Revista Bahia Indústria - Edição 242 -
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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB
Bahia
aNo XXIII Nº 242 2016
ExcEsso dE tributospEnaliza EmprEsasSegmentos empresariais reagem à crescente elevação
da carga tributária e cobram reformas estruturais
Editorial
Contra o aumento de impostos
No Brasil, onde se pratica uma das mais elevadas cargas
tributárias do mundo – sem o correspondente retorno em
serviços públicos de qualidade – o governo federal continua
optando pelo caminho mais fácil; ao invés de cortar gastos e tam-
bém atacar de frente os problemas que afetam a competitividade
da economia, continua optando por aumentar impostos, elevando
alíquotas e eliminando subsídios. Mas o pior é que também cogita
recriar a CPMF, um imposto que atua em cascata e onera toda a ca-
deia produtiva. Ou, em última análise, o consumidor, pois aumen-
tos de custos nem sempre podem ser absorvidos pelas empresas.
São muitos os exemplos de medidas que resultaram em au-
mento da carga tributária. Alguns deles: em maio de 2015, houve
a equiparação do atacadista ao produtor industrial de cosméticos
no pagamento do IPI, fazendo com que o atacadista, que tinha alí-
quota zero, passasse a recolher, desde então, 22%. E, em janeiro de
2016, a Lei nº 13.137 elevou as alíquotas do PIS/Pasep-Importação e
do Cofins de, respectivamente, 1,65% e 7,60% para 2,10% e 9,65%.
Não é preciso ter muito discernimento na área financeira para
perceber que aumentar impostos em plena crise abala a saúde das
empresas, inibe investimentos e aumenta o desemprego. O que se
traduz em quedas de arrecadação. É o que se verifica no momen-
to, quando a indústria perde participação no PIB, o desemprego
atinge 11,1 milhões de brasileiros e a arrecadação federal caiu no
primeiro bimestre 11,5%, em relação ao mesmo período de 2015.
Contra essa tendência de o governo aumentar impostos, seg-
mentos organizados da sociedade se mobilizam e pressionam as
esferas públicas para que deem o exemplo e façam o equilíbrio
das contas públicas, cortando as próprias despesas – reduzindo
ministérios, cortando custeio e combatendo a corrupção –, ao in-
vés de fazer o ajuste com o chapéu alheio. A ineficiência e o des-
controle dos gastos públicos está na raiz destes desequilíbrios.
Adicionalmente, o governo federal precisa deslanchar a re-
forma tributária, simplificando a confusa estrutura do setor, que
cria instabilidade jurídica e aumenta os custos das empresas; a
reforma trabalhista, atualizando sua legislação, que data da Era
Vargas; e a reforma da Previdência, adequando a legislação à ele-
vação da idade média do brasileiro.
Os setores produtivos estão em alerta para evitar que os gover-
nantes cedam à tentação de criar novos impostos, como a CPMF,
que não resolverão os desajustes financeiros crônicos do governo,
mas que trariam um impacto altamente negativo para a saúde das
empresas e ao poder de compra dos consumidores.
Contra essa tendência de o governo aumentar impostos, segmentos organizados da sociedade se mobilizam e pressionam as esferas públicas para que deem o exemplo e façam o equilíbrio das contas públicas, cortando as próprias despesas
Os presidentes da Fecomércio, FIEB e FAEB estão unidos em defesa da redução da carga tributária
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4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS
e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-
daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira
Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,
mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-
ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,
detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS
de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.
antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]
/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-
toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS
do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica
e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-
comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material
elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-
toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS
de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato
da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da
conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria
do eStado da Bahia, [email protected]
Filiada à
Bahia
fiEBPRESIDENTE Antonio ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-
-PRESIDENTE Carlos henrique Jorge gantois. VICE-
-PRESIDENTES Josair santos Bastos; eduardo Catha-
rino gordilho; edison Virginio nogueira Correia;
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TITULARES Alberto Cánovas ruiz;eduardo meirelles
Valente; renata lomanto Carneiro müller; Fernando
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Freitas; Waldomiro Vidal de Araújo Filho. DIRETORES
SUPLENTES guilherme moura Costa e Costa; glads-
ton José Dantas Campêlo; Cléber guimarães Bastos;
Jorge Catharino gordilho; marcelo Passos de Araú-
jo; roberto mário Dantas de Farias
conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUSTRIAL
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MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio sergio
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LOgIA José luis gonçalves de Almeida; CONSELhO
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ben rocha Arandas; CONSELhO DE RESPONSABILIDA-
DE SOCIAL EMPRESARIAL marconi Andraos oliveira;
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na Carvalho Pedreira; CONSELhO DE PETRóLEO, gáS
E NAVAL humberto Campos rangel; CONSELhO DE
PORTOS sérgio Fraga santos Faria
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Jorge emanuel r. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Car-
los Antonio B. Cohim da silva. 3º VICE-PRESIDENTE
roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene
Aparecida Vilpert; Benedito Almeida Carneiro Filho;
Cleber guimarães Bastos; luiz da Costa neto; luis
Fernando galvão de Almeida; marcelo Passos de
Araújo; mauricio lassmann; Paula Cristina Cánovas
Amorim; hilton moraes lima; thomas Campagna
Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly Felix Carva-
lho. DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando suzart
Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Dé-
cio Alves Barreto Junior; Jorge robledo de oliveira
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PLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; rodolpho Caribé de
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SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio ricardo A. Alban.
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ciEb - cEntro das indústrias do Estado da bahia
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Primeira edição
baiana do evento
propõe
transformar boas
ideias em projetos
Grand Prix SEnai
Conselho do SESI homenageou
Rafael Mendes pelo ingresso no
Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
Estudante diz que a base recebida no
SESI foi fundamental
Ex-aluno do SESi rEcEbE homEnaGEm
Representantes de 45 indústrias
participaram de evento realizado
pela FIEB e pelo IEL para apresentar
as soluções oferecidas pelas duas
instituições e seus parceiros
SoluçõES E SErviçoS no avança indúStria
sumário
8
Ilustrações Bamboo Editoranº 242 mar/abr.2016
6
Federações empresariais
mobilizam-se contra o aumento
da carga de impostos
maiS racionalidadE E mEnoS tributoS
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6 Bahia Indústria
Por carolina mendonça
Steven Johnson, autor do
sucesso “De Onde Vêm as
Boas Ideias”, acredita que
as maiores invenções pre-
cisam de ambientes propícios para
florescer. Este conceito é justamen-
te uma das bases do Grand Prix
SENAI de Inovação, uma disputa
de inovação aberta em que os par-
ticipantes têm pouco tempo para
transformar uma boa ideia num
primeiro protótipo conceitual. A
primeira edição baiana do evento
teve suas etapas realizadas entre
16 de março e 2 de abril, no SENAI
Cimatec, em Salvador.
O Smart Cacht, uma armadilha
inteligente para mosquitos, foi o
grande vencedor. Em segundo e
terceiro lugares ficaram, respecti-
vamente, um sistema de gerencia-
mento online para estacionamen-
tos (WEB Parking) e o Desencalha,
equipamento para desentupir e
limpar calhas. Todos tiveram co-
mo foco a busca de soluções para
desafios da sociedade, e o tema
escolhido foi a tríplice epidemia
causada pelo Aedes Aegypti.
Empolgados, os oito estudantes
de graduação e dois professores do
SENAI e da Ufba já sonham com a
possibilidade de produzir a arma-
dilha em escala. “Agora é continu-
ar, melhorar o projeto e fazer com
que ele se torne viável como negó-
cio”, comemorou Gabriela Souza,
19, da equipe vencedora.
O projeto já está qualificado
para participar do Edital SESI SE-
NAI de Inovação 2016, assim como
os vencedores do 2° e 3° lugares e
mais duas ideias com potencial,
de acordo com os avaliadores do
Grand Prix. “Para concorrer, eles
vão precisar se associar a uma
empresa ou abrir a própria, já
que o edital exige propostas apre-
sentadas por empresas do setor
industrial brasileiro de todos os
tamanhos, inclusive startups de
base tecnológica, em parceria
com unidades do SENAI ou SESI”,
explicou a especialista em Desen-
volvimento Industrial do SENAI
Nacional, Juliana Uliana.
Formato Participaram da competição es-
tudantes do SENAI e de outras
instituições de ensino, empre-
endedores, inventores, startups
e empresas consolidadas para,
prototipagEm dE idEiasgrand Prix senAi de inovação desafia estudantes e empreendedores a materializar um insight
Participantes
tiveram pouco
tempo para
construir um
primeiro
protótipo
Bahia Indústria 7
Fotos Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
em equipe, desenvolverem suas
ideias. “Conseguimos um bom
nível de engajamento dos alunos
dos cursos técnicos e das gradua-
ções do SENAI para uma primeira
edição. Surpreendeu-nos a partici-
pação dos estudantes do interior
do estado, que tiveram seis ideias
classificadas para a etapa final”,
avalia a coordenadora do Grand
Prix, Katia Perazzo.
Após a apresentação da pro-
posta, os participantes se inscre-
veram pela internet e as equipes
foram agrupadas de acordo com
as ideias que surgiram. A partir
daí, eles tiveram 24 horas para
estruturar o projeto e construir o
protótipo, com orientação de men-
tores e a utilização dos recursos do
Laboratório Aberto do Cimatec.
As melhores ideias foram sele-
cionadas por uma comissão for-
mada por especialistas do próprio
SENAI, além de instituições parcei-
ras, tais como o Sebrae, Secti, Fa-
pesb, secretarias de saúde, univer-
sidades e institutos de pesquisa.
“Pudemos testar a metodologia
do Grand Prix e houve um impacto
muito positivo na instituição, com
o envolvimento de várias áreas e
profissionais. Já estamos pensan-
do em um novo formato voltado
para a solução de problemas das
empresas”, conta o gerente do Nú-
cleo de Empreendedorismo do SE-
NAI, Flávio Marinho.
De acordo com um dos ava-
liadores convidados, o professor
da Escola Politécnica (POLI) da
Universidade de São Paulo (USP),
Eduardo Zancul, a vantagem do
formato do Grand Prix é a possi-
bilidade de agregar processos em
torno de uma mesma ideia. “Em
um curto espaço de tempo e com
poucos recursos, é possível dar
este grande salto, que é a prototi-
pagem”, afirmou.
Para Zancul, este tipo de dis-
puta motiva os estudantes, pois
os incentiva a pensar e executar
ideias, mesmo sabendo que terão
dificuldades e tropeços. “Não há
resultados sem fracassos, é pre-
ciso incorporar o erro como parte
do processo criador. Nos países
mais avançados, trabalha-se com
o lema de que 'qualquer um pode',
enquanto aqui dizemos muitos
'nãos' às nossas crianças e adoles-
centes”, explicou. [bi]
Etapas: ideia
em discussão,
construção
colaborativa,
montagem do
protótipo com
apoio de
impressora
3D,
apresentação
e premiação
8 Bahia Indústria
rooseVelt Cássio /CoPerPhoto/sistemA FieB
Em tempos de Jogos Olímpicos,
podemos dizer que Rafael
Barreto Mendes, 19, é um me-
nino de ouro. Ex-aluno da Escola
Djalma Pessoa do Serviço Social
da Indústria (SESI Bahia), de 2011
a 2013, onde cursou o ensino mé-
dio, Rafael é um exemplo de que
o sonho pode nos levar longe se
tivermos a oportunidade de en-
contrar um ambiente que estimule
nossas potencialidades.
