Revista Cocapec

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Revista Cocapec 77

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EDITO

RIAL

João Alves de Toledo FilhoPresidente da Cocapec

Iniciamos 2012, fazendo uma retrospectiva da Cocapec no ano que terminou, enfim este foi muito saudável para a cooperativa e cooperado, possibilitando várias realizações. Parcerias foram firmadas, expansão da linha de produtos para os cooperados, além da ampliação da área física para melhor atendimento são alguns destaques de 2011.

Já no primeiro trimestre, novas opções de implementos e máquinas agrícolas passaram a fazer parte da gama de produtos oferecidos com o objetivo de prestar serviços de qualidade, facilitar o acesso à mecanização e, consequentemente, melhorar a rentabilidade das atividades.

Mais uma vez a Cocapec permitiu ao seu cooperado realizar a aquisição de insumos e defensivos antecipadamente, o que resultou em menores preços e melhor logística, pois, o cafeicultor recebeu seu produto com antecedência evitando transtornos na entrega e atraso das aplicações nas lavouras. Também disponibilizou negócios aliados a preços competitivos permitindo um respaldo efetivo para comercialização de sua safra de café.

A aprovação, em Assembleia Geral Ordinária (2011), de investir parte das sobras do exercício de 2010 na aquisição de terreno e construção de novo espaço para o núcleo de Claraval foi uma importante conquista para os cooperados daquela região. Inclusive, a área já está em fase de terraplanagem e logo iniciaremos a construção das edificações. E, em outubro, o núcleo da Cocapec em Pedregulho inaugurou as novas instalações, que passou a ter uma área total de 24 mil m² com 3,6 mil m² destinados a armazenagem de café e ampla loja para atendimento aos cooperados do município e região.

Também, foi apresentado, após muita discussão técnica nos comitês educativos e visitas, o Projeto de Granelização e Modernização dos armazéns da Cocapec que, em Assembleia Geral Extraordinária realizada no início de dezembro, foi aprovado por unanimidade e já está em fase de implementação.

Ao longo do ano a cooperativa ainda manteve sua tradicional atuação na promoção do conhecimento. Ações como o Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé), cursos promovidos através de parceria com o Senar/MG, mini dias de campo com apoio dos fornecedores e projetos sociais disseminaram informações atuais e imprescindíveis para cooperados e familiares e os colaborares destes e da cooperativa.

Ainda pudemos saudar a nossa coirmã, a Credicocapec, pelo novo Posto de Atendimento ao Cooperado (PAC) implantado, no mês de novembro, em Claraval/MG que, com certeza, levará mais opções financeiras para os cafeicultores da região.

Todo este comprometimento resultou na classificação da Cocapec como umas das melhores e maiores empresas nacionais segundo a Revista Exame, o que muito nos orgulha. Ocupando a 848º posição entre as 1000 maiores empresas em faturamento do país e o 186º lugar no ranking das 400 em destaque do agronegócio brasileiro.

Enfim, nós da diretoria e conselho administrativo, estamos gratificados por, em mais um ano, vermos nossa cooperativa atendendo às demandas dos cooperados da melhor forma possível. E, para o próximo ano, que terá uma boa colheita, apesar de não ser tão grande como imaginávamos, esperamos que Deus nos ajude a continuar prestando serviços de qualidade, promovendo ainda mais o desenvolvimento da cafeicultura e agricultura regional através do cooperativismo. A Cocapec deseja a todos um excelente 2012.

REALIzAçõEs 2011 pERmITEm fORTALEcImEnTO DO cOOpERADO

......................................................................................................................................................

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4 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 5

ÍnDIcE

GRAnELIzAçãO E mODERnIzAçãO DOs ARmAzéns sãO ApROvADAs Em AssEmbLEIA GERAL ExTRAORDInáRIA

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho – Diretor-presidenteCarlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administrativo Cocapec Giane BiscoAmílcar Alarcon PereiraJoão José CintraPaulo Eduardo Franchi SilveiraErásio de Grácia JúniorJosé Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecZita Cintra ToledoRenato Antônio CintraRicardo Nunes Moscardini

Cocapec FrancaAvenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

NúcleosCapetinga: (35) 3543-1572Claraval: (34) 3353-5257Ibiraci: (35) 3544-5000Pedregulho: (16) 3171-1400

Diretoria Executiva CredicocapecMaurí cio Miarelli - Dir. PresidenteJosé Amâncio de Castro - Dir. AdministrativoEdnéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração CredicocapecCarlos Yoshiyuki SatoDivino de Carvalho GarciaÉlbio Rodrigues Alves FilhoPaulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecJoão José CintraCyro Antonio RamosMarcos Antonio Tavares

CredicocapecFone (16) 3712-6600 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SPPAC - Pedregulho:(16) 3171-2118PAC - Ibiraci (35) 3544-2461PAC - Claraval (34) 3353-5359 [email protected] - www.credicocapec.com.br

Revista CocapecCoordenaçãoSetor de ComunicaçãoFone: (16) 3711-6203/[email protected]@cocapec.com.br

DiagramaçãoIdeia Fixa Publicidade e Propaganda

Revisão OrtográficaNathalia Maria Soares

Jornalista ResponsávelRealindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.700 exemplares

Home Pagewww.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira

responsabilidade de seus autores.

ExpE

DIE

nTE

ED. 77 Janeiro / fevereiro 2012

Errata

28

0907

2427

cApA

Na edição 76, na matéria Simpósio debate tecnologia no cultivo de café da editoria

Técnica, no tópico “Com relação ao micronutriente Zinco, a absorção foliar é mais

eficiente do que via solo, porém podemos descartar o fornecimento via solo para

manter os níveis adequados” o correto é “Com relação ao micronutriente Zinco, a

absorção foliar é mais eficiente do que via solo, porém NÃO podemos descartar o

fornecimento via solo para manter os níveis adequados”.

3248

sOcIAL

cREDIcOcApEc

nEGÓcIOs

TécnIcA

nOvIDADEs

nOvIDADEs

Projeto Escola no Campo

Inauguração do PAC 03

Cooperados recebem restituição da sacaria

Cocapec assina termo de cooperação com a Procafé

Cocapec promove a Sipat

Silas Brasileiro é o novo presidente executivo do CNC

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Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 7

NEGÓCIOS NEGÓCIOS

6 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

GOvERnO zERA cObRAnçA DE pIs/cOfIns DO sETOR DE cAfé

cOOpERADOs REcEbEm REsTITuIçãO DA sAcARIA

Campo Limpo

Murilo AndradeSetor de Comunicação

O Governo Federal suspendeu a cobrança do PIS/Cofins sobre a venda do café verde a partir de janeiro de 2012. A medida beneficia-

rá o setor, favorecendo a concorrência, e estabelece créditos presumidos, tanto para a exportação quanto para a indústria torrefadora. O objetivo do Governo é simplificar o processo de cobrança dos impostos, di-minuindo a sonegação e aumentando a arrecadação federal, sem que haja acréscimo na carga tributária.

Com a Medida Provisória n° 545, o recolhi-mento de PIS/Cofins passa a recair sobre o último elo da cadeia produtiva, ou seja, a empresa que faz o café torrado ou moído. Em compensação, esta últi-ma terá direito a um crédito presumido equivalente a 80% do valor da compra. Já o exportador terá direito a 10% de crédito presumido da alíquota de 9,25, ou seja, 0,925% sobre a receita de exportação.

A medida beneficiará o setor, favorecendo a concorrência

Com adesão cada vez maior, plano premia fidelidade

“O objetivo do Governo é simplificar o processo de cobrança dos impostos

Aprovado na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2011, os cooperados decidiram, mais uma vez, em destinar parte das sobras para o plano

de restituição de sacarias. Para receber o benefício, o cooperado deveria adquirir as sacarias e armazenar seu café na cooperativa dentro do período estipulado (1º de janeiro a 30 de novembro). Em dezembro, os as-sociados foram restituídos com R$ 1 por sacaria.

O cooperado Nilton Messias de Almeida, da Fazenda São Francisco, município de Patrocínio Paulista/SP, destaca a importância da restituição e diz que isso incentiva o cooperado a ser fiel e colaborar ainda mais com a cooperativa.

Segundo o diretor-secretário Ricardo Lima de Andrade, a qualidade da sacaria traz mais segurança e formação de pilhas maiores, melhorando assim o aproveitamento dos armazéns da cooperativa. Outro be-neficio é que diminui o percentual de café de varredura.

A Cocapec, ao propor o plano nas Assembleias, premia o cooperado fiel e dá a ele ainda uma oportuni-dade de reduzir custos.

“Para receber o benefício, o cooperado deveria adquirir as sacarias e armazenar seu café na cooperativa”

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pROGRAmA AGROsEbRAE é LAnçADO nA REGIãOO objetivo é melhorar a competitividade dos pequenos produtores rurais de São PauloSebrae São Paulo

TÉCNICA TÉCNICA

Com o objetivo de fomentar o empreendedorismo rural e melhorar a competitividade dos pequenos produtores do estado de São Paulo, nas principais cadeias produ-

tivas do agronegócio, o Sebrae-SP lançou o AgroSebrae no dia 20 de outubro para a região. A Cocapec esteve representada pelo coordenador do GIS/Cadastro Victor Alexandre Ferreira. O programa é baseado em três pilares: melhoria do processo, melhoria de produto e mercado.

Vantagens do programa para a propriedade rural:• Consultoria tecnológica em campo: tem o objetivo de

melhorar a produção. Os consultores visitam a propriedade e levam informações sobre boas práticas agropecuárias, passan-do por questões ambientais e sociais.

• Gestão e organização da propriedade rural: a base deste processo é a implantação da Qualidade Total Rural. Os produtores receberão orientações sobre gestão do negócio, qualidade no atendimento, planejamento estratégico e organi-zação da propriedade, com informações sobre higiene, limpeza, descarte de materiais, entre outros.

• Acesso a novos mercados: orientação para adequar os produtos às necessidades de mercado da cadeia produtiva.

O programa abrange no total 645 municípios, cerca de 3.700 produtores atendidos, são ao todo 49 projetos, e serão investidos cerca de R$ 74 milhões em 3 anos.

Os atendimentos são contínuos, dependendo da deman-da do produtor ou empresário-rural. Os projetos duram até 42 meses, dependendo da cadeia em que atua e das necessidades diagnosticadas para elevar sua competitividade.

Quem pode participar?Os produtores com propriedades rurais de até 100

hectares de área total e empresários de agroindústrias, todos localizados no estado de São Paulo e formalizados com CNPJ. Os produtores dos 49 projetos coletivos que já recebiam apoio do Sebrae-SP, continuarão a ser atendidos pelo AgroSebrae.

Como participar?O Programa AgroSebrae oferece dois tipos de atendimen-

to: individual e coletivo. Para ambos os casos deve-se procurar o Escritório Regional mais próximo.

Serviço de Apoio àS Micro e pequenAS eMpreSAS de São pAulo - SebrAe/Sp

Agência Franca

Av. Dr. Ismael Alonso y Alonso, 789 – Centro Tel.: (16) 3723-4188 e-mail: [email protected]

O convênio foi oficializado durante o 37º Congresso Brasileiro de Pesquisas CafeeirasJosé Braz Matiello Pesquisador da Fundação Procafé

cOcApEc AssInA TERmO DE cOOpERAçãO cOm A pROcAfé

O Sr. João Alves de Toledo Filho, presidente da Cocapec, assinou o termo

de cooperação entre a Fundação Procafé e a cooperativa durante o 37º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras em Poços de Caldas/MG. O convênio visa disponibilizar para a região da Mogiana em São Paulo, todo o conhecimento tecnológico, como a realização de pesquisas e estudos à semelhança do que vem sendo feito no Sul de Minas. Com isso está previsto, de imediato, o teste de novas variedades de café, já disponíveis no Procafé, comparando-as com aquelas cultivadas na região da Mogiana, visando avaliar as mais adaptadas à região.

