Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital...

44
Revista Digital de Podologia Revista Digital de Podologia Gratuita - Em Português Gratuita - Em Português N° 42 - Fevereiro 2012

Transcript of Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital...

Page 1: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Revista Digital de PodologiaRevista Digital de PodologiaG r a t u i t a - E m P o r t u g u ê sG r a t u i t a - E m P o r t u g u ê s

N° 42 - Fevereiro 2012

Page 2: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

CONGRESSO BRASILEIRO DE PODOLOGIA Hair Brasil

25 de março/2012Expo Center Norte - São Paulo

Evento conjunto à HAIR BRASIL

4 º

Conheça os novos procedimentos e protocolos profissionais do setor de beleza

Aproveite o DESCONTO DE 50%

www.hairbrasil.com

4 CONGRESSO BRASILEIRO DE PODOLOGIA

º CONGRESSO BRASILEIRO DE PODOLOGIA

CONGRESSO BRASILEIRO DE PODOLOGIA PODOLOGIA Hair BrPODOLOGIA

asilHair BrPODOLOGIA

asil

25 de março/2012Expo Center Norte - São P

Evento conjunto à HAIR BRASIL

25 de março/2012Expo Center Norte - São P

Evento conjunto à HAIR BRASIL

25 de março/2012auloExpo Center Norte - São P

Conheça os novos protocolos prpr

Antecipe sua inscrição pela internet

Conheça os novos profissionais do setor de belezaotocolos pr

Antecipe sua inscrição pela internet

ocedimentos e Conheça os novos profissionais do setor de beleza

Antecipe sua inscrição pela internet

ocedimentos e ofissionais do setor de belezaofissionais do setor de beleza

Antecipe sua inscrição pela internet

Evento conjunto à evento de beleza e estética da

Antecipe sua inscrição pela internet(promoção válida até 31/01/2012)

Evento conjunto à HAIR BRASILevento de beleza e estética da

Antecipe sua inscrição pela internet(promoção válida até 31/01/2012)

HAIR BRASIL - o mais influente América Latinaevento de beleza e estética da

Aproveite o O DE 50%DESCONT

asil.com.hairbrwww

O DE 50%

asil.com

RealizaçãoRealização Apoio Institucional ApoioApoio

Page 3: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 3

Diretor GeneralSr. Alberto Grillo

[email protected]

Diretor C ientíficoPodologo Israel de [email protected]

C orrespondien tes

Chile Podólogo Pablo Farías [email protected]

Cuba Podóloga Miriam [email protected]

Portugal Podólogo Dr André [email protected]

Revistapodologia.comMercobeauty Importadora e Exportadora de Produtos de Beleza Ltda.

Tel: #55 19 3365-1586 - Campinas - São Paulo - Brasil.www.revistapodologia.com - [email protected]

A Editorial não assume nenhuma responsabilidade pelo conteúdo dos avisos publicitários que integram a presente edição, nãosomente pelo texto ou expressões dos mesmos, senão também pelos resultados que se obtenham no uso dos produtos ou servi-ços publicados. As idéias e/ou opiniões expressas nas colaborações firmadas não refletem necessariamente a opinião da direção,que são de exclusiva responsabilidade dos autores e que se estende a qualquer imagem (fotos, gráficos, esquemas, tabelas, radio-grafias, etc.) que de qualquer tipo ilustre as mesmas, ainda quando se indique a fonte de origem. Proíbe-se a reprodução total ouparcial do material contido nesta revista, somente com autorização escrita da Editorial. Todos os direitos reservados.

INDICEPag.

5 - Extensor Hallucis Capsularis ou Tendão Acessório do Extensor Hallucis Longus: Estudo Anatômico e Funcional, Freqüência e Medições.Dª. Patricia Palomo López, Dr. Juan Carlos Prados Frutos, Dr. Ricardo Becerrode Bengoa Vallejo, Dra. Marta Elena Losa Iglesias - España.

16 - Desenho Inovador de Chuteiras de Futebol para Gramado Artificial.José Olaso Melis, Aitor Unanue García, José Navarro García, Javier Gámez Payá, Roberto Ferrandis Ferrer, Enric Medina Ripoll, Antonio Hernández Alonso, Juan Carlos Gonzalez García - Instituto de Biomecánica de Valencia - España.

23 - Proposta de Ações Terapêuticas para Crianças que Apresentam Pés Planos e Tendências a Pés Planos.Lic. Norma Mestre Peña- Cuba.

39 - PodoNews Revistapodologia.com.Tratamento para micose de unha com terapia fotodinâmica.

Humor Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 42.

Rev ista podo log ia . c om n ° 4 2 F e v e re i r o 2 0 1 2

Page 4: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...
Page 5: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Extensor Hallucis Capsularis or AccessoryTendon of Extensor Hallucis Longus: Functionalanatomy, frequency and measurement..

RESUMO

O objetivo deste estudo foi observar cuidadosa-mente a anatomia do Extensor Hallucis Longus,Ligamento Capsularis ou tendão acessório domúsculo extensor hallucis longus; definir sua fre-qüência de aparição, pois é um músculo que nãoesta presente em todos os pés e suscita contro-vérsia na bibliografia consultada.

O ligamento capsularis é um ligamento dogrupo dorsal do pé, que acompanha o músculoextensor hallucis longus sempre medial a ele.

Pretendemos demonstrar com nossas dissec-ções, que é um ligamento mais habitual do queparece e, onde esta sua origem e inserção, assimcomo sua função, apresentação e localizaçãomediante fotografias em pés de cadáveres, assimcomo medidas sobre sua largura e característi-cas partículas.

Para conseguir nosso objetivo de estudo nesteartigo, se dissecaram os 50 primeiros dedos decadáveres humanos, realizando as pertinentesmedições.

Palavras chave: Extensor Hallucis Capsularis,estudo, anatomia, freqüência, medições.

ABSTRACT

The purpose of this study was to look closely atthe anatomy of the extensor hallucis longus, liga-ment or tendon capsularis Accessory Extensorhallucis longus muscle; define its occurrence fre-quency, it is a muscle that is not present in allfeet and raises controversy in the reviewed litera-ture. The ligament is a ligament capsularis dor-

salis pedis group that accompanies the extensorhallucis longus muscle medial to it forever. Weintend to demonstrate by our dissections, a liga-ment more common than it seems and where isits origin and insertion as well as their function,presentation and location by using photographsof cadaver feet and its width measures and cha-racteristics. To achieve our object of study in thisarticle, first 50 dissected human cadaver fingers,making the relevant measurements.

Key words: Extensor hallucis capsularis, study,anatomy, frequency measurements.

Sumario:

1.Justificação. 2.Objetivos. 3. Desenvolvimento.4.Material e métodos. 5.Resultados.6.Discussão. 7 Conclusões. Bibliografia.

Referência bibliográfica

Palomo López P, Prados Frutos JC, Becerro deBengoa Vallejo R, Losa Iglesias M. ExtensorHallucis Capsularis o Tendón Accesorio delExtensor Hallucis Longus: Estudio anatómico yfuncional, frecuencia y mediciones. Rev. Int.Cienc. Podol. 2011; 5(2): 25–34.

1. JUSTIFICAÇÃO

A mitologia permite estabelecer a existência deum numero determinado de músculos, nestecaso no pé.

O presente trabalho esta relacionado ao estudoda presença do Extensor Hallucis Capsularis(EHC), chamado também ligamento capsularisou tendão acessório do Músculo Extensor

www.revistapodologia.com 5

Extensor Hallucis Capsularis ou Tendão Acessório do Extensor Hallucis Longus: Estudo Anatômico e Funcional, Freqüência e Medições*

Dª. Patricia Palomo López (1), Dr. Juan Carlos Prados Frutos (2), Dr. Ricardo Becerro de Bengoa Vallejo (3),Dra. Marta Elena Losa Iglesias (2). Espanha.(1) Prof. Colaborador Universidad de Extremadura. (2) Universidad Rey Juan Carlos. (3) Universidad Complutense deMadrid.

Correspondência: Patricia Palomo López- Centro Universitario de Plasencia. Avda. Virgen del Puerto. 10600 Plasencia (España)Fecha de recepción: 10 noviembre de 2010 - .Fecha de aceptación: 22 de febrero de 2011Os autores declaram não haver interesse económico ou comercial..

* Artículo procedente de: Revista Internacional de Ciencias Podológicas(UCM) (ISSN 1887-7249), Vol. 5, Núm. 2: 25-34, 2011.

Page 6: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Hallucis Longus (EHL), o qual não esta semprepresente segundo os estudos anteriormente rea-lizados.

Os estudos e praticas realizadas em meios aca-dêmicos, especialmente europeus e norte-ameri-canos, conhecidos através da literatura especiali-zada em anatomia humana em geral e o estudodos músculos em particular, permite afirmar ocaráter não presente sempre deste ligamento,contudo, graças ao avanço do trabalho cientificoe observações realizadas em nosso meio, pode-remos conhecer melhor este ligamento, suamedida, sua função, freqüência ... É dizer, apro-fundar no conhecimento deste EHC, por tanto sejustifica a realização da investigação como umaporte ao melhor e maior conhecimento da ana-tomia humana em meios e lugares diferentes.

2. OBJETIVOS

Geral

- Determinar a freqüência do ligamento capsu-laris em nosso meio.

Específicos

- Registro bibliográfico atual da freqüência doligamento Capsularis.

- Dissecção de peças anatômicas no departa-mento de Anatomia e Embriologia Humanas.

Faculdade de Medicina, UCM.

- Analises e comparações da freqüência empeças anatômicas.

3. DESENVOLVIMENTO

Começaremos com uma breve descrição doMúsculo ao que acompanha quando esta presen-te: o Extensor Hallucis Longus ou Extensor pró-prio do primeiro dedo.

O músculo extensor Hallucis Longus pertenceao grupo de músculos Regio Cruralis Anterior, édizer, região anterior da perna, que compreendequatro músculos justapostos de medial ao lateralna ordem seguinte: tibial.

Origem

Fibras carnosas nos dois quartos meios dacara medial do perônio colocada pela frente dacresta inter-óssea: porção adjacente da membra-na inter-óssea da perna e fáscia da perna, naparte vizinha das ditas membranas5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16.

Inserção

A maioria dos autores simplesmente descre-vem sua inserção na cara dorsal, no nível proxi-mal, da base da falange distal do dedo gordo5,8,9,10,11,12,13,14.

www.revistapodologia.com 6

Figura 1. Detalhe da musculatura extensora a nivel do peito do pé.

Page 7: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Inervação

Nervo perônio profundo (L5-S1) igual que oextensor digitorum longus e perônio ter-tius10,15.

Ação

A maioria dos autores afirmam e concordamem que realiza dorsiflexão do primeiro dedo edorsiflexão do tornozelo 5,8,9,10,11,12,14.

Vascularização

Artéria tibial anterior ate a borda inferior doretinaculo inferior dos extensores, onde se con-verte na artéria dorsal do pé (Moore).

A artéria dorsal do pé descende Antero-medial-mente, ate o primeiro espaço inter-ósseo dometatarso, o qual atravessa verticalmente paraanastomosar-se com a artéria plantar lateral.

Esta artéria avança lateralmente ao longo daborda lateral do tendão extensor hallucis longusdescansando sobre os ossos do tarso e suas arti-culações.

Tendão acessório do EHL ou Extensor Hallucis Capsularis

Uma vez terminada a introdução do EHL, nãotem que esquecer que aos poucos pode derivar-

se o tendão acessório do músculo extensor dodedo gordo, que se insere no primeiro metatar-siano ou na área da articulação metatarsofalan-gica, e que se encontra principalmente na caramedial do dedo gordo 11,1; objeto de nosso estu-do. Denominado Extensor Hallucis Capsularis(EHL) ou Ligamento Capsularis.

O extensor hallucis capsularis, é o nome maiscomum dado ao tendão acessório do

Entre os poucos estudos encontrados sobreeste músculo acessório, diremos que tem suaorigem no tendão do EHL 93% dos casos e seinsere na cápsula do primeiro AMTF em 90% doscasos 4; para Bibbo e colaboradores, suas esta-tísticas para a origem deste músculo variammuito pouco, em 92% dos casos procedem dotendão do EHL e os 8% restante do tendão doTibial Anterior (TA); e coincide por completo nainserção: na cápsula dorso medial da primeiraAMTF.

Segundo Boyd, o capsularis esta presente em88% dos espécimes estudados, para Bibbo em81%.

Solem ser bilaterais em 80% dos casos estu-dados, e não existem diferencias estatísticas sig-nificativas quanto ao sexo.

Todos os capsularis estudados apresentavamuma largura menor a 2 mm de largura4, exceto

www.revistapodologia.com 7

Figura 2. EHC na amostra 17

Page 8: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

16% que ultrapassavam pouco estes 2mm.

As conclusões de todos os autores é que estetendão é único para o pé humano (falta em pri-matas) e é uma estrutura bastante constante,80%. Ate 14% da população apresenta um ten-dão capsularis, e edemas adequados para trans-plante.

Na atualidade, a função deste tendão acessóriona biomecânica da primeira AMTF segue sendobastante desconhecido.

O único estudo encontrado na bibliografia, e aoque parece o primeiro, realizado sobre a fre-qüência do EHC em fetos¹, nos diz que este ten-dão apareceu em 51% dos fetos, e dentro destes,bilaterais em 65% e unilateral em 35% dos fetosestudados. Sem estatísticas significativas entrehomens e mulheres.

Também nos descreve como aparece sempreno lado medial do tendão EHL para inserir naborda latero medial da cápsula articular da pri-meira AMTF, em todos os espécimes.

É dizer, totalmente compatível com os estudosde Boyd, que comentava que a origem podia serno tendão ou no ventre muscular em adultos.

Como temos estudado na literatura, a presença

do EHC é menor em fetos que em adultos, e pro-põem todos os autores uma razão: o uso do EHLem útero materno é praticamente nulo, o qualreflete a escassa função do capsularis em fetos.

Também todos estão de acordo que o desen-volvimento de capsularis é mais freqüente depoisdo nascimento.

Tate ET Al (citado em Bibbo ET AL, 2004 eBoyd ET AL, 2006), descreveu a função destemúsculo acessório como estabilização da cápsu-la articular da primeira AMTF quando existe dor-siflexão do hallux.