Medalhista de ouro, prata e
bronze, respectivamente, nas
Olimpíadas de Astronomia, Baia-
na de Química e Brasileira de Fí-
sica Norte-Nordeste, Rafael queria
voar bem mais alto. Este ano, foi
aprovado para o renomado Insti-
tuto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA), onde está cursando Enge-
nharia Aeroespacial.
A conquista foi celebrada com
uma homenagem do Conselho Re-
gional do SESI, que concedeu uma
placa ao estudante e o presenteou
com um notebook, na reunião
estudante do sesi é aprovado no itArafael mendes destaca apoio da entidade para chegar ao curso de engenharia Aeronáutica
Rafael posa
para foto em
frente ao ITA:
meta agora é
chegar à Nasa
do 3º ano, Rafael também cursou
Mecatrônica no SENAI.
Rafael conta que encontrou no
SESI o ambiente propício, com la-
boratórios bem equipados e pro-
fessores motivadores. “O aluno
que sai do EBEP chega mais prepa-
rado à faculdade. Eu, por exemplo,
cheguei mais avançado em pro-
gramação porque já tinha visto no
SENAI. Em relação ao SESI, não é
todo colégio que tem laboratórios
tão equipados. Isso é um diferen-
cial. Em muitos colégios, o conhe-
cimento científico fica restrito à
teoria”, explica Rafael.
Sobre a chegada ao ITA, Rafa-
el não esconde a felicidade de ter
conseguido atingir o seu objetivo.
Além da aprovação no ITA, ele
também comemorou o acesso para
o Instituto Militar de Engenharia.
Preferiu o ITA e projeta novas me-
tas daqui pra frente: fazer inicia-
ção científica no INPE como forma
de aprender mais sobre tecnologia
com satélite.
Vindo de uma família simples,
Rafael faz questão de frisar o
apoio dos pais, que sempre esti-
mularam ele e os irmãos a estu-
dar. Outro importante apoio ele
encontrou na educadora Lilian
Alves – também homenageada
pelo Conselho do SESI –, profes-
sora de Física da Escola Djalma
Pessoa e que foi orientadora do
aluno nas Olimpíadas Brasilei-
ra de Astronomia e Astronáutica
(XVI OBA), em 2013.
“Rafael é um aluno diferen-
ciado. Ele acredita na educação
como fator de transformação so-
cial”, explica Lilian. Ela recorda
que ele sempre foi um aluno de-
dicado e que conserva como qua-
lidades a humildade e a simplici-
dade. Para Lilian, ele ainda vai
chegar bem longe. [bi]
mensal, realizada no dia 28 de
abril. Em razão das aulas em São
Paulo, ele foi representado pelos
pais Anelísia e Benildo Feitosa. A
premiação foi entregue pelo con-
selheiro Djalma Pessoa, na pre-
sença do presidente da FIEB, Ri-
cardo Alban, e dos superintenden-
te do SESI e diretores do SENAI e
do SENAI Cimatec, Armando Neto,
Luís Breda e Leone Peter Andrade.
A meta de Rafael é trabalhar
com desenvolvimento de satélites
e, um dia, integrar o corpo técnico
da agência norte-americana aero-
náutica e espacial, a NASA. O gos-
to pela área surgiu cedo e se con-
solidou ao longo do ensino médio.
curso tÉcnicoAluno do Ensino Básico Articulado
com Educação Profissional (EBEP),
modalidade oferecida pela Rede
SESI em parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Indus-
trial (SENAI), que prevê um ano de
formação técnica após a conclusão
circuito
Bahia Indústria 9
Por clEbEr borGES
Protocolo para viabilizar energia solarAlemães e baianos assinaram um
protocolo de intenções, no SENAI
Cimatec, para ampliar ações de
ciência, tecnologia e inovação,
visando atrair investimentos de
energia solar na Bahia. O acordo
inclui as secretarias estaduais de
Ciência, Tecnologia e Inovação e
de Desenvolvimento Econômico,
o Serviço Nacional de
Aprendizado (SENAI Bahia) e a
Associação Fraunhoffer
Gesellschaft, maior organização
de pesquisa aplicada da Europa.
Serão desenvolvidas ações
conjuntas nas áreas de geração,
distribuição e armazenamento de
energia solar. O primeiro passo
será entender, mapear e
modelar a cadeia
produtiva da energia
solar fotovoltaica na
Bahia.
Projeções para 2017 são pessimistasAgentes do mercado financeiro
estão pessimistas com o cenário
de curto/médio prazo no Brasil.
O banco Credit Suisse prevê que
a crise econômica deve perdurar
até o final do próximo ano. Nos
anos de 2016 e 2017, o PIB ficará
em -4,2% e -1,0%,
respectivamente; o desemprego
alcançará 11,2% e 12,6%; a
massa salarial fechará em -4,7%
e -1,5%; o consumo das famílias
cairá -4,5% e -1,1%; e os
investimentos cairão -13,7% e
-3,34%. Para analistas do
comportamento econômico,
somente em 2018 os números da
economia poderão voltar à
normalidade.
Alunos do SENAI são bem avaliadosO SENAI obteve bom resultado
na primeira avaliação dos
cursos técnicos que oferece.
Foram avaliados 44,8 mil
estudantes de 40 cursos em
todos os estados e no Distrito
Federal, dos quais 71,5%
obtiveram resultados nos níveis
adequado ou avançado. O
objetivo foi verificar a
proficiência dos estudantes e o
desempenho dos cursos e das
escolas, possibilitando o
aprimoramento da
educação profissional
oferecida pelo Sistema
Indústria. A avaliação
investiga o
desenvolvimento de
capacidades básicas, técnicas e
de gestão, bem como verifica o
alcance das competências para
o desempenho de cada
ocupação. O SENAI Bahia ficou
na sexta colocação. Os estados
que tiveram melhores
resultados dos alunos foram:
Sergipe (82,7%), São Paulo
(82,6%), Santa Catarina
(80,8%), Paraná (78,3%), Minas
Gerais (74,9%), Bahia (74,8%) e
Espírito Santo (74,7%).
Indústrias têm prejuízos com falhas de energiaFalhas no fornecimento de energia elétrica causam prejuízos para a indústria
brasileira. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria mostra que
67% das empresas que utilizam a eletricidade como principal fonte de energia no
processo produtivo são impactadas de forma significativa em razão das interrupções
no serviço. São 16% das empresas afetadas frequentemente, 34% eventualmente e
44% se depararam com queda de energia em raras ocasiões. Apenas 4%
responderam que nunca acontecem falhas. De acordo com a pesquisa, os problemas
são mais frequentes no Norte (69%). Na sequência, aparecem o Centro-Oeste (55%),
Sudeste (49%), Sul (45%) e Nordeste (42%). Os segmentos que acumulam maiores
perdas são os de extração de minerais não metálicos, de plástico e de metalurgia.
“Temos uma combinação de presidencialismo que
não preside e que se diz de coalizão, mas não coaliza”
Delfim Netto, comentando, em março, a falta de apoio da presidente Dilma no Congresso
e sua dificuldade para governar
10 Bahia Indústria
sindicatos
Palestra apresenta ferramentas para enfrentar a crise
Extrato do sisal é testado como inseticida contra o Aedes Aegypti Estudo realizado pela
Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), em parceria com a
Embrapa, obteve um inseticida
natural, à base de extrato retirado
das folhas do sisal, que se
mostrou eficaz contra as larvas do
Aedes Aegypti. O suco do sisal
possui compostos orgânicos que
podem causar toxidade, irritação
e até morte de carrapatos,
lagartas de determinadas
espécies e outros insetos. Ainda
serão realizadas pesquisas para
que o produto seja
disponibilizado de forma segura.
“A descoberta é resultado de
pesquisas para utilização de
100% da planta do sisal. O
Sindifibras tem outros estudos
com a Embrapa e a Universidade
Estadual Paulista que indicam
boas possibilidades técnicas e
econômicas para o suco do sisal
na indústria química e
farmacêutica”, afirmou o
presidente do sindicato, Wilson
Andrade.
Sinduscon-BA e SESI juntos no combate ao mosquitoO Sinduscon-BA, com apoio do
SESI, lançou campanha de
combate ao Aedes Aegypti,
mosquito transmissor da
dengue, chikungunya e zika.
Com periodicidade semanal, as
ações serão promovidas nos
canteiros de obras para
sensibilização dos
colaboradores. Na iniciativa, está
prevista a inspeção dos canteiros
para eliminar locais de água
parada.
O advogado
Fernando de
Luizi falou para
empresários na
FIEB
Apresentar aos empresários baianos ferramentas para enfrentar a crise
foi o objetivo da palestra Estratégias para o Empresário em suas
Relações com o Mercado Financeiro em Momentos de Crise, realizada na
FIEB, dia 3.3. No evento, o advogado Fernando de Luizi, especialista
em recuperação judicial, explicou que a medida, usada para evitar a
falência de uma empresa, é uma opção a ser considerada.
Sindicato busca alternativas para a crise
Missão composta por diretores do
Sindicato da Indústria de
Mármores e Granitos (Simagran-
BA) participou, em fevereiro, de
visita técnica à Vitória Stone Fair
2016, maior feira de Rochas
Ornamentais das Américas,
realizada no Espírito Santo. Além
de ter acesso às novas tecnologias
e tendências do mercado, os
empresários mantiveram contatos
com fornecedores e visitaram
empresas da região. “Estamos
buscando novos negócios e
oportunidades para manutenção
das empresas frente ao atual
cenário que o País atravessa, e
que tem impactado todos os
setores”, explicou o presidente do
Simagran, Marcos Regis Andrade.
Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
Polo de confecção é lançado em Feira de Santana Com inauguração marcada para o dia 16 de
maio, o Polo de Distribuição das Indústrias de
Confecção da Bahia - Polimoda – foi lançado
em fevereiro, no SENAI de Feira de Santana.
Iniciativa do Sindicato da Indústria do
Vestuário de Feira de Santana e Região, com
apoio da prefeitura, FIEB, Sebrae e SENAI, o
Polo é um centro de vendas para 72 fábricas do
município, de Ipirá e de Salvador, com pronta-
entrega de confecções, acessórios e couros.
No lançamento, o vice-presidente da FIEB e
presidente do Sindvest de Feira de Santana e
Região, Edison Virginio Correia, apresentou o
Plano de Mídia e a proposta do conceito do
Polimoda. “A característica do polo é venda em
atacado e varejo dos produtos das indústrias
baianas”, afirmou. Na oportunidade, foram
assinados Termos de Cooperação entre o
Sindicato, Prefeitura de Feira, SENAI e Sebrae.
Bahia Indústria 11
Apesar da crise econômica enfrentada pelo Brasil, a
perspectiva para o mercado de sorvetes é positiva.
Até 2020, o faturamento do mercado nacional deve
atingir R$ 13,9 bilhões, segundo dados da agência
de inteligência de mercado Mintel, apresentados dia
16.03, em evento promovido pelo Sindicato da
Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos
Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia
(Sindisucos), no SENAI Cimatec. Com apoio da FIEB,
o evento abordou as tendências de mercado, a
exemplo dos produtos de maior valor agregado,
como sorvetes premium, gourmet e saudáveis.