Também, serão estudadas as soluções mais adequadas para os problemas como pragas, doenças e nutrição, entre outras. Nessa orientação, as pesqui-sas específicas já previstas são os testes de materiais genéticos novos, que são resistentes a pragas e do-enças e, também, mais produtivos, para introdução

37º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras Com a participação de engenheiros agrônomos da Cocapec, o 37º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, organizado pela Fundação Procafé, aconteceu de primeiro a quatro de novembro em Poços de Caldas/MG. O tema deste ano “Mais tecnologia, mais café”, evidencia a importância do uso racional de novas técnicas para aumentar a produtividade, reduzindo os custos de produção e ampliando a renda dos produtores. Na oportunidade, ocorreram visitas aos diversos estandes de empresas relacionadas ao setor, presenciaram também apresentações e discussões de trabalhos técnicos e científicos das diferentes regiões cafeeiras do país, tratando de assuntos como: pragas e doenças do cafeeiro, sementes, mudas, plantio, espaçamento, condução, tratos culturais, melhoramento genético, ecologia, fisiologia, biotecnologia, estudos sócio-econômicos, geoprocessamento, agricultura de precisão e certificação, entre outras. O encerramento foi um dia de campo nas Fazendas Rainha e Santa Alina, ambas ligadas ao grupo Sertãozinho, e neste dia os principais assuntos discutidos foram as instalações de terreiro e pós-colheita, problemas fitossanitários e terraceamento e mecanização em áreas declivosas.

Rubens Manreza e Eder Sandy, Engenheiros Agrônomos /Uniagro

gradativa na região. Os outros problemas, que serão objeto de estudos, mediante o con-vênio, é uma reunião conjunta entre os técnicos do Procafé e da própria Cocapec, pre-vista para o início de 2012. Na ocasião será realizada reunião e visita a campo para serem levantados pontos de dúvida da equipe técnica, os quais, não havendo respostas

disponíveis, serão incluídos nos projetos de estudo.Criada em 2001, a Fundação é uma entidade privada, composta

por Cooperativas, Sindicatos e Associações.

“O objetivo de fomentar o empreendedorismo

rural e melhorar a competitividade dos

pequenos”

Autoridades estiveram presentes no lançamento do programa na região

O evento foi marcado pela grande presença de pessoas relacionadas ao agronegócio

João Alves de Toledo Filho oficializou o compromisso com a Procafé

Apresentações e discussões de trabalhos técnicos e científicos fizeram parte do congresso

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A cultura do café está sujeita ao ataque de pragas, que de conformidade com as condições climáti-cas, sistema de cultivo ou desequilíbrio biológico,

podem causar danos consideráveis, prejudicando o de-senvolvimento e produção das plantas. Um problema que pode afetar seriamente o cafeeiro é a broca do café. As infestações podem ser influenciadas por diversos fatores, tais como: clima, colheita, sombreamento, espaçamento e altitude (Souza & Reis, 1997).

Controle químico O controle deve ser iniciado quando a infestação

atingir o nível de 3% a 5%, pulverizando-se as partes mais atacadas da lavoura. Como o ataque não se dis-tribui uniformemente, recomenda-se o controle apenas para os talhões em que a infestação da praga já tenha

Controle cultural A redução do ataque da broca pode ser obtida

fazendo-se uma colheita bem feita e um repasse na la-voura, se necessário, para evitar a sobrevivência dessa praga e que passe para os frutos novos da próxima safra. Devem-se destruir os cafezais velhos e abando-nados, nos quais a broca encontra abrigo e se multiplica livremente, e também alertar o vizinho para que controle a praga, evitando focos para outras lavouras.

Número de plantas no Talhão Nº de plantas amostradas

Até 1.000 > 30 1.000 a 3.000 50 3.000 a 5.000 75

Acima de 5.000 1,5% das plantas Adaptado de Souza & Reis, 1997

Número de plantas amostradas em função do tamanho do talhão

atingido 3 a 5%. Procedendo-se dessa forma evitam-se gastos desnecessá-rios com mão-de-obra e inseticida, como também, tem-se uma diminuição dos problemas relacionados ao uso do produto. Mesmo após a aplicação do inseticida, o monitoramento deve continuar, e quando a infestação alcançar o nível de controle, pulverizar novamente, respeitando o período de carência do produto usado. Detectada a necessidade de controle da praga, recomenda--se o inseticida Endosulfan 350 g/l CE (Dissulfan CE, Endofan, Endosulfan Fersol 350 CE) na dosagem de 1,5 a 2,0 l/ha.

Em relação à pulverização o inseticida mais eficiente para esse fim é o Endosulfan (princípio ativo), porém sua importação está proibida desde 31 de julho de 2011 e seu uso está liberado até 31 de julho de 2013, ou seja, quem ainda possui o produto em estoque pode comercializar até esta data. Em 2008 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fiscalizou o produto pois havia a suspeita de ser prejudicial a saúde e ao meio ambiente.

Amostragem para avaliação da infestaçãoA forma mais adequada para acompanhar a infestação da broca é

TÉCNICA

cOnTROLE DE bROcA nO cAfEEIROLuciano Castagine Ferreira CoelhoEngenheiro Agrônomo/Uniagro

Fonte: Embrapa Café

realizar o controle no momento oportuno, é fazer amostragem mensal na lavoura, de novembro até cerca de 70 dias antes da colheita. A amostragem deve ser feita percorrendo-se o talhão em zig-zag e tirando ao acaso 100 frutos de cada planta escolhida (25 em cada face). O número de plantas a ser amostrado depende do tamanho do talhão, conforme apresentado no Quadro. Em seguida, faz-se a separação dos frutos brocados e não broca-dos para a determinação da percentagem de infestação.

Outra indicação para iniciar a amostragem é quando os frutos es-tiverem na fase de chumbo e chumbões, período em que as sementes já estão formadas e, portanto, na fase em que a broca perfura o fruto, podendo ovipositar.

TÉCNICA

O monitoramento constante diminui o risco de infestação

“O controle deve ser

iniciado quando a infestação

atingir o nível de 3% a 5%

Orifício provocado pela broca do café

A forma mais adequada para acompanhar a infestação é realizar o controle no momento oportuno

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TÉCNICA TÉCNICA

mELhORE O REnDImEnTO DE sEu cAfEEIRO: fAçA A AnáLIsE fOLIARA análise foliar é uma importante ferramenta de diagnose para um programa eficiente de adubação

Tabela 2 - Fonte Embrapa Café

Luciano Castagine Ferreira CoelhoEngenheiro Agrônomo/Uniagro

Fonte: CaféPoint e Nutrição Mineral do Cafeeiro

Devido às complexas reações que ocorrem no solo, alguns nutrientes podem, via análise deste composto, apresentar-se em quantidades suficientes, mas na

verdade, estarem indisponíveis para as plantas. As folhas, no entanto, revelam a real capacidade de absorção, mostrando o status nutricional de uma cultura. Mas, sem a análise destas em laboratório, o técnico ou o produtor só tomam conhecimento de qualquer deficiência depois que a planta já está sofrendo as consequências.

Dessa forma, a análise dos tecidos aliada à de solo, permite uma avaliação mais eficiente do estado nutricional do cafeeiro, levando a possíveis reformulações do plano de aduba-ção que permitem maior produtividade. Isso é possível devido à estreita relação existente entre a produção das culturas e o teor de nutrientes em seus tecidos.

Por isso, é importante realizar esta etapa para identificar as causas de problemas nutricionais não identificados pela aná-lise de solo e para melhorar as aplicações de fertilizantes para o ano seguinte, especialmente em culturas perenes como o café. Apenas em alguns casos especiais a análise foliar serve de base única para a recomendação de adubação.

Café

MacronutrientesN P K Ca Mg S

Fe Zn Cu Mn BMicronutrientes

Café

ArábicaConilon

ArábicaConilon

Arábica e Conilon

Terceiro ou quarto paresde folhas, a partir do ápicede ramos produtivos, emaltura mediana da planta

_______________________dag/kg________________________

________________________mg/kg_______________________

2,7 - 3,2 0,15 - 0,20 1,9 - 2,4 0,31 - 0,36 0,15 - 0,201,0 - 1,4

2,9 - 3,2 0,12 - 0,16 1,8 - 2,2 0,31 - 0,45 0,15 - 0,201,0 - 1,3

90 - 180 8 - 16 8 - 16 59 - 80120 - 210

70 - 180 10 - 20 8 - 16 40 - 8050 - 200

Fase dechumbinho

100 folhas; 4/planta,uma de cada lado

Parte amostrada Quantidade/TalhãoÉpoca

Café

MacronutrientesN P K Ca Mg S

Fe Zn Cu Mn BMicronutrientes

Café

ArábicaConilon

ArábicaConilon

Arábica e Conilon

Terceiro ou quarto paresde folhas, a partir do ápicede ramos produtivos, emaltura mediana da planta

_______________________dag/kg________________________

________________________mg/kg_______________________

2,7 - 3,2 0,15 - 0,20 1,9 - 2,4 0,31 - 0,36 0,15 - 0,201,0 - 1,4

2,9 - 3,2 0,12 - 0,16 1,8 - 2,2 0,31 - 0,45 0,15 - 0,201,0 - 1,3

90 - 180 8 - 16 8 - 16 59 - 80120 - 210

70 - 180 10 - 20 8 - 16 40 - 8050 - 200

Fase dechumbinho

100 folhas; 4/planta,uma de cada lado

Parte amostrada Quantidade/TalhãoÉpoca

Amostragem foliar A folha é parte da planta geralmente utilizada para o

diagnóstico nutricional por refletir bem as mudanças nutricio-nais, por ser o lugar onde é realizado o metabolismo, sendo o principal local de destino dos nutrientes absorvidos pelas raízes.

Da mesma forma que para a amostragem de solo, para a foliar deve-se dividir a área em talhões homogêneos, ou seja, subárea com a mesma declividade (topo de morro, meia encosta, baixada, etc.), as mesmas características percep-tíveis do solo (cor, textura, condição de drenagem, etc.), o mesmo manejo (uso de corretivos, fertilizantes, etc.) e com plantas de mesma variedade e idade. As folhas amostradas e a quantidade a ser coletada por talhão, bem como a época a ser feita mudam de uma cultura para outra. Na Tabela 1 são mostradas as relações de coleta para os cafés arábica e conilon.

Deve-se evitar a coleta de amostras foliares logo após a aplicação de fertilizantes via solo ou foliar, bem como de qualquer defensivo, devendo-se esperar 30 dias, aproximadamente, para realizar a amostragem. Também, não é indicada a coleta após intensos períodos de chuva.

O trabalho torna-se mais eficiente quando a amos-tra foliar é acondicionada em saco de papel e enviada ao laboratório de análises no mesmo dia ou acondicionada no refrigerador por no máximo dois dias. Na impossibili-dade desse procedimento, é aconselhável que as folhas sejam lavadas com água corrente e enxaguadas com água filtrada, acondicionadas em sacos de papel e pos-tas para secar ao sol. Além disso, é imprescindível que as amostras sejam identificadas adequadamente (talhão) antes do envio ao laboratório.

Interpretação dos resultados das análises foliares

Existem muitos métodos utilizados para a inter-pretação dos resultados das análises foliares. Por ser de mais fácil entendimento e utilização, propõe-se o método que compara os teores revelados pela análise foliar com teores tabelados para a cultura, sendo estes determinados em lavouras de referência. Na Tabela 2 são mostrados os teores foliares de nutrientes considera-dos adequados para o café arábica e para o café conilon.

Basta, portanto, comparar os teores foliares obti-dos na própria lavoura, com os teores apresentados na Tabela 2. Se o teor na lavoura for menor do que o teor tabelado, significa que o nutriente está em déficit. Se o teor na lavoura for maior, o nutriente estará em excesso. Caso seja igual ou esteja compreendido na faixa apre-sentada na tabela, o nutriente está em nível adequado na lavoura.

As faixas de suficiência, em alguns casos, são Ferro (Fe) Amarelecimento de folhas novas, com as nervuras permanecendo verdes, podendo evoluir para amarelo (reticulado fino)

Tabela 1 - Fonte Embrapa Café

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TÉCNICA

amplas, como para o Ferro (Fe) no café arábica. Isso indica que a produção será adequada com qualquer teor dentro da faixa, para determinada região. Em uma região o café irá produzir bem com 100 mg/kg de Fe. Em outra região, a produção será adequada quando o teor for de 180 mg/kg de Fe. Isso ocorre devido às diferenças climáticas, ao tipo de solo e à variedade, cabendo ao engenheiro agrônomo, técnico agrícola ou ao produtor, determinar, por meio de observação, qual o teor específi-co, dentro da faixa, mais adequado para a sua região.

