Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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Uma publicação para os mercados de corrosão, construção civil, transporte e esporte&lazer ISSN-1518-3092 www.tecnologiademateriais.com.br Publicação da Editora do Administrador Ano XVI • nº85 Moldes em epóxi Réplicas: case na BA Eletroeletrônico: engenharia Materiais de núcleo Aeronáutico: processos Feiplastic 2013: estande temático Feicon Batimat 2013

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Feiplastic 2013: estande temático Feicon Batimat 2013 Aeronáutico:processos

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U m a p u b l i c a ç ã o p a r a o s m e r c a d o s d e c o r r o s ã o , c o n s t r u ç ã o c i v i l ,t r a n s p o r t e e e s p o r t e & l a z e r

ISSN-1518-3092w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r

Publicação daEditora do Administrador

Ano XVI • nº85

Moldes em epóxiRéplicas: case na BAEletroeletrônico: engenharia Materiais de núcleo

Aeronáutico:processos

Feiplastic 2013: estande temático Feicon Batimat 2013

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2013PAUTA EDITORIAL*

*Esta pauta poderá ser alterada sem aviso prévio

Temas Edição 86 Edição 87 Edição 88

Aeroespacial Novas tecnologias + Fiber Placement

EAB 2013 +Laminação manual

Mercado da aviação na América Latina

Automotivo Automec Pesquisa Automotiva + Tecnologias p/ ônibus

Autoparts 2013 + Salão Duas Rodas + Fenatran

Construção Civil Gelcoats/topcoats Mármore sintético e solid surface Telhas, coberturas e similares

Náutico/Naval Rio BoatShow/Motorshow Resina epóxi Navalshore 2013

Ambientes agressivos Tecnologias p/ revestimento Petróleo e gás Açúcar e álcoolSaneamento básico

Processos Guia da pultrusão BMC/SMC Laminação contínua

Sustentabilidade Reciclagem Energia Solar Greenbuilding 2013

Reforços Fibras naturais Fibra de aramida Novos reforçosNão-tecidos

Aplicações: Feiplastic 2013 Esporte e lazer Composites Europe 2013

Epóxi: Resinas c/ alto Tg Laminação

Tecnologias: Equipamentos Blindagem Prepregs

Matérias-primas Agentes desmoldantes Cargas e Aditivos Termoplásticos de fibra longa

Indústrias Agroindústria Spray-up e hand lay-up Defesa e segurançaPapel e celulose

Eletroeletrônico FIEE Retardância à chama Aplicações

Ferroviário Novas aplicações Destaques internacionais

Mercado Distribuição – plásticos de engenharia Fábrica limpa Corantes e pigmentos

Especial Internet Superfície Classe A Artesanato

Data de fechamento 15/10 18/11 10/12

www.tecnologiademateriais.com.brMais informações: (11) 2899-6381 [email protected]

O trabalho da Novapol não é apenas buscar soluções eficientes em materiais compostos para

todo tipo de aplicação. É buscar soluções que também contribuam para a preservação do meio

ambiente. Tanto que nossos produtos estão todos de acordo com as certificações ISO 9001 e

ISO 14001. Porque não é possível ter qualidade de vida sem ter respeito ao planeta.

Para atender ao mercado com excelência, trabalhamos

com um portfolio de matérias-primas completo.

Veja o que podemos lhe oferecer.

• Éster Vinílicas (aplicações com ambientes

corrosivos, energia eólica, náutica, outros)

• Acrílica (pultrusão com retardo ao fogo)

• Fibra de Vidro (roving, manta, tecido, especialidades)

• Desmoldantes semipermanentes (para moldagem

aberta e fechada, pultrusão, epóxi, termoplásticos, outros)

• Catalisadores e aceleradores (mek-p, especialidades

para aplicações em moldagem aberta e fechada)

• Pasta pigmento

• Pigmentos

• Solventes (estireno monômero, limpadores)

• Adesivos estruturais (náutica, construção,

automotivo, outros)

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PENSANDO NA QUALIDADE,NOS COMPROMETEMOS COMUM MUNDO MAIS SUSTENTÁVEL.

PENSANDO NA VARIEDADE,NOS COMPROMETEMOS COMUM MUNDO DE APLICAÇÕES.

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2013PAUTA EDITORIAL*

*Esta pauta poderá ser alterada sem aviso prévio

Temas Edição 86 Edição 87 Edição 88

Aeroespacial Novas tecnologias + Fiber Placement

EAB 2013 +Laminação manual

Mercado da aviação na América Latina

Automotivo Automec Pesquisa Automotiva + Tecnologias p/ ônibus

Autoparts 2013 + Salão Duas Rodas + Fenatran

Construção Civil Gelcoats/topcoats Mármore sintético e solid surface Telhas, coberturas e similares

Náutico/Naval Rio BoatShow/Motorshow Resina epóxi Navalshore 2013

Ambientes agressivos Tecnologias p/ revestimento Petróleo e gás Açúcar e álcoolSaneamento básico

Processos Guia da pultrusão BMC/SMC Laminação contínua

Sustentabilidade Reciclagem Energia Solar Greenbuilding 2013

Reforços Fibras naturais Fibra de aramida Novos reforçosNão-tecidos

Aplicações: Feiplastic 2013 Esporte e lazer Composites Europe 2013

Epóxi: Resinas c/ alto Tg Laminação

Tecnologias: Equipamentos Blindagem Prepregs

Matérias-primas Agentes desmoldantes Cargas e Aditivos Termoplásticos de fibra longa

Indústrias Agroindústria Spray-up e hand lay-up Defesa e segurançaPapel e celulose

Eletroeletrônico FIEE Retardância à chama Aplicações

Ferroviário Novas aplicações Destaques internacionais

Mercado Distribuição – plásticos de engenharia Fábrica limpa Corantes e pigmentos

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Data de fechamento 15/10 18/11 10/12

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4 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

E-MAILS & CONSULTAS

[email protected] ou fax: 55 (11) 2899-6395

Cartas

Assinatura adicional

Todas as empresas fabricantes de peças em composites

ou plásticos de engenharia e usuários potenciais desses

produtos recebem gratuitamente um exemplar da

Revista Composites & Plásticos de Engenharia. Para

as empresas que desejam receber mais exemplares,

a Editora do Administrador disponibiliza a assinatura

anual (6 edições) no valor de R$ 83,00. Entre em

contato pelo Tel./Fax: (11) 2899-6375 ou

e-mail: [email protected]

Veja alguns dos assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais. com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo:

Assunto Descritivo da notícia

Mineração Luvas em fibra de carbono

Construção civil Banheira contemporânea da Doka na Casa Cor Goiás 2013

Petroquímico Concluídas as obras da P-55

Empresas Amino comemora 28 anos

Ferroviário São Paulo reúne mais obras

Mineração África do Sul em vias de resolver desafios de mineração

Universidades Abertas as inscrições para o mestrado em Engenharia Urbana na UFSCar

Sustentabilidade Empresas de sucata não conseguem aval para reciclar caminhões

Açúcar e álcool Alstom garante contrato para fornecer Sistema de Controle Ambiental para a indústria norte-americana de etanol

Tecnologia Expocietec terá segunda edição em outubro

Automotivo ZF leva suas soluções de design leve e eficiente ao Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt

Aeroespacial Estudantes do interior de SP levam 22 aviões para a SAE BRASIL AeroDesign

Construção civil Feicon Batimat Nordeste traz palestras e cases de sucesso

Construção civil Casa Cor Minas

Mercado BRASKEM anuncia plano de incentivo à competitividade

Ferroviário Alstom mantém inscrições abertas para programa de estágios

Universidades Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar ocorre entre 14 e 18 de outubro

Ferroviário ALL define prioridades em meio a novo cenário

Prezados senhores, A abordagem sobre a osmose, causas e feitos, feita na

edição nº 82 à semelhança de tantas outras, focou o assunto sempre enfatizando os materiais e cuidados com a fabricação do laminado. Muito bom. Melhor ainda seria se observasse as condições ideais de laminação, só conseguidas em poucos ambientes controlados, tais como em alguns laboratórios. Essas condições não são realidade conseguida pelas fábricas.

Mesmo tomando muito cuidado com o processo fabril, estamos constantemente sujeitos a contaminantes de difícil controle e a fatores ligados ao próprio processo de laminação ainda muito manual e, portanto, sujeito à imprecisão humana. Por isso, seria mais aconselhável falarmos logo em limitação do material ao invés de darmos velhas receitas básicas que sabemos que por si só melhoram o processo de laminação mas não são suficientes para garantir imunidade à osmose. Até que surja um material realmente diferente, iremos ver a osmose ocorrendo até nos lindos iates de milhões de dólares mundo afora. Marco Lima, Muller Ind. e Com. Ltda, Natal (RN)

Tenho como receber regularmente informações da revista TM em meu email? Quando sai uma nova edição? Acho essa revista incrível em tecnologia e informação. Obrigado. Alcino Maliuk, Modelação Moldek, Porto Alegre (RS)

Gostaria de saber se é possível eu receber as revistas gra-tuitamente. Sou aluno de arquitetura e urbanismo e trabalho como pesquisador e achei o material de vocês muito interes-sante. Luiz Fernando Fernandes

Soube que é possível receber a edição da Revista Com-

posites on line, dado que já recebemos a revista impressa. Preciso saber se existe limite de quantidade de pessoas e qual o custo. Valéria Cristina Rossetto, Balestro

Sou professor do Centro Universitário de Patos de Minas

ministrando aulas nas Engenharias Química, Ambiental e Sanitária além da Civil. Desenvolvo na Engenharia Química um projeto de pesquisa simples que trata de reinforçar o PET com pneu de borracha moído, realizando, portanto, ensaios de

tração e compressão. Fiquei sabendo das Revistas Composites e Poliuretano através de um informe da ABEQ sobre o congresso “Painel Construção Civil” e gostaria de saber, por favor, como nosso Centro Universitário, ou eu na categoria de professor, posso estar recebendo estas publicações para apresentar aos alunos. Por favor, gostaria de saber também se vocês possuem contato com empresas ou universidades que realizam ensaio em materiais. Kleper de Oliveira Rocha, Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (Belo Horizonte, MG)

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5PR j A N E I R O • f E V E R E I R O • 2 0 0 7

E-MAILS & CONSULTAS

[email protected]

São Paulo • (11) 2413-0344 Rio de Janeiro • (21) 3882-3672 Goiânia • (62) 3293-2855Bahia • (71) 3379-6667 / 3379-4898 Porto Alegre • (51) 3012-5851 Guarujá • (13) 3358-3093 Espírito Santo • (27) 3359-3780 Recife • (81) 3339-8089 Ribeirão Preto • (16) 3995-8888

Marcas distribuídas:

Em março, a VI Fiberglass esteve presente na Expoconquista - Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Vitória da Conquista (BA), apresentando matérias-primas e peças fabricadas de seus clientes. Um grande destaque do estande foram os animais fabricados em fibra de vidro

Recife (PE) e Ribeirão Preto (SP) são as duas cidades que agora contam com filiais VI Fiberglass. Os clientes da região têm a sua disposição completa linha de produtos e assistência técnica totalmente diferenciada

VI Fiberglass abre duas novas filiais

Expoconquista 2013

VI Fiberglass na

Page 6: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

GUIA DE ANUNCIANTESEntre emcontato Aerojet......................................... 10.e.11

Agência.de.Notícias...........................65

Axson....................................................33

Bandeirante.Brazmo...........................25

Biblioteca.Virtual.................................15

Diprofiber.............................................13

Fibertex.................................................21

Jushi.......................................................49

Holos.....................................................17

Induspol................................................37

Innova..........................................3ª.capa

Maxepoxi.............................................51

Mikrosam..............................................45

Novo.Brasil..........................................45

Novapol......................................2ª.capa

Paineis.Setoriais...................................41

Pauta.Editorial........................................ 3

Reichhold..............................................27

Songhe.................................................56

Texiglass...............................................53

Toho............................................ 34.e.35

Toray............................................4ª.capa

VI............................................................. 6

O caminhante faz caminho ao andarComo todo segmento do ramo químico, o mercado de composites sempre foi

afetado pelos acontecimentos da economia brasileira e mundial como um todo.

Nos últimos meses, as estimativas de crescimento da economia brasileira, meio desalentadoras, têm feito algumas empresas revisarem os próximos passos até o final do ano. Mas enquanto isso o mercado de composites dá também sinais de que as perspectivas não são tão más assim.

Muito ao contrário do que poderia se imaginar, todos os ramos do amplo mer-cado de composites crescem a olhos vistos e os envolvidos, desde fabricantes de matérias-primas, passando pelos distribuidores e chegando aos transformadores, comemoram taxas de crescimento acima das do PIB.

Este exemplar da Revista Composites & Plásticos de Engenharia apresenta diversos casos em que o investimento em tecnologia tem feito o mercado evoluir. A matéria de capa, sobre o mercado aeronáutico, mostra que esse segmento tem amplas pers-pectivas de crescimento, embora o ainda parco conhecimento dos materiais breque um pouco as iniciativas. Mas não é preciso voar tão longe. Basta acompanhar o movimento no estande temático da Revista Composites & Plásticos de Engenharia teve na última Feiplastic ou conferir os produtos apresentados na Feicon que todo pessimismo se esfuma no ar.

Outras matérias, sejam sobre reforços (fibra de carbono), materiais de núcleo e até distribuição, mostram que ain-da falta muito trabalho para fazer para que os transformadores consigam produzir tanto quanto se espera e com isso consigam alavancar toda a nossa economia.

Outras matérias, como por exemplo uma sobre o mercado eletroeletrônico para plásticos de engenharia, também mostram que a área de materiais técnicos só tem a crescer com o tempo e a evolução tecnológica brasileira.

Boa leitura!

Rodrigo Contrera Editor técnico

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ISSN-1518-3092w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r

Publicação daEditora do Administrador

Ano XVI • nº85

Moldes em epóxiRéplicas: case na BAEletroeletrônico: engenharia Materiais de núcleoMoldes em epóxi Materiais de núcleoRéplicas: case na BAEletroeletrônico: engenharia

Aeronáutico:processos

Feiplastic 2013: estande temáticoFeicon Batimat 2013

Publicação da

01_Capa_PR85_01.indd 1 10/16/13 10:44 AM

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Serviços/[email protected]

Redação/[email protected]

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Catálogo.de.Fornecedoreswww.catalogodefornecedores.com.br

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Tecnologia.de.Materiais.on.linewww.tecnologiademateriais.com.br

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7PR

SEÇÕES4 – E-mails & Consultas • 8 – Note & Anote • 14 – Artigo Técnico • 23 – Entrevista: Enrolamento Filamentar • 27 – Internacional • 44 – Pro-cessabilidade • 47 – Case Construfibras •55 – Internacional: Materiais de núcleo • 57 – Artigo: Teoria dos composites • 62 - Automotivo

48 EpóxiBaixa contração, rigidez, estabilidade dimensional, durabilidade. As prin-cipais características que tornam a resina epóxi indicada para peças em composites são também fundamentais para justificar o seu uso em moldes. Veja novidades

18Equipamentos elétricos e eletrônicos fazem amplo uso de plásticos de enge-nharia, e diversas novidades chegam aos poucos ao mercado. Conheça quais são os principais polímeros para esse mercado e algumas tendências para o segmento

Eletroeletrônico

24 Feicon Batimat 2013 52 AeronáuticaUsos inovadores de composites e uso extensivo de plásticos de engenharia foram destaque na Feicon-Batimat 2013. Destaque para o tanque mo-dular em SMC, da Fortlev (Serra, ES) e o balancim do Grupo Baram (Fortaleza, CE)

Se o uso de composites na aeronáuti-ca cresce visivelmente, a carência de informações sobre novas tecnologias e a insegurança de apostar em materiais com falta de mão de obra qualificada ainda dificultam o trabalho do trans-formador. Confira

36 60O processo RTM (Resin Transfer Mol-ding) começou a aparecer no final dos anos 80 para substituir processos de moldagem aberta e proporcionar pro-dutividade e acabamento. Conheça os últimos aperfeiçoamentos e novidades desse processo

ProcessosCentenas de interessados em mais in-formações sobre materiais composites, aplicações e peças feitas em poliureta-no e toda a versatilidade de uso dos plásticos de engenharia visitaram o estande temático na Feiplastic 2013. Confira os destaques

Feiplastic – Estande Temático

40 64Processos de moldagem fechada. Estoques locais. A importância do bom atendimento. A distribuição de matérias-primas, equipamentos e acessórios para composites passa por uma crescente profissionalização e especialização. Confira

DistribuiçãoO uso tradicional de fibras de carbono em composites tende a aumentar por meio da sua especificação em apli-cações que requerem desempenhos especiais e pelo desenvolvimento dos processos de fabricação de peças. Veja algumas tendências

Fibra de carbono

28 Feiplastic 2013 55Materiais que ficam entre duas faces mais densas e bem menos espessas de outros materiais, os materiais sanduíche ampliam sua presença no mercado, não ficando mais relegados a aplicações náuticas, aeronáuticas e aeroespaciais de alto rendimento

Matérias-primasRealizada em São Paulo, SP, a Fei-plastic 2013 reuniu centenas de ex-positores da cadeia do plástico, com destaque para fabricantes de matérias--primas, equipamentos e acessórios para plásticos de engenharia. Confira uma série de atrações

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Page 8: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

8

NOTE E ANOTE

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303)

[email protected]

JornalistaRodrigo Contrera (editor técnico)

ColaboradoresJoão Neiva

Michelle Neves

Marketing e EventosSalete MatiasLuana Oliveira

Representantes de VendasAkim Kumow

Fernando SandovalRafael V. Estevez

Tabatha Magalhães

Conselho EditorialFrancisco Xavier Carvalho (Ibcom)

Waldomiro Moreira (Elekeiroz)Rita Ruiz (R&D)

Antonio Carvalho (Reichhold)Ismael Corazza (Jushi)

Marcio Sandri (Owens Corning)

Administrativo/FinanceiroKleber Almeida Silva

Luiz Paulo SantosBruno Alves Omeltech

CirculaçãoCristiane Shirley Guimarães

Edriele Silva Santos

Projeto Gráfico, DiagramaçãoElisângela Souza HiratsukaMarcelo Marcondes MarinRaphael Jurado Casanova

InternetRafael Gustavo Pacios

Pré-impressãoArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 3779-0270

www.artsim.com.br

Tiragem12.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda.Administração, Redação e Publicidade

R. José Gonçalves, 9605727-250 São Paulo – SP

PABX: (11)3779-0270e-mail: [email protected]

www.tecnologiademateriais.com.br

É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente adotadas pela Revista Composites & Plásticos de Engenharia.

A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado nos anúncios, mesmo os informes publicitários.

Circulaçãonovembro/dezembro de 2008

Periodicidadebimestral

CapaFEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2008: Studio F

Construção civil: MenzolitSantos Off Shore: Poleoduto

Pós-graduação: Universidade Positivo

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303)

[email protected]

JornalistaRodrigo Contrera (editor técnico)

Marketing e EventosTamara Leite

Representantes de VendasRosely Pinho

Tabatha Magalhães

Administrativo/FinanceiroDanilo Silva Oliveira

CirculaçãoCristiane Shirley Guimarães

InternetAndré Tavares de Oliveira

Projeto Gráfico, DiagramaçãoElisângela Souza HiratsukaMarcelo Marcondes Marin

Rafael Pires

Pré-impressão e impressãoArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 2899-6375

EdiçãoRevista Composites e Plásticos de Engenharia nº 85

www.artsim.com.br

Tiragem12.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda.

Administração, Redação e PublicidadeR. José Gonçalves, 96

05727-250 São Paulo – SPPABX: (11)2899-6359

e-mail: [email protected]

É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador.

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Periodicidadebimestral

CapaAeronáutico: Engeneering Capacity

Eletroeletrônico: Rhodia

Réplicas:Construfibras

Moldes em epóxi:Preparations for Hi-Temp Epoxy Mold

www.artsim.com.br

Ferrari admite variante limitada da LaFerrari

Flávio Manzoni, chefe de design do projeto LaFerrari, afirmou que a marca vai desenvolver uma versão ainda mais limita-da do superesportivo, que já tem produção restrita a 499 unidades. Estima-se que o novo bólido não tenha mais que dez exem-plares produzidos em Maranello, cada um por valores entre R$ 9 e R$ 15 milhões. Acredita-se que o superesportivo passe a pesar apenas 1.000 kg, ao invés dos 1.255 kg do LaFerrari padrão.

Setor de composites fatura 765 milhões no primeiro trimeste

Segundo dados da Maxiquim, consultoria contratada pela Almaco (As-sociação Latino-Americana de Materiais Compósitos), o setor de compo-sites faturou 765 milhões de reais no primeiro trimestre de 2013, 5,2% a mais que o mesmo período de 2012. De janeiro a março foram consumidas 49.700 toneladas de composites, queda de 10% em relação a 2012 e ligeira alta de 0,4% comparado ao quarto trimestre do ano passado. O setor deve faturar 3,225 bilhões de reais em 2013, 8,1% a mais que 2012.

Lojas Le Lis Blanc Deux usam CorianA marca Le Lis Blanc Deux de roupas, perfumes e acessórios decora-

tivos está utilizando Corian, produto da DuPont de superfície sólida, na composição das fachadas de suas lojas. As aplicações simulam a textura do matelassê, tecido acolchoado e geralmente costurado em forma de losangos. O uso foi planejado pelo escritório de arquitetura Fernanda Marques Arqui-tetos Associados, sendo o projeto desenvolvido para as lojas dos shoppings Cidade Jardim (SP), Village Mall (RJ) e Rio Mar (PE). Segundo Fernanda Marques, arquiteta responsável, o Corian foi usado na cor Glacier White devido às possibilidades de design oferecidas pelo produto. A Avitá Design foi o processador responsável pela confecção das fachadas.

Abiplast divulga boas perspectivas para 2013

Em 2013, a indústria brasileira de transformação do plástico espera au-mento em sua produção física de 1%. O faturamento deverá ser 6,6% maior, o que significará um incremento real de 1,4%. Com base nas estimativas macroeconômicas de uma expansão do PIB em torno de 3%, espera-se um aumento de 1% na demanda por automóveis e de 4% na indústria da cons-trução civil. A competitividade do país é prejudicada pelo custo Brasil: em 2012 foram exportados bens referentes a US$ 1,34 bilhão, 12% a menos do que em 2011, quando foram vendidos US$ 1,51 bilhão. As importações de plásticos transformados tiveram um aumento de 6%, indo dos US$ 3,39 bilhões, em 2011, para US$ 3,59 bilhões. Os dados são da Abiplast.

LaFerrari: exclusividade

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NOTE E ANOTE

9

Fiat apresenta plano de investimentos de R$ 15 bi

Sergio Marchionne, CEO mundial da Fiat Chrysler e presidente mundial da Fiat Industrial, e Cledorvino Belini, presidente da Fiat Chrysler na América Latina, apresentaram ao governo brasileiro um plano de inves-timentos de R$ 15 bilhões até 2016. Segundo a Fiat, os investimentos devem criar 7,7 mil novos empregos dire-tos, além de 12 mil indiretos. A obra da montadora em Goiana (PE) deverá ficar concluída no final de 2014. O plano é de que sejam produzidos de 200 mil a 250 mil carros por ano a partir do início de 2015.

Lamborghini Egoista não tem lugar para passageiros

O protótipo Egoísta, da Lamborghini, apre-sentado em maio, tem lugar apenas para o mo-torista e é inspirado em aeronaves de alta veloci-dade. O veículo, que tem aletas na parte superior, que abrem e fecham de acordo com as condições de condução, possui dois

flaps ativados automaticamente a altas velocidades na traseira para melhorar a estabilidade. A carroceria é feita de fibra de carbono e alumínio. O cockpit, completamen-te removível, é inteiramente em fibra de carbono e alu-mínio, consistindo numa célula de sobrevivência. Como o Egoísta é feito de alumínio e fibra de carbono não tem zonas vazias. Peças externas (rims) também são feitas de places de fibra de carbono.

FINEP lança edital de 41 milhões para a indústria naval

A FINEP lançou uma chamada pública com recur-sos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) provenientes do FNDCT/Fundos Setoriais, somando 41 milhões de reais, destinados a apoiar projetos cooperati-vos entre instituições de pesquisa científica e tecnológica (IPCTs) e empresas do setor de navipeças para a navegação interior, cabotagem e longo curso. O objetivo é aumentar o índice de nacionalização das embarcações produzidas no Brasil e aumentar a capacidade de geração de empregos na área da Construção Naval, buscando garantir o suporte necessário ao seu crescimento com desenvolvimento sus-tentado e social. Pelo menos 30% dos recursos deverão ser aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas regiões de abrangência da Sudene e Sudam.

BNDES encomenda estudo sobre a indústria química

O BNDES incluiu o financiamento de um estudo sobre diversificação da indústria química no Plano Brasil Maior, dentro da agenda estruturante, de médio prazo. O objeti-vo do estudo, segundo Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim, é permitir um planejamento a longo prazo, ter uma boa análise de mercado e atrair investimentos. Traba-lhos do tipo costumam custar entre 6 e 8 milhões de reais.

Todo em composites, Bumerangue Ex-27 tem motor e hélice na

traseira

Lamborghini Egoista: protótipo avançado

Com preço estimado em 250 mil dólares, o Bumerangue EX-27, avião experimental desenvolvido pela Fábrica Bra-sileira de Aeronaves (Fabe) (Uberlândia, MG) com a ajuda de profissionais das universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e Federal de Uberlândia (UFU), está em fase de tes-tes. A aeronave, um aparelho quadriplace monomotor e ca-nard, totalmente em composites, é equipada com paraquedas balístico, trem de pouso retrátil e piloto automático e está em fase final de ensaios em voo. O avião tem capacidade para quatro passageiros e recebeu o primeiro lugar na categoria Aeronave Experimental ao ser lançado na Expo Aero Brasil.