Angel
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A importância da marca no contexto dos negócios da
empresa foi o foco do Workshop Gestão de Marcas na
Indústria de Cosméticos, promovido pelo Sindicato da
Indústria de Cosméticos e Perfumaria do Estado da
Bahia (Sindcosmetic), com apoio da FIEB, no dia
09.03, em Salvador. No encontro, o designer José Luiz
de Paula Júnior, especializado em desenvolvimento
de embalagem, branding e produtos, falou sobre
criação, registro e estratégia de marcas, além de
elencar os atributos necessários para se obter êxito
neste processo. O presidente do Sindcosmetic, Raul
Menezes, destacou que a inciativa teve como objetivo
reforçar a importância de se ter um produto
diferenciado para o sucesso da empresa.
cosméticos: gestão de marcas é tema de evento
O designer José de Paula Júnior durante workshop
Boas práticas mostram atuação de sindicatos baianosBoas práticas de sindicatos
industriais da Bahia foram
selecionadas para compor o
Catálogo Online de Boas Práticas
Sindicais, da CNI. A ação faz parte
do Programa de Desenvolvimento
Associativo e tem o objetivo de
manter um banco com práticas
que possam estimular iniciativas
de sindicatos de todo o país.
Sete práticas de sindicatos
baianos foram selecionadas:
Sindileite, Sindvest, Sinprocim e
Simagran. Reuniões itinerantes,
Selo de Qualidade, e estratégias e
ferramentas de comunicação
foram algumas delas.
Sindipeças Nacional elege novo presidente após 22 anosApós 22 anos à frente do Sindipeças Nacional,
Paulo Butori será sucedido pelo empresário Dan
Ioschpe. Butori se destacou pela defesa da
indústria nacional frente à concorrência
internacional na cadeia de suprimentos do setor
automotivo. Com sede em São Paulo, o
Sindipeças reúne 470 empresas fabricantes de
autopeças. Na Bahia, a votação aconteceu na
FIEB, em fevereiro.
Bahia participará de projeto-piloto de Atuação Articulada Reunião realizada na FIEB, dia
04.03, foi o primeiro passo para a
implantação do projeto-piloto do
Modelo de Atuação Articulada
entre as Áreas Sindical e de
Mercado do Sistema Indústria,
que estabelece parâmetros para a
relação entre sindicatos, áreas
sindicais e de mercado na oferta
de soluções às indústrias. Foram
apresentados os principais
aspectos do projeto e as
estratégias que serão adotadas no
processo de implantação. Além da
FIEB, a Federação da Indústria do
Paraná também foi escolhida pela
CNI para a experiência.
tendências para o mercado de sorvetes
Especialistas
apresentaram
as tendências
do mercado
para
empresários
Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
12 Bahia Indústria
Evento teve
parceria
da FIEB e
sindicatos
Angelo Pontes / CoPerPhoto / sistemA FieB
Com queda de 8% no consumo
em 2015, o segmento têxtil
brasileiro aposta nas expor-
tações para superar o atual mo-
mento econômico. Para orientar
os empresários baianos sobre mer-
cado internacional e apresentar o
panorama e perspectivas do setor,
foi realizado, em março, na Fede-
ração das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), o seminário Circuito
Abit/Texbrasil - Competitividade e
Internacionalização.
O panorama do setor foi apre-
sentado pelo diretor superinten-
dente da Associação Brasileira da
Indústria Têxtil e de Confecção
(Abit), Fernando Pimentel. “Exis-
tem duas janelas de oportunida-
des: o aumento das exportações e
a substituição das importações”,
indústria têxtil aposta nas exportaçõesseminário orientou empresários sobre mercado internacional e apresentou panorama do setor
avaliou. Pimentel destacou que,
além de aproveitar o câmbio favo-
rável, as empresas devem buscar a
melhoria da gestão para ingressar
no mercado internacional.
Com caráter itinerante, o se-
minário passou pelos estados de
Pernambuco, Rio de Janeiro, San-
ta Catarina, Rio Grande do Sul,
Minas Gerais e Ceará. Na Bahia,
o evento contou com a parceria da
FIEB e dos sindicatos da Indústria
do Vestuário de Salvador e Região
(Sindvest) e de Feira de Santana e
Região (Sindvest), da Indústria de
Fiação e Tecelagem do Estado da
Bahia (Sindifite-ba) e das Indús-
trias de Fibras Vegetais no Estado
da Bahia (Sindifibras).
“É importante a integração
entre os sindicatos e entidades se-
toriais, a exemplo da Abit. Assim,
ganhamos representatividade. Em
momentos de adversidades, como o
que estamos enfrentando, precisa-
mos atuar de forma proativa”, de-
fendeu o presidente da FIEB, Ricar-
do Alban, na abertura do evento.
intErnacionalizaçãoPara apoiar as empresas no cami-
nho para começar a exportar, foi
apresentado durante o evento o
Programa de Internacionalização
da Indústria da Moda Brasileira
(Texbrasil), da Agência Brasilei-
ra de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil), par-
ceira na realização do seminário.
A analista de projetos industriais
do Programa Texbrasil, Mariana
Correa, observou que indústrias
sustentáveis se diferenciam no
mercado global.
O Programa de Competitivida-
de para Internacionalização (PCI),
oferecido pelo Centro Internacio-
nal de Negócios (CIN) também
foi apresentado aos empresários.
O PCI visa preparar as empresas
baianas para que tenham condi-
ções de competir no mercado in-
ternacional e também no mercado
interno, disputado por multinacio-
nais. “São propostas ações tanto do
ponto de vista da melhoria da com-
petitividade, quanto de acesso ao
mercado internacional”, explicou
a coordenadora de Comércio Exte-
rior, Hilceia Patriarca. [bi]
Bahia Indústria 13
Encontro
contou com
participação de
45 empresas
João AlVArez / CoPerPhoto / sistemA FieB
Empresários e representantes
de 45 indústrias e prestadoras
de serviços industriais tive-
ram a oportunidade de conhecer as
soluções oferecidas pelo Sistema
FIEB e instituições parceiras, como
o Sebrae e instituições bancárias,
durante o evento Avança Indústria,
promovido pela Federação das In-
dústrias do Estado da Bahia, em
parceria com o Instituto Euvaldo
Lodi (IEL/BA), em março.
Mais de 130 atendimentos fo-
ram realizados durante o evento,
que aconteceu no auditório da
Federação. Em encontros previa-
mente agendados, com duração
de vinte minutos, especialistas
da FIEB, SESI, SENAI e IEL, além
de representantes das instituições
parceiras, apresentaram – confor-
me a necessidade de cada empresa
– soluções nas áreas de Acesso a
Crédito, Tecnologia e Inovação,
Gestão Empresarial e Acesso a
soluções para a indústriaAvança indústria aproximou empresas baianas dos serviços oferecidos pelo sistema FieB
Mercados, Saúde, Educação, Se-
gurança e Meio Ambiente.
Há 20 anos no mercado, a em-
presa Loygus, do setor têxtil, re-
cebeu orientações nas áreas de
Educação, Tecnologia e Inovação
e Acesso a Mercados. “Esta é uma
oportunidade ímpar para que os
empresários possam conhecer o
que as instituições aqui presentes
podem oferecer”, avaliou o diretor
comercial da empresa, Joselito Vi-
las Bôas, que teve encontros com
representantes do SESI, SENAI e
FIEB. Ele também ressaltou a im-
portância de as empresas estarem
sempre em busca de aprimoramen-
to. “Apesar do cenário político-
-econômico enfrentado pelo país,
buscamos investir em treinamen-
tos e capacitações para os colabo-
radores e gestores, pois sabemos
que quem estiver mais preparado
é que vai sobreviver no mercado”,
comentou Vilas Bôas.
Quem também aproveitou a
oportunidade foi o empresário
Maurício Lassmann, proprietário
da Telamix, do segmento de move-
laria e metalurgia. “Esse evento é
interessante, não só pela situação
que o país vive hoje, mas pela ne-
cessidade constante que nós em-
presários temos de buscar novas
tecnologias e oportunidades de
melhoria”, avaliou.
Projeto inovador da Confede-
ração Nacional da Indústria (CNI)
com a FIEB, no âmbito do Progra-
ma de Desenvolvimento Associa-
tivo (PDA), a rodada envolveu os
sindicatos filiados – que indica-
ram empresas para participar da
iniciativa –, com foco no fortale-
cimento empresarial e estímulo ao
associativismo. O evento utilizou
a metodologia de rodada de negó-
cios – em que o IEL tem expertise
– e envolveu empresas e entidades
parceiras.
“Esse modelo de atuação mais
articulada entre as entidades do
Sistema FIEB e parceiros é im-
portante. No Avança Indústria, os
empresários conseguiram conhe-
cer o portfólio das instituições de
apoio, de acordo com suas neces-
sidades específicas”, ressaltou a
gerente de Relações Sindicais da
Federação, Manuela Martinez,
explicando que as empresas ins-
critas receberam visita prévia de
consultores do IEL, que mapea-
ram suas necessidades.
O superintendente do IEL, Evan-
dro Mazo, também destacou a im-
portância de reunir, em um mesmo
evento, instituições com serviços
complementares. “Facilita o enten-
dimento da atuação de cada enti-
dade e, além disso, as instituições
podem propor soluções integradas,
que tornem as empresas mais com-
petitivas”, disse. [bi]
14 Bahia Indústria
Classificada seis vezes consecutivas no ranking
das 200 Pequenas e Médias Empresas que
Mais Crescem no Brasil, da Revista Exame, a
Qualidados foi uma das primeiras empresas
baianas a implantar a tecnologia JOIN – Jogo da Ino-
vação, que apresenta conceitos, boas práticas e ferra-
mentas que auxiliam empresas a transformarem seus
negócios com a inovação.
“A inovação sempre esteve no DNA da empresa,
pois buscamos a melhoria contínua. O JOIN trouxe
uma proposta bem estruturada, com ferramentas e
práticas, para que pudéssemos sistematizar a gestão
da inovação”, destaca a sócia-diretora Jane Carvalho.
Cliente desde 2013, a empresa aprimorou, a par-
tir do banco de ideias implementado com o JOIN, o
Sistema de Gestão de Contratos, o que gerou redução
de até 93% do tempo gasto com alguns processos. “É
preciso disciplina para implementar a gestão da ino-
vação”, destaca Jane Carvalho. Ela também ressaltou
que, no início, a empresa enfrentou o desafio de en-
volver os colaboradores.
Para isso, foi formado um Comitê Técnico de Ino-
vação, responsável, entre outras ações, pelo pla-
nejamento dos eventos, organização do espaço de
inovação e divulgação do programa. “É preciso um
grupo de pessoas dedicadas a cumprir o calendá-
rio e realizar os eventos, para que o sistema rode”,
pontua, destacando que a diretoria também precisa
estar engajada.
Por marta erhardt
Práticas de inovaçãoempresas que implantaram a tecnologia Join trocam experiências em evento promovido pelo instituto euvaldo lodi
Empresários
participaram
do Painel de
Boas Práticas
e Lições
Aprendidas
– JOIN,
promovido
pelo IEL-BA
A experiência da Qualidados com o JOIN foi com-
partilhada com representantes de outras empresas
durante o Painel de Boas Práticas e Lições Aprendidas
– JOIN, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL),
no auditório da Federação das Indústrias do Estado
da Bahia (FIEB), em março.
