Revista Blend n° 2

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Pollyanna Stemut A magia do rosto perfeito México Uma viagem outsider Vinhos Não é preciso ser chato CULTURA . POLÍTICA . ENTRETENIMENTO . SOCIEDADE BLEND #02 Ano 01 Novembro 2010 R$ 8,00

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Segunda edição da revista Blend.

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Pollyanna StemutA magia do rosto perfeito

México Uma viagem outsider

VinhosNão é preciso ser chato

CULTURA . POLÍTICA . ENTRETENIMENTO . SOCIEDADEBLEND#02

Ano 01

Novembro 2010R$ 8,00

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BLENDBLEND é editada por Conteúdo Marketing Avançado e Blend Comunicação Ltda.

Direção de Arte Felipe Cury | Design Gráfico Henrique de Paula

CAPA | Foto Luciano Medeiros | Beleza Leandro Ferreira | Tratamento Márcio Dalmaso | Modelo Pollyanna Stemut

Produção Gráfica Lindomar Alves | Impressão Gráfica Formato

Redação e Publicidade Rua 1102, n° 474, Qd. 200, Lt.16 | St.Pedro Ludovico | Cep 74.113-040 | Goiânia | Goiás

Contato Publicitário (62) 9207 6256 | [email protected]

Colaboradores: Malu Camargo, Thiago Dahás, Vicente Tardin, Viviane Danin, Juliana França, Sophia Halamoda, Felipe Cury, JV Freire, Victor

Machado, Renan Alves, Henrique de Paula, Liza Ziller, Carol Amaral, Danin Júnior, Kilze Teodoro, Marcela Oliveira, Philipe Mortosa, Alice

Caldas, Luciano Medeiros, Ivan Erick, Lindomar Alves, Alessandra Gusmão, Janaína Mendes, Alessandra Nunes.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, bem como não tem vínculo empregatício com os colaboradores.

04BLEND

Alessandra Gusmão

Malu Camargo Juliana França

Victor Machado Kilze Teodoro Carol Amaral

Danin Júnior Alice Caldas

Marcela Oliveira

Ecilene CamargoHenrique de Paula

Lindomar Alves

Thiago Dahás Vicente Tardim Viviane Danin Sophia Halamoda JV FreireFelipe Cury

Luciano Medeiros Liza ZillerRenan Alves Ivan Erick

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08 . Quem vai salvar a imagem da publicidade?

Cá estamos. Eleita a primeira presidente mu-lher do Brasil, o sexo feminino realmente prova sua força. Agora é torcer pelo bem do país e que a Dilma faça uma boa administração, cumprindo ao menos metade do que prometeu. Em Goiás, a esperança de um governo novamente moderniza-dor, com Marconi.

Enquanto rolam os dados, BLEND dá um pas-seio caliente pelo México e abre seus braços para novos parceiros e colaboradores. Na capa, outra mulher (Pollyanna, bem diferente da presidente) mostra a beleza da sua simetria, clicada por Lu-ciano Medeiros. Victor Machado ensina a fazer camarão no coco e Ivan Erick nos apresenta seu Spring Chic.

Coisas da Malu continua com todo o seu char-me adolescente e Renan Alves estreia sua crônica com um tema denso (e tenso). Twítica faz um balanço das eleições e mostra como fica a cena a partir de agora. E Top Blend tem a melhor cole-tânea de viagens legais na rede. Curta a mistura!

10 . OK, Dilma e Marconi ganharam. E agora?

24 . Lições de autoestima com Lilian Pacce

30 . Que tal apenas curtir vinhos numa boa?

32 . Uau! A gata Pollyanna abre o verbo

42 . A onda agora é o spring chic

12 . Uma viagem de

mochila pelo México

de Diego Rivera

06BLEND

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WEBINSIDER Igor Novelli

A (má) imagem da publicidadeAprendemos a posicionar marcas, vender produtos, contarhistórias. Inventamos estratégias para mudar drasticamentea história de várias empresas e instituições. Menos a nossa.

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09BLEND

Nobre, vulgar, clássico, de alto padrão, popu lar, bonito, feio… Para todas as coisas conheci-das e instituídas neste mundo existe um rótulo. Mui-tos deles criados por nós, publicitários.

Outros nos remetem às mais profundas raízes cul turais do homem. Difícil ver por aí, é apenas um exem plo, gente falando mal de bombeiros. Quem se-ria capaz de denegrir a imagem de bravos homens que apagam incêndios, salvam mulheres em pânico dos prédios em chamas e gatinhos, de árvores? Ninguém. Seja porque não se tem o que falar de ruim deles, seja pelo medo da desaprovação geral que certamente viria, o fato é que quase ninguém olha torto para essa profissão. A impressão das pessoas sobre militares e médicos costuma não fugir muito disso também.

Por outro lado, existem aqueles que, só por exer-cerem certa profissão, já têm sua índole muitas vezes posta em xeque. É o que acontece com políticos, ad-vogados e, veja o absurdo, com publicitários. Por que é um absurdo? Simples: somos profissionais capaci-tados para posicionar marcas na mente das pessoas. Enquanto categoria desempenhamos esse papel com relativíssima competência. Inclusive, caberia uma discussão sobre isso, mas não agora. O fato é que fomos incapazes de fazer por nós mesmos aquilo que prometemos entregar aos nossos clientes.

A publicidade, como marca, como instituição, está muito mal posicionada na mente dos consumidores e isso é péssimo tanto para nós quanto para o mer-cado. Não fosse verdade, a necessidade real e cada vez maior de disfarçar a propaganda não existiria.

Ao que me parece, ninguém do nosso meio se im-porta muito com isso. Os pequenos estão mais preo-cupados em sobreviver e os grandes em cultuar suas conquistas particulares. Mesmo pelas associações não é desenvolvido um trabalho que realça nossas vir-tudes e aquilo que trazemos de bom para a sociedade, mas nós precisamos muito disso. Facilitaria demais a vida de todo mundo. Precisamos reverter a impressão que muita gente tem sobre publicidade.

Não é difícil achar por aí quem nos encare como gente que abusa inescrupulosamente da ingenuidade dos consumidores para forçá-los a comprar mais. Em-bora, de certa forma, seja uma verdade, não é a única no que diz respeito à nossa profissão.

A publicidade contribui enormemente para o de-senvolvimento da economia incentivando o consumo, separando as boas marcas das ruins, criando tendên-cias culturais, sendo didática, muitas vezes para cons cientizar o povo sobre coisas boas e ruins, além de empregar milhares de trabalhadores direta e indi-retamente. Viram?

Não somos tão ruins quanto parecemos.Talvez nos falte a nobreza dos bombeiros, mas de

toda forma não somos maus e isso tudo precisa ser dito, gritado aos sete ventos, divulgado de todas as formas. Médicos, que têm como princípio salvar vidas, não precisam tanto fortalecer essa impressão natural-mente positiva que despertam nas pessoas. Nós, que já nascemos na tênue fronteira da ética, sim.

Talvez, se mudarmos a impressão que as pessoas têm de nós e do serviço que realizamos, não precisare-mos cada vez mais travestir a propaganda para que ela entre em contato com o consumidor sem passar por filtros e mais filtros de preconceitos e desconfian-ças. Acredito que seria muito mais fácil obter uma ati-tude positiva do cliente em relação às marcas, além de muito mais credibilidade em cada peça.

É mais fácil vender quando o cliente não sente que estão tentando lhe passar a perna. Enfim, creio que essa questão sobre o posicionamento institucional da publicidade é pertinente e merece uma discussão mais aprofundada. Entre um job e outro, parem e pensem, publicitários: será que não vale a pena as agências grandes, médias e pequenas se mobilizarem em torno daquilo que é comum a todas elas? Eu estou absolutamente convencido de que sim.

Igor Novelli ([email protected]) é publicitário, redator e diretor de criação da Efficazia Comunicação.

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#Em 2010, Marconi Perillo provou que

é a maior liderança de Goiás, cami-

nhando rápido para se consolidar

como a maior de todos os tempos.

#Se antes da eleição, o tucano já estava em pé de igualdade com Iris Rezende, agora, com mais uma vitória, passa a régua nesse tira-teima. # Hoje, Marconi só é uma figura histórica menor que Pedro Ludovico. Para chegar lá, o tucano precisa fazer um terceiro governo revolucionário.

#Tem cacife para isso: além de visão

de futuro, Marconi já provou que

sabe articular boas equipes adminis-

trativas e valorizar as boas ideias.

# Sua vitória contra Iris foi também con-tra as máquinas poderosas de Lula e de Alcides/Braga. Bateu em todos eles ape-nas com seu prestígio. #Sai da eleição com ampla vantagem

na Assembleia e com o apoio dos três

senadores e de dez deputados fede-

rais. Será bem recebido em Brasília.

#Pessoas próximas ao novo governador dizem que ele está encantado com o modelo de gestão implantado por Aécio Neves em Minas Gerais.

#O segredo mineiro foi separar a política da gestão. Aécio assumiu a parte política, dando a An-tonio Anastasia o comando do choque de gestão.

#Isso no primeiro mandato de Aécio,

conquistado em 2002. Na sequência,

conseguiu se reeleger em 2006 e ago-

ra fazer de Anastasia seu sucessor.

# A pergunta é: Marconi conseguiria seguir esse modelo e se distanciar dos assuntos administrativos para se dedicar exclusivamente à política?

TWÍTICA UMA GERAL NA POLÍTICA EM 140 CARACTERES

#Dez entre dez analistas apostam

que não. Marconi não apenas tem

tino para administrar, como também

tem o que se chama de agonia do

poder.

#Essa “agonia” é sinônimo de respon-sabilidade. Resumindo: o cara não sos-sega se não souber que o governo está andando bem, nos trinques.

# Saber descentralizar é um talento,

mas parte do sucesso de Marconi en-

tre 1999 e 2006 teve a ver com essa

sua atenção direta sobre a gestão.