Barracuda restaura mosaico do Maracanã com composites

A Barracuda utilizou resinas de poliéster insaturado para restaurar o mosaico da entrada principal do estádio de futebol Mário Filho, o Maracanã. A obra, criada por Paulo Werneck, foi instalada em 1950. Jorge Nasseh, engenheiro--chefe da empresa, disse que a empresa fabricou painéis de composites de 72 m² que foram colados na parte posterior do mosaico – as placas feitas pela Barracuda substituíram a alvenaria original. O sistema foi a infusão de resina poliéster reforçada com fibras de vidro e espumas de PVC.

Bumerangue Ex-27: canard em fase de ensaios

Page 10: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

10REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

NOTE E ANOTE

CURSOS GRATUITOSLaminação e Moldes em silicone

40 anos de compromisso com a qualidadeA Aerojet Brasileira de Fiberglass comemora 40 anos de solidez, confiabilidade e comprometimento em sua ativa participação no setor de plástico reforçado no Brasil

40 anos de confiabilidade na distribuiçãoÉ uma das principais distribuidoras de matérias-primas para a fabricação de moldes, peças, revestimentos, reparos em resinas plásticas e fibra de vidro

Aerojet Brasileira de Fiberglass Ltda.

Rua da Paz, 637

Chácara Santo Antônio

04713-000 - São Paulo - SP

Tel.: (11) 2713-6868

Fax: (11) 2713-6864

Aeroporto de Guarulhos utiliza pisos epóxi e de poliuretano

O novo edifício-garagem do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, inaugurado no final do mês de maio, utiliza 37.000 m² do sistema Nitroprimer 30, Anchorpiso SF250 (epóxi) e Anchorpiso FC144 (poliuretano), todos da Weber (Jandira, SP). Produtos de alto desempe-nho, esses pisos garantem acabamento de alta resistência, ideal para locais com grande movimento. O edifício possui oito andares e 89 mil metros quadrados, e acrescenta 2,6 mil vagas para automóveis, aumentando em 75% a capacidade de estacionamento do aeroporto. O novo edifício gara-gem do Aeroporto de Guarulhos é resultado de um investimento de apro-ximadamente R$ 60 milhões.

Seminário de composites nos Estados Unidos

Realizou-se, nos dias 18 e 19 de setembro, em Charleston, Carolina do Sul, Estados Unidos, um seminário de composites que consistiu de uma visita às instalações de montagem da fuselagem intermediária de aerona-ves Boeing. Para participar do seminário, foi necessária a autorização da própria Boeing. No seminário foram abordados os tradicionais métodos de design e análise relativos a peças em composites, testes e métodos de ensaios não destrutivos, dentre outros tópicos.

Henkel lança Loctite E-90BR A&B, adesivo bicomponente à base de epóxi

A Henkel (Itapevi, SP) lançou o adesivo bicomponente à base de epó-xi, poliamida e cargas minerais Loctite E-90BR A&B. Com resistência a baixas e altas temperaturas (-50°C a 70°C), o produto proporciona cura em duas horas, oferecendo tempo suficiente para que o profissional possa trabalhar com o adesivo sem a possibilidade que cure antes do momento adequado. O produto pode ser utilizado para aderir diversos substratos como madeira, metais, cerâmica, vidro, concreto, ladrilho, gesso e plás-ticos (exceto polietileno, polipropileno e PTFE). O produto não contém amianto e apresenta boa transparência e adesão.

Elétrico Nissan Leaf, viatura para a PM

cariocaA Polícia Militar do Rio de Ja-

neiro terá o elétrico Nissan Leaf como viatura em sua frota. Duas unidades serão usadas no patru-lhamento da orla da capital flumi-nense a partir de agosto. O proje-

to piloto está previsto para durar inicialmente três meses. As viaturas elétricas vão integrar o BPTur (Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas) da cidade.

Elétrico da Nissan: economia

Nis

san

Page 11: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

Aerojet Brasileira de Fiberglass Ltda.

Rua da Paz, 637

Chácara Santo Antônio

04713-000 - São Paulo - SP

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40 anos materializando sonhos

Page 12: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

12REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

NOTE E ANOTE

ALMACO terá base na Argentina A Associação Latino-Americana de Materiais Com-

pósitos (Almaco), que além do Brasil também conta com estrutura no Chile, terá em breve uma base na Ar-gentina. A organização argentina está a cargo de Eric Engstfeld, diretor da fabricante de resinas e gelcoats Plaquimet. Colômbia e México devem ser os próximos países a contar com bases da Almaco, ainda em 2013.

Cannon Afros recebe premiação por processo com epóxi e RTM

O grupo de Ser-viços Tecnológicos e de Inovação da Confindustria (orga-nização que repre-senta mais de 148 mil fabricantes e de-senvolvedores de ser-viços italianos com diversos materiais) premiou a Cannon Afros, fabricante ita-liana de máquinas e

equipamentos para transformação de diversos materiais, com o projeto intitulado “Sistemas de Moldagem de Ci-clo-Rápido para Partes em Composites feitas com Resi-nas Epóxi Reforçadas com Carbono”, que, dentre outras vantagens, reduz o tempo de desmoldagem de uma peça composite final de 20 a 30 minutos para apenas 3 minu-tos, em RTM, com a tecnologia ESTRIM (Moldagem de Injeção e Reação Estrutural com Epóxi).

Empresa fatura R$ 1,4 milhão com avião não tripulado (Vant)

O engenheiro mecatrô-nico Giovani Amianti, só-cio da XMobots, de 30 anos de idade e oito de profissão, gosta de falar que, até hoje, não fez outra coisa na car-reira a não ser estudar e projetar drones, aviões não tripulados (Vants). Nos úl-timos 12 meses, Amianti

desenvolveu dois vants com os quais faturou 1,4 milhão de reais e espera dobrar o faturamento a partir do lança-mento da terceira geração dos aparelhos ainda este ano. O Nauru 500l, da empresa, foi lançado em 2012, e é a base para o novo Echar, que já tem três pré-vendas.

Edra Equipamentos lança sistemasustentável de

construção modular A Edra Equipamentos

(Ipeúna, SP) lançou um sistema sustentável de cons-trução por módulos deno-minado e.modular. Podendo ser usado como quiosque de autoatendimento ou agência itinerante, o e.modular tem 12,8 m² de área útil e estru-tura de aço revestida com paredes e teto de composites. A resina usada para a molda-

gem das placas em composites é parcialmente derivada de fontes renováveis. O piso é de revestimento cimentício fabri-cado com agregados naturais oriundos do reaproveitamento de pedras nobres descartadas, como mármore e quartzo. O sistema inclui uma miniestação de geração de energia eólica, helicoida e compacto, capaz de gerar até 1,32 KW/dia.

Airbus apresenta protótipo do A350 com mais de 50%

em fibra de carbonoA europeia Airbus apresentou o protótipo do A350,

aeronave que rivaliza diretamente com os modelos 777 e o 787 Dreamliner, da Boeing. “Nosso avião tem a mesma performance do 777, mas com um consumo 25% menor de combustível”, disse Fabrice Brégier, presidente da empresa. Como os jatos da Boeing, o A350 tem mais da metade de seus componentes feitos de composites de fibra de carbono. A nova versão do jato da Boeing, batizada como 777X, deve ser lançada no final do ano.

Owens corning e Taishan Fiberglass anunciam aliança

estratégicaA norte-americana Owens Corning (Rio Claro, SP) e a chi-

nesa Taishan Fiberglass (Shandong), subsidiária da Sinoma, anunciaram um acordo estratégico para aumentar o uso dos produtos de especialidade álcali-resistentes de marcas Cem-álcali-resistentes de marcas Cem- de marcas Cem--FIL, Anti-CRAK e Slurry-FIL ao redor do mundo. A fabrica-ção desses produtos será na China, sob supervisão dos centros de pesquisa e desenvolvimento da Owens Corning. A Taishan será responsável pelos mercados da China, ASEAN, Japão, Coréia, África do Sul e Arábia Saudita, enquanto a Owens Cor-ning focará os mercados do resto do mundo.

Can

non

Afr

os

Est

ado

Vant: faturamentos altos

E.modular: autoatendimento

Edr

a E

quip

amen

tos

Tecnologia ESTRIM: várias camadas de fibras de carbono numa estrutura sanduíche

Page 13: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

NOTE E ANOTE

Diprofiber Comércio de Fibras de Vidro Ltda.Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 1671

Bairro: CIC - CEP: 81.280-140Curitiba - Paraná - Brasil

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Alstom fornece sistema ambiental para etanol nos EUA

A Alstom será responsável pela implantação do sistema de despoeiramento da nova planta de etanol da norte-americana Southeast Renewable Fuels (SRF), a ser implantado pela bra-sileira Uni-Systems. A Alstom fornecerá o precipitador eletros-tático dedicado à captura de partículas de gás provenientes da queima da gramínea bagaço de sorgo. No mundo, a empresa tem instalados sistemas de controle ambiental para aproxima-damente 450 GW.

Luvas de fibra de carbono na Brasil Offshore

A curitibana Luvas Yelling, distribuidora dos produtos da norte-americana HexArmor, apre-sentou luvas tricotadas em fibra de carbono especificamente indica-das para o setor de óleo e gás. A tecnologia Superfabric, dessas lu-vas, transforma, segundo a empre-sa, tecidos comuns em tecidos al-

tamente resistentes a cortes e perfurações. A Luvas Yelling, que também fabrica luvas tricotadas, é distribuidora oficial da empresa norte-americana também em mangas e aventais.

Empresa apresenta fibra baseada na teia de aranha

A alemã AMSilk está apre-sentando no mercado, desde março de 2013, a fibra Biosteel, produto inédito desenvolvido a partir de seda, da mesma forma que ocorre com as teias de ara-nha. Segundo a empresa, a nova fibra tem resistência à tensão si-milar à do aço e mantém a flexi-bilidade de uma borracha.

Gastank consegue certificação para cilindros tipo IV CNG

A sueca Gastank conseguiu certificação para seus cilindros de composites em fibra de vidro de tipo IV CNG (Gás Natural Comprimido) de acordo com a regulação UN ECE R110. A fabricação dos cilindros agora certificados se dá com resina epóxi Voraforce da norte-americana Dow (São Paulo, SP). Os cilindros de composites com resina epóxi destacam-se pela resis-tência aprimorada a impactos, fadiga dinâmica e per-formance a baixas temperaturas.

Biosteel: resistência à tensão com flexibilidade

Luvas de fibra de carbono: especialidades

Hex

Arm

or

Page 14: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

14 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

ARTIGO TÉCNICO

O Programa Luz para Todos, do Governo Federal, pre-vê que até 2014 mais de 400 mil ligações devam ser feitas em regiões de difícil acesso. Este artigo trata da

fabricação de postes em composites para compor uma rede de distribuição de energia no município de Igarapé Miri, ladeado pelos rios Meruhu e Igarapé-Miri, no Pará. A obra estava pre-vista para utilizar 93 transformadores, 28 km de cabos de rede monofásica, cabo 2 AWG e 22 km de rede trifásica, cabo 1/0 AWG, em tensão de 34,5 kv.

Foi comparada a fabricação de postes em composites em relação a postes em concreto, fazendo uso de uma equipe de 12 pessoas. Chegou-se à conclusão de que o custo dos postes em composites é 5,79% superior ao de postes em concreto; em tempo de execução, a fabricação dos postes em composites se dá em 30% do tempo para os postes em concreto. Veja abaixo as tabelas 1 e 2, comparando os componentes do custo envol-vendo os postes de concreto e composites (tabela 1) e o tempo total de fabricação desses dois tipos de poste (tabela 2).

Tabela 1 – Comparativo de custos: fabricação de postes em concreto e em composites

Fator Custo total: poste de concreto (R$)

Custo total: poste de composites

(R$) Aumento (%)

Material 1.395.596,95 1.745.546,95 25,08%

Mão de obra 597.478,52 498.442,88 - 16,58%

Transporte 48.171,43 32.114,29 - 33,33%

Logística 112.000,00 1.800,00 - 98,39%

Total 2.153.246,89 2.277.904,11 5,79%

Postes em composites: programa

Luz para Todos

A utilização de postes de composites em substituição aos de concreto torna-se cada vez mais comum no Brasil. Veja dados comparativos entre postes dos dois materiais

numa obra do Governo Federal feita no estado do Pará

Tabela 2 – Comparativo de tempo de execução da obra

FatorTempo total:

poste de concreto

Tempo total: poste de

compositesDiminuição (%)

Execução da obra 258 dias 84 dias - 67,44%

Transporte e logística 56 dias 12 dias - 78,57%

Total 314 dias 96 dias - 69,43%

Os postes de concreto, composites e madeira possuem di-ferentes propriedades, que são comparadas na tabela 3, abaixo. Destaque para os pesos dos postes de composites em relação aos de concreto e madeira e os vários tipos de resistência apre-sentados por eles.

Por Francisco Carvalho (IBCom)

Cop

el e

AE

N P

R

Postes em composites: instalação facilitada

Postes em composites: transporte facilitado

Cop

el e

AE

N P

R

Page 15: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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Page 16: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

16 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

ARTIGO TÉCNICO

Tabela 3 – Postes de concreto, madeira e composites (comparati-vo de propriedades)

Propriedade Composites Madeira Concreto

Vida útil (anos) Mais de 80 20 25

Peso 130 kg 300 kg 990 kg

Flutua? Sim Não Não

Resistência à corrosão

Não suscetível

Suscetível a deteriorar por

umidadeSuscetível

Resistência a pássaros, insetos e

fungos

Não suscetível Baixa resistência Não

suscetível

Impacto ambiental

É reciclável; não libera produtos

tóxicos; não precisa de

certificações ambientais

Tratado com produtos químicos tóxicos; resultante de desmatamento;

necessidade de certificações ambientais

Não reciclável

A diminuição dos custos de transporte é um ponto forte dos postes em composites. Veja nas tabelas 4, 5, 6 e 7 comparati-vos de transporte entre os postes de concreto e de composites. A diferença de custos em transporte é de 33,33%, favorável aos postes em composites, pois uma carreta que pode carregar em média 35 postes de concreto pode carregar 70 postes em composites.

Tabela 4 – Transporte de postes até o porto

Descrição Quanti- dade

Poste de concreto Poste de composites

Unitário (R$) Total (R$) Unitário

(R$) Total (R$)

Transporte dos postes –

Almoxarifado – Cidade – Porto

562 57,14 32.114,00 28,57 16.057,00

Transporte de outros materiais – Almoxarifado – Cidade – Porto

Diversos Diversos 16.057,00 Diversos 16.057,00

Total (R$) XXXX 48.171,00 XXXX 32.114,00

A tabela 5 compara o transporte de postes de concreto em balsas e lanchas, respectivamente, até o local da obra. En-quanto a balsa trabalha 4 h/dia durante a maré cheia (24 min para deixar cada poste), o poste em composites flutua e pode ser rebocado por lancha durante o dia todo, independente da

maré (10 min para deixar cada poste). Conclui-se que o trans-porte de postes em composites é 98,39% mais barato.

Tabela 5 – Transporte fluvial de postes de concreto e de composi-tes do porto até o leito do rio

Descrição Dias

Poste de concreto Poste de composites

Unitário (R$) Total (R$) Unitário

(R$) Total (R$)

Deslocamento de poste por balsa

do porto até o leito do rio (10

postes/ dia)

56,00 2.000,00 112.000,00

Deslocamento de poste por

lancha do porto até o leito do rio (48 postes/ dia)

12,00 150 1.800,00

Total (R$) XXXX 112.000,00 XXXX 1.800,00

A tabela 6 mostra o tempo necessário para deslocar postes de concreto e de composites do porto ao leito do rio, por balsa (postes de concreto) ou por lancha (postes de composites). No caso dos postes de concreto, além da balsa é necessário um ou mais caminhões-guindaste. Já no caso dos postes em composites, como eles flutuam podem ser facilmente transportados por lancha.

Tabela 6 – Tempo e condições de transporte de postes em con-creto e em composites

Descrição Postes

Poste de concreto Poste de composites

Serviço/ dia (12 pessoas)

Total de dias

Serviço/ dia (12 pessoas)

Total de dias

Deslocamento de poste do porto até o leito do rio, por balsa

(10 postes/dia)

562 10 56

Deslocamento de poste do

porto até o leito do rio,

por lancha (48 postes/dia)

562 48 12

Total de dias XXXX 56 XXXX 12

Page 17: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

ARTIGO TÉCNICO

A tabela 7 mostra um comparativo entre o tempo de execução dos serviços da obra para postes em concreto e postes em compo-sites. Para arrastar o poste da margem do rio até o local da implan-tação (distância de 100 m) são necessárias 12 pessoas (que levam 70 min) para os postes em concreto, enquanto para os postes em composites são necessárias 4 pessoas (que levam 20 min). Para a implantação manual, as 12 pessoas levam 96 min para postes em concreto (sendo necessário o uso de caminhão-guindaste), enquan-to para os postes em composites as 4 pessoas levam 28 min.

Tabela 7 – Tempo de execução dos serviços da obra

Descrição Postes

Poste de concreto Poste de composites

Serviço/ dia (12 pessoas)

Total de dias

Serviço/ dia (12 pessoas)

Total de dias

Serviços diversos – Tempo igual de execução XXXX 65 XXXX 65

Arrastamento do poste da margem do

rio ao local de implantação

562 7 80 72 8

Implantação manual do

poste562 5 112 50 11

Total de postes XXXX 268 XXXX 84

Fonte dos dados: Rede Energia S.A. e Centrais Elétricas do Pará

Postes de composites, diversas vantagens

Cre

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Page 18: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

18 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

ELETROELETRÔNICO

A revolução digital que começou nos anos 90 trou-xe ao mercado não apenas tecnologias de in-formática. Trouxe também aparelhos cada vez

menores e mais complexos e necessidades de projeto que ampliaram – e muito – a diversidade de materiais utiliza-dos nesses aparelhos. Muitos desses materiais são plásti-cos de engenharia, que já concorrem em pé de igualdade com outros materiais, já tradicionais. “A grande novidade e ao mesmo tempo grande desafio para o setor é a subs-tituição de materiais tradicionais por materiais termo-plásticos”, disse Haroldo Marcos, líder técnico da DSM Plásticos de Engenharia da América Latina (São Paulo, SP). “Há materiais que não podem ser reprocessados, tornando muito difícil a sua reciclagem. Já os materiais termoplásticos são totalmente recicláveis”, justificou.

Variedade“O leque de opções para os plásticos de engenharia

utilizados em componentes eletroeletrônicos é vasto e vai da poliamida ao policarbonato”, afirmou Luís Car-los Sohler, líder da unidade de negócios Policarbonatos da Bayer MaterialScience para a América Latina (São

O uso intensivo de plásticos de engenharia

num mercado em crescente especialização

Equipamentos elétricos e eletrônicos

fazem amplo uso de plásticos de

engenharia os mais variados, e diversas

novidades chegam aos poucos no

mercado local. Conheça quais são os

principais polímeros para esse mercado e

algumas tendências para o segmento

Paulo, SP). “Existem diversos polímeros que podem ser usados para aplicações eletroeletrônicas, tais como ABS, poliamidas (PAs), PBT, dentre outros”, disse Luiz Roxo, coordenador de negócios de plásticos de engenharia para a América do Sul da BASF (São Paulo, SP). “As aplica-ções de polímeros especiais para componentes elétricos (como hastes e carcaças de motores elétricos) já é tradi-cional, mas há uma presença ainda maior deles no seg-mento de eletrônicos”, afirmou Alexandre Guimarães, gerente de vendas de polímeros especiais da Rhodia (São Paulo, SP). “Os principais polímeros especiais usados são: PES (polietersulfona), PSU (polissulfona), PPA (po-liftalamida), PARA (poliarilamida) e HPN (poliamidas de alta performance)”, disse.

Propriedades e usos“Se for para a carcaça, é bom que o plástico de enge-

nharia tenha boa resistência mecânica. Mas, se for para conectores, é necessária boa resistência e desempenho elétricos, evitando também o risco de fogo em caso de eventual problema”, disse Roxo, da BASF, referindo-se a plásticos de engenharia de forma geral. “O isolamento

BA

SF

Plásticos de engenharia: utilização ampla em eletroeletrônicos

Page 19: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

19PR

ELETROELETRÔNICO

elétrico é importante também, assim como a retardância à chama e a baixa emissão de fumaça”, elencou ele, sa-lientando a necessidade de atender aos testes de flamabi-lidade UL94, norma muito exigida no setor.

Poliamida“A poliamida é muitas vezes indicada por sua alta

resistência ao calor, e, embora ela já tenha excelentes propriedades térmicas, elas podem ser ainda melhoradas através de aditivos (antiestáticos e estabilizantes térmi-cos)”, disse Marcos, da DSM. “A poliamida pode ser uti-lizada em peças de componentes elétricos e eletrônicos que necessitem de resistência mecânica e propriedades antichama (fio incandescente e flamabilidade), assim como possibilidade de coloração das peças”, afirmou Paulo Motta, gerente comercial da área de plásticos de engenharia da Rhodia, empresa do grupo Solvay (São Paulo, SP). “A poliamida é um polímero de engenharia usado ampla e globalmente, com um histórico compro-vado de performance e qualidade de 50 anos”, disse Nel-son Altero, diretor do negócio de polímeros de engenha-ria da Invista (São Paulo, SP).

UtilizaçõesSegundo Altero, da Invista, cerca de metade da polia-

mida usada no mercado brasileiro vai para o segmento automotivo (peças de motor, sistemas de refrigeração e powertrain), 25% para bens de consumo e bens indus-triais e os restantes 25% para o mercado eletroeletrônico. “Alguns dos usos mais comuns da poliamida nesse seg-mento são na forma de interruptores, tomadas, furadei-ras, serras, ferramentas elétricas e em geral, lavadoras de roupa e WAP”, afirmou, elencando também outros arte-

fatos, como centrais elétricas, bicos injetores, circuitos elétricos e componentes eletrônicos, para os quais ele entende que, embora existam materiais concorrentes, as resistências química, térmica e mecânica da PA66 continuem ganhando parcelas de mercado. “Os princi-pais componentes eletroeletrônicos produzidos em po-liamida são: disjuntores, separadores de cerca elétrica, tomadas e interruptores, sendo que os dois primeiros normalmente seguem normas essenciais como ROHS (sobre a composição em materiais restritos), WEEE (sobre reciclabilidade) e UL (flamabilidade”, disse Motta, da Rhodia, citando uma novidade, qual seja, o uso de PA em células fotovoltaicas, dispositivos capa-zes de transformar energia luminosa em elétrica.

Aditivos na PA“Componente eletrônicos geralmente possuem pe-

quenos circuitos, daí a necessidade de a poliamida ser antiestática, para não gerar faíscas que possam causar curtocircuitos elétricos”, disse Marcos, da DSM. “Já os componentes elétricos geram calor, por isso a ne-cessidade do estabilizante térmico, para que o material resista a altas temperaturas sem perder suas proprie-dades”, completou. “Novidades em poliamida são os compostos antichama livres de halogênio, que reduzem a toxicidade dos vapores produzidos durante a quei-ma”, afirmou Motta.

PolicarbonatoOs policarbonatos, ou PCs, são por sua vez usa-

dos em laptops, celulares, aparelhos de televisão, cai-xas elétricas, disjuntores, terminais de distribuição de telefonia, etc. “Os policarbonatos em equipamentos eletroeletrônicos possuem algumas nuances, a mais importante o fato de deverem conter aditivos retardan-tes de chama (o chamado V0), exceto em casos bem específicos”, disse Sohler, da Bayer MaterialScience, segundo o qual as principais propriedades atendidas pelo material são: resistência mecânica, estabilidade dimensional, resistência térmica e padronização para eletrodomésticos. “Em resistência mecânica, o policar-bonato resiste a impacto de forma muito melhor que os plásticos commodities. A precisão (estabilidade di-mensional) também é crítica para o encaixe das peças, segundo a norma IEC 60695-10-2, em que o polímero é ensaiado em estabilidade a altas temperaturas”, exem-plificou, salientando também a resistência térmica, em que corpos de prova feitos em PC são submetidos a temperaturas elevadas de fio incandescente ou até mes-mo colocados em provas de chamas. “O policarbonato é extremamente resistente à chama em sua forma na-tural, melhorando quando o aditivo V0 é adicionado”, afirmou, dizendo que o produto da Bayer atende as normas IEC 60695-2-11 e IEC 60695-2-13. Os policar-bonatos também são usados como materiais padrão em eletrodomésticos nos quesitos risco de radiação, fogo, elétrico, mecânico e térmico. Essa padronização segue a norma IEC 60335-1, segundo Sohler.

Tho

mas

Net

Poliamida: resistência térmica e mecânica

Page 20: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

20 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

ELETROELETRÔNICO

Outros polímerosOutros polímeros de engenharia, como os já citados

PES, PSU, PPA, PARA e HPN, destacam-se em termos de propriedades diversas. Algumas delas são: excelente resis-tência dielétrica, acabamento superficial, alta resistência mecânica e rigidez, estabilidade dimensional, resistência a altas temperaturas (fundamental em soldagem), altíssima fluidez (imprescindível para paredes finas), retenção de lu-minosidade (fundamental em LEDs de alto desempenho), baixa absorção de umidade e excelente adesão a encapsu-lantes siliconados. “Se o requisito principal for isolamento, existem materiais mais competitivos que os polímeros espe-ciais, que têm mais utilização se outras propriedades tam-bém se fizerem necessárias”, disse Guimarães, da Rhodia. “Outros casos requerem formulações especiais de polímeros existentes e mesmo blendas, de forma a combinar proprie-dades e otimizar resultados”, disse.