Não o bastante, o resto dos autores 1,2,3,4 pro-põem a pergunta de se a função do EHC pode serdepois da fixação do tendão principal na falangeproximal e /ou a contribuição na extensão dafalange proximal, principalmente, e não só a fun-ção de estabilização da cápsula articular.

Considera-se que a presença da capsularis,pode ser uma das trocas evolutivas do ser huma-no para adaptar-se a posição bípede, a caminha-da humana, para aliviar a carga e a deambula-ção.

Vamos definir a relação entre tendão extensor ea freqüência do ligamento capsularis acompa-nhando o tendão extensor.

www.revistapodologia.com 8

Figura 3. detalhe EHC de um pé de adulto, indicado pela linha

Page 9: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

4. MATERIAL E MÉTODO

1. 50 pés de cadáveres humanos frescos foram utilizados para este estudo, juntados em solu-ção com um componente de formol. No total, registrados 50 primeiros dedos de pés, 50 dissecações realizadas.

- Todos os pés sem evidencias de trauma, não afetos de patologia deformantes.

- Pés sem intervenções cirúrgicas de membros inferiores, nem patologias/cirurgia vascular.

- 30 pés direitos e 20 pés esquerdos. Todos eles pés de adultos, nenhuma criança. Homens e mulheres por igual.

- Media de idade entre 45 e 80 anos.

2. 6 Pés de fetos de cadáver humano, congela-dos. Seus 6 primeiros dedos. 6 dissecações realizadas.

- Uma fêmea e dois homens, sem patologias nem alterações deformantes.

- Todas as Medidas foram realizadas com foto-grafias com uma câmera reflex digital Sony alfa 200, e colocando em todas as fotografias um calibre de precisão e uma régua amarela de carpinteiro, para poder ter referencias.

- Ampliam-se as fotos a uma escala de 1:4 e se medem com o software AutoCAD.

Nos primeiros dedos

1. Dissecção na região anterior do pé. Os limites da garganta do pé: no nível proximal,

por um plano transversal que passa pela basedos maléolos e por baixo, outro plano transversala 3 cm por cima da linha do tarso metatarsiana.

Laterais, duas linhas verticais que seguem res-pectivamente a borda interna e externa da gar-ganta do pé.

2. A posição do cadáver: pé em decúbito supi-no, estendido fortemente para mostrar o apare-lho extensor.

3. Incisão dos tegumentos: são traçados comum rotulador, duas linhas horizontais nos limitessuperiores e inferiores da região, unidas por umalinha vertical media que passa exatamente peloeixo da garganta do pé.

Em cima destas linhas incidimos com o bisturi(nunca de maneira obliqua), e agarrando-a demaneira confortável de forma que sejamos nosos que controlamos o bisturi.

Assim, ficam definidos dois retalhos que dis-postos para fora se descobre a borda anterior

www.revistapodologia.com 9

Figura 4. dissecção do feto. Não se vê capsularis

Page 10: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Alcalde José Ridaura, 27-29 (Pol. Ind. El Molí) · 46134 Foios VALENCIA (Spain) · Tnos.: 96 362 79 00* Fax: 96 362 79 05 · E-mail: [email protected] · www.herbitas.com · Para pedidos: 900 712 241

NUESTRAS SILICONAS

ESTRELLA

Nueva fórmula para una silicona de gran éxito. El departamento de desarrollo de Productos Herbitas ha logrado modifi car la formulación de esta exitosa silicona, con unos resultados fantásticos. Densidad media, de aprox. 20 A Shore. En efecto ahora es más uniforme, de mejor aspecto, más fácil de trabajar, y sobre todo con mejores resultados. Ortesis fáciles de obtener y con garantías de éxito. No se rompen.

Densidad muy blanda. Ideal para Ortesis Paliativas. Muy fácil de trabajar. No huele. Incluye aceites medicinales. Puede mezclarse con otras siliconas. Dureza Shore Å: 6 a 8. Envase de 500 grs.

SILICONAPODIABLANDMEJOR ASPECTO · MAYOR DURABILIDADMÁS FACIL DE TRABAJAR · MEJOR CATALIZADO

SILICONA PODOLÓGICA EXTRABLANDA

MUY BLANDA

SEMI

Page 11: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

dos maléolos. Temos alargado esta incisão longi-tudinal ate a zona metatarsofalangica e, uima vezaqui, realizamos duas incisões perpendicularesaté lateral e medial.

O cadaver do pé, uma vez dissecados os reta-lhos, ficariam assim:

4. Na vez que incidimos na pele, o que fazemostambém em tecido celular subcutâneo ate che-gar ate a aponeuroses superficial.

O primeiro em identificar é a veia safena inter-na, voluminosa, e ramas nervosas que provemem sua maioria do nervo músculo cutâneo.

A porção reforçada da aponeuroses e que cobrea maior parte da garganta anterior do pé é o liga-mento anular, em forma de y deitada. Levantareste ligamento em uma peça única não é fácil.

Depois chegamos à capa subaponeurótica.Seguimos dissecando e de dentro para fora domedial a lateral, distinguiremos:

- O músculo tibial anterior: seu tendão, o maisinterno dos tendões da cara dorsal do pé, é fácilde reconhecer por seu volume e superioridadesobre os demais. Vão acompanhando em quasetoda a travessia da zona por sua bainha sinovial,que se aprecia muito bem.

- Extensor próprio do dedo gordo: também seevidencia uma bainha em seu trajeto.

- Ligamento capsularis quando esta presente- Vasos e nervos tibiais anteriores.

- Extensor comum dos dedos e perônio ante-rior.

5. Comprova-se a existência do tendão acessó-rio hallucis longus ou ligamento capsularis, oextensor hallucis capsularis.

6. Mede-se a largura do extensor hallucis cap-sularis.

A medida de cada uma destas estruturas é defi-nida na seção de resultados. As medidas paracada dedo foram registradas separadamente ecomparadas, se obtém as medias.

Em fetos, os primeiros dedos

O método realiza-se da mesma maneira quepara pés adultos.

1. Mede-se a largura do tendão extensor nonível da interlinha articular, primeiro AMTF.

2. Comprova-se a existência do tendão acessó-rio hallucis longus músculo ou ligamento

capsularis.

5. RESULTADOS

O tendão extensor do Músculo ExtensorHallucis Longus e ligamento capsularis foraminspecionados em todos os espécimes.

Resultados das Medições com AutoCAD eAdobe Photoshop nas estruturas anatômicasestudadas:

www.revistapodologia.com 11

Figura 5. Dissecação dorsal da garganta do pé

Page 12: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

6. DISCUSSÃO

Segundo os resultados desta investigação,temos comprovado nos espécimes estudados:

O tendão é a estrutura fundamental, responsá-vel da extensão ou flexão dorsal da articulaçãointerfalangica proximal, e que, a mais provávelfunção das estruturas adjacentes, é proporcionarestabilidade ao próprio tendão, compartilhandoafirmação com os estudos realizados nos dedosda mão. (Schweitzer 1.)

A largura do tendão do EHL, segundo nossoestudo, nos oferece uma media menor de 3.4 emaior de 5.5 mm com um desvio standard de 4.4mm; e a grossura, apresenta uma media menor

que 1mm e media maior que 2.6 mm, com umdesvio standard de 1.49 mm, é dizer, de nature-za fina.

www.revistapodologia.com 12

Fetos:Largura tendão aaltura interlinea

articular

Presençaacessóriocapsularis

1 Direito: F 1,8 No

1 Esquerdo: F 1,9 No

2 Dto: M 2,1 No

2 Esdo: M 2,6 No

3 Dto: MMM 2,43 No

3 Esdo: M 2,86 No

Desvio 2,27

Figura 6. Medição da largura do EH capsularis, indicado pela linha

Figura 7. Tendão do EHL em feto dois para proceder a sua medição

Page 13: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 13

Estruturas AnatômicasMedidas (mm) em primeiros dedos

Largura Tendão EHL

Grosura Tendão EHC

Presença Lig. Capsularis

Largura Lig. Capsularis

Pé 1 5.1 1 Sim 0.99Pé 2 5.1 1.5 NãoPé 3 3.6 1 Sim 1.2Pé 4 5.5 1.5 Sim 1.13Pé 5 3.8 2.6 Sim 1.27Pé 6 4.9 1.1 NãoPé 7 4.3 1.8 Sim 1Pé 8 3.8 1.6 Sim 1.21Pé 9 3.4 1.6 Sim 0.95Pé 10 5.1 1.2 Sim 1.41Pé 11 4.8 1.4 NãoPé 12 4.4 1.7 Sim 1.44Pé 13 5.1 1 Sim 1.28Pé 14 3.8 1 Sim 1.45Pé 15 5.1 1.7 Sim 1.3Pé 16 3.6 1.4 Sim 1.41Pé 17 3.8 1.3 Sim 1.23Pé 18 5.1 1.6 NãoPé 19 3.9 1.6 Sim 1.26Pé 20 5.4 2.5 Sim 0.98Pé 21 5 1 Sim 0.96Pé 22 5 1 Sim 1.31Pé 23 3.6 1.6 Sim 1.33Pé 24 3.8 1.4 Sim 1.15Pé 25 3.7 1.7 NãoPé 26 3.7 1.7 Sim 1.17Pé 27 5.3 1.4 Sim 1.3Pé 28 5.1 1 NãoPé 29 4.5 1 Sim 1.3Pé 30 4.9 2.3 Sim 1.37Pé 31 4.9 1.4 Sim 1.24Pé 32 4.8 1.4 Sim 1.27Pé 33 3.9 1.4 Sim 1.35Pé 34 3.8 1.7 Sim 1.38Pé 35 3.9 1.7 NãoPé 36 3.5 1.5 Sim 1.4Pé 37 5.2 1.2 Sim 1.48Pé 38 5.2 1.6 Sim 1.27Pé 39 4.6 1.6 Sim 1.22Pé 40 4.8 2.5 NãoPé 41 5.3 1 Sim 1.33Pé 42 5.3 1 NãoPé 43 5.2 1.4 Sim 1.4Pé 44 3.8 1.4 Sim 1.41Pé 45 3.8 2 NãoPé 46 4.6 1.7 Sim 1.23Pé 47 3.6 1.7 Sim 1.26Pé 48 4.6 1.6 Sim 0.98Pé 49 3.6 1.5 Sim 0.99Pé 50 3.7 1.3 NãoDesvio estandarMédia menor e maior

4.4(3.4-5.5)

1.49(1-2.6)

Sim 39/501.24

(0.95-1.45)

Page 14: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Sobre a freqüência do ligamento capsularis(EHC) acompanhando o tendão do extensor, nocaso dos fetos, tem sido nula, pois não temosencontrado EHC em nenhum dos espécimes dis-secados.

Defenderíamos a teoria compartilhada comoutros autores sobre este ligamento: o uso doEHL em útero materno é praticamente nula, oqual reflete a escassa função do capsularis emfetos, e por tanto, sua baixa freqüência em fetos.

Também todos estão de acordo que o desen-volvimento do capsularis é mais freqüente depoisdo nascimento, ate o ponto, de que temos encon-trado EHC em adultos, em 78% dos espécimesestudados, muito similar aos estudos do Bibbocom 80% e Boyd com 88%; e todos com amesma inserção: borda latero-medial da cápsulaarticular da primeira AMTF (platzer, aktekin). Sualargura é nosso estudo é menor que 2 mm sem-pre, com uma media de 1.2 mm.

A função deste músculo acessório para nosseria a estabilização da cápsula articular da pri-

meira AMTF quando existe dorsiflexão do hallux.Não o bastante, o resto dos autores (Aktekin,Boyd.Bibbo.Al-Saggaf), propõem a pergunta dese a função do EHC pode ser depois da fixaçãodo tendão principal na falange proximal e/ou acontribuição na extensão da falange proximal,principalmente, e não só a função de estabiliza-ção da cápsula articular.

Consideramos que a presença de capsularis,pode ser um dos câmbios evolutivos do serhumano para adaptar-se a posição bípede, e acaminhada humana, para aliviar a carga e adeambulação.

7. CONCLUSÕES

Que a presença do ligamento Extensor HallucisCapsularis é bastante freqüente, já que apareceem 78% dos espécimes estudados, exceto emfetos, que não sole existir. Que sua largura temum desvio standard de 1,24 mm, e sua mediamenor que 0.95 mm e maior que 1,45 mm, o quelhe faz ser uma estrutura fina ainda que resis-tente.

www.revistapodologia.com 14

BIBLIOGRAFíA

3. Aktekin M, Uzmansel DKZ. Examination of the accesory Tendons of ExtensorHallucis Longus Muscle in Fetuses. Clin Anat 2008; 21: 713–717.http://dx.doi.org/10.1002/ca.20712

4. Al–saggaf S. Variations in the insertion of the extensor hallucis longus mus-cle. Folia Morphol (warsz)2003; 62: 147–155.

5. Bibbo CAG, Patel DV. The accesory extensor tendon of the first metatarsop-halangeal joint. Foot and Ankle 2004; 25: 387–390.

6. Boyd NBH, Meier A, Miller R, Mlady G, Firoozbakhsh K. Extensor halluciscapsularis: frecuency and identification on MRI. Foot and Ankle 2006;27:181–184.

7. Grant AM, Dalley F. Atlas de Anatomía. Ed Panamericana. Madrid, 2007.8. Latarjet MRL. Anatomía Humana.3ª Ed Panamericana. Buenos aires, 1997.9. LLorca O. Anatomía Humana. 5ª Ed Científico–médica. Barcelona. 1981.10. Moore A. Fundamentos de Anatomía con Orientación Clínica.

Panamericana. Madrid, 2003.11. Netter F. Atlas de Anatomía Humana. 4ª Ed Masson. Barcelona. 2007.12. Olson TR. A.D.A.M. Atlas de Anatomía Humana. Masson. Barcelona. 1997.13. Platzer. Atlas de Anatomía con correlación clínica. Aparato Locomotor. 9ª

Ed Panamericana. Madrid. 2005.14. Rohen JW. Atlas de Anatomía Humana. Estudio Fotográfico del Cuerpo

Humano. Elsevier. Madrid. 2007.15. Rouviere HD. Anatomía Humana Descriptiva, Topográfica y Funcional. 11ª

Ed Masson. Barcelona. 2005.16. Sarrafián S. Anatomy of the Foot and Ankle. Descriptive,topographic,func-

tional.2ª Ed L. Company. Philadelphia. 1993.17. Schünke MSE, Schumacher U. Prometeus. Texto y Atlas de Anatomía.

