Revista Bauhaus

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1 Revista BAUHAUS A importância da tipografia em um projeto gráfico Ilustrador surpreende ao desenhar realísticamente no Ipad Coca ou Pepsi? Além do sabor marcante das duas,comparamos todos os logos Adobe muda política e decide vender software como serviço Flexografia no Brasil se iguala da europa REVISTA BAUHAUS/ ED 1. abril 2014 BAUHAUS revista O FOOD DESIGN CRESCE ASSIM COMO A EXIGIÊNCIA DOS CONSUMIDORES.

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1Revista BAUHAUS

A importância da tipogra�a em um

projeto grá�co

Ilustrador surpreende ao

desenhar realísticamente

no Ipad

Coca ou Pepsi?Além do sabor marcante das

duas,comparamos todos os logos

Adobe muda política e

decide vender software

como serviço

Flexogra�a no Brasil

se iguala da europa

REVISTA BAUHAUS/ ED 1. abril 2014

BAUHAUSrevista

O FOOD DESIGN CRESCE ASSIMCOMO A EXIGIÊNCIADOS CONSUMIDORES.

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Revista BAUHAUS

SEMANA NACIONAL

Cinearte apresenta Semana Nacional, durante toda a semana, filmes nacionais

por menos de cinco reais.

Venha prestígiar o que o cinema brasileiro tem de melhor.2

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SEMANA NACIONAL

Cinearte apresenta Semana Nacional, durante toda a semana, filmes nacionais

por menos de cinco reais.

Venha prestígiar o que o cinema brasileiro tem de melhor.

Tipografia

4 Projeto brinca com tipografia para revelar seus significados

5 A importância da tipografia para um projeto gráfico

Ilustração

6Não é uma foto do Morgan Fre-eman, é uma ilustração feita no

iPad

7Israelense usa o horário de almo-ço para desenhar em mesa de

vidro do trabalho

Índi

ce Eco Design

8/9 Coca-Cola ou Pepsi?

Design

10/11 Food Design

Tecnologia

12 Adobe decide investir em sof-tware como serviço

13Nike pode lançar o primeiro tênis com cordões automáticos

em 2015

Poster

14 Artísta cria projeto de posters retrô da série Os Muppets

15Já outro... criou um pôster para cada episódio da série Bre-

aking Bad

Portifólio

18/19 Criatividade colaborativa

Impressão

20/23 Brasil se iguala a europa em impressão flexografica

Expediente BAUHAUSNum. de tiragem.: 5.000 - Editor Chefe: Daniel Abreu - Diagramação e Produção: Bruno Azevedo - Fotografia: Fernanda Cristina - Redação: Isabela Fornéas - Planejamento: Jordy Lucas-

Telefone de contato: (31) 3567-1017- Email: [email protected] Site: www.bauhausrevista.com.br

O projeto “BH - UMA FOTO POR DIA” nasceu em junho de 2012 como uma forma de compilar em um blog as suas experiências diárias. Desde então, o portal não para de atrair adeptos, tanto de Belo Horizonte como de todo o Brasil. Empresário, fotógrafo, designer 3D e compositor de trilhas sonoras, Charles Tôrres é um grande admirador de fotografia e urbanidades; e sempre procura diluir tal fascínio em seus trabalhos. Ao longo de suas explorações, ele transcendeu as limitações e gêneros, sempre buscando criar novas tendências e descobrir novos caminhos. Apaixonado por música moderna, vida urbana e tecnologia, o artista condensa suas áreas de atuação em um único vetor, intencionado à sintetizar a vida metropolitana em uma forma de arte.

Uma foto por dia...

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De um jeito bem minimalista, Raj cria representações gráficas do significado de cada palavra, usan-do a tipografia de cada uma. Por

exemplo: o T de death vira uma cruz sobre um fundo preto, criando uma rápida associa-ção com a morte. O P de jump aparece um pouco acima do restante das letras, como se realmente estivesse pulando. Já o T de helicopter é uma hélice, enquanto as duas letras O de baloon estão flutuando.

É tudo muito bem pensado e certamente poderia ser aplicado em diversos idiomas, como forma de ampliar o vocabulário.

É tudo muito bem pensado e certamente poderia ser aplicado em diversos idiomas, como forma de ampliar o vocabulário.