FabricaçãoPara qualquer plástico de engenharia em aplicações

eletroeletrônicas, o processo de fabricação tradicional é a injeção. “As injetoras são compostas de uma unidade de plastificação (com silo de armazenagem e rosca para fusão do material) e do molde propriamente dito. O ma-terial fundido é empurrado para dentro do molde e após sua secagem, a peça é ejetada, pronta para utilização”, explicou Sohler, da Bayer MaterialScience, segundo o qual essas peças não podem ser obtidas artesanalmente. “Normalmente, são usadas injetoras normais, não adap-tadas. As peças artesanais realmente não são comuns, e as peças chinesas não costumam dar as mesmas ga-rantidas das peças locais”, afirmou Roxo, da BASF. “Às vezes, para a injeção, são colocados insertos metálicos, como plugs e tomadas, a depender do produto”, disse Marcos, da DSM. “A PA66 é utilizada para revestir pe-ças injetadas de metal, e um exemplo interessante são os

injetores de motores, que exigem requisitos de processa-bilidade e resistência elétrica”, disse Altero, da Invista. “O processo de injeção é bem conhecido e já um número significativo de transformadores, que em determinados casos usam a tecnologia de câmara quente nos moldes para reduzir resíduos”, afirmou Motta, da Rhodia. “Em polímeros especiais, a injeção também é o processo mais usado, mas em alguns casos são necessárias adaptações, como em materiais (poliftalamida, por exemplo) proces-sados em temperaturas mais altas ou que exigem moldes mais quentes (a mesma poliftalamida e a poliarilamida).

Tendências“Em matérias-primas, as principais inovações vão no

sentido de conseguir fabricar equipamentos com paredes cada vez mais finas e capazes de suportar temperaturas elevadas e impactos cada vez mais fortes”, disse Sohler, da Bayer MaterialScience, ressaltando que com espessu-ras menores os equipamentos se tornam mais sustentá-veis, pelo menor uso de matéria-prima. “O peso baixo é um atrativo constante”, ressaltou. “Espera-se um uso de materiais com baixa emissão de gases, com aditivos retar-dantes à chama e livres de halogênio, mas infelizmente o mercado brasileiro ainda não costuma pagar por esses benefícios”, afirmou Roxo, da BASF. “Materiais de alto fluxo são uma novidade já presente no mercado, os quais permitem o preenchimento facilitado de cavidades em produtos de paredes finas”, disse Marcos, da DSM. “Mas o mercado brasileiro ainda enfrenta problemas. O bai-xo incentivo à produção de dispositivos localmente, por exemplo, faz com que os equipamentos disponíveis re-sultem muito caros para o consumidor final. Isso porque não há concorrência local e pela alta carga de impostos”, refletiu Guimarães, de polímeros especiais da Rhodia.

Du

Pon

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Poliftalamida: diversas vantagens conjugadas

PBT Resistência elétrica e processabilidade

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Page 21: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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Page 22: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

22 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FERROVIÁRIO

Desenvolvida inteiramente em composites, a composição de trem de levitação

magnética da Holos (Rio de Janeiro, RJ), utiliza técnicas avançadas para atender

requisitos especiais, além de reduzir consideravelmente o peso do vagão. Confira

A Holos (Rio de Janeiro, RJ) está de-senvolvendo, com a colaboração do COPPE (Instituto Alberto Luiz

Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em En-genharia), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma composição de trem de le-vitação magnética inteiramente construída em composites. Normalmente, esse tipo de compo-sição é feita com carenagem e interior em com-posites, montadas numa estrutura metálica.

Segundo Lorenzo Souza, diretor da Ho-los, os objetivos, ao criar um arranjo estrutural 100% em composites para a composição, são simplificar o processo de construção e reduzir o peso. Como ele explica, a maior parte do trabalho foi investida na região do fundo dos vagões, que apresenta maior complexidade es-trutural e que está sujeita à grande maioria das cargas. Essas cargas consistem no peso de 12 passageiros, nos esforços do motor linear que impulsiona e freia o veículo, nas rea-

ções de apoio dos criostatos (que le-vitam sobre o tri-lho magnético), nas reações de apoio das rodas auxiliares e nas cargas advindas das conexões ar-ticuladas entre os vagões. “Nas la-

Trem de levitação magnética

inteiramente em composites

Vagão inteiramente em composites: novidade

terais e no teto do vagão foram leva-das em conta as forças laterais exer-cidas pelos passageiros e a força de içamento do conjunto”, disse Souza.

Os materiais composites utiliza-dos na composição, que possuem ca-racterísticas favoráveis em termos de propagação de chama e de emissão de vapores tóxicos, entraram em três partes, separadas, que fizeram a estru-tura do vagão. “O principal motivo para isso foi a necessidade de verificar as variações dimensionais das estrutu-

ras de apoio dos criostatos e do motor linear. Dessa forma, os fundos dos vagões puderam ser posicionados cuidadosamente numa fresadora CNC para verificação e usinagem”, afirmou.

“Feito o arranjo estrutural básico, passou-se à fase de análise estrutural e detalhamento, sendo que o tipo, a quan-tidade e a orientação de cada camada laminada em compo-sites foram definidos de forma a obedecerem a requisitos pré-estabelecidos de resistência e deformação”, explicou Souza. Segundo ele, a estrutura do fundo do vagão, que apoia os criostatos, foi dimensionada de forma a atender a um deslocamento vertical máximo de 2 milímetros entre os criostatos. “Esse valor inclui não somente as deformações sob várias condições de carregamento, como também as to-lerâncias de fabricação da estrutura”, disse. Foram realiza-das várias análises de elementos finitos (FEA) de forma a se obter um compromisso adequado entre rigidez e peso final da estrutura como um todo. Projeto: peça única

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Desenvolvimento conjunto: COPPE e Hollos

Page 23: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

23PR

EQUIPAMENTOS

Quais são as últimas novidades em tecnologias para equipamentos em filament winding? O número de ei-xos é um fator relevante nesses avanços? Quais as principais vantagens de usar máquinas com maior número de eixos?

Sr. Samoil Samak – O maior ou menor número de eixos em máquinas de filament winding é uma vantagem, mas que precisa ser relativizada. Nossa empresa fabrica há vários anos máquinas com até 6 eixos, e a vantagem competitiva derivada desse fator depende da aplicação industrial dos produtos fabri-cados com elas. Se considerarmos a produção de formas simé-tricas e assimétricas complexas, o elevado número de eixos é crucial para fabricação de peças de alta qualidade. Entretanto, para tubos ou tanques, vasos de alta pressão e produtos simi-lares, normalmente máquinas com até 4 eixos são suficientes para alcançar excelente qualidade de enrolamento. Outros apri-moramentos dependem de melhorias no controle do processo, no apoio aos softwares utilizados, etc.

Quais são os principais equipamentos fabricados pela Mikrosam? Como o mercado evolui no interes-se em fabricar produtos com esses equipamentos? O mercado brasileiro é importante para sua empresa?

Sr. Samoil Samak – A Mikrosam fabrica equipamentos com todas as tecnologias para composites existentes, o que inclui máquinas para prepreg, máquinas de filament winding (enro-lamento filamentar), linhas automatizadas para produção de altos volumes de vasos de pressão de tipo LPG, CNG e ou-tros, e máquinas automatizadas para fiber e tape placement. A empresa também desenvolve soluções de software proprietárias para cada uma de nossas máquinas. A empresa já instalou mais de 160 linhas de produção em mais de 35 países para merca-dos como o automotivo, aeronáutico, aeroespacial, indústria de transportes, transporte e armazenagem de óleo e gás, transporte

Tecnologias avançadas em filament winding

Para Samoil Samak, vice-presidente da

Mikrosam (Prilep, Macedônia), empresa

especializada em equipamentos para

composites e automação, os últimos

avanços em tecnologia para filament

winding incluem máquinas com mais eixos

mas não se resumem a eles. Confira

e tratamento de água e esgoto, e para a indús-tria elétrica. Nós vemos o mercado de compo-sites brasileiro como um mercado em cresci-mento, para o qual há potencial para maiores investimentos nessas indústrias. Embora saiba-mos que o consumo per capita de composites no Brasil é baixo, o crescimento de alta renda promete crescimento em aplicações industriais.

O mercado de corrosão faz amplo uso de máquinas de filament winding? Esse mercado tem crescido nos últimos anos? Esse crescimento tem originado aumen-to na demanda por máquinas de filament winding?

Sr. Samoil Samak – Os materiais composites vêm sendo oferecidos comercialmente desde os anos 40 para esse tipo de mercado, em função da alta resistência química dos composites em fibra de vidro, assim como por causa de sua alta resistên-cia às intempéries (em especial com o uso de resinas poliéster e éster-vinílicas). Desde os anos 90, os materiais composites têm proliferado de forma contínua no mercado de corrosão. Poucos sabem, mas o filament winding (enrolamento filamentar) res-filament winding (enrolamento filamentar) res-ponde, no mundo, por um volume de negócios que supera 1 bilhão de euros, anualmente.

Quais são as principais tendências no uso de máqui-nas de filament winding?

Sr. Samoil Samak – A tendência de se usar máquinas desse tipo tem sido mais crescente do que nunca. Com o desenvol-vimento de equipamentos de eixos múltiplos, apoio avançado em termos de softwares, projetos aprimorados, melhor conheci-mento das propriedades dos materiais, a aplicação dessa tecno-logia aumenta muito

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Filament winding: número de eixos é

fator relevante para peças de elevada

complexidade

Samoil Samak, vice-pre-sidente da Mikrosam

Page 24: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

24 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEICON-BATIMAT 2013

BemfixaA Bemfixa (Juquitiba, SP) lançou

organizadores a vácuo para roupas de nome comercial Viva Utile feitos com poliamida, atribuindo mais resistência mecânica ao produto. Os organizado-res possuem um sistema de nome ZIP que facilita a vedação.

BetumatA Betumat (Candeias, BA) apresentou toda sua linha

de impermeabilizantes e adesivos para construção. Em epó-xi, a empresa possui o Betupoxi, adesivo com três compo-nentes (resina epoxídica, endurecedor e argamassa pronta aditivada) para uso com concreto, ferro, madeira, azulejo, cerâmica e pedra e excelente para arremate de impermeabi-lizações com mantas asfálticas e recuperação estrutural de concreto. Após o endurecimento e a cura, a resistência do Betupoxi é superior à do concreto. O produto pode também

ser usado para recuperação de lavadores de combustível e resíduos orgânicos e inorgânicos e reservatórios de efluentes industriais e domésticos.

FortlevA Fortlev (Serra, ES) destacou

o Tanque Modular Fortlev, produto feito de painéis construídos em SMC (Sheet Moulding Compound – Com-posto de Moldagem em Lâmina) para armazenagem de água potável. Resultando de uma parceria com a britânica Balmoral Tanks, o tanque modular tem sistema aprovado pela WRAS (Water Regulations Advisory Scheme) e pela LPCB (Loss Prevention Certification Bo-ard), sendo, como o próprio nome diz, construído em módulos de 1m x 1m, 1,5m x 1m e 2m x 1m cada um, muito mais leves que estruturas de concreto armado ou aço. O Tanque Modular estava representado no estande da empresa por meio de um modelo de 9 metros de comprimento, 4 metros de altura e 3

Novidades e usos aprimorados de

composites e plásticos de engenharia

Usos inovadores de composites e uso extensivo de plásticos de engenharia em peças

as mais diversas foram destaque na Feicon-Batimat 2013. Confira

Bem

fixaOrganizadores:

feitos com poliamida

Tanque Modular: versatilidade e economia

For

tlev

Empresa do Grupo Formitex.

www.bbquimica.com.br

Presença de referência em componentes químicos.Para ter sempre qualidade na distribuição de produtos, a Bandeirante Brazmo

transforma responsabilidades em resultados. Um trabalho de excelência feito com tecnologia e uma equipe altamente capacitada.

Bandeirante Brazmo. Eficiência no mercado de plásticos.

br4.cgn

Soluções que distribuímos:

Page 25: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

FEICON-BATIMAT 2013

Empresa do Grupo Formitex.

www.bbquimica.com.br

Presença de referência em componentes químicos.Para ter sempre qualidade na distribuição de produtos, a Bandeirante Brazmo

transforma responsabilidades em resultados. Um trabalho de excelência feito com tecnologia e uma equipe altamente capacitada.

Bandeirante Brazmo. Eficiência no mercado de plásticos.

br4.cgn

Soluções que distribuímos:

metros de largura com capacidade de 16 mil litros. Segundo a empresa, as Olimpiadas do Rio de Janeiro farão uso de dois tanques modulares com capacidade de 600 mil litros de água cada um. Os tanques podem possuir divisões internas e resis-tem à exposição solar e ao calor.

Grupo BaramO Grupo Baram (Fortale-

za, CE) anunciou sua entrada no mercado de composites por meio do lançamento do Balancim Eco 600, feito de 30 quilos de composites com a mesma capacidade de um ba-lancim de aço, que transporta até 500 quilos. A empresa estima a vida útil do balancim Eco 600, de composites, de até 15 anos, com cinco anos de garantia de fábrica.

Hauraton BrasilA Hauraton Brasil (São Pau-

lo, SP) lançou a grelha Fibretec, segundo a empresa a primeira gre-lha em poliamida reforçada para sistemas de drenagem superficial. O material PA-GF (poliamida reforçada) foi especialmente de-

Balancim de composites: lançamento

senvolvido para a aplicação. Ele resiste à corrosão e aos raios ultravioleta, tendo capacidade de carga de até 12,5 toneladas. A grelha, que já ganhou prêmio de design, é um acessório da linha Recyfix Pro 200, da mesma empresa, com canais fabricados em 100% de polietileno-polipropileno (PE-PP) reciclável, com lar-gura de 200 mm. O sistema completo de drenagem superficial é formado pelo canal, grelha e acessórios.

HenkelA marca Cascola da multinacional alemã Henkel (Itape-

vi, SP) destacou o produto Cascola Flextec FT101, à base de polímero modificado com silano, certificado pelo selo Susten-taX, que atesta a qualidade dos produtos ideais para constru-ções verdes ou menos nocidos ao meio ambiente. O produto,

que também atende à norma LEED, criada pelo GBC (Green Building Cou-ncil Brasil), destaca-se pela maior fle-xibilidade e agarre inicial, podendo ser aplicado em superfícies úmidas ou com infiltrações, e é resistente aos raios ultra-violeta. A cura total do produto se dá em até 24 horas, sendo ideal para apli-cações sujeitas a movimentação, com capacidade de compensar até 25% da movimentação. A empresa apresentou também a linha Epóxi Loctite, extrafor-tes e transparentes, destacando o Loctite Instant Mix, com exclusivo bico auto

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Fibretec: grelha premiada em poliamida reforçada

Cascola Flextec FT101: tecnologia Flextec; Loctite Power Crystal: superfícies irregulares

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Page 26: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

26 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEICON-BATIMAT 2013

misturador e o Loctite Power Crystal, cola epóxi líquida para superfícies porosas, lisas ou irregulares.

InfibraA Infibra (Leme, SP), fabri-

cante de telhas e outras peças para cobertura (além de por-tas), lançou a Econoflex, linha de telhas e placas cimentícias com celulose e fibras poliméri-

cas (de PVA).

LorenzettiCom o maior estande

da feira, a Lorenzetti (São Paulo, SP) utiliza o plástico de engenharia ABS em toda sua linha de duchas e chu-veiros. Como lançamento, a empresa apresentou a li-nha Duo Shower, de linhas fluidas e com a utilização de design ultra slim dos es-palhadores. A Duo Shower, no caso, integra ducha e chuveiro numa única peça. Outro lançamento foi a du-cha cromada em ABS dire-cionada, em especial, às regiões Norte, Centro-Oeste e Nordes-te do país. O maior destaque da ducha, normalmente feita em metal, é a elevada resistência associada a um preço acessível. Por último, ainda como lançamento, a Lorenzetti apresentou o assento Levitti Soft Close, de fechamento suave, minimizando o impacto entre assento e louça. O assento, no caso, é também fabricado em ABS. A Lorenzetti aproveitou a feira também para comemorar seus 90 anos de existência.

LukscolorA Lukscolor (São Bernardo do

Campo, SP) apresentou sua linha epó-xi catalisável, vendido nas embalagens de Esmalte Epóxi e Fundo Epóxi, e Catalisador para Epóxi e Diluente para Epóxi. O Esmalte Epóxi é uma tinta de acabamento de alto brilho, posterior-mente misturada ao catalisador, com

o qual forma um produto de alto poder de cobertura e rendimento, ótima aderência e elevada resis-tência a agentes químicos, solventes e umidade. Enquanto o Esmalte Epóxi é disponível em 11 cores prontas e milhares de opções no sistema tintométrico Luksystem, o Fundo Epóxi é cinza e indicado para proteção anticorrosiva, integridade de superfícies de metais ferrosos e não ferrosos e uniformização da absorção de superfícies de alvenaria e madeira. O Diluente para Epóxi é indicado para diluição de sistemas epóxi cata-lisáveis (esmaltes e fundos), podendo também ser usado na limpeza de superfícies com graxa, óleo, gordura, etc.

Econoflex: materiais alternativos

Duo Shower, Ducha Fitt e Assento Levitti Soft Close

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Esmalte Epóxi catalisável

Norton Saint-GobainA Norton Saint-Gobain

(Caieiras, SP), fabricante de dis-cos abrasivos e rebolos, lançou o Disco Multicorte para usuário que trabalham com azulejos, pedras decorativas, PVC, aço, inox e alumínio. Os discos Multicorte têm diâmetro de 115mm e espes-115mm e espes-sura de 1,0 mm e são compostos de resina e tecidos de fibra de vidro. Outros destaques da empresa foram os rebolos Classic, produzidos em óxido de alumínio nos grãos finos, médios e grossos e os Flap Discs, com suporte cônico de fibras de vidro reforçada. Os Flap Discs estão disponíveis nos grãos 40, 50, 60, 80 e 120 e nos diâmetros de 115 e 180 mm.

Schneider ElectricA Schneider Electric (São Paulo, SP) lançou sua linha

de interruptores e tomadas Miluz, em que diversas peças são fabricadas em ABS branco com proteção ultravioleta.

Seal TapeA Seal Tape (São Paulo, SP) apresentou sua tradicional

Fita Veda Rosca, em PTFE, com as marcas Fitaflon, Nova-flon e Polyfita.

TopTelhaA TopTelha (Leme, SP) lançou a Telha

Branca, também chamada de cool roof. Com-posta de resina acrílica base água de baixa emissão de VOCs e CO2, com tecnologia Dow, em matriz cerâmica, a Telha Branca reduz a temperatura das edificações (de até 6º C no interior de um imóvel e de aproximada-mente 18º C na superfície do telhado).

WalsywaEmpresa especializada em sistemas de fixação para

construção civil, seja físicos ou químicos, a Walsywa (Louveira, SP) apresentou a Ampola WQA – Plus, que é um chumbador químico de injeção, com base em resina éster-vinílica pura. A empresa apresentou também o chumbador WQE 500 – Plus de base epóxi, o WQI 44 – Plus, de base éster-vinílica, e o WQI 11 – Plus, de base resina poliéster ecológica. Todos os modelos de chumbadores químicos são isentos de liberação de estireno.

ZagonelA Zagonel (Pinhalzinho, SC) lançou duas novas linhas de

chuveiros, ambas em ABS: a Move e a Sublime. Com design diferenciado, facilidade de instalação e maior vida útil, essas li-nhas utilizam ABS pelas propriedades mecânicas diferenciadas dessa resina. Outras duas linhas da empresa utilizam plásticos de engenharia: a Pratica e a Agile, cujos registros são feitos em poliacetal (POM).

Telha Branca: economia de energia

Disco Multicorte (esquerda), Flap Disc (centro) e Rebolo

Classic (direita)

Page 27: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

INTERNACIONAL

Para maiores informações sobre como utilizar o produto acima, entrar em contato no: 0800-198-001

REICHHOLDAlta tecnologia em resinas para laminação contínua plana e ondulada.

POLYLITE® 10803-00Resina poliéster insaturada

• Versatilidade em desempenho• Ótima resistência às bolhas osmóticas• Também pode ser utilizada em ambientes levemente agressivos

Everywhere Performance Matters

Exposição ao polo Norte utiliza barco em composites

Os exploradores polares Sébastien Roubinet e Vin-cent Berthet utilizaram um barco em composites, com matriz de Divinycell, para sua última expedição po-lar, atravessando 3,3 mil km do Alaska ao arquipélago de Svalbard. Roubinet, explorador francês com mui-ta experiência, fez a primeira tentativa de alcançar o polo Norte em 2011, mas foi frustrado por problemas de abastecimento de energia. Agora, Roubinet este-ve acompanhado de Berthet, também um explorador com bastante experiência. O uso da matriz de espuma ocorreu pela necessidade de um barco leve, que pu-desse avançar com ventos de menos de 10 nós.

BASF introduz processo de demonstração de tapes

A ser utilizado para fabricar bandejas de baterias estruturais para veículos com motores elétricos ou híbridos, um novo processo de fabricação desse tipo de peça vem sendo demonstrado pela BASF aos seus clientes. O processo combina áreas reforçadas com tapes em composites com uma estrutura moldada por injeção. O processo tem duas variantes, ambas as quais utilizam a tecnologia Ultratape, da BASF. Cada variante combina a arquitetura de tapes de base Ultratape num composto moldado (de marca Ultra-com), fazendo uso das resinas de poliamida Ultramid B3ZG7 COM (para altas solicitações em impacto) ou Ultramid B3WG12 (para alta rigidez). A aplicação com Ultratape permite aos transformadores satisfazer requisitos de estabilidade mecãnica em peças estrutu-rais com o mínimo peso.

Japan Airlines encomenda 31 Airbus A350 XWB

Septuagésima companhia japonesa a encomendar aeronaves Airbus, a Japan Airlines fez o pedido de 31 A350 XWB para o consórcio europeu de fabricação de aeronaves de grande porte Airbus. Com o pedido, a Japan Airlines junta-se às companhias AirAsia Japan, All Nippon Airways, Jetstar Japan, Peach Aviation, Skymark Airlines e Starflyer, dentre outras. Outra aquisição de peso tem sido a de seis A380 pela Skymark Airlines.

Novo centro de desenvolvimento da Plastic Omnium na Eslováquia

A francesa Plastic Omnium (Levallois) lançou recente-mente um novo centro de desenvolvimento na cidade de Lo-zorno, na Eslováquia, para operações em componentes estru-turais e externos para montadoras alemãs. Com 1,3 mil m2 de escritórios e 300 m2 de laboratórios, o centro empregará 110 engenheiros e técnicos originários de oito países, podendo acomodar até 160 empregados. O centro trabalhará com CAD, design, engenharia de produto, engenharia industrial, controle de qualidade, vendas e compras. O centro trabalhará em es-treita ligação com o centro de Lyon, na França, tendo firmado acordos de cooperação tecnológica com as universidades de Bratislava e Kosice na Eslováquia e Zlín, na república Checa. Foram investidos 2 milhões de euros no centro.

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Airbus A350 XWB: novas encomendas japonesas

Page 28: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

28 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEIPLASTIC 2013

BASFA alemã BASF (São Paulo, SP) lançou os ecovio

T2308 para termoformagem e o ecovio IS1335 para mol-dagem por injeção. O ecovio T2308 é feito num plástico com propriedades mecânicas similares às do PET amor-fo, possuindo ecoflex, poliéster compostável, em sua composição dado seu alto conteúdo de fonte renovável. O ecovio IS1335 é ideal para embalagens com paredes finas, complexas e de alta qualidade. Os produtos com ecovio, plástico completamente compostável de acordo com o padrão DIN EN 13432, são produzidos desde 2006. A empresa também apresentou toda sua linha de plásticos para os mercados de construção civil, automo-tivo, embalagens, agricultura, moda & design, minera-ção e óleo & gás, assim como pigmentos e aditivos. Os destaques, nessa ampla linha de plásticos, foram a polia-mida Ultramid B27 HM 01, de tipo 6 e produzida nos EUA, especialmente desenvolvida para recobrimento de

fios e cabos elétricos, a espuma de melamina Basotect, para conforto acústico e resistência à chama, o PBT da marca Ultradur, muito aplicado na indústria automotiva, a poliamida Ultramid Endure, reforçada com fibra de vi-dro, de elevada resistência ao envelhecimento por calor e fácil de processar como a 6.6, o poliacetal Ultraform, as linhas genéricas de poliamidas Ultramid e Mazmid para embalagens, o ecovio PS1606 também para embalagens e aplicação sobre papel, e a poliamida Ultramid B33/B36 SL, de PA6 com baixa velocidade de cristalização. Dois aditivos destacados foram os Tinuvin XT 200, para aplicações agrícolas, e o 1600, absorvedor de ultravioleta para plásticos de engenharia.

Bayer MaterialScienceA Bayer MaterialScience (São Paulo, SP) apresen-

tou produtos das unidades de negócios Policarbonatos, Poliuretanos e Coatings & Adesivos, assim como o pro

Composites e Plásticos de Engenharia:

destaques de alta tecnologia

Realizada em São Paulo, SP, no Anhembi, a

Feiplastic 2013 reuniu centenas de expositores

da cadeia do plástico, com destaque para

fabricantes de matérias-primas, equipamentos

e acessórios para plásticos de engenharia.

Confira uma cobertura parcial do evento (uma

cobertura com os expositores restantes será

publicada nas próximas edições)

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Feiplastic 2013: muitas consultas para profissionais

Page 29: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

Painel Construção Civil 2013

www.tecnologiademateriais.com.br

Este evento, que contou com a presença de 44 participantes, sendo 34 profissionais específicos do setor da construção civil, teve como foco principal destacar a extensa e mais recente gama de soluções em materiais de alta performance para a indústria da construção civil (composites e poliuretano).

Neste seminário, foram apresentados os seguintes temas: Certificação RGMat (Fundação Vanzolini), Poliureia Hot Spray – Crescimento da nova tecnologia de impermeabilização na Construção Civil (Huntsman), Poliuretanos: solução em isolamento térmico para a construção civil (BASF) e A tecnologia dos postes em compósitos como exemplo da competitividade na Construção Civil (Ibcom).