Panamericana. Madrid. 2005.18. Sobotta. Atlas de Anatomía Humana.Tronco,Visceras y Miembro

Inferior.21ª Ed. Panamericana. Madrid. 2006.

Page 15: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...
Page 16: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 16

com clima adverso ou em instalações indoor.No começo as primeiras superfícies de grama

artificial, primeira geração, se comportavam deforma diferente a grama natural. Contudo,durante os últimos anos, os avanços realizadospela indústria do esporte têm permitido desen-volver superfícies de jogo de gramado artificialcom um comportamento similar ao da gramanatural, denominado como gramado artificial deterceira geração.

A raiz desta evolução, o numero de instalaçõesesportivas destas características tem-se incre-mentado consideravelmente, e a previsão deconstrução de novas instalações durante os pró-

INTRODUÇÃO

Na atualidade, o futebol é considerado o maioresporte do mundo, tanto pelo numero de aficio-nados como de praticantes (265 milhões delicenças de jogadores de futebol, FIFA 2007),assim como pelo volumem de negócios geradosao redor desta atividade. Ao longo da historia assuperfícies de jogo tem variado, ainda que agrama natural tenha sido considerada como asuperfície de referencia.

Uma destas superfícies é a grama artificial,desenvolvida no começo dos anos 60 como alter-nativa aos campos de grama natural em zonas

Desenho Inovador de Chuteiras de Futebol para Gramado Artificial

José Olaso Melis, Aitor Unanue García, José Navarro García, Javier Gámez Payá, Roberto Ferrandis Ferrer,Enric Medina Ripoll, Antonio Hernández Alonso, Juan Carlos Gonzalez García - Instituto de Biomecánica deValencia. Espanha.

O futebol é considerado o maior esporte do mundo, tanto pelo numero de aficiona-dos como de praticantes. Ao longo da historia as superfícies do jogo tem variado,sendo na atualidade o gramado artificial a alternativa aos campos de gramado natu-ral em zonas com meteorologia adversa ou em instalações indoor. Desde sua implan-tação, este tipo de superfície tem evoluído ate a chamada 3ª geração. Por outro lado,o desenvolvimento do calçado especifico para a pratica do futebol sobre gramadoartificial não tem acompanhado o desenvolvimento de ditas superfícies.

Isto afeta a uma serie de aspectos da interação entre os usuários e a superfíciecomo o conforto térmico, a absorção de impactos ou a tração, o que se traduz em umbaixo rendimento esportivo e na aparição de problemas com uma maior incidênciade lesões do membro inferior. A partir desta situação, a empresa KELME tem desen-volvido com o assessoramento do Instituto de Biomecânica de Valencia (IBV) um cal-çado especifico para gramado artificial da 3ª geração que, através de um desenhoinovador de travas e a seleção dos materiais mais modernos, aperfeiçoa o rendimen-to e o conforto dos esportistas, reduzindo os riscos de lesão.

No trabalho desenvolvido neste projeto tem-se contado com a perspectiva dosusuários, assim como especialistas em fisiologia, biomecânica e medicina esportiva,de maneira que todas as frentes cientificas foram cobertas para assegurar o êxito doproduto.

Development of a soccer boot for artificial turf

Soccer is considered the most popular sport in the world, both by the number ofamateur and practitioners. Throughout history, the playing surfaces have changedbeing artificial turf the current alternative to natural grass fields in areas with badweather or indoor facilities. Since its introduction, these surfaces have evolved intothe so-called 3rd generation. On the other hand, developing specific footwear for soc-cer practice on artificial turf has not kept pace with the development of such surfaces.

This affects a number of aspects of the user-surface interaction such as thermalcomfort, shock absorption and traction, resulting in a low sports performance and theemergence of problems such as increased incidence of lower limb injuries. From thissituation, the company Kelme considered interesting to develop a specific shoe forartificial turf 3rd generation that optimizes performance and comfort of the athletes,reducing the possibility of injury. The work developed in this project has benefitedfrom the perspective of users, and expert physiologists, biomechanical and medical,so that all scientific fronts were covered to ensure the success of the product.

Page 17: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 17

ximos anos parece indicar que o numero de cam-pos de futebol com gramado artificial seguiracrescendo a um ritmo similar.

Por outro lado, o desenvolvimento do calçadoespecifico para a pratica do futebol sobre grama-do artificial não tem acompanhado o desenvolvi-mento de ditas superfícies. Assim, não existe nomercado calçado especifico para a pratica dofutebol sobre gramado artificial de 3ª geração(que é o tipo majoritário nos campos artificiaisatuais), o que faz com que o calçado utilizadovarie entre todas as tipologias de chuteiras detravas existentes para gramado natural (travascilíndricas/laminas, 12/13/27 travas, diferentesdistribuições, etc.) ate os sapatos turf desenvol-vidas para gramado artificial de 1ª geração, comumas propriedades completamente diferentesdas do gramado de 3ª geração.

Isto afeta principalmente o conforto térmico, aabsorção de impactos e a tração, o que se traduzem diferentes problemas como são, por um lado,a redução do rendimento esportivo dos esportis-tas e, por outro, a aparição de feridas e atritos,assim com uma maior incidência de lesões domembro inferior, como entorses e torções.

A partir desta situação, a empresa KELME con-siderou interessante desenvolver um calçadoespecifico para a pratica do futebol sobre super-fície de gramado artificial, sendo este o objetivoprincipal do projeto. Dito calçado devia juntar ummaior rendimento com um melhor conforto glo-bal e uma diminuição do risco de lesão derivadoda pratica esportiva.

DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento de uma chuteira especificapara o gramado artificial abordou-se com o obje-tivo de melhorar o rendimento esportivo, a pre-venção de lesões e o conforto dos usuários. Comditos objetivos, plantou-se uma serie de metodo-logias capazes de aportar informação biomecâ-nica, fisiológica e sensorial da interação usuário-terreno, considerando o calçado como uma inter-face entre ambos (Figura 1).

Para isso, durante o desenvolvimento do proje-to aplicaram-se as seguintes técnicas metodoló-gicas:

- Grupos de discussão de usuários e especialis-tas, para captar a percepção dos próprios usuá-rios sobre seu rendimento esportivo e conforto,assim como o conhecimento dos especialistassobre a lesividade associada ao calçado e asuperfície do jogo.

- Experimentação biomecânica com usuários,para obter informação objetiva e quantitativasobre a interação usuário-terreno de jogo e comoo calçado atua sobre a transmissão de forçasentre ambos.

- Analises da percepção dos usuários sobreaspectos específicos do terreno de jogo.

Na fase inicial do projeto se formaram gruposde discussão com usuários e especialistas paraidentificar as necessidades especificas dos joga-dores de futebol sobre gramado artificial.

Esta fase permitiu definir o nível de cumpri-mento demandado pelos usuários e especialistasdas diferentes propriedades funcionais (a tração,a durabilidade, o amortecimento...), tanto parasatisfazer a pratica do futebol de maneira geral(entendido como as características básicas quetem de apresentar um calçado para aperfeiçoar orendimento e conforto de um jogador de futebol),como para satisfazer a pratica do futebol sobregramado artificial de maneira particular (enten-dido como as características básicas que tem deapresentar um calçado para aperfeiçoar o rendi-mento e conforto sobre gramado artificial).

Também, os grupos de discussão permitiramidentificar os tipos de calçado esportivo utiliza-dos atualmente para a prática esportiva sobreesta superfície, e extrair a opinião de usuários decada uma das tipologias.

A partir do desenvolvimento dos painéis se des-envolveu a experimentação biomecânica comusuários, nela se analisou diferentes aspectos dainfluencia do calçado no rendimento esportivo.Os ensaios biomecânicos se realizaram em umcampo de futebol com gramado artificial de 3ªgeração.

A mostra de usuários estava composta porjogadores semi-profissionais, com idades entre20-25 anos, com uma freqüência de pratica

UsuárioConfortoLesões

Rendimento

Forças de reaçãoEmissão de calor

Abrasão

Amorteci-mentoTração

Isolamento etranspiraçãoDurabilidade

Calçado

Terreno

Figura 1. Proposta metodológica do projeto.

Page 18: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

superior a 3 vezes por semana. A mostra do cal-çado analisada foi de 6 modelos, selecionadosem função da informação obtida durante a faseinicial do projeto (Figura 2).

Cada um dos modelos analisados caracteriza-se por uma configuração de sola diferente emfunção da morfologia das travas, seu numero etamanho, e a disposição dos mesmos.

O protocolo da experimentação consistiu narealização de duas provas diferentes. Na primei-ra, se analisou o rendimento esportivo a partirdos tempos de execução de um circuito.

Dito circuito contemplava a realização de dife-rentes gestos esportivos relevantes na prática dofutebol, consistindo no deslocamento na máximaintensidade com trocas de direção sobre um cir-cuito marcado com cones (Figura 3). Os temposde execução se registraram mediante fotocélulas.Na segunda prova analisou-se a distribuição depressões plantares durante a execução de umacarreira suave.

A uma velocidade de execução controlada(3m/s ± 15%) registraram-se as pressões naplanta do pé mediante o sistema Biofoot®, des-envolvido pelo instituto de Biomecânica deValencia (Figura 4).

www.revistapodologia.com 18

Cada sujeito realizou três repetições de cadauma das provas com cada modelo do calçado.Por ultimo, imediatamente depois dos ciclos derepetições com cada uma das chuteiras, os sujei-tos responderam um questionário de percepçãosubjetiva desenhado especificamente para captarsua opinião sobre diferentes aspectos das chu-teiras que acabaram de experimentar.

Entre ditos aspectos destacam a percepção epreferências de ajuste da chuteira. Para sua ana-lises desenhou-se um questionário no qual,mediante uma escala Lickert, avalia-se o nível doajuste proporcionado ou cada uma das chuteirasnas diferentes seções do pé (Figura 5). Ditas ava-

Figura 2. Amostra de modelos de calçados analisados.

Figura 3. Representação gráfica do circuito deslalom (Sterzing, 2009).

Execução do circuitoPontos de giroLinha de saída e chegada.

Figura 4. (A) Palmilhas instrumentadas; (B) Detalhe da colocação da palmilha no calçado;(C) Detalhe da fixação da equipe de medida (medi-ção) ao tornozelo.

Page 19: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

liações se compararam com uma avaliação imen-sional do molde.

RESULTADOS

Os resultados do projeto abarcam tanto conhe-cimento especifico gerado para o desenvolvimen-to do calçado, como protótipos funcionais dosnovos modelos do calçado desenhados a partirdo dito conhecimento.

Sobre o conhecimento gerado, os parâmetrosanalisados durante a experimentação foram:

- Analises de tempos de execução do circuito.

- Analises da distribuição de pressões na plan-ta do pé.

- Analises da percepção subjetiva do ajuste econforto geral.

A analise dos tempos do circuito permitiu estu-dar a influencia do tipo de chuteira no rendimen-to esportivo. A hipótese de partida foi que ostempos de execução estão condicionados pelacapacidade de tração da chuteira com o terreno,tanto longitudinal (em linha reta) como rotacio-nal (giros e câmbios de direção), que tambémdependem fundamentalmente da morfologia dastravas, do numero de travas e de sua disposição(Sterzing ET AL., 2009).

Os resultados obtidos no estudo são coerentescom a bibliografia (Sterzing ET AL., 2009,Nunome ET AL., 2009) e permitiram identificar aforma e disposição ótima das travas da chuteira.

www.revistapodologia.com 19

No que se refere à disposição das travas, cabedestacar que os tempos de execução mais baixosse conseguem com o protótipo IV, que apresentatravas de lamina assim como uma distribuiçãoanatômico-funcional dos mesmos (Figura 6).

A analise da distribuição de pressões na plantado pé permitiu analisar o efeito da distribuiçãode travas. A hipótese de partida era que a distri-buição de pressões plantares esta diretamenterelacionada com os pontos de aplicação da forçana planta do pé sobre o solo. Esta aplicação deforça estará condicionada pelos pontos de conta-to do calçado com a superfície, pelo que a confi-guração da sola (morfologia, numero e disposi-ção das travas) pode afetar a distribuição depressões.

Figura 5. Representação gráfica da metodologia de analises do ajuste das chuteiras de futebol.

Figura 6. Tempos de execução do circuito.

Analises do ajuste percebido

Calcanhar

Tempo Circuito (s)

Z

Y

X

Longitudinal

Peito do péLinha de

flexãoDedos

Analises do ajusteantropométrico

Page 20: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Para a melhora do conforto geral, a priori, umaredução dos valores absolutos de pressão podeser interessante, ainda que também têm que terem conta as zonas da planta do pé nas que seproduzem, já que devem coincidir com os pontosósseos do pé nos que se realiza a aplicaçãoótima teórica da força durante o ciclo da corrida.

Também, esta correspondência pode-se tradu-zir em uma melhora do rendimento esportivo.

No que diz respeito à disposição das travas, osresultados mostram como o modelo de calçadoque apresenta uma distribuição de pressõescoincidente com as regiões ósseas da planta dopé, que permitem uma aplicação ótima de forçaé o protótipo IV que, como já comentamos, apre-senta travas de lamina assim como uma distri-buição anatômico-funcional dos mesmos (Figura7).

Finalmente, levou-se a cabo a analise da per-cepção subjetiva do ajuste e do conforto geral. Oconforto geral do calçado é o resultado da inter-ação das capacidades funcionais do mesmo.

Para avaliar-lo, a base fundamental é a percep-ção subjetiva dos usuários de sua interação como calçado, e um dos aspectos do calçado com

um maior peso especifico dentro desta avaliaçãoé o ajuste.

Os resultados mostram que os modelos nosque a percepção subjetiva do ajuste corresponde-se melhor com as preferências de ajuste dosusuários são os protótipos III, IV e VI (Figura 8).

