Revista da Papelaria 164

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ano XVIII – abril de 2011 – nº 164 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br Papelaria REVISTA DA Chegou a hora do balanço Papelarias de todo o Brasil analisam o período mais esperado por quem atua no segmento escolar. Boas vendas e a atuação das grandes redes e do governo são destaque em pesquisa realizada com mais de 100 varejistas TECNOLOGIA Incremente as vendas de mouses conhecendo mais o produto REDES SOCIAIS Atualize-se sobre o tema na série Papelarias na Web MERCADO GLOBAL Feiras na Europa e na Ásia aquecem o setor no mundo VOLTA ÀS AULAS 2011

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Abril de 2011. Especializada no mercado de papelaria.

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ano XVIII – abril de 2011 – nº 164 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br

PapelariaREVISTA DA

Chegou ahora do balançoPapelarias de todo o Brasil analisam o período mais esperado por quem atua no segmento escolar. Boas vendas e a atuação das grandes redes e do governo são destaque em pesquisa realizada com mais de 100 varejistas

TECNOLOGIAIncremente as vendas de mouses conhecendo mais o produto

REDES SOCIAISAtualize-se sobre o temana série Papelarias na Web

MERCADO GLOBALFeiras na Europa e na Ásia aquecem o setor no mundo

VOLTA ÀS AULAS 2011

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Nesta Edição

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EDITORIAL 4

CIRCULANDO 8

PERFIL DO VAREJO 14Papelaria Formosa

TREINAMENTO Gerando Demanda pelo 16Conhecimento 2011

VITRINE 44

MERCADO GLOBAL 40

ONDE ENCONTRAR 48

PONTO FINAL 50

6Pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas, Lia Valls, avalia as medidas que o governo brasileiro pretende tomar para diminuir a entrada de produtos chineses no país.

Entrevista

20Saiba como e por que fazer de sua papelaria uma integrante das redes sociais.

Papelarias na Web

26Lojistas e indústria comemoram os resultados da volta às aulas 2011 que, marcada pelo aumento nas vendas, trouxe saldo positivo ao mercado.

Especial

36Conheça mais sobre o mouse: artigo que mistura alta tecnologia e simplicidade.

Tecnologia

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4Editorial

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Passada toda a intensa movimentação da volta às aulas, a sensação é de que a habilidade e a competência do varejo de papelaria foram colocadas à prova. Comprar bem, promover-se, atrair o público, oferecer serviços diferenciados e destacar-se da concorrência foram alguns dos exercícios arduamente praticados neste período. E nós, como veículo de comunicação do setor, perguntamos: como você se saiu? Preparou-se como era necessário? Estas perguntas nortearam o trabalho da jornalista Renata Medeiros para registrar o mais fiel retrato do desem-penho do varejo de papelaria na volta às aulas 2011. O resultado é a reportagem de capa desta edição que felizmente revela que a movimentação de negócios no período foi positiva e até acima do esperado para grande parte dos lojistas, ou seja, a maioria das papelarias estava preparada para a volta às aulas e por isso puderam usufruir do bom momento econômico do país no início do ano.

A constatação está baseada no resultado da pesquisa que a REVISTA DA PAPE-LARIA realizou junto aos varejistas e que foi respondida por 114 empresários do setor em 19 estados. Pela sondagem, 70,3% dos lojistas avaliaram como ótima ou boa a movimentação da volta às aulas 2011, e 62,9% deles registram aumento no faturamento em relação a 2010. Além disso, a pesquisa indica que driblar a concorrência e atrair a atenção dos consumidores são os principais desafios do varejo de papelaria na volta às aulas. Sobre a concorrência, a já conhecida atua-ção do varejo generalista ainda é um entrave para o desempenho pleno das lojas especializadas. Mas não há como esperar que Lojas Americanas e supermercados deixem de explorar o filão da volta às aulas, então o caminho é planejar com antecedência e criar estratégias para minimizar o impacto delas na sua loja.

Mas uma nova concorrência está tirando o sono, principalmente de empre-sários de São Paulo, estado onde há distribuição de material escolar para os estudantes da rede pública. Nesta área, o desafio é ainda maior porque requer do empresário o mínimo de organização política para garantir a participação do varejo nesta distribuição. E então, o assunto é mais complexo, visto que o setor ainda não conseguiu fortalecer suas representatividades a ponto de partir para uma briga deste porte com agilidade e eficiência que o assunto merece.

O varejo vive o sentimento de desassistência também por parte da indústria. É o que mostra a pesquisa no item em que os lojistas indicam os melhores aspectos dos fornecedores nesta volta às aulas. O aspecto “qualidade dos pro-dutos” ganhou nota máxima por unanimidade, enquanto que “apoio ao ponto de venda” obteve a pior qualificação. É, o varejo deu o seu recado!

Aproveite esta edição que, além da volta às aulas 2011, traz a última repor-tagem da série Papelarias na Web, na qual a repórter Carolina Berger reúne várias

dicas para que sua papelaria explore ao máximo a presen-ça na internet, fazendo uso planejado das redes sociais. A série chega ao fim, mas já sinto saudades diante do tanto que há para se fazer no varejo de papelaria quando o as-sunto é a presença do setor na internet, em contraponto a casos específicos de bom aproveitamento deste canal de divulgação. Boa leitura e ótimos negócios! &

Rosangela Feitosa - [email protected] www.revistadapapelaria.com.br

PUBLICAÇÃO MENSAL

ASSOCIADA A

ANO XVIII ABRIL/2011 Nº 164ISSN 15162354

DIREÇÃO GERALJorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de [email protected]

JORNALISMOEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Carolina Berger e Renata MedeirosRevisão: Rita de Cassia CarelliIlustração: Uri [email protected]

ARTEDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque

ATENDIMENTO AO LEITORLuanna [email protected]

ADMINISTRAÇÃOCaroline [email protected]

CONSELHO EDITORIAL• Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR)[email protected]

PUBLICIDADEDireção comercial: Jorge [email protected]

ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULOEricson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322

SEDEAv. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel./fax: (21) 2431-2112

DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadis-tas, distribuidores, representações e indústrias do se-tor e departamento de compras de corporações.

Estava preparado?

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EntrevistaLia Valls, FGV/RJ6

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Fecha-se o cercoQuando o assunto é proteger a indústria brasileira de produtos importados, principalmente da China, o Brasil parece não medir esforços. Incentivar a utilização de selos de qualidade, aumentar as taxas de importação e o rigor na aplicação do direito antidumping são apenas algumas alternativas que o governo pretende adotar como escudo contra a chamada “invasão chinesa”. Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, Lia Valls Pereira, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), avalia os impactos dessas medidas, mostra como elas podem refletir no setor papeleiro, e deixou um alerta: “A questão não é apenas se proteger, mas investir na indústria nacional”. POR RENATA MEDEIROS

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no início deste ano, quase a metade das indústrias brasilei-ras que competem com compa-nhias chinesas perdeu partici-pação no mercado doméstico em 2010. Quais consequências esse fato traz ao Brasil? Lia Valls: O fato de existir um grande surto de importação que chegue ao ponto de pre-judicar empresas brasileiras, fazendo com que elas tenham queda no lucro, diminuição na produção e demissões, traz uma consequência negativa. A situação f ica ainda mais complicada agora, além de distorcida, devido ao câmbio muito valorizado. Como se-parar devidamente a simples concorrência daquela gera-da pela valorização cambial? Acredito que vivemos um momento em que a questão da concorrência é exacerbada devido ao câmbio.

A atual entrada de produ-tos chineses em nosso país representa uma ameaça à economia brasileira?Lia Valls: O Brasil enfrenta a concorrência de outros países, mas a discussão geralmente en-volve a China porque ela trabalha com uma gama muito diversa de artigos e, há tempos, deixou de ser uma exportadora de “quinqui-lharia”. Hoje, ela investe também em artigos de alto valor agregado, como é o caso dos eletrônicos.

contra a China

Além disso, essa nação possui economia de escala enorme e competir com o seu preço é com-plicado. A discussão é, até que ponto essa concorrência acaba prejudicando determinados se-tores? Dizer que uma empresa ou outra não aguenta a concorrência é uma coisa. Outra diferente é constatar que essa concorrência é capaz de provocar uma desindus-trialização e que, por isso, setores inteiros tendem a desaparecer. Esse, porém, não é o caso. Além disso, é muito pouco provável que isso um dia aconteça.

Quais são as medidas que o governo brasileiro toma quando pretende diminuir a entrada de produtos impor-tados no país? Lia Valls: Uma maneira de se defender dessa importação é a investigação de práticas desle-ais de dumping e de subsídio. Isso acontece se uma empresa brasileira reclama que está so-frendo danos devido à entrada de um determinado produto no país. Outra forma é a Cláusula de Salvaguarda, que o Brasil já aplicou em relação a brinquedos

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reiras técnicas é algo que toda nação pode adotar, desde que elas tenham fundamento e não sejam questionadas pela OMC ou por outras nações. Com a certificação, o país que pretende exportar para o Brasil terá que se adequar. Se foi estabelecido, por exemplo, que caneta com tinta tóxica não entra em terri-tório nacional porque faz mal à população, o fato vai impedir a importação do produto com tal característica. Nesse caso, a me-dida é bem-vinda. Todo artigo que não se adequar será barrado, mas a diminuição da entrada de material importado no Brasil vai depender se os outros países se adequarem ou não às normas brasileiras. Vale lembrar que o selo de qualidade é importante porque protege o consumidor, mas não é certo afirmar que to-dos os produtos chineses são de má qualidade. A China consegue entrar em países que possuem exigências muito altas.

Desde 2010, o direito antidum-ping é aplicado sobre a caneta esferográfica produzida na China com o intuito de difi-cultar a entrada do produto no Brasil. O governo pretende agir com mais rigor em relação a essa medida, que se estende também a outros produtos que entram em nosso mercado. Essa é uma alternativa viável? Lia Valls: O antidumping é uma medida temporária e apli-cada quando verifica-se que um produto importado está sendo vendido no Brasil a um preço menor que o praticado no mercado doméstico. A China é a campeã no mundo de investiga-ções de dumping. Se a aplicação da medida sobre a caneta esfe-

em 1994. A Cláusula de Salva-guarda é uma medida tempo-rária de proteção normalmente na forma de aumento da tarifa de importação. No Brasil, essa tarifa pode ser aumentada em até 35% no caso de produtos industriais, valor consolidado na Organização Mundial do Co-mércio (OMC). Se o país enfren-ta uma situação de concorrência muito acirrada, o governo tem que perceber isso e dar uma resposta. Mas é preciso avaliar a profundidade dessa concorrên-cia, analisar se ela é temporária, se é provocada por um câmbio que não está correto.

Uma proteção excessiva pode trazer algum tipo de conse-quência?Lia Valls: Com o aumento do câmbio, por exemplo, a merca-doria importada fica mais barata e acessível. A proteção excessiva prejudica o consumidor, já que ele não terá acesso àquele de-terminado artigo procedente de outro país. Além disso, a prote-ção excessiva pode fazer com que o setor interno, devido à falta de concorrência, acomode-se e torne-se menos eficiente. A ques-tão não é apenas se proteger, mas investir na indústria nacional.

Outra alternativa que o go-verno pretende adotar é a uti-lização de selos de qualidade, por meio de programas de certificação do Inmetro, em diversos produtos. A regula-mentação do material escolar, que entra em vigor em 2014, pode diminuir a entrada de estojos, mochilas e outros artigos chineses desse mesmo nicho em nosso país?Lia Valls: A imposição de bar-

rográfica é correta, não posso afirmar. Porém, não acredito que isso afete o mercado pape-leiro diretamente. O custo final que se tem não é sobre o setor, mas sobre o consumidor final, caso ele passe a ter que comprar essa caneta por um preço maior. Porém, quem for afetado pela medida, e considerar-se preju-dicado, pode contestar. No caso da caneta, por exemplo, quem questionaria essa questão seria a empresa chinesa que sofreu o antidumping. Às empresas importadoras brasileiras cabe aceitar, negociar ou cobrar um preço mais alto pelo produto. Certamente, essas companhias são as que mais sofrem quando o governo adota medidas para dificultar a entrada de artigos importados no Brasil. &

O Brasil enfrenta a concorrência de outros países, mas a discussão geralmente envolve a China porque ela trabalha com uma gama muito diversa de artigos e, há tempos, deixou de ser uma exportadora de ‘quinquilharia’.

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NA ESTANTE

Considerando o varejo um dos setores mais pro-dutivos do país, a editora Campus/Elsevier lançou o livro Administração de Va-rejo, um manual que auxilia profissionais e estudantes a conhecer melhor a prática de gestão de varejo e funda-mentar suas decisões. Cada um dos 14 capítulos possui, além de textos, ilustrações, fotos e exercícios que com-plementam os casos que servem de exemplo. Cada exemplar vem acompanhado de um código, com o qual é possível acessar artigos e pesquisas relacionados ao tema no site da editora (www.elsevier.com.br).Fauze Najib / Editora Campus/Elsevier – 648 páginas

O prêmio Destaque 2011, promovido pela 3M foi en-tregue no dia 25 de março aos 23 melhores parceiros da companhia, um em cada categoria. O objetivo da pre-miação, que está em sua 21ª edição, é reconhecer o traba-lho de atacadistas, converte-dores e distribuidores para os negócios do fabricante. Comemorando 25 anos, o vencedor da categoria Ata-cadista Mercado de Papelaria foi a Inforshop. Este ano foi a primeira vez que com-

À direita, a gerente da 3M no Brasil, Márcia Teixeira. No meio, pela Inforshop, Thiago Britto, sua namorada e João Gabassi (com o troféu). À esquerda, Rogério Cilento e Fábio Rafael (na ponta), também da 3M.