A empresa Texiglass também está à disposição do mercado da construção civil para explicar o tema Alternativas: Fibra x Aço (o contato, para saber mais sobre este tema, pode ser feito através do email [email protected])

O Painel Construção Civil foi dirigido exclusivamente a um público de profissionais que especificam, projetam e desenvolvem soluções para o mercado de construção civil utilizando composites, plástico de engenharia e poliuretano.

Painel Construção Civil aconteceu em São PauloNo dia 25 de setembro, foi realizada, em São Paulo, SP, a

oitava edição do Painel Construção Civil

Os temas apresentados estão disponíveis emwww.tecnologiademateriais.com.br (veja em painéis setoriais).

Em 2014, o Painel Construção Civil terá

duas edições: uma durante a FEICON

BATIMAT e outra durante a FEIPLAR COMPOSITES

& FEIPUR.

Patrocinadores Apoio Realização/Organização

Mais informações: Tel.: (11) 2899-6395ou [email protected]

Page 30: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

30 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEIPLASTIC 2013

jeto EcoCommercial Building, de soluções para edifí-cios sustentáveis. Os policarbonatos apresentados foram das linhas Makrolon, APEC, Bayblend e Makroblend. Em destaque, estiveram as peças elastoméricas da empresa Baulé, adquirida pelo grupo em 2012, um filme de policar-bonato formável e com revestimento, cartões de identifica-ção de animais em TPU e o projeto Dream Production, de fabricação de poliuretano a partir do gás carbônico (CO

2).

DSM

EcoPaXX é a poliamida alifática de base orgânica com ponto de fusão mais alto do mercado. Outro polímero destacado foi o Stanyl, uma poliamida 4.6 de alta per-formance que pode suportar temperaturas de até 230º C, com alta durabilidade e resistência à fricção e a calor elevado. Uma variante de destaque na linha Stanyl foi a Stanyl Diablo OCD 2305 BM, apta a extrusão de dutos por sopro, segundo a empresa a primeira poliamida re-sistente e estabilizada a altas temperaturas, usada como alternativa ao metal e ao PPS (polissulfeto de fenileno). A baixa densidade do polímero faz com que a peça pese menos 7% em relação ao PPS, sendo que com menor espessura o ganho é de mais de 10%, além de possibilitar uma baixíssima taxa de refugo. Outro produto lançado pela empresa foi o copoliéster elastomérico Arnitel para trabalhos em amplas faixas de temperatura, substituin-do dessa forma as borrachas e mantendo as proprieda-des mecânicas de -45º C a 150º C. Duas variantes desse copoliéster são o Arnitel C CM622 para tubos e man-gueiras automotivos resistentes a temperaturas elevadas. O novo material provou-se, segundo a DSM, de desem-penho superior às poliamidas 12, 11, 6.12, 610, 1010 e 1012, tendo sido usado com êxito em tubos de freio a vá-cuo, com flexibilidade e suportanto temperaturas de até 225º C. Outra variante do Arnitel destacada no evento foi o Arnitel VT, elastômero termoplástico extremamen-te flexível para uso em vestuários que precisam ser 100% impermeáveis mas também respiráveis (sem necessidade de furos no material) e confortáveis. O material não con-tém químicos perfluorados e é 100% reciclável. A DSM também apresentou sua poliamida 6 Akulon, usada para aplicações internas (coletores de admissão, container do airbag, etc.) e externas de veículos (retrovisores, maça-netas, etc.), em especial a versão Ultraflow, com melhora de 80% no fluxo e redução de 25% no ciclo de moldagem por injeção se comparada a poliamidas 6 tradicionais. Já o Fuel Lock, poliamida Akulon para uso em tanques de combustível de todos os tipos, foi apresentado em sua versão FL40-HP, que recebeu Ordem Executiva (EO) por atender requisitos de baixa penetração de hidrocar-bonetos para pequenos tanques de combustível de moto-res de pequenas dimensões sem necessidade de realizar testes. O Akulon Fuel Lock FL40-HP proporciona taxas de penetração (em tanques com paredes de espessura mínima de 1,2 mm) inferiores a 5% do valor máximo de 1,5 g/m2/dia e pode ser processado por moldagem a sopro, moldagem por injeção e moldagem rotacional, usando ferramentas originalmente criadas para tanques de HDPE. Por último, a DSM apresentou sua linha de poliamida Stanyl 4.6 e ForTii (PA 4T) de fácil proces-samento. O ForTii tem capacidade de suportar tempe-raturas de serviço contínuas de até 300º C, reduzindo significativamente os custos em relação a polímeros de cristal líquido e PEEK. A versão é também altamente resistente quimicamente.

DuPontA norte-americana DuPont (Barueri, SP) levou à fei-

ra o conceito de seu Centro de Inovação, localizado em

A DSM (São Paulo, SP) destacou-se pelo lançamen-to de diversos polímeros de engenharia, de fontes reno-váveis e não-renováveis, para diversos mercados mas principalmente o automotivo. A empresa lançou, por exemplo, o poliéster Arnite A HR, primeiro PET de de-sempenho elevado e altamente resistente a hidrólise, sen-do indicado para componentes automotivos como com-partimentos de motor. Segundo a DSM, o Arnite A HR, que utiliza reforço de fibra de vidro de 35 e 50%, mantém cerca de 90% de sua resistência inicial após 1000 h a 85º C e umidade relativa de 85% (o PET convencional perde até metade da resistência à tensão nas mesmas condi-ções). O Arnite A HR pode também substituir plásticos de engenharia de custos mais elevados, como poliftala-midas (PPA) e sulfuretos de polifenileno (PPS). Algumas aplicações, além de compartimentos de motor, incluem corpos das válvulas de aceleração, sensores, invólucros das válvulas de controle de ar, tampas do controle ele-trônico de aceleração e recirculação de gases de escape, assim como sistemas de ignição. A empresa apresentou também o EcoPaXX, uma poliamida 4.10 com 70% de óleo de mamona em sua composição e cadeia polimé-rica longa, baixa absorção de umidade e alto ponto de fusão. Ele é usado em aplicações que requerem ótimas resistência térmica (200º C) e química, assim como alta resistência mecânica e ótimo acabamento externo. Esse polímero está, por exemplo, presente, na versão EcoPa-XX Q-HGM24, na tampa do motor do novo Mercedes Benz Classe A, reduzindo em 40% as emissões de carbo-no em relação a outras coberturas. A peça em si, de 575 por 550 mm, pesa apenas 1,32 kg, contém fibra de vidro e reforço de partículas minerais. Segundo a empresa, a

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EcoPaXX: poliamida alifática de base orgânica

Page 31: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

31PR

FEIPLASTIC 2013

Paulínia, onde a empresa reuniu clientes, acadêmicos e representantes de organizações civis e governamen-tais para discussões sobre inovações para o mercado de plástico. A empresa apresentou também os benefícios de vários de seus produtos, dentre eles a resina ionomérica DuPont Surlyn, dióxidos de titânio, a resina compatibi-lizante DuPont Fusabond, a poliamida de alto desempe-nho para componentes automotivos e elastômeros Du-Pont Zytel Plus, e os materiais Viton e Vamac, utilizados em juntas, vedações e mangueiras.

Evonik

KratonEmpresa originada da antiga Shell Química, que em

1999 decidiu vender sua divisão química, a Kraton (São Paulo, SP), com nome originado de Kratos, o produto líder da divisão (um tipo de borracha termoplástica), apresentou soluções para materiais termofixos e termo-plásticos os mais diversos. Em plásticos de engenharia, por exemplo, os compostos de borracha da empresa, das séries SPS, SIS, SEBS e SEPS, atribuem resistência, elas-ticidade, durabilidade, transparência, suavidade ao to-que, aderência em superfícies molhadas e secas, resistên-cia a variações térmicas, boas propriedades elétricas, etc. Alguns plásticos de engenharia em que os compostos da empresa podem ser aplicados incluem ABS, policarbo-nato (PC) e poliamida (PA). Já em plásticos termofixos, os compostos da Kraton melhoram o comportamento de contração de peças e moldes, assim como o aspecto su-perficial das peças, sendo já tradicionalmente usados por diversas empresas do setor, em processos como SMC, BMC, etc.

KraussMaffeiA fabricante alemã de máquinas KraussMaffei (São

Paulo, SP) apresentou, dentre sua ampla linha de equi-pamentos para manufatura de peças plásticas, seus sis-temas para composites a partir de matrizes termofixas e termoplásticas. Algumas dessas tecnologias envol-vem equipamentos para moldagem por injeção de ter-moplásticos com fibras curtas e longas, componedoras para moldagem por injeção, a tecnologia Fiberform para moldagem por injeção de chapas orgânicas termoforma-das, a Polyset, de compostos de moldagem em poliéster, RRIM (com poliuretano, FCS (spray de composites com fibra), LFI, de moldagem por injeção de fibras longas com poliuretano reativo, de RTM de alta pressão, Cell-form Mucell, de espumação física para termoplásticos, e de IMP, pintura em molde.

LanxessA Lanxess (São Paulo, SP) reforçou a divulgação da

nova fábrica da empresa para produção de poliamida e PBT, em Porto Feliz, SP, e apresentou diversas novida-des. Uma aplicação inovadora, feita pela unidade de ne-gócio HPM, foi o front-end do Audi A8, com poliamida na parte superior e composite termoplástico na parte in-ferior. Além dessa aplicação, a empresa destacou o for-necimento, no mercado local, de poliamida 6 com 60% de fibra, com fluxo similar ao do composto de poliamida 6 com 30% de fibra, mas com o dobro do módulo, e que, segundo a empresa, nenhuma outra empresa fornece, as-sim como uma blenda de PBT e PET com 50% de fibra de alta fluidez, indicada para peças de grande porte que requerem excelente resistência mecânica e boa fluidez. Para demonstrar a poliamida 6 com 60% de fibra, a em-presa apresentou o front-end do Octavia, da Skoda, em que não são usados insertos metálicos (diminuindo o peso em 1,2 kg), o primeiro desse tipo em veículos. Ou

O grupo Evonik (São Paulo, SP) lançou o Vestamid NRG, uma linha de novos grades de poliamida 12, especial-mente desenvolvidos para atender às demandas técnicas do mercado de petróleo & gás. A empresa também destacou, da sua linha de polímeros de alta performance, o Vestakeep 5000G, um grade de poliéter-éter-cetona que oferece eleva-da resistência ao impacto e um melhor perfil de fadiga sob esforço dinâmico, sendo de alta viscosidade e podendo ser extrudado ou injetado. Em termos de sílicas e fosqueantes, a Evonik destacou Sipernat com marca registrada 44MS, usa-da em masterbatch de poliolefinas de elevada concentração, proporcionando excelente relação entre brilho, transparência e coeficiente de atrito. Já na linha Acematt com marca re-gistrada - agentes fosqueantes - de larga utilização em tin-tas em geral, destacou o Acematt com marca registrada OP 278, produto indicado para fosquear ABS e PVC. A Evonik também destacou, da linha Kronos, que representa no Brasil, o Kronos 2233 como sendo pigmento dióxido de titânio es-pecialmente desenvolvido para policarbonatos. Ele apresen-ta fácil dispersão e é o que tem maior compatibilidade com este polímero, minimizando possível degradação do mesmo quando tingido. A empresa produz polímeros de alta perfor-mance, como as linhas Vestamid compostas por poliamida 12 e 6.12, Vestosint, poliamida 12 em pó, além das poliamidas 6.10, 10.10 e 10.12 pertencentes à linha Vestamid Terra que são fabricadas a partir de matérias-primas provenientes de fontes renováveis, Trogamid poliamidas transparentes, PBT (Vestodur), Vestakeep (PEEK), Vestamid HTplus (Poliftala-midas PA6T e PA10T) e chapas de PMMI, copoliamidas (COPA) e poliamidas elastoméricas (PEBA).

Evo

nik

Polímeros de alta performance: destaques da Evonik

Page 32: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

32 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEIPLASTIC 2013

tra novidade é o sistema Pocan, de PBT, em que, numa blenda PBT com PET e 20% de fibra, pode-se fabricar grades frontais com excelentes propriedades mecânicas, substituindo peças em outros polímeros e processos. Outro produto apresentado foi um cárter de óleo de motor de caminhão em poliamida 6 com 35% de fibra, substituindo o alumínio, e ganhando em 30% de peso e 20% a menos em custo.

MillikenA Milliken (São Paulo, SP) apresentou um aplicati-

vo para iPad de nome Millad NX 8000 Savings Calcula-tor. Esse aplicativo, que também pode ser acessado em computadores pessoais e tablets, permite que o usuário, um cliente fabricante de peças ou aplicações ou mesmo um fabricante de máquinas, possa avaliar como ocorre o processamento de matérias-primas com aditivos da Milliken em equipamentos reais ou sob condições espe-cíficas, determinadas pelo usuário. “O aplicativo garante ao usuário informações quantitativas relevantes sobre como reduzir o consumo de energia em produtos e pro-cessos específicos”, afirmou Renato Santacroce, gerente de vendas para América Latina Meridional e África do Sul da empresa. A economia de energia estimada pelo aplicativo a partir de dados reais permite reduzir custos e a pegada de carbono dos produtos dos clientes. O apli-cativo pode ser baixado por meio do endereço http://itunes.apple.com/app/millad-nx-8000-savings-calculator/id534485434?l=nl&mt=8. O aplicativo roda por enquanto somente em situações que envolvem o agente clarifican-te para polipropileno Millad NX 8000. O aplicativo não roda em iPhones.

NitriflexA amazonense Nitriflex (com escritórios em Cotia,

SP) apresentou sua linha tradicional de resinas termo-plásticas de engenharia de base ABS, policarbonato (PC) e blendas (PC/ABS e PC/Acrilato), assim como os pro-dutos da parceira, recentemente anunciada, Asahi Kasei Plastics, que incluem compostos de PA66 e PA66/6i, blendas PPE/PA ou PPS, homopolímeros e copolímeros de poliacetal (POM).

RhodiaA Rhodia (São Paulo, SP), empresa do grupo Solvay,

lançou sua versão ecologicamente correta da poliamida 6.6 Technyl, a Technyl ECO, obtida a partir de poliami-da 6.6 reciclada e obtida por meio de um processo ex-clusivo de reciclagem química. De acordo com análises de produto em aplicação industrial, o uso dessa poliami-da reciclada permite reduzir em 70% a emissão de CO

2

equivalente e de 76% do consumo de energia, quando comparado ao composto virgem. A empresa apresentou, como aplicação da Technyl ECO, um coletor de admis-são feito com 3 partes soldadas e injeção dificultosa, já validado no cliente e em validação pela indústria. A Te-o no cliente e em validação pela indústria. A Te-chnyl ECO pode ser usada em peças estruturais, mais

simples (calotas, hélices, defletores, etc.) ou mais com-plexas. A Rhodia apresentou também uma aplicação de PPSU (polifenilssulfona), o chamado Triângulo Bender, equipamento pesando 4 kg para uso por cirurgiões, sen-do ajustável, autoclavável e radiotransparente aos raios X. O equipamento em PPSU é facilmente esterilizável, suportando múltiplos ciclos dessa operação, e substitui o mesmo equipamento em espuma de borracha e metal, mais caro e mais complicado para manuseio. A empresa apresentou também novos grades da poliftalamida (PPA) Amodel, com diferentes aditivações, dentre elas com re-tardantes de chama, sistemas livres de halogênio, e sis-temas em que o material pode ser processável por outros métodos, como extrusão. A Rhodia comercializa a PPA há 25 anos. Um destaque presente sob a forma de uma peça importada (um cárter de óleo de motor) foi a tradi-cional PA 6.6, que em um composto com 35% de fibra consegue substituir o aço e o alumínio nessa aplicação, algo ainda inédito em montadoras brasileiras. A peça, além de resistir mecânica, térmica e quimicamente, agre-ga em si outras funções, economizando peças e flexibi-lizando drasticamente o design, assim como reduzindo consideravelmente o peso. A resistência mecânica (a im-pacto, principalmente) da peça, segundo a Rhodia, não se deve apenas à utilização da fibra de vidro, mas ao uso de modificadores de impacto. A peça, durante o projeto e fabricação, passou pelos complexos sistemas de FEA (Análise de Elementos Finitos) e software Moldflow. No segmento industrial, a Solvay apresentou um novo gra-de da linha Halar, polímero de alta performance volta-do para revestimentos de superfícies, prevenindo contra agentes corrosivos. O novo grade da empresa é destina-do a aplicações em pintura eletrostática, muito comum para tubulações e peças de pequena geometria. A Rhodia também atua com polímeros especiais para smart devi-ces, atendendo às exigências de empresas como Apple, com novas formulações de sistemas já tradicionais.

TiconaA Ticona (São Paulo, SP) apresentou sua linha com-

pleta de plásticos de engenharia, inclusive seu polímero de cristal líquido Vectra, que em determinadas formas possibilita a substituição do metal com recobrimento em PTFE e que pode ser extrudado em chapas para termo-formagem. A empresa também destacou seu poliacetal (POM) para uso em tubos em veículos automotivos (para

Coletor de admissão, aplicação sofisticada

Rho

dia

Page 33: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

transporte de combustível e ar), com revestimento anties-tático, para substituição de PA 11 e 12. Para tanques de combustível, o Hostaform POM S9364 LPB apresenta baixa permeabilidade e substitui poliamidas que reque-rem outras camadas de PE, PA 11, PA 12 e PVDF. A empresa também apresentou seus polímeros MetalLX (POM), Fortron (PPS) e a solução Celstran LFRT (ter-moplástico reforçado de fibra longa).

UBEImportante fabricante de poliamidas e copoliamidas,

a UBE Latin America (São Paulo, SP) lançou uma série de produtos e tecnologias. Uma delas foi uma nova tec-nologia de processamento de poliamida 12 multicama-das, de nome Ecobesta. Lançamento global, embora já seja homologada por algumas montadoras no exterior, a tecnologia é indicada para tubos da linha de combustí-vel e de frio de caminhões, proporcionando tubos de até 5 camadas. A depender da estrutura utilizada, essa tec-nologia pode reduzir o preço dos tubos de combustíveis em até 40%, e foi desenvolvida em função de problemas de fornecimento global de poliamida nos últimos anos. Outro lançamento da empresa foi de um novo grade de poliamida, chamado FDX e já usado no Brasil, nas ver-sões 17 e 40. O FDX 40 permite grande transparência em filmes para embalagens plásticas flexíveis, principal-mente pera carnes e queijos, e o FDX 17, vantagens da redução do curling, ou seja, o enrolamento do material. Já a versão 37 é antislipping, ou seja, evita escorrega-mentos. Todos os novos grades de poliamida FDX são copolímeros ou homopolímeros e são aditivados. Mais um lançamento da empresa consistiu no novo grade de poliamida 1024I, específico para o processo de blow mol-ding. O novo grade, ideal para garrafas para produtos agroquímicos, aumenta a resistência mecânica, especial-mente a impacto, do material, e constitui uma eficiente barreira contra gases, competindo com as poliamidas 6 dos concorrentes. Esse lançamento foi exclusivo para a Feiplastic, vindo a ser apresentado ao resto do mundo na próxima feira K. Outro lançamento ainda da UBE foi o terpolímero Terpalex, um plástico resultante da polime-rização de 3 monômeros (6, 6.6 e 12), que formam, por reação química uma macromolécula diferenciada. O Ter-palex promove total transparência e aderência a embala-gens mais profundas (de até 95 mm ao invés de apenas 70 mm) e é indicado para encolhíveis e termoformagem (em temperaturas mais baixas, de 80º C ao invés de 110º C). O material concorre com o PVDC, que contém halo-gênios (o Terpalex, não). Por último, a empresa lançou o novo composto MOS-HIGE, um composto para poli-propileno que reduz o custo das peças ao reduzir o uso de talco de 20 a 30% para 15%, ao tornar o ciclo duas vezes mais rápido e ao melhorar a qualidade da peça. No caso, trata-se de um pó em que 70% é microfibra. A UBE aproveitou a ocasião para anunciar o aumento em 10 mil toneladas/ ano (total: 30 mil toneladas/ ano) da produção de poliamida pela planta produtiva espanhola.

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Resinas e Compósitos

Resinas e Resinas e

Placas Usináveis – PROLAB, LAB- Mockups, dispositivos de controle, modelos de fundição

Resinas Epóxi – EPOLAM- Laminação, enchimento, Infusão, náutica e aeronáutica

Resinas de poliuretano – UR- Ind. Cerâmica, fundição, berço para ultra som, juntas

Borrachas de Silicone – ESSIL- Moldes fl exíveis para protótipos e decoração

Resinas de Superfície – EPO- Gel epóxi, resistentes a abrasão e temperatura

Massa Epóxi para reforço- EPOPAST- Reforço estrutural, negativos de grandes dimesões

Núcleos Colméia – POLYCORE- Núcleos inerciais em formato honeycomb – Polipropileno

Resina Cura rápida para Protótipos – FASTCAST , RIM, PX- Produtos para protótipos que simulam plásticos de engenharia

Tecidos – FIBRA DE VIDRO, ARAMIDA e CARBONO- Em variadas gramaturas e construções

Separadores e Materiais auxiliares

Resinas e Resinas e Resinas e

33PR

Page 34: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

A Pro Nautic Materiais Naúticos Ltda., dententora da marca Olimpic Sails para o mercado Sul-Americano, produz as velas Space®, uma linha de velas fabricada em filamentos contínuos, com a tecnologia das fibras de carbono da Toho Tenax. A filial brasileira da companhia italiana Olimpic Sails, localizada em Porto Alegre, desenvolveu a vela utilizada no barco Magia V de Torben Grael, dententor de 5 meldalhas olímpicas, sendo duas de ouro. De acordo com Torben, o formato da vela e a manutenção da forma (análise de deformação sob esforços) são as características mais importantes deste tipo de produto: “Resultados de testes durante percurso são muito importantes, pois permitem que os produtos sejam continuamente melhorados”. A disposição dos filamentos contínuos de fibra de carbono é cuidadosamente planejada. O fabricante desenvolve as velas com auxílio de um software. “O posicionamento dos reforços influencia diretamente no desempenho e as características de propriedades mecânicas dos fios são fundamentais”, explica Torben. O bicampeão olímpico também comenta sobre a possibilidade de utilização de outros tipos de reforços em velas, como a aramida: “A fibra de aramida também apresenta excelentes propriedades mecânicas e pode ser utilizada na fabricação de velas, mas requer utilização de proteção contra UV.” A medalhista de bronze em Pequim Isabel Swan comentou a tendência de utilização de compósitos no esporte. “A introdução da fibra de carbono é muito importante em diversos componentes das embarcações, mas a utilização da tecnologia é limitada por regulamentos de cada classe”, explica a atleta brasileira. “A evolução da utilização dos compósitos é notável, graças às características de baixo peso e resistência mecânica.”

Bicampeão Olímpico Torben Grael aprova velas Olimpic Sails reforçadas com Fibra de Carbono Toho Tenax...

... E, junto com a medalhista de bronze em Pequim Isabel Swan, explica a importância dos materiais compósitos para o iatismo

Page 35: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

TOHO TENAX INICIA FORNECIMENTO DE FIBRA DE CARBONO VIA ESTOQUE LOCAL

“Trata-se de um regime de entreposto aduaneiro, em colaboração com a Teijin Aramid do Brasil. O planejamento do estoque é cuidadosamente feito através do forecast de compra dos nossos clientes. Neste regime logístico, o material fica armazenado em consignação com a Teijin Aramid do Brasil. O cliente, no momento em que planeja seus pedidos, pode contar com diversas vantagens:

• Fornecimento fracionado, em múltiplos de caixas de rovings, possibilita um atendimento de maneira competitiva a nichos de mercado mais pulverizados;

• Baixo custo logístico mesmo nacionalizando uma quantidade muito pequena de material, pois o mesmo já foi transportado sob condições extremamente competitivas de frete internacional e despesas aduaneiras devido à consolidação de embarque em grandes quantidades;

• Lead time de entrega agressivamente reduzido, de 45 dias, para disponibilidade imediata. O material se encontra disponível fisicamente em estoque local, e o lead time de entrega somente depende do tempo de desembaraço da mercadoria pelos nossos clientes e frete local.”

Rodrigo Berardine faz também considerações adicionais importantes: “As documentações obrigatórias, incluindo todas as licenças e controles internacionais, não são dispensadas e continuam sendo cuidadosamente analisadas. Os clientes que desejam se enquadrar neste regime logístico precisarão estabelecer com a Toho Tenax um planejamento de compra para que a disponibilidade de fibra de carbono esteja adequada com a necessidade de mercado e para que o sistema possa se manter em funcionamento de maneira competitiva com relação aos custos de armazenagem”. 

Rodrigo afirma: “Este é um passo muito importante para viabilizar o acesso à tecnologia e encorajar o desenvolvimento de novas aplicações.”

A companhia continuará a servir o mercado através de importação direta para os clientes que assim preferirem conduzir seu planejamento de compras (vendas Indent).

A empresa Toho Tenax

America implementou uma

nova maneira de servir o

mercado sul-americano

com tecnologias em fibra de

carbono. Desde setembro de

2013, os clientes da companhia

contam com disponibilidade

imediata de entrega para

filamentos contínuos e fibras

curtas. Rodrigo Berardine,

engenheiro de marketing e

desenvolvimento de negócios

da companhia na América

do Sul, explicou o modelo de

operação do novo sistema:

Toho Tenax America Phone: +55 11 5070 3862 www.tohotenaxamerica.com

Page 36: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

36 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEIPLASTIC – ESTANDE TEMÁTICO

AbiforA Abifor (Wutoeschingen, com escritório em Zurique, Suí-

ça), representada pela ASRocha (São Paulo, SP), apresentou al-gumas soluções em adesivos termoplásticos (bases poliamida, caprolactona, EVA, poliéster, poliéter, TPU, etc.) em pó hot-melt para adesão a seco nos mercados de composites (flexíveis, rígidos e semirrígidos), automotivos, de calçados e têxtil. Alex Rocha, da AS Rocha, esclareceu dúvidas no estande.