A informação obtida mediante a analise destesresultados permitiu o desenvolvimento de protó-tipos funcionais da sola (Figura 9), assim comode critérios de desenho para o resto de compo-nentes (molde, palmilha e corte principalmente).

www.revistapodologia.com 20

Figura 7. Distribuição de pressões para as diferentes chuteiras analisadas.

Figura 8. Percepção do ajuste (1 = Muito solto; 3 = Neutro; 5 = Muito apertado).

Preferência de ajuste 3,75

Preferência de ajuste 3,80

Preferência de ajuste 4

Valorização do ajustena zona dianteira

Valorização do ajuste global

Valorização do ajustena zona traseira

Page 21: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Beauty Fair.Infinitas possibilidades

na maior e mais completa feira

de beleza profissional das Américas.

Bea

auty Fair

BeaInfinitas p

na mcom

de belez

auty Fair.possibilidaaior e mai

mpleta feiraza profissi

adesisaonal

de belezdas

za profissiAméricas

onal.

Expo Center Norte - São P8 a 11 de setembro de 2012

aulo - SPExpo Center Norte - São P8 a 11 de setembro de 2012

i

sbr

Page 22: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Entre outros, as melhoras incluem:

- Forma e distribuição anatômica das travaspara aperfeiçoar a tração em terrenos de grama-do artificial.

- Reforços no corte para suportar a abrasão dasfibras sintéticas do gramado artificial.

- Proteção térmica (isolante por condução eradiação) diante da fonte de calor que represen-ta o gramado artificial.

- A obtenção de critérios de desenho para adefinição de chuteiras de futebol capazes deaperfeiçoar o rendimento esportivo dos jogado-res sobre gramado artificial, assegurando seuconforto e prevenindo lesões.

- O desenvolvimento de metodologias de avalia-ção de chuteiras de futebol para quantificar suacapacidade de satisfazer os diferentes aspectosfuncionais.

www.revistapodologia.com 22

Com eles a empresa desenvolveu protótiposcompletos das novas chuteiras de futebol queforam avaliados e testados, seguindo as mesmasmetodologias de ensaio com usuários em umambiente real (campo de gramado artificial).

CONCLUSÕES

Como conclusão global, o projeto tem permiti-do estabelecer uma nova linha de conhecimentocom suas metodologias associadas para analisara interação entre o calçado e os jogadores defutebol.

Especificamente, este projeto, desenvolvido emcolaboração entre o IBV e a KELME, tem geradoos seguintes resultados:

- O desenvolvimento de uma chuteira para gra-mado artificial capaz de satisfazer as necessida-des dos usuários na pratica deste esporte sobreesta superfície especifica.

AGRADECIMENTOS

Vicerrectorado de Deportes de la Universidad Politécnica de Valencia.Proyecto cofinanciado por los Fondos FEDER, dentro del Programa OperativoFEDER de la Comunitat Valenciana 2007-2013. Plan de de Competitividad de laEmpresa Valenciana, convocatoria 2009. Referencia del proyecto:IMPCDB/2009/7.

Artículo procedente de Revista de Biomecânica (nº 56, junio 2011). Editada por Instituto de Biomecânica de Valencia (IBV); ibv.org.

Figura 9. Protótipo 3D da sola com disposição e forma específica para travas.

Page 23: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Proposta de ações com caráter terapêuticos paracrianças que apresentam pés planos e tendências apés planos, no Programa “Educa o teu filho“.

RESUMO

Aborda-se um tema novo e atual sobre o tra-balho comunitário no Município Antilla (Holguín,Cuba) e tendo como objetivo a criação de um sis-tema de ações e atividades terapêuticas para tra-balhar com as crianças que possuem pés planosou tendências a pés planos.

Desenvolve-se uma fundamentação bastanteprofunda e acertada dos elementos de importân-cia e incidência no processo de desenvolvimentodos pés planos nas primeiras idades, e o maisrelevante a estrutura e funcionalidade de umaalternativa para lhes oferecer tratamento. Estaalternativa a executam os licenciados em CulturaFísica do território de Antilla, a partir de suasaída no Programa “Educa o teu filho”, desde aconcepção do trabalho comunitário.

Para sua validação tomou-se uma mostra signi-ficativa no território, tendo em conta a variabili-dade da incidência das crianças, traumas e inca-pacidade. Os resultados foram positivos, valori-zado por especialistas da cultura Física,Ortopédico e Fisioterapeuta.

INTRODUÇÃO

Talvez tenha um fenômeno comum que nacenas diferentes épocas históricas e sociedades,um conceito universal: o grupo humano unidopelo vinculo do amor. O valor não varia, quem ofaz é a manifestação concreta na forma de con-ceituar-lo, exemplos disso temos em todas aspartes: Clãs de ciganos, Tribos africanas,Famílias nucleares européias, Famílias extensasrurais...

Na atualidade e concretamente na realidadeEspanhola esta evolução é evidente. O conceitode família manifesta-se de forma múltipla, che-gando a abarcar formas novas e diversas comounidades de convivências: pisos e casas de acol-himentos onde educadores convivem com dife-rentes pessoas (crianças, idosos, mulheres, etc.),famílias de acolhidos, novas uniões depois de

rupturas anteriores, avos que atuam como paisante a ausência destes e outros familiares, todoseles compartilham o valor que alimenta a exis-tência vital, constituem-se em espaços de amor,de transmissão de vida.

“Apesar dos pessimistas, a família superaraesta crise, já a esta superando, porque a historiasempre nos ensina que renasce de suas cinzas,que é a instituição que tem sobrevivido ao maiornumero de calamidades possíveis... Quando nãofique nem os ecos das vozes que anunciam suadestruição, a família continuara tentando fazerpessoas livres das crianças que trouxe aomundo.” (J.L. Pinillos)

São muitos os que concordam em afirmar aequivalência “família = a instituição educadora”ou “família como espaço de humanização, desocialização e de solidariedade”. É aqui onde ascrianças aprendem atitudes, valores ideais, des-trezas, normas... que vão integrando em seuacervo cognitivo e experiencial. Trata-se de umaprendizado vivencial muito efetivo, por sua pro-ximidade e permanência afetiva. Aqui deve-seproporcionar o conforto, a segurança, a auto-estima. É na família onde se aproxima de formaincondicional ao ser nu, sem mascaras, ao serem essência.

É sabido que a família não é o único estimuloque nos faz crescer: “não somos humanos pornascer de uma mãe, condição necessária, senãopelo constante mundo estimulador que nutrenossa potencialidade”.

Cuba é um país que ocupa um lugar alto naeducação e atenção infantil, o qual possui açõesdesde o momento em que a mulher fica grávida.O sistema nacional de Educação tem conseguidoimportantes níveis de desempenho, pois ofereceatenção, cuidados e educação a todas as crian-ças.

A integração de diversos fatores como a famíliacontribui a um bom começo na vida da criança.O desenvolvimento, harmônico e integral de umser humano dependera em grande parte de comofoi educado e orientado em sua infância seja nafamília ou em uma instituição educacional.

A educação familiar é um dos pilares funda-mentais, estes se devem ao feito de reconhecer a

www.revistapodologia.com 23

Proposta de Ações Terapêuticas para Crianças queApresentam Pés Planos e Tendências a Pés Planos

Lic. Norma Mestre Peña. Cuba.

Page 24: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

importância de sua insuficiência na educação dacriança, pois desde muito cedo intervém em seudesenvolvimento social, físico, intelectual emoral.

O estado cubano tem priorizado o desenvolvi-mento de alternativas que permitem dar-lheatenção educativa as crianças que não freqüen-tam as instituições educacionais. Uma destasalternativas é o Programa Educa teu filho, ondeparticipa a família como principal protagonistapara favorecer o desenvolvimento e cuidado dascrianças, é ademais, uma alternativa efetiva, fle-xível e adaptável as necessidades da família.

É oportuno assinalar que na medida em que afamília se envolve nas transformações do ensina-mento esta se enriquece extraordinariamentecom ênfase nas crianças. Por este motivo éimportante que no programa eduque teu filho seenfatizem resolver as seguintes dificuldades.

1. Pouca orientação e estimulação para que afamília assista ao programa.

2. Pouca cultura familiar.

3. Alcançar uma maior capacitação e uma ade-quada orientação e preparação direta da família

no programa.

4. Intensificar a comunicação do instrutor e afamília.

5. Ter uma clara caracterização da família.

Nas idades, nas quais mais se necessita a esti-mulação tem que procurá-la e para isso existemprogramas de educação não formal, que median-te materiais educativos de fácil compreensãoorientam aos pais, a família, sobre que açõespodem favorecer o desenvolvimento físico, inte-lectual, da linguagem emocional de seus filhos,como conseguir a formação de hábitos higiêni-cos, culturais e ate de reabilitação, tudo em umclima de amor e compreensão. Para citar umexemplo temos o “Programa eduque teu filho”,que mostra a educação da família, a atençãoeducativa que se realiza essencialmente por umamãe “cuidadosa” da comunidade, que ainda quecom baixo nível cultural, recebe certa preparaçãopara a atenção as crianças.

Na realidade esta modalidade funciona comopequenas instituições comunitárias que cuidame protegem a criança de acidentes e podem rea-lizar algumas ações alimentares educativas e atecorretivas ou terapêuticas. Este programa poten-

www.revistapodologia.com 24

Curso Técnico em PODOLOGIA

www.inainstituto.com.br - (47) 3222- 3068 - Bom Retiro - Blumenau - SC

Page 25: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

cia conhecimento para a família e é nela quetranscorre essencialmente a vida da criança ateque ingressa na Escola, sendo o centro de aten-ção a preparação da família para que esta exerçacom maior rigor cientifico a educação de seus fil-hos no lar.

O programa “Educa o teu filho”, que se realizaem Cuba, vale assinalar que parte da convicçãoda importância de criar as melhores condiçõespara o ótimo desenvolvimento das criançasdesde que nascem ate os cinco anos, tanto nacasa como nas instituições educacionais.

A impossibilidade de garantir a atenção siste-mática a todas as crianças, desde as idadesmenores, em instituições e a certeza de que,ainda e quando isto for possível, a família é suaprimeira e insubstituível escola, assim como oconhecimento de experiências realizadas emoutros países para prestar atenção educativa àscrianças desde suas mais novas idades, funda-mentou a concepção e colocada em pratica expe-rimental deste programa que engloba quatroáreas fundamentais do desenvolvimento nestafaixa de idade: Comunicação afetiva, desenvolvi-mento intelectual, desenvolvimento dos movi-mentos e formação de hábitos. Permitindo-nosademais uma atenção de prevenção e reabilita-ção de determinadas deformidades que podemprovocar transtornos maiores no futuro.

A família é preparada para a realização de dife-rentes atividades dirigidas para o desenvolvimen-to das áreas mencionadas, as quais se descre-vem em folhetos nos que de forma simples, aces-sível e muitas vezes com ilustrações, orienta-se afamília sobre como realizá-las.

É por isso que resulta imprescindível o feito deque a família seja portadora de um modo de vidafavorável para que os filhos desenvolvam umavida sã, tanto física como psíquica. Todos esteselementos nos induzem a compreender o impos-sível que resulta substituir a família como insti-tuição educativa.

A flexibilidade do “Programa educa o teu filho”nos permite atender ademais a prevenção e rea-bilitação para determinadas deformidades queapresentam a maioria das crianças nesta idade,como é a presença de pés planos ou tendênciasa pés planos, que se não são atendidas a tempopodem desencadear no futuro males maiores.

Nos diferentes folhetos que constituem a cole-ção “Educa o teu filho” explicam-se, as caracte-rísticas da criança de acordo com o período devida, cujas orientações brindam indicadoresgerais e específicos que permitem a família con-hecer que tem conseguido a criança no final do

período e se incluem recomendações de algunscuidados que tem que ter com estas idades. Mastambém existem programas de Saúde que temem conta as diferentes ações ou atividades paraprever e reabilitar o pé plano nestas idades fun-damentais principalmente em atividades dejogos.

O trabalho que apresentamos foi iniciado em2008, durante uma visita de inspeção a este pro-grama no Município Antilla, onde se detectou queuma grande porcentagem de crianças apresenta-va tendências a pés planos e pés planos, unscom diagnostico medico, mas não tratados siste-maticamente e um grande numero que nãoforam tratados nunca, ai que surge a preocupa-ção por aplicar ações com caráter terapêutico,para melhorar esta dificuldade, pelo que se reali-zou um diagnostico para conhecer o estado atuale que todos os pais e instrutores desejam a aten-ção destas crianças através deste Programa.

Motivados pelo antes citado e pelo que conhe-cemos como “Prevenir é melhor que curar” edepois de revisar diferentes bibliografias especia-lizadas, podemos constatar que todos os autoresconconrdam que a realização de ações com cará-ter terapêutico favorece a correta formação ana-tômica do pé nestas idades.

Definições Fundamentais no estudo realizado

Família: É um pequeno grupo primário, onde seus inte-

grantes satisfazem uma serie de atividades edesenvolvem complexos de processos motivacio-nais e afetivos estreitamente inter-relacionados.Cada família tem um modo de vida determinadoque depende de suas condições de vida, de suasatividades sociais e das relações de seus mem-bros. (Alegret Castro, Pedro Luís. “Para conhecermelhor a família”, 1999.)

Família: Considera-se como uma unidade estruturada

destinada a formar indivíduos, sujeitos, aos queprogressivamente proporcionara autonomia eidentidade. Chegaram depois à separação e a for-mação por escolha desse sujeito de seu novogrupo familiar. (J. L. Gastrañaga y outros, 2006)

Programa Educa o teu filho: É um programa intersetorial onde se encontra

presente diferentes organismos e instituiçõesque organizam e desenvolvem diversas ativida-des. (MINED)

Cúpula plantar: Funciona totalmente de modo elástico-plástico

www.revistapodologia.com 25

Page 26: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

e tudo troca nela por modificações dos limitesangulares externo, interno ou anterior, que con-dicionam modulações parciais ou totais, cadamodulação do contorno cupular constitui umamodificação da projeção gravitacional do sistemae sua acomodação. (Rodrigo Alvarez Cambara,1985)

Pé plano: É quando se produz alterações no arco longitu-

dinal interno ou em sua radial de curvatura, quese produz uma perda das capacidades cupularesdo suporte provocando uma regressão funcional.