Atacadista em destaque

petiu porque, até então, não atendia os critérios exigidos, que são: o tempo mínimo de parceria (três anos), valor e crescimento de vendas no ano e adequação às políticas da 3M. “Essa conquista foi um desafio porque, pela 3M, distribuímos material de es-critório, mas 80% dos nossos produtos são de tecnologia”,

conta João Gabassi, gerente da companhia. “Desenvol-vemos uma estratégia que teve como pilares o freguês, os funcionários e o forne-cedor. Também investimos na aproximação entre a 3M e nossa equipe de vendas. Assim, superamos o fatura-mento exigido pelo prêmio e vencemos”, explica. &

Empenho certificadoPara implementar todas as regras exigidas, a em-presa mapeou processos, definiu os procedimentos, e avaliou recursos para in-fraestrutura e indicadores de desempenho. Depois disso, foram várias etapas de análise e certificação.

“Todos os nossos co-laboradores estão de pa-rabéns pelo envolvimento

nesta conquista. Traba-lharemos por essa conti-nuidade, galgando sempre novos horizontes na quali-dade de nossos processos”, contou Cilene Farias, di-retora da companhia, que está localizada no bairro Altos da Boa Vista, em So-rocaba e atende 23 cidades das regiões de Sorocaba, Campinas e Jundiaí. &

No início deste ano, a Parque Distribuidora (foto), empresa do Grupo Parque que trabalha com suprimentos para escritó-rio, foi certificada na ISO 9001:2008. A conquista é resultado de um proces-so rigoroso que incluiu palestras de conscienti-zação e treinamento da equipe sobre esta norma.

Apoio a pedaladasO grupo de ciclismo Uru-

tu, que existe desde 2004 e é composto por cinco ciclistas, recebe apoio da DAC. A equipe já esteve no pódio de

Sustentabilidade na prática e na escolaA Companhia Melhoramentos desenvolveu um projeto com ciclo de palestras sobre sustentabili-

dade que tem o objetivo de conscientizar as crianças e, por intermédio delas, levar informações aos seus familiares. Por enquanto, o projeto está em prática apenas na Escola Rural Particular Alice Weiszflog, mas a ideia é levar as informações também para outras escolas de Camanducaia (MG). Esta escola é gratuita e foi criada pela empresa para atender os filhos de quem trabalha na Fazenda Levantina, propriedade da companhia para a produção de fibras e celulose. &

importantes competições, como Enduranse Bike, Cam-peonato Paulista, Volta de Santa Catarina, Big Biker, GP Ravelli e Iron Bike. &

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O portal odiario.com divulgou, em março, que a Câmara de Maringá apro-vou, em primeira discus-são, o projeto que altera a redação da Lei 6.519/2004, referente à Papelaria do Povo na cidade paranaense. A proposta é do vereador Manoel Sobrinho (PC do B) e tem como objetivo fa-cilitar o acesso de material escolar, livros didáticos e

Um passo para a Papelaria do Povojogos educativos para a po-pulação de baixa renda. Os produtos seriam vendidos a preço de custo. O texto prevê exigência da compro-vação de renda pelos inte-ressados. Segundo o site, o vereador afirma que o valor cobrirá as despesas admi-nistrativas, financeiras e a manutenção da papelaria, isentando a administração municipal de gastos. &

Ainda jovem, Carla Maria Jenné de Assis trabalhava na Faber-Castell como secretária do gerente de vendas do nor-deste, em Recife. Sem tanta fa-cilidade de comunicação como há hoje, frequentemente ela ficava no escritório atendendo telefonemas, enquanto o che-fe viajava por toda a região. Quando ele voltava, em vez de simplesmente receber recados, deparava-se com solicitações praticamente solucionadas. “Comecei a pesquisar, estudar promoções, tabelas de preço, etc.”, lembra. Quando surgiu

uma vaga de vendedor na cidade, o gerente entrevistou vários candidatos e, por fim, falou à secretária: “Não tem ninguém melhor que você.” Carla trabalhou durante 14 anos na empresa, sendo oito como representante. Atualmente, ela atende às empresas Sistem, Multilaser, VMP e Stalo.

“Tento me diferenciar pelo estudo”, diz a administradora, com pós-graduação em gerenciamento e curso técnico em oratória. “Costumo estudar e utilizar os produtos que vendo para oferecer treinamento ao cliente”, conta. Essa é uma forma de se adaptar às exigências do mercado atual. “Há 25 anos, um bom relacionamento era o principal para o sucesso do vendedor. Hoje, é preciso oferecer consultoria e serviço especializado”, compara. Tudo isso resulta no que Carla chama de “marca pessoal”. “Independente da empresa que você atende e dos produtos que vende, é possível se destacar individualmente”, acredita.

Até 2010, Carla era a única representante de sua própria empresa, e contava com a ajuda da secretária Delza Abreu, que foi contratada como vendedora este ano. “Eu tive a felicidade de retribuir o que fizeram por mim”, observa, contando como contribuiu para a entrada de mais uma mulher no mercado de representação comercial. Por que há poucas representantes mulheres? “Porque é um trabalho pesado!”, responde. “Você sai cedo, chega tarde, carrega uma pasta pesada e não tem hora para almoçar”, explica. &

REPRESENTANTE COMERCIAL

Marca própriaPara os ciclistas curitibanos

Mês passado, o portal Pa-ran@shop divulgou a contri-buição da PaperLab (Curitiba/PR) para a substituição do carro pela bicicleta, ao disponibilizar uma área para um bicicletário. Segundo o site, Curitiba possui 100 km de ciclovias, mas ainda é difícil ligar todos os pontos. Um dos motivos é a falta de local para estacionar as bicicle-tas, como afirma a proprietária da papelaria, Thelma Souza Goulart. “Todo ciclista é bem-vindo! Sejam clientes ou não. Pessoas preocupadas com o planeta fazem parte do nosso

público-alvo”, anuncia a empresária que também dá preferência a produtos ecologicamente responsáveis e realiza entregas apenas com “bike boys”. &

Os jovens mais ante-nados, provavelmente, já conhecem Domo, perso-nagem criado pela maior emissora de TV do Japão, no final da década de 1990. Os episódios do monstrinho rodaram o mundo pelas redes sociais e, hoje, fazem sucesso em diversos paí-ses, como Estados Unidos, México e Brasil. Por aqui, a licença existe desde 2009

Um monstro de sucessopela agência BLG – Brand and Licensing Group.

A criatura felpuda nasceu de um ovo, tem dentes afia-dos e vive em uma caverna com o sábio coelho Mr. Usaji. Domo não fala, é fã da banda Guitar Wolf e sonha em voar. Suas aventuras costumam incluir outros personagens, como morcegos, ursos e gno-mos. Sem a imagem meiga, comum em personagens

infantis, ele agrada, princi-palmente, a criativos e tecno-lógicos adolescentes de 13 a 18 anos. Essa é a faixa etária predominante entre os 250 mil fãs de Domo no Facebook e os que postam seus mais de 3.400 vídeos disponíveis no Youtube. &

DOMO NA PAPELARIA Cordez – Bolsas, estojos e mochilas Tilibra – Cadernos

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Amante de pintura e desenho desde criança, Caroline Azulay não sabe dizer desde quando frequenta papelarias. “Desde sempre, não tem data”, afirma. Formada em desenho industrial e estudante de moda, ela procura material para a faculdade e para uso pessoal. Para responder sobre quais produtos ela mais compra, Caroline pega fôlego e dispara uma enorme lista: “conjunto de lápis de cor, pastel seco, marcador, papéis diferentes...” Quando chega ao item bloco de desenho, não hesita: “Com certeza, este é o que mais compro”. Porém, o alto preço faz diminuir a frequência com que vai a papelarias, o que acontece apenas quando o material está acabando e precisa de mais. “Fico babando nos produtos que não posso comprar”, lamenta. Ela diz que procura exatamente o que quer até encontrar e, aos 22 anos, já adquiriu experiência suficiente para eleger seu ranking de lojas favoritas, que inclui algumas das grandes empresas do Rio de Janeiro: Casa Cruz, Jou Jou e Caçula. “Sinto falta do setor de desenho da Papel Picado, que acabou”, lamenta. &

CONSUMO

Entre traços e pinceladas

No dia 25 de março, a Casa Ribeiro, uma das mais tradicionais papelarias do Rio de Janeiro, estava em festa. A data marcou a reinauguração da loja locali-zada no Shopping Tijuca, na zona Norte da capital flumi-nense. Além de mais amplo e arejado, o estabelecimento recebeu ainda alguns toques especiais, que fizeram toda a diferença na decoração e ambientalização do espaço. “Nosso objetivo é fazer com que os clientes sintam-se bem. Além disso, se você não investe em algo diferente, que chame a atenção do público, o fluxo de pessoas

Casa Ribeiro reinaugura lojana loja tende a diminuir. Quem muda agrega valor ao seu negócio”, afirmou seu proprietário, Antônio Carlos da Costa Barroso.

A história da Casa Ri-beiro teve início em 1910, e, hoje, 101 anos após a sua fundação, são seis os estabe-lecimentos espalhados pela cidade. A Casa Ribeiro do Shopping Tijuca foi total-mente reestruturada. Teto, fachada, localização da logo-marca, prateleiras - tudo foi modificado com o intuito de deixar o ambiente mais agradável para o cliente. A vitrine, é claro, também passou por mudanças. Toda

em vidro, ela foi projetada por Esmeralda Barroso. “Já são 20 anos montando as vitrines da papelaria, traba-lho que exige carinho e de-dicação. Nesta loja, além da tradicional, temos também a ‘vitrine top’, onde daremos destaque a produtos finos e diferenciados”, comentou.

A clientela parece ter gostado das transforma-ções, já que a papelaria recebeu várias visitas no dia de sua reinauguração. Márcia Rodrigues, cliente assídua do estabelecimen-to, era só elogios à “nova loja”. “Sempre venho à Casa Ribeiro quando preciso de canetas, cartões ou presen-tes. Depois da reforma, o ambiente está ainda mais

agradável. Ele está mais iluminado, e a atual dispo-sição dos produtos tornou mais fácil a visualização dos mesmos. Se eu já gostava daqui antes, agora gosto mais ainda”, comenta.

Os funcionários tam-bém mostraram-se satisfei-tos em relação à reforma. Responsável pela Casa Ri-beiro do Shopping Tijuca, João Batista Brito disse que a reinauguração funcionou como incentivo. “Quando o ambiente de trabalho se trasnforma, você cresce. Se não há investimento, o funcionário se acomoda. Mas quando há novidades, ele se sente valorizado, esti-mulado e pronto para dar o melhor de si”, avaliou. &

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Comemorando com elegânciaEm comemoração aos 250 anos da marca, a Faber Castell lançou algumas linhas especiais com edições limitadas em

quantidade que remetem ao ano de fundação, 1761. Um desses produtos é o estojo de madeira feito à mão que vem com mais de 430 itens profissionais que incluem nuanças únicas com alta proporção de pigmento. Foram fabricados 1.761 itens deste produto, e apenas cinco virão para o Brasil. &

Alejandro Rodolfo, do departamento de exportação da Acrimet, no estande da companhia, na Feria Nacional de Escolares y Oficina 2011, no México.

Aqui e lá...Os últimos meses foram de muitos eventos para a

Acrimet. Em março, a empresa, presente em 28 países, solidificou sua atuação internacional, participando da Feria Nacional de Escolares y Oficina 2011, no México, e da Home & Housewares 2011, nos Estados Unidos.

O outro evento foi em terras brasileiras e não menos importante. A companhia patrocinou atletas que compe-tiram na Travessia dos Fortes, maratona aquática realizada no Rio de Janeiro, dia 03 de abril. Entre os vencedores, estiveram Mara Serrano e Desire Schalk Cevales, que con-quistaram, respectivamente, o 1º lugar na categoria F e o 2º na categoria E. Ainda tiveram destaque Lucas Kamada Ramalho, que ficou em 2º lugar na categoria Júnior e Regiane Nunes Silva, da categoria PNE. &

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Perfil do Varejo14 Papelaria Formosa (Formosa/GO)

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Quando largou o emprego de funcionário público para se dedicar a uma papelaria, onze anos trás, Daby Souza Calaca não imaginava que os produtos que o fi zeram entrar no ramo seriam os mais transformados com o passar do tempo. Seu irmão, Davis, abriu a Papelaria Formosa em 1989, pensando em vender formulários impres-sos para empresas, pois perce-beu que o produto era pouco comercializado na cidade. Um ano depois, Daby foi trabalhar com ele e teve que conhecer melhor alguns artigos que não faziam parte do seu dia a dia e não sabia exatamente quanto comprar de cada item. “Eu

A papelaria nasceu para suprir a falta de alguns produtos na cidade e logo enfrentou a inflação. A informática fez seu mix de produtos ser alterado, e, hoje, ela desenvolve alternativas para superar a grande concorrência. Tantos desafios têm sido o combustível para almejar o sucesso.

obstáculos

A vitrine da Papelaria Formosa

recebe grande atenção, mesmo

com o público corporativo sendo o principal alvo do

negócio.

Direto da revendaNome: Papelaria Formosa.Localização: Formosa, em Goiás, a cerca de 300 km da capital Goiânia.E-mail: [email protected] da fundação: Maio de 1989.Quantidade de funcionários: Três.Região que abrange: Toda a cidade de Formosa.Filiais: Não.Área: 120 m².Serviços oferecidos: Encadernação tradicional e de capa dura, cópia, im-pressão, escaneamento e entrega.Perfi l do cliente: Corporativo.A vitrine precisa ter: Um pouco de tudo e muitos itens coloridos.Produtos mais vendidos: Papel A4 e cadernos.Melhores fornecedores: Acrimet, Compactor, Tilibra.Produto que gostaria de traba-lhar: Notebook.Que aspectos do mercado preci-sam ser discutidos: “O ideal para os lojistas seria comprar direto da indústria, mas estas exigem um valor mínimo muito alto para os pequenos empresários, e acabamos recorrendo aos atacadistas. As indústrias deve-riam investir mais na venda para papelarias menores.”