# Quem participou de alguma audiência com ele naquela época, sabe como eram as coisas: Marconi não protela nem gosta deixar ponto sem nó.

#Diante da informação ou denún-

cia de algum problema, Marconi

ligava imediatamente para o secre-

tário responsável e cobrava rápida

providência.

#Fervilham as apostas sobre o novo se-cre tariado de Marconi. Muita gente apos-ta em novidades e surpresas, mas alguns nomes estão bem fortes.

#O próprio Marconi teria dito que o

coordenador de seu plano de gover-

no, o economista Giuseppe Vecci, é um

nome certo em sua nova equipe.

#Como Vecci, outros estão cotados pela com-petência mostrada na campanha. Um deles é o jornalista José Luiz Bittencourt, cotado para a Agecom. #O deputado Leonardo Vilela (PSDB)

também deve ter participação ex-

pressiva no governo. Politicamente, é

hoje o braço direito de Marconi.

@leonardo_vilela: Com

capacidade e credibilidade,

deputado está com prestígio

em alta

@marconiperillo: Tucano

tem a faca e o queijo na

mão para fazer uma

grande administração

Walter Alves

Fernando Brandão

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#Leonardo é um político diferenciado que cerca o novo governador: tem com-petência, credibilidade e é uma aposta de futuro no ninho tucano.

# Pelo prestígio e pelo tamanho que obteve na eleição, o senador Demóstenes Torres (DEM) é fortíssimo pré-candidato à Prefeitura de Goiânia.

#Se conseguir, como parece se anunci-

ar, apoio total de Marconi, Demóstenes

pode abalar as estruturas montadas

por PT e PMDB na capital.

#Vale lembrar: enquanto governador, Marconi nunca elegeu um prefeito em Goiânia. O projeto passou a ser questão de honra do grupo tucano.

# Uma dos melhores tweets da reta final da eleição tratou da relação de confiança entre os políticos, partindo do caso que aconteceu em Goiás.

# Disseram: o governador Alcides Ro-

drigues avisa aos eleitores goianos

que o presidente Lula da Silva pode

con! ar 100% na Dilma. Rsrsrsrs...

# Por falar na nova presidente, já está a mil a disputa pelo espaço goiano no primeiro escalão federal. Iris eVanderlan estão no páreo.

# Se Iris não conseguir essa brecha

ministerial, � nalmente estará

aberta a tão esperada temporada

de renovação nas hostes

peemedebistas.

# O espaço reservado a Goiás no ministério

da presi-dente-companheira tende a ser ap-

enas o primeiro round na esperada confusão

entre PT e PMDB.

# Tanto em Brasília quanto na Prefei-

tura de Goiânia, os petistas lambem

os beiços à espera dos espaços que

serão abertos a partir de janeiro.

# O prefeito Paulo Garcia avisou, o tempo inteiro, que seu compromisso com o PMDB tinha prazo de validade: somente até a eleição deste ano.

#A derrota de Iris selou o destino de

seus correligionários na prefeitura.

A partir de agora, o PT vai pegar os

melhores espaços.

# A sangria no PMDB faz sentido, pois o PT tentará, de todo jeito, reeleger Paulo Garcia. Com Iris no governo, a coisa seria bem diferente.

# Fora do poder estadual, o PMDB também lutará para fazer um novo prefeito de Goiânia. Até Dona Iris estaria de olho na vaga de Paulo Garcia.

# Para alguns peemedebistas empederni-dos, não fosse o impedimento jurídico da reeleição, o próprio Iris deveria ser o can-didato em 2012.

# Eles avaliam que o importante é

garantir a retomada da prefeitura, im-

portante front de sobrevivência.

# Para entender a importância deGoiânia para o PMDB basta checar que a maioria de seus novos parlamentares só tem bases na capital.

# É claro que se o partido de Iris começar a deto-nar a reeleição de Paulo Garcia, o troco via Bra-sília virá a galope.

# A escolha de Kennedy Trindade para a vaga de Naphtali Alves no TCE mostra o quanto Marconi pensa no futuro.

@PauloGarciaPT: O

prefeito deve cortar

espaços do PMDB para

bancar o projeto do PT

@demostenes_go: Senador

pode ser aposta do

grupo de Marconi para

eleição de Goiânia

Abr

Walter Alves

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TRIP Juliana França

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“Vou para o

México!” O relato e todos os macetes de uma mochileira na terra de Emiliano Zapata: história, mar, quesadillas e cerveja, sem contar o inesquecível relax xamânico da tradição maia

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BLEND

Foi assim, de uma hora pra outra quan-do decidi ir para o México nas férias. A dúvida rondava a minha cabeça há um bom tempo, eu queria algo diferente, totalmente novo, um lu-gar que me contasse histórias, me apresentasse pessoas simpáticas e me oferecesse comidas de-liciosas e tudo isso a preços convidativos. Não poderia ter feito melhor escolha. “Vou para o Mé-xico!” E assim, me aproveitando do meu surto ansioso, comprei a passagem e um guia do país. Era tudo o que tinha para me ajudar a planejar um dos melhores 20 dias que já vivi.

Os dias iam passando e eu, simplesmente afogada com o trabalho e demais afazeres, não tinha tempo de me programar direito. Confesso que isso me gerou uma certa aflição, pois sou a típica pessoa que planeja até mesmo os tropeços na calçada, mas creio que essa falta de tempo e a vontade de viver o acaso, me renderam uma viagem incrível. Eu só sabia de uma coisa quan-do decidi ir para lá: nada de Cancun. Folhean-do o guia, escolhi algumas cidades que gostaria de conhecer, todas ao sul, percorrendo o roteiro maia do país. Mérida, Chichen Itzá, Tulum, Pa-lenque, San Cristobal de Las Casas e Oaxaca. Deixei para decidir definitivamente quando che-gasse na Cidade do México e encontrasse meus amigos mexicanos, que me receberiam ali.

Os preparativos foram simples, com a lista de cidades na mão, o telefone dos amigos também, horas antes do embarque preparei a minha mala. E eis o segredo de uma viagem agradável: menos é mais. Minha mini-mala tinha apenas 7 kg de peso, era quase uma bagagem de mão. Umas 5 blusas, 3 shorts, uma calça jeans, uma jaqueta, vários pares de meia, filtro solar, uma Havaianas e um único par de tênis. Aprendi esse segredo vi-vendo na Europa e fazendo mochilão por lá. Mui-tas horas de ônibus me esperavam, assim como várias noites em albergues diferentes. O conforto e a praticidade falaram mais alto e ainda bem que eu escutei isso a tempo!

Como vivo em São Paulo, posso dizer que já estou um pouco acostumada ao caos, poluição, trânsito e todos os problemas que uma cidade grande tem a oferecer. A Cidade do México não é muito diferente. “Não pegue taxi na rua!” Foi o que mais escutei de todos e digo, respeitem

Acima, El Caballito

em Paseo de La

Reforma e o

mercado da

Cidade do México.

Ao lado, bar em

Oaxaca, a cidade

mágica

Foto

s: J

ulia

na F

ranç

a

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BLEND

essa recomendação. Ao chegar no aeroporto da Cidade do México, há algumas empresas que oferecem o serviço de transfer, como os Remis na Argentina ou o serviço do Guarucop no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As corridas são um pouco mais caras, porém mais confiá-veis. O metrô também é perto do aeroporto, mas é recomendável a sua utilização em caso de muita coragem, o que não era a minha situação. Paguei a corrida (sim, temos que pagar antes, de acordo com o bairro que você vai), entrei no carro e fui recebida por um motorista de taxi tão simpático, que pensei que algo de errado havia ali. A simpatia dos me-xicanos deveria ser um capítulo à parte, pois nunca vi povo tão receptivo e animado como eles.

Os melhores bairros para turista na Cidade do México são a Colônia Roma e Condessa. São bairros próximos ao centro histórico e do Paseo de La Reforma, a avenida mais bonita da cidade. São bairros com loji-nhas especiais, com pequenas praças entre as ruas, vários restaurantes deliciosos, bares e pubs, com uma vida noturna muito ativa.

O Paseo de La Reforma, a avenida mais charmosa da capital mexi-cana, foi inaugurada na década de 1860 pelo imperador Maximiliano, ligando o centro da cidade ao Castillo de Chapultepec, sua então resi-dência. Vale uma visita ao Bosque de Chapultepec e ao Castillo, que hoje

Em Coyoacán, dê uma passada no Museu Frida Kahlo, a casa onde a artista viveu com Diego Rivera

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abriga o Museu Nacional de História. Ali ao lado também fica o Museu Nacional de Antropologia e é altamente recomendável fazer uma visita com calma para conseguir assimilar todo o conhecimento que esse mu-seu oferece. Do outro lado do Paseo, está o centro histórico, com suas ruazinhas mágicas onde, longe da zona turística, você poderá encontrar restaurantes tipicamente mexicanos com tacos a preços superconvida-tivos e deliciosos. Abuse da pimenta e calce aquele tênis confortável, porque ali vale a pena andar muito. Na Alameda Central, uma feirinha diária, com todos os produtos que você imaginar, cercará o lindo Palácio de Bellas Artes, onde você deve entrar e admirar os belos painéis gigan-tescos de Diego Rivera e Rufino Tamayo. Continue caminhando por ali e vá ao Zócalo, visite a Catedral, o Templo Mayor e o Palácio Nacional. Sente em um bar e peça uma porção de churros com chocolate e apro-veite a vista daqueles prédios antigos maravilhosos, a movimentação e a alegria do povo mexicano, que é sem igual.

Também altamente recomendável é um passeio pelos bairros de San Angel e Coyoacán. As ruas desses bairros, que são vizinhos, são perfei-tas para um passeio tranquilo a pé. Lindas praças e igrejas, muita cor e alguns museus famosos também podem ser encontrados lá, como o Museu Frida Kahlo, a casa onde ela e Diego Rivera viveram. Aproveite uma tardezinha ali, tomando um café no jardim.