AirplastA Airplast (Mauá, SP), fabricante de matérias-primas mi-

cronizadas, apresentou suas blendas de PET com PA e outros

plásticos de engenharia. Estive-ram presentes, no estande durante toda a Feiplastic, Elizabeth Frei-tas (química) e Hélio dos Anjos (representante de vendas).

Bike DesignUma cadeira de rodas de corrida, rigorosamente dentro do

padrão do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi apresen

O destaque dos composites, do poliuretano e dos

plásticos de engenharia

Centenas de interessados em mais informações sobre materiais composites, aplicações

e peças feitas em poliuretano e toda a versatilidade de uso dos plásticos de engenharia

visitaram o estande temático na Feiplastic 2013. Veja quais foram os destaques

Quase trinta empresas dos setores de composites, poliuretano e plásticos de engenharia participaram, mostrando produtos ou serviços, no estande de 50

m2 em que a Editora do Administrador, editora que publica as revistas Composites & Plásticos de Engenharia e Poliu-retano – Tecnologia & Aplicações, divulgou as proprieda-des técnicas dos produtos feitos com esses materiais, assim como suas vantagens em relação a materiais metálicos e feitos com plásticos commodities.

O estande, que também contou com o atendimento pes-soal de consultores para todos esses setores, teve uma gran-de quantidade de visitas. Também estiveram presentes pro-fissionais das empresas expositoras no estande (veja citação nas fotos dos produtos apresentados).

ConsultoresCarlos Viegas (Korthfiber)

Luis Fernando Barbi (Texiglass)Matheus Paixão (Texiglass)Luiz Vianna (Poliresinas)

Antonio Carvalho (Reichhold)Anderson Silva (Reichhold)Márcio Oribe (Reichhold)

Alexandre Jakelaitis (Novapol)José Batista de Andrade (Fibermaq)

Ângelo Paviotto (CPIC)Kátia Marques de Jesus (CPIC)

Alex Rocha (Abifor)

Estande de divulgação na Feiplastic: presença maciça de interessados

FEIPLASTIC – ESTANDE TEMÁTICO

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Page 37: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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Page 38: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

38 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEIPLASTIC – ESTANDE TEMÁTICO

tada pela Bike Design (São Bernardo do Campo, SP), de Leone Fragassi (de-signer e professor) e Valdir Gonçalves (designer e espe-cialista em CAD). A cadeira foi desenvolvida para atletas paralíticos de alto nível, tendo sido avaliada por um paraatle-

ta no aspecto prático. A cadeira usa composites intensivamente em tubos, na própria cadeira, na confecção da roda, no sistema de junção, nos acopladores (acessórios), etc., sempre laminados manualmente, com uso de tecidos de reforço com a orientação da Texiglass (Vinhedo, SP) e resinas poliéster da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP). A cadeira funciona encaixada numa cadeira convencional, em que é colocado um kit de cadeira de corrida e uma handbike (bicicleta movida a mão). Segundo Fragassi, é a única cadeira no mundo com as três configurações (cadeira nor-mal, cadeira de corrida e handbike) num produto só.

BMC do BrasilUma tampa de válvula

e um refletor, ambos fabri-cados pelo processo BMC (Bulk Moulding Com-pound), e um isolador do terceiro trilho, fabricado por SMC (Sheet Moulding Com-pound) foram apresentados pela BMC do Brasil (Rio Claro, SP). A tampa possui

resistência a altas temperaturas, a ambiente corrosivo, é pig-mentada na cor desejada, e possui retardância à chama. Já o refletor possui baixa contração, resistência a temperaturas ele-vadas (acima de 200º C) e tempo rápido de moldagem por inje-ção (60 segundos para as duas peças). O isolador, por sua vez, proporciona elevadas propriedades mecânicas, resistência aos raios UV, resistência à flamabilidade, alta resistência ao torque e ao arrancamento do inserto metálico e alta isolação elétrica. Waldenir Souza (supervisor de desenvolvimento) esteve pre-sente no estande da empresa.

Carbox RacingDiversos produtos feitos em

fibra de carbono, dentre eles tu-bos, bicos de ponteira, escapa-mentos, uma maleta, braçadeiras para o escapamento, raquetes de pingue pongue e placas com nú-cleo em colmeia (uso geral em composites) foram apresentados pela Carbox Racing (Embu Gua-

çu, SP) no estande. Os diretores Rogério Miranda e Carlos Mi-randa (diretores) estiveram presentes durante toda a Feiplastic no estande.

CPICImportante fabricante de fibras de vidro e produtos deriva-

dos, a CPIC (Capivari, SP) apresentou as tecnologias de fibra de vidro por intermédio de Ângelo Miguel Paviotto (supervisor de assistência técnica) e Kátia Marques de Jesus (coordenadora de marketing).

FastplasUm grade frontal de cami-

nhão Ford, feita em composi-tes pelo sistema SMC (Sheet Moulding Compound) foi apre-sentada pela Fastplas (Diade-ma, SP) no estande. O principal destaque da peça é estrutural, sendo a peça apoiada em dois pontos com mais dois de fixa-ção e o restante da superfície em balanço. O SMC é um dos processos utilizados pela empresa para fabricar peças para ca-minhões, sendo outros processos o RTM, o RIM e o RRIM. Peter Oto Hans Koecher (diretor superintendente) representou a Fastplas no evento.

Fibermaq/ MoldfiberA “The Knotted-Gun” ou

“Arma-Atada”, um símbolo de revólver, feito neste caso em fibra de vidro, fabricado manu-almente a partir de moldes em silicone, com duas partes cola-das e pigmentos tradicionais foi o destaque da Moldfiber (São Paulo, SP) que a Fibermaq (São Paulo, SP) levou ao estande da Editora do Administrador. O dono da Moldfiber, José de Arimatéia Mendonça Araújo (Ari), foi con-tratado pela organização não-governamental internacional Non--Violence Project Foundation. A peça foi criada pelo artista Carl F. Reuterswärd, em memória ao ex-beatle John Lennon. Existem réplicas em bronze da escultura instaladas em mais de 30 espa-ços públicos pelo mundo, tendo como alguns exemplos Berlin, Liverpool, Estocolmo, Lausanne, Caen, Nova York (ONU), Pe-quim, etc. O diretor da Fibermaq, José Batista de Andrade, esteve presente e ofereceu assistência aos interessados.

FuturonOs cabides desmontáveis Flex

Hanger, ganhadores do Prêmio Excelência 2012 em Plásticos de Engenharia, categoria Produtos Acabados, foram o destaque da Futuron (Florianópolis, SC). De-senvolvidos em termoplásticos injetados, participados em 4 partes

Triciclo em fibra de carbono laminada

Refletor, tampa e isolador de terceiro trilho em composites

Maleta, tubos e peças técnicas em fibra de carbono

Grade frontal em RTM

Peça decorativa em composites

Cabides desmontáveis em plásticos de engenharia

Automotivo Energia Eólica Moveleiro Aeroespacial Contrução Civil Isolamento Térmico

Page 39: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

39PR

FEIPLASTIC – ESTANDE TEMÁTICO

e 3 peças, o produto é totalmente desmontável, possuindo micro-engrenagens que se encaixam e desencaixam na hora da monta-gem/desmontagem. O cabide desmontável, que pesa apenas 42 gramas, utiliza perfis em I, usa 6 cores primárias e permite 36 configurações diferentes de cores. O desenvolvimento do produ-to consumiu quase 3 anos e 10 mil horas do projeto à fabricação.

MakeniA Makeni (Diadema, SP) divulgou

seu recente serviço de distribuição ex-clusiva de produtos da norte-americana Chromaflo, que produz corantes e dis-persões químicas para pintura, revesti-mentos e plásticos termofixos.

Novapol

superfície diferenciada que pro-move beleza estética, excelente transmissão e difusão de luz. Os profissionais Antonio Carvalho (gerente de desenvolvimento de mercado para aplicações indus-triais de composites), Márcio Ori-be (vendedor técnico) e Anderson Silva (assistente técnico) apresen-taram tecnologias em composites e representaram a empresa.

TechnobellTrês tubos em com-

posites (um com conexão em T), fabricados por mé-todos diferentes, foram apresentados pela em-presa de origem inglesa. Dentre os tubos apresen-tados, o de maior diâme-tro (600 mm) contou, em sua fabricação, com o processo SPS (Sand Premix System ou Sistema de Pré-Mistura de Areia), tecnologia Technobell. Outra das tubulações consistia num redutor concêntrico (diâmetros de 400 e 300 mm), enquanto a última era uma árvore irregular (diâmetros de 400 e 300 mm). Todas as tubulações foram fabri-cadas pelo processo filament winding, tecnologia Technobell. Luiz Orro (responsável pelos negócios da Technobell no Brasil) apresentou dados de mercado, tecnologias e desenvolvimentos da empresa.

TexiglassA Texiglass (Vinhedo, SP) apre-

sentou sua linha de tecidos de fibra de vidro, carbono e aramida. Segundo Matheus Paixão (auxiliar de vendas) e Luís Fernando Barbi (vendedor in-terno), que apresentaram os produtos da empresa e tiraram dúvidas sobre a tecnologia de composites para os vi-sitantes, muitos deles especialmente interessados em fibra de carbono, que queriam informações sobre suas variedades e aplicações.

Toho TenaxFabricante de fibras de carbono,

sistemas de reforços e componentes em material compósito, a Toho Tenax (São Paulo, SP) apresentou sua linha de produtos e resolveu questões de ordem técnica e mercadológica. Ro-drigo Berardine (engenheiro técnico de marketing) representou a empresa.

Produtos Chromaflo: distribuição da Makeni (Diadema, SP)

A Reichhold (Mogi das Cruzes, SP) mostrou diversos produtos exclusivos no estande. Um deles foi uma seção de uma tubulação impermeável com liner aluminizado para transporte de solventes. Outro produto apresentado foi um banco de arquibancada da cor verde claro fabricado pelo processo de cura a quente com duas resinas especiais da empresa: a Resapol 94141 e a Resapol UP 306. A Reich-hold também apresentou exemplares de telhas translúcidas e prismáticas de clientes. Estas últimas telhas oferecem uma

Banco de arquibancada Telhas de composites

Tubo de composites impermeável

Tubos com e sem flanges em composites

Tecidos de fibra de vidro, carbono e aramida

Fibra de carbono e aplicações

Isolamento Térmico Mineração Petróleo & Gás Ferroviário Náutico Naval Infraestrutura

Esportiva

A Novapol (Serra, ES) apresentou uma cuba de pia e um tanque de lavar roupas, ambas feitas em SMC (Sheet Moulding Compound). Já produzido em escala, o tanque feito pela Novapol atende em especial os mercados do Sudeste e Nordeste. Já a cuba de pia foi importada de uma empresa parceira na Espanha com a finalidade de desenvolver clientes localmente. O estande teve a presença de Alexandre Jakelaitis, coordenador de projetos da em-presa, que apresentou os produtos e tirou dúvidas dos visitantes.

Reichhold

Cuba de pia (esquerda) e cuba de tan-que (direita)

Page 40: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

40 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

REFORÇOS

Não é de hoje que as fibras de carbono são consi-deradas sinônimo de resistência, beleza e leve-za. São raros os dias em que não surgem novas

aplicações para elas, seja em automóveis esportivos, bici-cletas, pás eólicas, aeronaves, naves espaciais, carros de fórmula 1, pontes, edifícios e toda uma série de exemplos em que elas são uma opção ou mesmo a única alternativa para conjugar essas e outras propriedades (como condu-tividade, transparência eletromagnética, etc.) em aplica-ções as mais diversas. Mas em que ponto está o uso das fi-bras de carbono nesses diversos mercados? O custo desse tipo de reforço tem caído nos últimos anos? Surgem com o tempo novas aplicações que tornam esse reforço mais comum no dia a dia das pessoas? Ou seu custo inviabiliza aplicações mais rotineiras?

Utilização e competição“Os principais atrativos das fibras de carbono são

efetivamente sua resistência e leveza, mas sem dúvida a função estética ajuda muito para sua comercialização”, afirmou Giorgio Solinas, diretor da Texiglass (Vinhedo, SP). “Ocorre que atualmente a fibra de carbono tem um preço ainda muito elevado, o que limita o seu uso”, com-pletou. “Especificamente no mercado de construção ci-

vil, o uso de composites de fibra de carbono para reforço de estruturas tem ganho maior espaço nos últimos anos como uma alternativa a cada dia mais acessível nos pro-jetos onde se mostram viáveis do ponto de vista técnico”, afirmou Michel Haddad, coordenador técnico em refur-bishment (reformas) da Sika (Osasco, SP). “Hoje a fibra de carbono está sendo mais utilizada em peças especiais como reforço, criando novas aplicações. Com isso, o

Fibras de carbono: mercado complexo,

requisitos avançados e tendência de expansão

A utilização de fibras de carbono em composites, já tradicional, tende a aumentar

gradativamente por meio da sua especificação em aplicações que requerem

desempenhos especiais e pelo desenvolvimento dos processos de fabricação de peças

nos mais variados mercados

Fibras de carbon: maior uso

Automotivo: as fibras de carbono como diferencial

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Painéis Setoriais 2011Confira a programação geral dos

Painéis Setoriais 2013Painéis Setoriais 2013

Calendário 2013

Abril» 10/04 - Painel Sustentabilidade na Construção Civil (São Paulo, SP)

» 24/04 - Painel Multissetorial Energia Eólica + Construção Civil (Fortaleza, CE)

Agosto» 21/08 - Painel Isolamento Térmico (São Paulo, SP)

» 28/08 - Painel Mineração (Belo Horizonte, MG)

Setembro

» 04/09 - Painel Multissetorial Náutico + Naval + Petróleo & Gás (Rio de Janeiro, RJ)

» 11/09 - Painel Ambientes Agressivos (Camaçari, BA)

» 25/09 - Painel Construção Civil (São Paulo, SP)

Outubro

» 09/10 - Painel Aeroespacial (São José dos Campos, SP)

» 23/10 - Painel Espumas Flexíveis (São Paulo, SP)

» 30/10 - Painel Automotivo + Exposição de peças (São Paulo, SP)

Novembro» 06 e 07/11 - III Congresso Sul-americano de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia (Porto Alegre, RS) - Painel Automotivo (Porto Alegres, RS)

Desde 2006, são realizados os Painéis Setoriais, que são se-minários técnicos voltados a diversos segmentos industriais. Em 2013, serão organizados os Painéis Multissetoriais, que terão o objetivo de mostrar as inovações tecnológi-cas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para mais de um segmento industrial, em importantes ca-pitais brasileiras. Os Painéis Setoriais e os Congressos Sul-americanos também serão realizados. Veja a programação geral:

* Esta programação poderá ser alterada sem aviso prévio

Mais informações: (55 11) 2899-6381/[email protected]

www.tecnologiademateriais.com.br

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Painéis Setoriais 2011Confira a programação geral dos

Painéis Setoriais 2013Painéis Setoriais 2013

Calendário 2013

Abril» 10/04 - Painel Sustentabilidade na Construção Civil (São Paulo, SP)

» 24/04 - Painel Multissetorial Energia Eólica + Construção Civil (Fortaleza, CE)

Agosto» 21/08 - Painel Isolamento Térmico (São Paulo, SP)

» 28/08 - Painel Mineração (Belo Horizonte, MG)

Setembro

» 04/09 - Painel Multissetorial Náutico + Naval + Petróleo & Gás (Rio de Janeiro, RJ)

» 11/09 - Painel Ambientes Agressivos (Camaçari, BA)

» 25/09 - Painel Construção Civil (São Paulo, SP)

Outubro

» 09/10 - Painel Aeroespacial (São José dos Campos, SP)

» 23/10 - Painel Espumas Flexíveis (São Paulo, SP)

» 30/10 - Painel Automotivo + Exposição de peças (São Paulo, SP)

Novembro» 06 e 07/11 - III Congresso Sul-americano de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia (Porto Alegre, RS) - Painel Automotivo (Porto Alegres, RS)

Desde 2006, são realizados os Painéis Setoriais, que são se-minários técnicos voltados a diversos segmentos industriais. Em 2013, serão organizados os Painéis Multissetoriais, que terão o objetivo de mostrar as inovações tecnológi-cas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para mais de um segmento industrial, em importantes ca-pitais brasileiras. Os Painéis Setoriais e os Congressos Sul-americanos também serão realizados. Veja a programação geral:

* Esta programação poderá ser alterada sem aviso prévio

Mais informações: (55 11) 2899-6381/[email protected]

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42 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

REFORÇOS

consumo está aumentando, principalmente também pela ofereta de matéria-prima que, de uns anos para cá, não tem mais faltado”, disse Giberto Campovilla, diretor da Fibertex (Louveira, SP). “Realmente existem nichos de mercado em que as fibras de carbono são usadas em grandes volumes em projetos de forte competição comer-cial, mas não é correto afirmar que, por causa disso, te-nha havido uma popularização do material”, ponderou Rodrigo Berardine, engenheiro técnico e de marketing da Toho Tenax America (São Paulo, SP), fabricante de fibras de carbono. “As fibras de carbono não são commoditie mesmo em mercados de grande volume, e a competição vai muito além da negociação em termos de preço”.

HistóricoSegundo Solinas, há mais de 10 anos havia abundân-

cia no fornecimento de fibra de carbono no mercado, o que fez o preço cair bastante. “Nessa época, muitas em-presas se dispunham a investir na fabricação de peças de uso popular, como bicicletas, varas de pesca, etc.”, lem-brou. Mas com o aumento do uso dos composites em aeronaves, principalmente, e com as guerras do Iraque e do Afeganistão, a fibra de carbono passou a ser contro-lada e houve falta de matéria-prima. “Aquelas empresas que estavam dispostas a investir viram-se de repente sem sua matéria-prima, o que as obrigou a abandonar seus projetos”, explicou. Para Berardine, da Toho Tenax, hoje o mercado busca tecnologia, performance e formas mais eficazes de produzir com o reforço. “O cliente busca for-mas mais eficientes e eficazes de produzir num cenário dirigido por performance em que a todo momento são desenvolvidos materiais mais competitivos”, explicou.

DisponibilidadeAs fibras de carbono são disponibilizadas no merca-

do de diversas formas: como filamentos contínuos, fibras cortas e fibras moídas. Isso de forma geral. “As fibras de carbono utilizadas na construção civil vêm como mantas, laminados e telas, e até mesmo em telas em que não é necessário usar resinas para ancorá-las em base cimentí-cimentí-cia”, afirmou Renato Idas Leoni, engenheiro da SIP do Brasil (São Paulo, SP), empresa especializada em apli-cação de reforços, como fibras de carbono, em obras de construção civil. “As aplicações de composites de fibra de carbono em construção civil para reforço de estrutu-ras empregam dois tipos básicos de sistemas: os tecidos, com fios de fibra de carbono alinhados em uma, duas ou mais direções e estruturados por uma trama de fios, e os laminados pultrudados, em que os fios aparecem imersos em epóxi, aquecidos a até 180º C e compactados no for-mado desejado”, disse Haddad. “No geral, as fibras de carbono podem ser processadas pelos mesmos métodos de processamento de outros tipos de reforço, tomando os devidos cuidados”, afirmou Berardine, da Toho Tenax. “No mercado de construção, as fibras de carbono têm se difundido bastante nos últimos anos devido à sua grande resistência, ao fato de não corroer, ser fácil de aplicar e promover limpeza nas obras”, completou Leoni.

Processamento“Devido ao seu alto módulo em comparação com

outros materiais, a fibra de carbono requer cuidados es-peciais durante o processamento, até por ser quebradiça em condições de abrasão com dispositivos”, salientou Berardine, que recomenda verificar o tensionamento dos fios, assim como os ângulos em contato com os disposi-tivos, que devem ser revestidos para diminuir a abrasão com os filamentos. “A quebra dos filamentos durante a transformação causa perda de propriedades mecânicas”, disse Berardine. “É preciso muito cuidado com as fibras de carbono, pois seus microfilamentos são muito sensí-veis à ruptura”, afirmou Campovilla, da Fibertex. “Os tecidos de fibra de carbono podem ser laminados como qualquer tecido de fibra de vidro, utilizando os mesmos processos, mas para alcançar resultados aprimorados su-gere-se o uso de bolsas de vácuo, autoclaves ou prepregs”, disse Solinas, da Texiglass. “Quanto à resina, os melhores são usados com resinas epóxi e fenólicas (estas últimas, para altas temperaturas)”, completou. “Em construção civil, as fibras devem ser protegidas de incêndio ou ex-plosão, sendo necessária a proteção das áreas em que a fibra de carbono é aplicada”, disse Leoni. “Os tecidos de fibra de carbono não requerem tratamento diferen-ciado em processos comuns, mas pode acontecer de ser necessária uma precisão aprimorada, daí podem ser usa-dos tecidos de fibra de carbono prepregs, o que demanda maior trabalhabilidade do material no desenvolvimento de peças complexas, com custo bem maior que os tecidos comuns”, disse Renato Wessner dos Santos, engenheiro de produção da Escale Engenharia (São Paulo, SP). “Po-rém, dentre os diversos processos para transformar a fibra de carbono, como autoclave, infusão a vácuo, laminação por spray e manual, assim como RTM e RTM Light, em nossa empresa usamos, em 90% dos casos, a laminação manual, e nos outros 10% a mesma laminação manual mais a prensagem”, afirmou. “O fator mais impactante na escolha por composites de fibra de carbono em cons-trução civil é a agilidade de execução e a mínima interfe-rência no local da obra”, afirmou Haddad.

Maior disponibilidade para fibras de carbono

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Page 43: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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REFORÇOS

AutomatizaçãoEm 2012, foi anunciada a aquisição de uma máquina

de fiber placement (tradicionalmente usada para fibras de carbono) por uma das sedes, mais especificamente, o Labo-ratório de Estruturas Leves, do Instituto de Pesquisas Tec-nológicas (IPT) (São José dos Campos, SP). “O método de fiber placement vem ajudar, e muito, no aumento do uso de fibra de carbono em composites, por tratar-se de um método que possibilita a aplicação em grandes volumes e de maneira continuada”, disse Solinas, da Texiglass.”O Automated Fi-ber Placement (AFP) e o Automated Tape Laying (ATL) são processos automatizados de posicionamento do reforço na direção dos esforços mecânicos, permitindo também a cons-trução de formas complexas”, explicou Berardine. “Os custos em equipamento e sistemas de reforço, relativamente altos, são compensados em aplicações de alta complexidade ou submetida a esforços mecânicos importantes”, completou, para quem a utilização dessa tecnologia no Brasil, apesar de ainda muito específica, apresenta indícios de expansão.

Outras propriedadesTradicionalmente, os processadores sentem-se atraídos

pelas fibras de carbono em função de sua resistência mecâ-nica, leveza e beleza. Mas existem outras propriedades que, em determinados casos, são ainda mais importantes que es-sas. “Além da característica de reforço, a fibra de carbono também confere características de condutividade elétrica. Existem inclusive fibras de carbono com sizings metálicos para conferir propriedades avançadas de condutividade”, informou Berardine. “Nas áreas aeronáutica, náutica e de saúde o tecido de fibra de carbono tem seu uso potenciali-zado por deixar passar as ondas eletromagnéticas”, afirmou Wessner dos Santos, da Escale, exemplificando com mesas cirúrgicas, uma dentre as várias aplicações possíveis nesse sentido. Outras aplicações se dão em peças de eletrônicos, mas nesse caso a condutividade elétrica pode atrapalhar o funcionamento do material, o que requer processos espe-ciais para utilização nessas peças. “Para quem busca mais a estética, existem tecidos de fibra de carbono twill ou plain, tecidos com glitter, com glitter jacquard, jacquard de de-sign costumizados, inclusive tecidos de fibras de carbono jacquard de design metalizado”, disse Wessner dos Santos. “Uma aplicação estética sem outra função relevante é o re-cobrimento de capôs e pára-lamas de automóveis. A peça fica bonita, mas em vez de ajudar atrapalha por aumentar o peso da peça”, afirmou Solinas. “Fabricamos componentes para a indústria automotiva no Japão utilizando prepregs e processos cuidadosamente desenvolvidos para assegurar que requisitos de aparência sejam perfeitamente atendidos”,

informou Berardine. “Existem também produtos que imi-tam a fibra de carbono, mas não são levados a sério no mer-cado de composites”, disse Solinas.

TermoplásticosUma tendência que só faz crescer no mercado, em es-

pecial nos segmentos automotivo e aeronáutico, é o uso de fibras de carbono com termoplásticos, a ponto de motivarem prognósticos radicais. “O desenvolvimento de processos com ciclos curtos de moldagem e o avanço no desenvolvimento de composites termoplásticos permitirão a utilização dessa tecnologia com fibra de carbono em veículos de produção em massa a médio-longo prazo”, apostou Berardine, da Toho Tenax. “Atualmente, já é comum a preparação de composi-tes em material termoplástico para injeção, com a fibra de carbono cortada”, disse, acrescentando que em âmbito glo-bal o mercado aeronáutico tem feito uso das tecnologias de AFP e ATL para fabricação de componentes com matrizes termofixas e termoplásticas. “Essa tecnologia no Brasil ainda é muito específica, mas há indícios de expansão”, informou.