COMO CHEGARAv. Ângelo Cha-ves, 29 – CentroFormosa – GOCEP: 73801-290

percebia os produtos que saíam mais, anotava em uma lista”, conta. “Meu irmão já conhecia um pouco do funcionamento de uma empresa privada, e eu tinha noção de atendimento, pois já tinha trabalhado em loja. Uni-mos os dois conhecimentos”, lembra Daby. Os formulários quase não são mais usados, e o investimento é voltado para periféricos de informática.

Além de todas as dificul-dades normais de um novo negócio, ele conta que os dois primeiros anos foram ainda mais complicados. “Tínhamos que driblar a infl ação. Comprá-vamos grandes estoques com medo de o preço aumentar, mas havia o risco de eles fi carem en-calhados”, explica o empresário. Como solução, os sócios recorre-ram aos serviços. “Começamos a oferecer encadernação, cópia e plastifi cação”, exemplifi ca.

Em 2003, Davis recebeu uma proposta de emprego e Daby passou a assumir o negó-cio completamente, em outro ponto de Formosa. “Não quis largar. Achei que o negócio deu certo, e gosto, principalmente, de atender ao público”, afi rma.

Para quem começou com três concorrentes na cidade, as atu-ais 18 papelarias atrapalham um pouco os negócios. Para se diferenciar, Daby começou a in-vestir em telemarketing. “Ofere-ço os produtos por telefone para empresas há cerca de um ano e já tive retorno. Atualmente, temos apenas uma profi ssional nesta atividade, mas pretendo aumentar essa equipe ano que vem”, conta o proprietário, que também pensa em investir na construção de um site ainda no segundo semestre de 2011. &

Ultrapassando

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Treinamento16

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Gerando Demanda pelo Conhecimento 2011

“Quase perdi uma ótima oportunidade.” Essas são pala-vras de Enéas Nicacio, proprie-tário da distribuidora, papelaria e livraria Páginas Vivas (Rio de Janeiro/RJ). Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, ele revelou que, em um primeiro momen-to, deu pouca importância ao convite recebido por e-mail para participar do Gerando Demanda. Porém, voltou atrás e preencheu

Foi dada a largada para o Gerando Demanda pelo Conhecimento 2011, e a primeira cidade a receber o projeto foi o Rio de Janeiro. Realizado no dia 22 de março, ele reuniu, entre outros profi ssionais, funcionários e donos de papelarias que, por meio de palestras e workshops, puderam se reciclar e adquirir conhecimento. POR RENATA MEDEIROS

Investimentoque traz retorno

a fi cha de inscrição, algo de que o papeleiro não se arrepende. “Foi uma experiência muito válida. Durante as palestras, percebi alguns pontos em que posso melhorar. No próximo ano, pretendo fazer com que todos os meus funcionários participem”, afi rma.

Essa também foi a primeira vez que a assistente administra-tiva da Papelaria Nobel (Rio de

Janeiro/RJ), Marisa Alves Mar-melo, participou do projeto. Ela conta que durante o evento foi possível não somente aprimo-rar seus conhecimentos como aprender mais sobre a área de vendas. “Em uma das palestras, percebi que o profi ssional tem que ser mais ‘agressivo’ no mo-mento de fechar um negócio. O indicado é mostrar-se fi rme e decidido frente ao cliente que realiza a compra, e pretendo aplicar isso no meu dia a dia”, conta. Outro motivo também deixou Marisa bastante satis-feita. Além do aprendizado, ela ganhou ainda um fi m de sema-na em Paraty, brinde sorteado no fi nal do evento.

Diferente de Nicacio e Ma-risa, Ademilson Pereira Maciel,

A primeira edição do Gerando Demanda, realizada este ano, reuniu, no Rio de Janeiro, 130 participantes, entre papeleiros e outros profissionais da área.

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propagandista da Dello, já perdeu as contas de quantas vezes esteve presente no Gerando Deman-da, mas, segundo ele, a sensação é a de que cada participação é sempre a primeira. “Em todos os eventos, colho novas informações. Sempre me identifi co com os temas abordados, sendo essa uma reciclagem tremenda”, avalia.

PalestrasA Programação Neurolinguística (PNL) foi um

dos assuntos abordados durante o primeiro Gerando Demanda do ano. De acordo com o co-autor do pro-jeto e autor da palestra sobre o tema, Júnior Portare, poucas pessoas conhecem esse termo, apesar dele ser importante se o desejo é alavancar os negócios. “As técnicas de Programação Neurolinguística podem ser defi nidas como a capacidade de se reconhecer o lado emocional do cliente por meio de seus com-portamentos e ações. Atualmente, a venda não deve ser baseada no produto, mas na abordagem do vendedor. A partir daí, o profi ssional estará apto a transformar o objeto de desejo do consumidor em necessidade”, explica. “O assunto chamou a atenção do público. Muitas pessoas, após a pales-tra, procuraram-me com o intuito de buscar mais informações sobre a PNL”, completa.

Já na palestra “Prazer em fazer o que eu faço”, Alexandre Guedes, de maneira irreverente, mos-trou que nenhum esforço adianta se o indivíduo não possui paixão por aquilo que faz. “Isso serve tanto para a vida profi ssional quanto para a pes-soal. No primeiro caso, se o funcionário desem-penha sua função com prazer, fi ca mais fácil dele se destacar, e, dessa maneira, suas chances dentro da empresa aumentam”, comenta.

Uma das participantes que aprovou os ensina-mentos de Guedes foi a auxiliar de compras das Lojas Bandeirantes (Rio de Janeiro/RJ), Cristina Doralici de Souza. “Percebi como é importante

Em todos os eventos, colho novas informações. Sempre me identifi co com os temas abordados, sendo essa uma reciclagem tremenda.

ADEMILSON PEREIRA MACIEL, PROPAGANDISTA DA DELLO

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Treinamento18

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Gerando Demanda pelo Conhecimento 2011

desempenhar nosso trabalho com dedicação e amor. É preciso chegar ao trabalho acreditando que aquele dia será o melhor de todos. Manter a alegria, o bom humor, e deixar má vontade de lado são outras dicas para ter um melhor desempenho”, garante.

InvestimentoNeste ano, 130 pessoas par-

ticiparam do Gerando Demanda pelo Conhecimento na capital fl uminense, 30 a mais que em 2010. Colocado em prática em 2008, o projeto, que tem como objetivo capacitar e propor so-luções ao empresário e aos seus colaboradores, vem ganhando cada vez mais espaço e adeptos, como garante seu diretor exe-cutivo, Lucas Huang. Porém, o evento ainda encontra certa resistência, apesar de trazer benefícios aos participantes e de ser gratuito. “No mercado, existem três tipos de papeleiros: os que acreditam ser importante a capacitação de seus funcioná-rios e, dessa maneira, investem nisso; os que entendem essa necessidade, mas não investem; e os que não consideram essa

uma questão importante. O primeiro caso são os daquelas papelarias que destacam-se no mercado e tornam-se referência. Isso é nítido principalmente nas pequenas cidades”, alerta.

O Gerando Demanda pelo Conhecimento é realizado pela CHTech, e, como afi rma Huang, as portas estão abertas para ou-tras empresas que desejem fazer parte desse empreendimento. Segundo o diretor executivo, elas só têm a ganhar. “As vendas da CHTech aumentaram 40% nas regiões onde o projeto foi realizado”, ilustra.

O evento conta também com o patrocínio de várias compa-nhias que, em um workshop, têm a chance de expor seus produtos e exibi-los aos participantes. “No último ano, aumentamos nossas vendas em Curitiba, no Paraná, e encontramos um novo cliente em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Neste primeiro Gerando Demanda 2011, fi zemos vários contatos com diversas papela-rias”, comemora Márcia Pereira Soares, supervisora de vendas da Mediatech.

Outra patrocinadora é a AF

Na foto (da esq. para dir.), Alexandrina Le Souza, da Lufthansa City Center Guia do Mundo; Marisa, ganhadora da viagem para Paraty; Marilia Maciel, da coordenação do Gerando Demanda; e Luís Abdala, da Lare Comunicação.

International, e, segundo Na-talia Bordon Dacaro, da área de marketing da empresa, a partici-pação no evento é essencial para estar próximo tanto do proprie-tário quanto dos funcionários da papelaria. “Nessa ocasião, temos a oportunidade de ouvir as su-gestões deles, de tirar dúvidas”, comenta. “Esse contato com o balconista, com o dono da loja é muito importante, pois são eles que trabalham com o nosso consumidor fi nal. Outro ponto que nos leva a ser um dos patro-cinadores do projeto é o fato de acreditarmos em sua proposta de levar o conhecimento, que vai totalmente de acordo com a fi lo-sofi a da nossa empresa”, fi naliza o gerente comercial da Imex do Brasil, Cleber Krichinak.

Neste mês, o Rio Grande do Sul será palco do evento, que acontecerá na capital do estado, Porto Alegre, no dia 12, e em Caxias do Sul, no dia 14. Ainda em 2011, o Gerando Demanda pelo Conhecimento vai acon-tecer em outras sete cidades brasileiras. Para participar faça sua inscrição pelo site www.ge-randodemanda.com.br. &

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Papelarias na Web20

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Redes Sociais

“Já teve cliente que comen-tou foto do nosso perfil no Orkut perguntando o preço do produto na imagem. Respondi pelo Google Talk e disse que entregava em casa. Venda rea-lizada”, conta Natália Almeida de Paula Prezoto, gerente da Papelaria Stoke (Santa Cruz do Rio Pardo/SP), exemplifi cando a importância das redes sociais* para as vendas da loja. Obser-vando casos assim parece que as redes sociais são garantia de sucesso para uma empresa, mas é preciso tomar alguns cuidados e planejar antes de se aventu-rar em contatos desse tipo. O professor do Departamento de Comunicação Social da Univer-sidade Estadual Paulista, Mar-cos ‘Tuca’ Américo, pondera a obrigatoriedade de se estar nas redes: “As agências especializa-das vendem que as empresas ‘tem que estar’ nas redes sociais. Mas é preciso se perguntar por que alguém gostaria de acessar essas páginas.”

Luís Felipe Cota, gerente de atendimento da Goomark – empresa de marketing onli-ne – sugere que seja feita uma

As redes sociais mudaram o modo de empresas se relacionarem com seus clientes. A linguagem informal está presente mesmo em relações profissionais, e as manifestações – positivas ou negativas – ganham grande repercussão. É preciso estar atento ao que é falado e ir aonde o cliente está. POR CAROLINA BERGER

Para falar e, principalmente, ouvir

pesquisa offl ine com os consu-midores da loja física. “Quando a empresa faz o mapeamento do mercado, consegue falar diretamente com seu público e estar presente nos mesmos locais que ele”, explica Cota. Silvio Tanabe, consultor da Magoweb Marketing Digital, concorda que não basta criar perfi s e páginas. “Deve-se estu-dar o público-alvo, estabelecer objetivos, estratégias e plano de ação”, afi rma. E deixa um alerta: “Um dos maiores erros cometidos pelas empresas é não se preparar para atuar nas redes sociais.” Na Goomark, Cota propõe que seus clientes façam, junto com a agência, duas listas chamadas “Fazer” e “Não Fazer”. “Assim, quando surge uma dúvida, o empresá-rio recorre às listas e verifi ca se deve publicar determinado post”, explica.

Então, qual seria a melhor forma de se aproximar dos con-sumidores nesse ambiente vir-tual? Natália, da Stoke, conta que a atuação da loja nas redes está sempre ligada a promoções e lançamentos. Mas, para Joyce

Jane, CEO do iDigo – Núcleo de Inteligência Digital, essa participação deve ir além: “Ficar vendendo o produto o tempo todo não é garantia de uma boa estratégia. É preciso ouvir, falar e interagir com os fãs da sua mar-ca”. O professor Tuca Américo acredita que é preciso estar aten-to para este relacionamento não deixar de ser social e se tornar econômico. “As empresas não podem ser invasivas”, enfatiza.

Ele sugere a criação dos cha-mados adverames, jogos online desenvolvidos por empresas, que possibilitam o reforço da marca simultâneo ao entretenimento. Já Felipe Cota sugere a união de conteúdo, jogo, promoção e serviço. Ele conta o caso de um aplicativo de sucesso desenvol-vido por uma marca de cerveja que ficou temporariamente disponível no site e foi divulgado

* Especialistas divergem sobre a utilização das expressões Redes Sociais e Mídias Sociais. Por ser a opção mais utilizada popularmente no Brasil, a REVISTA DA PAPELARIA optou por adotar a expressão mais familiar aos leitores: Redes Sociais.

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As papelarias na redePara ver, na prática, sobre o que estamos falando, encontre as papelarias entrevistadas nas principais redes sociais:

Cicero PapelariaSite: www.ciceropapelaria.com.br

Facebook: Cicero-PapelariaTwitter: twitter.com/ciceropapelaria

Orkut: Cicero Papelaria

Papel de PapelSite: www.papeldepapel.com.brFacebook: Papel de PapelTwitter: twitter.com/PapeldePapelOrkut: Papel de Papel Papelaria

SiFaTwO

Stoke PapelariaSite: www.stokepapelaria.com.br

Facebook: stoke.livrariaTwitter: twitter.com/STOKEpapelaria

Orkut: STOKE Papelaria

na página do Facebook. Nesse exemplo, o usuário preenchia os dados referentes ao churrasco que pretendia fazer, e o aplica-tivo calculava todas as coisas que precisavam ser compradas, incluindo a quantidade de cer-veja. Usando uma analogia, Cota supõe a possibilidade de oferecer para escritórios o cálculo de papel utilizado por mês. Jorge

Zeze Coimbra Neto, gerente de comunicação da Papel de Pa-pel (Londrina/PR), investe em informações positivas: “Sempre publico o que está acontecendo de bom no país, no Paraná e em Londrina”. “O ponto-chave para conquistar seus consumidores é descobrir do que ele gosta e como gosta de ser tratado. Ouvir nas redes sociais é o melhor ca-

minho para conseguir sucesso”, afi rma Joyce do iDigo.

