importante na formação da lâmi-na ungueal é sua irrigação sanguínea. E a partirdo momento que houver uma interferência inter-na ou externa desta irrigação, haverá alteraçõesem sua formação tanto em espessura como emcrescimento. Uma lâmina mais fina tem cresci-mento mais rápido em relação as lâminas maisespessas. Exemplo: alteração de espessura porexcesso de atrito, seja por calçados inadequadospressionando o local, ou alterações ortopédicasdevido á mudança da marcha. Patologias sistê-micas também podem afetar a lâmina em rela-ção a sua espessura (JUSTINO; JUSTINO; BOM-BONATO, 2011, p. 26).

2.3 Fungos

Os fungos fazem parte do reino fungi e são osseres heterotróficos, ou seja, que se nutrem dealimentos das mais diversas fontes, porque nãosão capazes de sintetizar seus próprios alimen-tos. Os fungos se alimentam de outros seresvivos, vivendo como verdadeiro parasita, tambémfazem a composição de outros organismos mor-tos, e neste caso, são chamados de saprófitas,resumindo: alimentam-se de compostos orgâni-cos (BEGA; LAROSA, 2010, p. 223).

São popularmente conhecidos por bolores,mofos, fermentos, levedos, orelha-de-pau, trufase cogumelos-de-chapéu os fungos são encontra-

dos no solo, água, plantas, ar, insetos e por estarazão são chamados ubiquitário (VIANA, 2009 p.14).

O solo é certamente, o habitat natural de mui-tos fungos. Diante de suas paredes rígidas, osfungos adquirem seus nutrientes de forma solú-vel, por absorção ou por pinocitose (a célulaengloba a substância em estado líquido), os fun-gos de importância médica, podem ser de formaparasitária, obtendo assim, seus nutrientes dohóspede (MORENO, 2005, n°5, p. 6).

Os fungos são inteligentes, pois não afetam amatriz ungueal que é fornecedora de sua fontealimentar. Mesmo em uma lâmina que está total-mente acometida pelo fungo, sua matriz conti-nua se reproduzindo (JUSTINO; JUSTINO; BOM-BONATO, 2011, p. 74).

Micose é o nome dado a doenças causadas porfungos. Existem mais de 230 mil tipos de fungos,mas apenas 100% causam micose. Como elesestão em toda parte, praticamente todas as pes-soas ficam expostas a eles (Revista evolução dosPés, n° 1, p. 10, agosto/2008).

As principais doenças causadas pelos fungossão chamadas de micoses, estas doenças subdi-videm-se em:

- Micoses superficiais: são infecções limitadasas camadas mais externas da pele e pelos (tíneapedes, por ex.) nas áreas caracterizadas do orga-nismo.

- Micoses cutâneas: são infecções que se esten-dem mais profundamente na epiderme, assimcomo doenças invasivas dos pelos, pelos eunhas, causadas pelos dermatófitos.

- Micoses subcutâneas: são infecções envolven-do a derme, tecidos subcutâneos, músculos efáscia.

- Micoses sistêmicas: disseminadas ou infecçõ-es fúngicas disseminadas: são aquelas que estãona profundidade do organismo e que podem atin-gir os pulmões, fígado, baço e outros órgãos. Sãode contaminação rara, porém muito graves.

- Micoses oportunistas: são aquelas que agri-dem o organismo quanto este se encontra debili-tado, com a queda de resistência ou uma doençaque vai debilitar o organismo. O fungo que estápresente vivendo em simbiose com hospedeiroprolifera e ocasiona a doença. Os patógenosoportunistas mais frequentes são cândidas albi-cans e aspergillus fumigatos (VIANA, 2009, p.14).

Existem fatores que facilitam a infecção causapelos fungos, como as alterações vascularesarteriais e venosas. Um calçado pressionando osdedos e unhas durante várias horas do dia sãosuficiente para provocar um processo isquêmico

www.revistapodologia.com 16

Page 17: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

pela pressão externa, o que funciona como umfacilitador para o surgimento das micoses, difi-cultando, por exemplo, a nutrição dos tecidos e adefesa por parte das células do sistema imunoló-gico que necessitam de oxigênio e nutrientesbem como chegar ao sítio da agressão através dacirculação (BEGA; LAROSA, 2010, p. 228).

Geralmente, a doença afeta a população adultaentre 40 e 60 anos. Raramente afeta as crianças,talvez pelo rápido crescimento da unha, dificul-tando o desenvolvimento do microrganismo(Revista evolução dos pés ano V, n° 25, p. 17).

São constituídas por quase 100 de queratina, oque representa um grande atrativo para os fun-gos, por ser a sua principal fonte de alimento,atacados pelos fungos, as lâminas ficam amare-ladas e inicia-se um deslocamento nos cantos,que depois evolui para todas as lâminas.Resíduos esfarelados, com odor desagradável,formam-se sob as unhas e a lâmina chega a ficartotalmente destruída (PIEDADE, 2002, p. 88).

Os casos de micoses vêm aumentando. Parteconsiderável desse aumento é devida ao surgi-mento de Síndrome da imunodeficiência adquiri-da (AIDS) e ao grande número de pessoas quetêm sua capacidade natural de defesa diminuída(temporária ou permanentemente), em virtudede doenças que debilitam o organismo ou do usode antibióticos, corticosteróides e medicamentosantineoplásticos (VIANA, 2005, p. 31)

2.4 Sintomas

Escurecimento da lâmina ungueal, diminuiçãodo crescimento, unhas quebradiças, estrias lon-gitudinais ou sucos transversais, ondulações,espessamento, descolamento, odor fétido,engrossamento da lâmina ungueal, perda defini-tiva da unha, hiperqueratose subungueal, fungosnos pés, agindo sobre a pele e destruição total ouparcial da unha. Fatores predisponentes são osexcessos de cuidados com as unhas removendoas cutículas com espátulas sem esterilização doinstrumental de corte, sapatos fechados, condi-ção que envolve calor, umidade e ausência de luz,pacientes imunodeprimidos como aidéticos, pes-soas com anemias, tireoidismo, câncer (imuno-patias), piscinas saunas, chão de casa, banheiro,angiopatias que acometem os membros inferio-res-MMII, em particular os pés (enfermidadesvasculares), pessoas idosas e crianças, calçadossintéticos e a falta de cuidados com os mesmos,imunodeficiência congênitas (alterações circula-tórias), imunossupressão por uso de medicamen-to cortisona (VIANA, 2005, p. 58).

Sinais/sintomas: alteração da cor (esverdeada,acastanhada esbranquiçada); Diminuição do

crescimento; Unhas quebradiças; Estrias longitu-dinais ou sulcos transversais; Ondulações;Espessamento; Descolamento; Odor fétido; Dor;engrossamento da lâmina ungueal, perda defini-tiva da unha; Hiperqueratose subungueal; Fungosnos pés, agindo sobre a pele e destruição total ouparcial da unha (Revista Evolução dos pés, n° 1,2008, p. 11).

O olho clínico tem sido o método mais usadoem diagnósticos falhos, porque os aspectos clíni-cos das infecções por agentes micóticos podemse confundir com outras patologias. O diagnósti-co necessita do exame laboratorial, do examedireto, o cultivo e, em certos casos, deve sercomplementado por exames histológicos eimuno-histológicos. Estes exames se completamentre si, porém apenas para averiguar se a infec-ção é causada por Tínea Ungueum, candidíaseungueal e fungos juntos. Se analisados isolada-mente, podem ser mau interpretados ou daremfalsos negativos, conforme afirma( LECHA, 1995,p. 10).

2.5 Onicomicoses

Geralmente, a doença afeta a população adultaentre 40 e 60 anos. Raramente afeta crianças,talvez pelo rápido crescimento da unha, dificulta-do o desenvolvimento do microrganismo (RevistaEvolução dos pés, n° 1, 2008, p. 17).

A denominação onicomicose, é muito abran-gente, pois existem diversos tipos de ataquesmicóticos que acometem os corpos das unhas(BEGA, 2014, p. 127).

Qualquer infecção causada por fungo é chama-da de micose e as micoses são, geralmente,infecções de longa duração (crônica), porque osfungos crescem muito lentamente (VIANA, 2005,p. 42).

A microflora normal da unha é composta prin-cipalmente por Scopulariopses brevicaulis eCandida albicans. As infecções se devem princi-palmente a incidência de fungos dermatofitos,em unhas aparentemente normais; neste caso, amicroflora desempenha papel oportunista servin-do de reservatório para infecções em hospedei-ros debilitados ou predispostos (MENDONÇA,2004, p. 229).

Candidíase ungueal é infecção frequente nosdiabéticos, desnutridos, pessoas que retiram acutícula e pessoas que mantém um contato con-tínuo com água (Revista Dermatologia, 2006, p.35).

Onicomicose, uma onicopatia que afeta 90%dos casos, geralmente está relacionada a baixaimunidade, higiene precária e transmissão diretaem banheiros ou mesmo nos instrumentais usa-dos no corte das laminas. É difícil conseguir um

www.revistapodologia.com 17

Page 18: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

tratamento efetivo com medição prescrita pelomédico por ser oneroso, mas dá bons resultadoscom alimentação quanto a higienização doslocais com hipoclorito de sódio estando maiorproliferação e disseminação dos fungos e tam-bém de uma completa higienização das laminasmelhorando o aspecto das mesmas (Revistapodologia.com, n° 20, 2008, p. 5).

Todas as infecções que afetam as unhas e apele da região que as circundam e costumamserem provocados por uma variedade de agentespatógenos, fungos dermatófitos ou leveduras(cândida albicans) (VIANA, 2005, p. 22).

O meio se torna propício a infecção devido afatores externos provocados, tais como: falta dehigiene, má circulação, desgaste ungueal provo-cado por atrito na face dorsal da lâmina, além dedistúrbios provocados por patologias sistêmicas(JUSTINO; JUSTINO; BOMBONATO, 2011, p. 73).

O progresso da infecção depende de váriosfatores. A pele lesada facilita a infecção, enquan-to a pele íntegra é uma barreira natural. A umi-dade é importante para a colonização do derma-tófito. De modo geral, os fungos podem causartrês tipos de afecções: micoses superficiais,intermediárias e profundas. O primeiro grupoconstitui em fungos que realizam a queratinacomo subsistência, portanto, parasitam emestruturas queratinizadas da epiderme, unha ecabelos. Os fungos intermediários, não possuempoder queratolitico, vivem sobre a pele e, utili-zam como fonte de sobrevivência, restos epite-liais ou produtos de excreção, estes geralmentenão têm afinidade micológica ou clinica. O tercei-ro grupo compreende nas infecções cutâneasmucosas, estes podem atingir tanto a pele quan-to mucosas (SAMPAIO; RIVITTI, 2008, p. 703).

Não podemos esquecer que o ato de roer asunhas por ficarem constantemente úmidas ecom o leito e bordas lesionadas, tornam-nas por-tas abertas para infecções e fungos (Revistapodologia.com, nº 20, 2008, p. 9).

Geralmente este quadro manifesta-se no dedomaior, mas a patologia pode ocorrer em qualquerum dos dedos dos pés. O fato de não produzirdor pode ocultar a gravidade do problema.Entretanto, caso não seja tratada, a onicomicosepode desencadear patologias secundárias que,além de perda definitiva da lâmina da unha, man-tém os fungos nos pés, agindo sobre a pele, oque certamente fará a patologia evoluir para asdemais unhas (PIEDADE, 2004, p. 88).