Mercado e tendênciasSegundo Berardine, o mercado brasileiro de fibra de carbo-

no expandiu-se em 2012, alcançando um patamar de consumo anual de 3,6 mil toneladas. “Isso se deu principalmente em fun-ção do desenvolvimento de novas aplicações no mercado de energia eólica”, ele disse, afirmando que se espera um processo agressivo de expansão, nos próximos 5 anos, nos segmentos de óleo & gás e aeronáutico. “No mercado de energia eólica, há uma demanda por fibras industriais de alta densidade line-ar, e as fibras de carbono são uma boa opção”, acrescentou. “Realmente, eu vejo dois mercados distintos: o de composites propriamente dito, englobando barcos, aeronaves, materiais esportivos, peças técnicas, material médico e cirúrgico, e o de petróleo”, afirmou Solinas. “Seguramente o mercado de exploração de petróleo é muito grande, especialmente com o início da exploração do Pré-sal”, completou. “Os requisitos de conteúdo local são agressivos para projetos de infraestrutura e para o mercado de óleo & gás”, concordou Berardine. “Os projetos de construção de estaleiros para a indústria naval, de desenvolvimento de tecnologias para o pré-sal e os investimen-tos em parques eólicos caminham a passos largos e apontam para um crescimento da demanda por fibras de carbono no Brasil nesses mercados”, afirmou Haddad, da Sika.

Uso no futuro“Os itens que ainda impedem a maior utilização da fi-

bra de carbono são o desconhecimento por profissionais de cálculo e projeto reforços, a necessidade de mão de obra es-pecializada e o custo dos materiais”, disse o profissional da Sika, segundo o qual é possível considerar que nesses três itens diversos paradigmas já foram ultrapassados. “Existem normas internacional bem alinhadas com as normas brasi-leiras de projeto de estruturas. Além disso, a maioria dos fabricantes oferece cursos de dimensionamento para profis-sionais, além de treinamento para empresas de aplicação, para capacitação da mão de obra”, afirmou Haddad.

Peças avulsas: manuseio manual predominante

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Page 44: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

44 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

PROCESSABILIDADE

Diversas famílias de adesivos. Utilizações específicas. Propriedades conjugadas

e concorrentes. O uso de adesivos para peças em materiais composites é amplo

e envolve uma grande variedade de setores. Veja algumas características dos

principais adesivos para diversos mercados

Adesivos: variedade, especificação e

tendências

A utilização de adesivos para peças em composites, ao invés de parafusos, roscas ou outros sistemas mecânicos de fixação, multiplica as vantagens que

a especificação de peças plásticas proporciona ao cliente fi-nal. O uso de adesivos reduz o número de peças, melhora a fixação de componentes, promove a integração de funções em peças e componentes e em consequência reduz o peso total das aplicações.

TiposOs adesivos para composites são de diversos tipos. Os prin-cipais deles são: adesivos epóxi, acrílicos e poliuretânicos. “Esses grupos são muito grandes, envolvendo um grande número de tipos e de aplicações, sendo indicados para subs-tratos e situações bem específicas”, afirmou Adilson Alves, engenheiro de serviço técnico da divisão automotiva da 3M (Sumaré, SP). “Nós classificamos esses adesivos em adesivos base solvente, hot melts, epóxi e PVAc (acetato de polivini-la). Esses adesivos possuem aplicações específicas, de acordo com cada função a ser desempenhada, como, por exemplo, resistência térmica, à umidade, etc.”, disse Emerson Santos, consultor técnico da FCC (Campo Bom, RS), tradicional fa-bricante de adesivos para essas e outras aplicações (em calça-dos, por exemplo).

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Adesivagem de materiais composites: variedade e complexidade

AplicaçõesApesar de ser difícil generalizar, cada um dos tipos de ade-sivos para composites tem seus pontos fortes e fracos, assim como usos preferenciais. “Para casos em que o preparo da superfície não é tão importante ou para quando não se re-quer muita atenção à resistência às intempéries, considera-mos interessante indicar os adesivos de base acrílica”, disse Alves, da 3M. “Já para quando as exigências mecânicas são intermediárias, mas é necessário certo potencial de flexibi-lidade, os poliuretanos são os mais indicados”, completou, acrescentando que os adesivos epóxi costumam proporcio-nar resistência diferenciada, tanto química como mecânica, sendo muito indicados para aplicações de alta exigência (comuns na indústria aeronáutica). “O setor automotivo usa mais os adesivos acrílicos, no caso, mas em última ins-tância as recomendações variam caso a caso”, avisou Alves. “Hoje podemos contar com produtos específicos para todo tipo de colagem e para diversos tipos de substratos, porosos e não porosos, assim como fachadas, juntas de conexões, juntas de pisos, selantes com alta resistência química, para pavimentos rodoviários e toda uma série de aplicações”, afirmou Wadson Marques, coordenador de selagem e adesi-vagem da Sika (Osasco, SP).

Page 45: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

PROCESSABILIDADE

EnergiaA energia superficial é um critério importantíssimo na hora de se especificar o melhor adesivo (ou o adesivo mais in-dicado) para peças metálicas, plásticas ou aplicações entre elas. Segundo Alves, tendo em mãos um substrato como alta energia de superfície (como metais), pode-se usar tanto adesivos epóxi como acrílicos ou mesmo poliuretânicos. A situação muda completamente na presença de outras subs-tâncias nas superfícies dos substratos, como óxidos, no caso de metais, que reduzem consideravelmente a energia de sua superfície. “Nesses casos, são geralmente indicados adesi-vos mais fortes. Por isso, regra geral, recomendamos adesi-vos acrílicos mais para superfícies plásticas, com cuja quí-mica eles se adaptam melhor”, disse o profissional da 3M.

Componentes e indicaçõesSegundo Santos, da FCC, cada adesivo disponível no mer-cado tem indicações e usos específicos. “Há adesivos para função de resistência térmica, à umidade, etc., e para cada um, diversos fabricantes no Brasil, assim como produtos im-portados”, afirmou Santos. As matérias-primas para cada adesivos são bem variadas, envolvendo desde borrachas e resinas até solventes, antioxidantes, breus e acetatos, de-pendendo muito da formulação de cada adesivo. “O ade-sivo é utilizado de acordo com os materiais a serem cola-dos e com sua finalidade específica”, afirmou. Para Alves, a especificação de um ou outro adesivo para determinado

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Metais e outros substratos: diversas interfaces com composites

caso ocorre, no cliente final, de forma tal que o fabricante do adesivo processa suas informações simultaneamente ao usuário final. “O cliente nos procura com uma necessidade específica. Nós recomendamos um ou outro produto, mas o fato é que não sabemos muito bem como cada adesivo vai realmente se comportar na peça final”, afirmou ele, dizendo que as ferramentas do fabricante são no fundo os dados téc-nicos que ele coleta e as avaliações sob determinados testes e normas. “Quem sabe realmente o que acontece é o nosso cliente, e, para que não ocorra o desencontro de especifi-cações, precisamos estreitar a distância com ele”, explicou Alves, da 3M.

Page 46: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

46 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

PROCESSABILIDADE

PropriedadesDe forma geral, um bom adesivo precisa, além de colar com eficiência, ter boa durabilidade, tanto em condições de uso quanto com respeito a envelhecimento, e boa processabili-dade e manuseio (ser fácil de aplicar). Além dessas proprie-dades relativamente óbvias, o adesivo precisa se comportar bem quanto a duas propriedades específicas que muitas vezes não aparecem de forma conjugada, mas concorrem entre si. Uma delas é a resistência ao cisalhamento, e outra é a resistência à clivagem. “Normalmente, quem busca uma resistência ao cisalhamento muito alta acaba especificando um adesivo com baixa resistência à clivagem, e vice-versa”, disse Alves, segundo o qual o trabalho do formulador é jus-tamente equilibrar essas propriedades de modo a, no final, conseguir as duas propriedades, ao invés de privilegiar uma delas. “Claro que existem produtos que, propositalmente, favo-recem ora a clivagem, ora o cisalhamento, mas o ideal, salvo uma ou outra exceção, é buscar formulações que cumpram ambas funções”, explicou. “Em construção civil, quando falamos de selantes para juntas, tratamos de elasticidade e módulos de deformação, ou seja, propriedades que definem o tipo de adesivo que pode ser aplicado em determinado tipo de junta”, disse Marques, da Sika.

ProcessabilidadeUma outra propriedade de grande relevância em adesivos é a viscosidade. Relativamente a ela, acontece algo similar ao paradoxo clivagem x cisalhamento, qual seja, o adesivo normalmente precisa ter viscosidade suficientemente baixa para passar facilmente pelo dosador mas ao mesmo tempo não pode ser tão fluido que escorra durante a aplicação. “A especificação do adesivo correto ocorre depois da avaliação dos materiais e de como será feita a aplicação do adesivo es-colhido. Definida a resistência de colagem para a peça, com informações fornecidas pelo formulador do adesivo, normal-mente um técnico é enviado à empresa para acompanhar um teste que lhe permita auxiliar os aplicadores”, disse Santos, da FCC, para quem as principais exigências são boa aplica-bilidade, resistência de colagem exigida para cada material e secagem de acordo com o processo. “Os principais testes são de resistência à temperatura, à hidrólise, à tração e outras de-finidas pelo cliente”, completou Santos. “A boa processabili-dade ou manuseio da peça deve se dar mesmo com o adesivo não curado, para outras finalidades”, afirmou Alves.

EspecificaçõesNo final, no trato dos materiais a serem colados ou fixados, os adesivos precisam responder a uma série de normas e especificações. No caso do cisalhamento (em inglês, shear), as especificações costumam ser a DIN 1465, a ISO 4587 e a ASTM-D 1002. Já quanto à clivagem, existem testes usados, em especial, em composites de tipo colmeia, em que pega-se a placa adesivada e ela é girada num movimento constante (drum peel). “As normas que regem esses ensaios são a ISO 4578 e a ASTM-D 3167, por exemplo”, afirmou Alves, da 3M. Outras normas dizem respeito a flamabilidade, como,

por exemplo, a UL 94, a ASTM-E 162 e a ASTM-E 662 (esta, para geração de fumaça). “Uma norma curiosa é a chamada norma de up-gassing, que se refere à emissão de voláteis no interior de ambientes fechados (como a cabine de um automóvel), em que eles criam películas indesejadas nos vidros dos veículos”, lembrou Alves, segundo o qual a norma para essa situação é a ASTM-E 595.

AplicaçãoOs adesivos para peças em composites são aplicados de di-versas formas. As principais são via pistolas de ar, junto com sistemas pressurizados, por rolos, pincéis e espátulas. “Exis-tem também os adesivos hot melt, que obrigatoriamente ne-cessitam de máquinas para serem aplicados”, disse Santos, da FCC, para quem as vantagens do sistema por pistola são a economia de adesivo e a velocidade de aplicação. “Os adesi-vos hot melt têm a vantagem de serem 100% aproveitados, ou seja, nada é desperdiçado no momento da aplicação”, disse. “As pistolas podem ter acionamento pneumático ou manual e consistem em fazer o adesivo passar por um dosador ou misturador e aplicar um cordão de adesivo”, afirmou Alves, segundo o qual para atingir grandes áreas costumam ser apli-cados rodos. “Em geral, os processos não são robotizados, muito ao contrário, pois às vezes, em situações muito especí-ficas, é preciso colocar reforços estruturais em algumas regi-ões das peças, e isso tem de ser feito manualmente”, afirmou.

TendênciasComo não poderia deixar de ser para substâncias que utili-zam solventes e que liberam substâncias químicas, a principal tendência no caso dos adesivos vai na direção de produtos base água e hot melt. “Essas tendências são bem diversifica-das, algumas delas de tecnologia nacional, embora na grande maioria sejam importadas”, disse Santos. “Vejo que existe também uma tendência por formulações de cura mais ami-gável”, disse Alves. “A cura em temperatura ambiente ten-de a comprometer o desempenho final do produto. Mas por questões ambientais e econômicas, existe o interesse, de parte da indústria, de reduzir as temperaturas de cura. Ou seja, no sentido de buscar composições de alto desempenho (como em altas temperaturas) com temperaturas menores de cura (ao invés de 140º C, por exemplo, 100º C ou mesmo 80º C)”, afirmou. Com temperaturas menores, gasta-se menos energia e portanto, no cômputo geral, acaba-se economizando. “O mercado de varejo em construção civil vem crescendo a olhos vistos, o que é muito bom para a economia, mas é preciso tomar cuidado com produtos que não atendem as normas in-dicadas para cada caso”, disse Marques, da Sika.

Aplicação do adesivo: por espátula ou outros procedimentos

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Page 47: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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CASE

Quem visita a cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, cedo ou tarde se depara com réplicas de bois e animais da região que de tão perfeitos pa-

recem estar vivos. Esses animais são fabricados lá mesmo, naquela cidade, na Construfibras, empresa que começou produzindo caixas d’aágua e que agora faz também peças sob encomenda para clientes da região e de fora que ficam poucos dias na empresa - são imediatamente entregues ao local de exposição.

InícioBruna Brito Marinho, diretora da empresa, começou a

trabalhar com composites em 1996 quando, por necessidade, precisou aprender a produzir caixas d´água. “No início, tínha-mos clientes específicos, em especial no mercado de materiais de construção”, disse. “Hoje atendemos também fazendeiros, hotéis, construtoras, lojas de artesanatos, etc.”. Com um gal-

pão de 230 m2 e área externa de 700 m2, a empresa faz uso, na construção das répli-cas de animais, de uma grande quantida-de de moldes, alguns de criação própria, feitos de gesso, argila, silicone e outros materiais. “Com 7 funcionários, 2 deles no escritório, um deles tem treinamento e responsabilidade para todos os projetos, do preparo à fabricação”, explicou Bruna.

MaterialA empresária disse haver optado pelos composites

pelo fato de não haver outro material com tanta resis-tência, acabamento e durabilidade como os composites. As peças são feitas de resina poliéster, reforços (manta, roving ou tecido), silicato de magnésio hidratado, car-bonato de cálcio, peróxido de AAP (acetil acetona), pigmentos, cobalto, dióxido de titânio, etc. “Todos os materiais são facilmente encontrados, em lojas como a da VI Fiberglass (Salvador, BA). “Não usamos materiais exclusivos, a exclusividade está no acabamento”, disse a empresária. A fabricação das peças se dá da forma tradi-cional, preparando o molde num ambiente limpo e sem poeira, passando desmoldante semipermanente e gelco-at, esperando um tempo para secagem para então lami-nar com fibra de vidro e resina.

Satisfação“O maior prêmio que recebemos é a satisfação de

nossos clientes, que elogiam, indicam e adquirem nova-mente nossas peças, todas elas feitas por encomenda”, disse. “Quase não temos estoque, porque tudo que pro-duzimos é imediatamente vendido”. Os bois e cavalos produzidos pela empresa são em tamanho real, com a cor da pelagem desejada pelo cliente.

Réplicas de alta

qualidade com materiais

tradicionais

Capricho: detalhes relevantes

Animais: réplicas perfeitas

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A Construfibras (Vitória da Conquista, BA) destaca-se na fabricação de réplicas de

animais em composites com excelente qualidade. Conheça o trabalho da empresa

Page 48: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

48 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

EPÓXI

Não tão comuns no mercado quanto os moldes em resina poliéster insaturado, material que ainda do-mina o setor dos moldadores de peças em compo-

sites e outros materiais plásticos e siliconados, os moldes em epóxi possuem características que se destacam em relação a moldes de outras resinas. “As resinas epóxi são as mais adequadas, dentre as várias opções de resinas para moldes, pelas suas propriedades mecânicas, baixa expansão térmica e capacidade de resistir a temperaturas mais elevadas”, afir-mou Cristina Alziati, cientista pesquisadora sênior da Dow Brasil (São Paulo, SP). “A resina epóxi tem sido largamente utilizada para confecção de moldes por causa de sua exce-lente estabilidade dimensional, baixa contração, resistência térmica e resistências química e mecânica”, disse Roberto Bereschiliare Jr., executivo do departamento comercial da Redelease (São Paulo, SP).

Propriedades“As principais vantagens do epóxi são sua baixa contra-

ção e maiores resistências química, mecânica e térmica”, disse

Clóvis Sakamoto, diretor da Silaex (São Paulo, SP). “Além da resistência, o grau de retração linear da resina epóxi é pratica-mente zero, além de ela ser eleve e aderir fortemente a diversos materiais”, afirmou Sérgio Yamada, diretor proprietário da Willy Kye Moldes Art (Suzano, SP). “Outra grande vantagem dos moldes em epóxi é a praticidade e facilidade de uso de seus sistemas na confecção dos moldes”, afirmou Breschiliare Jr., da Redelease. “Outro aspecto interessante é que, em alguns casos, é até possível melhorar algumas das características dos moldes em epóxi, por meio da modificação do endurecedor, de usar outro material de enchimento e de mudar até a car-ga mineral da formulação”, disse ele, citando vários exemplos possíveis de endurecedores ou agentes de cura: poliamidas, po-liaminoamidas, aminas alifáticas, cicloalifáticas e aromáticas, adutos de aminas, anidridos, polimercaptanas e polissulfetos. “O que normalmente diferencia as formulações de resinas epóxi para molde são o tipo de endurecedor (com maior te-nacidade, baixa exotermia de reação e baixa contração), e as cargas minerais ou metálicas acrescidas ao sistema, como o pó de quartzo (boa dureza superficial) e de alumínio (ótima troca de calor), o carbureto de silício (alta resistência abrasiva),

Moldes:

Baixa contração, rigidez, estabilidade dimensional, durabilidade. As principais

características que tornam a resina epóxi indicada para peças em composites são

também fundamentais para justificar o seu uso em moldes. Conheça algumas

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Page 49: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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Page 50: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

50 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

EPÓXI

o PTFE (resistência à abra-são por deslizamento), os óxidos metálicos (boa condução térmica com rigidez dielétrica), as nano-partículas, o algamatolito (ótimo em trabalhabilidade) e as fibras de vidro (resistência à flexão)”, disse Sakamoto, da Silaex.

Moldes metálicosAs propriedades do epóxi

fazem com que os moldes em epóxi ocupem um lugar inter-mediário entre moldes em resi-na poliéster e moldes metálicos. “Comparados a moldes em epóxi, os moldes metálicos sofrem menor desgaste em geral e suportam temperaturas e pressões mais elevadas, mas dilatam mais, termicamente falando, e são muito mais caros”, disse Alziati, da Dow Brasil. “Comparado a um molde em epóxi com carga de alumínio granulado, um molde em alumínio fundido custa 2,5 vezes mais e pesa 50% mais. No caso do aço, o custo pode chegar a 10 ve-zes mais, pesando 4 vezes mais”, afirmou Breschiliare Jr. “O fato porém é que, comparado a molde em poliéster, o molde em epóxi custa 30% a mais. Mas antes de mais nada é preciso levar em conta a estabilidade dimensional, a baixa contração e a quantidade de peças moldadas até atingir a fadiga do material. Nesse sentido, o epóxi fica em grande vantagem”, afirmou. “Os moldes em epóxi so-frem concorrência dos metais principalmente devido ao desconhecimento de seu excelente potencial produtivo e superior custo-benefício em inúmeras aplicações”, afir-mou Aparecido Lelis, vendedor técnico da Maxepoxi (São Paulo, SP). Conclui-se que, em linhas gerais, os moldes em epóxi ocupam um lugar intermediário entre moldes de poliéster e moldes metálicos (como aço e alumínio), pos-suindo vantagens, caso a caso.

FabricaçãoOs moldes em epóxi podem ser processados/ fabri-

cados de diversas formas. “Normalmente, utilizam-se técnicas convencionais, como laminação manual e en-chimento, mas com o avanço de técnicas como saco de vácuo e infusão, existe interesse, por muitos profissionais, em testas e implantar tais processos na fabricação de seus moldes”, afirmou Breschiliare Jr., da Redelease. “Ou seja, embora os processos de laminação manual e enchimento sejam amplamente difundidos, os demais vêm sendo tes-tados e aplicados em pequena escala”, resumiu. “As re-sinas epóxi podem ser usadas em todos os processos de fabricação de moldes em materiais composites, como hand lay-up, spray-up, infusão, prepreg, etc.”, afirmou Alziati, da Dow Brasil. “Os treinamentos técnicos desenvolvidos há décadas pela antiga Ciba Geigy Divisão Polímeros, dentre outros players, orientou milhares de profissionais quanto aos métodos de fabricação dos moldes em epóxi, que se tornaram de amplo conhecimento”, disse Lélis, da

Maxepoxi. “Os processos de fa-bricação dos moldes podem ser laminação, fundição, injeção ou prensagem, mas o fato é que, por ser o epóxi mais técnico que o poliéster, nem todo modelador sabe ou gosta de trabalhar com ele”, salientou Sakamoto. “Hoje em dia é bem simples fabricar moldes com o material. É fácil encontrar vídeos com exemplos circulando na internet”, afirmou Yamada, da Willy Kye.

Processos de usoOs moldes em epóxi servem para uma ampla série de pro-

cessos de fabricação de peças em composites – e também em outros materiais. “Os moldes em epóxi servem para fabrica-ção de peças laminadas manualmente, por wet lay-up, fundi-ção, infusão, RTM, RTM Light, injeção e vacuum forming (termoformagem), no caso de composites”, afirmou Bres-chiliare Jr., da Redelease. “Mas também podem servir para moldar matrizes poliméricas de poliuretano, poliéster, epóxi, borracha de silicone, lâminas ou chapas de ABS, PEAD, PP e PET por meio de vacuum forming, além de para estampar chapas de aço por compressão”, completou. “Esses são ape-nas os processos mais usuais, acrescentando-se a essa lista a injeção de termoplásticos em pequena escala e a fabricação de dispositivos industriais para aferição e controle, por exem-plo”, afirmou Lelis, da Maxepoxi. “Protótipos, BMC, mode-los pantográficos, elastômeros de poliuretano por fundição, ferramentaria, etc. também são processos possíveis, embora em alguns casos se apliquem restrições de tiragem devido à pressão e ao calor envolvidos no processo”, disse Sakamo-to, da Silaex. “No caso dos moldes em epóxi para peças em borracha de silicone, sempre utilizamos carga mineral junto com a resina, o que diminui o custo e aumenta a resistência do molde, que não sofre deformação nem desgaste, duran-do consideravelmente”, afirmou Yamada, da Willy Kye, que indica o processo para fabricação de cópias fiéis em tiragens medianas sem problemas de contração.

Moldes de grandes dimensõesPara moldes de grandes proporções, as resinas epóxi mui-

tas vezes são as mais recomendadas. Como, por exemplo, no caso da fabricação de pás eólicas. “Os moldes para pás eólicas têm dimensões bastante extensas e tendem a ter espessuras maiores, sendo normalmente produzidas por infusão”, disse Alziati, da Dow Brasil. “Os sistemas epóxi usados na pro-dução desses moldes devem ter viscosidade adequada para completarem todo o molde e devem ser escolhidos de for-ma a evitar que a reação de cura promova uma exotermia tal que provoque a queima das partes mais espessas”, afirmou, acrescentando que a versatilidade dessas resinas em reagirem com grande variedade de endurecedores permite encontrar as condições ideais para produção de moldes para esse tipo de peça. “Sistemas epóxi de última geração são oferecidos no mercado para esse setor (eólico) e não apenas para produzir

Peças variadas: versatilidade

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51PR m A R Ç O • a B R I L 2 01 3

EPÓXI

moldes, se não também para fabricar as pás, peças diversas, protótipos e adesivos”, disse Lelis, da Maxepoxi. “No caso dos moldes, resinas modificadas conferem notáveis resistên-cias a altas temperaturas”, concluiu. “O processo de fabri-cação das pás, normalmente impregnação por vácuo e em algumas partes até laminação manual, não foge dos moldes utilizados na fabricação de embarcações ou peças de gran-de dimensão em composites”, afirmou Sakamoto, da Silaex. “Um cuidado em especial com esse tipo de peça diz respeito aos desmoldantes usados, que precisam ser muito eficientes em função das grandes dimensões envolvidas”, explicou.

NovidadesSão diversos os fornecedores de resinas epóxi para mol-

des no país. Alguns deles fabricam as resinas localmente e outros as importam, mas em ambos os casos os endurece-dores são importados. “Resinas modificadas, orientadas para o processo de infusão, conseguem conferir aos moldes uma notável resistência a altas temperaturas, algo que assume cada vez mais importância”, disse Lelis, da Maxepoxi. “Pesquisa desenvolvida por um importante player indicou que hoje é possível produzir sistemas de resina para aplicações indus-triais com conteúdo de base biológica superior a 80%”, afir-mou Breschiliare Jr., da Redelease. “As principais novidades que surgem vão no sentido de variar o tipo de resina e endure-cedor. Mas, seja como for, o mercado brasileiro caracteriza-se por ser muito conservador, sendo que tecnologias já antigas, como bisfenol F, novolacas de baixa viscosidade, diluentes bi

e tri funcionais para melhoria de fluidez e endurecedores com longo potlife, por exemplo, ainda não são muito usados”, dis-se Sakamoto, da Silaex. “Nós contamos com sistemas epóxi para confecção de moldes e peças com Tg de 200º C, novi-dade que busca atender a necessidade de elevada resistência térmica”, contou Lelis. “Alguns materiais novos começam a ser empregados em moldes. Um deles são as espumas de car-bono, bastante interessantes por funcionarem como elemento de aquecimento. Outra novidade é o uso de prepregs de fibra de carbono picada, usados sob a forma de mantas que podem ser moldadas por hand lay-up. Neste caso, a resina usada é a bismaleimida (BMI)”, contou Alziati, da Dow Brasil. “Para quaisquer novidades, o custo e o foco do desenvolvedor serão fatores que determinarão a acessibilidade a elas”, salientou Breschiliare Jr. “Seja como for, o principal mercado atendido por esse tipo de novidade é mesmo o automotivo”.

Moldes em epóxi: resistência térmica

Page 52: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

52 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

AERONÁUTICA

Um dos mercados em que os composites aparecem com maior destaque, principalmente em função de sua leveza e resistências mecânicas diferenciadas,

é sem dúvida o mercado aeronáutico. Indicados para aero-naves de pequeno porte e acrobáticas assim como de médio e grande portes, os materiais composites poderiam, contu-do, ser ainda mais usados, a depender da disponibilidade de mais informações para os profissionais responsáveis por sua indicação e manuseio. “O Brasil tem um dos menores consumos per capita de composites no mundo para a fai-xa de renda relativa ao mercado aeronáutico”, disse James Waterhouse, diretor da Aeroalcool (Franca, SP). “Isso é decorrência da falta de conhecimento técnico do potencial desses materiais. No mercado de aeronaves leves, isso não é diferente”.