Eu estive uns seis dias na Cidade do México, tempo curto, mas conse-

Calce um tênis

confortável para

explorar o centro da

capital mexicana e

aprecie o visual da

Catedral ao lado de

uma bela porção de

churros com

chocolate. Abaixo a

belíssima catedral de

San Cristobal

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BLEND

TRIP

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gui ver e aproveitar cada lugar. Só que a viagem precisava continuar, então peguei um voo e fui para a cidade de Mérida, ao sul. A cidade não é tão pequena quanto eu imaginava, mas é convidativa, com seu centro histórico charmoso. Nota-se muito a influência espanhola ali, mas o toque mexicano é visto nas cores dos edifícios. Mérida foi a minha porta de entrada para o mochilão. Ali, em todos os hotéis e albergues, você encontrará pacotes de viagens para Chichen Itzá, Uxmal e locais próximos. Foi no próprio albergue que contratei um pacote para Chichen Itzá, um dia inteiro, saindo cedinho e voltando à noite. Essas são as melhores opções, pois dispõem de guias turísticos, que ajudam a contar a história dos locais. As opções de guias em português praticamente não existem, mas é fácil encontrar guias em inglês, alem do espanhol, claro. O passeio a Chichen Itzá é cansativo, assim como a todos os sítios arqueológicos mexicanos. Como fui em março, o calor não estava tão intenso, mas mesmo assim prepare um boné, tênis confortável e bastante filtro solar. Também é recomendável levar água ou lanche, pois ali não há lugares para comprar alimentos, a não ser na entrada. Os ven-dedores ambulantes incomodam e estão por todas as partes por lá. Nunca aceite o primeiro preço oferecido, peça sempre menos. Eu, que não sou lá uma boa negociadora, consegui descontos de 40 e até 60% e o artesanato é lindo e vale a pena. Nunca deixe para comprar em outro lugar. Se você viu e gostou, leve, pois as peças mudam a cada cidade e provavelmente o que você encontrar em uma, não encontrará em outra. Fique esperto!

Comprar passagens de ônibus no México é muito fácil. As opções de ho-

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BLEND

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rários são imensas e basta ir até a uma rodoviária e escolher o tipo de ônibus que quer viajar. Tem dos mais simples, aos mais luxuosos, com serviço de bordo e tudo! Claro que como uma boa mochileira, eu não me dei tantas mordomias e o mais interes-sante foi justamente isso, viajar nos ônibus mais baratos, junto com o povo mexicano mesmo. Ali, ia escutando histórias, conhecendo gente e também sofrendo com o barulho das crianças, o que não deixa de ser normal em situações assim. A própria empresa vende travesseiros e mantas para viagem, que custam uma pechincha e valem a pena. Como eu viajava muito à noite e por distâncias longas, acabei comprando uma manta, que andava comi-go, amarrada na minha mochila. Essa foi a minha grande e única companheira de viagem.

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BLEND

Depois de Mérida e Chichen Itzá, dei uma para-da em uma fazenda em Valladolid, na Península de Yucatán, terra dos Cenotes sagrados. Os Cenotes são buracos imensos no meio da terra de onde brota água. Até hoje não sei explicar bem o que é aquilo, parece algo de outro planeta e lá você poderá ver inúmeros deles. Na fazenda encontrei um xamã maia, um dos poucos que ainda mantém a tradição familiar dos seus antepassados e busca a cura por meios alternativos. Ali, fiz uma iniciação espiritual que tem como obje-tivo curar as feridas internas e equilibrar as energias, cuidando o interior para sarar o exterior. Não é algo tão voltado para os turistas, fiquei sabendo por um amigo mexicano que já havia feito e me recomendou. Como sou muito ligada a essas coisas, acabei indo sem pudores e vivi uma das experiências mais fantás-

TRIP

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ticas da minha vida, naquela meia hora de massagem. Essa massagem é feita com óleos naturais e espinhos de cactus da península, que confesso, machucam um bocado, mas a dor não é ruim, é uma espécie de do -in maia, capaz de mudar o seu humor e causar re-flexões e lembranças que num estado normal, você não conseguiria ter. Saí dali em estado flutuante. Não conseguia sentir meus pés pisando o chão, as reco-mendações eram: nada de carne, cigarro e bebidas alcoólicas por três dias. Eu não conseguia falar. E por isso não conheci Valladolid. Peguei o primeiro ônibus que me levaria a Tulum.

A cidade de Tulum em si não tem muito a oferecer, a não ser as ruínas e o mar do Caribe. Como fiquei pouco tempo lá e estava em estado meditativo, acabei aproveitando mesmo somente esses dois. O mar é de

um azul estúpido de lindo, as ruínas são fantásticas e novamente é recomendável contratar um guia para o passeio. Não compre o serviço oferecido logo na en-trada do sitio arqueológico. Ele custa muito mais caro e não vale a pena. Na bilheteria, você pode encon-trar guias cadastrados que fazem o mesmo percurso a preços mais amigáveis. Como saía mais caro pagar um guia individual, saí perguntando para as pessoas na fila se queriam dividir um guia e fechei um pacote que me custou menos da metade do preço. A vista é maravilhosa. Os turistas americanos são insuportáveis e numerosos, assim como em Chichen Itzá, então é recomendável paciência. Como esses picos estão per-to de Cancun, é comum ver muitos europeus e ameri-canos nessas áreas. Por isso, negocie sempre com os locais, eles tendem a cobrar muito mais caro em tudo

Reserve energia para

uma visita ao sítio

arqueológico de Chichen

Itza (esquerda) e à

cidadezinha típica de

San Cristobal de Las

Casas (acima)

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20 BLEND

por isso. Após sair das ruínas, fui pra praia ao lado, sentei num bar na areia e fiquei observando o mar en-quanto tomava “agua de Jamaica”, uma bebida que você só encontra no México e comia tacos, enchilla-das e quesadillas.

Próxima parada: Palenque. Ainda em estado gro-gue, após passar um dia mágico em Tulum, peguei o último ônibus da noite e fui para o Estado de Chiapas, o mais fantástico de todos. Cores, revolução, vegeta-ção verde, selva e ruínas. Palenque me recebeu de braços abertos, num albergue no meio da selva, onde os mosquitos não davam sossego e os passarinhos cantavam sem parar. Cheguei no início da manhã. A cidade, como Tulum, não tinha nada de interes-sante, deixei as malas e fui para as ruínas. Como de costume, o pacote desse passeio, você também pode encontrar nos hotéis, mas, na pressa, acabei contra-tando um sem guia e tive que me virar. Na entrada do sitio arqueológico há várias ofertas de guias, oficiais e não oficiais e a diferença é notada no preço. Con-

tratei um estudante de história, não oficial, que após muito negociar fez um preço amigo. Eis a vantagem de ser brasileira nesses momentos, é um ponto que conta a nosso favor! Em Palenque você pode subir nas pirâmides e a vista é algo magnífico. Vale a pena uma manhã inteira perdida por entre caminhos e es-cadarias, mas tive que sair correndo para conhecer o interior do estado: Água Azul, um complexo natural com mais de 500 cachoeiras, com alturas que variam de 3m a 30m, além de piscinas naturais com água azul cristalina nas rochas. Leve sua roupa de banho e aproveite a tarde! Também conta com restaurantes típicos e indiozinhos que ficam tentando te vender de comida a artesanato a todo custo. No meio do cami-nho passamos pela cachoeira de Misol-Ha, que fica em plena floresta tropical, e não pude deixar de me lembrar de Pirenópolis.

A viagem seguiu seu percurso e fui parar em San Cristobal de las Casas. Essa sim, uma cidadezinha tipicamente mexicana, colorida e viva, com influência

Em Paseo de La Reforma, na Cidade do México, vá com calma para assimilar o acervo do Museu Nacional de Antropologia

TRIP

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espanhola notável. No meio do caminho fui presenteada com uma barricada zapatista, um protesto pedindo água encanada ao go-verno, em um pequeno povoado na estrada. Ficamos umas duas horas parados ali, até que liberaram um trecho da rodovia. O ca-minho é lindo, montanhas e muito verde. A cidade é pequena e charmosa, com restau-rantes e bares espalhados pelo centro, onde você pode tomar sua michelada (cerveja com limão e sal) tranquilamente enquanto obser-va o movimento. Ao lado está o povoado de San Juan Chamula, onde a grande atração é uma feira em frente à Catedral, que também merece ser visitada. E há também o Cañón Del Sumidero, um cânion cheio de história, onde reza a lenda, que centenas de índios preferiram se jogar no precipício a se subme-ter às forças invasoras espanholas. O passeio é feito de barco e pode ser contratado em qualquer hotel da cidade.

San Cristobal de las Casas foi sem dúvi-da o lugar mais gostosinho do passeio. Tanto que acabei ficando um dia a mais e adiando a minha ida a Oaxaca, a cidade mágica dos tapetes e alebrijes (bonecos de madeira lin-damente pintados a mão). Um pouco maior que San Cristobal, tente ficar em algum ho-tel perto do centro histórico. A praça central

Nossa intrépida repórter, Juliana

França, curte a praia de Tulum de-

pois de uma iniciação espiritual pra

lá de relaxante com um xamã maia

é movimentadíssima e vale um almoço num dos restaurantes para observar a movimenta-ção e a alegria do local. Sorveterias com sor-vetes de frutas típicas estão por toda a praça e há menus-degustação de comidas típicas oaxaqueñas, que valem a pena. Ali é a ter-ra dos Chapulines (grilinhos fritos) e tamales (uma espécie de pamonha mexicana), além dos Moles, que são molhos que acompanham carne ou quesadillas, e o mais tradicional é feito com chocolate e especiarias. Um sabor diferente, vale a pena provar. Ao lado de Oa-xaca está o Monte Albán, um sitio arqueoló-gico no meio do deserto. Não se esqueça do seu chapéu, filtro solar e água, muita água.