Tudo isso deve ser por meio de uma linguagem compatível com o meio e o público. Se-guindo a preocupação com os clientes, Joyce explica: “A rede social, por si só, é um ambiente mais informal. A linguagem e o conteúdo devem seguir o seu público-alvo”. O diretor

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Redes Sociais

da Cicero Papelaria (Rio de Janeiro/RJ), Cicero Pedrosa, contou que opta pela linguagem coloquial nas redes sociais, di-ferentemente do site, no qual é mantido um texto mais formal. O professor Américo concorda e acha que uma linguagem formal nas redes pode até causar certo estranhamento ao leitor, por se diferenciar deste contexto.

Porém, a primeira dúvida pode surgir antes mesmo de di-gitar o endereço de uma rede so-cial no navegador. Devo investir nas redes antes de ter um site? As papelarias Stoke, Cicero e Pa-pel de Papel possuem site, além das páginas nas redes sociais. Para os especialistas, esta é a atitude correta. Cota é enfático: “Mesmo pequena, uma empresa sem site é abominável”. Tanabe reconhece a importância das redes, mas diz que o site deve ter prioridade: “Embora algumas empresas estejam radicalizando para se dedicar somente às redes sociais, o site ainda é a principal referência para uma empresa na internet”.

Como se comportar

Nas redes, há várias formas de marcar presença. No Twitter, empresas e pessoas criam perfi s com o mesmo formato. A dife-rença está no conteúdo postado. Já no Facebook, há um espaço voltado para empresas, no qual as companhias criam páginas e não perfi s como as pessoas. Nes-sas páginas, é possível publicar textos, fotos, criar discussões. Tudo pode ser comentado e curtido pelas pessoas, inclusive a própria página. “O recomendado é que uma marca nunca crie um perfi l em redes sociais”, indica Joyce, que defende a utilização

dos recursos específi cos para em-presas. No Orkut, o equivalente seriam as comunidades, que representam um espaço para in-teração e debates. Cota também recomenda que não sejam cria-dos perfi s no Facebook, pois as páginas já foram desenvolvidas com o objetivo de posicionar as empresas na rede.

A popularidade das redes sociais provoca questões relacio-nadas ao posicionamento dos perfis pessoais. Grande parte dos proprietários e gerentes de papelarias possui perfi s próprios e ainda controla a atividade de suas lojas nas redes, o que pode gerar uma grande aproximação entre as duas participações. Há casos em que existe até um úni-co perfi l, no qual são mantidas fotos pessoais e publicações comerciais. Tudo depende da estratégia adotada, mas, se hou-ver dúvidas, é melhor separar as coisas. O professor Américo acha que a aproximação dos dois tipos de relação pode pa-recer oportunismo. “Utilizar um perfi l pessoal para divulgar uma empresa pode parecer que a pessoa fi nge que é amigo para promover o negócio”, argumen-ta. Há quem opte por utilizar os dois formatos. Principalmente, no Orkut, em que não é possí-vel que a comunidade divulgue conteúdo, ela é apenas um ambiente. Porém, no Facebook, as próprias páginas podem se manifestar, e não é necessário haver um perfi l por trás.

Pensando nisso, surge ou-tra decisão importante a ser tomada, quem terá a responsa-bilidade de controlar a empresa nas redes sociais. Para tudo funcionar da melhor maneira, é preciso unir tempo e conhe-

cimento. Felipe Cota considera agências especializadas a opção mais efi ciente para papelarias de médio a grande porte. Para as pequenas, sugere um profi s-sional de marketing exclusivo para atuar nas redes em vez do gerente do negócio. “São mui-tas atividades para uma pessoa só”, justifica. Joyce acredita que as duas formas podem ser efetivas e avalia os benefícios de terceirizar a atividade: “Muitas vezes o gerente não tem tempo e depois abandona as redes. O que não acontece quando a opção é terceirizar o serviço, pois o profi ssional já sabe como atuar neste ambiente, encontrar o target do negócio e atingir os objetivos traçados”.

Natália Prezoto, gerente da Papelaria Stoke, já realizou vendas graças à atuação em redes sociais.

O professor Marcos ‘Tuca’ Américo defende a integração entre as papelarias: “Qualquer forma de sinergia é salutar”.

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Se a alternativa escolhida for chamar um profi ssional, Tanabe indica o que deve ser considera-do: “O importante é que a pes-soa tenha, não só conhecimen-tos sobre redes sociais, como também de comunicação. Além disso, ela deve ter autonomia para falar em nome da empresa e estar preparada para lidar com imprevistos, como reclamações e críticas”. Atualmente, o con-trole das redes sociais da Papel de Papel é dividido entre dois profi ssionais, mas Jorge, pai do proprietário da loja, está se es-pecializando no assunto e logo pretende assumir a função por completo. “Meu fi lho Fernando percebeu meu interesse pela in-ternet e sugeriu que eu entrasse nas redes sociais. Fiquei um tempo em casa por problemas de saúde e comecei a brincar no Twitter. Aos poucos, fui vendo o mundo de possibilidades”, diz Jorge, contando como começou a atuar nas redes.

Mantendo contatoRedes sociais não podem

ser tratadas como uma única ferramenta. São várias opções e é preciso saber como usá-las.

Acima, Joyce Jane, do iDigo, sugere a integração sutil entre pessoal e profissional: “O proprietário pode colocar o link do site no seu perfil”. Do lado esquerdo, Felipe Cota, da Goomark, diz que se deve ter cuidado para o texto informal nas redes não ficar chato.

Cota indica quais não podem ser deixadas de lado: Facebook e Twitter. “São as que mais crescem atualmente. E existem aplicativos que permitem com-partilhar informações entre as redes”, justifica. Américo explica que a limitação de ca-racteres nos posts do Twitter, por exemplo, faz com que os textos sejam simples e diretos: “É uma boa opção fazer grandes ofertas que atraiam seguidores”, sugere. A Papel de Papel já reali-zou um sorteio com inscrições no microblog, por exemplo. A papelaria está presente nas duas redes, mas ainda não há conteúdo criado especialmente para o Facebook. “Posto no Twitter e a mesma publicação vai para o Facebook, que uso para ter retorno dos clientes e conversar com eles. Não utilizo diretamente porque ainda não domino”, conta o gerente que tem feito cursos para monitorar as redes e o site da loja. O Face-book possui mais ferramentas, como aplicativos, jogos e aces-so a páginas de companhias e grupos de discussão, funções também presentes no Orkut, porém a quantidade de usuários

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Papelarias na Web24

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Redes Sociais

Perfis: Os perfis são divididos em pessoas e páginas. Estas são voltadas para instituições e marcas de todos os tipos.Visualização: A página principal é chamada de mural, na qual o próprio dono e seus amigos podem publicar informações. É também onde aparecem atualizações dos seus contatos.O que criar: É possível desenvolver aplicativos, criar grupos com temas variados e eventos, com convidados.Interação: A forma mais popular nesta rede para demons-trar que gostou de algo é clicar no botão “curti”. Também é possível comentar as publicações dos murais e enviar mensagens privadas aos usuários.Privacidade: A publicação das informações pode ser limitada a apenas seus amigos. Quem não tem conta na rede pode acessar poucas informações dos usuários, como alguns amigos e interesses.

Perfis: Existe apenas um formato de perfil. Porém, no início de abril, foi divulgada a intenção de empresários da rede criarem páginas para marcas, como no Facebook.Visualização: A página principal exibe as últimas atuali-zações dos perfis seguidos.O que criar: É possível publicar textos com até 140 carac-teres. As mensagens podem ser acompanhadas de links para outras páginas online ou para fotos publicadas no aplicativo twitpic. Também é possível criar listas de perfis favoritos ou que agrupem perfis semelhantes.Interação: As publicações podem mencionar outros perfis. Todas podem ser respondidas e retwitadas (repetidas).Privacidade: Tudo o que é publicado na página principal do Twitter torna-se público. A única maneira de ocultar uma informação é apagá-la, mas alguém já pode ter copiado... Porém, é possível optar por enviar uma Mensagem Direta, privada, a algum usuário.

Perfis: Para participar desta rede, é preciso ter um perfil.Visualização: Na página inicial, são exibidas as atualiza-ções de amigos, além da lista de amigos e de comunidades que participa.O que criar: Quem tem uma conta pode criar uma “comu-nidade” para reunir pessoas interessadas em determinado tema e, dentro dela, criar fóruns de discussão. As comunida-des podem ser abertas a todos ou exigir aprovação a cada novo membro. Pode-se publicar álbuns de fotos, recados e depoimentos sobre amigos. Estes são publicados no perfil do destinatário mediante autorização dele.Interação: A principal interação é por meio de comentários em fotos e troca de recados.Privacidade: Tudo o que é publicado pode ser exibido para todos ou apenas a amigos selecionados, passando por alguns níveis intermediários, como “amigos de amigos”. Há a opção de restringir os recados para serem exibidos apenas para o remetente e o destinatário.

A Papel de Papel começou sua participação em redes sociais pelo Twitter, no qual tem mais de 450 seguidores.

nessa rede tem diminuído. Cota lembra ainda do Formspring, rede voltada para a comunica-ção por meio de perguntas e respostas. Ou seja, válido para focar em tirar dúvidas, se houver considerável demanda.

Não adianta participar nas redes, se não houver interação com o público. O site pode ser um bom meio de divulgação dentro do próprio ambien-te virtual. É possível colocar, na página ofi cial da empresa, ícones do Facebook, Twitter, Orkut, Blogs, etc. com links que levam diretamente à página da loja em cada uma das redes. Mas antes de pensar em qualquer forma de divulgação é preciso lembrar que, nas redes sociais, as atualizações são exibidas para seguidores e amigos. E quando alguém comentar, curtir ou repetir uma informação, os ami-gos dele também verão, o que colocará em prática o sentido da palavra “rede”, aumentando a visibilidade. Um bom exemplo disso é o caso da Cicero Pape-laria, que não precisou buscar contatos nas redes sociais. “As pessoas simplesmente começa-ram a aparecer. No início, eram só os amigos, depois vieram fãs da marca e de papelaria em ge-ral. Começamos a publicar com mais frequência, e o público nos recebeu bem”, conta Pedrosa.

A frequência com que as atualizações serão feitas depen-

de de quão ativa é sua atuação, assim como a reação de quem participa com você da rede. “Não adianta falar para nin-guém”, destaca Cota, ou seja, pode-se postar de três vezes por dia a duas vezes por semana. Mas as atualizações não podem diminuir demais e correr o risco de transmitir uma impressão ruim. “Se a pessoa vai à página de uma empresa que está desa-tualizada é como se estivesse ligando para a loja e ninguém atendesse o telefone”, compara Cota. Se ela estiver, de fato, abandonada, as consequên cias podem ser ainda maiores, e a recuperação mais difícil. “O mais prejudicial é que, se al-guém perguntar ou reclamar de alguma coisa, você não estará lá para responder”, destaca Joyce. Se isso causar perda de contatos nas redes sociais, o trabalho para recuperá-los será ainda maior, já que seria necessário mudar a imagem negativa com a qual o usuário teve contato direto. “Difi cilmente, um even-tual seguidor voltará a visitar o seu perfi l, mesmo que ele seja retomado ou recriado. A empre-sa precisa ter consciência de que participar das redes sociais é um compromisso com as pessoas que estão do outro lado”, defi ne Tanabe.

Apesar de o objetivo fi nal ser conquistar os clientes, o contato com os fornecedores

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A Cicero Papelaria possui perfis em todas as redes sociais, que são administradas pelo criador da marca, Cicero Pedrosa.

também costuma representar uma importante relação para as papelarias. As lojas aderiram à comunicação menos formal também para fazer seus pedi-dos. Na Stoke, muitas conver-sas de negócios acontecem pelo MSN. “Temos um profi ssional conectado no programa duran-te todo o expediente. Além dis-so, ele é responsável por atender o telefone e responder e-mails”, conta Natália. Joyce aprova: “O e-mail não é mais a única opção de comunicação no mundo corporativo. Quantas vezes co-meço uma discussão no e-mail, passo para o chat no Facebook e termino no Skype!” Cicero explica a adesão: “As redes sociais são rápidas, e estamos em um mundo em que tempo signifi ca muito”.

Se as redes sociais estão se popularizando, nada mais nor-mal que, em meio a tanta intera-ção, papelarias encontrem umas às outras. Será preciso escolher entre tratá-las como concor-rentes ou manter contato. Essa prática não é muito comum, mas Cota defende a ideia: “Uma relação amigável gera um bom clima no mercado e surpreende o cliente positivamente. Mas é preciso selecionar. Deve-se fi car longe das empresas ruins!”