Muitas vezes a porta de entrada do fungo é odescolamento da lâmina que pode ser por diver-sos fatores como: microatrito por calçados aper-tados e de bico fino, sobreposição dos dedos,

excesso de zelo, trauma intenso com presença dehematoma e após infecções provocadas por oni-cocriptose. A onicomicose pode ficar por anosrestrita em uma pequena parte da lâmina e porqualquer alteração que pode ser sistêmica oufísica ela passa a se desenvolver aumentando aextensão em um curto espaço de tempo até atin-gir toda a lâmina (JUSTINO;JUSTINO;BOMBONA-TO, 2011, p. 74).

As onicomicoses estão inseridas no grupo demicoses superficiais, as dermatofitoses, suaapresentação clínica mais comum é a subun-gueal distal/lateral e, seus principais agentesinfecciosos são o T. Rubrum e o T.Mentagrophytes (MENDONÇA, 2004, p. 236).

Mofos ou bolores: espécies de AspergillusFumigatus- os bolores estão presentes no solo esão altamente resistentes e não transmitem paraoutras pessoas (VIANA, 2009, p. 15).

Figura 2: Onicomicose

Fonte:http://www.mdsaude.com/2012/11/micose-de-

unha-onicomicose.html Acessado em: 29 de maiode 2016.

2.5.1 Onicomicose Subunguel Distal Lateral (OSDL)

Figura 3: Onicomicose Sub unguel Distal Lateral

Fonte: VIANA.

Mais comum em unhas dos pés; Descolamentoda borda livre da unha: a unha descola do seuleito, geralmente iniciando pelos cantos e fica

www.revistapodologia.com 18

Page 19: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

ôca (onicólise). Pode haver acumulo de materialsob a unha. As unhas aumentam de espessura,ficando endurecidas e grossas. Esta forma podeser acompanhada de dor e livar ao aspecto deunha “unha em telha” ou “unha de gavião”.Características: unha opaca, esbranquiçada eespessa (Revista Evolução dos Pés, n° 1, 2008, p.11).

É o padrão mais frequente. Apresenta-se comuma coloração branca ou amarelada na bordalivre, próxima do sulco lateral. Pode disseminar-se no sentido proximal até a matriz. A unha apre-senta espessamento, acumulo de hiperqueratosesubungueal branca e pode fragmentar-se.

Pode ser:Primaria – desenvolve na unha sadiaSecundária – desenvolve em uma unha com

doença em atividade. Acomete na maioria ohálux e está mais relacionada com a tíneaungueal. A infecção tem início na borda livre(hiponíquio), depois da zona distal do leito,estendendo-se no sentido proximal até a matriz(VIANA, 2005, p. 59).

2.5.2 Onicomicose Subungueal Proximal (OSP)

Figura 4: Onicomicose Subungueal Proximal

Fonte: VIANA.

Inicia-se pela extremidade proximal, onde seobserva manchas brancas ao nível da lúnula,comprometendo toda a unha à medida que estacresce, adquirindo assim características semel-hantes à onicomicose subungueal distal. Estaentidade é bastante rara, sendo observada commaior frequência em indivíduos com AIDS/SIDAe evoluindo, nestes pacientes, para uma onico-distrofia total. O dermatófito mais frequentemen-te isolado tem sido o T. rubrum (SIDRIM; ROCHA,2004, p. 144).

Inicia-se no eponíqueo por baixo a partir deuma afetação do extrato córneo da cutícula, comlesões sob a forma de manchas esbranquiçadasna região da luna e depois invadindo a lâmina nosentido distal (VIANA, Atlas podológico, p. 27).

Esta forma é mais rara: geralmente em aidéti-cos; Inicia-se pela extremidade proximal: obser-

va-se manchas brancas ou amareladas ao nívelda lúnula comprometendo toda a unha. Adquiridepois características da forma subungueal dis-tal (Revista Evolução dos pés, n° 1, 2008, p. 12).

2.5.3 Onicomicose Branca Superficial (OBS) ou leuconíquia micótica/tricofítica

Figura 5: Onicomicose Branca Superficial

Fonte: VIANA.

A lesão é uma mancha esbranquiçada. Háperda de brilho devido a porosidade acentuadada lâmina. Há uma pequena exfoliação com pre-sença de alguns corneócitos ainda aderidos,dando um aspecto de “fiapos”.

Esta micose ocorre por desgaste da face dorsalda lâmina. O agente agressor pode ser o uso pro-longado de produtos químicos como esmalte eacetona.

O esmalte é prejudicial a lâmina quando per-manece por longos períodos. Isso porque a lâmi-na se desidrata e reidrata constantemente. A pre-sença do esmalte impede a reidratação e cons-tantemente a lâmina torna-se porosa, o que é umambiente propício à proliferação de fungos.

O segundo agente químico que comumenteparticipa como agressor é a acetona, que damesma forma que o esmalte acaba provocandodesidratação da lâmina (NUSSBAUMER; JUSTI-NO; JUSTINO; BOMBONATO, 2007, p. 90).

É invadida na superfície externa da lâminaungueal, podendo infectar o leito e hiponíquio.Surgem manchas brancas, erosivas, secas, emforma de pó e unhas quebradiças, podendo inva-dir e destruir totalmente a unha (VIANA, AtlasPodológico, p. 27).

Mais comuns nas unhas dos pés; Manchasbrancas na superfície da unha (leuconíquea);Com a evolução as manchas ficam amareladas epode destruir toda a unha (Revista Evolução dospés, n° 1, 2008, p. 12).

www.revistapodologia.com 19

Page 20: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

2.5.4 Onicomicose Distrófica Total (ODT)

Figura 6: Onicomicose Distrófica Total

Fonte: VIANA.

Lesão possivelmente originária das lesões ante-riormente descritas, que se caracterizam pelafragilização em uma queda de todas as lâminasungueais, persistindo apenas alguns restos dequeratina aderida ao leito ungueal. Com a doen-ça e a utilização de terapêuticas erradas favore-ceram a evolução da lesão (SIDRIM; ROCHA,2004 p. 144).

Caracterizada por uma evolução de todos ostipos, resultando na destruição total das unhas,com produção intensa de hiperqueratose subun-gueal, unhas estilhaçadas, descoladas, espessa-mento, mudança de coloração e costuma ser devários anos (VIANA, Atlas podológico, p. 27).

Pode ser a forma de todas as formas anterio-res; Destruição e deformidades: a unha fica frá-gil, quebradiça e quebra-se nas porções anterio-res ficando deformadas ou restando alguns res-tos de queratina aderida ao leito ungueal (RevistaEvolução dos pés, n° 1, 2008, p. 12).

2.5.5 Onicomicose por Cândida

A Cândida Albicans coloniza frequentemente asunhas das mãos afetadas pela paroníquia crôni-ca ou pela onicólise. Todavia, o isolamento dacândida nestas afecções não possuem geralmen-te significado patológico e suas erradicações nãolevam a cura ou a melhora das manifestações clí-nicas. A invasão da unha pode ser primária ousecundária a uma paroníquia. Apresentam man-chas brancas ou amareladas, alterações do bril-ho e às vezes esverdeadas se ha pseudômonasassociadas e tendem a descolar (VIANA, Atlaspodológico, p. 28).

Figura 7: Onicomicose por Cândida

Fonte: VIANA.

As onicoses causadas por fungos, denomina-das onicomicoses são “mais do que um proble-ma estético e, acontecem em ambos os sexos”

(MENDONÇA, 2004, p. 236).A penetração da cândida no interior da lâmina

ungueal (onicomicose por candida) é um eventoraro e deve levar a procura de um déficit imuno-lógico. É observado quase que exclusivamentenos pacientes portadores de HIV ou deCandidíase Mucocutânia Crônica (TOSTI; PIRAC-CINI; CHIACCHO, 2007, p. 78).

Os fungos são protistas eucariotas, cujo núcleo,unicelular ou pluricelular, é envolto por membra-na celular com cromossomos em pares, pos-suem paredes rígidas constituídas por grandespolissacarídeos (carboidratos), sua reproduçãopode ser sexuada ou assexuada, esta última porsua vez, ocorre na maioria das vezes em fungosde grande importância médica (MORENO, 2005,nº 5, p. 5).

O tempo de recuperação de uma unha commicose, pode variar de 7 meses a 1 ano, depen-dendo da dedicação do paciente, que na maioriadas vezes abandona o tratamento por achar quenão dando certo ou que está demorando muito.Outros não se recuperam porque não seguem otratamento com frequência e tempo necessário(PIEDADE, 2002, p. 89).

Onicomicose, onicodistrofia ou onicopatia équalquer alteração relacionada ao aparelhoungueal, seu diagnóstico clinico depende doaspecto macroscópico e caso necessário é ratifi-cado por exames complementares. O exame clí-nico do aparelho ungueal pode fornecer informa-ções para diagnóstico de doenças dermatológi-cas bem como, doenças sistêmicas (insuficiênciarenal, cardíaca, pulmonar, hepática, endócrina,intoxicações, entre outros) (MENDONÇA, 2004,p. 227).

2.5.6 Onicomicose causadas por águasanitária:

2.5.6.1 Paroníquia

Figura 8: Paroníquia

Fonte: Evolução dos Pés, 2008.

www.revistapodologia.com 20

Page 21: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Início30/01/2017

Turmas especiais

aos fins de semana

Page 22: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

É uma inflamação das pregas e tecidos que cir-cundam lâmina ungueal. Popularmente chamadade ”unheiro” e se não tratada, torna-se crônicaagravando-se e propagando-se a outros dedos. Écausada por bactérias, leveduras, fungos e víruse os principais sintomas são: dor, edema, erite-ma, pus, pele brilhante. É mais frequente empessoas que mantém as mãos úmidas ou molha-das e mais comuns em mulheres (VIANA, 2005,p. 22).

Unheiro: a região periungueal fica inflamada,dolorida, inchada, avermelhada e pode se apre-sentar com coleção purulenta na base da unha.Ocorre em pessoas que vivem com as mãos naágua: lavadeiras, jardineiros, cozinheiras, etc. Émais comum em unhas das mãos; com a evolu-ção leva ao quadro de oníquia (Revista Evoluçãodos Pés, n° 1 2008, p. 12).

2.5.6.2 Oníquia

Figura 9: Oníquia

Fonte: Evolução dos Pés, 2008.

Consequência da paroníquia: altera a formaçãoda unha, que cresce ondulada e com alteraçõesna superfície; é mais comum em unhas dasmãos; características: modificação da coloraçãoda unha para um castanho-amarelado, marromou amarelo-esverdeado; oco pacificação e des-truição total das unhas (Revista Evolução dospés, n° 1, 2008, p. 12).

2.6 Causas da Patologia

Certas escolhas de estilo de vida predispõem oindivíduo a maior probabilidade de desenvolveruma onicomicose. Frequentar piscinas públicas ecainhar descalço, especialmente em academias,são conhecidos fatores de risco para o desenvol-vimento de infecções fúngicas nos pés.Atividades atléticas podem aumentar a probabili-dade de danos ou microtraumas nos pés.Microtraumas repetitivos nas unhas como pres-

são excessiva nos pododáctilos, pode criar umambiente favorável a infecções (BARAN; ROBERT;DAWBER, 2000, p. 93).

Fatores predisponentes: Endógenos- enfermi-dades vasculares, diabetes, e imunopatias.Exógenos- má transpiração, calor, umidade, hipe-ridrose, calçados inadequados (fechados, botasde couro, borracha), uso coletivo toalhas, trau-matismos repetidos, situações de estresse(VIANA, 2005, p. 40).

Excesso de cuidados com a unha removendo ascutículas com espátulas sem esterilização do ins-trumental de corte; sapatos fechados, condiçõesque envolve calor, umidade e ausência de luz,pacientes imunodeprimidos como aidéticos, pes-soas com anemias; tireoidismo, câncer (imuno-patias); piscinas; saunas; chão de casa; banhei-ro; angiopatias que acometem os membros infe-riores, em particular os pés (enfermidades vas-culares); pessoas idosas e crianças; calçados sin-téticos e falta de cuidados com os mesmos; imu-nodeficiências congênitas (alterações circulató-rias); imunosupresão por uso de medicamentos(cortisona) (Revista Evolução dos pés n° 1, 2008,p. 11).