A melhor maneira de voar sem escalas para o México é pela Aero México. Dentro do país, companhias aéreas como a Mexicana, são seguras e com preços bons. Para percur-sos de ônibus, em qualquer rodoviária você encontrará inúmeras opções de linhas e horá-rios. O melhor site para reserva de albergues e pequenas pousadas é o hostelworld.com, onde você encontrará várias opções ranque-adas pelos usuários em termos de localiza-ção, higiene, segurança etc. Sempre uso em viagens e assino em baixo. Leve uma mala pequena, um tênis confortável, filtro solar e muita animação.

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Badaladíssima noite de lança-mento da Coleção Primavera/Verão SAAD, no Shopping Bougainvillle. Camargo Lins, Ana Paula Panarello e Tatiana Teixeira receberam os con-vidados com muita elegância. A noite teve pick-ups, lindas modelos, os gêmeos Flávio e Gustavo, champanhe e doces especiais. Mas a atenção es-tava mesmo voltada para as bolsas, sandálias, roupas e acessórios. Os temas da nova coleção SAAD se misturam com o balanço dos Bea-tles, passando pela década de 1970 e selva da África. Com grafismos e co-lagens, tecidos artesanais e tecnológi-cos, tweeds, rendas e acabamentos perfeitos, as bolsas estão de arrasar.

ALL YOU NEED IS LOVE

Camargo Lins, Ana Paula Panarello e o gêmeo Flávio

Alessandra Câmara, Zelma Marley e Mena Marangoni

Gustavo, Sônia, Camargo, Flávio e Regina

BLEND FASHION

22BLEND

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Lena Graciele, Lúcia Gusmão e Silvana Bueno

Márcia Simonsen, Eduardo Jacinto, Fernando Samauma e Andrea Mota

Kádyan Castro

Alessandra Pedroso e Mona Lee

Tatiana e Lúcia Vasconcelos

Sônia Pinheiro, Regina Luscena e Ana Paula Panarello

Dayane Oliveira e Linda Marques

Tatiana Teixeira, Lusdalva e Mariana Moraes

Mona, Regina e Paula Cunha

Mariana Hipólito e Renato Lemos

Selma Fleury e Érica Costa

Andressa e Rosa Ribeiro e Treicy Marinho

Mayani Frota, Rosa Lisita e Joimar Lemos

Janes José da Silva e Ivana Honorato

Andrea Pavan, Maria Lécia e Bárbara Pavan

Foto

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arol

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aral

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“Conheça-se primeiro, adorne-se depois”. Com essa máxima a apresentadora do canal GNT, Lílian Pacce, deu o recado principal de sua palestra “O Poder da Imagem”. O evento aconteceu em um agradável fim de tarde de Goiânia, com patrocínio da Terral Incorpo-radora. Dando toques preciosos, arrancou risadas e im-primiu um clima descontraído e de cumplicidade com o público formado por 99,99% de mulheres.

Entre as dicas, muito já se sabe: praticar esporte, cuidar da pele, fazer faxina no armário, ter um bom cabeleireiro, ser ecochique, adotar o estilo hi-low e apos tar na ilusão de ótica. Isso mesmo, para a maio-ria das mortais que tem, sim, imperfeições genéticas, nada mais aconselhável do que truques que favoreçam a silhueta. É o que ela chama da “lei do disfarce”. Sim, isso é moda.

Mas Lílian é enfática. Acima de qualquer artifício de beleza – sapatos e vestidos da última coleção e de marcas famosas –, o mais importante, segundo a con-sultora de moda, é ter luz própria e estar conectada consigo mesma.

A leido disfarce

LOOK BLEND

A consultora de moda Lilian Pacce ministra palestra em

Goiânia: o maior segredo é ter luz própria

Miriam Moreira, Alessandra Gusmão e Lilian Pacce

Cali Galera, Malu Rios, Kelma Gouveia e Danielle Chein

Emelin, Luciana Alves, Laila El Zein e Teodora Estephan

Patrícia Souto, Thiago Onofre e Priscila Souto

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Foto

s: C

arol

Am

aral

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Ana Maria Valadares, Simone Vilela e Daniele D’Angelis

Kariny, Dulce e Gabriela Moreira

Raquel Rocha, Valéria Barreto, Daniela Montrezol e Raquel Pires

Mariana Lima

Rosane Carvalho e Ana Maria da CunhaOs irmãos Guaretan e Carmen Gonçalves

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BLEND

Fernanda Medina

Page 26: Revista Blend n° 2

BOA AÇÃO CI CAMARGO

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Um projeto de superação“Transformar a dor em amor”. Assim nasceu o Instituto Ana Carol, que leva o nome de

Ana Carolina, � lha de Celma Grace de Oliveira, presidente da entidade. Ana Carolina mor-

reu aos 10 anos, vítima de leucemia, e depois disso, Celma criou o projeto de superação,

que hoje ajuda na geração de renda de muita gente. Um destaque do instituto é a coopera-

tiva de bordadeiras Bordana, fundada em 2009. Foi inspirada no sonho da � lha, que queria

virar estilista e adorava artesanato. Hoje, 38 bordadeiras e um artesão produzem diversas

peças inspiradas nos frutos e � ores do Cerrado.

Em novembro, a Bordana participa de sua primeira exposição fora do Estado. Foi a única

organização de Goiás convidada para o evento “ONG Brasil”. São mais de 500 expositores

de todo o país, reunidos em São Paulo, no ExpoCenter. Trata-se de um grande passo e mo-

tivo de orgulho para Celma. “Estamos felizes pelo reconhecimento. É uma grande oportuni-

dade para nos tornarmos mais conhecidos e aumentar a nossa comercialização”, diz. Para

ela, a projeção da Bordana traz também resultado sentimental. É uma forma de retribuir o

apoio que a comunidade deu a ela e à � lha no período mais difícil da doença.

Baseada na economia solidária, com as vendas e a capacitação, a instituição promove a

inclusão social e econômica de suas bordadeiras e artesãos, todos moradores do Conjunto

Caiçara, em parceira com o Centro Popular da Mulher de Goiás e a associação do bairro.

Pano de prato, almofada, marcador de página, puxa-saco, capas de óculos, de notebook.

Todos ótimos presentes para o Natal que se aproxima, para o amigo secreto, aniversari-

antes e para você mesma. Além de adquirir peças confeccionadas com amor, é um auxílio

na construção de oportunidades e emancipação de mulheres e homens que merecem.

Cooperativa de Bordadeiras Bordana, mãos que se unem em linhas que

se cruzam. Rua Cabo Verde, n° 5, Conjunto Caiçara, em Goiânia.

Telefone: (62) 3565 1323. O e-mail: [email protected].

Con� ra também o blog: coopbordana.blogspot.com

Fotos: Divulgação

Page 27: Revista Blend n° 2

COISAS DA MALU

Reis da galeraSe não conhece a banda Kings of

Leon, você pode se matar... hahaha...

Brincadeira! Procure ouvir esses

caras. Eles são lindos e sexy. Vocês

vão amar o estilo rock deles. O gru-

po foi formado em 2000, em Nash-

ville. Todos são da mesma família

Followill – os irmãos Caleb (guitarra

e vocal), Jared (baixo) e Nathan (ba-

teria), além do primo deles, Matthew

(guitarra). O primeiro EP, “Holy Roller

Novocaine”, foi lançado em 2002.

Foram destaque na imprensa inglesa

e, aí, foi só sucesso. Fizeram um dos

melhores shows do festival SWU.

MALU CAMARGO

Os loirinhosJá repararam que o Justin Bieber virou modinha?

Todo mundo quer imitar o estilo dele, principal-

mente o cabelo. Hahaha... podre isso! Agora, o

mais novo garoto de sucesso entre as meninas

é o Cody Simpson. Trata-se de um loirinho, fã

de Justin, só que mais novinho e com a voz mais

desa# nada. Os dois são lindos e se parecem ir-

mãos. Estão na parada de sucessos dos EUA. E

aí, qual vocês preferem? Depois corram para a

internet e ouçam “Somebody to Love”, do Justin,

e “Iyiyi”, do Cody.

Que legal!A Casa do Ze-

zinho tá que ganha prêmio. Na edição

passada da BLEND teve uma matéria especial sobre

essa ONG de São Paulo, que atende mais de mil cri-

anças. Lá, meninas e meninos carentes têm aulas de

música, gastronomia, informática, apoio escolar e ou-

tras atividades. Eles já formaram até a Orquestra do

Zezinho! Entre os prêmios estão: Planeta Casa 2010

com um arquiteto famoso, o Marcelo Rosembaum; prê-

mio Milton Santos e também um comercial sobre a ONG

feito pela AlmapBBDO, já ganhou Prata em Cannes e no

Festival de Londres e dois Ouro no El Ojo.

Entre no site www.casadozezinho.org.br

Política podreVamos falar um pouco de politica podre do nosso Bra-

sil? Achei um absurdo a eleição da Dilma. Respeito o

voto dos outros e tal, mas pergunto: as pessoas não per-

ceberam que ela é fantoche do Lula? Eu tenho cabeça

(pelo menos eu acho), por isso, votei no Serra e no Mar-

coni. Sim, vamos combinar, né? O Marconi é bem melhor

que o Iris. Essa é a minha opinião e peço desculpas a

quem pensa diferente. Tenho 16 anos e votei por conta

própria porque acho que o meu voto faz a diferença.

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BLEND

Fotos: Divulgação

Page 28: Revista Blend n° 2

PAUSA

O FIM DA ERA POTTERAcabou. Dez anos depois, chega ao fim a saga cinematográfica do bruxinho do bem. E agora? Como nós iremos sobreviver?