O projeto pessoal é executado sempre que sobra um tempo para o designer, então vale ficar de olho para novas atualizações.Em seu portifólio

( http://www.behance.net/arundesign ) é possível conferir todas as palavras, além de outros trabalhos assinados por ele.

Projeto brinca com tipografia de palavras para revelar seus significados

Da criação do designer Arun Raj, o ‘Tipography Word Play’ tem objetivo de ajudar as pessoas no aprendizado do inglês

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T I p o G R af IA A importância da tipografia

para um projeto gráfico

Garota com síndrome de Down cria

tipografia para o time Barcelona

A espanhola Anna Vives vai viver em agosto um momento inesquecível, ela tem síndrome de Down, verá todos os jogadores do Barcelona entrarem em campo usando a camisa com a tipografia criada por ela. A ideia surgiu da própria jovem e rece-beu total apoio do time espanhol. A a estreia do novo uniforme será durante o Troféu Joan Gamper, um torneio amistoso internacional de futebol interclubes disputado anualmente na CatalunhaO apoio tem permitido, entre outras coisas, que a jovem conheça os jogadores da equipe, incluindo seu maior ídolo, Andres Iniesta, o meio-campo

O typedesigner Crystian Cruz, diretor de arte da revista Info, mostrou a im-portância da tipografia em um projeto gráfico, aos alunos da FAU da ECA-USP presentes na Semana Plug: de Design. Especialista em fontes, Crystian as estuda, como autodidata, há 10 anos. “É essencial saber qual o tipo certo de fonte para se utilizar em cada pro-jeto. Seja ele editorial ou não”,diz.

Tipos e tipos

A tipografia é essencial para um bom projeto gráfico, es-pecialmente no meio edito-rial. Nas revistas, a disposição das letras é responsável por chamar a atenção do leitor e prendê-lo à matéria. “Quando uma matéria está mal dia-gramada, você vê que tem algo errado. A leitura não flui. Você acha que o texto está chato. Mas o problema, muitas vezes, é da tipografia, não da reportagem”, diz Crystian. No caso dos livros, ela é impor-tante até mesmo para reduzir o tempo de leitura. Tanto mais legível a a letra,tanto melhor.

Do básico ao avançado

A tipografia é impor-tantíssima para hierar-quizar os elementos de uma página. Retrancas, chapéus, títulos, subtítu-los, assinaturas, capitu-lares, textos, quadros, boxes, legendas, tabe-las, rodapés e créditos precisam ser inteligíveis para o leitor, que precisa entender sem grandes esforços a função e im-portância de cada um.Mas, a tipografia pode ir muito além. Ela tam-bém é usada para contar histórias de uma maneira mais visual. Nos anos 90, as mídias digitais, com os primeiros softwares de editoração eletrôni-ca, deram nova abertura aos typedesigners, que puderam fazer trabalhos mais autorais. Contudo, é importante ter bom sen-so. “Tem que levar em conta qual é o momento, qual é o perfil da revista, o que dá para ser feito e o que não dá”, diz Crys-tian.

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Não é uma foto do Morgan Freeman, é uma ilustração feita no iPad

Caso você não esteja convencido, basta assistir ao vídeo disponível no You Tube. É uma ilustração feita em um iPad usando apenas um dedo. A pintura do rosto do ator norte-americano Morgan Freeman foi feita pelo artista plástico Kyle Lambert, de 26 anos, de Chesire, cidade do interior da Inglaterra.

O desenho foi feito com 285 mil toques de pincel feitos com o dedo na tela do iPad e levou mais de 200 horas de traba-lho para ser realizado apenas nos “ajustes finos” da pintura: olhos, cabelo, pintas, textu-ra da barba e outros detalhes da face de Freeman. Para conseguir essa precisão, ele ampliou o desenho ao nível dos pixels.

Igualmente fantástico é o vídeo criado por Lambert para mostrar o processo de criação do desenho. O vídeo já atingiu mais de 2,7 milhões de visualizações no YouTube em apenas 24 horas depois de ser postado na rede social de vídeos do Google. Que coisa linda não é?