Mantidos continuamente dentro de calçadosfechados, os pés deixam de receber luz, elemen-to importante para uma série de estímulos sejamexecutados pela pele. Passa também a ficar sobuma temperatura mais elevada, o que provoca adilatação de sua estrutura e transpiração, ativi-dade que libera água e outros componentes favo-ráveis a formação de fungos. Rapidamente osfungos se multiplicam, constituindo colôniaspopulosas que irão se distribuir por toda estrutu-ra dos pés (PIEDADE, 2008, p. 90).

Muitas vezes nos deparamos com distúrbiosmorfológicos que surgem aparentemente “donada”, mas que estão intimamente relacionadosao hábito cultural que nós possuímos de retiradada cutícula ou eponíqueo, e que representa amargem distal da borda ungueal proximal. Aimportância biológica da cutícula é grande, vistoque proporciona a selagem que impede o acessode fragmentos e de microrganismos á área quedá origem ao corpo da estrutura córnea da unha.Quando essa proteção é perdida pode ocorrerinflamação em decorrência de infecções, ou podesurgir uma irritação na origem da unha (SOARES;RANGEL, 2013, p. 12).

O uso de calçados fechado aumenta a compres-são. O momento de aceleração na marcha inten-sifica o trauma (exemplo: maratonistas amado-res que constantemente perdem uma, duas outrês unhas), que compromete a vascularizaçãodo artelho, por compressão (VIANA, 2007, p.93).

www.revistapodologia.com 22

Page 23: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

2.7 Prevenção

É importante manter os pés frescos e secos eusar meias e sapatos limpos para prevenir o alas-tramento da infecção e a reinfecção. Caminhardescalço deve ser evitado, especialmente emsuperfícies que podem ter alta densidade deesporos fúngicos. A tesoura usada para cortar asunhas infectadas não deve ser usada para asunhas normais. Da mesma forma, indivíduosinfectados não devem compartilhar tesouras comindivíduos não infectados dentro da mesma famí-lia (BARAN; ROBERT; DAWBER, 2000, p. 93).

Não existe um corte padrão para unhas dospés. Antes de cortar uma unha, devemos levarem conta o formato da lâmina nas bordas livres.Se ela for de formato arredondado, deveremoscortá-la rente no seu formato. Se for quadrada,deverá ser cortada quadrada evitando sempre dedeixar pontas nas suas laterais, ou seja, um qua-dridondo, respeitando sempre para não invadiras pregas ungueais. Em alguns casos devemoslevar em conta alguns fatores antes de efetuar ocorte da lâmina ungueal, ex.: mulheres grávidas,obesos, pessoas que vão passar longas horassentadas ou tenham disfunção circulatória.Esses indivíduos deverão ter as unhas aparadasnão muito rentes para evitar que as lâminaslesem as dobras ungueais caso ocorram edemas(JUSTINO; JUSTINO; BOMBONATO, 2011, p. 35).

Dar orientação ao paciente quanto aos cuida-dos com os pés e os calçados, servindo dessaforma de coadjuvante no tratamento médico(PIEDADE, 2004, p. 89).

2.8 Procedimento Podológico nas onicomicoses

Para traçar uma conduta de procedimentos emuma lâmina com onicomicose, é necessário ava-liar o grau ou estágio que a patologia apresenta.É importante que o profissional podólogo pesqui-se com o cliente há quanto tempo a patologiaestá instalada, se já consultou o médico, se temdiagnóstico confirmado, se utilizou ou está utili-zando algum medicamento e por quanto tempo.Estas informações são importantes para definir alinha de conduta a ser tomada (JUSTINO; JUSTI-NO; BOMBONATO, 2011, p. 75).

É função do podólogo é promover ao paciente aassepsia e a higienização do pé atingido pelapatologia, usando as técnicas existentes como:corte das lâminas com desbridamento; rebaixa-mento dos planos ungueais; remoção de detritoscórneos nas pregas das unhas; remoção das par-tes já destruídas das lâminas; aplicação de órte-ses acrílicas micotisadas no lugar das partes

removidas. O tempo de recuperação de umaunha com micose pode variar de 7 meses a 1ano, dependendo da dedicação do paciente, quena maioria das vezes abandona o tratamento porachar que não está dando certo ou que estádemorando muito. Outros não se recuperam por-que não seguem o tratamento com frequência etempo necessário (PIEDADE, 2002, p. 89).

A remoção mecânica de grande parte dos fun-gos diminui a velocidade de crescimento da colô-nia o que acelera a ação da medicação antifúngi-ca; melhora a vascularização, pois o espessa-mento da lâmina provoca compressão na extre-midade do artelho. A melhoria estética com oprocedimento podológico recupera a autoestimado cliente, o que diminui o alto índice de abando-no de tratamento médico. A melhoria de autoes-tima eleva a imunologia; a resina protege do acú-mulo de resíduos; a resina impermeabiliza alâmina, tal qual a laca dos medicamentos anti-fúngicos atuais, o que diminui a umidade e reduza proliferação fúngica; a resina é importante napreservação do leito e na manutenção do sulcoungueal (VIANA, 2007 p. 93).

No laboratório de podologia da universidadeAnhembi Morumbi, realizamos a cultura de fun-gos em diversos casos e aplicamos “in vitro”alguns óleos essenciais que comprovam a suaeficácia através das fotos que pode exemplificaresse estudo. Observamos que alguns fungos sãomais susceptíveis a uma classe de óleos essen-ciais e que outros fungos são mais resistentes,por isso o sucesso no tratamento se faz atravésde “blands”, associando tipos diferentes desseproduto. Constatamos a efetividade dos óleosessenciais de cravo, tomilho e melaleuca, comoos principais antimicóticos naturais.

O podologista deve entender que seu ambientede trabalho é um foco de contaminação paradiversos microrganismos, em especial os fungose as bactérias patogênicas e, por resultado deantifungigrama com óleo essencial de melaleuca:notar que esses fungos foram menos sensíveis ámelaleuca e isso se dá porque dependendo dofungo ele pode ser afetado por componentes damelaleuca, do cravo ou do tomilho, por isso o“bland” desses óleos atinge um número maior defungos (Revista Evolução dos pés, n° 4, 2009, p.4).

2.9 Plantas Medicinais

As plantas medicinais são conhecidas pelahumanidade há muitos séculos, sendo utilizadasem aplicações terapêuticas, alimentar-condimen-tar, aromática e perfumista. Cuidados especiaiscom a origem e identificação das sementes e

www.revistapodologia.com 23

Page 24: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

mudas, cultivo e manejo, colheita e seleção damatéria-prima vegetal devem ser tomados quan-do estas visam a uma produção comercial, muitose diferindo de um plantio doméstico. A utiliza-ção de agrotóxicos nas vizinhanças também deveser observada. Assim, aconselhamos a ajuda deum profissional da área agronômica quando seobjetiva o plantio para extração de óleos essen-ciais (WOLFFENBUTTEL, 2010, p. 3).

O emprego de plantas medicinais como instru-mento de cura passou por diferentes paradigmasao longo da história da medicina. Entende-se porparadigma “o conjunto de ideias e concepções deuma sociedade durante um intervalo de tempo”.Utilizadas inicialmente de forma empírica, frutodo conhecimento repassado entre as gerações,as plantas medicinais tornaram-se alvo de inte-resse para as pesquisas científicas, aliando,assim, diferentes percepções sobre esse instru-mento terapêutico (LEITE, 2009, p. 4).

A sobrevivência do homem nos tempos maisantigos dependia, também, da sua capacidadede reconhecer, pelo cheiro e pelo paladar, ossinais de perigo. As plantas venenosas, os odoresda natureza, os cheiros de fumaça, o sabor e ocheiro dos alimentos, a descoberta de ervasmedicinais tudo foi estabelecendo uma memóriados efeitos de cada aroma sobre o homem (Viverbem com aromas, 2001, p. 6).

Os óleos essenciais são tipos de hormônios queajudam as plantas no crescimento, proteção con-tra parasitas e polinização. Para nós os óleosessenciais são princípios ativos, uma vez que hácomponentes químicos com atividades farmaco-lógicas que atuam sobre vários sistemas como: osistema linfático, imunológico, cardiovascular,digestivo, respiratório e geniturinário (SILVA,2004, p. 9).

É importante definir que: fitoterápico é umasubstância produzida a partir da planta inteira,sem manipulação química, enquanto fitofármacoé um medicamento feito com os princípios ativosmanipulados, retirado das plantas. Os óleosessenciais são fitoterápicos, pois a fitoterapiaengloba tanto os ativos hidrossolúveis, os extra-tos e as soluções mães, como os óleos essenciaislipossolúveis. Sua utilização terapêutica, pararestabelecer e promover a saúde da população,está amparada pela medicina tradicional (WOLF-FENBUTTEL, 2010, p. 9).

Os medicamentos tópicos são de venda livre nomercado, além dos óleos essenciais e a terapiafotodinâmica, são meios utilizados pelos podolo-gistas na terapia das micoses, sejam elas as oni-

comicoses, as tinhas dos pés ou as interdigitais(Revista Evolução dos Pés nº 4, 2009, p. 4).

2.10 Aromaterapia

Aromaterapia nos faz despertar para a necessi-dade de desenvolvermos nossa sensibilidadeolfativa se desejar tirar o máximo proveito dasriquezas do mundo natural. Os aromas emana-dos das plantas devem-se particularmente á pre-sença de momentos de dificuldade, quando onosso equilíbrio físico ou mental encontra-se emdesajuste. Tais essências voláteis, poderosas,escondidas em minúsculas glândulas do interiordas plantas, contêm muitas propriedades benéfi-cas e são usadas na aromaterapia para aumentara vitalidade e melhorar a saúde (PRINCE, 1999,p. 8).

Muitos poderes são atribuídos às plantas fra-grantes, e elas têm sido usadas ao longo da his-tória na busca pela felicidade e saúde, na medi-cina, na religião, na magia e na cosmética. Nascivilizações primitivas queimavam-se madeiras eóleos perfumados para comunicação com osDeuses ou com o exorcismo de demônios.

Ainda hoje os incensos são usados em cerimô-nias religiosas. A massagem com óleos aromáti-cos, além de amaciar e perfumar a pele, promovea cura (MAXWELL, 2000, p. 10).

É uma arte oriental praticada há milhares deanos. Embora não seja uma prática nova, não étão conhecida pelo Ocidente, pois muitas vezes,leva muito tempo para que as técnicas orientaispossam ser adaptadas. Além disso, as indústriasfarmacêuticas não se interessam em curas natu-rais, especialmente por esta não fazer parte dosinteresses comerciais do comércio químico. Nósque vivemos no Ocidente temos uma visão com-pletamente diferente das pessoas que vivem noOriente, particularmente no que se refere ásaúde. No Ocidente, quando alguém adoece, pro-cura-se logo um médico, que frequentementeprescreve medicamentos para tratar ou curaruma doença. Entretanto, esses medicamentosproduzidos em laboratórios contêm produtosquímicos sintéticos, que podem prejudicar anossa saúde. A indústria Farmacêutica é umgrande negócio e os médicos são, muitas vezes,influenciados pelas vendas dos laboratórios queprescrevem seus produtos (Aromaterapia comoela pode melhorar sua vida, p. 6).