JV Freire

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FICA A DICA

2011 será um marco para quem acompanha Harry Potter, seja nos livros ou nos filmes. É o ano no qual as aventuras do bruxo mais famoso do mun-do chegarão ao fim. “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, adaptação da obra de J.K. Rowling, foi dividi-do em duas partes para ser mais fiel ao livro e, assim, brindar os fãs da série com o filme mais próximo pos-sível da história original. A primeira parte tem estreia marcada para novembro de 2010 e a segunda chega aos cinemas em julho do próximo ano.

O longa vai mostrar a última etapa da jornada de Harry, Rony e Hermione em busca das Horcruxes, itens mágicos que contém pedaços da alma de Lord Voldermort. Somente após a destruição de todas as Horcruxes que o vilão poderá ser derrotado. Mas para isso acontecer, muitos eventos e tragédias irão marcar a vida de todos os personagens da história.

Emocionante do início ao fim, “As Relíquias da Morte” traz o amadurecimento do trio de protagonis-tas que, após a morte de Alvo Dumbledore no filme anterior, se vêem sozinhos diante da difícil missão deixada por ele. O filme ainda traz personagens no-vos como Xenófilo Lovegood e se despede de alguns, mas não direi quais são para não estragar a surpresa daqueles que ainda não leram o último livro. Mas já adianto que a sétima aventura do rapaz possui even-tos sensacionais, como casamentos, invasão ao Minis-tério da Magia, assaltos a bancos e a incrível Batalha de Hogwarts.

Harry Potter marcou a geração dos anos 2000. Foi um dos maiores sucessos editoriais da história e mudou para sempre a vida da pacata inglesa Joanne Kathleen, que outrora passou por dificuldades ex-tremas, como dívidas e maus tratos na infância. Dessa infância difícil, foram surgindo os primeiros indícios e ideias do fantástico mundo dos bruxos. Hoje, é uma das mulheres mais ricas do mundo.

O que torna Harry Potter tão interessante é a magia

muito bem embasada em mitos que estão presentes em nosso imaginário. Harry, garoto órfão que sofre nas mãos dos tios, aceita o convite à aventura do herói quando se descobre bruxo. E a cada aventura, seja ela fantástica ou não (como seus tropeços amorosos com Cho Chang e Gina Weasley), nos identificamos com o carisma do rapaz. Nas telas, o destaque fica por conta de Emma Watson, a Hermione Granger. Do trio de protagonistas, de longe é a que mais emociona e a que mais desenvolveu seu poder de atuação. Impos-sível não se emocionar com ela já nos trailers do novo filme, onde aparece com as mãos ensanguentadas.

Se o mundo dos bruxos veio para ficar, só J.K. Row-ling poderá responder. O fato é que Harry fará, sim, muita falta. Seja nos cinemas ou nos livros (como já faz falta há alguns anos). Encontrar um substituto, me soa mesquinho e pobre. Afinal, para alcançar a grandeza desse universo, as franquias e séries de ficção que dispomos atualmente terão de encontrar um feitiço que as melhore bastante. Porque, por en-quanto, nada se compara ao jovem bruxo.

#Na TV: “True Blood” é o maior sucesso da HBO desde “The Sopranos”. A série é criativa, chocante

para alguns e deliciosa para outros. Um thriller de vam-piros que os redime frente à triste onda de “Crepús-culo” a qual somos obrigados a suportar.

#Na livraria: O livro é de 2007, mas é tão bom que não poderia deixar de indicá-lo. “A Sombra do

Vento”, de Carlos Ruiz Zafón, é um suspense incrível que se passa em Barcelona nos anos 20. Desafio você a pegar esse livro e conseguir parar de ler antes do final (surpreendente, por sinal).

#No cinema: “A Rede Social” é um dos filmes mais esperados do ano. Já é um sucesso nos Estados

Unidos e chega às salas brasileiras no dia 3/12. O filme conta a história da fundação do Facebook e traz um elenco jovem, porém muito talentoso. Não perca!

#Nos games: Donkey Kong está de volta! Os fãs da série podem comemorar. A Nintendo prometeu o

novo game Donkey Kong Country Returns para novem-bro de 2010, que deve chegar às lojas até o Natal deste ano. Imperdível.

#Na internet: O blog “Box de Séries” é um dos maiores portais sobre seriados do Brasil. Traz

notícias, análises, colunas e podcasts sobre as séri-es mais famosas da atualidade, às vezes com um toque ácido, mas sempre com muito bom humor. Acessem: www.boxdeseries.com.br

Fotos: Divulgação

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Danin Júnior

Vinho sem frescura

Conheça uma galera que passou a curtir e estudar a bebida só pelo prazer da degustação,sem perder tempo com o emaranhado de informações que costuma cercar a vinicultura

Enoleigos

Degustações mais sérias de vinho sempre foram sinônimo de per-nósticas viagens ao ego dos que entendem (ou apenas se julgam mais enten-didos) que a maioria dos mortais apreciadores da bebida de Baco. Afinal, é impressionante a gama de conhecimentos que um verdadeiro sommelier deve adquirir antes de dar palpite sobre o paladar alheio. Se já não bastasse saber que cada espécie de uva produz um vinho distinto, levando-se em conta dife-rentes tipos de solo e clima, ainda é preciso dominar a variedade da comida que vai à mesa para sacar as famosas harmonizações.

Enfadonho para você? Não se preocupe. Se o seu negócio é tomar um bom vinho, apenas pelo prazer, sem muita aporrinhação teórica, saiba que você já tem a sua turma. E ela é organizada, especialmente na internet. Um dos points para quem tem esse perfil mais despojado é o blog “Enoleigos”, criado há um ano pelo carioca (e paulistano por adoção) Gustavo Kaufman, um especialista em tecnologia da informação. Fã de vinhos e sem paciência para longas e tediosas explanações sobre a bebida, ele e seus confrades defendem uma ex-periência bem mais direta de apreciação e compartilhamento das informações.

Não que Kaufman seja um desses bárbaros, que bebem qualquer fermen-tado de uva que aparece nas prateleiras dos supermercados. Ele conta que sua curiosidade pelos vinhos surgiu há alguns anos e já o levou a viagens, sem maiores pretensões teóricas, às cidades sul-americanas que mais se identifi-cam com a vinicultura – Santiago e Buenos Aires. Nessa jornada pessoal em busca de prazeres, ele deu de cara com o Enoblogs, um portal de internet que, desde o final de 2008, reúne quase 200 blogs sobre vinhos do Brasil. Foi desse contato com blogueiros mais experientes que ele teve a ideia de um blog menos formal e mais voltado ao simples prazer.

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Dos Enoblogs veio também a ideia de como colocar a confraria para fun-cionar. Passaram a eleger um confrade, que mensalmente tem a missão de escolher um vinho para que cada confrade faça sua degustação em casa. A escolha do rótulo leva em conta alguns princípios. O mais importante: que seja de fácil acesso aos blogueiros de todo o Brasil – caso o exemplar do vinho não seja encontrado, o confrade pode substituir por outro com carac-terísticas semelhantes. No final do mês, o blog recebe as impressões de cada participante: alguns detalhes do evento, com que comida harmonizou e o que achou da bebida.

Um exemplo dessas degustações aconteceu durante a Copa do Mundo da África do Sul. Os confrades escolheram vinhos do país anfitrião para movi-mentar suas noitadas de apreciação. As vinícolas sul-africanas são famosas e renderam bons comentários dos confrades. As impressões dos enoleigos são preciosas para quem começa a se encantar vom os vinhos. Além de optar por rótulos mais disseminados no mercado brasileiro, eles fazem questão de es-colher tipos com boa relação custo-benefício. Ou seja, o famoso bom e barato, que cabe em qualquer bolso e que serve como porta de entrada para o com-plexo mundo da vinicultura.

Visite o site de Gustavo Kaufman: enoleigos.com.br

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BLEND

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Beleza com

conteúdoA modelo goiana, eleita a mulher mais bonita do Brasilpor um site da Globo, conta por que deu prioridade ao seucurso superior em vez de tentar uma carreira internacional

PROFILE

Pollyanna Stemutt, 23 anos, repre-sentante goiana no Miss Mundo Brasil 2010, não levou o primeiro lugar no concurso, mas ganhou no site “EGO”, da Globo, como o rosto mais perfeito entre as 37 concorrentes. Apreciem. Não há como contestar. A simetria perfeita, os lábios carnudos e os olhos verdes impressionaram fotógrafos e público.

A vida de modelo começou aos 14 anos, mesmo com vários convites anteriores desde bem pequena, mas a mãe não permitia. A me-nina também não se interessava muito.

Teve convites pra trabalhar na Áustria, China, Japão, mas não quis deixar a família. Garota pacata, formada em Publicidade e com curso de teatro no currículo, Pollyanna não tem a carreira de modelo como prioridade. “Aconteceu mais pelas oportunidades que surgiram. Eu não corri atrás. Acho que acabo dando sorte”, declara com modéstia. Aqui ca-beria aquele ditado já bem conhecido “Deus não dá asas a cobra”.

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Fred Siqueira

Page 34: Revista Blend n° 2

PROFILE

No entanto, ela é feliz assim. Em busca de novos conhecimentos, hoje, Pollyanna trabalha como as-sistente de direção de uma produtora de Goiânia. “Quero aprender muitas coisas. Ficar do outro lado da câmara sempre foi uma curiosidade pra mim”. E para a sorte dos goianos, não vai deixar de em-prestar seu rosto às campanhas publicitárias. Como já fez para diversas marcas. Acabou de assinar um contrato com uma agência do México e também vai ilustrar revistas por lá. Confira na entrevista um pouco mais sobre Pollyanna.

Como você começou sua carreira de modelo?Desde criança fui convidada para participar de con-cursos de beleza, desfiles e comerciais. Morávamos no interior de Goiás e era um tanto complicado para meus pais me trazerem para cá. Por insistência da minha mãe e de uma prima, aos 11 anos, comecei fazer um curso em uma agência de Goiânia.