Disponível em:http://youtu.be/uEdRLlqdgA4

DESIGNILUSTRADO

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Israelense usa o horário de almoço para desenhar em mesa de vidro do trabalho

Para muita gente, o horário do almoço é sagrado: sentar para comer sem ninguém perturbando por perto. Tem uns que até fazem suas orações antes da refeição. Já outros, gostam de sair com a galera pra bater aquele papo e até falar mal do chefe!

Mas encontramos alguém que é totalmente diferente. O israelense Zur Taman é um ilustrador, e na agência em que trabalha, usa a sua própria mesa para se inspirar. Isso mes-mo, para ele, o horário de almoço é para desenhar! Em seus rabiscos simples sobre a superfície lisa de vidro, ele dá vida à diversos personagens. Provavelmente, a mesa é de vidro para ele desenhar.

DESIGNILUSTRADO

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Uma rival forte e agressiva para a Coca-Cola, que busca na nova geração sua gama de con-sumidores. PEPSI é uma marca autentica cada vez mais perce-bida pelos consumidores como inovadora, porém a coca-cola continua a conquistar as famílias do Brasil e do mundo, na sessão Eco desta edição vamos analisar os logos desssas gigantes de be-

bidas

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FOOD DESIGN

O design design. sempre frequentou a cozinha. O mais comum, porém, é pensar na funcionalidade dos utensílios ou na apresen-tação dos pratos. Mas ele vai muito além da ergonomia dos talheres ou do visual escol-hido para a montagem de uma receita. “Comer é consumir design: ele está todos os dias em nossa mesa. O design faz parte da história da alimentação e, como ela, foi in-fluenciado por vários movimentos artísticos”, decreta Marc Brétillot, criador e professor

do curso de design culinário da École Su-périeur dArt et de Design de Reims, uma referência na França. A concepção de al-guns produtos, segundo ele, faz parte da etimologia da palavra. É o caso de from-age, que vem da palavra “formage” - feito na fôrma. Arquitetos que viraram chefs, como Ana

Soares, da Mesa III, estão entre aqueles que melhor elaboram formas e funcionali-dade. “Food design é trabalhar com as ad-

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versidades e usar o conhe-cimento para dar estrutura ao que se quer. Aprendi isso em Bolonha, há mais de uma década, quando estava me aperfeiçoando”, conta a chef. “Lá, tinha uma senhora de 80 anos que trabalhava no grupo da Marcella Ha-zan e me disse assim:

Ouse, senhora Ana. A úni-ca coisa importante é man-ter a estrutura’.” Enquanto mostra como faz estampas nas massas, ela recorda

um erro do qual extraiu boas lições. Foi quando preparou tortelli de zucca para uma festa co-mandada por Emmanuel Bassoleil e, na hora, a massa se abriu. “O recheio era muito úmido e a massa não tinha estrutura para suportar.”

A questão da forma e do conteúdo está pre-sente desde os primórdios da chocolateria. As técnicas belgas usam mais moldes, e as france-sas, mais produtos banhados. “Os carrés, como diz o nome, têm o formato quadrado porque partimos do recheio. Fazemos o recheio numa fôrma grande e, quando cristaliza, cortamos quadradinhos que, depois, são banhados”, diz a chocolatière Renata Arassiro.

Já as barras maciças devem ser mais finas para derreter na boca com rapidez. “Quem faz chocolate sabe que é assim, não pergunta por quê. Temos a noção de que todas as formas, que fazem parte da cultura do chocolate, foram de-senvolvidas para facilitar a degustação e maxi-mizar as sensações.”

Design e funcionalidade convivem lado a lado na cozinha desde antes da Revolução Industrial. O que nem sempre se faz, entretanto, é uma reflexão sobre os motivos que levam a determi-nado resultado.