Um fator crucial, entretanto, consiste em fazer uma amostragem compatível à da tabela de interpretação que se pretende utilizar. Os teores foliares variam de acordo com a época do ano e com as folhas coletadas nas plan-tas. Dessa forma, não adiantaria fazer uma amostragem diferente da utilizada na tabela de interpretação, uma vez que não seria criada uma base real para comparação. As relações de coleta apresentadas na Tabela 1 são compa-tíveis com os teores apresentados na Tabela 2. Portanto, resultados analíticos de amostras foliares coletadas em outros estágios de desenvolvimento, ou seja, fora do estágio chumbinho, não podem ser comparados com os teores apresentados na Tabela 2, mesmo que muitos o façam de forma equivocada.

A análise foliar é uma importante ferramenta de diagnose para um programa eficiente de adubação. Entretanto, deve ser utilizada em conjunto com outras fer-ramentas, especialmente a análise de solo e à consulta a um técnico ou agrônomo. Apenas utilizando todos os recursos disponíveis, para aprimoramento dos planos de adubação, o produtor conseguirá eficiência máxima do seu cafezal e, consequentemente, maior produção com menor custo.

entre eM contAto

Laboratorio Cocapec

Tel: (16) 3711-6256Email: [email protected]

“... a análise dos tecidos aliada à de solo, permite uma avaliação

mais eficiente do estado nutricional do cafeeiro

”Bruna DurãesSetor Técnico

cAmpAnhA DE DOAçãO DE sEmEnTEs DE EspécIEs nATIvAsAs mudas formadas serão encaminhadas a agricultores para fazer reflorestamento nativo

De acordo com o texto do novo Código Florestal, que está para ser aprovado no primeiro semestre desse ano, há uma exigência sobre a porcentagem de mata nativa

dentro da propriedade, sendo 35% no cerrado e 20% nas de-mais regiões. Preocupada com essa questão, a Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande quer ampliar o seu banco de sementes de árvores e produzir mudas para serem repassadas anualmente aos agricultores que necessitem fazer o reflorestamento. Para isso, é desejável que os produtores, que já possuem vegetação em suas propriedades, doem as sementes. Para quem estiver interessado em colaborar, basta encaminhar o material ao setor técnico da Cocapec.

Vale lembrar que, as florestas são grandes redutos de biodiversidade e têm papel fundamental na manutenção do

equilíbrio ecológico do planeta. A preservação de espécie nativa é essencial para assegurar a qualidade de vida desta e das futu-ras gerações.

(16) 3711 – 6290 Bruna Durães

O primeiro passo é retirar a Ficha de Coleta no setor técnico da Cocapec ou solicitá-la através do email [email protected]. Após serem recolhidas, as sementes devem ser colocadas em sacos plásticos e identificadas com o nome da árvore, do produtor e da propriedade, data, local e região onde foram coletadas. É necessário manter em temperatura ambiente e trazer o mais breve possível ao setor técnico da cooperativa.

Para mais informações:

Saiba como entregar corretamente as sementes:

“É desejável que os produtores doem as sementes

Potássio (K) Amarelecimento das pontas e margens nas folhas mais velhas, que podem secar; morte de ramos com frutos, da ponta para a base; aumento na

porcentagem de frutos chochos e diminuição no tamanho dos grãos

TÉCNICATÉCNICA

Posição correta na planta para retirada das folhas

O 3º e 4º pares de folhas são os corretos para a coleta

Zinco (Zn) Encurtamento dos internódios da base do ramo para a ponta; folhas novas estreitas e amareladas, cada vez mais próximas;

morte dos ponteiros e superbrotamento; queda no pegamento da florada; frutos menores

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cuIDADOs nO pÓs-pLAnTIO DE cAféMaior atenção na lavoura pode garantir bom volume de produção

Alex Carrijo Engenheiro Agrônomo/Uniagro

Tarcísio Barbosa De MoraisEstudante De Agronomia

O sucesso na produção de uma lavoura cafeeira é fruto da condução criteriosa aplicada às plantas, exercida através de tratamentos fitossanitários

adequados, adubações equilibradas, controle de pragas e doenças, ou seja, toda a produtividade apresentada pelo café é fundamentada na qualidade com a qual ele foi tratado.

O cafeeiro de maneira particular é um vegetal muito exigente nos aspectos de manejo. Trata-se de uma planta perene, que requer cuidados bem detalha-dos, como boa fertilidade de solo, disponibilidade de água, luminosidade suficiente, etc. Sua boa produção é vulnerável a baixos níveis de nutrientes essenciais, déficit hídrico, incidência de insetos em populações exa-geradas, doenças (que são muito severas nos cafezais, sobretudo as fungicas e bacterianas), sombreamento, e demais fatores, podendo, nestas condições, sofrer frus-trações no volume produzido.

No entanto, embora esses aspectos citados sejam cuidados imprescindíveis a serem tomados no dia--a-dia com o café, existe uma etapa em que se deve ter

ainda mais cautela, pois no contrário, as demais medidas de manejo não surtirão o efeito desejado. Esta etapa é chamada de pós-plantio.

Após realizado todo o processo de preparo do solo, composto pela aração, gradagem, calagem corre-tiva, gessagem, potassagem, sulcagem, adubação de plantio e abertura das covas, as mudas são transplan-tadas do viveiro para o local definitivo do plantio (área escolhida pelo produtor). Todavia, no período em que per-maneceram sob o cultivo protegido do viveiro, as mudas eram submetidas a uma condição climática e ambiental totalmente regulada, isto é, havia um percentual de som-breamento que impedia o contato potencial dos raios ultravioletas, fertirrigação diversas vezes ao dia forne-cendo água e nutrientes de modo simultâneo, nutrientes de sobra pela adição de esterco e adubos no substrato das mudas, exclusão de pragas e doenças através das frequentes pulverizações realizadas, enfim, enquanto situadas no viveiro, existia uma gama de condições favo-ráveis ao desenvolvimento da planta, da qual o café não pode mais desfrutar após transplantado (pós-plantio),

pois a realidade climática e estrutural são modificadas, e como ponto não favorável, num momento em que o café é muito novo e sensível a mudanças repentinas. Sendo assim, todo cuidado é pouco depois que as mudas são implantadas em definitivo no solo. Para auxiliar nesse cuidado, existem algumas práticas de manejo adotadas em plantios na Alta Mogiana, cujos resultados são muito positivos. Exemplos dessas práticas são: suprimento de terra no colo da planta, manejo de mato, utilização de herbicidas específicos e cuidados durante o período de estiagem.

A operação de suprimento de terra no colo da planta (mais conhecida pelos produtores como o ato de “chegar terra no pé de café”) carrega consigo um contexto totalmente tecnológico. A finalidade exata dessa prática é a maior retenção de umidade no entorno do tronco e ra-ízes superficiais sensíveis, proteção contra raios solares intensos, maior área de contato entre planta e solo para absorção de água e nutrientes, sustentação mecânica da planta evitando tombamento, controle mecânico de plan-tas daninhas na área de competição com o café, enfim, essa prática proporciona numerosos benefícios que sem dúvida serão traduzidos em maior produção num futuro não distante. Esta operação pode ser realizada com arado de discos ou tampador de sulco de cana, imple-mentos comuns, de fácil operação e acesso à obtenção.

Já em relação ao manejo de mato, está sendo uti-lizado atualmente o método da “roçada em rua pulada”, que consiste numa prática na qual o mato é controlado em ruas alternadas, ou seja, efetua-se o corte das plan-tas daninhas em uma entrelinha do café e não corta na rua seguinte, procedendo com essa sequência por todo o talhão, de forma que ao final da roçada o mesmo fique com metade da área livre de plantas daninhas e a outra metade com a presença do mato. Esta é uma prá-tica que vem demonstrando também muito sucesso na condução do café, sobretudo em lavouras novas, onde favorece o estabelecimento de um microclima na área

(temperaturas suaves, amenas), propagação de insetos benéficos (como joaninhas, vespas, moscas predadoras, mais conhecidas como “inimigos naturais” que nos aju-dam no controle de pragas), serve também como quebra ventos, interceptando a incidência da corrente de ar que pode trazer doenças fúngicas ou bacterianas, reprodu-ção de microrganismos no solo (favorecendo a fertilidade química e física), enfim, trata-se de uma prática cultural simples, mas que contribui extremamente na redução de custos e preservação do meio ambiente.

“O cafeeiro de maneira particular é um vegetal muito exigente nos aspectos de

manejo

TÉCNICA TÉCNICA

16 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 17

Page 10: Revista Cocapec

18 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 19

A despeito do uso de herbicidas, sabemos que ele deve sempre ser muito racional, evitando aplicações desnecessárias, estendendo esse cuidado a todos outros tipos de defensivos. No entanto, não conseguimos atualmente desprezar o uso destes agroquímicos em virtude da severidade exercida pelas plantas daninhas, sobretudo nesta época chuvosa onde a umidade e temperatura propiciam o rápido desenvolvimento, sobretudo em lavouras novas, onde a incidência de luz nas proximidades do café provoca a infestação de daninhas, enfatizando que nestes locais os implementos de controle mecânico do mato, como roçadeiras, cultivadores ou enxadas rotativas não alcançam. Sendo assim, vale lembrar que existem diversos produtos muito eficientes registrados para cafés novos ou em produção, com finalidade para pré ou pós-emergência das plantas daninhas. Quanto à seca, esta se constitui como um dos principais pro-blemas ao café recém-plantado, pois devido ser uma planta muito sensível ao déficit hídrico, em casos extremos pode entrar com facilidade no ponto de murcha permanente, perdendo a turgescência das células (perda de água) e ficando sujeita a não recuperação. Todos sabemos que a falta de água ocorre naturalmente todo ano, geralmente entre os meses de maio a setembro, em áreas onde não há irrigação. Contudo, a falta de umidade pode ser evitada se adotarmos algumas operações como o uso de gesso agrícola no condicionamento de solo, suprimento de terra no colo da planta, redução no uso de imple-mentos de preparo da terra (para preservação da estrutura), etc. Procedendo desta maneira, mesmo que o solo permaneça sem o recebimento constante de água nos meses secos, a umidade pode ser mantida através da presença da água capilar (aquela disponível à planta), preservada e retida pelos microporos do solo, quando este é bem estruturado. Em caso contrário, se não dispensarmos os cuidados necessários, as plantas sofrerão a ausência de água, e serão prejudicadas, pois só existirá no solo a água higroscópica (aquela aderida às partículas de solo

e não disponível ao café), comprometendo a sanidade futura das lavouras.

Em suma, ao implementar todas as boas práticas men-cionadas na condução das plantas cafeeiras em período de pós-plantio, certamente o produtor rural se beneficiará deste empenho e notará o resultado no momento da colheita, onde todas as medidas de manejo adotadas serão convertidas em aumento de produção.

TÉCNICA

Suprimento de terra no colo da planta

Manejo correto de mato em planta nova Manejo correto de mato em planta adulta

ESPECIAL

cOcApEc nO RAnkInG REvIsTA GLObO RuRAL

A Cocapec figura, mais uma vez, em um im-portante ranking nacional, desta vez no Melhores do Agronegócio da Revista Globo Rural. A editoria elegeu os 500 melhores do agronegócio e também os 10 melho-res em 30 seguimentos.

Foram utilizados 10 critérios elaborados pelo Anuário do Agronegócio e pela Serasa Experian, são eles: ativo total, endividamento, evolução do ativo, evo-lução da receita líquida, giro do ativo, liquidez corrente, margem líquida, margem da atividade, receita líquida, rentabilidade do Patrimônio Líquido.

No ranking das 500 maiores empresas do agro-negócio, que engloba todas do seguimento, a Cocapec aparece na 173ª posição, no ano anterior ocupou o 217º lugar. Já na classificação por setor, denominada de Indústrias de Café e Chá, a cooperativa ocupa a 8ª colocação. O anuário classificou também 10 empresas em cada um dos 10 critérios e a Cocapec está presente em 6 indicadores, sendo a Evolução da Receita Líquida a de maior destaque, conquistando a segunda colocação.