As inovações organizacionais promovidas atra-
vés do JOIN na Futura Arquitetos também foram
apresentadas no encontro. O arquiteto e coordena-
dor de projetos Álvaro Letelier explicou que, com o
apoio da tecnologia desenvolvida pelo IEL, a empre-
sa estruturou e padronizou seus processos e, como
resultado, criou o Escritório de Projetos. “Os arqui-
tetos passaram a ter autonomia nas decisões, o que
aumentou a eficiência. Também percebemos uma
motivação maior da equipe com a nova estrutura”,
destacou.
O Painel de Boas Práticas e Lições Aprendidas –
JOIN também contou com apresentações de Raimun-
do Dórea, da Engpiso e Renato Carneiro, da Inovit. Na
abertura do encontro, a gerente de Desenvolvimento
Empresarial do IEL, Fabiana Carvalho, ressaltou a
importância do evento para o networking e apresen-
tou as soluções oferecidas pela entidade.
O evento foi conduzido pela coordenadora peda-
gógica do JOIN, Ana Pires. “O JOIN propõe organizar
a gestão da inovação nas empresas e traz ferramen-
tas que colaboram para este fim”, explicou. A tecno-
logia apresenta conceitos, boas práticas e ferramen-
Bahia Indústria 15
“O JOIN trouxe uma proposta bem estruturada, com ferramentas e práticas, para que pudéssemos sistematizar a gestão da inovaçãoJane Carvalho, sócia-diretora da Qualidados
Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
tas que auxiliam empresas a transformarem seus
negócios com a inovação.
gEstão da inovaçãoDesde 2013 no mercado, a tecnologia JOIN já foi im-
plantada por mais de 40 empresas baianas. A asses-
soria em gestão da inovação orienta a estruturação
das atividades de inovação e pode ser contratada em
diferentes modalidades: JOIN 100 (com 100 horas de
assessoria in company), JOIN 150 (além das 100 horas
de assessoria in company, conta com 50 horas de ca-
pacitação em gestão da inovação).
As empresas que precisam de apoio na área de
Gestão da Inovação contam, ainda, com outras solu-
ções oferecidas pelo IEL, como o atendimento custo-
mizado a partir das necessidades das empresas; e o
Desafio de Inovação, que engloba 50 horas de apoio
técnico para a solução de um projeto de inovação.
O portfólio engloba, ainda, capacitações como as
Oficinas de Gestão de Inovação, que apresentam e
debatem conceitos, teorias e boas práticas e contam
com exercícios práticos envolvendo temas reais da
empresa; e os Laboratórios de Inovação, voltados à
capacitação das pessoas no uso de ferramentas, mé-
todos e técnicas que potencializam as atividades de
inovação na empresa. A terceira edição do Laborató-
rio de Inovação, realizada em março, reuniu cerca de
20 representantes de empresas baianas na FIEB.
Na oportunidade, os participantes puderam co-
nhecer, de forma prática, algumas
das técnicas de Design Thinking.
A gerente de Desenvolvimen-
to Empresarial do IEL, Fabiana
Carvalho, destacou a relevância
da iniciativa. “Identificamos que
era importante para as empresas
vivenciarem, ainda que por um
curto período, ferramentas práti-
cas que vão contribuir para os pro-
cessos de inovação”, pontuou. Ela
também ressaltou a importância
do evento para o networking. “Es-
se momento de compartilhamento
de experiências é fundamental
para inovar”, disse.
Outras três edições dos Labo-
ratórios de Inovação serão rea-
lizadas em 2016, nos meses de
maio, julho e setembro. Mais in-
formações sobre os Laboratórios
de Inovação podem ser obtidas
pelo telefone (71) 3343-1425 ou
pelo e-mail [email protected].
Já os interessados em conhecer a
tecnologia JOIN devem entrar em
contato pelos telefones (71) 3343-
1266 e (71) 3343-1425 jogodaino-
[email protected]. [bi]
16 Bahia Indústria
Estado brasileiro é uma entidade onipresente.
Parece não conhecer limites. Não se atém à atu-
ação tradicional do setor público, normalmen-
te limitada às áreas de educação, saúde, gestão
macroeconômica da economia, segurança e re-
lações exteriores. No Brasil, ele é como um pol-
vo que abarca também segmentos tão díspares quanto a
exploração de petróleo, distribuição de energia, portos,
turismo, transportes e atividade bancária.
Para manter funcionando todos os braços dessa
estrutura hipertrofiada, sustenta um enorme e dis-
pendioso aparato burocrático, que não raro o obriga a
gastar muito mais do que arrecada. Quando isso acon-
tece, ele capta no mercado dinheiro a custo elevado,
inflando a dívida pública, que hoje superou a casa dos
60% do PIB. Economistas e empresários são quase
unânimes em apontar que a alternativa mais indicada
e menos traumática para o governo equilibrar suas fi-
nanças seria cortar os gastos de custeio, preservando
os investimentos essenciais. Porém, como no Brasil o
setor público busca sempre a saída mais fácil, normal-
mente opta pelo aumento da carga tributária, seja com
a criação de impostos ou com o aumento de alíquotas.
Bahia Indústria 17
Por cleber borges
Para manter sua gigantesca máquina, setor público no Brasil opta pelo aumento de impostos, ao invés de cortar gastos
EmprEsários sE mobilizam contra alta dE impostos
Como nem sempre é fácil conseguir aprovar no Con-
gresso novos impostos – como é o caso da proposta
para recriar a CPMF – o governo vem paulatinamen-
te aumentando alíquotas ou eliminando incentivos.
Segundo o “impostômetro” da Associação Comercial
de São Paulo, que contabiliza instantaneamente o au-
mento da arrecadação de impostos no Brasil, em 1986
a carga tributária – tudo o que o brasileiro paga de
impostos em relação ao PIB – representava 22,39% do
PIB; em 2003, no final do governo FHC, alcançou ele-
vados 32,53%; e, em 2014, chegou a 35,42%.
Segundo a Receita Federal o apetite do setor pú-
blico é menor: em 2013, a carga tributária teria alcan-
çado 33,74% e, em 2014, 33,47%. Ainda assim, per-
centuais próximos ou acima do de países que dão à
sociedade melhor retorno em serviços essenciais.
mobilizaçãoNa Bahia, Federação das Indústrias (FIEB), Federa-
ção da Agricultura (FAEB) e Federação do Comércio
(Fecomércio) estão mobilizadas no combate ao cres-
cente aumento da carga de impostos. Recentemente,
publicaram nota na imprensa na qual observam que,
18 Bahia Indústria
Aumento do IOF em empréstimos para pessoas
físicas
Decreto nº 8.392/2015
01/2015
ANTES DEPOIS
1,5% 3%
Equiparação do atacadista ao produtor industrial do setor de
cosméticos no pagamento do IPI
Decreto nº 8.393/2015
05/2015
ANTES DEPOIS
0% 22%
Aumento CIDE e PIS/Cofins sobre
combustíveis
Decreto nº 8.395/2015
05/2015 CIDE | 01/2016 PIS/COFINS
A CIDE não estava sendo cobrada (PIS/Cofins sobre
combustíveis vigorou até abril de 2015, quando foi
substituído pela CIDE).
ANTES DEPOIS
R$ 0,22 sobre a gasolina e
R$ 0,15 sobre o diesel
Elevação das alíquotas de PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação
Lei 13.137/2015 (originada da MP 668/2015)
01/2016
ANTES DEPOIS
1,65%
7,6%
2,1%9,65%
Elevação da alíquota de Contribuição sobre Contribuição Social sobre o Lucro Líquido –
CSLL - sobre instituições financeiras.
Lei 13.169/2015 (originada da MP 675/2015)
01/2016
ANTES DEPOIS
15% 20%
Revisão da desoneração da folha de pagamento, com contribuição
sobre a receita bruta.
Lei 13.161/2015 (originada do PL 863/2015)
01/2016
ANTES DEPOIS
$
1% e 2% 1,5%, 2,5%, 3% ou 4,5%
Lei 13.241/2015 (originada da MP 690/2015)
01/2016
ANTES DEPOIS
0% PIS/COFINS
9,25%
Revisão da chamada Lei do Bem - Exclusão das bebidas quentes do
regime diferenciado do IPI, revisa o imposto de renda sobre direito de
imagem e revoga benefícios tributários para computadores,
smartphones e tablets, previstos no Programa de Inclusão Digital.
Reinstitui a CPMF para custeio da Previdência
Social
PEC 140/2015
ANTES DEPOIS
0% 0,2%
Estabelece imposto sobre a renda na hipótese de ganho de capital em decorrência da alienação de bens e
direitos de qualquer natureza
Lei 13.259/2016(originada da MP 692/2015)
DEPOIS
I - 15% sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassarem R$ 5 milhões; II - 17,5% sobre a parcela dos ganhos que excederem R$ 5 milhões e não
ultrapassarem R$ 10 milhões; III - 20% sobre a parcela dos ganhos que excederem R$ 10 milhões e não
ultrapassarem R$ 30 milhões; e IV - 22,5% sobre a parcela dos ganhos
que ultrapassarem R$ 30 milhões.
Medida em tramitação
Tributos que aumentaram no Brasil (2015-2016)
03/2016
tributos quE aumEntaram no brasil (2015-2016)
Bahia Indústria 19
O presidente
Ricardo
Alban integra
mobilização
empresarial
contra o
excesso de
impostos
ao invés de aumentar tributos, o setor público deve
atacar de frente os problemas estruturais que minam
a competitividade da economia.
Afirmam, na publicação, que o governo precisa
comprometer-se com um ajuste fiscal que tenha co-
mo princípios o corte de despesas, o enxugamento da
máquina pública e, prioritariamente, a eficiência da
gestão. Afirmam que, na contramão do que dita o bom
senso, nos últimos tempos “o setor público optou por
transferir o ônus (de sua ineficiência) à sociedade e ao
setor produtivo, promovendo aumento de impostos.”
São muitos os exemplos recentes de medidas que
resultaram em aumento da carga tributária. Levan-
tamento realizado pela FIEB, FAEB e Fecomércio e
publicado na imprensa, intitulado “O Brasil diz não
à CPMF”, mostra que em janeiro de 2015, o Decreto nº
8.392 aumentou a alíquota do IOF nos empréstimos
para pessoas físicas de 1,5% para 3%. Em maio do
mesmo ano, houve a equiparação do atacadista ao
produtor industrial de cosméticos no pagamento do
IPI. Com isso, o atacadista, que antes tinha alíquota
zero, passou a recolher 22%.
Este ano, janeiro foi marcado por vários aumentos
de impostos. A Lei nº 13.137/2015 elevou as alíquotas
do PIS/Pasep-Importação e do Cofins-Importação de,
respectivamente, 1,65% e 7,60% para 2,10% e 9,65%;
e a Lei nº 13.169/2015 elevou a alíquota da Contribui-
ção Social sobre o Lucro Líquido – CSLL sobre insti-
tuições financeiras de 15% para 20%;
Janeiro reservou outras surpresas negativas. Por
exemplo, a Lei 13.241/2015 revisou a chamada Lei do
Bem (Lei 11.196/2005, que concede incentivos fiscais
às pessoas jurídicas que realizarem pesquisa e desen-
volvimento de inovação tecnológica), com a exclusão
das empresas de bebidas quentes do regime diferen-
ciado do IPI; a revisão do Imposto de Renda sobre o
direito de imagem; e a revogação de benefícios tribu-
tários antes dados para computadores, smartphones
e tablets, previstos no Programa de Inclusão Digital.