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Adobe decideinvestir em

software como serviço

Empresa abandonou o sistema da venda fí-sica de seus aplicativos e passa a oferecê-los por meio de assinatura mensal, apostando no SAAS. Acompanhando uma tendência crescente no mercado de computação em nuvem, a Adobe lançou, nesta semana, um serviço de assinatura na nova atualização de seu Creative Cloud. De acordo com comunicado da empresa, a nova versão será a única forma através daqual os usuários poderão ter acesso às ferra-mentas da empresa, a partir de 17 de junho. A Creative Cloud reúne as ferramentas que o usuário possui e dá acesso a toda a sua equi-pe às versões mais recentes de todos os apli-cativos profissionais de criação próprios para desktop da Adobe, como Photoshop, o Illustra-

tor e outros, além de novos recursos e atualiza-ções assim que estão disponíveis. A atualização do Creative Cloud inclui a nova geração de aplicações para desktop da Adobe – Adobe Photoshop CC, InDesign CC, Illustrator CC, Dreamweaver CC e Premiere Pro CC. As ferramentas de desktop da Adobe, conhecidas como Creative Suite (CS), vão passr a ter, a partir de agora, a marca CC para indicar que são parte integral do Creative Cloud.

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Nike pode lançar o primeiro tênis com cordões automáticos em 2015

Cordões tem origem no tênis do perso-nagem Marty McFly em “De Volta Para o Futuro - Parte II”

A Nike pode lançar o primeiro tênis com cordões automáticos em 2015. Se-gundo informações do blog Sole Collec-tor, Tinker Hatfield, principal designer da empresa americana, confirmou que o tênis pode ser desenvolvido com em um ano. “Se nós vamos ver cordões au-tomáticos em 2015? Para isso, eu posso afirmar que sim”, disse Hatfield ao blog.

Hatfield foi responsável pelos princi-pais tênis da empresa como Air Jordan, Air Max 1 e o Air Trainer. Em 2011, a Nike lançou o “Air Mag”, tênis de Marty Mcfly, personagem de Michael J.Fox em “De Volta Para o Futuro - Parte II” e vendeu

1,5 mil pares no eBay; rendendo US$ 6 milhões à fundação de Fox no combate ao Mal de Parkinson. No filme, o tênis ti-nha os cordões automáticos – até então peça de ficção.

Em 2011, a Nike lançou o Air Mag, tênis de Marty Mcfly e vendeu 1,5 mil pares no eBay.

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Artísta cria projeto de posters retrô da série Os Muppets

Foi a idéia do ilustrador Michael De Pippo, fanático pelos Muppets, e seus per-sonagens preferidos: a ban-da Dr. Teeth and the Elec-tric Mayhem composta por Dr. Teeth, Janice, Sgt. Floyd Pepper, Zoot e Animal.

Pippo homenageou seus ’heróis do rock’ em car-tazes retrô com um visual bem limpo e poucas cores, que nos faz lembrar dos antigos cartazes de shows para anunciar um dos maiores shows do grupo, realizado em 1981. Ele salienta que os projetos não são licenciados pela Disney, pois é justamente uma criação de fã demon-strando toda a admiração pelos incríveis Muppets.

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Já outro... criou um pôster para cada episódio da série Breaking Bad O artista gráfico Zsolt Molnár, após assistir a nossa série tão amada, teve a brilhante idéia de fazer um pôster para cada episódio de Breaking Bad (ou seja, 62 no to-tal) para homenagear a obra prima que acabara de ver. E o resultado disso ficou sensacional. Para isso, ele teve de assistir a série toda novamente. E a dedicação foi tamanha que, em média, ele viu os episó-dios umas 4-5 vezes, alguns até mais. Tendo finalizado a sua série de 62 cartazes em aproximadamente 400 horas de trabalho. Completando cinco meses de trabalho.

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CRATIVIDADECOLABORATIVA

Hoje a arte enviada é do fotografo Rodrigues Neto de São Paulo, ele diz que a fotografia é incrível, per-mitindo paralisar o tempo e fazer do mesmo uma arte única e expressiva ‘‘é a minha intenção como fotógrafo’’ completa.

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Brasil se iguala a europa em impressãoflexografica

A dinistradora de empresas Ana

Carina Marcussi, pre-sidente executiva da Associação Brasileira Técnica de Flexogra-fia, Abflexo/FTA Brasil,

garante que o País está entre os melhores do mundo em impressão flexográfica. “Nossa qualidade é comparada à da Europa e su-perior à dos Estados Unidos”, enfatiza.

Representante comercial do Grupo Furnax e proprietária da Flexocom, Ana Marcussi aponta alguns desafios a serem vencidos pelo setor, como maior agilidade na produ-ção com redução de custos fabris e controle do processo de fabricação.

Como a senhora avalia o crescimento da flexografia no Brasil? No ranking geral dos impressos de flexografia no mundo, que posi-

ção o País ocupa?