Para a Diretoria Executiva da Cocapec são reconhecimentos como este que mostram toda a seriedade e transparên-cia da cooperativa, fator que motiva todos que fazem parte dela.

Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 19

Murilo Andrade Setor de Comunicação

A cooperativa saltou 44 posições em relação a classificação anterior

Page 11: Revista Cocapec

OPINIÃO

InDIcAçãO GEOGRáfIcA, vOcê sAbE O quE é?O objetivo é limitar a área de produção, mantendo os padrões de qualidade, tradição e valorização localVictor Alexandre FerreiraSetor Gis/Cadastro

Você sabe o que é Indicação Geográfica, mais conhecida como IG? A partir desta edição da Revista Cocapec vamos explicar o significado

deste termo, o que ele representa para as regiões onde está inserido e sua função na promoção de pro-dutos e serviços no mundo.

Ao longo dos anos, cidades e regiões ganham fama por conta de seus produtos ou serviços. A no-toriedade surge quando a qualidade e a tradição se encontram num mesmo espaço físico e, é aí que a Indicação Geográfica surge como fator decisivo para garantir efetividade destas características.

O objetivo da IG é limitar a área de produção, restringindo seu uso de forma a manter os padrões de qualidade, tradição e valorização local, impe-dindo assim, que outros usem o nome da região em produtos inferiores.

Importante destacar que a IG não pos-sui um dono, um comitê é criado com vários representantes, sendo este o responsável pela Indicação Geográfica da região. Ela também não tem prazo de validade e, com isso, o interesse nacional por esta certificação é cada vez maior.

O órgão competente que aprova e certifi-ca uma Indicação Geográfica no Brasil é o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). E, para realizar um pedido de IG é preciso ingressar com um processo onde serão apresentados vários documentos sobre a região requerente, como por exemplo, registros de fatos históricos (matérias em jornais, livros, revistas, museus, entre outros) que comprovem a notoriedade do produto ou serviço

Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 21 20 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

OPINIÃO

através dos tempos.No mundo e no Brasil são vários os nomes de

produtos famosos, que na maioria das vezes nem sa-bemos que possuem IGs. O Champagne é um vinho espumante que tem este nome por ser produzido na região da França de mesma denominação, e por possuir IG, somente as vinícolas desta terra podem usufruir da qualificação. O Vinho do Porto, também

provém de área com mesmo nome situada em Portugal e que ganhou IG pela bebida diferencia-da que produz. O Café da Colômbia, outro com Indicação Geográfica, é muito conhecido no mundo. Se você é apreciador de charutos, e preferir os Cubanos, terá a garantia de serem 100% de Cuba.

No Brasil, também podemos encontrar produtos com esta especificação, como a Cachaça de Parati, produzida neste municí-pio do Rio de Janeiro, onde várias marcas utilizam o selo. No Rio Grande do Sul, a região do Vale dos Vinhedos é conhecida pelos seus vinhos de qualidade que tam-bém possuem Indicação. Em Minas Gerais, os Cafés do Cerrado Mineiro já possuem IG, assim como, a Carne dos Pampas Gaúchos,

região no extremo sul do país onde o produto é diferenciado.

A Região da Alta Mogiana não possui uma IG, mas tem todos os requisitos para conquistá-la.

Não é difícil de adquiri-la, desde que todos se or-ganizem e comprometam com o produto regional. O

interesse e empenho precisam ser coletivos, de todos, para assim conquistar representatividade da classe produtora de café.

Page 12: Revista Cocapec

OPINIÃO

cOnhEçA As pRIncIpAIs cERTIfIcAçõEs DO sETOR cAfEEIRO

Com o mercado priorizando cada vez mais produtos de excelência para atender consumidores que estão mais exigentes, as certificações se tornaram um importante fator em todo o processo cafeeiro. Além da preocupação com a qualidade do produto final, nos últimos tempos, fortaleceu ainda mais o discurso sócio-ambiental e o impacto causado na execução das diversas

atividades do setor. Sendo assim, várias certificadoras pautam seus critérios utilizando esta política no momento de avaliar.

A seguir citaremos as principais certificações existentes para o setor e as características de cada uma:

5SO 5S é uma ferramenta de trabalho que permite desenvolver um

planejamento sistemático de classificação, permitindo assim de

imediato maior produtividade, segurança, clima organizacional,

motivação dos funcionários e consequente melhoria da

competitividade organizacional. Os propósitos da metodologia

5S são de melhorar a eficiência através da destinação adequada

de materiais (separar o que é necessário do desnecessário),

organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a

manutenção e melhoria do próprio 5S.

FAIRTRADE Comércio justo (Fair Trade em

inglês) é um dos pilares da

sustentabilidade econômica

e ecológica (ou econológica,

como vem sendo chamada).

Trata-se de um movimento

social e uma modalidade de

comércio internacional que

busca o estabelecimento de

preços justos, bem como de

padrões sociais e ambientais

equilibrados, nas cadeias

produtivas.

22 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

FSCA Forest Stewardship Council

– FSC é uma organização

internacional que promove

práticas responsáveis de

manejo de florestas no mundo.

Certifica áreas (atestando

que a floresta é manejada

de acordo com princípios e

critérios estabelecidos pelo

FSC) e produtos florestais. No

caso dos produtos florestais,

a certificação se baseia na

rastreabilidade da cadeia de

custódia, ou seja, é verificado

se a matéria-prima utilizada

provém de área certificada.

PRODUTO ORGÂNICO BRASILCertificação, como termo

utilizado na agricultura orgânica,

significa garantir a origem

(procedência) e qualidade

orgânica dos produtos obtidos.

A certificação orgânica é um

processo de auditoria de origem

e trajetória de produtos agrícolas

e industriais, desde sua fonte

de produção até o ponto final de

venda ao consumidor.

Uma dose de BOM SENSOem tudo o que a gente faz

S5

Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 23

Fonte: Agrocert

OPINIÃO

BRAZIL SPECIALTY COFFEE ASSOCIATIONA BSCA tem por finalidade elevar, através de

pesquisas, difusão de técnicas de controle

de qualidade e promoção de produtos, os

padrões de excelência na qualidade dos

cafés brasileiros oferecidos ao mercado

internacional. CERTIFICAÇÃO CACCER 3 ESTRELASA Certificação de Propriedade, gerenciada pelo

Caccer, é uma ferramenta importantíssima à

demanda do mercado atual. É baseada num

Código de Conduta, que inclui aspectos como:

boas práticas agrícolas, responsabilidade

social e responsabilidade com o meio ambiente,

amparados em mecanismos de rastreabilidade.

CERTIFICAÇÃO CERTIFICA MINASO Certifica Minas é um Programa Estruturador do

Governo de Minas. Executado pelo Instituto Mineiro

de Agropecuária (IMA) e pela EMATER-MG - ambos

vinculados à Secretaria de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (SEAPA), o programa garante a partici-

pação da produção agropecuária mineira nos mercados

nacional e internacional. O Certifica Minas contribui

para a superação das barreiras zoofitossanitárias

existentes, graças ao trabalho de monitoramento da

produção agropecuária e à certificação da qualidade

dos produtos mineiros.

GLOBAL G.A.P. O GLOBALG.A.P (Eurepgap) é uma certificação voluntária de

produtos agrícolas, aplicável em todo o mundo. Esta é uma

das características mais diferenciadoras deste sistema: os

produtores aderem somente se houver interesse e, por isso,

com um elevado grau de empenho. A norma GLOBALG.A.P

foi principalmente elaborada para reafirmar perante os

consumidores que a produção alimentar nas unidades de

produção agrícola é realizada através da minimização dos

impactos negativos de operações agrícolas no meio ambiente,

redução do uso de insumos químicos e garantia de uma

abordagem responsável dos assuntos de saúde e segurança

dos empregados e saúde animal.

ISO 9001A ISO 9001 é uma norma internacional que estabelece

requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade

(SGQ) de uma organização. O objetivo da ISO 9001

é prover confiança de que seu fornecedor poderá

fornecer, de forma consistente, bens e serviços que:

• satisfaçam as suas necessidades e expectativas e

• sejam conformes com os regulamentos aplicáveis.

RAIN FORESTÉ uma espécie de aliança internacional

em prol, principalmente, da

preservação do meio ambiente e do

respeito às leis trabalhistas.

UTZ CERTIFIEDA Utz Certified é um programa mundial de

certificação de café. Com a Utz Certified, é possível

saber exatamente de onde veio o café e que ele foi

plantado com responsabilidade. Além disso, os

cafeicultores cuidam das comunidades locais e do

meio ambiente.

BRAZIL SPECIALTY

COFFEE ASSOCIATION

Page 13: Revista Cocapec

24 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 25

NOVIDADES

cOcApEc pROmOvE A sIpAT 2011 O evento Cooperação foi repleto de ações visando à melhoria do desempenho dos colaboradoresMurilo AndradeSetor de Comunicação

A Sipat é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e é obrigatória por lei pela alínea 0, portaria do Ministério do Trabalho e Emprego. E, em conformi-

dade com a legislação, a Cocapec realizou a ação entre os dias 14 a 18 de novembro, onde ocorreram diversas atividades como: ginástica laboral e orientação postural no local de traba-lho, aplicada pela fisioterapeuta Larissa Brentini de Almeida,

vacinação contra febre amarela e tétano em parceria com a Vigilância Epidemiológica de Franca, verificação da pressão arterial e glicemia feita pelos profissionais da Escola Técnica “Dr. Júlio Cardoso”, avaliação de Índice de Massa Corporal (IMC) realizado pelo educador físico Carlos Felício, o dia do abraço, entre outras. Tudo com o objetivo de potencializar o desempenho dos colaboradores através de práticas simples

NOVIDADES

dentro do ambiente de trabalho e cuidados pessoais.

No dia 15 foi o grande evento Cooperação, repleto de ações, com propósitos e objetivos reunindo cerca de 170 participan-tes da Cocapec, Credicocapec, e também dos parceiros Monteiro Sacarias e Sintram.

O Diretor Secretário Ricardo Lima Andrade, que falou em nome das duas cooperativas, Cocapec e Credicocapec, agra-deceu a participação de todos e principalmente a confiança dos presentes em algo que não se co-nhece, se referindo as atividades

surpresas realizadas ao longo do dia. Ele ressaltou também, a importância das ações e a sua aplicabilidade no ambiente profis-sional e na vida pessoal. Ricardo destacou a contribuição do Ocesp/Sescoop que trabalha sempre com a capacitação nos diversos níveis para fortalecer o sistema cooperativista.

A médica generalista Drª Danielle Astrig Keusseyan pales-trou sobre saúde e prevenção de diversas doenças, dando ênfase a algumas relacionadas ao trabalho como o estresse, por exemplo. Já Marcos Bidart Novaes, mestre em Administração, Cooperativismo e Empreendedorismo Social, falou sobre o tema comunicação. De forma lúdica, Marcos demonstrou a todos a importância dessa ferra-menta e como ela pode influenciar diretamente nos resultados dentro do ambiente corporativo. A nutri-cionista Maria Lauzimar Ferreira Masson, responsável pelo restau-rante da cooperativa, argumentou sobre a importância de uma ali-mentação saudável e as maneiras de equilibrar o prazer de comer com o bem estar.

Para integrar e envolver ainda mais os presentes, todos participaram de uma gincana. As ações criadas fizeram os colaboradores percorrerem a co-operativa, com o objetivo de que todos conhecessem os diversos setores e com isso observar a importância de cada um dentro do contexto da empresa. Ao final muitos declararam publicamente satisfação com o evento e aplica-bilidade dos conceitos aprendidos no desenvolvimento da função.

“As ações criadas fizeram

os colaboradores percorrerem a

cooperativa, com o objetivo de que todos

conhecessem os diversos setores

”Uma grande largada marca o início do desafio

A ginástica laboral fez todos se exercitarem

Vacinação, verificação de pressão e glicemia também fizeram parte da semana

Os colaboradores tiveram a oportunidade de conhecer seu IMC

Com elementos da cooperativa, os colaboradores realizaram várias provas

A expectativa foi grande em relação as provas da gincana

Page 14: Revista Cocapec

26 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 27

NOVIDADES

cAfés DEpOsITADOs nA cOcApEc E cERTIfIcADOs pELA uTz cERTIfIED pODERãO sER RAsTREADOs ATRAvés DE nOvO pORTALCarlos Aurélio de Freitas JuniorSetor de Classificação e Comercialização de Café

A Cocapec, representada pelo colaborador Carlos Aurélio de Freitas Junior, responsável pelas certificações na cooperativa, participou

do Workshop sobre o novo portal Good Inside da UTZ Certified que foi realizado nos dias 17 e 18 de novem-bro em Espírito Santo do Pinhal-SP, cidade onde está localizado o escritório do Brasil.