Arco plantar:

- Primeiro arco: arco maior longitudinal internodo pé. Esta integrada de trás para frente pelo cal-canhar, astrágalo, escafóides, primeiro cuneifor-me e primeiro metatarsiano.

- Segundo arco: arco menor longitudinal, arcolongitudinal externo do pé. Esta integrada de tráspara frente pelo calcâneo, cubóide e quinto meta-tarsiano.

- Terceiro arco: arco anterior, arco transverso dopé. Esta organizada pela cabeça dos metatarsia-nos do primeiro ao quinto, o arco transverso ouanterior do pé tem sido motivo de longas contro-vérsias.

Estimamos que fosse um arco importante efuncional do pé, tem sido comprovada sua exis-tência e também a necessidade de sua compen-sação para equilibrar o centro de gravidade cor-poral do sistema pelo que dependera da estabili-dade angular do arco transverso e todas as dimi-nuições ou aumentos de seus valores provocadeslocamento gravitacional em direção posteriorou anterior fazendo seu próprio apoio ao primei-ro metatarsiano, a modificação da cúpula recaisobre o arco longitudinal interno provocandouma queda para frente e para dentro.

Geometria variável: Significa submeter à região plantar a formas

variadas de excitação, mudanças, da maneiraque o sujeito esta obrigado a responder de formavariável, dinâmica, etc.. (Roberto HernándezCorvo “Movimento Infantil”, 2005)

Cultura física terapêutica: É uma ciência interdisciplinar fundamental-

mente relacionada com a fisiologia da clinica eda pedagogia, que tem sua especificidade, já quedestaca os mecanismos da ação terapêutica dosexercícios físicos, a elaboração de novas metodo-logias e a investigação de sua efetividade. Comodisciplina independente, aplicar os exercícios físi-

cos como estimulador essencial das funçõesvitais do organismo como prevenção primaria ena profilaxia de suas exacerbações (I.S.C.F.“Manuel Fajardo”, 2006)

DESENVOLVIMENTO

O Instituto Nacional de Deportes, EducaçãoFísica e Recreação (INDER) participam tambémneste programa mediante a ginástica com acriança, dito programa encontra-se formado porcomplexos de exercícios e jogos dirigidos a crian-ças de 2 a 5 anos.

As formas de atividades encontraram no apa-relho locomotor os elementos necessários parasuas ações, o crescimento e desenvolvimento decapacidades motoras e funcionais. As capacida-des censo-motoras serão inseparáveis do proces-so harmônico, integrado dos elementos que for-mam o aparelho locomotor, baixo a estrita sub-ordinação na atividade nervosa e as condições domeio. Desta maneira o movimento pode ser estu-dado, categorizado, analisado, desde muitospontos de vista, mas também pode ser estimadoem uma concepção global como expressão dosistema. Podem ser atendidos pelo segmento doaparelho locomotor, as extremidades, o tronco, acabeça, etc.

Também permite interpretar as trocas funcio-nais que tem lugar no organismo que realiza ati-vidade física sistêmica com um processo deadaptação da saúde e o aumento da capacidadedo trabalho, sobre as bases de concepções cien-tificas materialistas, tendo em conta as caracte-rísticas do exercício, a idade e o sexo em cadasetor populacional com alto grau de humanismoque contribua com o desenvolvimento harmônicodo ser humano, centro da biodiversidade.

De maneira eloqüente nos permite tambémapreciar as proporções entre as diferentes áreascorticais no córtex motor e os segmentos corpo-rais aos que correspondem; apreciamos a áreada extremidade inferior, que se despega pelaregião inter hemisférico. Da pequena distanciacorrespondente à extremidade inferior, aprecia-mos a do pé, é em extremo pequena em compa-ração com o dedo polegar da mão ou a quecorresponde à cabeça.

O pé no nascimento só apresenta uns poucoscentímetros de comprimento e progressivamentecrescera, sobre tudo em comprimento, chegandoaos 20 anos de idade à dimensões duas, três ouquatro vezes maiores. Por outro lado, a capaci-dade de movimento das mãos, não se assemelhaas possibilidades nos pés, enquanto a criançagesticula e move expressivamente os dedos, a

www.revistapodologia.com 26

Page 27: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

mão e toda a extremidade superior, o pé nãogoza de iguais condições e ira se preparandopara assumir as funções de apoio e propulsão detodo o peso corporal.

Os estudos do movimento expressam que aantecipação é um componente da idéia do pró-prio movimento e expressam também que o con-junto de potencialidades associadas, determinauma postura, uma condição comportamentalcom estabilidade e equilíbrio total, ou parcial deacordo com a idade em que se análise o movi-mento. (Roberto Hernández Corvo, “Movimentoinfantil”, 2005)

Outra assinatura que nos proporciona conheci-mentos e nos fundamenta nosso trabalho é a doControle Médico, que propoe a estimulação plan-tar, que representa uma linha de variadas possi-bilidades, fáceis de realizar, de surpreendentesresultados na estabilidade geral da criança e par-ticularmente no desenvolvimento do pé infantil.As estimulações plantares podem ser iniciadasdesde o uso dos “taca-taca”, dando melhor utili-dade a estes: de certo modo ampliando o marcoda inversão e utilização dos mesmos.

As estimulações plantares antes da verticalida-de independentes, e inclusos posteriores para a

mesma, contribuem de maneira notável para asconformações cupulares do pé infantil, facilitan-do a “eliminação” dos pacotes grassos no pé dacriança e garantindo melhores conduções neuro-lógicas periféricas, associadas às conformaçõesdo sistema cupular do pé. Geralmente podemosafirmar que estas estimulações, sobre a base detrocas na geometria e desenhos dos dispositivosse convertem em poderosos aliados da verticali-dade.

Alcançada a mesma, mantém seus aspectospositivos, chegando ate a melhoria notável nocaso de pés planos ou extremos civismos.

Hernández Corvo demonstrou em investigaçõesrealizadas que o “taca-taca” desempenhou umpapel determinante no uso de palmilhas de esti-mulação plantar, de maneira que as sensaçõesalcançadas resultaram determinantes para afacilitação da verticalidade do sistema e dacorreta configuração das capacidades cupularesdo pé, contribuindo de maneira notável as neu-tralizações funcionais do pé plano.

Expressa em seu livro “Movimento infantil”,que o uso de palmilhas de estimulação nas pra-ticas da caminhada bípede, equilibrada e estável,se sustenta nas sensações originadas por conta-tos com diferentes formas geométricas variáveis

www.revistapodologia.com 27

O Óleo Essencial de Tea Tree daINA Cosméticos foi desenvolvidopara atuar como coadjuvante nostratamentos de Podologia e Estética.

* Ativo com múltiplas ações;* Potente Anti-Séptico;* Ajuda na regeneração da pele;* Analgésico na emoliência.

Grupo INA - Empreendimentos em Educação e SaúdeAtendimento ao Cliente: (47) 3222-3068

www.inacosmeticos.com.br / www.inainstituto.com.br

Page 28: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

ou mudanças, para que as reações nas estimula-ções plantares resultem diferentes.

Neurologicamente as ações musculares e ascondições do equilíbrio, incluindo a distribuiçãodo peso corporal devem variar e provocar ajustesvariados nas vias sensoriais e respostas motoras.

Pelo que não se pode desaproveitar recursosnaturais que contribuem também a todo o antesexposto.

O movimento infantil se insere entre as neces-sidades e as capacidades, é interativo entre ascodificações genéticas e as trocas evolutivas eadaptativas das influenciais de ações diante dasrealidades do meio.

Todas as ações que são favoráveis a estas rea-ções, serão positivas em maior ou menor grau.Isto constitui um começo para as atividadesinfantis e estamos na necessidade de favorecê-las de protegê-las e sobre tudo de estimular-las.

Mas como tudo, o abuso do “taca-taca”, dasestimulações plantares, se fazem habituais nacausa de problemas sociais da mais diversanatureza, tem que enfrentar-los e tratar-los, portodos os meios de erradicar-los ou ao menos ate-nuar-los buscando variadas ações.

Todos os meios disponíveis se relacionam einteragem com os critérios sobre as concentra-ções de elastina e colágeno que tem servido desuporte para o desenvolvimento da temática.Biofuncionalmente, todos respondem ao mesmoprincipio: “Sensações variáveis, reações variá-veis.” (Roberto Hernández Corvo)

A acomodação funcional adaptativa representaa essência dos critérios que controlamos para asexcitações plantar.

Ao tratar as diferenças entre a pele das mãos eas particularidades sensoriais na planta dos pés;as sensações de pressão e carga que tipificam aregião plantar faz com que seja necessária a“estimulação forte” para poder alcançar resulta-dos satisfatórios. Esse é o objetivo das estimula-ções, tudo um sistema que pode variar ou trocara vontade. O mecanismo cupular do pé é enri-quecido e sua melhoria garantida, junto ao mel-hor desenvolvimento esquelético do pé.

A assinatura teórica e pratica dos jogos nosbrinda com os conhecimentos necessários parafundamentar os diferentes jogos que podem seraplicados nas crianças de idade pré-escolar esuas características, para poder ser utilizadosnos pés planos ou tendência a pés planos.

Em seu artigo “Os Jogos e Esportes alternati-vos em Educação Física”, de José C. Bárbaro

Álvarez propoe: A inclusão dos jogos e atividadesrecreativas no âmbito escolar e mais concreta-mente na área da educação física esta pordemais justificada, pois oferece numerosas pos-sibilidades educativas, recreativas dos jogos eesportes convencionais ou tradicionais.

Existem jogos motores e criativos, que funda-mentam nosso trabalho, já que permitem acorreção da deformidade de pés planos ou ten-dências para ele levando em conta suas propos-tas sobre a importância da postura em criançasdesta idade.

Na tese de mestrado da autora Sara PérezCuadrado, propoe que o jogo em suas múltiplasexpressões, por seu caráter ambivalente, espon-tâneo, livre, flexível, gratuito e tolerante permiteser construído, destruído e reconstruído, sempree quando se situe no marco de uma experiênciapedagógica criativa e inovadora.

As instrutoras e as famílias podem prestaratenção nas crianças quando estes jogam e sedariam conta assim da inesgotável fonte de cria-tividade que emerge de qualquer situação lúdica,pelo que não devem preocupar-se para conseguirpossuir um sofisticado catalogo de jogos, basta-ria com que observa-sem as crianças brincar,onde revitalizam sua infância mais jovial e positi-va, onde manifestam espontaneamente suas con-dutas lúdicas.

Catalina González Rodriguez em “A variedadede jogos na classe de Educação Física”, expres-sou que o jogo constitui como atividade um ele-mento de regulação e compensação das energiaspotenciais na criança, um meio essencial deinteração e socialização.

A característica fundamental dos jogos radicaem que possibilita a mais plena incorporação detodas as partes do corpo em movimento, evitan-do a uniteralidade das cargas, com a qual se con-segue influenciar de forma generalizada no orga-nismo da criança.

Os jogos permitem uma liberdade de ação,uma naturalidade e um prazer que é difícilencontrar em outras atividades da criança: pro-porciona estados emocionais positivos, desenvol-ve a imaginação, a criatividade e as possibilida-des psicomotrices, não diminui o prazer quesente a criança ao jogar.

Por outra parte as tarefas devem estar relacio-nadas com os movimentos a executar para nãoafetar o dinamismo do jogo, da mesma formadevem manter a motivação requerida.

Como antecedente a este Programa onde pre-tendemos incidir com nosso trabalho, na etapa

www.revistapodologia.com 28

Page 29: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

pré-escolar o jogo é uma das formas particularesde atividade livre com um fim próprio, unido aum forte desejo de prazer, é uma tendência decaráter espontâneo familiarizada com impulso,as crianças o transformam tudo em jogos, atesua própria existência, constituindo o elementoprincipal de sua felicidade presente, tambémpodem ser regida pelas regras de um jogo esobre tudo a respeitar o direito dos demais.

O jogo em si estimula a realização rápida e umesforço físico em cada ação. Daí seu caráter reve-lador. De acordo com as particularidades indivi-duais, em cada criança se manifesta as habilida-des e capacidades com diferentes níveis de des-envolvimento, por isso nos jogos deste tipo deveconsiderar-se que os ganhadores não sejamsomente as equipes ou crianças que primeiro ter-minem, senão também os que realizam melhoras tarefas do jogo.

A aplicação do método do jogo serve para arealização de sensações na criança, como o pra-zer, liberdade, desejos de ação de compartilharcom outros, de descobrir e também é uma per-feita oportunidade para dar-lhe cobertura aosprocessos de excitação predominantes ou carac-terísticos do sistema nervoso central na idadepré-escolar, o que sem duvida caracteriza atravésda realização de movimentos considera que ojogo trata de fazer uma entrada metodológicapara a configuração animada, alegre e sociologi-camente necessária da Educação Física.

Vigotaki assinaló que: O feito de realizar a edu-cação física exerce sua influencia sobre estrutu-ras que estão em pleno processo de formação emaduração, determina a possibilidade de atuardiretamente sobre os processos e qualidades quedependem destas estruturas e não faz mais queconfirmar a grande transcendência que tem aidade pré-escolar para o ser humano.

Os jogos de movimentos exercitam as habilida-des motrizes básicas e contribuem para o desen-volvimento de determinadas qualidades da per-sonalidade. Sobre isso Jana Bendichova propoe:As crianças têm grandes reservas para o desen-volvimento dos exercícios e suportam cargas ateagora inestimáveis, como é natural, uma sobre-carga é perigosa, especialmente na criança deconstituição muito fraco, é lógico que constituiuma ameaça. O fundamental neste caso são asatividades de jogos que como método tem umaaplicação no Programa Educa o teu filho.

Em nosso país (Cuba) trabalha-se com a saúdede toda a população e fundamentalmente com asdas crianças e jovens. Sobre tudo no que incide

na saúde das crianças relacionadas com asdeformações ósseas, associadas na maioria doscasos de hábitos negativos posturais que seadquirem durante os primeiros anos de vida epor outras causas como são traumas, heranças,acidentes, etc.

Nossa inquietude encontra-se em que nestesprimeiros anos de vida é onde se iniciam as dife-rentes deformações do aparelho osteoarticular eque se podem prevenir com trabalho profiláticoconstante e sistemático das executórias e a famí-lia, incidindo para toda a vida.