Ana Marcussi – Não existe um ranking glo-bal que nos mostre essa posição claramen-te; contudo, o que temos visto é que há um crescimento do uso da flexografia, tanto em banda larga quanto em banda estreita. Como o processo flexográfico evoluiu bastante nos últimos anos, principalmente em tecnologia, hoje é uma opção excelente de impressão para embalagens, rótulos e etiquetas, entre outros produtos.

A flexo vem conseguindo imprimir produtos que até então eram feitos somente em roto-gravura ou offset. Exemplo disso são as em-balagens que exigem alta qualidade e que antes só era possível imprimir na roto.

Em rótulos e etiquetas, também, muitos casos que antes usavam offset e serigrafia migraram para a flexo. O avanço da flexo deve-se à alta qualidade, melhores custos, processos industriais e materiais mais sus-tentáveis. Dos três segmentos de aplicação dessa tecnologia, a flexo tem maior atuação no de rótulos e etiquetas e caixas de papelão ondulado. Em flexíveis, a rotogravura ainda

Ana Carina Marcussi

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abrange uma área maior, porém isso também é um bom sinal, ou seja, significa que podemos ganhar mais e mais espaço. Em quali-dade, o Brasil está entre os melhores do mundo em impressão flexográfica, se não é o melhor. Nossa qua-lidade é comparada à da Europa e superior à encon-trada nos Estados Unidos. E a tecnologia é a grande responsável pelo avanço da flexografia no País.

Qual é hoje o percentual no Brasil e no mundo dos impressos feitos em flexo-

grafia?

AM – Não existe uma estatística do setor, que fica entre plástico, papel, papel-cartão e papelão ondulado. Em todas as pa-lestras realizadas por es-pecialistas aqui no Brasil e fora, os gráficos apontam para a estagnação do processo offset e da roto-gravura, cujo crescimento tem sido irrisório, segun-do afirmam. No entanto, a curva ascendente da flexografia é muito grande e continua em crescimen-to no mundo. No exterior, as leis são mais rígidas na questão de segurança de alimentos e do meio ambiente, principalmente. No Brasil, essa realidade ainda não chegou; aqui praticamente não existe impressão à base de água para embalagens flexíveis. O que existe no País em

termos desse tipo de impressão à base de água é para etiquetas e embalagens de papelão ondulado (neste caso, 100% da impressão utiliza esse método).

Qual o futuro da flexografia?

AM – Atualmente, os preços dos equi-pamentos de flexografia estão muito pa-recidos com os de rotogravura. Lá atrás, o investimento em uma máquina para a produção de embalagens flexíveis em fle-xo era muito baixo e em roto, muito alto. Hoje, não é mais. O preço de uma má-quina flexográfica muito boa, sem engre-nagens, totalmente eletrônica e com alta tecnologia quase se equipara ao de uma impressora em rotogravura. Na verdade, essa é que perdeu valor comercial. A flexo cresceu demais no Brasil e de forma muito rápida. Estima-se que existem atualmente, no País, mais de 11 mil indústrias de plásti-co, que envolvem a flexo e a rotogravura.

Qual será o grande desafio para a fle-xografia nos próximos anos?

AM – O apelo ecológico é o grande desafio da flexografia, bem como dos demais processos de impressão. Hoje, a maior parte da impressão em flexo banda larga é feita com tintas à base de sol-vente. Em flexografia, a banda larga re-presenta o volume maior, em toneladas, e uma grande demanda, em quantidade. A grande dificuldade das empresas, seja em roto ou em flexo, é o uso de tinta à base de solvente. Há ainda a questão dos plásticos. O uso do plástico biodegra-dável é baixo: pouquíssimas empresas o utilizam porque ele é muito caro. Faltam cultura e leis mais rígidas para incentivar o uso da impressão à base de água ou outra que não cause tanto dano ao meio ambiente, como a tinta EB (cura por fei-xe de elétrons) e materiais mais susten-táveis. Mas esse movimento já começou, não só na flexografia.

Quais são as principais metas da flexografia atu-

almente?