Aromaterapia ou medicina aromática descen-dente diretamente da fitoterapia existe a temposuficiente para que seja possível considerar seuvalor terapêutico e sua ação fisiológica benéfica.É uma medicina natural não traumatizante e des-

www.revistapodologia.com 24

Page 25: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

tituída de toda toxidade (ALZUGARAY; ALZUGA-RAY, p. 49).

Aromaterapeutas holísticos acreditam queóleos essenciais penetram e afetam a mente e ocorpo através de suas rotas principais o sistemaolfativo e a pele. Os pesquisadores ainda têm denos fornecer provas científicas disso, emboraestudos específicos a respeito do olfato e dosefeitos dos óleos essenciais sobre a mente este-jam atualmente em contínuo avanço em universi-dades tanto no Reino Unido quanto nos EUA. Ésabido que os óleos essenciais funcionam comogarilhos, estimulando o sistema nervoso centralquando inalados, e que lhes penetram atravésdos vasos capilares e tecidos celulares quandoaplicados sobre a pele (PRINCE, 1999, p. 16).

2.11 Óleos essenciais

As plantas exalam perfumes, em virtude desubstâncias químicas presentes nas raízes,caule, folhas, flores e frutos. Quando esta subs-tância são extraídas e concentradas, temos oschamados óleos essenciais, eles são extrema-mente voláteis, dispersando-se naturalmente noar (Viver bem com aromas, 2001, p. 3).

Os óleos essenciais para aplicação em aroma-terapia devem, então, ser: isentos de substânciassintéticas. Sem adições, mesmo de outros óleosessenciais. Sem a retirada de constituintes quí-micos naturais. Com o avanço da tecnologia,pode-se extrair o óleo essencial da espécie vege-tal e, então, retirar componentes bergapteno doóleo essencial de laranja sem o bergapteno,então este óleo essencial não será completo.Caso se opte por isso, devem constar no rótulodo produto os dizeres: “sem bergapteno, retiradoquimicamente” (WOLFFENBUTTEL, 2010, p. 40).Para que a prática seja efetiva, é necessário con-jugar a dosagem de diluição do óleo essencialindicado com a aplicação correta. Para todas ascombinações é fundamental que o preparo sejarealizado apenas para uma aplicação, levando-seem consideração as datas de vencimento dosóleos essenciais e carreadores. Também é impor-tante efetuar a prova de toque, aplicando-se umteste sobre a pele e aguardando o resultado 24horas antes do tratamento (CORAZZA, 2002, p.260).

Os Óleos essenciais são poderosas substânciascurativas capazes de nos ajudar nos períodosmais problemáticos de nossas vidas. Isso querdizer que eles podem ser usados nos momentosem que nosso equilíbrio físico e mental mostras-se abalado (PRICE, 2014, p. 19).

Os óleos essências são em geral claros, trans-parentes e não oleosos, embora alguns sejam vis-

cosos e coloridos. Todos são solúveis nos óleosgraxos e em álcool, mas não na água. Cada óleoessencial encerra uma série de propriedades euso medicinais (HOARE; WILSON, 2010, p. 59).

Os preços dos óleos essenciais são relativa-mente altos, podendo chegar a ser elevadíssi-mos. O custo dos óleos essenciais é composto deitens como espécie botânica da planta, região doplaneta em que e cultivada, localização do óleoessencial na planta, quantidade de óleo essencialque esta planta possui (rendimento), método deextração logística e outros (WOLFENBUTTEL,2010, p. 1).

O processo de extração é fundamental paragarantir suas propriedades e características;muitos óleos comercializados no varejo não sãoprensados a frio, perdendo seu efeito terapêuti-co. Os óleos minerais não são usados em aroma-terapia, pois não são produtos naturais e evitama absorção do óleo essencial para o interior dapele. Diferentemente dos óleos essenciais, oscarreadores apresentam alto potencial de ranci-dificação; a combinação com vitamina e ajuda aevitar sua oxidação (CORAZZA, 2002, p. 89).

2.12 Canela (Cinnamomum zeylanicum)

Figura 10: Canela

Fonte:http://emc.viaeptv.com/dbimagens/BL110920

101104111.JPG Acessado em: 06 set. 2016.

Considerada pelos antigos como uma das maisimportantes fragrâncias aromáticas, a canela jáera comercializada entre a Índia, China e Egitohá mais de 4 mil anos. Em 2700, o imperadorchinês Cheng-nung registrou-a em sua farmaco-peia sob o nome de “KWEI”. Há várias mençõesa ela na bíblia. Existem lendas dizendo que arainha de Sabá a entregou ao rei Salomão comoum dos aromas destinados a ungir a arca daaliança, que contém os códigos sagrados.

www.revistapodologia.com 25

Page 26: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Composição: eugenol, ácido cinâmico, aldeídobenzênico, aldeído cinâmico, benzoato de benzi-la, furfurol, safrol, cimeno, dipenteno, felandre-nos, pineno (CORAZZA, 2002, p. 169).

A canela é cultivada no Sri-lanka (antigo Ceilão)desde 1200d.c. há 23 variedades de canelas e azeylanicum, de acordo com Kostermans, deveriaser chamada de Cinamomum verum prest., dasquais há duas subespécies sendo uma C.var. sub-ordata nees com folhas ovaladas e sub-codiformee a outra C.var. vulgare nees, com folhas oblon-gas e elípticas. Além da variedade Zeylanicum,duas outras variedades são usadas medicinal-mente: a canela-de-saigon (Cinnamomum lourei-rii nees) e a cássi (C. Cassia ness). As folhas decaneleira-do-ceilão são o principal alimento dobicho da seda (SILVA, 2004, p. 217).

2.13 Cedro (Cedrus atlantica)

Figura 11: Cedro

Fonte:http://www.tudosobreplantas.com.br/img/uplo-

ad/tudosobreplantas_371369_VG.jpg Acessadoem: 06 set. 2016.

Está árvore perene, alta e intensamente aromá-tica cresce a uma altura de mais de 33 metros evive mais de mil anos. O óleo essencial era usadopelos antigos egípcios no embalsamento, nafabricação de cosméticos e na perfumaria. NoTibete, ainda é utilizado na medicina tradicionale como incenso nos templos. O óleo essencialtem uma profunda coloração âmbar e um aromacanforado e lenhoso. É usado em unguentosantissépticos e perfumes, possuindo qualidadesfornecedoras, calmantes e receptivas.Propriedades: antisséptico, adstringente, diuréti-co, expectorante, fungicida, inseticida, sedativo(nervoso) e tonificante (HOARE, 2010, p. 65).

O óleo de madeira cedro foi possivelmente oprimeiro óleo essencial a ser extraído de umaplanta, tendo sido usado pelos egípcios no pro-cesso de mumificação. Eles também o valoriza-vam como ingrediente no preparo de cosméticos,e impregnavam com ele as folhas de papiro paraprotegê-lo de insetos. Usavam a madeira parafazer adereços, mobílias e embarcações, e nãousavam nada mesmo para os seus esquifes.Valorizavam tanto o cedro que a área do Líbanofoi incorporada ao império Egípcio a fim de asse-gurar um fornecimento regular. Há dois óleoscomerciais conhecidos pelo nome de cedro. Oóleo do Cedrus Atlantica, que é um cedro verda-deiro, é conhecido como óleo de cedro de Atlas evem do Marrocos. O outro óleo vem da JuniperusVirgínia, uma árvore conífera que cresce naAmérica do Norte. É conhecida como cedro ver-melho e tem relação com o amarelo (Thuja occi-dentalis), de cujas folhas o óleo de tuía é obtido(TISSERAND, 1993, p. 259).

Composição: atlantona, cariofileno, cedrol,cadineno, cedreno, acetil-dipenteno, ácido-limo-neno-carboxílico, ácidolinoleico, ácidopalmitolei-co, alo-himachalol, α e β-himachaleno, atlantona,cedrusina, cedrusina-4-glucosídeo, cedrusinina,centdarol, deodardiona, deodarina, deodarona,dewarina, dewarol, himachalol, isocentdarol, lon-giborneol, 8 C-metilquercetina, meso-secisolari-ci-resinol, p-metil-acetofenona, p-metil-λ-3tetra-hidroacetofenona, pinitol, quercetiria (CORAZZA,2002, p. 173).

2.14 Citronela (Cymbopogon nardus)

Figura 12: Citronela

Fonte:http://www.elnougarden.com/tienda/plantas/se

millas/armoaticas-y-medicinales/semillas-de-citro-nella-c ymbopogon-nardus/citronella-pasto-de-limon-india-cymbopogon-flexuosus-semillas-natura-les/image_1_large Acessado em: 06 set. 2016.

www.revistapodologia.com 26

Page 27: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Existem mais de trinta espécies deCymbopogon, nativa do sudeste da Ásia, classifi-cada na divisão Magnoliophyta, classe Liliopsida,ordem Cyperales, família das gramíneas, a citro-nela é uma planta herbácea tropical, de cicloperene, que atinge cerca de 1,5 m de altura. Asfolhas são verdes, longas, incompletas, simples,lineares, alternas e com lígula entre o limbo e abainha, de cor verde-azulada. As flores são agru-padas em inflorescências em forma de espigue-ta. O fruto é do tipo cariopse. As sementes sãoricas em endosperma. o óleo destilado de suafolhas recende a limão, e há séculos é usadocomo medicamento e fragrância, sendo muitoeficiente contra os insetos. Os Chineses o utili-zam mais especificamente para reumatismo. Emrazão de seu forte aroma de limão-doce, é usadocomumente na indústria de perfumes e sabone-tes (CORAZZA, 2002, p. 175).

É uma planta de clima tropical ou subtropical.Não suporta o frio, e as geadas causam a mortedas plantas. No seu período de crescimento, éexigente em chuvas, mas próximo á colheita oexcesso de precipitação afeta o teor e a qualida-de do óleo. É cultura exigente de luz (intensidadeluminosa e horas de luz) e em calor (SILVA, 2004p. 200).

Composição: ácido hidrociânico, borneol, bour-boneno, canfeno, cânfora, cariofileno, citral,citrolena, citronelol, elemol, etanol, eugenol, far-senol, α-felandreno, furfurol, geraniol, l-limoneno,linalol, mentol, metil-eugenol, mirceno, nerol, α eβ-pipeno, sabineno, α-terpineol, terpinoleno(HOARE, 2002, p. 175).

Aplicação do óleo essencial: desodorante, des-odorizador e purificador, perspiração excessiva,fadiga, dor de cabeça, pele e cabelos oleosos.Estimulante para o sistema digestivo, dor deestômago, sofrimento gastrointestinal, colite,antiespasmódico, antidepressivo, tônico, anti-inflamatório, antisséptico nas doenças infeccio-sas. Circulação, músculos, juntas. Emenagogo,neurotônico, cardiotônico, febrífugo, repelente deinsetos, fungicida e repelente (CORAZZA, 2002,p. 175).

2.15 Cravo (Eugenia Caryophyllata)

Figura 13: CravoFonte:http://www.terrastock.com.br/images/full/B725

8.JPG Acessado em: 06 set. 2016.

Uma árvore sempre verde em forma de colunaque pode chegar a nove metros de altura. Ela sedesenvolve melhor em lugares claros que de asombra de outras arvores. Os brotos de flor em

forma de malmequer tem uma tonalidademarrom avermelhada, e as folhas são pequenase de tom acinzentado. É natural das IlhasMolucas e da Indonésia, mas também é cultivadoem Zanzibar, Madagascar e Java. Boa parte doóleo provém de Siri Lanka. Propriedades: analgé-sico, anestésico, antiodontálgico, antiemético,antinevrágico, anti-séptico, antiespasmódico,estimulante do apetite, afrodisíaco, carminativo,cáustico, cicatrizante, desinfetante, inseticida,facilitador do parto, esplenético, tônico estoma-cal, tônico para o útero e vermífugo (SELLAR,2002, p. 202).