Conhecimento“Os fabricantes brasileiros de aeronaves que utili-

zam materiais composites ainda são poucos: atualmente, podemos contar com uma dezena deles”, afirmou Pepe Garrido, diretor da Aeropepe (Recife, PE). “Apesar dis-so, acredito ser inexorável a tendência de crescimento da aeronáutica em relação aos materiais composites”, com-pletou, salientando que, em linhas gerais, o país ainda é consumidor, em sua maioria, de produtos aeronáuticos de origem estrangeira. “Isso assim se dá, seja na fabrica-ção de aeronaves com tecnologia importada, seja em ter-mos de aviação geral, indo desde a categoria leve até a de grande porte”, disse Garrido. “A maioria dos pequenos fabricantes tem pouco domínio da tecnologia de com-posites, e não consegue obter o potencial do material”,

Uso intensivo, carência de

informações e novas tecnologias

Enquanto o uso de materiais composites no mercado aeronáutico cresce a olhos

vistos, com investimentos em máquinas e aprimoramento de processos, a carência

de informações sobre novas tecnologias e a insegurança de apostar em materiais com

falta de mão de obra qualificada ainda dificultam o trabalho do transformador. Confira

AERONÁUTICA

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Componentes aeronáuticos: características aprimoradas dos componentes

Page 53: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

AERONÁUTICA

afirmou Waterhouse, da Aeroálcool, destacando que os aviões em geral consomem pouco desse material, o que, somado ao fato de os distribuidores não venderem “pica-do” (em pequenas quantidades) e à falta de conhecimen-to técnico, torna às vezes o composite um risco para os pequenos fabricantes.

Mercado“A grande maioria das aeronaves leves fabricadas no

Brasil é montada por empresas de porte médio estabe-

lecidas no mercado há pelo menos dez anos”, afirmou Hugo Silveira, diretor da Aerobravo (Belo Horizonte, MG). “Empresas novas têm dificuldade de entrar devido às estritas exigências dos órgãos governamentais e pelo fato de toda a matéria-prima e os equipamentos aero-náuticos não existirem no país”, disse Silveira. “Ou seja, a indústria aeronáutica, como outros mercados, convi-ve com extremas dificuldades de logística e burocracia para importação e exportação, dentre eles, de materiais composites”, completou. “Na aviação leve, são poucas as empresas que possuem próprio a concorrer com o mercado internacional instalado, e existe uma tendência de se formar empresas montadoras de conjuntos de mon-tagem importados para aeronaves acrobáticas ou semia-crobáticas”, afirmou Garrido, da Aeropepe. “Por outro lado, existe carência de tecnologia no país em diversos setores que alimentam a fabricação de aeronaves, dentre eles a aquisição de novas tecnologias e de equipamentos do exterior”, comentou, destacando porém que com a profissionalização da aviação leve, o desenvolvimento de projetos vem trazendo investidores com mais recursos ao mercado, aumentando o volume de capital disponível. “O mercado nacional é dividido entre a Embraer, enor-me consumidora, e pequenas indústrias. Mas, com a de-cisão do governo de fomentar a cadeia de defesa nacio-nal, o quadro deve sofrer alterações, pois historicamente o setor militar é grande usuário de composites”, afirmou Waterhouse. “O uso de mão de obra vinda do meio mili-tar também é fato”, notou Garrido.

Aviação leve: mercado em expansão

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Page 54: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

54 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

AERONÁUTICA

UtilizaçãoO uso de composites em aeronaves depende de cada

caso. “Nosso uso de composites de fibra de vidro ocorre essencialmente em peças de acabamento”, afirmou Sil-veira, da Aerobravo. “Peças mais arredondadas, ainda de acabamento, acabam sendo laminadas, assim como portas e capô, por exemplo”. “A utilização de materiais composites na aviação foi difundida no Brasil a partir de exemplos trazidos do exterior. Nesses países, a avia-ção teve precursores desde os anos 70, que investiram em técnicas, processos e materiais, ocorrendo desenvol-vimentos junto a centros de pesquisa e fabricantes de produtos químicos. Um destaque é a Alemanha”, disse Garrido, da Aeropepe. “No nosso caso, o nosso aeropla-no, o Flamingo, é essencialmente composto por tecidos de fibra de vidro, espuma de núcleo (PVC) e fibra de car-bono, num projeto que já tem quase 20 anos”, explicou. “Para aeronaves pequenas, existe uma tendência por um pequeno aumento nos composites. No tocante a aerona-ves acrobáticas, o composite é muito interessante, mas o mercado ainda é muito pequeno no Brasil para justificar os custos de desenvolvimento de uma aeronave da ca-tegoria”, disse Waterhouse, da Aeroálcool. “Por outro lado, os processos de produção em aviões mais caros têm evoluído bastante, sempre em busca de redução de custo e aumento de tenacidade. As melhorias em termos de materiais composites ocorrem diariamente e não ano a ano”, afirmou.

ProcessosQualquer interessado em entrar no mercado aero-

náutico com peças em composites normalmente come-ça laminando as peças manualmente. Mas com o tem-po ocorre uma especialização, em busca de peças com propriedades otimizadas. “Nós utilizamos diversos pro-cessos de moldagem, sendo a moldagem aberta apenas um deles. Nós usamos mais o vacuum bag, a infusão e a injeção”, disse Garrido, da Aeropepe. “Os processos de moldagem fechada apenas entraram no mercado ae-roespacial aqui no Brasil. Mas acreditamos que haverá um grande avanço nesse sentido para determinados com-

ponentes”, afirmou Waterhouse. “Avançando bastante, diria que a viabilização de novos plásticos termofixos, com elevada tenacidade, baixa contração e baixa visco-sidade vem fazendo com que os processos de RTM e in-fusão ocupem parte do mercado ocupado pelo prepreg autoclavado”, afirmou o profissional, para quem o fiber placement, processo que utiliza robô e permite produção de peças de alta qualidade, é um passo pequeno no cami-nho do domínio tecnológico completo no setor. “Creio que o fiber placement vá perder terreno para a infusão, e a tecnologia de consolidar peças menores, fabricadas por meio de processos diferentes, para consolidar uma peça maior por meio de infusão e/ou prepreg seja uma tendência para o futuro”.

TendênciasO mercado aeronáutico vem passando por dificulda-

des no início de 2013, conforme dados publicados por empresas do setor. Mas, para o futuro, a perspectiva é animadora. “A demanda interna por pequenos aviões deve permanecer estável, dado que o setor é altamente regulamentado. Um problema é que o governo enxerga a aviação de pequeno porte como brinquedo de rico, o que desconsidera o enorme potencial desse mercado na complementação da matriz logística do país como um todo”, afirmou Waterhouse. “É premente a necessidade de criar mecanismos de apoio ao desenvolvimento e in-centivo do setor”, afirmou Garrido, para quem a aviação

Manuseio de composites: manual e automatizado

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Componentes de aeronaves: leveza e desempenho

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leve e de médio porte cumpririam um papel de destaque no transporte regional de pessoas. No caso dos compo-sites, a evolução deve continuar sendo lenta. “Noto que as tecnologias de fora normalmente levam uma eterni-dade para chegar no Brasil. Nós, transformadores, pre-cisamos insistir muito para conseguirmos acesso a novi-dades de processo”, afirmou Garrido. “O Brasil tem se consolidado como consumidor de composites de baixo desempenho (muitas vezes usando pouco do potencial do material). No caso aeronáutico, os composites de alto desempenho têm pouquíssimo uso”.

Page 55: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

55PR

MATÉRIAS-PRIMAS

Os materiais sanduíche (ver texto na página 57, de autoria de Jorge Nasseh, da Barracuda Advanced Materials) utilizam, como núcleos, os chamados

materiais de núcleo. Estes materiais, não tão comuns quan-to os reforços tradicionais (fibra de vidro, de carbono e de aramida) e compostos de materiais diversos, dentre naturais até sintéticos, já são de amplo uso em mercados como o náutico e o aeronáutico, mas devido principalmente aos seus custos ainda não fazem parte da realidade da maio-ria dos transformadores de peças em composites. Mas isso pode estar mudando.

TiposOs modelos de materiais de núcleo variam enormemente, sempre surgindo novos tipos com novos materiais. “De forma geral, os materiais de núcleo utilizados no mercado de composites são a madeira balsa, os materiais alveolares (tipo honeycomb ou colmeia), espumas e mantas e tecidos volumizados”, disse Manoel Almeida, diretor da DML Pro-dutos Químicos (São Paulo, SP), distribuidora de diversos ti-pos de material de núcleo e outras matérias-primas que fun-cionam como acessório. “Todo material capaz de preencher espaços vazios no laminado pode ser considerado material de núcleo”, completou. “Os principais materiais de núcleo existentes no mercado são as espumas de PVC e PET e a madeira balsa, podendo também ser usado qualquer outro material, mas não conheço outros competitivos”, afirmou Gilmar Auter, diretor da Abcol (São Caetano do Sul, SP).

Materiais que ficam entre duas faces mais

densas e bem menos espessas de outros

materiais, os materiais de núcleo ampliam

aos poucos sua presença no mercado de

composites, não ficando mais relegados

a aplicações náuticas, aeronáuticas e

aeroespaciais de alto rendimento.

Veja como isso se dá

Materiais de núcleo: variedade e mercado com maior demanda

Materiais de núcleo: diversidade

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Mercado náutico: amplo uso de materiais de núcleo

PropriedadesAs principais características proporcionadas pelos materiais de núcleo precisam conjugar leveza e rigidez, principalmen-te – as propriedades desejadas do material sanduíche. “A opção por produzir ou utilizar laminado tipo sanduíche, fazendo uso de materiais de núcleo, pode-se dar por esses fatores e outros também, tais como economia de mão de obra, facilidade de transporte e instalação, possibilidade de usar menos resina e até mesmo por dificuldades de proces-so, como alta exotermia, por exemplo”, afirmou Almeida. Note-se: o material de núcleo entra como mais um compo-nente do material sanduíche, que pode ou não ser usado como substituto de laminados de maior espessura. “Os

Page 56: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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polímeros expandidos para materiais de núcleo precisam conjugar também propriedades de resistência mecânica e principalmente a fadiga”, afirmou Auter. “A questão en-volvendo os materiais de núcleo não é necessariamente o aumento do valor agregado e sim a vantagem da redução de peso”, completou.

NovidadesToda feira, no Brasil (a Feiplar) e no exterior, costuma ter entre suas atrações novos materiais de núcleo para aplica-

ção em materiais sanduíche. “Na última Feiplar, apresentamos duas novidades: o Guncore e o Spherestrand, que são, basica-mente falando, um roving expandido e uma fita também ex-pandida, para os processos de laminação manual e filament winding. Esses lançamentos foram inéditos”, afirmou Al-meida. Mas sempre existem novidades por parte de outros fabricantes de matérias-primas. “Ocorre que, surpreenden-temente ou não, os fabricantes brasileiros de peças (trans-formadores) são conservadores quando se trata de produto novo”, afirmou Auter. “Como exemplo, fabricantes de pás eólicas ao redor do mundo já migraram para peças feitas com material de núcleo de espuma de PET, mas os brasilei-ros resistem”.

DesempenhoSeja como for, o uso de materiais de núcleo para compor materiais sanduíche exige o atendimento de critérios de de-sempenho. “A construção do laminado de tipo sanduíche exige o atendimento de resultados esperados pelo material de núcleo, seja eles em forma pura (sem reforço) ou reforça-da (adicionando roving, mantas e tecidos de fibra de vidro ou de outras fibras)”, disse Almeida. “O pioneirismo muitas vezes cabe mais aos fabricantes de matérias-primas, que uti-lizam alguns clientes como laboratório. Quando o produto é introduzido no mercado já está, quase sempre, tecnicamen-te consolidado”, concluiu Auter.

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ThermHex: novidade

Page 57: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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57PR

MATERIAIS DE NÚCLEO – INTERNACIONAL

Maior relógio do mundo tem material de núcleo especial

para criar superfícies rígidas, suaves e duráveis, aumentar a vida útil do molde, acelerar os tempos de ciclo e reduzir custos. O produto reduz a força necessária de desmoldagem de peças acabadas e aumenta a resistência química resultante. O reves-timento aparece em espessuras de 20 a 40 mícrons e retém a rugosidade e brilho da superfície. Já em termos de materiais de núcleo, a empresa apresentou seu novo Balsaflex Uvotec, uma tecnologia de captação de resina de baixo custo, composta de materiais balsa de nova geração para fabricação de materiais sanduíche mais leves e de menor custo. Segundo a empresa, o novo sistema reduz significativamente a quantidade de resina absorvida durante o processo de infusão sem comprometer as propriedades de adesivação da pele da peça. O sistema de cap-tação Uvotec permite, aos usuários de Balsaflex, reduzir o peso das estruturas e o custo com materiais (redução de 1,3 kg em captação de resina por metro quadrado).

3A adquire 10 mil ha no Equador e expande suas

plantações em 20%

Maior relógio do mundo: ponteiro de 23 m (minutos)

Inaugurada no começo de 2012, a torre de relógio Makkah (Meca, Arábia Saudita), a segunda maior torre do mundo, com 607 m de altura, fez uso de materiais de núcleo especiais, assim como soluções em composites específicas, para a cons-trução das estruturas superiores com os relógios, os letreiros luminosos e simbologia árabe diferenciada. Os relógios de 43 m em diâmetro e 23 m de comprimento para o ponteiro dos minutos têm ponteiros feitos em composites de fibra de car-bono sob a forma de prepreg e núcleos estruturais em espuma T-Foam, da suíça Guri, que desenvolveu esses materiais origi-nalmente para uso na fabricação de pás eólicas. A excelente relação rigidez-peso da combinação proporcionou excelentes propriedades mecânicas aos ponteiros, cujos materiais de nú-cleo caracterizaram-se por baixa absorção de resina.

Lançamentos em sistemas, revestimentos e materiais

de núcleo

Madeira balsa: absorção reduzida de resina

A suíça Gurit lançou, na última JEC Composites, em Pa-ris, diversos produtos para composites utilizados em conjunção com materiais de núcleo. Um deles foi o sistema de lamina-ção em resina epóxi com retardante de chama Ampreg 31FR, especialmente formulado para atender a classificação BS476 Part 7 Class 1 FR, que dispnesa um revestimento secundário com retardante de chama. O tempo de trabalho do sistema é de seis horas, e ele pode ser usado em estruturas de pequeno a média porte em conjunção com estruturas maiores que usem Ampreg 21FR. O produto foi projetado para atribuir excelen-tes propriedades mecânicas e térmicas para ambas temperatu-ras de cura e pós-cura (50o C/ 120o C). Outro produto lançado pela empresa foi o revestimento de ferramentaria Ilatech, para moldes, desenvolvido em conjunto com a Ilag Industrielack,

Madeira balsa: plantações na América do Sul

A norte-americana 3A Composites (High Point, NC), fabricante de materiais de núcleo de madeira balsa e ou-tros materiais para o setor de composites, aumentou em 20% suas plantações ao adquirir quase 10 mil ha de terra no Equador. A 3A domina todo o ciclo de produção da madeira balsa e pode garantir materiais de alta qualidade em alta quantidade para venda em todo o mundo.

Material sanduíche para estações de ferrovia

A suíça Gurit e a Premier Composite Technologies (Du-bai, Arábia Saudita) desenvolveram uma solução em painéis de composites para o teto de estações de trem para o projeto Haramain de ferrovia de alta velocidade. Os painéis, de grande comprimento, fazem uso de um sistema sanduíche que se com-põe de um sistema laminado em resina epóxi com retardân-cia a chama (Ampreg 21FR), um adesivo estrutural (Spabond 340LV) e dos núcleos em espuma de PET de célula fechada e estrutural com retardância a chama (G-PET 75FR e G-PET LITE). Antes da utilização, parte do teto (uma amostra) foi criada e submetida a testes que, dentre outras coisas, mediram a diferença entre as deflexões do material em comparação com o previsto no modelo de elementos finitos. Essa diferença foi de apenas 2%. A instalação dos painéis foi feita pela Premier Composite este ano.

Page 58: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

58 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

MATERIAIS DE NÚCLEO – INTERNACIONAL

Prepreg é testado para ser curado no espaço

A Gurit (Zurique, Suíça) desenvolveu um prepreg especial, de base epóxi e fibra de carbono, com base no produto de linha SE 70, para uso em condições estratosféricas, em que as temperaturas variam de -76o C a 32,5o C e a pressão alcança até 2.1 torr (0,028 bar) durante o vôo. A especificação do prepreg se deu em conjun-to com um teste em que uma amostra do produto pesando 1 kg foi lançada de 40 km de altura por pára-quedas específico numa queda que levou 3 h. O teste final da amostra foi feita por Análise Mecânica Dinâmica em período de cura por três dias a 80o C. O re-sultado do teste foi a não constatação de diferença significativa nas temperaturas de transição vítrea (Tg) de amostras no solo, em vôo e refrigeradas. Isso significa que amostras não curadas do prepreg SE 70 podem ser desenvolvidas e armazenadas na estratosfera sem impacto negativo na fase de cura.

Cortiça como material de núcleo para estruturas sanduíche

Uma equipe da Universidade de Dela-ware (Newark, DE, Estados Unidos) está pesquisando o uso da cortiça como solu-ção ambientalmente amigável para mate-riais sanduíche para composites. Segundo Jonghwan Suhr, professor assistente do departamento de engenharia mecânica da universidade e membro filiado ao Centro de Materiais Composites, a cortiça é um

produto natural com propriedades como absorção de energia, du-reza, leveza e resistência a impacto, além de ter características exce-lentes em termos vibracionais e de absorção acústica. “Além disso, a cortiça possui um arranjo celular que proporciona boas proprie-dades térmicas, assim como impermeabilidade a umidade”, disse.

Novos materiais de núcleo com ganhos em peso e

absorção de resinaA norte-americana 3A Composites (High Point, NC) lançou

no mercado novos materiais de núcleo de marcas Airex e Baltek em variedades que oferecem diversas vantagens em peso e custo para aplicações sanduíche. A empresa desenvolveu uma nova tecnologia de selagem dos núcleos que permite uma redução na absorção de resina pelo material de núcleo de mais de 50% para seus modelos Airex T90 e T92 e de acima de 80% para seus núcleos de madeira balsa Baltek SB e SBC. Segundo a empresa, a depender do projeto essa vantagem pode constituir redução de custos com material de 15 a até 40%. A empresa também lançou núcleos em PET de baixa densidade orientados para aplicações em que o peso e o custo são primordiais (no mercado maríti-mo, por exemplo), com necessidade de atender certificações tipo DNV. Novos modelos ainda têm sido os Airex T92 SealX e T90 SealX, assim como a plataforma Baltek SealX.

Espuma de PVC de vários tipos especialmente para

o mercado náuticoA SP-High Modulus, negócio náutico e marítimo da suíça Gu-

rit (Zurique) vem lançando nos últimos anos diversos materais de núcleo especialmente para esse mercado. Um dos últimos desses materiais é a espuma de células fechadas PVCell G, uma espuma de PVC com ligações cruzadas que proporciona elevada relação resistência-peso para qualquer aplicação em composites. Outras características desse material de núcleo são: resistência química, baixa absorção de água e excelentes propriedades de isolamento térmico. A espuma PVCell G está disponível em uma ampla gama de densidades, dentre elas G60, G80, G100, G130 e G200, com to-dos os padrões de corte e de acabamento. A PVCell G é certificada pelo Germanishcer Lloyd (GL) (G60-G100), Det Norske Veritas (DNV), American Bureau of Shipping (ABS) e Registro Italiano Navale (RINA).

Material de núcleo de madeira em prancha de

ski na neveA norte-americana Jones Snowboards (Tru-

ckee, CA) lançou este ano sua nova série de pran-chas de ski na neve, modelo 2013-2014, de marca Jones Ultracraft Splitboard. O grande diferencial dos novos modelos é o material de núcleo ultraleve de madeira, por cima e por baixo do qual são lami-nadas camadas de composite de fibra de carbono. Pesando apenas 5,5 libras (2,5 kg), o modelo Ultra-craft 156 da empresa é 25% mais leve que o modelo atual, mantendo o formato e resistência.

Panel Systems distribui ThermHex na Inglaterra

A inglesa Panel Sys-tems (Sheffield) foi esco-lhida para distribuir nes-se país o novo material colmeia ThermHex, de base em polipropileno, indicado para uma ampla série de aplicações para material composite. ThermHex está disponível em diversas den-sidades de núcleo e espessuras de 3.5 mm a 30 mm. O tamanho padrão de uma lâmina em ThermHex é de 2500 mm x 1250 mm, podendo chegar a 6000 mm x 1400 mm. O produto pode ser ade-sivado a diversos materiais, dentre eles metais, plásticos, madeira, etc. O ThermHex, que também é bastante rígido e resistente a pro-dutos químicos e umidade, é fabricado na Alemanha pela Ther-mHex Waben (Halle) e é 100% reciclável.

Ultracraft Splitboard: fibra de carbono com núcleo de madeira

Cortiça: propriedades naturais diferenciadas

ThermHex: polipropileno em forma de colmeia

Page 59: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

59PR

TEORIA DOS COMPOSITES

Hoje em dia, muitos laminados em materiais com-postos (composites) são construídos baseados na Teoria de Sandwich, idealizada por Leonar-

do Da Vinci e aperfeiçoada por Galileo Galilei, a partir da derivação da teoria de flexão de vigas. Mas, certamen-te, a palavra “sandwich” ainda é bem mais comum nas mesas dos restaurantes do que nos materiais compostos.

O sandwich, aquele tradicional (e quase sempre sabo-roso) alimento com duas ou mais fatias de pão com um recheio entre eles, nasceu em uma madrugada fria e chu-vosa londrina, quando o inglês John Montagu, 4º Conde de Sandwich, após horas e horas disputando um jogo de cartas, pediu ao empregado um bom pedaço de roast beef entre duas fatias de pão. Deste modo, John Monta-gu poderia matar a fome sem ter de interromper o jogo, porque o pão evitaria com que a gordura da carne sujasse

as mãos e, consequente-mente, as cartas. Nascia assim — meio impro-visado, é verdade —, o primeiro sanduíche da história.

Bem longe da co-zinha, porém, a teoria das construções san-dwich (e dos materiais de núcleo sandwich) foi formulada usando o conceito da tensão

de cisalhamento em vigas. Na antiguidade não existiam peças de madeira com seção suficiente para suportar grandes pontes. A solução foi sobrepor varias tábuas de madeira fixadas com cavilhas transversais e, mais tarde, anéis de ferro forjado. Na prática, tanto as abraçadeiras de ferro quanto as cavilhas resistiam às tensões de cisa-lhamento no centro das vigas.

Contudo, coube ao inglês Robert Hooke, o pai da engenharia estrutural, em 1680, sintetizar o conceito da proporcionalidade de tensões e deformações em vigas. Em seguida, os matemáticos Isaac Newton e Johann Bernoulli conseguiram associar o cálculo do equilíbrio de forças com as cargas de flexão e cisalhamento. Em meados do século 19, Leonhard Euler e Claude-Louis Navier finalmente escreveram a teoria de flexão de vigas, que deu origem à análise de Frederick Plantema e Dan Zenkert, em 1960, sobre os materiais e formulações das estruturas sandwich.

A teoria das estruturas sandwich se baseia em 3 hipó-teses: 1) A espessura da face do laminado é pelo menos 6 vezes menor que a espessura do material sandwich. 2) A densidade media do material sandwich é 10 vezes me-nor que a densidade das faces. 3) E finalmente o módulo de elasticidade do material sandwich é 30 vezes menor que o das faces. Caso alguma destas hipóteses não seja satisfeita a teoria das estruturas sandwich não se aplica.

O sanduíche e a teoria sandwich

Jorge Nasseh *

* CEO da Barracuda Composites (Rio de Janeiro, RJ)

O sanduíche e os componentes de uma determinada estrutura sanduíche

John Montagu, 4º Conde de

Sandwich

Page 60: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

60 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

PROCESSOS

Nos idos da década de 80, o mercado de composites no Brasil era, praticamente em sua totalidade, dominado pela fabricação de peças por processos de moldagem

aberta, como a laminação manual e o spray-up. Quem viveu essa época se lembra da novidade que causavam no mercado iniciativas para trazer sistemas mais eficientes e eficazes de moldagem fechada – que hoje respondem por uma importante fração do mercado. Uma dessas iniciativas iria gerar o inova-dor processo de RTM (Resin Transfer Molding ou Moldagem por Transferência de Resina). “O RTM é uma versão moderna de um velho método chamado ‘Método Marco’, desenvolvi-mento por I. Mustak, da Marco Chemical por volta dos anos 50”, informou Fernando Franco, da assistência técnica da Reichhold do Brasil (Mogi das Cruzes, SP). “Mas no Brasil os primeiros registros do processo datam do início dos anos 80, quando algumas empresas começaram a fazer uso de versões rudimentares desse processo, que foi aos poucos aprimorado”, completou. “O desenvolvimento do RTM foi puxado por pes-soas que, nos anos 80 e 90, buscavam um processo alternativo aos de spray-up e hand lay-up com qualidade superior a eles”, afirmou Horst Peterhans, consultor da Mastergel (Joinville, SC) e da Ashland (Araçariguama, SP). “O processo RTM foi uma exigência do mercado por melhor qualidade, maiores quantida-des por molde, espessuras constantes e repetibilidade das peças em composites que os processos manuais, ou seja, hand lay-up e spray-up, não permitiam”, disse Ricardo Sales, diretor geral da Inbrasp (Botucatu, SP). “Existiam também algumas pesso-as preocupadas com os altos níveis de emissões e de sobras de processo derivadas dos processos de moldagem aberta”, com-pletou Peterhans.