A equipe holandesa da UTZ Certified, que tem escritório situado na cidade de Amsterdam, apresentou o novo portal que entrará em vigor no dia 16 de janeiro de 2012 e trazendo novidades e mudanças relacio-nadas a rastreabilidade dos cafés certificados UTZ e também sobre os novos procedimentos de anúncios de entrega, transporte, recebimento, compra e venda que envolvem todos os membros da cadeia, como produto-res, armazéns, cooperativas, tradings e importadores .

O representante da UTZ no Brasil, Eduardo Sampaio, também esteve no treinamento. Ele falou do crescimento da produção de cafés certificados UTZ que se aproxima de 3,5 milhões de sacas na próxima safra em nosso país, e também do aumento significati-vo na demanda por grandes empresas como a Nestlé, Sara Lee, Neuman Group, Kraft Foods e Tchibo.

Destacou a importância de todos os membros UTZ seguirem o código de conduta e preservarem a rastreabilidade através do novo portal, pois os con-sumidores estão buscando cada vez mais produtos que tragam selos de certificações que transmitem a produção sustentável, prezando o respeito aos direitos sociais e a preservação da biodiversidade.

De encontro a essas novas demandas e tendên-cias, a Cocapec tem investido em novas tecnologias

que possibilitem garantir com precisão todo este pro-cesso de rastreabilidade, que se inicia nas lavouras, devendo ser mantida nos armazéns e posteriormente seguir até o consumidor, onde, por exemplo, na hora da compra podem consultar através de celulares sobre a procedência do produto consumido.

O novo portal www.goodinsideportal.org estará disponível a partir de 16 de janeiro de 2012

NOVIDADES

sILAs bRAsILEIRO é O nOvO pREsIDEnTE ExEcuTIvO DO cncMurilo AndradeSetor de Comunicação

O ex-deputado federal Silas Brasileiro, é o novo presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC). A escolha do novo presidente faz

parte de um plano de reestruturação do CNC, visan-do reestruturar a instituição. Essa nova empreitada contará com o apoio do conselho representativo das regiões produtoras, que por ora será coordenado por Maurício Miarelli.

Para Brasileiro o principal passo para fortalecer a representatividade do CNC é estreitar o relaciona-mento com todas as representações como federações, confederações, sindicatos e associações dentro do CNC, além de órgãos como a Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, através do Departamento do Café (Dcaf), a Comissão Nacional do Café da (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) CNA e, também, com a Organização Internacional do Café, a OIC. É preciso ainda, segun-do o novo presidente, trabalhar em conjunto com o Congresso Nacional para elaborar políticas públicas para o setor que, hoje, se encontram deficitárias.

SAIBA MAIS SOBRE SILAS BRASILEIRO

Formado em Administração de Empresas, produtor rural, empresário e natural de Patrocínio/MG, Silas tem um histórico importante dentro da cafeicultura nacional. Em 2004 assumiu a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais, ficando no cargo até 2006. Em 2007 se tornou secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Uma das metas é aproximar o setor do Congresso Nacional

Foto: Da esquerda para a direita: Osvaldo Henrique Paiva Ribeiro, presidente da Minasul, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, vice-presidente da Cooxupé, Francisco Miranda, presidente da Cocatrel, Silas Brasileiro, presidente executivo do CNC, João Alves Toledo Filho, presidente da Cocapec, Maurício Miarelli, coordenador CNC, Marcelo Carneiro Costa, superintendente de Negócios do Bancoob, Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Leonardo de Melo Brandão, vice-presidente da COCCAMIG

Page 15: Revista Cocapec

28 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

CAPA

Murilo AndradeSetor de Comunicação

O projeto vai ser implementado já na próxima safra comercial 2012/13

No dia primeiro de dezembro aconteceu a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a discussão e aprova-ção sobre a proposta de granelização e modernização

dos armazéns da Cocapec. Através dos Comitês Educativos, uma importante ferramenta de comunicação da cooperativa com os cooperados, foram realizadas reuniões de apresentação do projeto nos sete comitês, localizados nas cidades de Claraval/MG, Capetinga/MG, Pedregulho/SP, Itirapuã/SP e Patrocínio Paulista/SP, Jeriquara/SP e Franca/SP, todas com participação substanciosa dos cooperados que tiveram a oportunidade de co-nhecer a proposta e esclarecer possíveis dúvidas. Os presentes na AGE aprovaram o projeto de forma unânime.

Para o cooperado Divino de Carvalho Garcia, do Sítio São Tomé, município de Patrocínio Paulista/SP, a modernização agi-lizará o processo de carga e descarga evitando filas no período da safra. Já para Niwaldo Antônio Rodrigues, da Fazenda Santa Cruz, Pedregulho/SP, a mudança é bem vinda e trará benefícios para o produtor e para cooperativa como a redução de custos.

O projeto será uma mudança radical na forma de recebi-mento dos cafés dos cooperados pela cooperativa. Ele agilizará

28 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

CAPA

GRAnELIzAçãO E mODERnIzAçãO DOs ARmAzéns sãO ApROvADAs Em AssEmbLEIA GERAL ExTRAORDInáRIA

Aprovação do projeto foi unânime

A leitura do Edital de Convocação iniciou a AssembleiaAnselmo Magno de Paula, gerente do Departamento de Café, fez a apresentação do projeto

todo o processo de logística, facilitando a movimentação física dentro dos armazéns, aumentando seu controle, melhorando a segurança e reduzindo tempo e custos. Tudo isso dentro de um sistema prático, de fácil utilização e compreensão e bastante confiável, permitindo mais integridade dos lotes dos cooperados, com total rastreabilidade, esta que é uma evolução tecnológica.

Hoje, todo o recebimento de café na cooperativa é feito em sacarias de juta. O controle é manual e em papéis, o que torna o procedimento mais burocrático e oneroso. A infinidade de lotes é um fator dificultador, o que faz aumentar a quantidade de remo-ções. Outra desvantagem da sacaria é que ela deve ser adquirida toda safra, tornando hoje um custo para o cooperado. A descarga do café, no atual processo, requer um tempo considerável. Para se ter uma ideia, um caminhão padrão de 250 sacas, utilizando 7 homens, leva em torno 45 minutos para ser descarregado.

O projeto de modernização não seguiu nenhum modelo pronto. A cooperativa, através da diretoria, setor de café, setor de armazenagem e conselho administrativo, visitou vários locais como armazéns gerais e cooperativas, e após diversas avalia-ções e análises, definiu-se o melhor para a realidade da Cocapec.

Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 29

Comitê Pedregulho/SP Comitê Jeriquara/SP

Comitê Ibiraci/SPComitê Franca/SP

Page 16: Revista Cocapec

A modernização vai agilizar todo o processo de logística dentro do armazém

O tombador elevará o caminhão descarregando todo o café trazido a granel

permanecer dentro dela. Após ser descarregado, o café é encami-nhado para cinco baterias de silos, onde cada um receberá um lote. Em seguida, todos os grãos são levados para um silo menor, onde é pesado com exatidão. Neste processo, são retiradas amostras a todo o momento, o que garante uma análise mais fiel na hora de fazer a classificação. Nas duas formas de recepção (granel e big bag), todo café será colocado em big bags padronizados da cooperativa, que possuem a capacidade de armazenagem de 20 a 25 sacas de 60 kg. As frações serão respeitadas e preservadas, ou seja, não é necessário preenchê-lo em sua totalidade.

Os big bags da cooperativa terão uma identificação numérica por meio de um chip, código de barra ou uma tarjeta. Com isso será possível saber onde cada um foi acondicionado. As empilhadeiras serão equipadas com sensores e interligadas a uma central informatizada, que emitirá os comandos pré determinados ao empilhadeirista como: o local para onde o big bag deve ser levado, operador, horário e etc. Caso a empilhadeira realize um processo diferente do indicado, ela será bloqueada au-tomaticamente. Todas as movimentações serão acompanhadas pelo controlador do armazém que receberá as informações instantaneamente, culminando para uma melhor gestão dos estoques físicos de café da cooperativa

Já em relação à propriedade, cada produtor vai enquadrar dentro da sua realidade a melhor forma de transportar seu café para a cooperativa. Lembrando que o cooperado poderá trazer seu café a granel, em big bag ou até mesmo em sacaria de juta.

A modernização dos armazéns acontecerá de forma gradativa. A proposta vai ser implementada já para a próxima safra comercial 2012/13. As melhorias serão feitas em todos os núcleos da cooperativa. Inicialmente os equipamentos serão instalados nas cidades de Franca/SP e Ibiraci/MG, pois são os locais que possuem usinas de rebenefício.

Saiba como será o novo sistema de recepção da cooperativa

A recepção de café poderá ser feita a granel, big bag e em sacaria. O processo começa com a instalação de um aparelho chamado tombador, onde o caminhão entra em uma plataforma, é travado por um pistão hidráulico, e após ser inclinado, descarrega todo o café a granel. Tudo isso é feito acionando apenas um botão. São necessários somente 2 homens e leva apenas 12 minutos para com-pletar o trabalho. O cooperado poderá trazer seu café à cooperativa em qualquer tipo de veículo que possua uma carroceria.

Ao lado do tombador, existe uma ponte rolante, equipada com um guincho que percorre em senti-do transversal e longitudinal. Isso permite que o big bag seja retirado independentemente da sua posição dentro do veículo. Neste processo, utiliza-se 2 homens e 20 minutos para completar o descarregamento, refletindo assim uma economia de tempo e custo.

Das duas formas citadas, o café seguirá para moega. Para garantir a idoneidade de cada lote, e para que ele não se misture com outro, um jato de ar é usado para retirar grãos, que por ventura possam

“O projeto visa agilizar todo o processo de logística da

cooperativa

Nas duas formas de recebimento (granel e big bag), todos os cafés dos cooperados serão acondicionados em big bags padronizadas da cooperativa

30 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 31

Comitê Claraval/MG Comitê Capetinga/MG

Comitê Itirapuã/SP e Patrocínio Paulista/SP

Page 17: Revista Cocapec

32 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 33

SOCIAL

pROJETO EscOLA nO cAmpO 2011

Cristiane OlegárioSetor de Comunicação

Neste ano o projeto atendeu aproximadamente 525 alunos da 7ª série do ensino médio de toda a região, orientando os estudantes sobre

a necessidade da preservação dos recursos naturais, conscientizando quanto à segurança no uso de defen-sivos agrícolas estimulando a produção de alimentos saudáveis.

A primeira ação foi o encontro com os professores, no mês de junho, nesta ocasião recebemos a visita do grupo “Trilha da vida” – e da representante da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente par-ceira da Syngenta – Proteção de Cultivos, no projeto. A pedagoga trabalhou com os professores a importância do planejamento e realizou a elaboração do plano de ação de cada escola. No segundo momento do dia os professores se dirigiram para a Fundação do Café da Alta Mogiana, outra parceria do projeto; onde foi mon-tada a oficina de educação ambiental “Trilha da Vida” que tem o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da preservação da natureza e os problemas ambientais, através de espaços que simulam o proces-so de destruição provocada pela ação humana. Para isso, os participantes utilizam-se dos 5 sentidos para o reconhecimento.

No mês de agosto o projeto contou com a parce-ria do Sescoop/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de São Paulo); que ofere-ceu a 2ª formação dos professores que aconteceu no dia 13 de agosto, na Cocapec. O instrutor do Instituto Arte e Vivências trabalhou a temática da sustentabilidade de-senvolvendo atividades teóricas e práticas, abrindo um

leque de possibilidades para os professores trabalharem com seus alunos.Aconteceram também as palestras sobre o cooperativismo e o uso

de equipamento de proteção individual realizadas por colaboradores da Cocapec e Syngenta.