Curiosidades: por muito tempo, o nome cientí-fico da planta foi Eugenia caryopphyllata, masatualmente é Syzygium aromaticum. O óleo decravo, com baixo conteúdo de fénois, é usadoprincipalmente em aplicações farmacêuticas,enquanto os que têm alto conteúdo de eugenol eisoeugenol são usados na síntese da fragrânciavanilina, mas 65% da produção mundial é moídae misturada ao tabaco para ser fumada. Graçasá ação antisséptica do eugenol, é usado com oóxido de zinco nas obturações temporárias e pre-parações como enxágue bucal (SILVA, 2004, p.230).

Composição: furfurol, salicilato de metila,eugenol, acetato de eugenila, cariofileno, isoca-riofileno, pineno, aceido oleânico, havicol,kaempferol e quercetina (CORAZZA, 2002, p.177).

2.16 Lavanda (Lavandula Angustifolia)

Figura 14: LavandaFonte: http://mlb-d2-p.mlstatic.com/sementes-

de-lavanda-verdadeira-erva-repelente-flor-belissi-m a - 7 2 1 7 1 1 - M L B 2 0 6 2 4 5 1 7 0 5 3 _ 0 3 2 0 1 6 -F.jpg?square=false - Acessado em: 06 set. 2016.

O óleo essencial de lavanda é versátil conside-rado eficaz no tratamento de mais de setenta

www.revistapodologia.com 27

Figura 13: Cravo

Page 28: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

problemas de saúde. Arbusto perene fechadocom folhas pontiagudas e flores roxo-azuladas,ha milhares de anos e usado como erva e óleoessencial. O melhor óleo essencial de lavanda eproduzido na França. Era um óleo para banhopopular entre os romanos, que o espalharampela Europa. É reconfortante e relaxante, útil notratamento de um vasto leque de problemas desaúde. Problemas de pele acne, furúnculos, her-pes labial, dermatite, aczema, piolho, erupçõescutâneas, tinha e queimaduras do sol. Ação; esti-mula o processo de cura e promove o crescimen-to das células, acelerado a formação de pelenova e saudável (HOARE, 2010, p. 85).

Ao contrário de que muitas pessoas pensam,as maravilhosas flores roxas que dominam aspartes mais baixas dessa região não são dalavanda propriamente dita. Na verdade, essas flo-res são de lavandinha (lavandula x intermedia),que resulta de um cruzamento entre lavanda ver-dadeira e a lavandula spica; além de essa últimapossuir aroma mais próximo da cânfora, ela ébem maior e produz uma quantidade tambémmaior de óleo essencial. E digo isso porquealguns óleos disponíveis no mercado com o títulode lavanda são feitos da lavandinha; portanto, sevocê quiser a lavanda verdadeira, verifique o rótu-lo e veja se está escrito o termo latino lavandulaangustifolia. Embora o óleo de lavandinha tam-bém tenha a sua utilidade, não será por isso quedeixaremos de querer saber o que estamos com-prando, não é? (PRICE, 2014, p. 241).

Composição: monoterpenos, acetato de linalila,linalol, α-pineno, canfeno, felandreno, terpinole-no, α-tujenem, cânfora, β-ocimento, cedreno,eucaliptol, geraniol, borneol, acetato de borneíla,

terpinen-4-ol, a-terpineol, carvona, nerol, lavan-dulol, acetato de lavandila, acetato perílico, álco-ol perílico, cariofileno, cadineno, cadinol, bisabo-leno, ácidos: acético, propiônico, capróico, isobu-tírico, valérico, tíglico, benzóico, p-coumárico.Cetonas: metilamil, etilamil. Aldeídos: n-heptanal(CORAZZA, 2002 , p.197).

2.17 Melaleuca (Melaleuca alternifólia)

Esta árvore, nativa da Austrália, tem sido utili-zada há muito tempo por sua característicaantisséptica. Os aborígines usavam emplastosfeito com as folhas de tea tree em feridas e cor-tes, e queimavam as folhas para aliviar a conges-tão. O óleo de tea tree é uma das ferramentasmais poderosas da aromaterapia na luta contrabactérias, fungos e vírus (MAXWELL, 2000, p.29).

Figura 15: Melaleuca Alternifolia

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com-

mons/b/bc/Melaleuca_lanceolata.jpg Acessadoem: 06 set. 2016.

A melaleuca é natural da Austrália, de famíliabotânica idêntica a do Caieput, botão-de-cravo,eucalipto e niaouli. Como existem muitas varie-dades de melaleuca, é importante ter certeza deque a que se irá usar em aromaterapia é de fatoda espécie alternifólia. Uma das razões é a quan-tidade de cineol presente não seja muito grandea ponto de causar irritação da pele.

Estudos efetuados em Nova Gales do Sul, noano de 1925 concluíram que, a melaleuca alter-nifólia possui propriedades antissépticas muitas

www.revistapodologia.com 28

Figura 14: Lavanda

Page 29: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

vezes mais fortes que o ácido carbólico, principalagente antibacteriano usado na época. Foi tam-bém demonstrado que seu óleo essencial não étóxico ou irritante e apesar de alto potencial ger-micida, não destrói os tecidos juntamente comas bactérias (CORAZZA, 2002, p. 243).

O óleo essencial de tea tree melaleuca é umantisséptico especialmente poderoso, sendo 12vezes mais forte que o ácido carbólico ou o fenol,desinfetante químico amplamente usado. Possuia vantagem de ser tanto hipoalergênico comoatóxico e pode também ser eficaz contra umasérie de condições bacterianas, viróticas e fúngi-cas. O óleo pode variar de verde-pálido até inco-lor como a água e o seu aroma é um repelente deinsetos eficaz (PRINCE, 1999, p. 82).

Ele também é exclusivo entre os óleos essen-ciais, já que foi constatado que é ativo entre astrês categorias de organismos infecciosos, asaber, as bactérias, os vírus e os fungos (HOARE;WILSON, 2010, p. 88).

Os constituintes do óleo de melaleuca sãonumerosos e complexos. Os padrões australianosatuais especificam que ele deve conter um máxi-mo de 15% de 1,8-cineol e um mínimo de 30%de (+)-terpinen-4, o principal ingrediente germi-cida (SCHUTZ; HANSEL; TYLER, 1990, p. 318).

Antifúngicas plantas com ação (combatem osfungos em geral) melaleuca alternifólia cheel, oóleo essencial para o uso externo, antifúngicanas micoses cutâneas e de mucosas (FERRO,2008, p. 372).

Na Pele limpador; refrescante e antifúngico; efi-caz contra piolhos; alivia furúnculos e exante-mas; acalma queimaduras de sol; estimula pelecortada a cicatrizar enquanto a protege de infec-ções; alivia pé-de-atleta e infecções da base dasunhas. Antiparasitário; ajuda a eliminar vermes.Usado em mascaras, compressas, escalda pésou imersões das mãos ou aplicações (PRINCE,1999, p. 82).

O óleo de melaleuca (melaleuca alternifólia)aplique o óleo de melaleuca líquido diretamentesobre o local da infecção fúngica. No caso deinfecção nas unhas, corte-as, lave o pé comsabão (sabão de óleo de melaleuca é uma boaopção) e aplique-o sobre as unhas o mais profun-damente possível. Repita diariamente duranteseis a oito semanas ou até a infecção sumir(BALCH; STENGLER, 2005, p. 347).

2.18 Patchuli (Pogostemon patchouli)

Figura 16: PatchuliFonte:

http://pantrygardenherbs.com/files/2011/01/8-24-04-035.jpg Acessado em:06 set. 2016.

Uma planta frondosa com folhas peludas quemedem 10 centímetros de comprimento por 13centímetros de largura. As flores brancas pos-suem matizes purpúreos, e a planta pode chegara ter cerca de noventa centímetros de altura. Éum arbusto que axaure o solo e precisa de terrafértil para se desenvolver. O óleo é obtido das fol-has tenras, que são desidratadas e fermentadasantes da destilação. O óleo, assim como um bomvinho, fica melhor com o passar do tempo e temo aroma mais apurado. É produzido na Índia, naMalásia, na Birmânia e no Paraguai (SELLAR,2002, p. 187).

O nome “patchuli” vem do tâmul “paccialai”,que quer dizer “folha verde”. Nativo do Sudesteda Ásia e Índia, cultivado também em climassubtropicais, como o Paraguai. É utilizado comofragrância para o linho e xales indianos, sendofacilmente reconhecível. Era aplicado em picadasde cobras venenosas. Foi bastante usado em cria-ções perfumísticas na era hippie nos anos 1960.Sensual, doce e almiscarado, o óleo é credencia-do como afrodisíaco. Estimulante, pungente,sobrepõe-se a cheiros desagradáveis, emborahaja pessoas que sentem no patchuli algo ofensi-vo. É usado como fixador de perfumes e incen-sos. Erva aromática que atinge de 2 m a 3m dealtura, de caule ereto e folhas macias, opostas eovadas, suas flores são brancas, com rajadas decor púrpura, e crescem agrupadas em espigasterminais ou axilares.

www.revistapodologia.com 29

Page 30: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Composição: patchulol, eugenol, ésteres, β-cariofileno, benzóico, cinâmico, banzaldeído,calameneno, cariofileno, cinamaldeídos, patchu-lipiridina e pogostol (CORAZZA, 2002, p. 222).

Propriedades: antidepressivo, antisséptico, afo-disíaco, adstringente, cicatrizante, citofilático,diurético, antitérmico, fungicida, inseticida,sedativo e tonificante. Indicações terapéuticasmais comuns problemas de pele: pele madura ouoleosa, cicatrizes e ulcerações. Ação citado comoestimulante do crescimento e da regeneraçãodas células da pela, de modo que pode ajudar areparar o tecido cicatricial e curar as feridas.Sendo adstringente, é benéfico para a pele oleo-sa (HOARE, 2010, p. 97).

2.19 Tomilho (Thymus vulgaris)

O tomilho é uma plantinha que se desenvolvecom muita rapidez. Embora sejam muitas assuas variedades, diversas delas são bem familia-res aos jardineiros. Para a feitura do óleo essen-cial, utiliza-se apenas uma única espécie quepossui pequeninas folhas em tom verde-profun-do, que forma um gracioso arbusto inteiramenteramado. Seu desenvolvimento é mais abundanteno sul da França (PRICE, 2014, p. 270).

Figura 17: Tomilho

Fonte:http://www.creapharma.ch/wp-content/uplo-

ads/2015/05/oregon-jardin-botanique.jpgAcessado em: 06 set. 2016.

O tomilho é um arbusto perene que atingecerca de 45 cm de altura. Tem folhas cinza-ver-des aromáticas e flores roxo-claras ou brancas.Existem dois óleos essenciais: o óleo de tomilhovermelho, que é marrom ou laranja e tem umaforte fragrância herbácea, e o óleo de tomilhobranco, que é um líquido amarelo-claro com umaroma adocicado natural e refrescante, maissuave. O tomilho é conhecido como sendo revigo-rante, energizante e estimulante (HOARE, 2010,p. 104).

Composição: a-tujeno, a-pipeno, canfeno, b-pipeno,p-cimeno, a-terpineno, linalol, b-cariofele-no, timol, carvacrol. Aplicação do óleo essencial:estimulante do metabolismo, do sistema nervo-so, dos centros vitais e do corpo astral, calmantenas palpitações e na insônia, antidepressivo, ani-mador, anti-séptico e citofilático, é indicado nasartrites, gripes, resfriados, asma, bronquite,catarro, laringite, dor de garganta, dores muscu-lares, má circulação, cortes, abscessos, dermati-tes, acne, eczema, pele oleosa, queimaduras,lesões, picadas de insetos, parasitas e escabiose(CORAZZA, 2002, p. 245).