No final das contas...Como o resultado fi nal é o

que realmente importa, é preci-so saber se as táticas estão sendo efi cientes. Isso pode ser medido principalmente pelas reações dos membros das redes. No Facebook, por exemplo, deve-se analisar se os comentários são positivos ou negativos, e se há muitos cliques em “curti” nas publicações. No Twitter, é possível responder tweets, re-ceber mensagens diretas – que não são publicadas para os seguidores –, além dos retweets (conhecidos como RT), que são a repetição de uma determinada mensagem. Esta ação, geral-mente, é feita por alguém que gostou ou concorda com o que foi escrito e, por isso, também quer compartilhar com seus próprios seguidores. Os RTs podem ser acompanhados por comentários. Então, é impor-tante analisar se realmente foi uma ação positiva. O proprietá-rio da Cicero Papelaria mede o retorno de suas ações por meio da “frequência de visitantes no site, do conteúdo dos e-mails e mensagens nas redes.” Também é possível recorrer ao Google Analytics para verificar se os acessos ao site vêm através dos links nas redes sociais. &

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Especial26

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Volta às aulas 2011

Ela é considerada a época mais importante do ano, sendo chamada por alguns de “natal dos papeleiros”, e com razão. É durante a volta às aulas que o mercado ganha fôlego, e, neste ano, o período agradou tanto a indústria quanto boa parte do varejo. O aumento nas vendas foi significativo para várias papelarias, chegando até mesmo a surpreender alguns lojistas. Porém, nem tudo são flores. As reclamações continuam as mesmas dos anos anteriores, e algumas iniciativas governamentais vêm, cada vez mais, sendo uma pedra no sapato desse setor. POR RENATA MEDEIROS

Tempo de conquistae aprendizado

Investimento na loja aumentou as vendas

da Casa do Caderno em 60% nesta volta

às aulas.

A Papelaria Primavera investiu pesado em divulgação para esta volta às aulas, apostando em carro de som e colocando anúncio em emissoras de rádio.

Na Desigraff Papelaria, foi observado que a classe C deixou de tratar o baixo preço como prioridade, dando preferência à qualidade dos produtos.

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janeiro de 2011

Funcionários da Papelaria Central comemoram o resultado desta volta às aulas. O crescimento nas vendas foi de quase 29%, se comparado ao mesmo período de 2010.

Na Casa do Caderno (Curi-tiba/PR), o que não falta é moti-vo para comemorar, pelo menos quando o assunto é a volta às aulas. Se, em 2010, o objetivo traçado para esse período não foi alcançado, a realidade atual é bem diferente. O aumento nas vendas da papelaria chegou a 60% em relação ao ano anterior, número que superou as expecta-tivas, rendendo até uma viagem a proprietários e funcionários. “Combinamos que, se a meta es-tipulada fosse cumprida, iríamos passar um dia no parque Beto Carreiro, em Santa Catarina. Foi isso o que aconteceu, já que, na verdade, essa meta foi ultrapas-sada”, conta a gerente da loja, Andreza Campestrini.

O bom resultado, porém, não veio da noite para o dia. Nos últimos meses, a papela-ria passou por uma série de melhorias. O visual da loja foi modifi cado, e o quadro de funcionários remanejado. “A antiga gerente estava desmoti-vada, e isso acabou refl etindo nos negócios. Quando assumi o cargo, vi que era preciso realizar uma série de mudanças e acre-dito que o investimento rendeu bons frutos”, diz Andreza, que é também fi lha da proprietária da Casa do Caderno.

Para o dono da Papelaria Central (Araguaína/TO), Sá-vio Brito, a volta às aulas de ano também foi animadora. O estabelecimento, que passou

Funcionários da Papelaria Central comemoram o resultado desta volta às aulas O

A Primavera Papelaria

sofreu devido à concorrência com lojas não

especializadas em artigos de

papelaria, tendo queda de 10%

nas vendas.

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Especial28

abril de 2011

Volta às aulas 2011

por reformas em sua estrutura ao longo do segundo semestre de 2010, foi preparado para o período, fato que, segundo ele, fez toda a diferença. “Creio que esse investimento tenha chamado a atenção do público. As vendas aumentaram quase 29%, se comparadas ao ano passado. Em 10 anos, essa é a minha melhor volta às aulas”, comemora.

O período, assim como para Andreza e Brito, também agra-dou outros profissionais do ramo. Uma pesquisa realizada

pela REVISTA DA PAPELARIA du-rante o mês de março, com 114 papeleiros de todo o país, mos-trou que 70% deles consideram como boa ou ótima a volta às aulas 2011. Ela também revelou que, em 62,5% desses estabele-cimentos, as vendas, este ano, foram mais intensas que em 2010. Membros do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa) e da rede de papelarias Brasil Escolar também não deixam dúvidas, essa última volta às aulas trouxe saldo posi-tivo para o mercado.

Reestruturação da equipe e investimento no layout da loja podem chamar a atenção do pú-blico e alavancar vendas, como aconteceu na Casa do Caderno e na Papelaria Central, mas para a maioria das lojas foram outros os motivos que garantiram o sucesso dessa volta às aulas. O maior poder de compra da po-pulação é um deles. “Percebi que o público pertencente à classe C passou a dar preferência não ao produto mais barato, como acontecia antes, mas ao artigo de mais qualidade”, comenta a proprietária da Desigraff Papelaria (Campo Largo/PR), Andrea Pedron Cecato. Vera Lúcia dos Santos, dona da Livraria e Papelaria Santos Variedades (São Luís/MA), também observou a mudança de comportamento do consu-

midor. “Nos últimos dois anos, os pais estavam cortando itens que eram pedidos na lista de material escolar. Em 2011, essa situação foi diferente. Alguns deles não somente compraram tudo o que era pedido, como levaram coisa a mais”, relata.

Outro motivo que ajudou a alavancar as vendas foi o inves-timento em publicidade. Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, muitos papeleiros revelaram que, neste ano, apostaram ain-da mais nessa estratégia, como foi o caso de Heitor Ribeiro, um dos sócios da Papelaria Primavera (Quirinópolis/GO). “Colocamos carros de som nas ruas e também fi zemos anúncio em emissoras de rádio. Investir mais na propaganda trouxe um ótimo retorno”, revela. O forta-lecimento na divulgação tam-bém foi estratégia utilizada pela Desigraff, como conta Andrea. “Nosso nome estava em toda a cidade por meio de panfl etos, rádio, jornal e até outdoor”.

O presidente do Simpa, An-tonio Martins Nogueira, destaca outro motivo que também cola-borou para o sucesso dessa volta às aulas. Segundo ele, mais pape-leiros estão trabalhando com um número maior de fornecedores, deixando as lojas mais atrativas. “Todos os nossos associados tiveram crescimento nas vendas. Isso porque houve uma mudan-ça de comportamento. Se antes a papelaria trabalhava com um ou dois fornecedores, hoje, ela é abastecida por diversos deles, atendendo assim a necessidade dos mais variados consumido-res”, avalia.

A indústria também bene-ficiou-se com a volta às aulas 2011. De acordo com a gerente

Brasil Escolar divulga dadosUma pesquisa divulgada pela rede de papelarias Brasil

Escolar também mostra como a Volta às Aulas 2011 foi positiva para o setor. De acordo com o resultado, 87% dos entrevistados registrou aumento entre 50,1% e 60% nas vendas, em comparação ao ano anterior. O momento favorável da economia brasileira foi indicado como um dos principais fatores que alavancaram a saída de produtos das lojas, assim como o bom atendimento, destacado por 34,8% dos papeleiros como importante para o desenvol-vimento dos negócios.

Em relação ao estoque, a pesquisa mostrou que 43,5% dos lojistas apostou na variedade de artigos e no aumento do mix de produtos oferecidos em suas prateleiras nesta Volta às Aulas. O atraso na entrega das encomendas foi considerado ponto negativo do período por 13% dos entrevistados, e 6,5% deles sentiram-se incomodados em relação à doação de kits escolares aos alunos da rede pública. A maior insatisfação, porém, esteve relacionada à concorrência, principalmente contra supermercados, atacarejos e lojas de R$1,99. O problema foi apontado por 26,1% dos papeleiros. A pesquisa da Brasil Escolar, realizada durante a última semana de março e a primeira semana de abril, foi respondida por 16,9% de seus 270 associados.

Se antes a papelaria trabalhava com um ou dois fornecedores, hoje, ela é abastecida por diversos deles, atendendo assim a necessidade dos mais variados consumidores.

ANTONIO MARTINS NOGUEIRA PRESIDENTE DO SIMPA

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de mar keting da Faber-Castell, Elaine Mandado, o período foi positivo para a empresa, e uma forte tendência este ano foi o au-mento no consumo de produtos de maior valor agregado. O geren-te comercial da São Domingos, João Antonio Corniani, revela que o período superou as expectativas dos funcionários, que esperavam aumento de 15% nas vendas em relação ao ano passado. “Nosso desempenho foi surpreendente, pois atingimos crescimento de 25%, 10% a mais do número que tínhamos em mente”, comemo-ra. Na DAC, a volta às aulas 2011 também foi motivo para comemorar. “Atingimos em cheio nosso público-alvo e conseguimos vender toda a nossa produção”,

diz a assistente de marketing da empresa, Michelle Cicera.

Concorrência Apesar do clima de otimis-

mo, a volta às aulas 2011 não agradou a todos. Impasses acabaram fazendo com que algumas papelarias amargas-sem queda nas vendas, e um deles já é velho conhecido dos papeleiros, a concorrência com as lojas de departamentos e grandes redes de supermerca-do. A proprietária da Prima-vera Papelaria (Santo André/SP), Marli da Costa, reclama da situação. “Com a venda de ma-terial escolar nesses espaços, quem é do ramo acaba saindo prejudicado”, comenta a pape-

leira, que viu as vendas em sua loja caírem 10% este ano.

A alegação é a de que essa concorrência é desleal princi-palmente porque a indústria venderia seus produtos a essas grandes lojas a preços promo-cionais, já que, geralmente, elas fazem encomendas em grandes quantidades, diferentemente das micros e pequenas papela-rias. Brito, da Papelaria Central, chama ainda a atenção para a forma de pagamento oferecida pela indústria, que segundo ele, deveria estar mais de acordo com a realidade dos papeleiros. Ele diz que precisa quitar sua dívida com os fornecedores durante os primeiros três meses do ano e, se tivesse mais tempo

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Volta às aulas 2011

para pagar pelo material enco-mendado para a volta às aulas, poderia oferecer mais prazo ao consumidor. “Não tenho como parcelar os pagamentos dos clientes em 10 vezes como os supermercados, por exemplo. Se houvesse a colaboração da indústria, grande parte dos pe-quenos papeleiros também po-deria fazer isso e, dessa maneira, chamar a atenção do público”, avalia. “A indústria deveria ser parceira das papelarias, mas não é isso o que acontece”, acrescen-ta Andrea, da Desigraff.

Por outro lado, os forne-cedores consideram equivo-cadas as reclamações feitas pelos papeleiros. O gerente de marketing do Grupo Bignar-di, Fabricio Pardo, alega que recentemente a empresa vem encontrando dificuldades em negociar com o autosserviço, o que faz com que os preços prati-cados subam signifi cativamente nesses pontos de venda. Já o porta-voz e gerente de desenvol-vimento do canal de papelaria da BIC Brasil, Luciano Santos, lembra que o autosserviço trabalha com mix reduzido de produtos. É nas papelarias que a empresa disponibiliza sua linha completa e artigos a granel, um dos grandes diferenciais desses estabelecimentos. Outro ponto que ele destaca é o treinamento dado pela BIC aos balconistas das lojas, especialização que o cliente não vai encontrar em lojas de departamentos ou su-permercados.

A REVISTA DA PAPELARIA en-trou em contato com as Lojas Americanas, o Carrefour e o Walmart, que possuem mate-rial escolar em suas prateleiras, para discutir também com eles

a reclamação levantada pelos papeleiros e entender o que o período volta às aulas repre-senta para essas grandes redes. Porém não obtivemos retorno de nenhuma delas em relação a tais questionamentos.

Outro problema são as lojas não especializadas em produtos de papelaria que teimam em vender esse tipo de produto durante a volta às aulas. Em algumas cidades brasileiras, é possível encontrar cadernos e canetas, entre outros artigos, em mercearias e, até mesmo, em lojas de roupas. “Só falta encontrar material escolar em açougue”, exagera Marli. De acordo com Nogueira, esse é um problema que vem se agra-vando, sendo impossível ignorá-lo. “O Simpa estuda fazer um trabalho junto às autoridades com o intuito de diminuir essa tendência”, declara.

Mesmo afetada por toda essa concorrência, Vera Lúcia, da Papelaria e Livraria Santos Variedades, consegue enxergar nela um ponto positivo. “Essa situação faz com que nós, pape-leiros, busquemos outras alter-nativas para atrair os clientes. É assim que vamos, cada vez mais, atrás de novidades e serviços especializados”, alega. Apesar das reclamações, os papeleiros também fi zeram elogios à in-dústria, destacando a qualidade e a diversidade dos produtos por ela oferecidos como o seu principal ponto positivo.

Kit escolarEm Jundiaí, no estado de

São Paulo, teve muita loja tendo prejuízo devido à entrega de ma-terial escolar aos alunos da rede municipal de ensino realizada

Impressões do varejo“O varejo oferece hoje uma excelente di-

vercidade. O problema é que os fornecedores deixam a desejar em relação aos seus clientes mais distantes”.

MÔNICA CANTO PAPELARIA RABISCANDO ORIXIMINÁ/PA

“O volta as aulas 2011 foi bom, mas sempre pode ser melhor. Às vezes nos faltam ferramen-tas, como apoio das indústrias, material de merchandising e treinamento especializado”.

LUIS GUSTAVO DA SILVA BARREIRAPAPELARIA CAPRICHO CACHOEIRA PAULISTA/SP

“O consumidor fi nal tem procurado pelas melhores marcas, independentemente do pre-ço, e continua deixando a compra do material escolar para a última hora”. SANDRA ARADZENKA PAPELARIA BUTTERFLY SÃO PAULO/SP

“Precisamos nos unir contra a investida do governo em relação ao fornecimento de material escolar para a rede pública. A longo prazo, isso vai tirar nosso mais forte período de vendas – a volta às aulas”.