Você sempre teve atividades paralelas? Escola, ou-tros trabalhos?O mundo da moda nunca me chamou muita aten-ção, como a maioria das adolescentes de hoje em dia. Costumo dizer que as oportunidades surgiram por acaso na minha vida. Tudo aconteceu muito na-turalmente: o curso na agência e os trabalhos que vieram no decorrer da minha carreira. Não dei xando também de aproveitar outras oportunidades de tra-balho, sempre dei prioridade aos estudos, deixando até de aceitar alguns convites de trabalho no exteri-or para concluir meu curso superior de Publicidade e Propaganda.

O que você achou da sua experiência no Miss Mun-do Brasil?Participar de um concurso de beleza foi uma ex-periência incrível, apesar de nunca me imaginar em um... (risos) Fui representar meu Estado por mérito. A organização do concurso pesquisou aqui em Goiás qual era a modelo que mais trabalhava e tinha uma boa reputação e me escolheram. Para mim, já foi uma vitória esse reconhecimento. Antes de aceitar o convite pesquisei, juntamente com minha agência, se era uma organização respeitável. O Miss Brasil versão Mundo é um concurso diferenciado onde não se julga somente a beleza da mulher brasileira.No dia-a-dia teve provas de conhecimento, talento,

esporte, desfile, entre outros. Hoje, posso dizer que participei de um “reality-show de beleza”, pois fiquei confinada em um resort em Angra dos Reis com candi-datas que tinham currículos recheados de concursos e eu, uma principiante, sendo analisada por um júri cau-teloso. Fiquei entre as dez mulheres mais bonitas do Brasil, ganhei como a canditada mais bonita pelo site “EGO”, da Globo, e terceiro lugar na prova de talento.Toda essa experiência foi muito gratificante e serviu para reafirmar o meu pensamento: beleza não é tudo. Sem conteúdo, não existe beleza insuperável.

Gostou de estudar teatro?O teatro me ajudou muito na carreira de modelo e na vida pessoal também. Eu era muito tímida. Fiquei mais desinibida para conversar com os clientes nos castings e diante das câmeras. Modelo é uma forma de representação. Nós somos a marca que vestimos, temos que ter atitude. Em cada trabalho temos que

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fazer as mais diversas caras e bocas, pois nenhum é igual ao outro.

E a atual experiência no outro lado das câmeras? Como tem sido?Acabo de me formar em Publicidade e Propaganda e estou tendo a oportunidade de trabalhar em uma produtora de vídeo local, como assistente de direção. A cada dia está sendo um aprendizado ainda maior. Estou apaixonada. É muito bom poder viver os dois lados. Ver o resultado e dizer: participei por completo desse processo.

O que você acha do mercado goiano para as mode los profissionais? Tem evoluído?No mercado goiano o número de confecções cresce cada dia mais. Felizmente, elas tem investido em catálogos de suas coleções. Por outro lado, esse in-vestimento ainda é baixo se comparado às produções

das grandes marcas. Consequentemente, a disputa pelos melhores orçamentos, entre fotógrafos e cli-entes, tem prostituído o mercado de uma forma geral. Existem muitos fotógrafos sem experiência, fechando trabalhos com menores custos e utilizan-do modelos “free-lancers”, que não são agenciadas e topam fazer o trabalho até mesmo de graça. Isso atrapalha muito as modelos que são profissionais agenciadas e fotógrafos que prezam por trabalhos com mais qualidade. O resultado disso é que os clientes optam pelos valores mais baixos, onde o resultado final deixa a desejar.

Você recebeu vários convites para o exterior. Por que preferiu esperar até agora?Eu não estava preparada. Era muito nova, sempre fui muito apegada à família e dei prioridade aos estudos. Agora, já formada, tenho mais serenidade para analisar novas propostas.

Pollyanna Stemut foi a representante de Goiás na

versão brasileira do Miss Mundo. Ficou entre as dez

primeiras colocadas e foi eleita pelo site “EGO”, da

Globo, como o rosto mais bonito do Brasil

Danilo Gouveia

Luci

ano

Med

eiro

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Ricardo Fernandes

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Page 36: Revista Blend n° 2

MAKE BLEND

O verãosempre pede cor

O inverno sai de cena e abre espaço para o calor. É chegada a temporada das flores e, aqui nos trópicos, a primavera nada mais é que a estação que dá as boas-vindas ao verão.

A temporada mais quente e tradicional do ano pede roupas mais leves, cores vibrantes e muita vitalidade. A moda segue com clima nostálgico e se baseia nos padrões dos “50’s early 60’s”. Porém, é marcada por toques modernos com referência no minimalismo. O make up não foge das tendências e aborda as mesmas inspirações para compor o look das próximas estações. Super hype!

Nesta edição, o tema da coluna é cabelo e maquiagem e como a moda é que dita as regras, ela não poderia passar batido por aqui, até porque maquiagem também é moda. Então, vamos ao que interessa.

Kilze Teodoro

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Page 37: Revista Blend n° 2

Se você está de casamento marcado para os próximos meses, a melhor pedida é apostar nas cores quentes e no colorido. Simone Ferro, maquia-dora do salão de beleza Lenne House, diz que as noivas podem ousar usan-do cores como o laranja, o vermelho e até mesmo o vinho. Para os cabelos, ela sugere o coque, que por ser um clássico, é atemporal e está em sintonia com as tendências que estão em voga. Ele está com tudo.

Para o dia-a-dia invista em uma pele bem feita. Abuse das bases com protetor solar, do delineador, que proporciona um visual que traduz bem a idéia sessentinha, e do blush, mas esqueça o rosa. O verão e o calor pedem um efeito bronzeado, então aposte na cor bronze. Simone indica o Blush Summer Bronze da Avon. Uma dica boa e barata.

Para as noites mais quentes do ano lance mão de cílios postiços. Eles serão, com certeza, os queridinhos da estação e não se esqueça do deli-neador, com o traço forte e bem marcado, no estilo gatinha (típico make de Audrey Hepburn em “A Bonequinha de Luxo”). Quanto às tonalidades das sombras, o verão sempre pede cor. Então, abuse do colorido, mas esqueça o brilho. A cartela de cores é grande. Porém, prefira as nuances opacas. Para os lábios, a decisão fica a seu critério e você pode decidir entre os batons cor de boca e nude para um visual mais clean ou pode exagerar na escolha do vermelho, para um visual mais sexy. Siga seu estado de espírito e coloque na bolsa um de cada cor, no modelo canetinha. Sim, os lip stain voltaram.

Como a moda do próximo verão chega mais sutil e delicada, as madei-xas receberão toques especiais. As tranças e os adereços estarão em alta. Liberte a Rapunzel que existe dentro de você e aprenda a trançar os fios já. Quanto aos adereços, procure nas gavetas as tiaras, os lenços, os laços, as flores e recicle. Se não encontrar ou quiser renovar, é melhor ir às compras. A loja Purpurina Flor é uma boa sugestão.

E os esmaltes? Para não fugir do contexto, vamos tratá-los como ma-quiagem para as unhas. Mais uma vez o colorido aparece no topo da lista trazendo um ar mais alegre. O azul continua sendo uma boa escolha, mas o amarelo e o dourado são, sem dúvida, a melhor pedida, pois fazem uma sin-gela alusão ao sol, astro da melhor estação brasileira. Mas se você não abre mão dos esmaltes clarinhos, aproveite, pois eles também estão com tudo.

Já está sentindo um clima de romance no ar? Pois bem, é a moda do próximo verão batendo à sua porta. Com ares nostálgicos e raízes fincadas na beleza dos clássicos, a palavra-chave da estação é elegância. Para os dias quentes que estão por vir, deixe aflorar o seu lado mais delicado e aproveite o sol com o seu visual mais feminino e gracioso. A tendência é essa!

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Page 38: Revista Blend n° 2

SOCIALCLUB

Daniela Montrezol, Mara Manoela e Heila Oliveira

Lindos e lindas lotaram a inauguração do Boteco, no Setor Maris-

ta. Não se arrependeram: deliciosos petiscos e um staff super-

simpático, eficiente e de bom astral. Para manter a tradição e a

qualidade do serviço, os donos trouxeram de Recife uma equipe

de cozinheiros, maîtres, garçons e barmen (dois profissionais em

cada ca tegoria), além da empadeira, res ponsável pelos sabores de

queijo, camarão, palmito, frango com brócolis e queijo-do-reino.

Outro petisco foi o caldinho de peixe e feijão, que vem acompa-

nhado de ovo de codorna, vinagrete e torresmo.

Botequim animado

Dia do mídia

Aline Mirian, Maria Clara Almeida e Rosana Cecílio

Lula Correia, com os arquitetos da casa Acasio Costa,

Turíbio Santos e o sócio Hermano Carvalho

Mayco Marques, Katia Ferreira,

Cristina Nogueira

e Cassiano Guimarães

Guilherme

Guimarães

e Mairá

Mendonça

Zezinha Veiga e Renata Penna

Victor Negretto e Neyla Nery

Valdson, Sonia e Vanessa Novato,

Rejane Yoshida e Leandro Borges

Fotos: Leo Iran

Alessandra Gusmão

Fotos: Carol AmaralA TV Goiânia/BAND promoveu uma noite espe-

cial para os profissionais de mídia. Curtição total

com a galera especializada em achar o melhor

espaço para os anunciantes.

João Paulo

Lousa e

Bruna Castro

Page 39: Revista Blend n° 2

Inauguração

TVZ

A Bo.Bô abriu a primeira loja, no Shopping

Buena Vista, com um coquetel que reuniu as

girls antenadas da cidade. As lindas aprova-

ram os looks da coleção verão da marca e se

deliciaram com os chocolate Du Jour.