Foi apresentado aos adolescentes a doutrina, conceitos e princípios do cooperativismo, seguindo uma breve apresentação sobre a Cocapec demonstrando através de alguns dados o número atual de cooperados e colaboradores, núcleos e cidades de abrangência e, suas marcas de café.

O técnico agrícola e representante da Syngenta Flávio Nascimento, falou sobre o uso de defensivos agrícolas e o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) para manipulação dos mesmos. Durante a apre-sentação o técnico questionava aos adolescentes sobre os conhecimentos a respeito da matéria abordada, que também puderam vestir e retirar o EPI de maneira correta.

Em outubro foi realizada outra ação em parceria com o Sescoop/SP e os instrutores do Instituto Arte e Vivências, agora voltada para os alunos. Aconteceu entre os dias 17 e 27 de outubro, oficinas de Educação Ambiental com temas escolhidos pelas escolas, abrangendo adolescentes das cidades de Jeriquara, Ribeirão Corrente, Claraval, Capetinga e Ibiraci.

Essa atividade contou também, com a parceria da Associação de

Os resultados das atividades desenvolvidas durante o ano foram apresentados em dezembro

SOCIAL

Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande que doou as mudas para a realização das oficinas de mini-horta que foram acompanhadas pela colaboradora Bruna Durães.

Na escola E.E. Dr. José Teodoro de Souza em Capetinga/MG, a equipe do projeto foi convidada a assis-tir a apresentação preparada pelos professores e alunos composta de danças circulares, teatro, recital de poesia, todas relacionadas ao conteúdo trabalhado no projeto e ao cooperativismo.

No dia sete de dezembro aconteceu no Parque Fernando Costa o encerramento do projeto, com a pre-sença dos alunos de todas as escolas envolvidas.

Os alunos participaram de atividades recreativas voltadas ao cooperativismo, realizaram trabalhos coleti-vos sobre a preservação do meio ambiente e também passaram pela experiência da Trilha da vida.

Os adolescentes tiveram um espaço reservado para expor seus trabalhos, denominado de “1ª Mostra de Trabalhos do Projeto Escola no Campo”, e as escolas

Aproximadamente 350 alunos participaram do encerramento do projeto

As escolas participantes trouxeram os trabalhos elaborados durante o ano

A exposição foi denominada de 1ª Mostra de Trabalhos do Projeto Escola no Campo

Page 18: Revista Cocapec

34 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 35

SOCIAL

E.E. Dr. José Teodoro de Souza de Capetinga – MG e EMEB Jornalista Granduque José de Ribeirão Corrente trouxeram os resultados do ano todo de trabalho.

O encerramento contou com o envolvimento e a presença de todos os parceiros do projeto como a Syngenta e Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande. Participaram aproximadamente 350 alunos.

Os alunos tiveram a oportunidade de percorrer a Trilha da Vida

Utilizar apenas alguns dos cinco sentidos é a proposta da Trilha

As crianças participaram de uma oficina de mini horta

Oficina de bio jóia foi uma das atividades durante o ano

Reunião de planejamento com os professores

Escolas participantes do Projeto:E.E. Dr. José Teodoro de Souza - Capetinga/MGE.E. Iarbas Rodrigues - Claraval/MGE.E Ibiraci - Ibiraci/MGEMEB Jornalista Granduque José - Ribeirão Corrente/SPEMEB Profª Wanderit Victal Ferreira Alves - Jeriquara/SP Programação: - Lançamento em abril;- 1ª Formação de professores em parceria com a Abrinq - junho;- 2ª Formação de professores em parceria com Sescoop/SP - agosto; - Visitas as Escolas com palestras Syngenta e Cocapec - agosto;- Oficinas de Educação ambiental em parceria com Sescoop/SP - outubro;- Encerramento e mostra de trabalhos - dezembro.

cAmpAnhA nATAL cOOpERATIvO quEm DOA sAnGuE muLTIpLIcA vIDAsLuciene Reis / Murilo AndradeSetor de Comunicação

Cocapec e Credicocapec realizam campanha em prol do Hemocentro de Franca

A Cocapec- Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas e a Cooperativa de Credito Rural Cocapec – Sicoob Credicocapec realizaram de 5 a

30 de dezembro a Campanha Natal Cooperativo. Pela segun-da vez o foco escolhido para a Campanha foi a doação de sangue. A ajuda ao Hemocentro foi motivada pelo déficit de doações de sangue que a instituição enfrenta no período de final de ano, quando o número de doadores reduz de 30 a 35%. Normalmente, o Hemocentro de Franca recebe mensal-mente cerca de 1300 doadores e precisa coletar em média 1.100 bolsas de sangue, suficientes para atender os 4 hos-pitais da cidade e mais 22 hospitais das cidades da região.

Juntas, as duas cooperativas, com o empenho de

cooperados e colaboradores, arrecadaram 194 doações. Para as pessoas que não puderam doar sangue, houve a possibilidade de colaborar em dinheiro que, para supresa de todos, foram arrecadados aproximandamente R$ 18,2 mil, revertidos em de cestas básicas para instituições de Franca e região.

O objetivo foi despertar a solidariedade dos seus colaboradores, cooperados, prestadores de serviços, forne-cedores, clientes e parceiros à comunidade onde as duas cooperativas estão inseridas. Assim, elas atuam de forma a renovar a consciência da responsabilidade social de todos, tendo em vista uma sociedade justa e solidária, princípios nos quais todas as cooperativas estão alicerçadas.

SOCIAL

Colaboradores e cooperados se empenharam para ajudar o Hemocentro de Franca

Page 19: Revista Cocapec

36 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 37

IbIRAcI E cLARAvAL REcEbEm cuRsOs Em pARcERIA cOm O sEnAR/mG

Raquel Cintra RosaAssistente Administrativo

A Cocapec e o Senar/MG realizaram dois cursos de Produção Artesanal de Alimentos (quitandas), na região de Ibiraci. O primeiro promovido de 3 a 6 de outubro, na

Fazenda Ribeirão do Ouro dos cooperados Ademar Tavares Rosa e Lourdes B. Cintra Rosa, e o segundo na Comunidade Aterradinho, no barracão cedido pelo padre Norival Sardinha Filho, de 14 a 17 de novembro. Nos cursos, os 23 participantes aprenderam técnicas de produção de bolos, pães, roscas, pudins, biscoitos e panetones, utilizando produtos típicos da região como: mandioca, fubá, inha-me, abóbora, batata-doce, aveia, banana, laranja, aveia, polvilho e milho verde, incentivando o uso de produtos encontrados nas próprias casas, além de aumentar o valor nutritivo dos alimentos.

No período de 31 de outubro a 4 de novembro, 10 mulhe-res participaram do curso de Artesanato de Tecidos – Patchwork e Montagem de Enxoval, na Fazenda Nossa Senhora Aparecida dos cooperados José Roberto Gomes e Lenir Cândida de Paula Gomes, na região de Claraval. No curso, as participantes aprenderam técnicas para trabalhar com retalhos, confeccionando almofadas, porta-objetos, luvas, xícaras decorativas além de receberem orien-tações para a montagem de colchas, tapetes entre outras peças.

Em seguida, de 7 a 9 de novembro na Fazenda Mandioca dos cooperados Milton Antunes Cintra e Neli Ap. Melo Cintra, situ-ada no município de Claraval, aconteceu o curso de Artesanato de Tecidos/Peças Femininas Básicas sob Medida. Neste curso, nove participantes aprenderam a confeccionar blusas e calças femininas sob medida, sendo ensinadas técnicas para utilizar molde, esqua-dro e fita métrica.

curSoS previStoS pArA 2012

• Tratorista• Monitoramento de pragas e doenças• Produção Artesanal de Alimentos• Roçadora shindaiwa• Bovinocultura de leite• Artesanato de rendas bordados e

congêneres• Aplicação de agrotóxicos• Manutenção e operação de colhedora automotriz• Manutenção e operação de máquinas de beneficiamento• Decoupage

Mais informações:Núcleo Cocapec Ibiraci/MGFone: (35) 3544-5000 com Raquel Rosa

*Cursos sujeitos a alteração

SOCIAL

A oportunidade foi aprender sobre produção artesanal de alimentos e artesanato em tecidos

Artesanato em tecido (patchwork), pura criatividade

Produção de enxovais é uma ótima opção para incrementar a renda

As participantes do cursos aprenderam nova técnicas para produzir as quitandas

Page 20: Revista Cocapec

38 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 39

SOCIAL

pROGRAmA cOOpERJOvEm 2011Objetivo é integrar cooperativa, escola e a comunidade

Cristiane OlegárioSetor de Comunicação

O Programa Cooperjovem tem como objetivo o incentivo à prática da cooperação e a disseminação do coopera-tivismo, buscando a integração entre as cooperativas e

comunidades locais.Coroado de muito sucesso, o programa encerra mais um

ciclo fomentando a qualidade de ensino e a integração dos dife-rentes sujeitos envolvidos no processo educativo.

As escolas desenvolveram várias atividades durante o ano, entre essas, a formação dos professores que foi realizada na Secretaria Municipal de Educação de Franca pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP) em parceria com as cooperativas locais – Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec); Cooperativa de Crédito Rural Cocapec (Credicocapec); Unimed/Franca; Cooperativa Nacional Agroindustrial (Coonai).

Em setembro, aconteceu o 5º Encontro Estadual do Programa Cooperjovem, que objetivou aprofundar os estudos

dos educadores sobre a temática de planejamento participativo na escola e proporcionar a troca de experiências entre as cidades participantes do programa.

Várias oficinas foram oferecidas para professores e alunos como: “Contação de Histórias” com Gyslaine Matos, importante personalidade do mundo pedagógico, de jogos cooperativos, para os alunos com o instrutor Sérgio Carvalhal, de educação ambiental, de “coleta seletiva”, com os instrutores do Instituto Arte e Vivências, onde puderam vivenciar a experiência da oficina de educação ambiental “Trilha da vida” e, para fechar o cronograma, os professores participaram de uma oficina sobre Planejamento Participativo Escolar.

As escolas desenvolveram também ações conjuntas como a troca de cartas entre os alunos das instituições.

“O programa tem como objetivo o incentivo à prática da cooperação e a disseminação do

cooperativismo”

SOCIAL

As escolas registraram trabalhos excelentes desenvolvidos pelos alunos nos blogs correspondentes:

http://cooperjovemsuelicontini.blogspot.com/http://emebfaustoalexandre.blogspot.com/http://cooperblogfranca.blogspot.com/

Os alunos fizeram várias atividades com conteúdo cooperativista

Alunos criam uma cooperativa de reciclagem para arrecadar dinheiro e irem ao teatro

Jogos cooperativos divertem os alunos Início da formação dos professores

Encontro estadual dos professores do Cooperjovem As escolas usaram a internet para divulgar seus trabalhos

Page 21: Revista Cocapec

40 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

CAFÉ E ALGO MAIS

Meriellen Santos Setor de comunicação

Nosso tradicional cafezinho vem ganhando novas roupagens. E com a chegada do verão nada melhor do que beber um café gelado.

É isso mesmo, apesar de ainda não ser muito popular no Brasil, ela vem ganhando espaço e agrada todos os gostos sendo uma bebida refres-cante e muito saborosa. Segundo a barista Edy Barros, por ser diferente atrai a curiosidade das pessoas já que o café pode ser combinado com frutas como laranja, limão, coco, maracujá entre outras frutas e especiarias.

Edy nos ensina a fazer quatro receitas fáceis para você preparar em casa neste verão.

Ingredientes:40 (ml) de café3 bolas de sorvete de creme5 (ml) calda de chocolate1 colher (chá) creme de avelã1 colher (sopa) ovo maltine1 anis estrelado (para decorar)

Modo de fazer:Preparar 40 ml de café e reservar. Decorar a taça com creme de avelã. Bater no liquidificador o café, sorvete, ovo maltine e uma pitada de anis. Despejar o conteúdo na taça. Decorar com calda de chocolate e anis estrelado. Servir com canudo e colher bailarina.