WAISLAN P. DE CASTRO GRÁFICA PRUDENTINA PRESIDENTE PRUDENTE/SP

“Os produtos chineses, exceto as mochilas, vêm perdendo espaço para os artigos nacionais de qualidade”.

LUIZ SERGIO F. P. JÚNIOR BAZAR NOVIDADES ANGRA DOS REIS/RJ

“A palavra de ordem hoje é investimento em tecnologia e capacitação da equipe. É pre-ciso fazer uso da criatividade, sem limites”.

VITOR TAVARES LIVRARIA E PAPELARIA LOYOLA SÃO PAULO/SP

“A nossa maior difi culdade foi encontrar materiais para o fi nal da volta às aulas. Muitos pais deixaram para fazer suas compras na última hora”.

LEANDRO APARECIDO GUIZI PAPELARIA IDEIA CRIATIVA SÃO PAULO/SP

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pelo governo. De acordo com Daniel de Souza, proprietário da Toka do Lápis (Jundiaí/SP), em dezembro, a prefeitura informou que faria a distribui-ção dos kits volta às aulas, mês em que os estabelecimentos já tinham feito todos os seus pe-didos para o período junto aos fornecedores. “Não sou contra o fornecimento de material es-colar aos estudantes, mas acho que a iniciativa deveria ter sido divulgada mais cedo, pois, dessa maneira, eu teria feito outro pla-nejamento de estoque. Boa parte dos artigos que comprei para serem oferecidos ao público na volta às aulas não saiu da loja, fazendo com que minhas ven-das caíssem 45%, se comparadas

ao ano passado”, lamenta.Em Porto Ferreira, também

em São Paulo, o governo é o responsável pela entrega dos kits volta às aulas a alunos da rede pública de ensino. A distribuição realizada pelo município, de acor-do com o supervisor de vendas da Papelaria Ideal (Porto Ferreira/SP), Vander Luiz Genomi, teve início há três anos, o que fez com que os papeleiros tivessem que se adequar à nova realidade. “Tive que diversifi car o material ven-dido na loja, passando a investir também na linha de informática e em presentes”, conta.

Tanto Souza quanto Ge-nomi concordam que uma maneira viável para resolver esse problema seria a adoção do

“Em 2011, os fornecedores apresentaram um empenho melhor que em 2010, embora tenha acontecido atraso na entrega de mer-cadorias. Com relação às vendas, foi um ano melhor que o anterior”.

RINALDO PAGANELOABC LIVRARIA E PAPELARIA SÃO CAETANO DO SUL/SP

“Essa é a época em que todo mundo vira papelaria: a loja de confecção, a loja de infor-mática, a loja de presentes. Mochilas escolares chegam a adornar avenidas. São várias delas penduradas em portas de lojas que não são do segmento de papelaria”.

ADEMIR SPITZER SPITZER PAPELARIA NOVA FATIMA/PR

vale-educação ou vale-material escolar, já adotado em cidades como Votorantim e Bariri, am-bas também em São Paulo. “O procedimento é perfeitamente

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A VOLTA ÀS AULAS 2011 FOI INÍCIO DA PREPARAÇÃO

OS PRINCIPAIS DESAFIOS DO VAREJO

PERÍODO DE MAIOR MOVIMENTOFUNCIONÁRIOS EXTRAS CONTRATADOS

Excelente 6,3%

Ruim 4,5%

Regular 18,9%

Ótima 33,4%

Boa 36,9%

Outros 7,2%

Novembro 2010 - 11,7%

Dezembro 2010 - 12,6%

Outubro 2010 - 16,2%

Setembro 2010 - 24,3%

Agosto 2010 - 28,0%

Nenhum - 21,2%

Acima de 20 - 1,9%

De 11 a 20 - 1,9%

De 6 a 10 - 8,7%

De 1 a 5 - 66,3%

Outros - 6,3%

Evitar inadimplência - 3,6%

Capacitar equipe - 10%

Negociar com fornecedor - 11,7%

Gerenciar estoque - 20,7%

Atenção dos consumidores - 22,5%

Driblar concorrência - 25,2%

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De 15/1 a 15/2/2011

1a quinzena de janeiro

2a quinzena de fevereiro

Dezembro/2010

Março/2011 Outros

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66,7%

62,9%

23,8%

13,3%

8,1%0,9% 0,9%

7,2%

AS VENDAS EM RELAÇÃO A 2010

Aumentaram Estabilizaram Diminuiram

Raio X da volta às aulas 2011Durante o mês de março, a REVISTA DA PAPELARIA realizou

uma pesquisa com o objetivo de traçar o perfi l da Volta às Aulas 2011. As questões foram respondidas por 114 papeleiros de 19 estados, sendo que 79,3% deles são de cidades do interior. Confi ra abaixo o resultado:

Estratégias para atrair o público1º – Desconto para pagamentos à vista 2º – Parceria com escolas 3º – Carros de som 4º – Distribuição de brindes 5º – Encapamento de livros e cadernos

Produtos campeões de venda1º – Cadernos 2º – Canetas 3º – Papel Sulfite4º – Lápis grafite preto ou lapiseira 5º – Lápis de cor

Aspectos positivos da indústria 1º – Qualidade dos produtos 2º – Pontualidade na entrega3º – Forma de pagamento4º – Apoio ao ponto de venda

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viável, desde que todas as partes envolvidas se comprometam a fazer com que ele funcione”, declara Antonio Sereno, um dos diretores da Brasil Escolar. Outra cidade paulista onde a iniciativa vem dando certo é Fer-nandópolis, como já informado pela REVISTA DA PAPELARIA em sua última edição de setembro.

O procedimento foi adota-do pelo município em 2010 e funciona de maneira simples, os pais dos alunos da rede municipal de ensino recebem o vale-educação junto à lista de material escolar e vão até uma papelaria credenciada adquirir os itens pedidos. “A medida foi aprovada por pais, alunos e papeleiros. Ela vem

dando tão certo que secretarias de educação de outras cidades já nos procuraram para saber mais sobre o projeto”, afi rma a assistente técnica pedagógica de ensino fundamental da se-cretaria municipal de educação de Fernandópolis, Claudinéia Tozzo dos Santos.

UniãoDe acordo com a papeleira

Andrea, para driblar todos esses impasses, o setor deveria ser mais unido. “Nunca sei a quem recorrer quando estou frente a esses problemas que perturbam a maioria dos profi ssionais des-se ramo”, lamenta. Paulo Sbragi Júnior, um dos diretores da Bra-sil Escolar, explica que um dos

trabalhos da rede é exatamente lutar pela classe por meio de entidades como o Simpa e a Francal. Já Gabriel Idiomar Bu-sato, também diretor da Brasil Escolar, reclama dizendo que esse é realmente um problema, e, se a classe fosse mais unida, o ramo papeleiro teria muito mais força. “O ideal seria que cada estado brasileiro tivesse um sindicato, mas como isso não acontece, gostaria de deixar claro que o Simpa, apesar de fo-cado em São Paulo, está aberto aos papeleiros de outros estados que tenham críticas ou suges-tões em relação ao mercado. É com essa troca de experiência que conseguiremos fortalecer o setor”, garante Nogueira.

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Volta às aulas 2011

Fila é problema para todos

É entre os dias 15 de janeiro e 15 de fevereiro que grande par-te das papelarias recebe o maior número de pais de alunos em busca do material escolar para os filhos. Em muitas delas, o

corre-corre e as fi las interminá-veis podem acabar espantando os clientes que, cada vez mais exigentes, procuram tranquili-dade e bom atendimento.

Daniel Mizrahi tem nove anos e, apesar da pouca idade, já aponta suas preferências, quan-do o assunto é material escolar.

Para fugir do corre-corre das grandes redes, Sarina Mizrahi comprou o material de Daniel na papelaria da escola.

assunto, o fi lho de quatro anos e a fi lha de 13. “Após a última Offi ce Paper Brasil Escolar, minha filha perguntou se eu havia comprado cadernos do grupo Restart, que eu nem conhecia. A procura por produtos da banda, porém, foi grande, mas, infeliz-mente, não havia esse material na minha papelaria”, lamenta.

Andressa Martins tem nove anos e não abre mão de fazer companhia à mãe quando che-ga o momento de comprar o material escolar. Neste ano, as principais aquisições da menina foram uma mochila das Meninas Super Poderosas e um caderno estampado com a foto de um de seus cantores preferidos. “Os personagens são engraçados e gosto de tê-los co-migo. Sou também fã do Justin Bieber”, alega a estudante.

A mãe da menina, Francis Martins, não mede esforços para agradar a fi lha, mas, antes de entrarem na papelaria, elas fazem um acordo. “Deixo que ela escolha um ou outro produto e

explico que não é possível levar tudo o que ela deseja”, conta.

Os produtos licenciados possuem preço maior se com-parados aos não licenciados por questões de royalties, como explica o gerente de desenvolvi-mento do canal de papelaria da BIC Brasil, Luciano Santos. Ele, porém, garante que esse não é um impasse para a saída desses artigos. “A questão do preço não é um problema importante, pois o consumidor, quando procura um personagem, está disposto a pagar por esse produto”, completa o diretor comercial da Tilibra, Wagner Jacob.

A mochila das Meninas Super Poderosas foi uma das aquisições de Andressa.

Que a maioria das crianças gosta mesmo é de cadernos e mochilas estampados com seus personagens prediletos todo mundo sabe, e essa é uma ten-dência que, segundo os papelei-ros, vem crescendo. De acordo com a pesquisa realizada pela REVISTA DA PAPELARIA em março, com 114 profi ssionais do ramo, em 46,2% das papelarias, a saída de artigos licenciados foi maior que a de não licenciados.

Proprietária da Desigraff Papelaria (Campo Largo/PR), Andrea Cecato conta que, este ano, decidiu investir mais nesses artigos devido à grande procura pelos licenciados na volta às aulas 2010. “O ideal é ter o mix completo daquele determinado personagem”, afi rma.

Sávio Brito, dono da Pape-laria Central (Araguaína/TO), garante ser impossível deixar os licenciados de lado durante a volta às aulas, e, para escolher em quais personagens e perso-nalidades investir, ele conta com a ajuda de dois especialistas no

A força dos licenciados

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Hoslei Pimenta, da Kalunga, aposta na abertura de novas lojas para diminuir o problema das filas. Neste ano, serão quatro novas filiais só no Rio de Janeiro.

“Gosto daquela borracha verde, grossa, e da caixa de lápis de cor com 24 cores. Isso porque eu adoro desenhar. Quando desenho, minha imaginação fl utua”, conta.

Mãe de Daniel, Sarina Mi-zrahi sempre faz uma pesquisa antes de decidir onde comprar o material escolar do fi lho. Ao constatar que os preços na pa-pelaria localizada dentro da es-cola de Daniel eram compatíveis com os das grandes redes, ela não pensou duas vezes antes de decidir onde fechar o negócio. “Optei pelo estabelecimento dentro da escola visando ao conforto e à praticidade. Fiz o pedido por telefone e peguei o material mais tarde, sem complicações. Fazer compras em grandes papelarias durante a volta às aulas é complicado. Elas ficam muito cheias e há fi las enormes. Esses estabeleci-mentos deveriam se organizar melhor para receber o público nessa época do ano”, opina.

O consumidor atual não tem mais tempo nem paciência para gastar horas adquirindo o mate-rial escolar, e uma das evidências que ilustra a afi rmativa é o au-mento das compras pela internet registrado pela Kalunga, como afi rma o gerente comercial da

rede de papelarias, Hoslei Pimen-ta. “O consumo pela internet vem crescendo mais que nas lojas físicas”, comenta.

Ele reconhece que o grande número de clientes que movi-menta a papelaria durante a volta às aulas acaba provocando os problemas relatados por Sari-na, mas garante que a Kalunga vem tomando medidas para facilitar a vida de seus clientes. “Nosso centro de distribuição, antes unifi cado, foi dividido. Enquanto um atende as lojas físicas, o outro fi ca responsá-vel pela internet e o canal de televendas”, explica. Já para diminuir o fl uxo de pessoas nas lojas, a solução, segundo ele, é abertura de mais estabeleci-mentos. “Só no Rio de Janeiro, serão quatro novas papelarias Kalunga este ano”, revela.

Durante a volta às aulas, a Saraiva contrata mais de 500 funcionários temporários para suas 100 lojas. Algumas delas tiveram ainda o layout modifi-cado para a montagem de um espaço especial destinado aos livros didáticos, com o intuito de garantir a organização e o conforto dos clientes. Apesar das medidas tomadas, o dire-tor comercial da rede, Frederi-co Indiani, afirma que alguns estabelecimentos também enfrentaram o problema das intermináveis filas. “A volta às aulas é um período ‘ner-voso’, e, para facilitar a vida do cliente, a Saraiva entrega a encomenda em domicílio e orienta os pais a anteciparem suas compras ou a deixarem a lista de material escolar na loja para retirada da mercadoria posteriormente”, alega. &

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Tecnologia36

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Mouse

Seguindo a tendência de ir em direção à praticidade, há algum tempo, os mouses aban-donaram o sistema mecânico que os faziam deslizar com uma esfera. De consumidores a fabri-cantes, ninguém sente saudades da bolinha, que acumulava poei-ra, atrapalhando os movimentos. Gustavo Padovan Longo, gerente de marketing da Clone, explica a evolução, tecnicamente: “Nos mouses mecânicos, a movimen-tação se dava por meio de uma esfera que girava dois roletes internos. Assim, entrava sujeira no dispositivo, prejudicando o atrito das peças e a tradução dos movimentos. Nos mouses ópticos, o acúmulo de sujeira é praticamente nulo por não haver partes móveis”. O tradutor Ma-theus Castro considera que essa facilidade com a manutenção já faz da tecnologia óptica uma opção melhor, mas destaca ou-tras vantagens: “O mouse óptico tem um movimento mais suave, com menos fricção”. A estudante de publicidade Thais Portella também avalia a versatilidade da nova tecnologia: “Ele pode ser usado em diversos lugares em que não era possível utilizar o de esfera, como na cama sobre um tecido”.