Beautiful

O casal Cyro Gifford Neto e MilleneSissi Calixto e Marcela Macedo. Mariana Cardoso e Jordana Cardoso

Camila e André Rocha comemoraram com

amigos, clientes e funcionários a abertura

da segunda loja TVZ com um lindo coque-

tel. Agora, o Goiânia Shopping também

conta com a moda atual e feminina da

marca paulistana.

Fotos: Paulinhu PC

Marcos Cardoso

FirstAna Claudia e Celso Calixto Moura

expandiram os negócios e abriram

a primeira loja da Stalker, moda

masculina, no Goiânia Shopping. O

casal recebeu amigos, família e cli-

entes para uma semana especial de

abertura, com espumante e bem-

sucedidos. Celso também está a

frente do Empório 87, no Setor Sul.

Jet SetO empresário Alexandre Baldy comemorou

os 30 anos de idade com uma festa que

promete ficar pra história. Ele montou uma

super estrutura para receber cerca de 200

convidados, em sua casa no Aldeia do Vale.

As Cherry Ladies (com o casal na foto), vi-

eram de Miami para comandar as pick ups

e o buffet ficou a cargo da banqueteira

Telma Daher. A esposa Luana Limirio Braga

cuidou pessoalmente de cada detalhe.

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Page 40: Revista Blend n° 2

FIESTA

Os belos Lan Diniz e Mariana Rocha celebraram suas bodas em um en-tardecer maravilhoso de Goiânia. Ele, músico e diretor de Cultura da Pre-feitura de Anicuns, e ela, publicitária, foram o centro das atenções em uma festa inesquecível, com cerimonial impecável de Camila Gurgel. A decoração foi assinada pela Fest Flora. A noiva estava linda e a cerimônia foi emocionante. O noivo e os amigos músicos brindaram os convidados com uma jam-session descontraída, com clássicos da MPB, jazz e rock.

Bodas com muita

emoção e música

Lan Diniz Linhares e sua bateria

Mariana e seu pai, João Silva Filho

Os noivos com seus pais, Vanderlan-Tereza Linhares e João Silva Filho-Rose Mary

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Page 41: Revista Blend n° 2

Lenon, Lan, Marcelo, Aníbal e Vanderley

César, Darleny, Rogério, Theyza, Tássia, Daniel, Mariana,

Lan, Karine, Ericca, Aureliano e Carol

Maryana e o vestido da Sublíssima

Lan e sua mãe, Tereza Linhares

Foto

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Sport Car

A coreana Kia comandou um dos estandes mais agitados no salão de São Paulo. Além de um Mohave transformer, virando robô a toda hora, chamou a atenção do públi-co o volume de investimentos da marca no Brasil: seis lançamen-tos para 2011. Um dos que deve movimentar o mercado é a nova Sportage, com um design inteira-mente renovado.

Peso da Kia

Se no Brasil a indústria automotiva cresceu com a crise internacional de 2008/2009, as coisas foram diferentes no maior mercado do mundo. Nos EUA, as montadoras amargaram uma grande retração. A boa notícia é que em outubro, as vendas no mercado americano começaram a reagir.

Fim da crise?

O Ford Start é o que se chama de carro-conceito puro, não destinado à produção. Seu objetivo é ouvir o que os consumidores das grandes cidades têm a dizer sobre novas propostas de design e conteúdo. Com formas aerodinâmicas para otimizar a economia de combustível, a carroceria, em liga de alumínio, inclui uma célula de segurança de alta resistência. Todos os painéis externos são de composto pré-colorido, deformável e reciclável.

O show car

Aberto na primeira semana de novembro, o Salão do Automóvel de São Paulo mostrou 450 veículos de 42 marcas de fabricantes nacionais e importadores. Foi o maior número de participantes em suas 26 edições. Dos 450 modelos exibidos, cerca de 40% foram lançamentos.

Do luxo ao sustentável

Danin Júnior

Fotos: Divulgação

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Page 51: Revista Blend n° 2

Dra. UYARA CAMARGO RASSI - Cirurgiã-dentista CRO-GO 8956

www.catundaodontologia.com.br

Page 52: Revista Blend n° 2

ECOBLENDING

Já pensou em todo o lixo produzido por uma mu lher apenas porque tem um ciclo menstrual? São cerca de 30 anos ou 360 meses, com média de 1,8 mil dias de ciclo, mais ou menos seis absorventes por dia – trocas a cada quatro horas – chegando no fantástico número de 10,8 mil absorventes usados e descartados duran-te a vida de uma mulher! E a gente sabe que a popu-lação feminina no planeta é bem grandinha.

Já existe solução ecológica, prática, moderna, dis-creta e econômica para diminuir esse impacto no meio ambiente. São os coletores menstruais. No formato de

um copinho e fabricado com silicone (o mesmo das próteses mamárias). Quem usa, diz que é fácil, higiêni-co, lavável, reutilizável e insuperável. Alguns fabrican-tes garantem dez anos de vida útil ao produto.

Há várias marcas no mercado. Nos sites, há mais informações de uso:

1) DivaCup, fabricado no Canadá - divacup.com2) The Moon Keeper, americano - keeper.com3) MoonCup, modelo Inglês - mooncup.co.uk4) Lunette, modelo Finlandês - lunette.fi/english_index.html

Menstruação verde

Passeio no

ônibus híbrido

A busca por modelos mais sustentáveis de

mobilidade em grandes centros urbanos

gerou a criação de um protótipo de ônibus

híbrido, em circulação na capital paulista.

O veículo possui dois motores – um a óleo

diesel e outro com bateria elétrica. O siste-

ma é cerca de 35% mais econômico do

que um convencional e emite entre 80%

e 90% menos poluentes. Se aprovado, a

prefeitura de São Paulo deverá autorizar a

aquisição de 200 unidades.

Pisando conscienteBorracha de pneu reciclada, látex imitando couro, revesti-mento em PET – o céu é o limite para os novos tênis eco-logicamente corretos. Marcas como Timberland, Vans e Öus acabam de lançar linhas verdes. A opção mais correta é o tênis da Naturezza (foto), 100% ecológico, feito com tecido composto de algodão e garrafa PET reciclados e juta natural. E os preços são economicamente corretos.

Ci Camargo

Fotos: Divulgação

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BLEND

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Mais de quatro mil mulheres se reuniram no Clube Jáo e mostraram seu poder de mobilização. Representantes de vários segmentos elaboraram e entrega-ram ao governador eleito Marconi Perillo um documento contendo propos-tas de políticas públicas voltadas para as mulheres. A Carta das Mulheres Goianas, segundo Marconi, será incluída no plano de governo que incentivará a maior participação feminina na política. A professora Mônica Serra, mulher de José Serra, e Valéria Perillo lideraram o encontro. Confira os cliques.

Mulheres que fazem a diferença

ELAS NA POLÍTICA

Candicy Rodrigues, Lorena Perillo

e Maria Cândida Abrão

Monica Navarrete

e Carmem Lúcia Perillo

Almerinda Arantes, Simone Vilela,

Cristiane Arantes e Thaís Lopes

Márcia Bueno, Vanessa Vilela,

Nilva de Melo, Marta Kano

e Juliana Vilela

Gisela e Eleuza Vaz

Sarah Naciff Lobo

e Lia Teixeira Lobo

Marizete Peixoto e Sílvia Alves

Maria José Barbosa, Fabrina Müller,

Tarsseys Trindade, Luciana Lopes

e Rejane Borges

Tatiana Perillo, Vânia Perillo,

Terezinha Perillo e Daniela Carvalho

Conceição Deusdará, Rose Cruvinel,

Zélia Duesdará e Elaine Moreira

Foto

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Mais de 4 mil mulheres no evento

Page 54: Revista Blend n° 2

MINIBLEND

Scrapbooking nada mais é do que a arte de guar-dar memórias de uma forma muito especial, misturando fo-tos e lembranças em um álbum decorado. Carol Baiocchi é uma scrapper apaixonada e começou a fazer a atividade quando sua filha mais velha nasceu, e agora, cinco anos depois, tem vários trabalhos publicados em revistas espe-cializadas, participa de fóruns sobre o assunto na internet e está em constante processo de aprimoramento. Ela tam-bém não perde oportunidades de participar de eventos para apren der novas técnicas. Trabalha com encomendas e dá aulas de scrapbooking para quem estiver interessado.

Para maiores informações mandem um e-mail para

[email protected]

ou entrem no blog para conhecer de pertinho os trabalhos

www.carolbaiocchi.blogspot.com

Lindas memórias merecem lindas

formas de serem guardadas

Liza Ziller

Page 55: Revista Blend n° 2

O que no início era uma brincadeira, agora se tornou uma atividade profissional. A publi-citária Priscila Lessa começou o ateliê Prilili criando peças de artesanato para ela mesma. Mas agradou tanto que logo começaram a surgir várias enco-mendas de suas amigas.

Usando materiais básicos da costura (linhas, agulhas, máqui-na de costura, tecidos estampa-

Criatividade, carinho e costura

dos e coloridos) somados à sua criatividade, Priscila cria peças nas quais o bom gosto se sobres-sai. São bonequinhas de pano, nécessaires, chaveiros, carteiras e tudo que a imaginação permitir costurar. “Sempre com muito carinho”, como se cada peça fosse confeccionada para ela mesma, afirma a artesã.

O sucesso das peças foi tanto que Priscila já está recebendo encomendas de fora do Estado. Aproveite para fazer o seu pedido e ter uma peça de artesanato cri-ativa, exclusiva e diferente.

Encomendas ou informações no blog http://prilili.blogspot.com e pelo telefone (62) 8424-1170

Page 56: Revista Blend n° 2

CAMARÃO NO COCO

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RECEIT

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Page 57: Revista Blend n° 2

1. Retire a casca e limpe os camarões. Na wok, aqueça a manteiga clarificada, acrescente a cebola, alho, malagueta e o açafrão. Mexa por aproximada-mente um minuto.2. Após ter feito isso, adicione o leite de coco e o sal por cerca de dez minutos.3. Junte camarões e cozinhe por mais dez minutos.