Todos esses segmentos, que antes tinham alíquota
zero da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins,
agora arcam com alíquota de 9,25%.
Em plena crise, aumentar impostos abala a saúde
das empresas e inibe investimentos. Para evitar que
ocorra na área tributária o efeito da Lei da Inércia (de
Newton, segundo a qual um corpo que está se mo-
vendo tende a continuar em movimento), segmentos
organizados da sociedade se mobilizam contra o au-
mento da carga tributária.
De acordo com o presidente da FIEB, Ricardo Al-
VAlter Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
20 Bahia Indústria
ban, “precisamos da Reforma Ad-
ministrativa, com um profundo
ajuste de todo o setor público (Exe-
cutivo, Legislativo e Judiciário),
adequando-o ao real tamanho e
necessidade do Estado brasileiro
e tornando-o eficiente, produtivo
e menos corporativista. Temos na
ineficiência e descontrole do gasto
público a consequência do atual
modelo de gestão pública.”
Além disso, para o presidente
da FIEB, a Reforma Tributária é
inadiável, “para que a carga tribu-
tária seja mais justa e equilibrada
para um país em desenvolvimen-
to. Essa reforma deve ser realizada
com base na simplificação, equa-
lização e, até mesmo, na redução
da atual arrecadação tributária.
Deixemos claro que as empresas
apenas recolhem os impostos,
uma vez que a carga tributária é,
necessariamente, transferida ao
preço dos produtos e serviços pa-
gos pelo consumidor.”
Adicionalmente, afirma Ri-
cardo Alban, o Brasil precisa da
Reforma Trabalhista, para que
se obtenha ganhos contínuos de
competitividade, algo necessário
em uma economia globalizada,
“pois não há como ter eficiência
na relação capital/trabalho tendo
como base uma legislação sancio-
nada há 73 anos pelo presidente
Getúlio Vargas.” Além disso, con-
sidera fundamental a Reforma
Previdenciária, “não apenas para
a necessária adequação à eleva-
ção da idade média brasileira,
mas também para a correção das
distorções existentes em todo o
sistema previdenciário.”
cpmFHoje, empresas e pessoas físicas
pagam mais impostos que há um
ano atrás, para compensar a que-
impostos, o que só acarretaria mais
demissões e prejuízos às empre-
sas.” Já a Federação da Agricultura
(FAEB), afirma que envidará es-
forços e mobilizará as lideranças
do setor no estado, no sentido de
“impedir o aumento ou a criação
de qualquer imposto novo.”
O setor industrial dá sinais de
que pretende permanecer atento
no combate a medidas que compro-
metam a saúde financeira das em-
presas. Foi o que ocorreu durante o
mês de março, quando a mobiliza-
ção de federações das indústrias de
vários estados do Nordeste, inclu-
sive a FIEB, pressionaram o Banco
Central, que havia aumentado em
71,4%, em janeiro, os juros para o
Fundo Constitucional de Financia-
mento do Nordeste (FNE).
Em razão dessa reação, a enti-
dade pública voltou atrás e limitou
o aumento em 35,7% (com a taxa
ficando em 112,1% a.a). “Houve
uma evolução, mas ainda é tími-
da. Em um momento tão crítico, é
preciso considerar a necessidade
de desenvolvimento dos estados
nordestinos e buscar reduzir as
diferenças desta região em relação
ao Sul e Sudeste”, afirmou Ricardo
Alban. [bi]
da de arrecadação fruto da retra-
ção na atividade econômica. E,
mantidos os atuais parâmetros,
se há uma certeza nessa área é a
de que daqui a dois, três, quatro
anos, estaremos pagando mais
impostos que hoje. Em recente de-
claração, o ex-presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, disse
ser inevitável o governo insistir na
aprovação da CPMF.
No momento, tramita no Con-
gresso a PEC 140/2015, uma pro-
posta de emenda constitucional
que propõe recriar a CPMF para
custeio da Previdência Social,
com alíquota de 0,2%. “Um im-
posto dessa natureza tem efeitos
nocivos, sem paralelo no mundo.
Resulta em bitributação, pois pa-
ga-se imposto sobre imposto, com
impactos em cadeia. A indústria
de manufaturados tende a sofrer
mais porque a produção inclui
várias etapas antes de chegar ao
consumidor final”, pontua o presi-
dente da FIEB, Ricardo Alban.
O presidente da Fecomércio-BA,
empresário Carlos Andrade faz co-
ro com o presidente da FIEB. Para
ele, “nesse momento de crise, uma
das principais bandeiras do setor
produtivo é evitar o acréscimo de
Evolução da carga tributária sobrE o pib (%)
Evolução da carga tributária sobre o PIB (%)
Fonte: Associação Comercial de SP
22,39
29,91 28,92 30,0332,53 33,19
34,52 34,85 34,41 35,13 35,29 35,31 35,39 35,42
Bahia Indústria 21
Acordo firma do entre a Fe-
deração das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB), a
Federação do Comércio do Estado
da Bahia (Fecomércio) e o Gover-
no do Estado negociou o adia-
mento dos efeitos da aplicação da
Lei estadual 13.462, que criou a
taxa de gestão dos distritos indus-
triais, e entrou em vigor desde 1º
de Abril. Memorando de compro-
misso nesse sentido foi assinado
no dia 4 de março, na Secretaria
de Desenvolvimento Econômico,
pelo governador Rui Costa, pelo
secretário Jorge Hereda, pelo pre-
sidente da FIEB, Ricardo Alban,
e pelo presidente da Fecomércio,
Carlos Andrade.
O documento assinado pe-
las federações estabelece ainda
a criação de grupos de trabalho
para cada distrito industrial da
Bahia, que irão apresentar alter-
nativas adequadas para o seu mo-
delo de gestão, levando em conta
as peculiaridades e características
de cada região, além da possibili-
dade de revisão dos valores da ta-
xa de manutenção.
Para o presidente da FIEB, o
entendimento entre os principais
atores – governo e empresários –
será fundamental para ampliar as
discussões. “Tenho certeza que ao
final deste processo vamos chegar
a um entendimento, estudando
as características de cada distrito
e buscando as soluções que aten-
dam aos interesses da sociedade.
O diálogo vai garantir o que todos
nós afinal queremos: o desenvol-
Carlos Andrade,
Jorge hereda e
Ricardo Alban
assinaram
compromisso
Distritos industriaisrui Costa prorroga definição do modelo de gestão dos clusters baianos
vimento e o bom funcionamento dos distritos indus-
triais”, disse Alban.
Carlos Andrade, presidente da Federação do Co-
mércio, ressaltou que o termo de compromisso assi-
nado mostra que todos estão empenhados em resol-
ver a questão. “Queremos destacar a sensibilidade do
governador Rui Costa em prorrogar a vigência da lei
e permitir o debate. O estado precisa arrecadar e os
empresários querem produzir e gerar empregos. Va-
mos juntos, tenho certeza, encontrar uma solução”,
acredita Andrade.
“Acho que é muito importante este entendimen-
to, porque a gente vai ser obrigado a encontrar uma
saída para o problema, que é a manutenção dos dis-
tritos industriais. O estado não tem condições de ar-
car sozinho com todas as despesas de conservação
de vias principais e secundárias, limpeza, ilumi-
nação e paisagismo”, explicou o secretário Hereda.
(Com informações da Ascom SDE) [bi]
hArolDo ABrAntes/CoPerPhoto/sistemA FieB
22 Bahia Indústria
Arlinda
Coelho
apresentou o
planejamento
para a
implantação
das normas
Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) iniciou em abril a implantação do Siste-
ma de Gestão Integrado (SGI) com base nas nor-
mas internacionais ISO 9001 (Qualidade) e 14001(Meio
Ambiente). Até o final do ano, a Federação capacitará
suas equipes para a obtenção da certificação.
O objetivo do SGI é dotar a FIEB e a área corpora-
tiva de um conjunto de procedimentos para padroni-
zação de serviços na área de gestão (ISO 9001), assim
como promover uma melhoria na gestão dos aspec-
tos/impactos ambientais decorrentes das atividades
que a organização desenvolve (ISO 14001).
O programa foi lançado pelo presidente da FIEB,
Ricardo Alban, com a presença do vice-presidente
Josair Bastos e do coordenador do Conselho de Meio
Ambiente, Jorge Cajazeira. Ricardo Alban destacou a
importância de adequar a FIEB aos mais modernos
padrões internacionais de gestão e de atendimento às
normas ambientais.
“Temos o desafio de servirmos de modelo para as
demais unidades e é importante poder deixar planta-
da esta semente para a melhoria dos nossos padrões
ambientais e de gestão”, destacou Alban.
gestão com padrão internacionalFieB dá início a processo para obtenção da certificação nas normas iso 9001 (Qualidade) e iso 14001 (meio Ambiente)
A implantação do SGI é coordenada pelas Gerên-
cias de Meio Ambiente e Responsabilidade Social,
liderada por Arlinda Coelho, e pela Gerência de Qua-
lidade e Processos, que tem Patrícia Campos como
gestora. Para tocar este trabalho, 20 profissionais da
FIEB atuam como pontos-focais do SGI, conduzindo
as equipes de suas respectivas áreas para fazer as
adequações necessárias de maneira que a FIEB obte-
nha a certificação.
A implantação da ISO 14001 foi uma proposição do
Conselho de Meio Ambiente da FIEB, por iniciativa
do coordenador Jorge Cajazeira, relator da primeira
versão da ISO 14001. Segundo ele, “a certificação da
FIEB certamente servirá de referência para outras
Federações e para as pequenas e médias empresas
baianas invistam em práticas de melhoria de desem-
penho organizacional”.
O modelo que está sendo implantado abrange as
áreas de suporte corporativo e de negócios da FIEB.
Juntas, elas executam as intervenções, visando reali-
zar as adequações necessárias, como por exemplo, a
implantação da Central de Resíduos Sólidos, que dis-
ciplina o descarte adequado de resíduos (recicláveis
e não recicláveis) gerados na unidade-sede da FIEB.
Para o superintendente executivo de Serviços Cor-
porativos da FIEB, Cid Vianna, a adoção das Normas
pela FIEB, a exemplo do que já ocorreu anteriormente
com o SESI e o SENAI, traz para o dia a dia da Fede-
ração um forte requisito de gestão e responsabilidade
ambiental, com mudança nos padrões sistêmicos e
procedimentais. Para Vianna, os padrões e procedi-
mentos serão revisados com o olhar do negócio, aten-
dendo os requisitos das Normas e garantindo a con-
formidade dos processos. Além disso, a implantação
das Normas agrega a percepção de valor para o cliente.
O diretor executivo da FIEB, Vladson Menezes,
acrescentou que a melhoria dos processos de gestão
tem como objetivo fazer a instituição atenda melhor
aos seus associados. [bi]
Bahia Indústria 23
conselhos
Em reunião extraordinária conjunta dos
Conselhos de Comércio Exterior (Comex)
e de Micro e Pequenas Empresas
(Compem) da FIEB, realizada em 5 de
abril, representantes de 12 consulados
instalados na Bahia aceitaram o convite
para iniciar visitas às regiões do estado
com melhor potencial para negócios e
investimentos. O objetivo do encontro
foi estimular relações bilaterais e a
cooperação comercial. O evento contou
com o apoio da Associação Comercial
da Bahia.