A popularidade dos compu-tadores portáteis faz com que os modelos sem fio ou os de tamanho míni, com fi o retrátil,

Ninguém discute a função do mouse como facilitador da informática. Porém, o acessório que simplifica é tecnologicamente complexo e diversificado, já que utilizado por todos os públicos. Por isso, é importante conhecer as especificidades do dispositivo utilizado para mexer aquela setinha no monitor, mesmo quando não estamos fazendo nada. POR CAROLINA BERGER

Muito mais que um clique

ganhem preferência. Mas por que comprar mouse, se os lap-tops possuem o touchpad, região sensível ao toque que possui a mesma função dos mouses? O gerente de produto da Mul-tilaser, Danilo Angi, explica: “Os touchpads dos notebooks são desconfortáveis de usar por um longo período. Além disso, uma simples apresentação no PowerPoint, por exemplo, pode demorar dez vezes mais para ser montada, se feita apenas com o acessório do laptop”. Thais concorda: “O touchpad exige uma coordenação motora muito grande para certas coisas. O mouse é muito melhor para atividades como jogar e edições no Photoshop”. Rafael Salo-mão, desenvolvedor de sistemas da Marinha, também prefere o tradicional: “O mouse abrange uma área maior, enquanto o touchpad faz com que sua mão tenha que realizar mais movi-mentos, contribuindo para o surgimento de tendinite”.

É preciso estar atento a to-das as novidades do mercado e às diferentes necessidades de cada cliente. Adquirir o mouse de um fabricante confi ável dá segurança ao consumidor. Por isso, a marca é o aspecto mais levado em consideração no mo-mento da compra. “Eu comprei meu último mouse em 2003 e não gastei pouco, mas ele é tão

Para o jogador não precisar parar para trocar pilhas

durante o jogo, os modelos para games da Clone

possuem conexão por fio

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durável que eu passei esse tempo todo sem precisar trocar, ou seja, foi um caro que saiu barato”, avalia Castro. Ele também fala da importância de cada comprador saber o que precisa: “Não vale a pena gastar mais dinheiro em um mouse de alta qualidade para quem acha que todos são a mesma coisa. Assim como não se deve economizar demais e adquirir um produto que pode quebrar facilmente”.

Tecnologia por todos os lados

A luz emitida pelos mouses ópticos funciona como uma fotografia. Ela é responsável pela leitura de cada um dos movimentos, que serão trans-mitidos ao cursor, na tela do computador. O mouse a laser é baseado nesse mesmo processo, mas sua grande vantagem é a maior precisão do movimento. O gerente da Clone, Gustavo Lon-go, explica que “esta luz pode se dispersar causando pequenos er-ros de leitura na movimentação”. Como solução, a companhia substituiu, em alguns modelos, a iluminação em LED (condutor de luz utilizado no sistema ópti-co comum) por um feixe de laser incolor, aumentando a precisão em até 20 vezes.

A equipe responsável pelos mouses da Maxprint especi-ficou que, enquanto o óptico tradicional lê 800 dpis, o laser é capaz de ler 1600 pontos no mes-mo trajeto. “É devido à diferença

de precisão que os jogadores ou quem trabalha com edição de imagem preferem o mouse a laser”, justifi ca Adelaide Anzolin, diretora comercial da empresa. Mas há modelos que permitem alteração. É o caso do Mouse Sem Fio Infinity, da NewLink, que pode ter a resolução alterada entre 500 ou 1000 dpis. Os itens voltados especificamente para jogos costumam apresentar outros diferenciais, como maior quantidade de botões, além dos dois tradicionais e do scroll (aquele que facilita a rolagem das páginas), como os modelos Mouse Game (cinco botões) e Mouse Laser Game (nove botões). Ambos da Clone, possuem alta resolução e fi o para evitar que o usuário precise trocar as pilhas durante algum jogo.

Esta é a principal vantagem da conexão pelo fi o tradicional, destacada por Roberta Carlini, analista de produto da Integris: “Ele é recomendado para utiliza-ção em computadores não por-táteis e não exige a preocupação em recarregar ou trocar pilhas”.

Os computadores portáteis podem ser guardados sem que o nanorreceptor, como este da Multilaser, seja desconectado

O mouse da Maxprint aberto

parece um telefone e facilita a

comunicação online

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Tecnologia38

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Mouse

Sua entrada varia entre os tipos USB - a porta mais utilizada atu-almente - e PS/2, aquela redonda com vários pininhos, comum na parte de trás dos computadores tradicionais. No caso do fio retrátil, a distância do mouse é ajustável, e a entrada utilizada é a USB. Esse tipo é ideal para o transporte por ser compacto. Por isso, é o mais procurado por usuários de note e netbooks. Au-mentando a portabilidade, a In-tegris desenvolveu o Mouse Óptico Emborrachado Retrátil USB, cujo fi o é embutido, sendo enrolado

dentro do próprio mouse.“Já os mouses sem fio são

itens procurados por pessoas que prezam por mais liberdade nos movimentos, ambientes cle-an e praticidade em transportar o produto”, conta Ligia Pretel Eimantas, gerente de marketing da NewLink. Os modelos sem fi o funcionam a pilha ou bateria, que devem ser trocadas ou recar-regadas, conforme a necessidade. Porém, a empresa possui o Mini Mouse Sem Fio Style como alter-nativa. Ele funciona com bateria de lítio, que é recarregável via USB. Quando a bateria acaba, é possível recarregá-la enquanto o dispositivo é utilizado com fi o.

As conexões dos mouses sem fi o ao computador são por um receptor ou via bluetooth. Neste caso, é dispensável o uso de um dispositivo ligado à máquina, mas o acessório pode ser adqui-rido como forma alternativa. “Seu diferencial em relação aos outros mouses sem fi o é o reco-nhecimento automático, se o computador tiver a tecnologia bluetooh”, explica Danilo Angi, da Multilaser. As outras opções wireless exigem um receptor, que é conectado ao computador através de uma porta USB. A co-

municação é feita com tecnologia de radiofrequência. A opção mais barata é a que tem frequência de 27 MHz, porém seu alcance tem limite em torno de 2 metros, e a conexão é prejudicada, se houver barreiras. “Porém os modelos com 2,4 GHz, que equivale a 2.400 MHz, estão cada vez mais baratos”, afi rma Angi. Esta opção tem alcance de até 10 metros e conexão mais estável, ou seja, é a grande promessa do mercado de mouses. Outra vantagem é o nanorreceptor que acompa-nha alguns modelos. “Ele é tão pequeno que pode fi car ligado constantemente no computa-dor, mesmo se não estiver sendo utilizado”, ressalta o gerente da Multilaser.

O mercado também con-ta com modelos desenvolvidos para usuários com necessidades mais específi cas. A Maxprint, por exemplo, desenvolveu o Mouse Óptico VoIP, que se transforma em uma espécie de telefone, voltado para quem utiliza conversação via internet e ligações VoIP, como por Skype ou MSN. Na parte interna do mouse, há teclas numéricas, display em LCD que reproduz textos em diversas línguas e caixa de som embutida. A empresa fa-brica ainda o Mouse Apresentador sem fi o 2.4 GHz, muito utilizado em exibições de slides por pro-fessores e palestrantes. Visando públicos específi cos e modernos, a Multilaser possui modelos temá-ticos com formatos diferenciados, como Love Mouse, que é rosa e tem formato de coração, específico para as meninas românticas.

Cuidado nunca é demais

Fabricantes, lojistas e con-sumidores devem tomar alguns

O fio retrátil do modelo emborrachado, desenvolvido pela Integris, não fica exposto, pois é enrolado dentro do próprio mouse

O Mouse Sem Fio Infinity (branco) pode ter sua resolução alterada conforme a necessidade. Já a bateria do Mini Mouse Sem Fio Style pode ser recarregada em porta USB

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cuidados específi cos para preser-var o produto. Como primeiras responsáveis por essa tarefa, os fornecedores desenvolvem embalagens para proteger e va-lorizar seus mouses. A NewLink, por exemplo, preocupa-se com o destaque no ponto de venda, procurando despertar o interes-se no consumidor por meio de informações relevantes para a to-mada de decisão, como o tipo de conexão, a resolução e a frequên-cia. A gerente Ligia destaca dois pontos que merecem atenção do consumidor no momento da compra: “Os computadores mais novos não possuem a entrada do tipo PS/2. E a resolução deve ser compatível com a necessidade. 1000 dpis é o recomendável para uso doméstico, por exemplo. Para jogos, a resolução deve ser maior.” Reforçando esse objeti-vo, ela indica gancheiras como a melhor maneira de expor esse tipo de mercadoria. “Assim, os produtos não são colocados um sobre o outro, evitando possíveis danos às embalagens, além de permitir que o comprador anali-se todos os lados”, justifi ca.

Preocupada com a preserva-ção, as embalagens da Maxprint são lacradas com prensa quen-te. Sem deixar de lado a parte visual, as mesmas são atrativas e possuem formato blister, faci-litando a exposição. Já a Multi-laser utiliza as embalagens para atender a diferentes demandas. A opção supereconômica, que consiste em uma caixa branca, sem janela nem apelo visual, é a que agrega menor custo e é indicada para quem compra peças separadas e monta seu próprio computador. Segundo a companhia, o modelo com melhores características comer-

ciais é a embalagem blistada, pois contribui com a exposição, valorizando o produto, além de ser inviolável. A opção inter-mediária é a econômica, que é colorida, com janela e fácil de armazenar. A empresa também oferece expositores aos clientes, mas o gerente Danilo Angi suge-re: “O ideal é fazer uma análise do espaço disponível e conside-rando questões como visibilida-de e segurança antes de defi nir o modelo do expositor.”

Ao chegar à loja, todo esse cuidado dever ter continuidade para atrair os consumidores, mesmo que não seja na frente deles, como ressalta Gustavo Longo, da Clone: “Os produtos devem estar bem estocados, de acordo com o empilhamento máximo recomendado a fim de evitar danos nas embalagens que serão expostas na loja fu-turamente”. Além disso, todos os fabricantes recomendam que se evite umidade e altas temperaturas. “Também é re-comendada a limpeza das em-balagens, evitando o acúmulo de pó”, lembra Ligia.

E para esse trabalho não ir por água a baixo, é importante orientar os clientes sobre cui-dados básicos, como limpar a parte de baixo do mouse. “Inclusive o mousepad deve estar sempre limpo”, ressalta o técnico em informática André Luis Maurell de Araújo. Aliás, a utilização de mousepad é outra recomendação de Longo: “O item diminui a dispersão da luz vermelha emitida pelo mouse, tornando a movimen-tação ainda mais precisa”, justifica, indicando também a limpeza do orifício por onde a luz é emitida.&

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Mercado Global40

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Primeira edição da Paperworld Middle East aquece o mercado

Do dia sete ao dia nove de março, o Oriente Médio foi palco da primeira edição da Paperworld Middle East. Mais de seis mil pessoas visitaram o evento em busca de novidades relacionadas ao mercado de papelaria, e, no que depender de seus organizadores, a fei-ra, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem tudo para se tornar referência no mercado.

O fortalecimento da eco-nomia no Oriente Médio e o crescimento do setor pape-leiro local foram alguns dos motivos que levaram a Messe Frankfurt, organizadora da Paperworld Middle East, a apos-tar no evento. De acordo com dados por ela divulgados, a previsão é a de que esse ramo movimente, naquela região, US$ 155,4 bilhões até 2015. “Fizemos muitas pesquisas, e elas nos deixaram confiantes de que o investimento seria um sucesso. Isso foi compro-vado quando, ao andar pelos

Mais de seis mil pessoas visitaram a Paperworld Middle East, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Troca de experiências e fechamento de negócios marcaram essa primeira edição do evento.

pavilhões, era possível ver profissionais trocando experi-ências, além de negócios sendo fechados”, comemora o diretor executivo da Messe Frankfurt, Ahmed Pauwels.

Apesar do caráter regional, a feira reuniu 6.246 visitantes de 108 países, sendo a maioria dos estrangeiros procedentes da Arábia Saudita, da Índia, do Kuwait e do Paquistão. “Observamos que 45% dos participantes eram de outras nações”, revela a gerente da Paperworld Middle East, Monica Kubik. Entre os expositores, a realidade não foi diferente, já que os 203 estandes ali presen-tes pertenciam a 34 diferentes nacionalidades.

Organizadora do pavilhão egípcio, Rola Rashed não so-mente aprovou a feira, como garantiu seu retorno no pró-ximo ano. “Estamos satisfeitos com a nossa participação e vamos voltar em 2012 com um pavilhão ainda maior”, pro-mete. Karl Vytiska, diretor da

austríaca VOS Vienna Office Supplies, distribuidora de marcas européias no Oriente Médio há 30 anos, também mostrou-se satisfeito. “Esta-mos impressionados com a Paperworld Middle East. Essa foi uma grande oportunidade para encontrarmos mais par-ceiros”, avalia.

De acordo com Monica, a feira traz benefícios tanto para os empresários do Oriente Médio quanto para as compa-nhias que não possuem sede na região, funcionando como uma espécie de ponte. “O mer-cado naquela área é cheio de oportunidades, mas, às vezes, de difícil acesso. A Paperworld Middle East chega para ser uma espécie de facilitador desse processo”, comenta. Ela desta-ca ainda que o evento funciona também como uma vitrine para exposição de novidades. “Um produto interessante en-contrado em um dos estandes foi um papel feito com folhas de palmeiras. Essa é uma ótima

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Nos 203 estandes da feira, visitantes de diversas partes do mundo puderam

encontrar várias novidades.

ideia para os países do Golfo, onde a árvore é encontrada em abundância”, acrescenta.