É por isso a importância que temos todos naatenção de crianças que apresentam pés planosou tendência a pés planos, já que nos primeirosanos de vida na comunidade, em casa, na escolaé onde iniciam seus primeiros passos e todosdevemos zelar e contribuir para sua prevenção oureabilitação.

O Ministério de Educação brinda as mais ricasinformações e experiências para a idade pré-escolar, esta idade constitui uma etapa funda-mental no desenvolvimento da personalidade dacriança e em sua formação integral influenciamdecisivamente nas condições de vida e educação,já que este não é espontâneo.

Por isso, o objetivo principal do ProgramaEducativo é conseguir o máximo de desenvolvi-mento possível em cada criança mediante a ela-boração de um sistema de influencia pedagógicasistematicamente organizada e estruturada, diri-gida ao desenvolvimento das diferentes esferasda personalidade em paralelo com as particulari-dades desta idade, o qual deve garantir uma pre-paração ótima da criança para a vida escolar.

Relembremos que a pratica de exercícios emgeral, contribuem na realização de objetivoscomo: Formação de habilidades, fortalecimentoda saúde, formação de hábitos imprescindíveisno desenvolvimento do corpo humano, tanto fun-cional como morfológico.

É necessário assinalar os avanços notáveis quese tem alcançado na Educação, a Cultura Físicae a Saúde, mas consideremos que ainda temmuitas coisas que se podem resolver, sobre tudoem conseguir uma eficiência no emprego dosrecursos apartados em beneficio da saúde, dasociedade e nossas crianças.

Este processo necessita que se execute demaneira organizada e sistemática, durante umperíodo prolongado de tempo a fim de obterresultados positivos, morfológicos e funcionais.

As deformidades em idades mais novas apare-cem sempre e quando estas não se corrigem, já

www.revistapodologia.com 29

Page 30: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...
Page 31: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

que este é o principal para obter adequadas pro-porções entre os diferentes segmentos corporais.É significativo como as crianças realizam exercí-cios livremente em qualquer área, sem que estestenham as condições necessárias para sua prati-ca e que estas se podem ver como algo positivo,mas que também tem seus aspectos negativos,já que podem criar problemas morfológicos, querepercutem em suas vidas futuras. Também apratica sistemática de algumas atividades comtendências unilaterais, provocam deformaçõesem um setor do corpo.

Pelo que insistimos no uso de operar com cará-ter terapêutico, como jogos, exercícios compen-satórios, de forma bem dosificada para conse-guir corrigir as deformações dos pés, ou aomenos que não se acentuem, pois teriam conse-qüências maiores.

“O pé tem uma grande importância, já querepresenta a região de contato direto com asuperfície e se enquadra dentro de uma expres-são cupular. Quando se produzem alterações noarco longitudinal interno ou em seu radial de cur-vatura, se produz uma perda das capacidadescupulares do suporte provocando uma regressãofuncional e aparece o pé plano. Cabe dizer o pé esuas alterações são materiais inexplorados, tantopara o anatomista como para o clinico, muito fre-qüentemente a função estática de suporte o pése sobrecarrega, recordando apenas seu papelcomo instrumento de locomoção” (Licht, S.“Terapêutica pelo exercício”, 1968)

A base de sustentação do sistema humano,esta constituído pelos pés; estendendo-se desdeas bordas externas destes, ascendendo peloslimites internos das extremidades inferiores, seampliando de novo na extensão do quadril e pél-vis em geral, tendo presente a coluna vertebral esuas curvaturas.

O pé constitui um órgão cuja formação estrutu-ral e funcional no sistema humano é fundamen-tal para a sustentação bípede, propulsão e amor-tecimento durante a transação pelo que a dinâ-mica e estática do corpo dependem das funçõesdo pé. O pé humano caracteriza-se por ter umarco longitudinal externo, um arco longitudinalinterno e um arco transversal: a constituição dopé esta integrada por 26 ossos, a posição da ati-tude que adota esta garantida por potentes liga-mentos e sua função reforçada por nove grandesmassas musculares que se vêm fortalecidas adi-cionalmente em sua função motora por parte depequenas massas musculares intrínsecas do pé.

Existem pés belos e outros muito graciosos pésfortes e fracos, deformados pelas exigências datarefa diária ainda que do ponto de vista estético

os pés não se lhe outorga importância pela fun-ção que estes realizam é preciso que desde asprimeiras idades, nos preocupemos para que semantenha a configuração dos segmentos queintegram a base sustentação.

A aplicação do método do jogo serve para con-seguir sensações nas crianças, como prazer,liberdade, desejos de ação, de compartilhar comoutros, de descobrir e também é uma perfeitaoportunidade para dar-lhe cobertura aos proces-sos de excitação predominantes ou característi-cos do sistema nervoso central na idade pré-escolar, o que sem duvida se caracterizaramatravés da realização de movimentos, consideraque o jogo trata de fazer um aporte metodológi-co para a configuração animada, alegre e socio-logicamente necessária da Educação Física.

No livro “O maravilhoso mundo do jogo”, escri-to pelo professor Alfredo Ferrari (1994), diz:“Através do tempo tem variado os métodos e for-mas, os grupos de alunos, as diversas situaçõesque intervém em um ambiente educativo, os con-teúdos dos programas e as necessidades dosalunos. Mas o jogo, esse particular e especialambiente com clima próprio continua ai, notempo e em qualquer lugar, porque forma parteda vida do ser humano”.

Segundo os autores Catalina Gonzalez eArmando Corteza em seu livro “Enfoque contem-porâneo na Educação Física pré-escolar”, se refe-re ao tratamento metodológico para o trabalhocom crianças das primeiras idades, mediantediversos métodos como: Global, auditivo, visual,verbal, proprioceptivo, pratico e o jogo que é omelhor meio para conseguir que surja na criançasensações e sentimentos de prazer.

No aspecto curativo, as indicações e condutasa seguir em cada caso, uma vez presente asdeformações é incumbência do medico; mas oinstrutor e a família podem contribuir notavel-mente no aspecto mais eficaz e efetivo, a preven-ção, ao combater maus hábitos posturais e con-seguir reabilitar outros.

Entre as diferentes ações terapêuticas e de pro-filaxia, os jogos são os que se empregam commaior freqüência. Isto se deve a significação bio-lógica que tem o trabalho muscular na vida dohomem, é por isso que resulta necessário acaracterização oportuna de quem pratica ativida-de física, no contexto postural entre outros, coma finalidade de um tratamento diferenciado, emvirtude de seu próprio diagnostico, ademais sesé conhece que a infinita variedade das manifes-tações externas da atividade do cérebro se reduzfinalmente só a um fenômeno, ao movimentomuscular.

www.revistapodologia.com 31

Page 32: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

O pé normal do homem tem dois arcos: o lon-gitudinal e o transversal, que garantem sua açãode mola e aumenta a resistência da carga axial.Pelo que a queda das áreas antes mencionadas,traz uma deformação da arquitetura óssea domesmo.

Existem vários métodos propostos por diferen-tes clínicos e especialistas para classificas os pésplanos, baseando-se em diferentes aspectossegundo sua etiologia, trauma, seqüelas dedoenças, tônus muscular, aumento dos pés, etc.Por exemplo: O método de Merce Juthie o classi-fica em: Pé plano congênito e pé plano adquiri-do, que o divide em 4 sub-grupos: pé plano inci-piente, plano móvel, plano voluntario e plano rígi-do.

O método de Campbell o classifica em quatrogrupos: Pé plano flexível com perônio normal,plano rígido com perônio normal, plano rígidocom perônio espástico e plano em mecedora.

O método de Sillín o classifica em: Normal,ligeiramente plano e plano.

Existem outras classificações, mas estas são asmais utilizadas.

Um calçado irracional contribui na formaçãodo pé plano, assim como o sedentarismo, a obe-sidade, etc. Quando o arco do pé é normal ametade do pé se mantém branca noPlantograma, já que se encontra por debaixo doarco do pé; quando o pé plano é muito pronun-ciado, no papel se forma a pegada de toda asuperfície da planta.

A terapia do pé plano é um processo mais difí-cil que sua prevenção por isso deve-se apresentargrande atenção a profilaxia deste defeito. Na pre-venção das deformações do pé desempenha umpapel fundamental o calçado racional, o melhorcalçado para esta idade é a de sola dura, calcan-har pequeno e cordões.

Roberto Hernández Corvo em seu livro“Movimento infantil” indica claramente o uso dasestimulações plantares, de modo que terminecorretamente o assentamento do mecanismocupular e os arcos longitudinais (interno e exter-no) se definem, melhorando as fases de propul-são. Propõe as exercitações com rolos ou bolas,que facilitam as estimulações para as configura-ções cupulares e dos arcos funcionais do pé.

A influencia das estimulações chegam ate osprocessos gerais do equilíbrio e os controles pos-turais globais de crianças. Os rolos favorecem emextremo a formação cupular do pé; ademais de

constituir um dispositivo contra o aplanamentodo pé e a pronação astragalina que a facilita. Apronação do astralago é a causa mais freqüentepara a formação do pé plano e se associa aoutras alterações locomotoras. As dimensões dorolo são relativamente pequenas e pode-se usarcones de linhas, ou outros semelhantes. Só énecessário garantir que a região do arco longitu-dinal interno combina com o diâmetro maior dorolo; os movimentos de trás para frente e as rota-tórias, favorecem o fortalecimento do tornozelo ea estrutura do pé.

Uma variante do rolo, que resulta em um dis-positivo de dupla estimulação é o que incorporano rolo, formações ou pequenas bolinhas degoma elástica, de maneira que ao comprimir-sepelo contato, facilitem o processo circulatório elinfático periférico. Pode-se a vontade incluir-seoutros desenhos ou formas complementariascom o mesmo formato básico do rolo, a formabásica é o cone, com diâmetro maior que esti-mula a região interna do pé (arco longitudinalinterno), os movimentos essenciais são os ânte-ro-posteriores e rotatórios do tornozelo. Outraforma de estimulação com estas idades é o tra-balho com uma simples bola de qualquer mate-rial duro ou suave.

As possibilidades de estimulação não devemencontrar limitações. Outra possibilidade àexplorar é o que nos brinda a natureza, o meioambiente que rodeia a criança como: A areia,grama, terra, etc. onde aparecem irregularidadesde forma que favorecem também os processoscirculatórios e influenciam notavelmente sobreos neurológicos.

Estas condições não se devem desaproveitar, jáque conseguem motivar a criança a realizar ativi-dades como caminhar descalço, sem que mani-festem incômodos, choros ou temores, senãotodo o contrario, conseguem diversão, esparci-mento, alegria etc.

Jaroslav Kock expressou: Os estímulos provoca-dos pelo movimento despertam uma emoçãopositiva e provoca o entusiasmo e a risada nacriança, são fonte de tranqüilidade e de umaatmosfera alegre, tantas vezes desejadas na edu-cação infantil.

As crianças que praticam exercícios com regu-laridade estão sempre de bom humor, alimenta-se bem e dormem excelentemente.

O conjunto de autores do livro “Psicologia”, daEditorial Deportes (2006), propoem que a ativi-dade psíquica do homem esta sempre condicio-nada casualmente pelos fenômenos do mundo

www.revistapodologia.com 32

Page 33: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...
Page 34: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

circundante e pelos estados internos do organis-mo. Através dos órgãos dos sentidos o homemrecebe em forma de sensações a mais diversainformação sobre dois fenômenos do meio inter-no e externo.

Os órgãos dos sentidos são os mecanismos pormeio dos quais a informação sobre o meio quenos circunda passa para o córtex cerebral. Pormeio das sensações a consciência humana refle-te as principais características exteriores dosobjetos e os fenômenos (cor, forma, tamanho,particularidades da superfície dos objetos, sons,sabor, etc.) e o estado dos órgãos internos (sen-sações musculares, dor, etc.).

No livro massagens, exercícios banhos do licJulio Quintana Fernández da editorial deportespropoe exercícios para os pés planos:

- Caminhar na ponta dos pés. É bom ensinar ascrianças para que o façam.

- Correr ou andar em terrenos brandos, areia outerras úmidas, descalços.

- Pisar uma tela sobre o solo com os dedos dospés.

- Com os dedos dos pés tentar agarrar umabola, pedrinha, feijão, etc. e lançar-la

Ações com caráter terapêutico para pés planos ou tendência a pés planos

1 – Exercícios compensatórios que permitemfortalecer a musculatura e ligamentos plantares:

- Flexão de dedos, agarrando a borda de umbanco ou muro.

- Enrolar toalhas com os pés, de fora para den-tro.

- Agarrar bolinhas de cristal ou papel com osdedos.

- Caminhar lateralmente sobre um bastão- Balançar em um pé sobre uma garrafa, rolo,

bola, alternadamente.- Caminhar sobre vigas redondas, taca-taca,

figuras geométricas, etc.- Caminhar descalço na areia, grama, terra,

etc.- Caminhar na ponta dos pés, borda externa,

interna e calcanhar.- Parado sobre os dois pés, na altura dos

ombros desplazarse com agarre de los dedossobre superfície.

- Estimular o arco do pé com lavagens, escovascom cerdas suaves, etc.

2 – Jogos com caráter terapêutico, para forta-lecer e flexionar os músculos que garantem odescenso do arco plantar.

1 – Nome: Quem chega primeiro.- Tipo: MotrizObjetivo: Fortalecer a musculatura das pernas e

dos pés- Materiais: Duas bandeiras de diferentes cores.- Organização: Em duas fileiras atrás da linha

de saída, aonde cheguem nas bandeirinhas e vol-tem ao lugar.

- Desenvolvimento: No sinal da instrutora ascrianças saem caminhando sobre o calcanhar,dão a volta nas bandeiras e voltam nas pontasdos pés para o lugar de saída.

- Regras: Devem sair sobre o calcanhar e voltarna ponta dos pés.

- Valorização física terapêutica: Este jogo serealiza na parte inicial da atividade fortalecendoos músculos que garantem e estabilizam a abo-beda do tarso, tibial anterior, posterior, perôniolateral longo e a face plantar.