Na reunião, os cônsules foram
apresentados às áreas de maior potencial
econômico do estado, como o segmento
da fruticultura, no Vale do São
Francisco, além de programas de apoio e
incentivo às empresas. Os representantes
consulares foram convidados pelo
Comex a conhecer o Cimatec.
compem faz reunião em Juazeiro
cônsules conhecem oportunidades de negócios na bahia
Angelo Calmon de Sá Júnior (D), do Comex
Encontro
reuniu
empresários
da região
VAlter Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
iVAn CrUz/CoPerPhoto/sistemA FieB
A segunda reunião itinerante do Conselho da Micro e
Pequena Empresa Industrial (Compem), da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), reuniu
representantes do setor industrial e da área pública, em
Juazeiro, em 4 de março. O evento foi em parceria com a
Prefeitura Municipal de Juazeiro, Centro das Indústrias do
Estado da Bahia e a Frente Parlamentar Estadual da Micro,
Pequena e Média Empresa.
No encontro foram identificadas demandas de MPME da
região. Os participantes também trataram da Lei 13.462, do
Governo da Bahia, que institui o Fundo Estadual de
Manutenção das Áreas Industriais, criando uma taxa
mensal para manutenção e conservação dos distritos
industriais. Segundo o 1º vice-presidente da FIEB e
coordenador do Compem, Carlos Gantois, “existem
diferenças entre os distritos que inviabilizam a cobrança de
um valor único em toda a Bahia”. Gantois explicou que, até
o final do ano, serão programadas reuniões itinerantes em
Ilhéus, Vitória da Conquista, Camaçari e Barreiras.
Caft tem novo coordenadorSérgio Pedreira, presidente do Sindicato da Indústria de Mineração de
Calcário, Cal e Gesso no Estado da Bahia (Sindical), foi eleito para
coordenar o Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft) da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Há três mandatos à
frente do Sindical, Pedreira foi conduzido ao cargo pela diretoria da
FIEB, em reunião ocorrida em 28 de abril. O papel do Caft é funcionar
como órgão consultivo em assuntos fiscais e tributários.
24 Bahia Indústria
Um programa diferente, que
busca não apenas o entre-
tenimento, mas também
desvendar o universo mu-
sical, suas histórias, instrumentos
característicos e personagens. As-
sim é o Sala de Som, projeto idea-
lizado pela equipe do SESI Cultura
e que, a partir do o dia 1º de maio
passou a fazer parte da grade de
programas da TVE Bahia. Exibido
aos domingos, com reprise às quin-
sala dE som É o sEsi na tv
Projeto do sesi Cultura sai da tV WeB e ganha espaço na tVe Bahia
Por Patrícia moreira
tas-feiras, o projeto sela a parceria
entre a TVE/IRDEB e o SESI.
O lançamento ocorreu no dia
26 de abril, no Teatro SESI Rio Ver-
melho. Ao todo, serão veiculados
12 episódios, com duração de 20
minutos cada, apresentados pelo
músico Alexandre Leão, que defi-
ne a atração como “um programa
de entrevistas musicais”, abor-
dando a diversidade de ritmos, gê-
neros e estilos musicais da Bahia.
Para o superintendente do SESI Bahia, Armando
Neto, “o Teatro SESI é uma referência para Salvador
como ponto de encontro e de fomento da arte e da mú-
sica. A parceria com a TVE soma-se a este trabalho, ao
permitir que o conhecimento e as produções que nas-
cem no SESI Cultura sejam levadas a novos públicos”.
O diretor-geral do IRDEB, Flávio Gonçalves, que
anunciou uma segunda temporada do Sala de Som,
disse que é uma honra para a TV pública baiana dar
espaço a este conteúdo, que é diferenciado. “Temos o
objetivo de cada vez mais intensificar a produção de
conteúdos musicais, afinal, a Bahia é um celeiro da
Bahia Indústria 25
música nacional, e dar visibilidade tanto às antigas,
quanto às novas gerações de músicos é realizar nos-
sa missão. Por isso é muito importante essa parceria
com o SESI no sentido de viabilizar este novo progra-
ma”, concluiu.
Alexandre Leão destacou o quanto foi agradável
participar do projeto. “O SESI e a TVE cumprem o pa-
pel educativo e o programa funciona com essa essên-
cia de vídeo-aula que diverte e traça um panorama do
que se faz aqui na Bahia pelos grandes especialistas
em cada assunto”, destacou.
Em um papo descontraído e recheado de infor-
mações, Alexandre conversa com um ou mais mú-
sicos convidados, que relatam curiosidades sobre
suas produções musicais. O Sala de Som não trata
das carreiras, nem das biografias dos entrevistados.
“Converso com especialistas em instrumentos, como
Armandinho, que fala da guitarra baiana, ou falo so-
bre gêneros e movimentos musicais”, diz Alexandre.
Deste modo, Margareth Menezes deu entrevista
sobre o Afropop, Aderbal Duarte falou sobre Bossa
Nova e como Alexandre Leão está sempre com o vio-
lão ou algum instrumento na mão, interage com os
convidados. Artista multifacetado, Alexandre mostra
desenvoltura na estreia como apresentador.
sobrE o sala dE som O Sala de Som surgiu de uma proposta concebida pe-
lo SESI Cultura, que, em 2014, veiculou na TV WEB
do Teatro do SESI uma série de programetes com du-
ração de 7 minutos. Em 2015, surgiu o convite da TVE
para levar o projeto para a televisão.
A gerente do Teatro do SESI, Rosa Villas Boas, ex-
plica que o projeto tem caráter pedagógico e a pro-
posta é contribuir para ampliar o repertório cultural
e despertar o interesse e a sensibilidade musical do
público. Ela destaca a importância da parceria com a
TVE, que permitiu ampliar a proposta e levar a inicia-
tiva a um público maior.
No roteiro, procurou-se contemplar os diferentes es-
tilos musicais, trazendo informações sobre o processo
criativo da música, curiosidades sobre a origem das
vertentes musicais, contexto histórico, técnicas e his-
tória dos instrumentos. Os programas também abor-
darão a tradição musical nos conteúdos sobre samba,
viola machete, guitarra baiana, pandeiro e outros.
Todos os capítulos foram gravados nos estúdios da
TVE, com equipamentos de som e vídeo de última ge-
ração. (Colaborou Dóris Pinheiro TVE/Irdeb) [bi]
Exibição do Sala de Som01. Aderbal Duarte (Bossa Nova) – 01/05 e 05/0502. Juliana Ribeiro (Samba na Bahia) – 08/05 e 12/0503. Lula Gazineo, Ricardo Marques e Elisa Goritz (Chorinho) – 15/05 e 19/0504. Álvaro Assmar, Eric Asmar e Diego Rico (Blues) – 22/05 e 26/0505. Maviael Melo (Música Nordestina e Cordel) – 29/05 e 2/0606. Gabi Guedes e Alexandre Lins (Percussão) – 05/06 e 09/0607. Armandinho Macedo (Guitarra Baiana) – 12/06 e 16/0608. Fábio Cascadura (Rock na Bahia) – 19/06 e 23/0609. Jarbas Bittencourt e Luciano Bahia (Trilhas Sonoras) – 26/06 e 30/0610. Mário Ulloa e Jana Vasconcelos (Violão Clássico) 03/07 e 07/0711. Cássio Nobre (Viola Machete) 10/07 e 14/0712. Margareth Menezes (Afropop) 17/07 e 21/07
03
04
10
Alexandre
Leão e
Aderbal
Duarte, no
episódio de
estreia do
programa
26 Bahia Indústria
Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
Nelson Leal e
Ricardo Alban
(centro), em
evento na ALBA
Com lançamento oficial pre-
visto para o próximo mês,
foi apresentada, em abril, na
Assembleia Legislativa, a Frente
Parlamentar da Indústria. Presi-
dido pelo deputado Nelson Leal,
o grupo é composto por deputados
estaduais. O objetivo é construir
um canal de interlocução entre a
indústria baiana e o Legislativo
Estadual.
“Vamos fornecer condições pa-
ra que os parlamentares possam
entender a nossa realidade, sendo
proativos e demandando soluções
e proposições”, pontuou o presi-
dente da FIEB, Ricardo Alban. Ele
ressaltou que o setor foi o que mais
perdeu em competitividade nos
últimos anos. “Daí a importância
de discutir interesses do setor in-
dustrial e, consequentemente, de
toda a sociedade”, completou.
Alban também apresentou o
projeto do Cimatec Industrial, que
indústria terá Frente Parlamentariniciativa tem o objetivo de construir um canal de interlocução entre a indústria baiana e o legislativo estadual, para fortalecimento do setor
atual cenário da indústria baiana
e apresentou os temas prioritários
para o setor, entre eles: os Distri-
tos Industriais, questões no âmbi-
to tributário e a Agenda Legislati-
va da Indústria. Ele destacou que,
embora enfrentando momento de
queda, resultado da crise em todo
o país, a indústria pode reverter
este quadro sabendo explorar as
oportunidades. A reunião con-
tou ainda com explanação sobre
a Frente Parlamentar da Indús-
tria Química, que se pretende ter
como referência para a ação da
Frente Setorial.
composiçãoA Frente Parlamentar da Indústria
tem como presidente o deputado
Nelson Leal (PSL) e vice-presiden-
te, Pablo Barrozo (DEM). Ela será
dividida em sete coordenações:
Indústria Química, Petroquímica,
Plástico, Óleo e Gás, representada
pelo deputado Adolfo Viana (PS-
DB); Construção Civil, Infraestru-
tura e Mineração, por Maria del
Carmen (PT); Agroindústria, por
Robinho (PP); Indústria Naval,
Automotiva e Metal Mecânica, por
Hildécio Meireles (PMDB); Indús-
tria de Papel, Celulose, Madeira e
Móveis, por Sandro Régis (DEM);
Indústria Cosmética, Têxtil, Ves-
tuário e Calçados, por Carlos Geil-
son (PSDB) e a coordenação da
Indústria de Alimentos e Bebidas,
com coordenador a definir. Na se-
cretaria executiva do grupo está o
diretor executivo da FIEB, Vlad-
son Menezes. [bi]
dará suporte a grandes protótipos
e plantas piloto, além de ter uma
infraestrutura de pesquisa e de-
senvolvimento tecnológico. “O Ci-
matec Industrial visa atrair mais
investimentos e tornar o estado
um polo de inovação e competiti-
vidade”, disse.
Presidente da Frente, o deputa-
do Nelson Leal destacou que além
de estreitar a comunicação entre
os poderes estaduais e as empre-
sas, a frente vem para fortalecer
um dos setores que mais influen-
ciam no crescimento econômico
do estado. “A Frente é supraparti-
dária e tem o compromisso de ser
positiva e proativa”, afirmou. Os
parlamentares presentes reforça-
ram o apoio e destacaram a impor-
tância da iniciativa para a indús-
tria e para a sociedade.
Durante o encontro, o diretor
executivo da FIEB, Vladson Me-
nezes, fez uma apresentação do
Bahia Indústria 27
Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
Ford forma
primeira turma
de educação
técnica para
jovens
Após seis meses de capacita-
ção, 95 jovens do Programa
de Educação para Jovens,
realizado pela Ford, foram diplo-
mados, no dia 4 de abril, em soleni-
dade que contou com a presença do
presidente da Ford América do Sul,
Steven Armstrong, e do presidente
mundial da Ford Fund, Jim Vella.