Para o próximo ano, segun-do os organizadores do evento, o intuito, como não poderia ser diferente, é atrair ainda mais expositores e visitantes. “Neste ano, estávamos focados no lançamento da feira, e acredito que fizemos isso muito bem. Agora, vamos trabalhar em seu aperfeiçoamento”, comenta Monica. A Paperworld Middle East 2012 será realizada de seis a oito de março.

Investimento na região vale a pena

Esta edição da Paperworld Middle East não contou com a presença de expositores brasi-leiros, mas essa é uma realida-de que pode mudar. Isso por-que, como afirma o professor de História Contemporânea da Pontif ícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Murilo Meity, e doutorando em Estudos Ára-bes e Islâmicos, o investimento no Oriente Médio, atualmente, pode ser algo bastante rentá-vel, inclusive para quem faz parte do setor papeleiro.

Desde a primeira visita do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ao Oriente Médio, ainda em seu primeiro man-dato, as relações diplomáticas e econômicas entre o Brasil e vários países daquela região estreitaram-se, trazendo mais oportunidades, inclusive re-lacionadas ao fechamento de negócios para ambos os lados. Aliado a esse fato, o professor lembra que as nações que com-põem o Oriente Médio são po-tenciais importadoras.“Aquela é uma região rica, mas pou-co produtiva. Os artigos de papelaria, por exemplo, são bem-vindos, já que a maioria daqueles países não possui matéria-prima para a fabrica-ção dos mesmos”, comenta.

Apesar de ser uma região de economia aberta, Meity pondera dizendo que alguns cuidados são necessários caso haja interesse na região. Se-gundo ele, o investimento deve ser acompanhado de ações di-plomáticas e estratégicas bem elaboradas. “O procedimento deve ser realizado a médio prazo, tendo em mente qual produto vender e em quais condições”, alerta.

Sobre os constantes confl i-tos que assolam a região, como a atual guerra civil na Líbia, o professor não acredita que essa seja uma ameaça para quem já investe ou deseja investir no Oriente Médio. “O que assis-timos ali são crises políticas pontuais. Além disso, aquela é uma área conturbada há anos e nem por isso os países que compõem a região deixaram de ter relações comerciais com ou-tras nações. Apostar no Oriente Médio é viável”, afi rma. &

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Mercado Global42

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* Com a colaboração das revistas associadas à Ispa (International Stationery Press Association) e ISG-Guide.

CONEXÃO*COLÔMBIA

A alemã Edding abriu uma fábrica em Medellín, na Colômbia, onde a empresa já possui escritó-rios administrativos. A nova filial é a terceira localizada na América Latina: a primeira encontra-se na Argentina e a segunda no México.

ÍNDIAA 3M, na Índia, planeja inves-

tir 200 crore (unidade do sistema numérico indiano que equivale a US$ 10 milhões) com o obje-tivo de expandir seus negócios naquele país. A metade desse montante já vem sendo aplicada

em um novo centro de pesquisa e desenvolvimento, como infor-mou o diretor da empresa na Índia, Ajay Navati.

TURQUIAEm 2011, a Faber-Cas-

tell completa 250 anos, e as

cele,brações têm início na Tur-quia, já que as vendas da em-presa em solo turco, no último ano, aumentaram em 27%. “Esse crescimento é espetacu-lar”, declarou o conde Anton Wolfgang Von Faber-Castell, em visita ao país. &

Para saber mais...Paper Gift – www.papergift.fil.pt International Istanbul Stationery - www.ite-turkey.com Sourcing Fair: Gifts & Premiums - tradeshow.global-

sources.comGiftionery Taipei - www.giftionery.net

Eventos relacionados ao setor papeleiro movimentam o mês de abril

Os organizadores da International Istanbul Stationery esperam que cerca de 25 mil pessoas, entre turcos e estrangeiros, circulem pela feira este ano.

PORTUGAL Tédio não é palavra que pode ser associada ao mer-cado papeleiro internacional em abril. Só neste mês, serão realizadas quatro grandes feiras voltadas para o setor. A primeira delas acontecerá em terras lusita-nas, do dia sete ao dez. Realizada em Lisboa, capital portuguesa, a Paper Gift completa, em 2011, seu 30° aniversário. Para comemorar a data, além da aposta em mate-rial escolar, artigos de escritório, presentes e festas, o evento vai exaltar a criatividade, abrindo mais espaço aos produtos utiliza-dos para pintar, esculpir e talhar. O setor dedicado aos brinquedos é outro destaque da Paper Gift.TURQUIA Com início marcado para o dia 13 e término para o dia 17, a International Istanbul Statio-nery chega este ano à sua 17ª edi-ção. Realizada em Istambul, na Turquia, a expectativa para 2011 é a de que 25 mil visitantes, entre turcos e estrangeiros, circulem por mais de 250 estandes, onde serão exibidos os mais variados artigos de papelaria. “Novas cole-ções e produtos serão apresenta-dos, assim como novas licenças”, comenta a gerente de projeto do evento, Günay Arslan.

A International Istanbul Statio-nery é hoje uma importante feira para o mercado. O interesse nela é tão grande que, antes mesmo de sua realização em 2011, já existe uma lista de espera para empresas que desejam participar do evento como expositoras no próximo ano. Günay alega que o fato é justifi cável, já que o setor papeleiro turco está cada vez mais forte. O país vem fechando acordos internacionais com o intuito de exportar seus artigos de papelaria a diversas nações, e, além disso, várias empresas ligadas ao ramo estão sendo abertas na Turquia. “O governo vem dando apoio ao mercado papeleiro interno, decretando, inclusive, leis de proteção aos produtores nacionais”, acres-centa Günay.CHINA E TAIWAN No continente asiático, a Sourcing Fair: Gifts & Premiums e a Giftionery Taipei acontecem, respectivamente, na China e em Taiwan. O pri-meiro evento será realizado em Hong Kong, de 20 a 23 de abril, enquanto o segundo, com sede na capital do país, Taipei, tem o início marcado para o dia 21 e o término para o dia 24. &

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Vitrine44

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Ouvindo bemO novo fone Headset Digital Bass, lançado pela Multilaser, proporciona qualidade de som e conforto para ouvir música, assistir a filmes ou jo-gar, pois é compatível com videogames, incluindo o PlayStation 3. A

parte superior é almofadada, o fone é macio, e a haste, flexível. A pra-ticidade é proporcionada pela conexão USB e os controles de volume e liga/desliga, que ficam no cabo do acessório. (11) 3616-8600 &

Sem fios e sob controleValorizando os ambientes clean e com menos fios, a Pixxo lançou o kit combo teclado e mouse, com frequência de 2,4 GHz. O led in-dicador de bateria está presente nos dois itens e permite monitorar quando é necessário trocar as pilhas, que podem ser economizadas com a utilização do botão liga/desliga. O teclado é multimídia e possui teclas slim. O mouse é leve e vem com minirreceptor que pode ser guardado dentro do próprio mouse, facilitando o trans-porte. O design em black piano proporciona um visual moderno. www.hometechpc.com.br &

As cores do verãoAcompanhando a moda das cores vibrantes, a linha Summer, da Integris, traz caixas de som e mini-hub em tons diferencia-dos. O design moderno permite que as compactas caixas sejam posicionadas de diversas formas. Já o mini-hub é um acessório que transforma uma porta de conexão USB em quatro. Me-dindo 60 cm, ele é portátil e facilita o trabalho em equipamen-tos que não têm muitas portas USB. (11) 3392-1018 &

Praticidade femininaPensando em mulheres com muitas tarefas ao longo do dia e que precisam de organização, a Case Logic desenvolveu a linha NBS, que combina uma espaçosa bolsa com um sleeve para notebooks de até 16 polegadas. O laptop pode ser levado dentro ou fora da bolsa, que possui compartimentos para celulares, iPod, MP3 e chaves. Leve e almofadada, o produto está disponível nas cores cinza com rosa e cinza com azul. (11) 2166-8888 &

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Vitrine46

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Apostando no bom humorOs cartões de expressão social ganham força no Dia das Mães. Sabendo disso, a Smile House desenvol-veu uma linha com cinco modelos que seguem o estilo divertido da empresa. Como diferencial, a companhia oferece a possibilidade de troca dos itens desta coleção que não forem vendidos por

itens da coleção Dia a Dia. (41) 3585-5763 &

Educação divertidaO público infantil ganhou mais 15 modelos de brinquedos edu-cativos desenvolvidos pela Editora Luz e Vida em parceria com Ciabrink. A maior parte é confeccionada em MDF e todos são ilustrados com o personagem Smilinguido e sua turma. Entre as

opções, estão dominós, jogos da memória e quebra-cabeças, entre outras atividades. 0800-7014445 &

Tons e formasA Tilibra uniu cores vibrantes a ícones do universo feminino – como estrelas, corações, flores e borboletas – para formar a linha Rouge. Os quatro modelos possuem uma característica em co-mum: o tom pink em todas as estampas. A novidade agrada ao público feminino de todas as idades e estilos. 0800-120766 &

Nos pequenos detalhesAcreditando que a utilização correta de pincéis contribui para que pintores menos experientes consigam resultados mais complexos, a Condor desenvolveu a linha Sintética-Suave Rosa. Os pincéis possuem filamento estético com imitação de pelo de orelha de boi, podendo ser utilizados sobre diversas superfícies, como madeira, metal, vidro, papel e emborrachados. O desta-que da linha é o pincel em formato liner, que facilita o desenho de detalhes. 0800-476767 &

a

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Onde Encontrar48

Entrevistados e anunciantes

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Acrimet(11) 4343-5577www.acrimet.com.br

AF International(11) 3621-6800www.af-online.com.br

BIC0800-282-62www.bic.com.br

BLG – Brand and Licensing Group(11) 3171-3030www.blgroup.com.br

Brasil Escolar(11) 3854-6210www.brasilescolar.com.br

Casa do Caderno(41) 3076-7101

Casa Ribeiro(21) 2568-6089

Case Logic(11) 2166-8888www.caselogic.net.br

CHTech(12)3932-0191www.chtech.com.br

Cicero Papelaria(21) 2201-2255www.ciceropapelaria.com.br

Clone(11) 2141-6000www.clone.com.br

Condor0800-47-6666www.condor.ind.br

Companhia Melhoramentos(35) 3433-8248www.melhoramentos.com.br

DAC(11) 2404-9000www.dac.com.br

Dello(35) 3435-8900www.dello.com.br

Desigraff Papelaria(41) 3032-4392

Editora Luz e Vida0800-701-4445www.luzevida.com.br

Faber-Castell0800-701-7068www.faber-castell.com.br

Fundação Getúlio Vargas (FGV)portal.fgv.br

Francal Feiras(11) 2226-3100www.francal.com.br

Goomark(11) 2772-6584www.goomarkpublicidade.com.br

Grupo Bignardi(11) 4442-8300www.bignardi.com.br

iDigo(21) 2494-9478www.idigo.com.br

Imex do Brasil(11) 2227-0155www.imexdobrasil.com.br

Inforshop(11) 5682-2525www.inforshop.com.br

Integris(11) 3392-2295www.integrisbrasil.com.br

Kalunga0800-019-5566www.kalunga.com.br

Livraria e Papelaria Santos Variedades(98) 3247-4717

Lojas Bandeirantes(21) 3281-6167

Magoweb Marketing Digital(11) 3711-7496www.magoweb.com

Maxprint0800-7017252www.maxprint.com.br

Mediatech(11) 3352-1199www.mediatech.com.br

Messe Frankfurtwww.messefrankfurt.com

Multilaser(11) 3616-8600www.multilaser.com.br

NewLink0800-772-5015www.newlink.com.br

Páginas Vivas (21) 3650-8525

Papelaria Central(63) 3414-3934

Papelaria Formosa(61) 3432-1517

Papelaria Ideal(19) 3589-8000

Papelaria Nobel (21) 3083-1595

Papelaria Primavera (64) 3615-2297

Papelaria Stoke(14) 3372-2334www.stokepapelaria.com.br

Papel de Papel(43) 3323-1064www.papeldepapel.com.br

PaperLab(41) 3538-8004www.paperlabonline.com.br

Parque Distribuidora(15) 3238-5000www.parquedistribuidora.com.br

Pixxo(11) 5094-0018www.hometechpc.com.br

Primavera Papelaria(11) 2228-0561

PUC-Rio(21) 3527-1001www.puc-rio.br

São Domingos(17) 3524-9000www.saodomingos.ind.br

Saraiva4003-3390www.livrariasaraiva.com.br

Simpa(11) 3255-3587www.simpasp.com.br

Smile House(41) 3585-5763www.smilehouse.com.br

Tilibra(14) 3235-4003www.tilibra.com.br

Toca do Lápis(11) 4492-4376

Universidade Estadual de São Paulo(11) 5627-0233www.unesp.br

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)www.uerj.br

Waleu(11) 4071-1142www.waleu.com.br

Acrimet – página 52

Adelbras – página 2

Aztec – página 51

BNK – página 27

Brasil Escolar – página 45

Carbrink – página 25

Cromus – página 15

Dallec – página 33

Dello – página 9

Ecologic – página 29

Ernest Reiner – página 17

Fenapel – página 47

Imex – páginas 35, 37, 39 e 41

Ispa – página 49

Libreria Editora – página 31

Natal Show – página 19

Office PaperBrasil Escolar –

página 43

Pimaco – página 13

Raber – página 12

Visitex – página 23

VMP – página 11

Waleu – página 5

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Ponto Final50

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