Grupo do ciúme: fungicida, antiviral, cicarizan-te, desintoxicante, litolítico( dissolve as pedras).Fungicida: cândida albicans. Antiviral: verruga,enterite viral, ataques constantes de vírus(PRICE, 2014, p. 272).

2.20 Tratamento a base dos óleos essenciais

A história da cura investiga e ensina como aprática médica se desenvolveu desde seus pri-mórdios e gradualmente caminhou para o siste-ma moderno de assistência á saúde. Em 1800,Karl Fridedrich Burchard já mencionava que “ahistória da medicina é a história dos diferentesmétodos utilizados em várias épocas para curaras doenças” (Rosen,1979). Nesse contexto, inse-re-se o uso de plantas medicinais em diferentesépocas da história, servindo como instrumentode cura para as enfermidades humanas (LEITE,2009, p. 1).

Nos últimos anos, as pesquisas têm sido acele-radas nas universidades e hospitais de todomundo. Os resultados têm nos proporcionadoum conhecimento muito mais profundo a respei-to dos óleos essenciais, assim como uma cons-cientização ainda maior do seu poder excepcio-nal (PRINCE, 1999, p. 9).

A terapia para tratamento das dermatofitosesconsiste na remoção completa de estruturas epi-teliais infectadas e mortas, e aplicação de umasubstância antimicótica no local (SIDRIM;ROCHA, 2004, p. 388).

A finalidade desta remoção é reduzir o taman-

www.revistapodologia.com 30

Page 31: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

ho da população de fungos instalados na estrutu-ra da lâmina ungueal, tornando mais eficiente oprocesso de defesa, tanto pelo sistema imunoló-gico quanto pelo estímulo dos medicamentosadotados (PIEDADE, 2008, p. 93).

Ressalta-se que é necessário utilizar, especial-mente na terapêutica de uso interno, as essên-cias naturais de grande pureza. A dosagem a serempregada deve ser indicada por pessoas expe-rientes e qualificadas e sua conservação exigecuidados (ALZUGARAY; ALZUGARAY, p. 50).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o término deste trabalho conclui-se queas unhas, mais conhecidas como lâminasungueais, são queratinizadas e recobrem osdedos, tem um crescimento contínuo durantetoda vida.

A onicomicose é uma infecção micótica cutâ-nea que atinge as lâminas ungueais, causada porfungos que se alimentam de queratina, substân-cia que formam as unhas. As lâminas mais afeta-das são as dos pés das mulheres, pelo habito defrequentar a pedicure. A retirada da cutícula, oualgumas lesões deixa o indivíduo mais suscetívela entrada do parasita. Pois o ambiente úmido,escuro e quente, encontrado dentro de sapatosfechados, acelera o crescimento dos fungos.

Por sua vez o podólogo através de técnicasestudadas, tem a função de identificar, higieni-zar, cortar, debridar e remover as partes destruí-das das lâminas. Diagnosticar o uso de óleosessenciais fungicidas para promover a cura.

Podemos prevenir esta patologia com hábitoshigiênicos como, corte correto das lâminas, nãoandar descalço em ambientes como saunas evestiários, usar sempre que possível meia dealgodão, utilizar materiais de pedicure como:lixas descartáveis, tesouras, alicates, palitos eespátula de aço cirúrgico esterilizados em auto-clave e evitar ao máximo o uso de sapatos fecha-dos dois dias consecutivos.

Relatando que o homem sempre buscou noreino vegetal recursos para a sua sobrevivência,as plantas foram utilizadas como agentes medi-cinais para o tratamento de varias enfermidades.

O objetivo foi usar os óleos essenciais de cane-la, cedro, citronela, cravo, lavanda, patchuli,melaleuca alternofólia, tomilho, como potentesagentes anticépticos e níveis de componentesfungicidas.

Os sinais de melhora demoram aparecer devidoao lento crescimento das unhas dos pés, poden-do levar até doze meses para se renovar total-mente, mas a persistência é fundamental para

ter um bom resultado, pois o tratamento muitasvezes é abandonado e a onicomicose volta maisforte.

Embora não existam até o momento muitaspublicações cientificas que comprove a eficáciada técnica no tratamento de onicomicoses, existeum grande potencial para aplicação clinica des-tes óleos essenciais.

Na aromaterapia é primordial saber sobre ociclo de vida das plantas e as condições de cres-cimento que afetam diretamente o óleo que pro-duzem.

Devemos estudar o óleo a ser usado para o tra-tamento adequado, pois são muito eficazes e debaixo custo, podendo ser usado no tratamento dedoenças infecciosas causadas por parasitasresistentes sem causar danos e prejuízos àsaúde. ¤

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALZUGARAY; Domingo, ALZUGARAY; Cátia.Medicina natural a cura está na natureza. EditoraTrês. Aromaterapia como ela pode melhorar suavida: São Paulo: Blue.

BALCH; James, STENGLER; Mark, TratamentosNaturais: um guia completo para tratar proble-mas de saúde com terapia naturais. 2005.

BARAN, Robert; BEKER, David de; DAWBER,Rodney. Doenças de unha: tratamento clínico ecirúrgico. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.

BEGA, Armando, 1961. Tratado de podologia /2. ed. rev. e ampliada – São Caetano do Sul, SãoPaulo : Yendis, 2014.

BEGA; Armando, LAROSA; Paulo RicardoRonconi. Podologia, bases clínicas e anatômicas.São Paulo: Martinari, 2010.

BEGA, Armando. Revista Evolução dos pésnúmero 4, fevereiro/março/2009. BELO, Cinthia.Revista podologia.com nº 20, junho/2008.

CORAZZA; Sonia; Aromacologia uma ciência demuitos cheiros; IV Os Óleos Essenciais, 2002.

FERRO; Degmar. Conceitos clínicos. São Paulo:Atheneu, 2008.

HOARE, Joanna; WILSON, Sarah. GuiaCompleto de Aromaterapia, 2010.

JUSTINO, Conceição Aparecida de Paula; JUS-TINO, Jayme Roberto; BOMBONATO, AparecidaMaria. Podologia: patologias da unha. – SãoPaulo: ed. Do Autor 2011.

LECHA, M. Onicomicoses. Madri: aula medici-na, 1995.

LEITE, João Paulo V. Fitoterapia: bases científi-cas e tecnológicas/ São Paulo: Atheneu, 2009.

MAXWELL; Clare, MAXWELL; Hudson.Aromaterapia e Massagem. São Paulo : VitóriaRégia, 2000.

www.revistapodologia.com 31

Page 32: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

MENDONÇA, Ignez Regina dos Santos Muri.“Abordagem estética e tratamento clínico dasonicodistrofia”, in: KEDE, Maria Paulina Villarejo;SABATOVICH, Oleg (Org.). Dermatologia Estética.São Paulo: Atheneu, 2004. cap. 7.9. p. 227-236.

MELLO, Deise. Revista Evolução dos Pés ano V.n° 25.

MORENO, Jorge Garcia. Introdução à micolo-gia. Revistapodologia.com. São Paulo, n. 5, p. 5-6, dez-2005. Disponível em: http://www.revista-podologia.com/jdownloads/Revista%20Digital%20Gratuita%20Portugues/revistapodologia.com_005pt.pdf . Acessado em 10 maio 2016.

NUSSBAUMER, Patrick; JUSTINO, JaymeRoberto; JUSTINO, Conceição Aparecida dePaula; BOMBONATO, Aparecida Maria. Unha:Técnicas e Procedimentos no Aparelho Ungueal.– São Paulo: Páginas do Brasil, 2007.

PIEDADE, Paulo Fernando Brochado.Podologia: Técnicas de trabalho e instrumenta-ção no atendimento de patologias dos pés. – 2ªedição – São Paulo: SENAC, 2002.

PIEDADE, Paulo Fernando Brochado.Podologia: Técnicas de trabalho e instrumenta-ção no atendimento de patologias dos pés. – 3ªedição – São Paulo: SENAC , 2004.

PIEDADE, Paulo Fernando Brochado.Podologia: Técnicas de trabalho e instrumenta-ção no atendimento de patologias dos pés. – 5ªedição – São Paulo: SENAC , 2008.

PRICE; Shirley. Aromaterapia e as Emoções:como usar os óleos essenciais para equilibrar ocorpo e a mente. 4ª edição – Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 2014.

PRINCE, Shiley. Aromaterapia para doençascomuns. São Paulo: Manole LTDA, 1999.

ROCHA, Marcio. Revista Dermato, 2006,Medeurso.

SAMPAIO; Sebastiao A.P; RIVITTI; Evandro A.,Manual de Dermatologia Clinica de Sampaio eRivitti. 2008.

SCHULZ; HANSEL; TYLER Fitoterapia Racionalum guia de fitoterapia para as ciências da saúde4. Edição- São Paulo: Manole, 1990.

SELLAR, Wanda. Óleos que curam o poder daaromaterapia, tradução de Valéria Chamon. – Riode Janeiro: Record. Nova Era, 2002.

SIDRIM, J. J. C.; ROCHA, M. F. G. Micologiamédica à luz de autores contemporâneos. Rio deJaneiro: Guanabara Koogan S.A., 2004.

SILVA, Adão Roberto da. Aromaterapia em der-matologia e estética. – São Paulo: Roca, 2004.

SOARES, Adriane do Espírito Santo Rangel.1973 Unhas: espelho da saúde e reflexo de doen-ças. – Vila Velha: Above publicações, 2013.

SPENCE, Alexander P. Anatomia humana bási-ca. 2. ed. São Paulo: Manole, 1991.

SUPRINO, Maria de Lourdes Lozzi; SUPRINO,Dirson Roberto Araujo. Revista Evolução dos pésnúmero 1, agosto/2008.

TISSENROND, Robert. A arte da aromaterapia.– São Paulo: Roca, 1993.

TOSTI; Antonella, PIRACCINI; Bianca Maria,CHIACCHO; Nilton Di. Doenças das Unhas:Clínico Cirurgico. São Paulo: Luana LivrariasEditora, 2007.

VIANA, Maria Auxiliadora F., Atlas Podológico.VIANA, Maria Auxiliadora F., Fundamentos de

Teoria Podologica. 1ª edição – Contagem : LítheraMaciel, 2007.

VIANA, Maria Auxiliadora F. Manual de procedi-mentos podológico. 3ª edição – Contagem :Líthera Maciel, 2005.

VIANA, Maria Auxiliadora F. Manual de procedi-mentos podológico. 4ª edição – Contagem : FAPI,2009.

Viver bem com aromas. São Paulo:Melhoramentos, 2001.

WOLFFENBITTEL, Adriana Nunes. Base da quí-mica dos óleos essenciais e aromaterapia: abor-dagem técnica e científica. – São Paulo: Roca,2010.

www.revistapodologia.com 32

Page 33: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema
Page 34: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Associação Brasileira da Indústria deHigiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

Page 35: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi fazer um levanta-mento dos efeitos da utilização da argila verde notratamento da onicomicose que significa infec-ção fúngica que acomete a lâmina ungueal,visando identificar se sua utilização conciliadacom o procedimento de remoção da parte afeta-da da lâmina ungueal favorece o crescimento dasunhas sem novas manifestações patológicas,buscando compreender se há correlação diretaentre o uso da argila verde e a atenuação ouremissão da onicomicose e quais seriam as con-dições físico-químicas do produto associadas aoprognóstico.