Ingredientes:40 (ml) de café 4 bolas de sorvete de creme 5 (ml) calda de caramelo40 (ml) de suco de laranja1 pitada de gengibre

Modo de fazer:Preparar 40 (ml) de café reservar Decorar a taça com calda de caramelo Bater no liquidificador: café, sorvete, suco de laranja e uma pitada de gengibre Despejar o conteúdo na taça Servir com canudo e colher bailarina

Ingredientes:40 (ml) de café 20 (ml) Sagatiba 40 (ml) de leite condensado 4 ou 5 pedras de gelo Canela em pó/rama

Modo de fazer:Preparar 40 (ml) da café e reservar Bater no liquidificador: café, sagatiba, gelo e 1 pitada de canela.Despejar o conteúdo na taça Decorar com um pedaço de canela em rama e uma pequena pitada de canela em pólaranja e uma pitada de gengibre Despejar o conteúdo na taça Servir com canudo e colher bailarina

Ingredientes:40 ml de café4 bolas de sorvete de creme 5 ml de calda de chocolate 40 ml de leite 1 pitada de canela 3 pitadas de cacau em pó1 flor de chantilly

Modo de fazer:Preparar 40 (ml) de café e reservar Decorar a taça com calda de chocolate Bater no liquidificador: café, sorvete, leite, uma pitada de canela e 3 de cacau em pó Despejar o conteúdo na taça, decorar com chantilly e servir com canudo e colher bailarina.

Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 41

Coffee Shake

Shake Laranja café gengibre Batidinha com café

Cappuccino Gelado

Prepare deliciosas e refrescantes receitas em casa

SOCIAL

REnDA DO 10º EncOnTRO DE cRIAnçAs cOOpERATIvIsTAs é REvERTIDA pARA pAcIEnTEs cOm câncERCristiane Olegário Setor de Comunicação

Todos os anos o Encontro de Crianças Cooperativistas incentiva a solidariedade das crianças, solicitando no ato da inscrição alguma doação ou contribuição

simbólica. A ação social proposta na décima edição foi a arrecadação de R$ 5 por inscrição, revertida para a compra do complemento alimentar Nutren 1.0 para os pacientes do Hospital do Câncer de Franca.

As colaboradoras da Cocapec e Credicocapec foram recebidas no escritório do Centro de Voluntários da Saúde de Franca pela presidente da entidade e parte da equipe, que re-ceberam a doação com muita satisfação e desvelo. A entrega foi realizada no dia nove de novembro de 2011.

O Hospital do Câncer de Franca atende mais de mil e duzentos pacientes, sendo deste total 32 infanto-juvenis, com idade de 0 a 18 anos. Com uma equipe médica competente e serviços eficientes, o Hospital substituiu as penosas viagens dos pacientes, que tinham que procurar tratamento em outros centros e passavam o dia todo fora, muitas vezes esperando horas para realizar um procedimento quimioterápico. (Santa Casa, on-line).

SAibA MAiS Sobre oS voluntárioS dA SAúde e deScubrA coMo AjudAr

O Centro de Voluntários da Saúde de Franca (CVSF) completou 10 anos de fundação. A ONG se formou em um de agosto de 2001, seis meses antes da inauguração do Hospital para que os voluntários já estivessem prontos quando o Hospital do Câncer de Franca abrisse as portas, o que aconteceu em seis de janeiro de 2002. Presta serviço voluntário para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares como agente de transformação social e solidariedade humana. Têm como missão ser referência regional de Voluntariado da Saúde, por meio da união de todos os esforços junto aos profissionais da área, na humanização dos hospitais possibilitando aos pacientes uma atitude otimista frente à doença, usufruindo das chances de tratamento oferecidas, num ambiente harmonioso e produtivo e com maior qualidade de vida. (Informações do site da Santa Casa e Centro de voluntários)

Horário de atendimento da Secretaria:Responsável pela organização das atividades administrativas do CVSF e atendimento ao Voluntário e à Comunidade.De segunda à sexta das 7h às 12h e das 13h30 às 17h

Av. Presidente Vargas, 2953 - FundosJd. Petráglia - CEP 14409-055Franca SPFone: (16) 3712 3083Email: [email protected]

O hospital recebeu a doação de um complemento alimentar essencial para o tratamento

+

O TRADIcIOnAL cAfEzInhO EnTRA nO cLImA DO vERãO

Page 22: Revista Cocapec

42 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 43

COOPERATIVISMO

InTEREssE pELA cOmunIDADENesta edição, chegamos ao 7º e último princípio da doutrina cooperativista

Meriellen SantosSetor de Comunicação

Interesse pela comunidade – As cooperativas contribuem para o desenvolvimento da comunidade com a geração de empregos, produção, serviços e preservação do meio ambiente.

sétimo princípio do cooperativismo

O cooperativismo é uma doutrina econômica que tem como principal objetivo a cooperação para obter uma sociedade mais justa e igualitária. E, para alcançar estes objetivos possui 7 princípios:

1° Adesão livre e voluntária2° Controle democrático pelos sócios3° Participação econômica dos sócios4° Autonomia e independência5° Educação, treinamento e informação6° Cooperação entre cooperativas7° Interesse pela comunidade Nessa edição chegamos ao último princípio: Interesse pela

comunidade.As cooperativas agem de acordo com leis articuladas por

seus membros para contribuir com o meio em que atuam, não só com seus cooperados mas com toda a sociedade. Dessa forma, são realizadas atividades para que as pessoas possam se desenvolver de maneira sustentável.

Assim, o 7º princípio tem por finalidade desenvolver na

comunidade a formação moral, econômica, financeira e cultural sendo a cooperativa responsável por instruir e informar as pessoas para que possam se desenvolver.

Preocupando-se com as futuras gerações citamos o pro-grama Cooperjovem, que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo desenvolve desde de 2008, em parceria com a Cocapec, Credicocapec, Coonai e Unimed e leva às crianças do ensino fundamental educação cooperativista e seus princípios.

Já o projeto Escola no Campo realizado pela Syngenta junto com a cooperativa, acontece desde 2001 e tem como objetivo cons-cientizar os estudantes da rede estadual e municipal, entre 11 e 12 anos, dos municípios atendidos pela Cocapec, sobre a necessida-de de se preservar o meio ambiente e mostrar a utilização correta defensivos agrícolas, visando a conservação dos recursos naturais, segurança alimentar e saúde dos aplicadores e consumidores. Dessa forma, o projeto ganha frente junto aos pais dos alunos que, na maioria dos casos, trabalham no meio rural. Juntos os projetos atendem a quase 900 crianças por ano.

O sétimo princípio se preocupa com a formação cultural e temos como exemplo o Mosaico Teatral onde cooperativas se unem para trazerem peças para toda comunidade.

CAFÉ E SAÚDE

cAfEzInhO bRAsILEIRO vIRA pROTETOR sOLARInstituto Agronômico de Campinas (IAC)

Paixão nacional, e internacional, o café que acor-da muita gente pode ser consumido até na praia. Só que com uma diferença: como protetor solar.

Pesquisa do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, demonstrou o potencial de uma substância extraída do óleo do grão do café, o caveol, capaz de bloquear raios ultravioleta. O uso da substância não se restringe à aplicação na pele e pode ser aproveitada em qualquer tipo de equipamento que necessite de proteção contra a radiação solar, como placas de asfalto nas estradas. O resultado é inédito e já tem pedido de patente.

O óleo extraído do café contém inúmeras substâncias classificadas como saponificáveis ou insa-ponificáveis, ou seja, passíveis ou não de se tornarem sabão químico. O caveol é uma substância encontrada na matéria insaponificável. “O óleo do café é uma mistu-reba de coisas. O potencial para a descoberta de novos usos está na pesquisa”, afirma o pesquisador do IAC, Nilson Borlina Maia.

A pesquisa com o óleo de café começou infor-malmente no Instituto em 2003, mas foi só em 2010 que a aluna da Pós-graduação IAC em Agricultura Tropical e Subtropical, Tais Aleriana Lucon Wagemaker, defendeu tese de mestrado comprovando o potencial do caveol. A Pós-graduanda foi orientada pelo pesquisador e diretor

do Centro de Café, Oliveiro Guerreiro Filho, e pela pesquisadora Cássia Regina Limonta Carvalho, do Centro de Recursos Genéticos Vegetais do IAC.

O objetivo da pesquisa é descobrir usos alternativos para materiais já existentes. Esse potencial está no café, estudado no programa de me-lhoramento genético do IAC. “Não melhoramos a genética do café para descobrir o potencial do óleo, buscamos no material que já foi melhorado novas possibilidades”, afirma Maia, pesquisador do IAC, da Agência de Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O trabalho foi viabilizado por meio de uma parceria entre o IAC, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Linax, empresa que funciona dentro do IAC com recursos também da FAPESP, via projeto Pequenas Empresas (PIPE-FAPESP). A Linax trabalha em parceira com o IAC desenvolvendo pacotes tecnológicos sustentáveis no ramo de destilação de óleos essenciais.

De acordo com Maia, o uso do caveol na proteção contra raios ultravioleta é apenas uma das pesquisas desenvolvidas pelo IAC nessa área. “O potencial do café está muito longe de ser esgotado. Através da pesquisa, é possível descobrir sempre um novo uso, nunca antes visto”, explica. O pesquisador também estuda, em parceria com a Unicamp, o efeito do óleo da bebida mais famosa do Brasil na cicatrização de úlceras cutâneas, ou seja, feridas. “Buscamos sempre usos inovadores para mate-riais que já existem”, completa. A pesquisa com o caveol já está concluída, mas depende de parcerias para chegar até o mercado consumidor.

Pesquisa do IAC aponta substância extraída grão do café, capaz de bloquear raios ultravioleta

Page 23: Revista Cocapec

44 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 45

cuRTAs

Nos dias 10 e 11 de outubro aconteceu a reunião do GTEC Mogiana Café, na cidade de Paulínia/SP. Na oportunidade, cerca de 25 pessoas entre produtores, agrônomos e pessoas relacionadas ao setor, discutiram diversos assuntos voltados a cafeicultura regional e nacional. O senhor João Alves de Toledo Filho, presidente da Cocapec, representou a cooperativa. O grupo ainda fez uma visita técnica às instalações da fábrica da Syngenta.

REuNIãO GTEC MOGIANA DIsCuTE sOBRE A CAFEICulTuRA REGIONAl

A Cocapec recebeu no dia quatro de novembro a visita de um grupo composto por integran-tes da Companhia Costarricense Del Café, Instituto Del Café de Costa Rica e Ministério da Agricultura Ganaderia. O coordenador do setor técnico Roberto Maegawa, acompanhou os presentes que tiveram a oportunidade de conhecer toda a cooperativa. A Cocapec foi indicada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) para representar a cafeicultura da Alta Mogiana.

IAC EsCOlHE COCAPEC PARA vIsITA TÉCNICA DE COsTARRIQuENHOs

Aconteceu nos dia nove de novembro mais uma reunião de novos cooperados. Coman-dada pelo Diretor Secretário Ricardo Lima Andrade, os presentes puderam conhecer mais sobre a cooperativa e os fundamentos do cooperativismo, e com isso ter uma base mais sólida para a tomada de decisão. Participaram produtores rurais das cidades de Franca, Ribeirão Corrente, Pedregulho, Claraval, Ibiraci, Jeriquara, Cristais Paulista, Sa-cramento e Capetinga.

REuNIãO DE NOvOs COOPERADOs, MOMENTO DE DECIsãO

Foi realizado no dia 29 de outubro o 21º Encontro dos Agrônomos. Participaram pro-fissionais de toda a região. A tradicional escolha do “Profissional do Ano” dessa vez aconteceu através de uma votação pela internet onde os próprios agrônomos esco-lheram João Augusto Dedemo Prado. Representando a Cocapec Roberto Maegawa, coordenador do setor técnico, disse que o encontro é uma ótima oportunidade de con-fraternizar e trocar experiências.

21ª EDIçãO DO TRADICIONAl ENCONTRO DOs AGRôNOMOs

Paulo Henrique Andrade CorreiaMédico Veterinário da Cocapec

EvITE suRTOs DA “mOscA DO EsTábuLO”

Com a chegada das chuvas em nossa região inicia-se, também, as infestações da Stomoxys calcitrans chamada popularmente de mosca do

estábulo, aquela mosca que “morde doído” e não deixa o gado pastar.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) as perdas com essa praga no nosso rebanho é de 40% a 60% na produção do leite e 15% a 20% do peso no rebanho de corte.