Dicas:Cuidado para que o camarão não passe do ponto, pois fica duro ou muito mole. O ideal é que ele fique crocante ao ser mordido. Não tenha dó com o leite de coco. É ele que dá o principal sabor ao prato. E na hora da montagem, coloque dentro do coco, e camarões pendurados na sua borda. Fica lindo e chama bastante atenção.

Modo de Preparo500 g de camarão médio

20 g de manteiga clari� cada

2 unidades de cebola cortada em cubinhos e levemente refogada na manteiga 2 unidades de alho picado

2 unidades de pimenta malagueta picada (sem se mente)

1 colher de chá de açafrão da terra

500 de leite de coco

Sal

Ingredientes

Victor Machado

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INHAS

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Noise com Gil e OttoGoiânia Noise, o segundo maior festival independente do país traz surpresas. Na programa-ção deste ano, a inusitada jam reunindo o ex-ministro Gilberto Gil e a revelação Macaco Bong (foto), banda de Cuiabá, que faz uma sonzeira. Outras atrações imperdíveis, como o pernambucano Otto e a banda paulista Musica Diablo (projeto alternativo de Derrick Green, do Sepultura). Confira o site do festival: bit.ly/8X71n9

BLENDART

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Fotos: Divulgação

Resultado de um workshop de vídeo com meninos de rua, o documentário “Número Zero”, da diretora goiana Claudia Nunes, acaba de ganhar o Grand Prize, no 14˚ Ismailia International Film Festival for Docs and Shorts no

Egito. O workshop realizado pela diretora, ainda na década de 1990, foi

com meninos e meninas do antigo CFM (Centro de Formação de Menores).

Na época, conta a diretora, eles encantaram-se tanto pela câmera que se

apropriaram dela para contar suas histórias. A oficina de vídeo acabou du-

rando muito mais do que o previsto, cerca de dois anos, transformando-se

em uma experiência de cinema direto. Grande parte das cenas do documen-

tário foi feitas por eles.

Art déco em revistaAcaba de sair a revista da UFG com o dossiê “Art déco no Brasil”. A íntegra da publicação está na internet (bit.ly/9NIj6J). Imperdível, com textos de arquitetos, designers, historiadores e engenheiros de todo o Brasil e do ex-terior. Um dos autores é o professor Wolney Unes, que assinou texto sobre a importância do processo seletivo na conservação de patrimônios históricos.

Número Zero é DEZ!

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BIBLOS

Autor: Alain Chabat, Stefano Tamburini, Tanino LiberatoreEditora: Conrad - 1ª edição, 2010

O polêmico e cultuado clássico dos quadrinhos italianos em uma edição completa e de luxo. Este livro reúne todas as histórias do personagem, incluindo várias inéditas no Brasil. Criado por Stefano Tamburini e consagrado pelo traço hiperrealista e cores deslumbrantes de Tanino Liberatore, “Ranxerox” nasceu de uma revolução nas ruas, e provocou outra revolução, na cultura pop.

Ranxerox é um robô bronco e mal-humorado perdidamente apaixonado por Lubna. Vivendo num mundo em que o consumismo, a violência e o egoísmo são as normas, ele não mede esforços para agradar sua garota, seja conseguir drogas, gravar um filme na tevê ou fazer uma performace na Broadway, ele fará de tudo para satisfazer os desejos de Lubna ou salvá-la das enrascadas em que se mete.

Ranxerox

Autor: Robert CrumbEditora: Conrad - 1ª edição, 2010

“Meus Problemas com as Mulheres” (Conrad Editora) expõe alguns dos tra-ços mais controversos de personalidade e da obra de Robert Crumb: a tumul-tuada mistura de devoção e desprezo pela figura feminina, a famosa fixação por mulheres de um determinado tipo físico, os fetiches bizarros e, acima de tudo, a coragem de transformar tudo isso em arte sem se deixar levar por nenhum tipo de autocensura ou autoindulgência.

Tímido, obsessivo, egocêntrico, inseguro, atormentado por um complexo de culpa tipicamente católico, Robert Crumb tinha tudo para ser um grande fra-casso com as mulheres. E foi, pelo menos até 1968, quando, inspirado pelo LSD, se tornou uma espécie de herói da contracultura ao lançar sua revista de quadrinhos underground, a Zap Comix.

Meus Problemas com as Mulheres

Autor: Reed Walwer, Kate WorleyEditora: Conrad - 1ª edição, 2006

Buscando uma nova maneira de lidar com o sexo e o amor, Reed Walker e a roteirista Kate Worley encontraram no mundo animal um meio para expressar suas ideias. A história da dançarina Omaha é um dos grandes clássicos dos quadrinhos adultos.

Criada em meio à efervescência da cena dos quadrinhos underground da década de 70, a série logo conquistou o respeito e a admiração de público e crítica por sua representação madura da sexualidade. Toda a ternura, in-timidade, humor e peculiaridade das relações íntimas das pessoas estão em “Omaha: A Stripper” (Conrad, 2006). É uma história profunda, inteligente e sensível desde o início. O livro é o terceiro da coleção Eros, que reúne o melhor do erotismo mundial em quadrinhos. (Fonte: Livraria da Folha)

Omaha: A Stripper

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ESTADO CRÔNICA Renan Alves

Ela Não há nada mais beloque o instante da partida, quando a vida estende as mãos para a morte e setransformam em uma só

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A minha estante tem apenas pessoas mortas. Nunca tinha para-do para pensar a respeito. Só fui perceber quando dedilhava minha humilde biblioteca particular em busca de alguma inspiração para essas linhas. Entre poeiras e lembranças pude ver Virginia Woolf, Al-phonsus Guimarães, Hilda Hilst, Clarice Lispector, Yêda Schmaltz e mais uma infinidade de escritores. Todos mortos. Todos enterrados. Para sempre. E foi esse nostálgico recorte da realidade que me enci-lhou para uma de minhas reflexões favoritas. Vida e morte, exata-mente nessa sequência. Já que, pelo menos aqui, a ordem dos fatores altera, e muito, os fatos. Apontam-me mórbido e, por vezes, até psicopata por tratar tão quase sempre de assuntos que envolvam últimos suspiros ou luz no fim do túnel. Discordo. Para mim não há nada mais belo que o ins-tante da partida. Sim. O momento em que a vida estende as mãos para a morte e, por um milésimo de segundo, se transformam em uma coisa só. Imaginava Clarice que não mais escreveria uma linha sequer? Imaginava Hilda que aquele parágrafo vago relatando seu dia na chácara seria sua última expressão verbal? Não. Por mais que a imaginação se esforce, morrer continua a nos pregar peças. Não há classe, cor, religião ou time de futebol que escape dela. Seja um escritor de quinta, seja um escritor de primeira linha, quando vem a morte, ambos são eternizados do mesmo jeito. Morrer iguala. Morrer é a representação máxima da igualdade. E é nesse sentido que escrever soa para mim como forma de me preparar para a morte. O texto eterniza. O texto permeia as margens da vida e da imaginação de cada um. A pessoa vai. A pessoa segue a luz do fim do túnel. Mas seu texto permanece. Seu texto fica para a vida. Enquanto isso, a estante continua intacta. Viva de tantos mortos ela grita para nossas noções que nem sempre viver é estar em movimento. Não preciso folhear “Mrs. Dalloway” para provar-lhe vida. Não preciso reler “A hora da estrela” para dar a Macabéa um novo suspiro de alegria. Não. Morrer é, por vezes, um soco no estômago da realidade. Lá está a vida viva, vivendo feliz e alegremente, colhendo flores de vida, sentindo o sol na pele viva quando, de repente, PÁ! Morreu. Sem planos. Sem planos para realizar. PÁ PUM. Morreu. Se não fosse tão sublime esse momento em que vida e morte se transformam na mes-ma personagem, apontar-lhe-ia injusta. Poxa, e o filme que estreia semana que vem? E o da outra semana? E da outra? Serei obrigado a fechar meus olhos para tudo o que tanto desejo ver, conhecer, sentir, tocar e viver? Sim. Por hora, caros leitores, só nos resta um forma de driblar a morte: escrevendo. Só assim teremos a chance de, mesmo mortos, tomar um chá das 5h com Virginia Woolf, pelas estantes da vida.

Renan Alves é publicitário, 23 anos, vencedor do concurso Editora UFG, que publicará seu primeiro livro de contos, “Mar Escrito”, pela coleção Belamor.

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TOP BLEND

Lennon/McCartneyInfográfico bacana explica como foi a colaboração dos Beatles na composição de cada uma das de-zenas de músicas da banda: bit.ly/9FNJ98

Cara de KevinUm artista plástico holandês criou 100 ícones para personagens famosos do cinema. Todos com visual à la South Park: bit.ly/bv14mG

Fantástico, magnífico, razão da existência da internet... O que dizer de “Ulysses Seen”, uma versão em quadrinhos do célebre livro de James Joyce? Ela é aberta à participação do público (como um blog) e grandes especialistas participam das discussões de cada passagem do livro. Arru-me tempo para se maravilhar: bit.ly/dulkXN

Fonte da horaImagine um Google, especializado em encontrar a queles arquivões que você sempre quis baixar, co-mo discos e filmes: bit.ly/bBLrTv. Testado e aprovado.

All typeQuer fazer propaganda apenas com palavras? Aprenda com uma coleção de exemplos e tu-toriais para a criação de layouts tipográficos. Massa: bit.ly/d6PAVi

Youmix!!!

Thru You é um incrível projeto de mixagem de vídeos do

Youtube. Os produtores fazem músicas inteiras com trechos

enviados por amadores: bit.ly/9aoHYI

Rede nota 100Google seleciona mais de 100 coisas (muito) legais que se pode fazer com novas aplicações da internet. Im-perdível e não só para geeks: bit.ly/bm7ajA

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O sabor inesquecível

da felicidade!

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