A amostra foi realizada em dez pacientes resi-dentes na região de Lorena, Guaratinguetá eItapeva, ambos municípios do estado de SãoPaulo, atendidos pelas pesquisadoras em suaatuação profissional por um período de 6 sema-nas após a intervenção de remoção da área afe-tada da lâmina ungueal e aplicação da argilaverde. A pesquisa desenvolveu-se através da cole-ta de dados in loco.

Os pacientes estudados são clientes das pes-quisadoras com mais de 18 anos, não diabéticose não portadores de psoríase, e tiveram sua iden-tidade preservada e os dados serviram apenaspara fins acadêmicos e científicos.

A onicomicose é um problema cotidiano naatuação clínica do podólogo e a aplicação dessatécnica de intervenção irá favorecer o atendimen-to de camadas sociais ampliadas e disponibiliza-ção de novas técnicas de intervenção, especial-mente por ser a argila verde um material nãoagressivo. A pesquisa correspondeu a nossasexpectativas, a utilização da argila verde no trata-mento de onicomicose apresentou um efeitopositivo, podendo utilizar a argila verde comoforma de tratamento.

Palavras-chave: Argila verde. Onicomicose.Tratamento.

MATERIAL E MÉTODO

Tipo de estudo

Apesar de a pesquisa qualitativa e quantitativapautar o presente trabalho considerou-se inicial-

mente a utilização da pesquisa bibliográfica, poiscomo aponta Ciribelli (2003), o primeiro passode qualquer trabalho científico é a pesquisaexploratória, que conforme frisa a mesma auto-ra, é conhecida por pesquisa bibliográfica.

Após foi estruturado um roteiro de anamnese,visando a coleta de informações das pessoas ehistórico físico dos pacientes. Nesta fase, a cole-ta de dados serviu para a identificação dospacientes.

Na avaliação qualitativa de natureza visual foidiscutido em termos de comparação entre oestado anterior e o atual do paciente atendido,nenhum protocolo específico foi utilizado. Para aestatística foi utilizado o programa SPSS.

Na avaliação quantitativa mediu-se o nível deremissão completa dos sintomas quando con-frontados o grupo de teste e o grupo de controle.Este índice de remissão foi obtido no final de seissemanas de acompanhamento.

Local de estudo

A amostra foi realizada em dez pacientes resi-dentes na região de Lorena, Guaratinguetá eItapeva, ambos municípios do estado de SãoPaulo, atendidos pelas pesquisadoras em suaatuação profissional por um período de 6 sema-nas após a intervenção de remoção da área afe-tada da lâmina ungueal e aplicação da argilaverde. A pesquisa desenvolveu-se através da cole-ta de dados in loco.

Os pacientes estudados são clientes das pes-quisadoras com mais de 18 anos, não diabéticose não portadores de psoríase, e tiveram sua iden-tidade preservada e os dados serviram apenaspara fins acadêmicos e científicos.

Critérios de inclusão

A amostra foi constituída por um grupo querecebeu a aplicação de argila verde e outro grupoque recebeu a podoprofilaxia para fins de contro-le, os dois grupos tiveram a parte infectada dasunhas removidas.

Os materiais utilizados necessários foram,além da argila verde, a estrutura do atendimento,constituído de: cadeira, mocho, autoclave, armá-rio auxiliar, luminária, instrumental específico depodologia e micromotor.

www.revistapodologia.com 35

Argiloterapia: o Uso da Argila no Tratamento da Onicomicose

Podólogas Cristiane Barbosa Francelino Coura e Pauline Marcelina Cardozo Almeida - Orientador:Regina Gante. Brasil.

Page 36: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Procedimentos éticos

Após a aprovação no Comitê de Ética e pesquisa desta Faculdade os participantes assinaram otermo de consentimento livre e esclarecido e foi aplicado um questionário contendo perguntas aber-tas e fechadas elaboradas pelos próprios autores da pesquisa.

Análise de dados

Os dados foram analisados de forma descritiva qualitativa e quantitativa. A coleta de dados ocorreuconforme cronograma após a aprovação no comitê de ética e pesquisa da faculdade.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O nosso resultado é conflitante, pois não existe na literatura nacional estudo prospectivo associandoa onicomicose com o tratamento com argila verde, o nosso parece ser o único a mensurar sua asso-ciação. Deste modo estabeleceremos uma abordagem diagnóstica e terapêutica para os pacientesportadores da onicomicose.

Foram realizados exames micológicos em todos os pacientes (ver anexo) e de acordo Ruiz eChiacchio (s/d) para o exame micológico é necessário a limpeza prévia do sitio de coleta e o instru-mental deve ser previamente esterilizado. O exame micológico direto é realizado após a clarificaçãodas escamas. Além da coleta e processamento corretos do material, podemos utilizar algumas téc-nicas para ampliar a precisão do diagnóstico etiológico.

Os resultados foram divididos em duas partes: o grupo de controle que terá a parte infectada dasunhas removidas e o outro grupo de tratamento receberá a aplicação do anteplasto de argila verde.

Na nossa amostra foram estudados 20 pacientes, sendo 10 para somente o controle da onimicosee os outros 10 para o tratamento da onimicose com argila verde. Entre eles, 10 (50%) pacientes dosexo feminino e outros 10 (50%) do sexo masculino, com idade entre 20 a 80 anos e, em ambos ossexos todos apresentaram alterações ungueais.

Nos estudos de Bet (2007) foram 35 pacientes, sendo 57,1% do sexo masculino e 42,9% do sexofeminino. A média de idade dos pacientes entre 40 a 60 anos, e dos 15 (85%) apresentaram altera-ções ungueais, e no grupo de pacientes femininos 100,0% da amostra coletada apresentou algumaalteração ungueal.

ESTATÍSTICA

Grupo Tratamento - Descriptive Statistics

Média ± desvio-padrão da primeira medida = 1,20 ± 0,61Média ± desvio-padrão da última medida = 0,72 ± 0,49Valor de t (estatística) = 5,78Sig = 0,000

www.revistapodologia.com 36

N Minimum Maximum Mean Std. Deviation

Primeira medida da lesão

10 0,50 2,56 1,2000 0,60767

Última medida da lesão

10 0,21 1,96 0,7240 0,48906

Valid N (listwise) 10

Page 37: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

Grupo Controle - Descriptive Statistics

Média ± desvio-padrão da primeira medida = 1,07±0,89Média ± desvio-padrão da última medida = 1,07±0,89Valor de t (estatística) = NRSig = NRNR = Não Realizado. O teste de correlação não pôde ser realizado pois o erro padrão da diferença

entre as medidas é zero.

Metodologia

Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: Grupo Tratamento (n=10) que rece-beu o tratamento indicado e Grupo Controle (n=10) que não recebeu qualquer tratamento.

Foram calculadas as médias e desvios-padrão das medidas das áreas das lesões (em milímetros),realizadas antes e após o tratamento de ambos os grupos. Em seguida, foi realizado o teste t deStudent para amostras pareadas e considerado significativas as diferenças menores que 5%(p<0,05).

Resultados

O resultado do teste estatístico Student pareado entre as medidas antes e depois do tratamento doGrupo Tratamento apresentou diferença estatisticamente significante, o que indica que o tratamentorealizado foi determinante nas reduções das medidas encontradas.

O Grupo Controle não apresentou diferenças entre as medidas realizadas antes e após os tratamen-tos e por isso não foi aplicado o teste t. O teste de correlação não pôde ser realizado, pois o erropadrão da diferença entre as medidas é zero.

www.revistapodologia.com 37

N Minimum Maximum Mean Std. Deviation

Primeira medida da lesão

10 0,09 2,85 1,0750 0,89531

Última medida da lesão

10 0,09 2,85 1,0750 0,89531

Valid N (listwise) 10

Page 38: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

www.revistapodologia.com 38

Grupo Antes (mm) Depois (mm) t p

Tratamento 1,20 ± 0,61 0,72 ± 0,49 5,78 0,000

Controle 1,07± 0,89 1,07 ± 0,89 - -

Tabela 1. Comparação dos valores Antes e Depois dos Grupos Tratamento eControle, Médias e desvios-padrão em milímetros, valor de estatística t e p.

Paciente 01

A paciente nº 1 é do sexo feminino, com 40 anos de idade e possui o aspecto da unha referente acoloração amarela diminuída.

Suas medidas aferidas com o paquímetro: horizontal: 1,4mm e vertical: 1,4mm.Percebe-se nitidamente que a unha está com um crescimento que não apresenta infecção fúngica.

Page 39: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

www.revistapodologia.com 39

Paciente 02

A paciente nº 2, do sexo feminino e com idade 33 anos, possui o aspecto da unha referente a colo-ração normal. Suas medidas aferidas com o paquímetro: horizontal: 1,2mm e vertical: 0,6mm.

Visualmente a unha parece saudável, não apresentando mais onicólise e nem a maceração subungueal.

Paciente 03

O paciente nº 3, do sexo masculino e com idade 35 anos, possui o aspecto da unha referente acoloração amarela diminuída.

Visualiza-se que a lesão que antes era na parte medial agora está na parte distal.

Paciente 10

A paciente nº 10, do sexo feminino e com idade 36 anos, possui o aspecto da unha referente a colo-ração amarela diminuída.

Suas medidas aferidas com o paquímetro: horizontal: 0,9mm e vertical: 0,7mm.Nítida diferença em relação a coloração amarela reduzida.

Page 40: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho levantou dados importan-tes de um estudo do efeito da argila verde no tra-tamento da onicomicose, concluindo que sua uti-lização conciliada com o procedimento de remo-ção da parte afetada da lâmina ungueal favore-ceu o crescimento de unhas sem novas manifes-tações patológicas, compreendendo assim, quehá correlação direta entre o uso da argila verde ea atenuação ou remissão da micose.

Como profissionais da área, nós pesquisadorasdesenvolvemos a pesquisa em nossos consultó-rios particulares devido a uma curiosidade emavaliar esses efeitos numa forma de sistematiza-ção e análise científica.

Foi relevante avaliar as possibilidades de trata-mento e se possível colocá-la à disposição para ouso dos profissionais da podologia.

Os efeitos que a argila verde tem sobre a onico-micose abre caminhos para novas pesquisas emesmo práticas terapêuticas.

A onicomicose é um problema cotidiano naatuação do podólogo e com o conhecimentodessa técnica de intervenção, favorecerá o aten-dimento de camadas mais amplas, disponibili-zando novos meios de intervenção e tratamento,especialmente por ser a argila verde um materialnão agressivo.

A pesquisa correspondeu a nossas expectati-vas. A utilização da argila verde no tratamento deonicomicose obteve resposta positiva, porém oefeito da argila verde poderá atuar como formade tratamento.

O presente trabalho demonstrou que a aplica-ção da argila verde sobre as unhas com onicomi-cose apresentou melhora significativa no quadroinfeccioso, estabilizando a evolução fúngica. Econcluímos que para melhores resultados seriainteressante o trabalho com um tempo disponívelmaior, para que mais sessões da aplicação do

anteplasto fossem feitas, visando resultadosmais satisfatórios e até mesmo avaliar e mensu-rar o tempo estimado para que a patologiapudesse ser controlada ou até mesmo curada. ¤

REFERÊNCIAS

BABE, Valdomira. Efeito da fangoterapia nocontrole da psoríase. Centro Brasileiro dePsoríase. 5º Encontro Nacional de Psoríase. 26de setembro de 2009.

BEGA, Armando. Podologia básica. São Paulo:A.Bega, 1998.

BET, Diego Leonardo. Prevalência de onicomi-cose em pacientes com psoríase acompanhadosno ambulatório de dermatologia no hospital uni-versitário Polydoro Ernani de São Thiago.Trabalho de Conclusão de Curso. UniversidadeFederal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007

BOMTEMPO, Mário. Geoterapia. In.: GONSAL-VES, Paulo Eiró (org.). Medicinas alternativas: ostratamentos não convencionais 3ª. Ed. São Paulo:IBRASA, 1999.