O ciclo completo dessa mosca (ovo até fase adulta) é de 13 a 18 dias em temperatura de 24 a 30ºC e, em temperaturas frias, pode chegar até 5 meses para formar uma mosca. As fêmeas põem de 25 a 50 ovos e se desenvolvem em locais que contenham resíduos orgânicos de origem vegetal ou animal e com umidade elevada, como restos de silagem, palhas de café, palhas de cana picada, fezes de bovinos e suínos fermentadas com urina e restos de forragens ficadas.

A mosca do estábulo se alimenta de sangue de equínos e bovinos, mas podem parasitar outros animais e picar até o homem, produzindo feridas. Além da perda do sangue provocada por essa mosca, suas picadas são muito doloridas, gerando estresse e mudando o comportamento dos animais que geralmente se juntam em grupos para se protegerem e conseguirem pastar. Estes insetos podem ainda, ser vetores para transmis-são de algumas doenças para os bovinos e equinos, como por exemplo, a brucelose.

1- Manter sempre a higiene das alojamentos e não deixar restos de

alimentos nas instalações leiteiras ou confinamentos.

2- Remover e esparramar, em área própria, os resíduos

alimentares, bem como, as fezes dos animais, pois são as fontes

de criação de larvas da mosca.

3- Realizar a incorporação da palha de café ao solo, de imediato,

quando depositada nas lavouras de café.

4- Usar, quando necessário, inseticidas que sabidamente

funcionam, na dose correta, com origem reconhecida e registro

para uso em animais.

5- Conversar com seus vizinhos para que façam o mesmo,

diminuindo o problema de todos.

6- Procurar a assistência técnica quando perceber que os produtos

de controle não estão fazendo o efeito desejado por mais que

sigam corretamente as recomendações das bulas.

O controle dessa mosca é muito difícil e requer muitos cuidados do proprietário e também de seus vizinhos de sítio ou fazenda:

PRODUÇÃO ANIMAL

O controle é muito difícil e requer cuidados do proprietário e também de seus vizinhos de cerca

A mosca do estábulo se alimenta de sangue de equinos e bovinos

Page 24: Revista Cocapec

46 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 47

bOLETIm

Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e no núcleo de Capetinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos cinco anos.

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2007 545 175 113 117 45 4 72 0 3 75 190 2732008 325 230 128 108 38 32

320

2126 39 87 168 410

2009 382 228 282 53 58

Média 408,2 187,0 232,2 88,0 31,8 21,8 18,8 16,0 64,1 128,2 181,8 321,0*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

7730 137 2622010 461

382158 274 16 17 12 1 0 110

115 13532102 339 221

2742011 328 145 365 146 1 29 240

Índice pluviométrico* nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2007 745 238 135 66 61 0 0 0 69 58 217 2802008 573 236 116 78 40 5

210

1726 37 113 222 428

2009 354 249 286 165 54

Média 479,6 187,6 256,2 99,2 33,4 8,0 3,4 10,0 65,8 125,8 219,0 320,0*Dados em milímetros ob dos no núcleo da Cocapec

24 128 156 193 3892010 327 95 206 51 12 6 0 0

0 087

8 186 161116 302 235

2682011 399 120 538 136 0 8

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F**

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

DezembroNovembro

Média Anual 310,92 177,00 494,95 296,36

R$ US$2010

280,75 157,51278,68279,70

151,36156,48

282,18 160,51289,46 159,35

433,37 258,54

305,99302,36

169,18170,77

313,93 178,37328,23 190,88327,15 194,01355,51387,04

207,33228,21

2011R$ US$

495,98 297,29524,27 315,94524,41 330,82530,76 329,11514,99 457,81 470,62 511,57 490,45

324,35292,92249,68292,51277,34

493,83 275,48491,35 267,28

R$ US$

Média mensal do preço* de Soja2010

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 40,23 22,91

R$ US$2011

39,80 22,36

48,76 29,19

37,7034,14

20,5019,10

34,49 19,6235,59 19,5936,1638,58

19,9921,79

41,32 23,4742,59 24,7744,88 26,61

49,63 29,6149,28 29,5449,54 29,8647,19 29,7647,83 29,6647,8848,5049,3851,9448,47 27,4147,74 26,6447,70 25,94

29,69

30,1631,0430,92

48,96 28,5548,52 28,61

R$ US$

Média mensal do preço* de Milho2010

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 21,51 12,27

R$ US$2011

19,66 11,04

30,33 18,16

18,3518,46

9,9610,33

18,16 10,3318,67 10,2819,4318,81

10,7310,62

20,57 11,69 24,35 14,1625,15 14,92

30,35 18,11

28,29 16,4928,26 16,72

31,68 18,9931,44 18,9429,94 18,8828,69 17,7930,7530,3130,2031,9230,75

18,2317,39

29,81 16,6628,17 15,32

19,3619,3918,31

R$ US$

Média mensal do preço* de Boi2010

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 88,51 50,43

R$ US$2011

75,70 42,47

101,79 60,92

77,0379,03

41,8444,22

82,33 46,8380,81 44,4982,1684,12

45,4147,51

88,95 50,5493,49 54,37

100,62 59,66

103,07 61,49104,30 62,52105,46 63,55104,23 65,74100,41 62,2697,2299,34

101,1598,5799,77 56,43

106,17 59,24101,75 55,35

56,34

61,2363,5763,34

113,01 65,91104,90 61,85

Page 25: Revista Cocapec

48 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 49

InAuGuRAçãO DO pAc 03

No dia 30 de novembro às 19h o Sicoob Credicocapec recebeu seus cooperados e familiares

no Salão do Mosteiro em Claraval/ MG, para inauguração do novo PAC (Posto de Atendimento ao Cooperado) instalado nas dependências da Cocapec nesta cidade.

A cerimônia realizada para mar-car o evento contou com a presença da Diretoria da Credicocapec, da Cocapec, representantes da Cocecrer e Bancoob, assim como, representantes do conselho Administrativo e Fiscal da Credicocapec. Também estiveram presentes autorida-des do município, o prefeito Juscelino Batista Borges, o vice Nilton Luiz de Lima, o presidente da Câmara Honoroalde Carrijo Silvério, vereadores e o Padre André do Mosteiro Nossa Senhora do Divino Espírito Santo.

Para registrar o momento, foi convidado Hiroshi Ushiroji superintendente do Sicoob Credicocapec e o Sr. David de Andrade Conselheiro do Bancoob, para o descerramento da placa de inaugu-ração do novo PAC. Para a finalização da cerimônia o padre André realizou a benção acompanhada por uma oração.

Após a solenidade os cooperados e familiares foram con-vidados para um coquetel oferecido para mais de 600 pessoas que prestigiaram o evento.

Essa nova conquista mostra que a Credicocapec acredita em seus cooperados e agradece a participação, fidelidade e confiança depositada nesses 20 anos de história construída por todos.

Tassiane VaismenosCredicocapec

sIcOOb cREDIcOcApEc pARTIcIpA DO vIII sEmInáRIO DO sIcOOb cEnTRAL cOcEcRER

Informativo A devolução de cheque é algo muito conhecido para quem trabalha com esta forma de pagamento, mas existem vários motivos para que isso ocorra.Um deles é o motivo 48, normalmente ocorre quando o cheque é emitido com valor igual ou superior a R$ 100 (cem reais) com ausência de identificação do beneficiário.Para evitar devolução do seu cheque, basta ter cautela e atenção na hora do preenchimento identificando o beneficiário.Fique atento! O SICOOB CREDICOCAPEC está à disposição para prestar esclarecimento sobre o assunto.

Nos dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2011 foi realizado no Royal Palm Plaza Resort em Campinas-SP o VIII Seminário do Sicoob Central Cocecrer, que

contou com a presença de várias autoridades e representantes do meio cooperativista, além de cooperados, diretores, conse-lheiros e funcionários das cooperativas singulares. O SICOOB CREDICOCAPEC participou com a presença de Maurício Miarelli – Diretor Presidente, Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Diretora de Crédito Rural, dos Conselheiros Administrativos, Divino de Carvalho Garcia, Elbio Rodrigues Alves Filho, Paulo Henrique Andrade Correia e dos funcionários Alberto Roccheti Netto – Gerente Geral, Rodrigo de Freitas Pimenta – Gerente Administrativo/Financeiro e Gabriela Siqueira Coelho Silva – Agente de Controle Interno.

O tema do VIII Seminário foi “Economia e Recursos Humanos”, sendo ministradas diversas palestras voltadas a gestão de pessoas, recursos humanos em governança, cená-rio econômico mundial, cooperativas de crédito no Brasil e no mundo, política agrícola e crédito rural, tendências do ramo de crédito no Brasil e legislação trabalhista. O evento ainda con-tou com a presença do Técnico da Seleção Brasileira de Vôlei, Bernardinho Rezende, que ministrou a palestra “Como formar uma equipe vencedora” e pelo Ex- Presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, que ministrou a palestra “Cenário

econômico mundial: reflexos na economia mundial, com desta-que para o cooperativismo de crédito”.

As palestras, de modo geral, proporcionaram aos partici-pantes uma visão global do cenário econômico atual do Brasil e do mundo, destacando a atual situação das cooperativas de crédito, além da importância da gestão de pessoas, focado no relacionamento em equipe e do papel das lideranças para alcan-çar o sucesso.

Mesa solene

Horoshi Ushiroji e David de Andrade, fizeram o descerramento da placa inaugural

Diretoria da Credicocapec recepcionou os cooperados de Claraval Cerca de 600 pessoas prestigiaram o evento

Colaboradores da Credicicapec participaram do VIII Seminário do Sicoob

Variedade de palestras marcaram o evento

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50 .Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012 Janeiro / Fevereiro 2012 . Revista COCAPEC . 51

Meriellen Santos Setor de Comunicação

cOnhEçA suAcOOpERATIvAvEnDAs DE InsumOs E ApOIO cOmERcIAL

O setor de Insumos e Apoio Comercial tem a função de atender as necessidades dos cooperados no que diz respeito a sa-carias, fertilizantes, defensivos agrícolas, sementes de milho/

pastagens e corretivos agrícolas. Resumindo, o setor fornece todos os insumos necessários para tratos culturais das lavouras de café, milho, cana, entre outros.

O setor de Insumos é responsável pela compra, venda e controle destes produtos, garantindo ao cooperado a qualidade e segurança de sua mercadoria desde a aquisição até o momento da entrega. Através dos vendedores, a cooperativa disponibiliza várias condições de pagamento com o intuito de oferecer aos seus coopera-dos, a melhor forma de adquirir seus produtos. Lembrando que para qualquer plano de comercialização, o cooperado deve estar com sua documentação regularizada através de atualização cadastral.

O apoio comercial auxilia nas operações efetuadas pela área comercial como faturamento, emissão de notas fiscais, ordens de compra, vendas, relatórios comerciais e controles diversos que faci-litam o trabalho não apenas do setor Insumos, mas de vários outros setores da cooperativa.

Outra atividade é o controle de recebimento dos pedidos de financiamento e trocas, emitidos pelos agrônomos e vendedores internos. Após preparar toda a documentação necessária, o setor repassa o pedido para o comitê de avaliação da cooperativa que leva em torno de cinco dias úteis para concluir a avaliação e liberar o pedido para o faturamento.

Nossos colaboradores também são responsáveis pelas ope-rações internas como transferências de mercadorias da Matriz para outros núcleos da cooperativa e emissão de documentos e relatórios para controles internos de mercadorias.

José de Alencar Coelho JuniorGerente Comercial [email protected]

José Roberto Flávio Coordenador de Fertilizantes [email protected]

Valmir José de Souza Vendedor de Insumos [email protected]

Walter Calzavara Neto Vendedor de Insumos [email protected]

Weyslam Natan da Silva Martins Vendedor de Insumos [email protected]

David Mateus Alves Vendedor de Insumos [email protected]

Wagner Inácio Junqueira Junior Assistente Comercial [email protected]

Pedro Perenti Vitor Assistente Comercial [email protected]

Jacqueline Aparecida da Silva Assistente Comercial [email protected]

Jean Carlos de Barros Auxiliar Administrativo Aprendiz [email protected]

colAborAdoreS do Setor vendAS de inSuMoS e Apoio coMerciAl

Equipe Vendas de Insumos e Apoio Comercial

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