Conceito“O processo de RTM basicamente é a transferência de re-

sina termofixa (e agora termoplástica) para um molde fechado

RTM: origens, vantagens e aperfeiçoamentos para

o futuroO processo RTM (Resin Transfer Molding) começou a

aparecer no final dos anos 80 para substituir processos

de moldagem aberta e proporcionar vantagens de

produtividade e acabamento. Saiba a quantas ele anda

hoje e os últimos aperfeiçoamentos

com reforços de fibra de vidro, carbono, aramida ou natural”, disse Gilmar Lima, diretor da MVC Inovação em Plásticos (São José dos Pinhais, PR). “O processo pode, claro, variar em termos de conceito de injeção e materiais utilizados, assim como permitir a transferência intermédio de baixa, média e alta pressão, vácuo ou mesmo a combinação de pressão e vá-cuo. Mas o RTM, geralmente falando, diz respeito a um siste-ma fechado de média pressão”. “O processo de RTM consiste em moldes macho/fêmea robustos (de aço, por exemplo) com controle de temperatura, sendo que a injeção da resina com a carga é feita em alta pressão com as mantas moldáveis ou pré-formadas incorporadas no molde”, disse Sales, da Inbrasp. “O sistema de fechamento precisa ser possante para atender à solicitação da pressão de injeção da resina”, completou. “O RTM funciona para tiragem média de peças e com moldes mais estruturados para suportar a pressão de injeção”, afirmou Franco, da Reichhold.

OrigensPara Lima, o conceito do RTM foi gerado pelo processo

de injeção a frio que usa dois tanques de pressão, um com polímero com catalisador e o outro com o acelerado. “Por ser um processo inseguro e com pouca repetibilidade, surgiu o RTM. Como no início o processo utilizava somente mé-dias pressões, moldes pesados e matérias-primas inadequa-das, foi difícil viabilizá-lo”, disse, salientando que na época o processo só era viável para aplicações que pudessem gerar um volume acima de 3 mil peças/ano e que mantivessem o modelo por mais de cinco anos. Quanto às pressões e moldes exigidos, Lima garante que hoje não faz mais sentido usar o RTM de média pressão com moldes mais pesados. “Há tam-bém o RTM de alta pressão, utilizado para produzir peças para a indústria automotiva e aeroespacial com fibra de car-bono, mas aqui o conceito e processos são outros”, explicou.

RTM: processo amadurecido

Page 61: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

61PR

PROCESSOS

“O maior obstáculo para sua adoção foi a alta pressão de injeção da resina, o que exi-gia moldes pesados e complicados quanto a fechamento e manu-seio”, afirmou Sales. “O RTM usa, como reforço, manta espe-cífica com núcleo que facilita o fluxo da resi-

na de acordo com o formato do molde. Já a resina precisa ser reativa e de baixa viscosidade para permitir a adição de cargas minerais e cura rápida”, disse Franco, da Reichhold.

RTM LightMal foi adotado no país nessa época, o RTM conti-

nuou sua marcha de evolução, e ela levou a alguns proces-sos dele derivados, como o RTM Light, processo de trans-ferência que utiliza pressões bem menores que as habituais no RTM e que por isso exige moldes menos robustos e portanto mais econômicos. “O RTM Light tem as qualifi-cações necessárias para fabricar produtos adequados a um custo competitivo, dados os custos menores de processo para produzir peças com as mesmas características de pro-cessos similares”, disse Peterhans, da Mastergel e Ashland. “O RTM é para ‘baixa’ produção, ou seja, mais ou menos 2,5 mil peças por molde, sendo o macho mais leve e com a peça com acabamento dos dois lados”, afirmou Sales. “O RTM Light é a evolução do RTM, podendo com ele produzir qualquer peça que atenda os requisitos de am-bos processos”, disse Franco. “O RTM é um processo que funciona muito bem, mas que com a entrada da tecnologia de RTM Light, ou seja, de baixa pressão e com custos de investimentos inferiores, acabou sendo muito pouco uti-lizado no Brasil e no mundo”, afirmou Lima, da MVC, segundo o qual em RTM Light o que muda é o conceito de injeção. “No RTM Light, a injeção é pelas periferias com auxílio de vácuo, enquanto no RTM convencional a inje-ção geralmente é central com nível de pressão mais alto e moldes mais robustos”, disse Lima, segundo o qual o mito de que o RTM Light não servia para peças de alto volume e espessura controlada se provou errado no momento em que a MVC conseguiu produzir 900 orelhões;dia e mais de 130 mil em oito meses.

Teor de vidro“O RTM Light trabalha com menor porcentagem de vi-

dro, algo a que somos direcionados pela menor pressão de injeção necessária, mas isso não interfere negativamente nas propriedades mecânicas do processo”, explicou Peterhans. “O conteúdo de fibra de vidro com o RTM Light atende perfeitamente as necessidades da grande maioria dos produ-tos em composites, com boa qualidade superficial, conquis-tando o seu lugar entre os processos de moldes fechados”, disse, acrescentando que nos últimos 15 anos ele passou por grande aperfeiçoamento tecnológico.

CompetiçãoConcorrendo com o RTM e RTM Light, o SMC (She-

et Molding Compound) oferece vantagens mas também exige maior investimento. “O SMC é um processo de moldagem a quente e molde metálico, permitindo molda-gem muito mais rápida que no RTM”, afirmou Franco, da Reichhold. “O SMC faz prensagem a quente e, se for viável em investimento, sempre possibilitará custos mais baixos em função da velocidade de processo e formula-ção”, afirmou Lima, da MVC. “O foco do SMC é ainda para altos volumes, mas com o desenvolvimento do SMC de baixa pressão este conceito também está mudando”, salientou. “O SMC é um processo de moldagem por compressão para altas produções, exigindo investimentos bem superiores nos moldes macho/fêmea de aço, aque-cidos, com prensas específicas, controle de paralelismo e equipamentos para fabricação do composto (o Sheet) quando manufaturado na própria empresa”, afirmou Sa-les, da Inbrasp. Outros processos têm conceitos diversos do RTM. “Alguns fabricantes utilizam o sistema de mol-dagem a vácuo, em que se consegue acabamento similar ao RTM, mas o processo é diferente”, disse Franco.

Cuidados de produçãoFranco elenca diversas observações a levar em conta ao

produzir peças em RTM. Algumas delas: prever raios de curvatura internos mínimos de 5 mm, ângulos de saída de 2 a 3º, espessuras mínimas de 2,5 mm, espessuras mínimas para estruturas tipo sanduíche ou aplicação de insertos de 1,5 mm e evitar variações de espessura (máximo admissível: 2:1) e nervuras, por causa de tensões localizadas e depressões no lado oposto da peça. “A área máxima para peças em RTM é de 10 m2”, disse Franco.

EvoluçãoA MVC, de Lima, tem se destacado nos últimos anos

por desenvolver novas versões do processo RTM. Algu-mas delas são: RTM-S, que mescla o RTM com o vácuo termoplástico para alcançar excelente superfície, tempos de processo reduzidos, linha produtiva mais limpa e peso reduzido; RTM-Skin, que usa conceitos do flex-molding com outros conceitos exclusivos da empresa, de forma a aumentar o teor de vidro e reduzir o tempo de processo, em especial comparado à infusão e moldes abertos; e o RTM-T, processo ainda sigiloso, em que o foco é redução do peso, qualidade de superfície, melhoria de desempe-nho e sustentabilidade. Já Peterhans apenas suspeita por que as empresas ainda insistem em usar moldes abertos. “Acredito que elas não saibam o quanto desperdiçam com sobras e variabilidade do processo, assim como o quanto poluem o meio ambiente”, disse. Mas nem todos encaram o panorama como favorável ao RTM. “Pelo que vemos, o processo RTM puro perdeu terreno nos últimos anos para processos que avançaram como o RTM Light, e não deve ter aumento significativo pelos transformadores”, afirmou Sales. “Mas uma coisa é certa: há uma tendência de maior uso dos processos de moldagem fechada”.

Peças em RTM: alta produção

Page 62: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

62 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

AUTOMOTIVO

O Aventador LP700-4, sucessor do Murciélago ansio-samente esperado, foi um dos destaques do Auto Show de Genebra. Desde então, ele tem ganhado

um amplo reconhecimento no mercado, sendo a principal bandeira da Automobilo Lamborghini SpA na demonstra-ção de chassis em fibra de carbono fazendo uso de sistema de resina Araldite, da Huntsman, no processo RTM (Resin Transfer Molding).

A Lamborghini vem trabalhando com composites de fibra de carbono há 30 anos. A montadora é responsável pelo primeiro componente em fibra de carbono num carro de produção e pelo primeiro habitáculo em fibra de carbono para carro de corrida.

De forma a atender regulamentações ambientais ceres-centemente severas, a estratégia comporativa da Lamborghi-ni está agora direcionada a aumentar a relação força-peso de seus carros, reduzindo o peso total e dessa forma reduzindo as emissões dos seus veículos. Para alcançar esse objetivo, a com-panhia identificou os composites de fibra de carbono com uma tecnologia chave. A empresa comprometeu-se a tornar-se um “Centro de Excelência” nessa tecnologia, promovendo a cola-boração e desenvolvendo as melhores práticas de forma a maxi-mizar o uso de materiais composites na produção de veículos, assim como a liderar o avanço tecnológico na área.

Enquanto os composites tradicionais usados na indústria de carros esportivos de luxo utilizam costumeiramente mate-riais de prepreg derivados do mercado aeroespacial para cura em autoclave, entende-se agora que processos fora da autoclave proporcionam eficiência sem paralelo em termos de custo e de escala de produção, sem com isso afetar a performance e a qua-lidade das peças. Dentre esses processos, a Lamborghini vem se focando em processos de resinas líquidas (VaRTM e RTM), prepregs de cura em fornos, tecnologia de performance (entrela-çamento, tecidos de non-crimp e termoformagem) e moldagem por compressão avançada.

O primeiro projeto a se originar da nova estratégia cor-porativa da empresa é o chassi de composites de fibra de

carbono do Aventador LP700-4. Projetado, desenvolvido e produzido nas fábricas da Lamborghini em Sant’Agata, na Bolonha, onde todos os carros com a distinta marca da empresa são fabricados, o chassi em fibra de carbono está para ser construído para outros futuros Lamborghini. A Lamborghini produz a maior parte do chassi como o apoio da Huntsman Advanced Materials, que proporcionou um sistema de resina Araldite especialmente adaptado para o RTM-Lambo da Lamborghini: uma técnica de processa-mento por RTM. O chassi do Aventador inclui também se-ções com espuma de epóxi, preenchendo o espaço necessá-rio para criar formas sem introduzir camadas desnecessárias de fibra de carbono. A espuma também reduz os ruídos e as vibrações, assim como isolamento pesado faz num carro de chassi de metal.

Para satisfazer todos os requisitos do RTM, a resina deve ter uma viscosidade muito baixa, suficiente pot lite e boas caracte-rísticas de impregnação da fibra. Além disso, ela deve ser capaz de proporcionar as propriedades mecânicas requeridas para ga-rantir a resistência e rigidez à torção do chassi. Sendo adaptada com uma específica orientação dos tecidos de carbono e com qualidade, a resina Araldite preenche todos esses requisitos.

A completa célula do passageiro do Aventador, inclusive o teto, pesa apenas 147,5 kg. Esta leveza não compromete a rigi-dez – ao contrário, são requeridos 35,000 Nm (25,800 lb ft) de torque para torcer a célula em 1º. Comparativamente, o Murci-élago, com seu chassi de metal, tem uma rigidez à torção esti-mada em 20,000 Nm por grau. Ao utilizar de forma efetiva os materiais composites de fibra de carbono, o Aventador é mais robusto que seu predecessor.

Em combinação com a resina Araldite, a técnica “RTM--Lambo” cria um chassi que é leve, robusto e capaz de de-senvolver as relações de força-peso destacas na estratégia corporativa da Lamborghini. Ela também oferece uma so-lução de custo efetivo para a produção continuada de partes estruturais com performances mecânicas e térmicas compa-ráveis a prepregs autoclavados.

Parceria entre as duas empresas irá permitir a fabricação de peças de composites em

processos mais produtivos para atender regulamentações ambientais

Chassis de fibra de carbonoAventador LP700-4: chassis em fibra de carbono por RTM

Murciélago: chassis metálico A

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Page 63: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

63PR

ENSINO

A UFABC – Universidade Federal do ABC (São Paulo) possui um programa de pós-graduação interdisciplinar na área de “Nanociências e Ma-

teriais Avançados”. Segundo Gustavo M. Dalpian, vice--reitor da instituição, as nanociências caracterizam-se pela interação entre diferentes áreas do conhecimento como a física, química, engenharia de materiais, biolo-gia, medicina, farmácia, entre outras. Esta interdiscipli-naridade permite aplicações nos mais diversos campos de atuação. Na UFABC há estudos sobre tintas funcio-nais para molas, blendas poliméricas, nanocomposites, interfaces/composites, corrosão, borracha e atuadores, análise de tensão residual em aço via DRX, motores flex, alumínio e ligas de alumínio, etc. “Há três linhas de pesquisa neste programa de pós-graduação: materiais funcionais, polímeros, e simulação e moldagem”, expli-cou Dalpian.

Em termos de materiais funcionais, o professor Flávio Leandro de Souza, também da UFABC, exemplifica que é possível obter hidrogênio a partir de luz solar e H

2O. A

luz do sol tem energia suficiente para separar a molécu-la de H

2O em hidrogênio (H

2) e oxigênio (O

2) por meio

de um material na escala nanométrica que absorva essa irradiação. Processos fotoeletroquímicos imitam os pro-cessos de fotossíntese realizados pelas plantas. Combinar um material que absorva luz como óxido de ferro, H

2O

e luz solar é um dos grandes desafios para produção de energia limpa, economicamente viável e sustentável, sen-do conhecida como fotossíntese artificial. Desde 1972, quando foi realizada a primeira tentativa de reproduzir artificialmente a fotossíntese, essa metodologia tem sido considerada como o Santo Graal no campo energia.

Na linha dos polímeros, os polímeros eletroativos são materiais composites que modificam a forma e/ou dimensão em resposta a um estímulo elétrico. O aluno

de doutorado Laos Hirano, sob orienta-ção do Professor Car-los Scuracchio, tem investigado os meca-nismos responsáveis pela geração dos mo-vimentos destes ma-teriais, visando subs-tituir dispositivos de acionamento de mo-vimentos tradicionais (compostos de motor, engrenagens e juntas) na integração de dispositivos mecatrônicos leves, flexí-veis e que realizam movimentos suaves. Também podem ser utilizados como sensor de deformação.

Há, ainda, os nanocomposites que, segundo o Prof. Danilo Carastan, são materiais compostos por matriz polimérica (plásticos, borrachas, fibras, filmes) e partí-culas com dimensões nanométricas (< 100 nm). As na-nopartículas podem ter formas e propriedades variadas: nanoesferas de sílica, nanotubos de carbono e nanoargila em camadas. Os nanocomposites permitem o aumento do controle da estrutura dos materiais a partir de proces-samento, modificações químicas, interações entre partí-culas e matriz.

A UFABC é credenciada na rede de laboratórios do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Sistema de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano), tendo acesso prioritário a financiamentos do governo fede-ral . Além disso, mantém convênio com inúmeras empresas.

UFABC cria pós-graduação em Nanociências e

Materiais AvançadosA Universidade Federal do ABC (São Paulo), no seu programa interdisciplinar em

Nanociências e Materiais Avançados, desenvolve pesquisas em materiais funcionais,

polímeros e nanocomposites. Conheça detalhes dessas áreas

Nanotubos de carbono: pesquisas em andamento

Mais informações - www.ufabc.edu.br

Page 64: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

64 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

DISTRIBUIÇÃO

Novidades sobre aplicações em composites, poliuretano e plásticos de engenharia são enviadas para diversos veículos de comunicação

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O projeto, desenvolvimento e fabricação de peças em materiais composites necessariamente passa pela fase de distribuição, seja qual for a matéria-prima ou pro-

cesso envolvido. Nos últimos anos, essa atividade tem sofrido o efeito da crescente especialização das empresas envolvidas, dos processos utilizados e da necessidade por um atendimento mais próximo e profissional. “Há falta de informações para o uso correto de produtos, acessórios e equipamentos”, disse Améri-co Potenza, diretor da VI Fiberglass (Guarulhos, SP). “Há tam-bém deficiências no mercado no que diz respeito à aplicação de produto, armazenagem e segurança”, completou. “Regra geral, nossos clientes enfrentam problemas devido à falta de conhe-cimento técnico sobre os materiais composites”, afirmou Luiz Carbone, gerente técnico e de vendas da Maxepoxi (São Paulo, SP). “Nessas situações, a atitude só pode ser uma: dar todas as orientações, treinamento e trabalho de pós-venda para averigua-ção e correção de detalhes técnicos, até que todo o conhecimen-to seja absorvido pelo cliente”.

Informação continuadaMas a necessidade de informações técnicas não é apenas

uma ocorrência pontual, que pode dificultar a venda de mate-riais e a fabricação de peças isoladas. “O treinamento é sempre uma atividade chave, e sou testemunha do resultado, sempre eficiente”, disse Sérgio Mastrorosa, diretor da Technogell (São Paulo, SP). “Nosso mercado tem um turnover (rotatividade) muito grande de pessoas, e os treinamentos precisam ser fre-quentes”. “Uma das características principais de nossa empresa é promover e ministrar palestras gratuitas a fim de comparti-lhar o conhecimento”, disse Potenza, da VI. “Apresentamos palestras até onde não possuímos filiais, como é o caso de São

Luís, MA”, disse. “Fazemos treinamento constante a grupos de clientes, e também individualmente, caso a caso, ensinando a eles todas as etapas do processo que irá utilizar”, informou Carbone, da Maxepoxi. “Mesmo nas regiões com tecnologias mais avançadas, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a carência de informações é ainda muito grande, imagine no Norte e Nordeste”, afirmou Fábio Golzi, diretor da Polglass (Ribeirão Preto, SP)

ProcessosO contínuo desenvolvimento do mercado tem motivado

uma gradual e crescente mudança nos processos adotados pelos transformadores, e isso tem afetado a distribuição. “Filmes para bolsa de vácuo, telas desmoldantes, telas adesivas e os próprios sistemas epóxi eram importados até poucos anos atrás, mas hoje são comercializados por empresas locais”, disse Carbone. “Tudo isso graças ao crescimento do processo de infusão no mercado brasileiro, por meio da divulgação nos segmentos ae-ronáutico e náutico, principalmente”, completou, destacando também a nacionalização dos sistemas epóxi. “Gradativamen-te os transformadores buscam melhoras em seus processos e

com a isso a necessidade de novos materiais gera novas oportunidades para o setor de distribui-ção”, concordou Golzi, da Polglass. “Para ajudar nesse sentido, as visitas técnicas nas fábricas dos transformadores é uma prática bem eficiente”.

Ações para atender

demandas por informação e treinamento

Processos de moldagem fechada. Estoques locais. A importância do bom atendimento.

As atividades de distribuição de matérias-primas, equipamentos e acessórios para

composites passam por uma crescente profissionalização e especialização. Confira

Distribuição: acompanhando o crescimento do mercado

Pot

ter l

ogis

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Transporte: agilidade necessária

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blog

Page 65: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

DISTRIBUIÇÃO

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“O mercado de composites tem muito ainda a ser explorado. Vemos que todos os segmentos têm tomado rumos de cresci-mento e com isso temos a visão de que ainda há muito a ser trabalhado”, disse Potenza.

Estoque localA enorme extensão territorial do Brasil é um fator que

muitas vezes complica o trabalho de distribuição. Para ajudar a solucionar eventuais problemas, o estoque local é uma ação cada vez mais solicitada às distribuidoras. “Uma forte tendên-cia entre as empresas de distribuição é sem dúvida no sentido de estoque local, dado que o transformador normalmente con-ta com o estoque do distribuidor com extensão do próprio”, disse Golzi. “Mas essa ação vem normalmente acompanhada pela necessidade de atendimento capacitado, pois muitas vezes enviar representantes para solucionar problemas acaba sendo inviável”. “Em algumas regiões do Brasil, estabelecemos par-cerias visando atender a demanda local pelos materiais com-posites. Cito, por exemplo, o Estado de Pernambuco, onde acabaram se instalando várias empresas de composites, com o advento do porto de Suape”, afirmou Carbone. “No geral, uma região de grande destaque ultimamente tem sido o Vale do Paraíba, onde se concentram várias empresas terceirizadas e produtores do segmento aeronáutico”, destacou. “Nos úl-timos anos, nossa empresa tem feito inúmeros investimentos independente da região”, afirmou Potenza, da VI Fiberglass. “Estamos fazendo levantamentos para verificar a possibilidade de abertura de outras unidades nas regiões mais deficientes em distribuição”, concluiu.

TendênciasUma tendência para o futuro é o atendimento aos trans-

formadores por meio de painéis ou apresentações técnicas. “O constante atendimento técnico é um serviço muito útil para os clientes, o mesmo se dando na atualização dos websites, de for-ma que ele também seja uma ferramenta técnica de apoio para os segmentos de tooling e composites”, disse Carbone. “Fazer apresentações setoriais de forma regional é um tipo de ação mais racional e produtiva”. “As demandas regem as ações da distribuição, o que significa que as novas alternativas podem e em alguns casos devem nortear as aplicações”, disse Mastro-rosa, da Technogell. “A questão ambiental coloca muito em evidência o desenvolvimento de produtos diferenciados em re-lação aos existentes no mercado”, disse Potenza. “Um exemplo são os solventes à base de água biodegradável, em substituição aos de base solvente, muito agressivos ao meio ambiente”.

Matérias-primas: necessidade de estarem ao alcance do transformador

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Page 66: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

66 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

ENTREVISTAPONTO DE VISTA

* Rodrigo Berardine, formado em Engenharia de Materiais com ênfase em materiais poliméricos, metálicos e cerâmicos pelo Centro Universitario Fundação Santo André, é responsável por marketing e desenvolvimento de negócios na América do Sul pela empresa Toho Tenax (São Paulo, SP).

O mercado de fibra de carbono no Brasil está passan-do por um agressivo processo de expansão, graças a novas aplicações sendo desenvolvidas nos segmen-

tos de energia eólica, óleo e gás e transporte. Analisando as importações de fibra de carbono e de reforços de fibra de carbono, nota-se que o mercado em 2008 era de 190 tone-ladas. Em 2012, o mercado passou a ser de 3600 toneladas (referência: ALICEWEB).

Sendo conhecidos os requisitos de conteúdo local no mercado de óleo e gás, existe uma forte atração para investimentos no país, que envolvem toda a cadeia de valor da tecnologia. A fibra de carbono será aplicada em diversos equipamentos de exploração de petróleo. Estes investimentos serão extremamente importantes para viabilizar a utilização do material também em outros nichos de mercado.

A seguir, veja tendências de utilização da tecnologia nos principais mercados no Brasil e no cenário global:

Aeronáutico O mercado aeronáutico continuará sendo dirigido por

performance e o aumento da utilização dos composites de fibra de carbono em aeronaves é notável. Este mercado requer o desenvolvimento de prepregs com características de Tg e resistência ao impacto cada vez mais elevadas. Processos automatizados de posicionamento dos refor-ços, como Automated Tape Laying e Automated Fiber Placement otimizam as estruturas e possibilitam redução de peso. Composites termoplásticos de alta Tg, como o PEEK e o PPS, serão cada vez mais explorados em virtude dos ciclos de processo de consolidação de componentes extremamente curtos.

Energia eólica O aumento do comprimento das pás eólicas, bem como

aumento de demanda e a necessidade de se ter um perfeito alinhamento dos reforços, demanda o desenvolvimento de processos alternativos ao vacuum bagging de prepreg de fi-bra de carbono para fabricação de componentes estruturais. A pultrusão aparece como uma tecnologia alternativa de baixo custo para os futuros projetos de pás.

Automotivo A forte tendência de redução do peso dos veículos impul-

siona a utilização de materiais composites. A fabricação de componentes para veículos de produção em massa demanda tecnologia de processo com ciclos curtos de moldagem. Recen-tes avanços no desenvolvimento de composites termoplásticos permitem a fabricação de componentes de geometria comple-xa, e até mesmo de grandes dimensões, em ciclos de processo inferiores a 1 minuto. Os composites termoplásticos represen-tam um canal importante para o início da utilização da fibra de carbono em veículos de produção em massa.

Tanques de gás natural para veículos pesados, fabricados por processo de enrolamento filamentar de fibras de carbono de alta resistência à tração, estão disponíveis no mercado em escala produtiva.

Óleo e gás Muitos equipamentos de exploração de petróleo como

risers, umbilicais e mangotes são reforçados estruturalmente com perfis de aço. Os meios agressivos de trabalho destes equipamentos, em termos de resistência mecânica e química, motivam o desenvolvimento de reforços estruturais em material composite com características de módulo e resistência à tração elevados e de baixa densidade. Os composites de fibra de car-bono desempenham um papel fundamental para este tipo de aplicação.

A fibra de carbono já é por-tanto uma realidade no Brasil e é um material estratégico para im-portantes projetos de infraestru-tura e transporte. A Toho Tenax apresenta soluções tecnológicas para todas as necessidades aqui discutidas e está comprometida com o desenvolvimento do mer-cado sul-americano.

Perspectivas para o mercado de fibra de carbono no Brasil

Rodrigo Berardine*

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Page 67: Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

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Contribuindo para a sociedade na criação de tecnologia avançada inspirando novos valores em nossas vidas.

Resinas PlásticasABS, Toyolac®

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Fibra de Carbono Torayca®

www.toray.com.br | tel/Fax: (55) 11 3171-0502Avenida Paulista, 1048 - Conj. 71 - 7º andar - São Paulo - SP - Brasil - CEP 01310-100

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