Lançado em 2015, o programa
selecionou estudantes da rede es-
tadual de ensino com base no his-
tórico escolar. Os participantes,
com idades entre 17 e 21 anos, per-
correram uma trilha de desenvolvi-
mento operacional, construída em
parceria entre a Ford e o SESI, com
foco nas competências necessárias
aos cargos iniciais de empresas in-
dustriais da região, contemplando
comunicação escrita, matemática
e lógica, informática básica, com-
portamento saudável, inglês bási-
co, entre outros.
Formação com excelênciasesi e senAi são parceiros da Ford no Projeto de educação para Jovens que formou a primeira turma com 95 alunos
Ao longo da trilha, foram reali-
zadas palestras com executivos da
Ford e uma visita à unidade fabril
da empresa. Os alunos passaram
por um teste de aptidão e seguiram
para a formação técnica na unida-
de do SENAI de Camaçari em au-
xiliar de eletricista, auxiliar admi-
nistrativo, auxiliar de mecânico de
automóveis e auxiliar de mecânico
de máquinas industriais. Além de
lanche e transporte, os alunos re-
ceberam tratamento odontológico
no projeto Ford Odontomóvel de
Camaçari, também realizado em
parceria com o SESI.
EducaçãoSteven Armstrong afirmou a dis-
posição da empresa de continuar
a apoiar iniciativas educacionais,
mesmo diante do cenário desafia-
dor da indústria, para promover o
progresso social e econômico da
região. “Acreditamos na educação
como força transformadora da so-
ciedade”, disse.
O superintendente do SESI
Bahia, Armando Neto, reiterou o
quanto é importante para a enti-
dade ter a confiança da Ford para
fazer a gestão dos seus programas
de responsabilidade social em
todo o Brasil. “O SESI vem procu-
rando customizar seus serviços e
o Programa de Educação para Jo-
vens é um exemplo. Ele se insere
no programa a Trilha de Desenvol-
vimento em que oferecemos um
produto de maior valor agregado,
com ações de educação continua-
da”, explica Armando Neto.
“O SENAI está muito feliz de fa-
zer parte desta iniciativa, colocan-
do seus profissionais a serviço de
um projeto de apoio à comunida-
de”, arrematou o diretor regional
do SENAI, Luis Alberto Breda. [bi]
VAlter Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
28 Bahia Indústria
indicadorEs Números da Indústria
qUEDA CONTINUARá NOS PRóxIMOS MESESProdução industrial da Bahia caiu 5,2% em janeiro, mas a maioria dos estados teve desempenho ainda pior
A produção física da indús-
tria de transformação da
Bahia apresentou queda
de 5,2%, em janeiro, na
comparação dos últimos 12 meses
em relação ao período anterior.
Não obstante o péssimo resultado,
dos 14 estados que participam da
pesquisa sobre a produção indus-
trial mensal do IBGE - PIM PF-R,
somente quatro tiveram desempe-
nho melhor que o da Bahia: Mato
Grosso e Espirito Santo apresen-
taram resultados positivos (4,8%
e 1%, respectivamente), enquanto
que Pará (-3,9%) e Goiás (-1,6%)
apresentaram quedas menores.
Os demais estados registraram
resultados ainda mais negativos:
Amazonas (-19,3), Rio de Janeiro
(-12,5%), São Paulo (-11,7%), Rio
Grande do Sul (-11,3%), Minas Ge-
em janeiro de 2015, em função de
greve de funcionários ocorrida em
importante unidade local); Equi-
pamentos de Informática (40,7%);
e Metalurgia (24%, impulsionado,
em grande parte, pela maior fa-
bricação de barras, perfis e verga-
lhões de cobre e de ligas de cobre)
e Bebidas (6,2%).
Apresentaram resultados ne-
gativos: Minerais não Metálicos
(-19,5%, menor produção de ci-
mentos “Portland”, argamassas,
ladrilhos, placas e azulejos de
cerâmica para pavimentação ou
revestimento e massa de concre-
to preparada para construção);
Veículos Automotores (-14,6%,
menor produção de automóveis
e painéis para instrumentos dos
veículos automotores); Couro e
Calçados (-12,5%, queda na produ-
rais (-10,9%), Ceará (-10,1%), Paraná (-9,8%), Santa
Catarina (-8,4%) e Pernambuco (-7,6%).
Na Bahia, apenas um dos 11 segmentos pesquisa-
dos registrou crescimento: Celulose e Papel (0,4%).
Apresentaram resultados negativos: Equipamen-
tos de Informática (-51,1%), Minerais não Metálicos
(-11%), Metalurgia (-7%), Refino de Petróleo e Bio-
combustíveis (-6,2%), Produtos Químicos (-4,6%),
Alimentos (-3,6%), Couro e Calçados (-2,2%), Veículos
Automotores (-2,1%), Bebidas (-1,9%) e Borracha e
Plástico (-1,2%).
crEscimEntoNa comparação de janeiro de 2016 com igual mês de
2015, a produção física da indústria de transformação
baiana apresentou crescimento de 11,7%. Quatro dos
11 segmentos industriais da Bahia apresentaram re-
sultados positivos: Refino de Petróleo e Biocombus-
tíveis (66,4%, resultado explicado não só pela maior
fabricação de óleo diesel, óleos combustíveis e gaso-
lina automotiva, mas também pela base de compara-
ção baixa, uma vez que essa atividade recuou 50,9%
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
2014
2013
2016
2015
Bahia - Produção Física da indústria de Transformação (2013-2016)
Bahia Indústria 29
ção de tênis de material sintético
e couros e peles de bovinos cur-
tidos ao cromo); Borracha e Plás-
tico (-7,3%, redução na produção
de pneus novos de borracha para
ônibus, caminhões e automóveis,
sacos, sacolas e bolsas de plástico
e filmes de material plástico para
embalagem); Alimentos (-4,5%,
com menor produção de farinha
de trigo, carnes de bovinos conge-
ladas e pasta de cacau); Celulose e
Papel (-3,9%, queda na fabricação
de pastas químicas de madeira
- celulose); e Produtos Químicos
(-0,8%).
O setor industrial (brasileiro
e baiano) enfrenta um ambiente
de muita dificuldade, refletindo,
sobretudo, uma conjuntura do-
méstica de crises econômica e po-
litica que se retroalimentam, o que
acarretou numa retração econômi-
ca grave. Do ponto de vista estadu-
al, o desempenho negativo do ano
é reflexo de resultados negativos
de quase todos os segmentos, mas
com influência forte do refino de
petróleo e biocombustíveis, me-
talurgia e minerais não metáli-
cos. Apenas o setor de Celulose
(voltado à exportação) consegue
bahia: pim-pf de Fevereiro de 2016
Indústria de Transformação 13,4 12,4 -2,6refino de petróleo e biocombustíveis 108,3 83,3 1,8Produtos químicos 2,3 0,6 -4,2veículos automotores -60,2 -32,4 -7,2alimentos 4,2 0,6 -2,9celulose e papel 2,9 -0,7 0,5borracha e plástico -9,6 -8,4 -1,9metalurgia 26,8 25,3 -2,6couro e calçados 3,1 -4,3 -2,1minerais não metálicos -9,4 -14,5 -10,4Equipamentos de informática 6,4 20,9 -46,7bebidas 8,9 7,5 0,3
Extrativa Mineral -18,6 -14,3 -7,8
VAriAção (%)
SETORES FEV16/FEV15 JAN-FEV16/ MAR15-FEV16/ JAN-FEV15 MAR14-FEV15
Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI
apresentar resultado positivo na
análise anualizada.
quEda Em 2016Quanto às perspectivas para 2016,
há poucos elementos que indi-
quem a possibilidade de recupe-
ração da indústria nacional. A
estimativa de mercado é de queda
da atividade industrial este ano
(-4,5%) e de modesto crescimen-
to só em 2017 (+0,57%), de acordo
com informações do Banco Cen-
tral (relatório Focus).
Alguns indicadores ilustram
as dificuldades enfrentadas pela
economia nacional: (i) inflação
elevada (o IPCA acumulou alta de
10,36% em fevereiro deste ano,
contra um teto de meta de inflação
de 6,5% para o ano); (ii) patamar
elevado da taxa de juros, com a Se-
lic mantida em 14,25%; e (iii) cres-
cimento do desemprego – segundo
a PME (Pesquisa Mensal de Em-
prego – IBGE), em janeiro de 2016,
a taxa de desemprego foi de 7,6%,
para o conjunto de seis regiões me-
tropolitanas investigadas. No caso
específico da Região Metropolitana
de Salvador, a taxa foi de 11,8%, em
janeiro de 2016. [bi]
30 Bahia Indústria
painel
IEL e Fundação Dom Cabral iniciam capacitação de empresários baianosCom objetivo de apoiar o desenvolvimento das empresas baianas por
meio da qualificação de executivos, o IEL-BA iniciou o curso Gestão de
Negócios, iniciativa em parceria com a Fundação Dom Cabral. “Nesta
linha de educação empresarial, queremos trabalhar com soluções sob
medida, com foco na prática, acompanhando a aplicação do
conhecimento no cotidiano”, explicou o superintendente do IEL,
Evandro Mazo, que também destacou a importância da parceria do
Conselho de Jovens Lideranças Industriais da FIEB (CJLI) na concepção
do curso. Com carga horária de 96 horas e duração de seis meses, o curso
é dividido em sete módulos, teóricos e práticos, e vai abordar temas
como liderança, finanças, gestão estratégica e gestão de processos.
Fotos Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB
Evandro
Mazo:
soluções
sob medida
para
empresas
Engenheiro
Jônathas
Aleixo
ministrou
os cursos
CIEB capacita empresários no interior O Centro das Indústrias do Estado
da Bahia (CIEB) realizou, em
março, na região sul do Estado,
duas edições do curso Soluções
eficientes para a redução dos
custos com energia e água.
Gratuitas, as capacitações foram
promovidas nos municípios de
Itabuna e Ilhéus e apresentaram
boas práticas para a redução no
consumo de água e energia. Os
cursos integram a programação
da Agenda CIEB 2016. Para o 1°
semestre, estão programados
mais de vinte cursos, em áreas
como planejamento e relações
trabalhistas.
As capacitações são em parceria
com empresas da Rede de
Parceiros do CIEB, programa
criado em 2015 com o objetivo de
oferecer às empresas associadas
ao Centro, produtos e serviços
com descontos e condições
especiais. A rede conta com 90
parceiros em atividades como
consultoria ambiental, ensino
superior, cursos de idiomas e
qualificação industrial. As
empresas interessadas em
participar devem entrar em
contato pelo telefone 3343-1216 ou
pelo e-mail [email protected].
Inscrições abertas para Prêmio de Estágio
Estão abertas as inscrições para o Prêmio IEL de Estágio,
promovido pelo IEL-BA, em parceria com o Fórum de Estágio da
Bahia, com o objetivo de reconhecer a atuação dos agentes
envolvidos no processo de estágio. Empresas, instituições de
ensino e estagiários têm até o dia 10 de maio para efetuar a
inscrição. Para isso, os interessados devem se cadastrar no site
do prêmio (www.fieb.org.br/iel/premioieldeestagio), baixar o
regulamento, preencher o formulário de inscrição referente à
categoria escolhida e enviar via e-mail ou entregar na unidade
do IEL mais próxima as documentações necessárias com
informações complementares para validar a inscrição.