AM – Redução de des-perdícios, para diminuição dos custos fabris, melhoria contínua de qualidade de impressão e estabilidade de padrão de qualidade. Tudo isso está voltado ao controle total do processo e exige investimento em mão de obra mais qualifi-cada, treinamento, conhe-cimento e equipamentos de inspeção e medição.

Como a senhora enxerga a concorrência entre roto-

gravura e flexografia?

AM – A rotogrwwavura é um processo mais antigo e tradicional e, por isso, mais conhecido pelas empresas que usam embalagens. A melhora de qualidade em flexografia aos poucos vai ecoando nos clientes finais e isso, com certeza, trará mais volume para a fle-xografia a médio e longo prazos. O apelo ambiental e com relação à susten-tabilidade faz com que a flexografia cresça frente à rotogravura.

Como será a aceitação das tintas UV e de cura por electron beam para as

embalagens?

AM – As tintas UV ofere-cem melhor qualidade de

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impressão e mais brilho, mas causam maior impacto ambiental quando comparadas à cura por EB, que ainda está em fase de desenvolvimento no mundo. Sua vantagem é a possibilidade de eliminar a laminação e a menor geração de compostos orgâ-nicos voláteis, além da melhoria na quali-dade de impressão. O desafio enfrentado são os custos, ainda muito altos.

Quais as regiões de maior potencial para a flexografia no Brasil?

AM – O Sul e o Sudeste têm um maior volume atualmente. Nessas regiões estão os estados com maior modernização e conhecimento técnico e tecnológico. São Paulo vem em primeiro lugar, seguido por Santa Catarina. A tecnologia electron beam já chegou em São Paulo, na Antilhas, a primeira gráfica a desenvolvê-la no País. Com certeza, outras empresas devem es-tar correndo atrás disso. O Nordeste tam-bém se destaca, devido ao alto consumo. A região está crescendo muito em volume, protegida pelo governo e impulsionada pelo aumento do poder aquisitivo da po-pulação.

A senhora acredita que a flexografia seguirá a mesma tendência do offset, que absorveu os birôs de pré-impressão? As clicherias serão absorvidas pelos conver-

tedores?

AM – Não acredito nessa possibilida-de, pois são muitos convertedores médios e pequenos, e a tecnologia de cliche-ria ainda é muito cara. É um investimen-to contínuo, que exige altíssimo nível da mão de obra e controle. É bem mais ba-rato para o convertedor fazer parceria com uma clicheria para que seja aten-dido plenamente em suas necessidades. No Brasil as clicherias possuem um ótimo nível técnico.

Quais as grandes dificuldades do con-vertedor de papelão ondulado?

AM – É um mercado bem consolidado e as empresas têm dificuldades diferentes dependendo do seu porte. Em comum há o desafio da melhoria contínua na qualidade da impressão. Nas grandes empresas os investimentos são altos. Já no segmento coberto pelos pequenos e médios negó-cios, com a chegada das máquinas asiá-ticas no Brasil, foi possível elevar muito o nível de qualidade do produto final, com redução dos custos de fabricação. A difi-culdade de todos ainda é o conhecimento técnico e investimentos em mão de obra e capacitação.

O que é importante hoje para se fazer um bom impresso em flexografia?

AM – Ter um bom controle do processo, pois a flexo apresenta muitas variáveis. É necessário utilizar tecnologia de ponta, já que a flexografia chegou onde está muito por conta da tecnologia, que evoluiu muito, e de profissionais capacitados.

Quais as competências exigidas de um profissional para atuar no mercado de fle-

xografia?

AM – Conhecimento técnico, experiên-cia e cabeça aberta para aprendizados e novas tecnologias.

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BEBA COM MODERAÇÃO, SE BEBER, NÃO DIRIJA.

Um gelopra esquentar

sua noite. CRI

AÇÃO

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TENHA LEMBRANÇASETERNAS...

DAQUELESMOMENTOSINESQUECÍVEIS...

PAPERFIX É O ÚNICO PAPELFOTOGRÁFICO RESISTENTEA ÁGUA E AO TEMPO, PORQUE É REVESTIDO DE PLÁSTICO RECICLADO. ALÉM DE DURÁVEL,TRÁS UMA QUALIDADE INCRÍVEL PARA SUAS FOTOS, POR ISSO TEM O MELHOR CUSTO BENÉFICIO DO MERCADO.

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