2 – Nome: Trenzinho pupu.- Tipo: Motriz- Objetivo: Proporcionar o desenvolvimento de

qualidades e habilidades motoras, fortalecer ostendões tibiais e alongar o perônio e o calcanharde Aquiles.

- Materiais: Giz para marcar a linha do trem.- Organização: Duas fileiras de crianças segu-

rando os ombros da criança na sua frente.- Desenvolvimento: No sinal da instrutora, as

crianças que se encontram nas duas fileiras saí-ram atrás de cada educador, na segunda repeti-ção o farão com os calcanhares e ganhara o quemelhor conduza e guie o trem.

- Regra: Não pode sair da linha do trem. Devemcaminhar com o calcanhar.

- Valorização física terapêutica: Este jogo reali-zou-se na parte inicial da atividade, para um mel-hor esquentamento dos músculos, facilitara ocontato direto da planta dos pés com o solo,acompanhado de alongamentos com as pernas eo tronco estendido.

3 – Nome: Mamãe de festa.- Tipo: Imitação- Objetivo: Contribuir no desenvolvimento da

linguagem oral, fortalecer os músculos que man-tém e estabilizam a abóbada do tarso.

- Materiais: Nenhum- Organização: DispersoDesenvolvimento: As crianças nas pontas dos

pés imitarão sua mãe quando saem para umafesta com seus sapatos.

- Regras: Sempre na ponta dos pés.- Valorização física terapêutica: Jogo que se

realizou na parte inicial da atividade conseguin-do um melhor esquentamento e permitiu o forta-lecimento da musculatura da perna e pé.

O acionar constante faz possível que trabalhem

www.revistapodologia.com 34

Page 35: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

os músculos do trem inferior e com isso se pro-duza uma tendência ao fortalecimento destesmúsculos.

4 – Nome: A bailarina.- Tipo: ImitaçãoObjetivo: Fortalecer os músculos e estabilizar o

arco longitudinal interno. Contribuir ao desenvol-vimento de habilidades motoras e da flexibilida-de.

- Materiais: Chaves e laminas de bailarinas.- Organização: Dispersos pela área e ao escutar

a musica começar a dançar.- Desenvolvimento: Primeiramente a instrutora

lhe perguntará de que forma se pode dançar, imi-tando a uma bailarina, as crianças responderão apergunta e começaram a dançar ao som das cha-ves, com os pés paralelos e juntos, na ponta, logosobre os calcanhares e na ponta dos pés, sedepois o realiza na ponta dos pés com os pés jun-tos e calcanhares separados e chegam ate ofinal, que o realizaram com pés paralelos naponta dos pés.

- Regras: Todos estes exercícios têm que se rea-lizar na ponta dos pés.

- Valorização física terapêutica: Este jogo reali-zou-se na parte principal da atividade, desenvol-vendo a parte do conteúdo e sua missão se regis-tra na ponta dos pés, o peso do corpo descarre-ga-se sobre o metatarso, fortalecendo a muscu-latura do dedo gordo sobre tudo o sedutor emseu folículo transverso, indiretamente tambémparticipa o perônio lateral longo sobre todo osetor tarso metatarsiano da cúpula.

5 – Nome: Agarre o balão.- Tipo: Motriz.- Objetivo: Dar mobilidade ao tornozelo.- Materiais: Balões.- Organização: As crianças colocam-se em duas

fileiras, atrás da linha de saída, deverão saircorrendo ate chegar ao final onde se encontramos balões.

- Desenvolvimento: O jogo começa à ordem doinstrutor. As crianças sairão correndo ate chegarno final onde tem dois balões no alto, um emcada fileira o qual devera ser alcançado pelascrianças saltando na ponta dos pés para conti-nuar o jogo, uma vez alcançado este, o instrutorcolocara o balão no mesmo lugar e a criançavolta à linha caminhando sobre o calcanhar.

- Regra: É necessário que a criança salte naponta dos pés.

- Valorização física terapêutica: Este jogo reali-zou-se na parte principal da atividade, aumen-tando o fluxo sanguíneo a traves dos músculosem atividade, diminuindo a viscosidade, conse-guindo a estática do pé e o apoio das pontas pre-paradas para isso.

6 – Nome: Mar e areia.- Tipo: Imitação.- Objetivo: Fortalecer os músculos em geral do

pé e em especial aos que com sua tonicidademantém o ato. Desenvolvam exercícios de coor-denação, equilíbrio, flexibilidade.

- Organização: Traçam-se grandes círculos querepresentam o mar ao redor destes se localizamas crianças e a parte externa de cada circulorepresenta a areia.

vDesenvolvimento: No comando da instrutora,ao mar! Todas as crianças saltam com ambos ospés para o interior do circulo e imitam os movi-mentos dos braços ao nadar e ao sinal de para aareia, todos saltam para fora do circulo.

- Regra: As crianças devem saltar com ambosos pés. Dentro do circulo devem imitar com osbraços a ação de nadar.

- Valorização física terapêutica: Jogo que serealizou na parte principal da atividade, com afinalidade de executar a habilidade de saltar e aomesmo tempo conseguir a estática do pé e oapoio dos pontos preparados para eles, evitandoa progressão da doença.

7 – Nome: Mercado de galos.- Tipo: Dramatizado.vObjetivo: Contribuir no descanso do arco plan-

tar.- Materiais: Nenhum- Organização: Todos os participantes com

exceção de dois, representam os galos que secolocam em filas, agachados e apoiando a pontados pés e um dos dois se faz de cliente e o outrode vendedor.

- Desenvolvimento: O cliente pergunta Temgalos? E o vendedor responde “Bastante escolhao que mais lhe agrada”. O cliente examina a filacuidadosamente e avalia um por gordo e outropor magro, outro por velho, etc. podem dizer coi-sas que façam rir ao que esta sendo escolhido, oque faz com que este fique desclassificado se rir,finalmente escolhe um e vai com o vendedor e oleva para sua casa.

- Regra: Devem permanecer na ponta dos pés.Não podem rir.

- Valorização física terapêutica: Este jogo reali-zou-se na parte principal da atividade garantindoa combinação de movimento que intervém. Opeso do corpo recai sobre o arco anterior outransverso, que é o que estabiliza o centro degravidade corporal.

8 – Nome: Entre Bandeiras.- Tipo: Motriz, sensorial.- Objetivo: Fortalecer os músculos tibiais e fle-

xionar a articulação do tornozelo.- Materiais: Tubos de desodorantes e duas ban-

deiras em cada fileira.

www.revistapodologia.com 35

Page 36: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...
Page 37: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

- Organização: Forma-se duas fileiras, sentadosum perto e o outro entre as bandeiras.

- Desenvolvimento: No sinal da instrutora, ascrianças sentadas vão passando o tubo com aparte interna do pé direito, ate chegar à bandei-ra e logo o farão com o pé esquerdo.

- Regra: Só pode rodar com o pé. Primeiro ofarão com o pé direito e logo com o esquerdo.

- Valorização física terapêutica: Este jogo foirealizado na parte final da atividade, fortalecen-do os músculos que garantem o mecanismocupular, estabilizam e descendem o arco facili-tando uma melhor recuperação.

9 – Nome: O zunzún da caravela.- Tipo: Imitação.- Objetivo: Permite a contração da musculatura

intrínseca do pé e do tibial anterior.- Materiais: Um cinto.- Organização: Todos os participantes com

exceção de um formam um circulo agachadosapoiando a borda interna.

- Desenvolvimento: A criança que esta de pécomeça a contar ao redor do circulo e coloca ocinto por trás, se este não se da conta, quandovolta a passar por atrás recolhe o cinto e o toca.

- Regra: A instrutora deve cuidar que as crian-ças que formam o circulo permaneçam na borda

interna. A criança que é tocada pelo cinto se fazde zunzún.

- Valorização física terapêutica: Este jogo foirealizado na parte final da atividade permitindoque a criança consiga sua total recuperação,assim como permite fortalecer a musculaturaplantar tibial anterior.

10 – Nome: Pétalas de rosas.- Tipo: Motriz, sensorial.- Objetivo: Fortalecer os flexores dos dedos,

lumbrícales e flexores curtos do dedo gordo dopé.

- Materiais: Argolas e pétalas de rosas.- Organização: Uma argola na frente cheia de

pétalas de rosas e outra a um metro.- Desenvolvimento: No sinal da instrutora das

crianças se dirigem para a argola que esta nafrente, recolhe com os dedos dos pés as pétalasde rosas e a levam para o outro aro que esta aum metro de distancia.

- Regra: Só se deve recolher com os dedos dospés. Primeiro com um pé e depois com o outro.

- Valorização física terapêutica: Este jogo serealizou na parte final da atividade, conseguindoa recuperação da criança a traves das ações dojogo, permitiu fortalecer os flexores dos dedos edo dedo gordo.

www.revistapodologia.com 37

Segmentos Objetivos Posições Exercícios Saídas

Pés planosou tendên-cia a pésplanos.Exercíciosativos.

- Flexibiliza-ção das articulaçõ-es do pé.

- Aumentar o ângulo articular.

- Mobilizar a articulação do pé.

- Fortalecer a muscula-tura hipo-tônica.

- Esticar a musculatu-ra hipertô-nica.

- Sentado- Deitado- Cubito

supino- Cubito

prono- Sentado- Cami-

nhando

- Manipulações de mobilidade articular por parte da instrutora ou outro (passivos).

- Segurar o pé pelo calcanhar e o peito do pé e rea-lizar flexão plantar e dorsal.

- Rotação interna e externa.- Realizar inversão e eversão.- Inversão da ponta do pé e eversão do calcanhar

(alternando).- Sentado: Pernas entendidas e braços apoiados

atrás, realizar flexão plantar de ambos os pés.- Inversão de ambos os pés de forma que ambas

plantas fiquem coladas.- Flexão plantar seguido de inversão de ambos os

pés, colando ambas as plantas.- Pernas flexionadas, plantas apoiadas, joelhos uni-

dos e braços apoiados atrás, realizar flexão dos dedos de forma que o pé fique apoiado no calca-nhar e os dedos.

- Com a planta dos pés unidos realizar separação dos calcanhares ficando ambos os pés unidos pelo metatarso.

- Caminhando, na ponta do pé em um plano inclina-do.

- Recolher objetos do solo com os dedos dos pés.- Caminhar com os pés em inversão (borda externa).- Caminhar agachado.

- Classe- Lar

(com ajuda)

3 – Sistemas de exercícios para o aperfeiçoamento das necessidades educativas especiais (pés planos).

Page 38: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

BIBLIOGRAFÍAS

1. Alonso López, Ramón. (1987) Cultura Física en las deformidades de las extremidadesInferiores. En: Los ejercicios físicos con fines terapéuticos (II). La Habana, INDER, 54-75 p.

2. Álvarez Cambara, Rodrigo y Col. (1996) Tratado de Cirugía Ortopédica y Traumatología.Ciudad de La Habana, Editorial Pueblo Educación.

3. Álvarez Cambra, Rodrigo. (1985) Ortopedia. Tomo II. Ciudad de La Habana, Editorial Puebloy Educación. 379 p.

4. Cabrera Hernández, Kenia. (1997) Sistema de juegos correctores en la Rehabilitación del pieplano. Trabajo de Diploma. Holguín, ISCF “Manuel Fajardo”.

5. Clave-Sainz Nolla, M. (1992). Recuerdo de la maduración, desarrollo y crecimiento de pelvis,rodilla y pies. En: Valoración médico deportiva del escolar. Murcia, Universidad de Murcia. 193 p.

6. Cruz Proenza, Yaquelín. (1995) Rehabilitación a través de ejercicios físicos a niños con piesplanos del C.I “Rayitos de Sol”. Trabajo de Diploma. Holguín, ISCF “Manuel Fajardo”.

7. Colectivo de autores rusos. (2006) Psicología. Ciudad de La Habana, Editorial de Deportes.461 p.

8. Colectivo de autores. (2006) Selección de lecturas sobre Sociología y Trabajo Social. Ciudadde La Habana, Editorial Deportes. 161p.

9. Corvo Hernández, Roberto. (1977) La columna vertebral y el desenvolvimiento bípedo.Boletín Científico Teórico. INDER. La Habana, 33 p.

10. -------------------------------- (1979) Evolución de la traslación humana. Material Docentemimeografiado), p 127-132

11. García Expósito, Lidia. (1990) Cultura Física Terapéutica. La Habana, ISCF “Manuel Fajardo”12. González Rodriguez, Catalina. (s.a) La variedad de juegos en la clase de Educación Física

Terapéutica. La Habana. INDER, p 127-132.13. Gómez Pérez, Ermes. (2008) Propuesta de actividades para motivar la participación de la

familia en el Programa “Educa a tu hijo”, con niños y niñas de 2-4 años de la comunidad ElRamón. (Trabajo de Diploma para optar por el Titulo de Licenciado en Cultura Física).

14. Grandales, N. (1981) Análisis postural de los alumnos de las EPEF y la influencia de los pro-gramas del plan de estudio (Trabajo de Diploma, para optar por el Titulo de Licencia en CulturaFísica). Santiago de Cuba. Filial. 36 p.

15. Hernández Corvo, Roberto. (1987) Morfología Funcional Deportiva: Sistema locomotor.Ciudad de La Habana, Editorial Científico-Técnico.

16. -------------------------------. (1991) Función de apoyo y la armonía del movimiento infantil. CiudadHabana, Editorial Científico-Técnico. 14 p.

17. Kite, Joseph H. (1968) Ejercicios para las deformaciones del pie. En: Terapéutica por el ejer-cicio. La Habana, Editorial Ciencia y Técnica, págs. 460 – 478.

18. López Rodríguez, Alejandro. (1999) Tendencias de la Educación Física y el DeporteContemporáneos: Aportes y Limitaciones. La Habana, ISCF “Manuel Fajardo”.

19. Martínez Páez, Julio. (1971) Nociones de Ortopedia y Traumatología Tomo II. La Habana,Editorial Ciencia y Técnica.

20. Molina Pino, Osvaldo. (2001) Propuesta de Juegos Físico – Terapéutico. Una Experiencia deavanzada. Tesis de Maestría (Maestría en Educación Especial) Ciudad de La Habana, ISP. “EnriqueJosé Varona”.