CIRIBELLI, Marilda Corrêa. Projeto de pesqui-sa: um instrumental da pesquisa científica. Riode Janeiro: Sete Letras, 2003.

PIEDADE, Paulo. Podologia: técnicas de trabal-ho e instrumentação no atendimento de patolo-gia dos pés. São Paulo: SENAC, 2008.

RUIZ, Ligia Rangel B.; CHIACCHIO, Nilton Di.Manual de conduta nas onicomicoses.Diagnóstico e tratamento. Manual de Conduta.Sociedade Brasileira de Dermatologia, s/d.

TIMBY, Barbara K.; SMITH, Nancy E.Enfermagem medico-cirúrgica. Trad. MarcosIkeda, 8ª Ed, Rev. e Ampl., Barueri/SP: Manole,2005.

VIANA, Maria Auxiliadora Fontenelle. Manual deprocedimentos podológicos. Belo Horizonte:Lithera Maciel, 2005.

ZANARDI, Daniela (et. al.) Avaliação dos méto-dos diagnósticos para onicomicose. Anais Bras.Dematol. 2008, v. 83, n. 2, p. 119-24

ZARAI, Rika. A minha medicina natural. SãoPaulo: Ground, 1991.

www.revistapodologia.com 40

Visite nossa Loja Virtualwww.shop.mercobeauty.com

Page 41: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema
Page 42: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

atómaurT,osremrfenE

osogólodPaodigiritá dsto eneveestE

E,tassisterO,asatriodP,osogól

rCia,íogolodpedsteanidtusE,s

.tc

,lesaerengosjanur

TI

CI P

P

Tl

OCIRNAENTIRELLATI

CEPILEDAARUGCINELNAO

I PÍ

OGPR

eGalitpsoH

r. AbD“riooitdAunE 16l14 a

AMAGR

oicxéMeral dene

noGala am AyrahMXCD2017,o re

A

”zálezn

OGPR

D ENSAAGRUCILEDÍAUGIRCYOSOLOCTOPR

Í

AMAGR

ERVÁDRE CABO SOTCREIDUSGLAVUXLLAHY PIEL

SAICGÚRUIRQSAICNCTÉY

Page 43: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

PROFESORES INVITADOS

Alfonso Martínez Nova Diplomado en Podología, Universidad de Barcelona. Licenciado en Podología por el CESPU CRL (Gandra, Portugal). Profesor Contratado Doctor, Departamento de Enfermería, Subdirector del Grado en Podología de la Universidad de Extremadura. Doctor por la Universidad de Extremadura.

Rafael Rayo Rosado Diplomado en Podología, Universidad de Sevilla. Licenciado en Podología por el CESPU CRL (Gandra, Portugal). Profesor Colaborador, Departamento de Podología, Director del Área Clínica de Podología de la Universidad de Sevilla. Doctor por la Universidad de Sevilla.

Edgar Ricardo Alvarez Trejo Director Escuela Podológica de México. Coordinador Médico IDISA. Medico Cirujano Universidad La Salle. Maestría en Comunicación y Tecnologías Educativas con enfoque en Salud. Especialista en Cirugía de Pie. Atención a Heridas Crónicas y Pie Diabético.

Page 44: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

O ERDE EN14OADÁB

OSECER00310021

.l piedeugía irn ceisseíntsoets odesocibássipioincriPn.ióacijfi yetro cdesquipoEl pieugía deira la cparoicficpes eal yrnegeal nteumrtnsI: spoip eslodeyal nteumrtinsl den óiacparerP qui íf

f rd)

.sioroatrpeots posendajeVe.l pieugía deirn ceeuqinr toedosUl.pie la den ióacparerP.saleitvseanttnso cden ióacizrionitoM: entiel pacden óiacparerPc)

.soicbássipioincrP.seguantya batden ióaccloo c,s,ano mdeado: lavanoujirl cden óiacparerPb).anofaófquirl n deóiacparerPa)

s:oivtrastoemdlleres ats yiacerenfnoCjoreTzeraAlvodraci Rrgad. ErD

osado RoayRlaeaf R.DravNoeznítra MosnoflA. rD

ICA GUIRÚRIA QSPTISEANSIA Y PASEEDSOLOCOTOPR00:2a 100:90LEANPAERIMP

ularitTirosefeofrPjoeTrrezalvAordaRicr agd Er.D

ularitTirosefeofrPadosoo Ray RlaeafR.Dr

ularitTirosefeofrPavoNzenítarMo nsofl A.Dr

.C A.,ALOPFE desnaleionacrentIsountAsysneiolaceRn deiócceirDa zarGa l dedoEduar.ogPd

.CA.ina,atLa icrié Amdesgolodóo Pden ióacrdeFe la deentideserPaznopiEszeóm GotrbelAo iar M.oPdg

SOTNEIMICEDARGA YADINEVNEI B00:90a03:80

OITISNESENOIPCIRCSN I EORTSIGER03:80a03:70

r

y

of r T

of r T

of r T

R P

ófs

rV

S

.

.

stee

SEDADIVITC AE DONIMRET00:61

.MN R,C,ATA,íafígrocE: sneioaluacveasrtOd).piel a deíaricn eséreintdea giclóadioría rtemoni goy ogiclóadioroictsiagnóa: Dgiclóadion rióaluacvEc)

c.)t e,r,alscuavrppleoD,o,YaecndiÍn(asci básasicnámdiomhebasuerP: ularcasn vióaluacvEb)alrnegen ióacraloVaa) V

Í o ry ugí

af T C

s:oivtrastoemdlleres ats yiacerenfnoCjoreTzeraAlvodraci Rrgad. ErD

osado RoayRlaeaf R.DravNoeznítra MosnoflA. rD

ACIGRÚRIUQE PRNÓICAULAVA EEDSOLOCOTOPR00:6 1a00:31LNEAPAONDGUES

OSECER00:3 1a00:21

PV

Page 45: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

O ERDE EN15O GN

SEDADIVITCAEDONIMRET0061

alungueugía ircla desioroatrpeotspoojejnaMd).sneioacaindicrntocysneioacndicIc)

.alungueugía ircn easgicrgquirs caicnTéb)alugía ungueircn esoicbássipioincriPa) r

úry

e

soivtrastoemdlleres ats yiacerenfnoCjoreTzeraAlvodraci Rrgad. ErD

osado RoayRlaeaf R.DravNoeznítra MosnoflA. rD

ICASGUIRÚRICAS QCNTÉLAEUGNUAÍAGURIC00:6 1a00:31

LEANPAOTARCU

OSECER00:3 1a00:21

).tc e,r,ictarrint,l,oiseilrpenal,iosalerint(igíasloogún pate sasniccé tden iópciricseD r ( nal ularh).asicutapéretsneioacriltfin esadoilizutsoacmFárg)

.sneioacaindicrntocysneioacndicIf).billoo tyl piedesoseco prsoln eapia retoriltfi desoicbássipioincriPe)

s.casiéstenas caicnTéd).l pieden A/LesneioacplicmoCc)

al.cloia setsanen esadoilizutsoacmFárb)al.coia lsetsanen esoicbássipioincriPa) r

r la infy

inf

s oivtrastoemdlleres ats yiacerenfnoCjoreTzeraAlvodraci Rrgad. ErD

osado RoayRlaeaf R.DravNoeznítra MosnoflA. rD

UTICAS ÉRAPTESICAS Y TÉSEANSENOICARTLTFINI LICA GÓLODOPÍA CIRUGNES OSICTÉSEANSOLOCOTOPR00:2a 100:90

LEANPACERTE R P

DOMI

SEDADIVITC AE DONIMRET00:61

Page 46: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

O ERDE EN16SEUN

VERÁDÁACAOBRO STOCEREN DISAÍAGURICIC Í T E C D•sneioacplicmoC•

ioroatrpeotspoojejnaM•HLya HAV parasgicúrquirs caicnTé•

sneioacaindicrnto/Cs/neioacndicI•.adiorºl 1deularictaroetsougía irla cn esoicbássipioincrP•

s

e

soictcráplleres ats yiacerenfnoCjoreTzeraAlvodraci Rrgad. ErD

osado RoayRlaeaf R.DravNoeznítra MosnoflA. rD

SUGLVAUXLALHLEÁSICA DÍA BCIRUG16:00 a 00:31LEANPAOTXSE

OSECER00:3 1a00:21

P

.VERÁDÁACAOBRO STOCEREN DISAÍAGURICIC Í T E C D•solínic csoas cden óiacnteserP

).cte,s,tdaclinoc,oazn mea,rn garedode(sale digitsidademrofoef lasdeugíasirCi•solínic csoas cden óiacnteserP

c.)t e,cosa dendoofon a emloheal,digitreinta mlohe (soicbásasmol heslodeugíasirCi•sonicín csoas cden óiacnteserP

)s)eroum tsñoque pe,s,mangiom he,s,moibrfi,s,mpapilo(pla pien easicbássneioslelasdeugía irCi•s oictcráplleres a t ys iacerenfnoC

joreTzeraAlvodraci Rrgad. ErDosado RoayRlaeaf R.DravNoeznítra MosnoflA. rD

EPILE DACISÁ BAÍGURIC00:21a00:90LNEAPAONTIUQ P

C l ( as f as as slí

C f

C def ilias

L

SAICNATASNO CE DAGERTNEYARUSUALC03:61a00:61 T

Page 47: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

COSTOS $2,500 GENERAL $2,300 SOCIOS FEPOAL Y ESTUDIANTES

COSTOS DE INSCRIPCIÓN

INFORMES E INSCRIPCIONES Pdga. Verónica M. Basurto Trejo

Tel. 01 (81) 1951-2265 WhatsApp 81 1951 2265 [email protected]

Page 48: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

www.revistapodologia.com 48www.revistapodologia.com 48

4 Para fazer a avaliaçãopostural em pacientes.

4 Medida 2,10 x 1,0 m, de lona tipo banner.

4 Para ser colocado naparede.

SimetrógrafoPosturógrafo

w w w. s h o p . m e r c o b e a u t y. c o mw w w. s h o p . m e r c o b e a u t y. c o mShop de Revistapodologia.com

PodologoÍtalo Batista Ventura

4 Idiomas português - español.4 CD y/e opção/opción download.

CD Ítalo Ventura3 Temas em/en Power Point4 Micologia avançada/avanzada

4 Micologia - Onicomicoses/Onicomicosis

4 Fototerapia clínica para podología

Para ver no/en el computador

+55 19 98316-7176

Envios de Bras i l para todo e l mundo

Fuera de Bras i l e l pago es por PayPalen moneda/ tar je ta de su país .

Este livro disponibiliza informaçõessobre o paciente que exerce algu-ma atividade esportiva, e colaboraestimulando ao profissional para

um melhor desempenho.

Este libro disponibiliza informacio-nes sobre el paciente que ejerce

alguna disciplina deportiva, ycolabora estimulando al profesio-

nal a un mejor desempeño.

LLiibbrrooPPooddoollooggííaaDDeeppoorrttiivvaa

LL ii vvrrooPPooddoollooggiiaaEEssppoorrttiivvaa

4 Idiomas español e português.

Page 49: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.com Digital Gratuita... · entre outras era de uso exclusivo para combater milhares de microrganismos que atingiam direta-mente o sistema

www.revistapodologia.com 49

[email protected] - Tel.: +55 - 19 - 98316-7176 whats - Campinas - SP - BrasilA venda no nosso Shop vir tual : www.shop.mercobeauty.com

Envios desde Brasi l para Brasi l e para todo o mundo ! ! !

POSTERS PODOLÓGICOSDIDÁTICOS - 40 x 30 cm