21. Salas Almarales, Yudisleidy. (2003) Los juegos cooperativos en las clases de EducaciónFísica en la enseñanza primaria del primer ciclo. Trabajo de diploma. Holguín, ISCF “ManuelFajardo”.

22. Santonja Medina, Fernando. (1992) Valoración Médica del Escolar. Murcia, Universidad deMurcia.

23. Treanov, Walter J. (1968) Movimiento de la mano y del pie. En: Terapéutica por el ejercicio.La Habana, Editorial Ciencia y Técnica, pág. 75.

www.revistapodologia.com 38

Autor: Lic. Norma Mestre Peña

[email protected] de Cultura Física de Holguín.

Sede Universitaria Municipal de Cultura Física. Antilla - Cuba.

Page 39: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 39

PodoNews Revistapodologia.com

Saúde e bem-estar

Pesquisadores do Instituto de Física de SãoCarlos utilizam a técnica de inativação de micro-organismos por terapia fotodinâmica para com-bater fungos causadores da onicomicose – atemida micose de unha. A expectativa é produzirum aparelho prático e disponibilizar a técnica demaneira acessível a toda população.

A terapia fotodinâmica, técnica baseada na uti-lização de luz para ativação de compostos medi-camentosos, tem sido presença cada vez maisforte no tratamento de enfermidades, principal-mente na área da dermatologia. Recentemente,presenciamos a explosão midiática referente aodesenvolvimento e distribuição, no SistemaÚnico de Saúde (SUS), de um aparelho paradiagnóstico e tratamento do câncer de pele,baseado na mesma técnica.

Além do descarte da intervenção cirúrgica, oque diminui riscos e garante um melhor resulta-do estético, a promessa é de que a técnica apre-sente resultados significativos em até dez dias,destruindo de maneira seletiva células cancero-sas e pré-cancerosas. Mas este tratamento temaplicações que vão muito além de tecidos e com-bate a tumores. Uma equipe do Instituto de Físicade São Carlos aplica a técnica para combater fun-gos e bactérias – a chamada inativação fotodinâ-mica -, através de um protótipo, em pacientes emestágios avançados de onicomicose.

A onicomicose, mais conhecida como micosede unha, é uma infecção muito recorrente, cau-sada basicamente por fungos que podem seradquiridos de várias formas, desde o contatocom o solo até a utilização de alicates ou lixascontaminadas. Algumas pessoas acabam porsofrer deste mal por muitos anos sem sucessoem tratamentos, sentindo muita dor e sofrendode outras infecções bacterianas que podem sealojar no local. Isso ocorre porque os tratamen-tos convencionais são mais paliativos do queuma solução definitiva, e são associados a altastaxas de falha e recorrência.

O Grupo de Óptica do IFSC, por iniciativa doprofessor Vanderlei Bagnato, tem trabalhado háalguns anos com a técnica de inativação fotodi-nâmica de microorganismos causadores dedoenças. Sabendo deste potencial da técnica na

inativação de fungos e bactérias, e considerandoo quadro atual do tratamento da micose de unha,foi pensado um projeto de pesquisa nesta área eum protótipo do equipamento foi desenhado.

Rapidamente uma colaboração teve início comAna Paula da Silva, uma farmacêutica em forma-ção, na época, que já trabalhava com a técnica,mais especificamente com medicamentos fotos-sensibilizadores em shampoos para o tratamen-to da caspa. Logo foi firmada uma parceria coma faculdade Anhembi Morumbi, em São Paulo,através do professor Armando Bega, do Curso dePodologia, o que avançou muito a pesquisa devi-do à infraestrutura disponível na faculdade pau-listana. Atualmente, a mestranda Ana Paula viajasemanalmente para a capital, onde trata cercade quarenta pacientes – entre casos finalizados eem processo de finalização.

Funcionamento

Para o diagnótisco da onicomicose, a mestran-da Ana Paula faz uso de um equipamento de fluo-rescência, já disponível no mercado para o diag-nóstico de cáries e placas bacterianas. O equipa-mento permite uma localização mais exata dosfungos causadores da infecção através da fluo-rescência característica do próprio microorganis-mo.

Tratamento para micose de unha através de terapia fotodinâmica

Page 40: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Hoje, a pesquisa baseia-se na utilização de doisprotótipos diferentes para o trato da unha, sendoque cada protótipo trabalha com um compri-mento de onda diferente, a fim de ativar diferen-tes substâncias nos medicamentos, que se dife-renciam tanto em estrutura química quanto emespectro de absorção.

São compostos fotossensíveis bem diferentes,comenta Natalia Mayumi Inada, especialista emlaboratório do Grupo de Óptica e orientadora doprojeto. O intuito é comparar a eficácia de cadacomposto, e para isso utilizamos, para cada um,uma fonte de luz específica: uma na região dovermelho e outra na região do azul, completa.

Assim, o equipamento, liberando a luz em umcomprimento de onda específico, tem a funçãode ativar o composto fotossensível que, já emcontato com a unha danificada, gera espéciesreativas de oxigênio que são prejudiciais aosmicroorganismos.

Estas espécies reativas de oxigênio são tóxicaspara o fungo ou para a bactéria e acabam por eli-miná-los, esclarece Natalia.

A medicação fica em contato direto com alesão durante apenas uma hora, iluminada porvinte minutos. Com a rapidez da ação, Ana Paulaconta que consegue tratar de dez a quinzepacientes por dia.

Tanto o protótipo do equipamento quanto atécnica da inativação fotodinâmica já estão

patenteadas. As medicações utilizadas sãocomerciais, já aprovadas para estudos clínicosexperimentais – uma de origem russa e outranacional, sintetizada por uma indústria farma-cêutica de Ribeirão Preto.

Próximos passos

Na próxima etapa desta pesquisa, após a fina-lização do tratamento dos pacientes em SãoPaulo, a equipe pretende montar uma infraestru-tura em Ribeirão Preto. Isso porque uma empre-sa especializada na área médica e odontológica,sediada em Ribeirão Preto, manifestou interesseem transformar o protótipo em equipamento eproduzi-lo. Assim, haveria uma colaboração comuma podóloga para o tratamento de um grupo depacientes, grupo do qual sairiam resultados queseriam enviados à Agência Nacional de VigilânciaSanitária para a aprovação do equipamento edesenvolvimento do produto final.

A empresa tem avançado muito na área dePodologia, disponibilizando infraestruturamoderna para clínicas de podologia, e por issodemonstrou interesse em oferecer aos podólogosum equipamento para o tratamento da onicomi-cose em seu próprio consultório.

Uma outra parceira em potencial é uma indús-tria de cosméticos localizada em São Paulo, quepretende fechar mais um grupo de pacientes nacapital e também desenvolver o equipamento demaneira comercial.

www.revistapodologia.com 40

PodoNews Revistapodologia.com

Protótipo em funcionamento: a luz activa substâncias específicas da medicação aplicada na unha doente,gerando uma reação química que libera espécies de oxigêno que são perjudiciais aos fungos causadoresda onicomicose.

Page 41: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

Para nós, essa parceriacom indústrias é muitoimportante para tornar atécnica acessível na comu-nidade, porque sabemosque o projeto de pesquisavai chegar ao fim, ao con-trário do número depacientes sofrendo destadoença.

Estamos trabalhando atodo vapor para que a téc-nica seja difundida, sobre-tudo de maneira economi-camente acessível, comen-ta Natalia. Pelas experiên-cias anteriores, sabe-seque isto é uma realidademuito possível – a mídiadivulgou amplamente adistribuição de um equipa-mento para diagnóstico etratamento do câncer depele no Sistema Único deSaúde (SUS), um projeto desenvolvido pelomesmo grupo de pesquisa no IFSC e que tam-bém funciona com base na terapia fotodinâmica.

Panorama atual

O tratamento da onicomicose por terapia foto-dinâmica já existe, mas custa muito caro e pou-cos conseguem usufruir das vantagens da técni-ca. Por isso, atualmente, o tratamento da onico-micose se dá de duas formas: via oral ou trata-mento tópico.

Em ambos os casos, a resposta não é tão efi-caz, razão pela qual a maioria dos pacientes tra-tados por Ana Paula sofre desse mal há anos.Além disso, quem toma medicamento tem efei-tos colaterais, e a terapia que utilizamos temaplicação local e se utiliza de medicação tópica,o que também contribui para impedir que osmicroorganismos criem resistência, explica AnaPaula.

Já foi provado que alguns microorganismosespecíficos desenvolveram resistência a algunsmedicamentos, completa Natalia. No caso dainativação fotodinâmica, os pacientes podem sersubmetidos a quantas sessões do tratamentoforem necessárias. "Nossa única recomendação,neste sentido, é que haja um intervalo de umasemana entre cada aplicação", observa Natalia.

O tratamento está sendo oferecido gratuita-mente, de maneira experimental, nesta etapa do

desenvolvimento da pesquisa. Segundo as pes-quisadoras, a maioria dos pacientes já se mostramuito desacreditada com os tratamentos con-vencionais e não vê mais solução para seuscasos, mas esta terapia têm mudado suas pers-pectivas de saúde e bem-estar, até porque bastacomparecer ao local e não faltar às sessões,conta Natalia.

Pesquisa básica

O interessante deste projeto de pesquisa é que,além da aplicação prática do tratamento, AnaPaula desenvolve uma cultura dos microorganis-mos em laboratório – o chamado processo invitro, maneira pela qual se investiga processosbiológicos fora de sistemas vivos.

Ana Paula cultiva, em placas, uma grandeparte da linhagem dos fungos causadores da oni-comicose e aplica a terapia fotodinâmica paraavaliar sua reação.

É a associação da pesquisa básica, que é aparte laboratorial, com a pesquisa aplicada, queé a parte clínica em si, envolvendo pacientes. Istodesperta muito o interesse da comunidade,desde pacientes em potencial até outras univer-sidades e empresas que pretendem colaborar edifundir a técnica", finaliza Natalia.

Materia publicada no site “www.ifsc.usp.br” sitedo IFSC - USP Instituto de Física de São Carlos -Universidade de São Paulo.

www.revistapodologia.com 41

PodoNews Revistapodologia.com

Ana Paula da Silva, mestranda do Grupo de Ótica do IFSC - USP, e NataliaMayumi Inada, especialista em laboratorio e orientadora deste proyecto depesquisa.

Page 42: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 42

Visite nosso Shop Virtualwww.shop.mercobeauty.com

Page 43: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 43

Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livrotraduzido para o português deste importante e reconhecidoprofissional espanhol, e colaborar desta forma com o avançoda podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estéticados pés exercida pelo podólogo.

- Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade Complutense de Madri.

- Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de

Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes, associações e escolas esportivas.

- Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de USA).

Autor dos livros:- Podologia Esportiva - Historia clínica, exploração e caracte-rísticas do calçado esportivo - Podologia Esportiva no Futebol - Exostoses gerais e calcâneo patológico - PodologiaEsportiva no Futebol.

Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoamentoem Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da Universidade Complutense deMadrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço de Medicina Preventiva doHospital Clínico San Carlos de Madri. Assistente, participante e palestrante em cursos, seminários, simpó-sios, jornadas, congressos e conferências sobre temas de Podologia.

Introdução - Lesões do pé - Biomecânica do pé e do tornozelo.- Natureza das lesões.- Causa que ocasionam as lesões.- Calçado esportivo.- Fatores biomecânicos.

Capitulo 1 Explorações específicas.- Dessimetrias. - Formação digital.- Formação metatarsal.

Capitulo 2 Exploração dermatológica.Lesões dermatológicas.- Feridas. - Infecção por fungos.- Infecção por vírus (papilomas).- Bolhas e flictenas. - Queimaduras.- Calos e calosidades.

Capitulo 3 Exploração articular.Lesões articulares.- Artropatias. - Cistos sinoviais.- Sinovite. - Gota.- Entorses do tornozelo.

Autor: Podólogo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez

Capitulo 4 Exploração muscular, ligamentosa etendinosa.Breve recordação dos músculos do pé.Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.- Tendinite do Aquiles. - Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.- Lesões musculares mais comuns.- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular.- Contusões e rupturas.- Ruptura parcial do tendão de Aquiles.- Ruptura total do tendão de Aquiles.

Capitulo 5 Exploração vascular, arterial e venosa.Exploração. Métodos de laboratório.Lesões vasculares.- Insuficiência arterial periférica.- Obstruções. - Insuficiência venosa.- Síndrome pós-flebítico.- Trombo embolismo pulmonar.- Úlceras das extremidades inferiores.- Úlceras arteriais. - Úlceras venosas.- Varizes. - Tromboflebite.

Capitulo 6Exploração neurológica.Lesões neurológicas.- Neuroma de Morton. - Ciática.

Capitulo 7Exploração dos dedos e das unhas.Lesões dos dedos.Lesões das unhas.

Capitulo 8 Exploração da dor.Lesões dolorosas do pé.- Metatarsalgia. - Talalgia. - Bursite.

Capitulo 9Exploração óssea.Lesões ósseas.- Fraturas em geral.- Fratura dos dedos do pé.- Fratura dos metatarsianos.

Capitulo 10 Explorações complementares- Podoscópio. - Fotopodograma.- Pé plano. - Pé cavo.

Vendas: Mercobeauty Imp. e Exp. Ltda. Tel: (#55-19) 3365-1586Shop virtual: www.shop.mercobeauty.com

[email protected] - w w w. r e v i s t a p o d o l o g i a . c o m

Indice

Page 44: Revista Digital de Podologia - revistapodologia.comrevistapodologia.com/jdownloads/Revista Digital Gratuita Portugues... · parece e, onde esta sua origem e inserção, assim ...

www.revistapodologia.com 44

Email : rev is ta@revis tapodolog ia .com - rev is tapodolog ia@gmai l .comA la venta en nuestro Shop vir tual : www.shop.mercobeauty.com

Tel . : #55 - (19) 3365-1586 - Campinas - SP - Brasi l

P O S T E R SP O D O L Ó G I C O S

D I D Á C T I C O S4 0 x 3 0 c m

OSSOS DO PÉ 1

ONICOMICOSES

CALOSIDADE E TIPOS DE CALOS

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS PÉSOSSOS DO PÉ 2

SISTEMA MÚSCULO VASCULAR

REFLEXOLOGIA PODAL