Informações: (71)3343-1365 e (71)3343-1453, ou pelo e-mail
Bahia Indústria 31
JeFFerson Peixoto/CoPerPhoto/sistemA FieB
Alunos
visitaram
superinten-
dente do
SESI
thAis nUnes/CoPerPhoto/sistemA FieB
Jeong-gwan Lee conheceu laboratórios do centro tecnológico
Cimatec recebe visita do embaixador da República da Coreia O embaixador da República da
Coreia no Brasil, Jeong-Gwan
Lee, visitou o SENAI Cimatec,
no dia 12 de abril. O objetivo
foi discutir as possibilidades
de parceria entre o Brasil e a
Coreia visando fomentar
negócios internacionais com
empresas industriais.
“Estamos aqui para conhecer
as áreas mais exploradas pela
indústria do Brasil e da Bahia
e identificar as possibilidades
de cooperação entre os dois
países por intermédio do
Cimatec”, afirmou Jeong-Gwan
Lee, que conheceu o Centro de
Supercomputação para
Inovação Industrial e alguns
dos principais laboratórios do
Campus.
Cimatec Industrial sai do papelAprovado pela CNI, que garantiu parte dos
recursos para o projeto, o Cimatec Industrial
vai receber testes de protótipos e plantas
piloto, ajudando o desenvolvimento
industrial do país. Com infraestrutura capaz
de dar suporte a projetos de energia eólica,
automotiva e de fármacos, terá a primeira
etapa concluída em dezembro de 2017.
Novos membros na diretoria e conselhosA diretoria da FIEB elegeu novos representantes no
dia 28.4. Foram eleitos o vice-presidente Eduardo
Gordilho, os diretores Maurício de Freitas e
Waldomiro de Araújo e os suplentes Marcelo de
Araújo e Roberto de Farias. Sérgio Pedreira foi
escolhido para coordenar o Conselho de Assuntos
Fiscais e Tributários e foi reconduzido ao Conselho do
SENAI Bahia. No Conselho do SESI, Edson Virgínio
Nogueira foi reconduzido e empossado Victor Ventin.
Estudantes do SESI noTorneio Nacional de RobóticaAs equipes Genius e Tecnomaníacos, compostas por estudantes do
Ensino Médio e 9° ano do SESI Candeias e SESI Retiro,
respectivamente, estiveram em Brasília, no mês de março, para a etapa
nacional do First LEGO League (FLL) de 2015/2016, que reuniu cerca de
290.000 jovens de idades entre 9 e 16 anos, de mais de 80 países. Os
alunos representaram a Bahia no torneio que, nesta edição, teve como
tema o mundo do lixo.
32 Bahia Indústria
A perda da propriedade por desapropriação
jurídico
A desapropriação é o procedimen-
to pelo qual o Poder Público trans-
fere compulsoriamente para si a
propriedade de bem móvel ou imó-
vel pertencente a terceiro, median-
te indenização, fundamentando-
-se em razões de utilidade pública
ou interesse social, nos termos do
art. 5º, XXIV, 182 e 184 da Consti-
tuição Federal.
A desapropriação por utilida-
de pública está disciplinada no
Decreto Lei nº 3365/41, no qual é
apresentado o rol taxativo de hi-
póteses para sua ocorrência, em
regra, os imóveis desapropriados
para fins de obras públicas são
enquadrados como de utilidade
pública. Já a desapropriação por
interesse social está regulamenta-
da na Lei nº 4.132/62, na qual são
apresentadas as situações que jus-
tificam a medida, a exemplo de:
implantação de conjuntos habita-
cionais populares, aproveitamen-
to do solo improdutivo, proteção
de mananciais de água e reserva
florestal, entre outras.
Seguindo o rito procedimental,
o bem deverá ser declarado de uti-
lidade pública ou interesse social
através de Decreto ou Lei, e, após,
devem ser iniciadas as tratativas
para pagamento da indenização
devida, na via administrativa e
poderá ou não ser judicializado.
Havendo acordo quanto ao va-
lor da indenização, será formali-
zado acordo extrajudicial. Em ca-
so de impossibilidade de composi-
ção amigável, deverá ser proposta
ação expropriatória para discutir,
Norma altera as regras para extinção de crédito tributário Foi publicada, em 30 de março
de 2016, a Medida Provisória
nº 719 que alterou, dentre
outros dispositivos, a Lei nº
13.259/2016, que passou a
garantir a possibilidade de
extinção do crédito tributário
inscrito em dívida ativa da
União mediante dação em
pagamento de bens imóveis,
a critério do credor.
Novos procedimentos para transações de unidades imobiliárias A Instrução Normativa nº
12/2016, do Município de
Salvador, estabeleceu novos
procedimentos relativos às
transações de unidades
imobiliárias decorrentes de
incorporação imobiliária.
Destaque para: a) o controle
e acompanhamento dos
empreendimentos realizados
no município; b) as obrigações
do incorporador imobiliário e
o responsável pelo
condomínio de edificações; c)
o cadastramento das futuras
unidades imobiliárias; d) a
Declaração de Transação de
Unidade Imobiliária a ser
disponibilizada no endereço
eletrônico da SEFAZ; e) o
requerimento e a liberação do
Alvará de Habite-se; f) a
responsabilidade de retenção
e recolhimento do ISSQN em
relação aos serviços
contratados; g) a penalidade
de até R$ 3.750 na hipótese
de descumprimento das
obrigações.
Vaneide Silva Souza é advogada da gerência Jurídica da FIEB
exclusivamente, o preço. No pro-
cesso judicial, o expropriante de-
verá realizar o depósito prévio do
valor da indenização que entender
devido, para obter a imissão provi-
sória na posse.
Se concedida a medida cautelar
de imissão provisória na posse,
o Expropriante poderá utilizar o
bem, enquanto tramita a ação ju-
dicial, e o proprietário não poderá
se opor. Contudo, a transferência
de propriedade só ocorrerá após
a sentença transitada em julgado,
finalizando o processo judicial.
Destaca-se que a tomada do
bem sem a observância do procedi-
mento legal é uma irregularidade e
configura a desapropriação indire-
ta, cabendo ao seu proprietário so-
licitar o pagamento da indenização
pela perda da propriedade.
No processo de desapropriação
não devem ser discutidos os fun-
damentos do ato expropriatório,
salvo, quando se verificar que
inexistem motivos de interesse
público justificadores da perda de
propriedade, devendo ser propos-
ta ação judicial para invalidação
do ato administrativo.
A desapropriação, em quais-
quer modalidades, é uma forma
drástica de intervenção do Poder
Público na propriedade privada,
constitui-se, assim, numa ferra-
menta que o Estado poderá utili-
zar para desempenhar a função
primordial de atender ao interesse
coletivo, e, somente, terá validade
se fundamentada na supremacia
do interesse público.
Por Vaneide silVa souza
Bahia Indústria 33
idEias
Por eneida leite e
rosane adVíncula
Em cenário de crise e queda na ar-
recadação, contribuintes buscam
créditos tributários seguros, en-
quanto a Receita Federal do Brasil
(RFB) e as Secretarias de Fazenda
Estaduais, por divergirem quanto
aos conceitos e formas de aprovei-
tamento, vêm glosando diversos
créditos apresentados.
No ano de 2014, a RFB contabi-
lizou R$ 150,5 bilhões em tributos
lançados por autuações. Foi o se-
gundo maior obtido em sete anos,
superado apenas pelo valor lan-
çado em 2013, que foi de R$ 190,1
bilhões.
A metodologia da RFB para a
escolha dos contribuintes a serem
fiscalizados consiste na análise
do comportamento econômico-
-tributário, por meio do monitora-
mento da oscilação da arrecada-
ção dos tributos que administra.
Exemplo prático foi a edição da
Portaria nº 641, de maio de 2015,
direcionada aos maiores contri-
buintes e que regulamenta este
monitoramento. Os aspectos que
fundamentam as autuações la-
vradas são dois: divergência no
conceito de créditos tributários
e a ausência de integridade nas
obrigações acessórias enviadas
às entidades fiscalizadoras.
Quanto ao conceito de “crédi-
tos tributários”, os contribuintes
têm obtido êxitos no CARF (Con-
selho Administrativo de Recursos
Fiscais), órgão máximo da RFB,
para julgamento de recursos em
autos de infração, que, após lon-
ga pausa de suas atividades, re-
tomadas em 2016, vem reiterando
que o conceito de insumo para
creditamento das contribuições
ao PIS e a COFINS, por exemplo,
o gasto incorrido, deve ser ne-
cessário ao processo produtivo
e, consequentemente, à obtenção
do produto final.
Em 26 de fevereiro de 2016, a
Sadia, atualmente do Grupo BRF,
que litigava contra o conceito de
insumo por crédito glosado du-
rante fiscalização, obteve êxito
em itens como a indumentária dos
funcionários (luvas e máscaras),
pallets (suporte para movimentar
cargas), embalagens e material de
limpeza, entre outros.
Em janeiro desse ano, o pró-
prio CARF concedeu direito a
créditos no mesmo critério da
“essencialidade” do item para a
obtenção do produto final. (Proc.
13878.000210/2005-43, recorrente
Ajinomoto Biolatina Indústria e
Comércio LTDA), contudo, expres-
sou a necessidade de comprova-
ção da aplicação dos “insumos”
no processo produtivo ou na pres-
tação dos serviços.
Diante da diligência da RFB em
monitorar a arrecadação dos tri-
butos sob sua administração, com
mecanismos cada vez mais sofis-
ticados com a análise de dados
fornecidos pelos contribuintes, a
estes cabe o cuidado na integrida-
de da prestação das suas informa-
ções, com segurança nas suas me-
No ano de 2014, a RFB contabilizou R$ 150,5 bilhões em tributos lançados por autuações. Foi o segundo maior obtido em sete anos, superado apenas pelo valor lançado em 2013, que foi de R$ 190,1 bilhões
Eneida Leite e Rosane Advíncula são da Tyno Consultoria
A necessidade de recuperação ampla e segura de créditos tributários
mórias de cálculo e suporte legal à
prova de qualquer questionamen-
to por parte do Fisco.
Dessa forma, considerando que
as apurações dos tributos devem
ser exatas, aproveitando o máxi-
mo dos créditos fiscais legalmente
permitidos, algumas indagações e
reflexões devem ser feitas:
- Sua empresa tem excelência
na apuração de créditos tributá-
rios?
- Os créditos são apurados de
forma a ter sua legalidade compro-
vada em uma fiscalização?
- As informações apresentadas
nas obrigações acessórias são
corretas, completas e coerentes
entre si?
A resposta negativa ou incerta
a qualquer uma destas questões
implica em fator de risco para os
créditos apurados que, além de
glosados, serão valorados com
aplicação de atualizações monetá-
rias e multas punitivas. [bi]
livros
leitura&entretenimento
Economia criativaEm A Economia Artisticamente Criativa,
Xavier Greffe, da Sorbonne, faz um recorte
de como a arte e a cultura, a partir das
crises de reestruturação econômica dos
anos 70 do século XX viram na
criatividade uma forma para gerar
empregos e destacar valores. Visitando a
filosofia, estética e economia, o autor
conta como a criatividade se manifesta no
capitalismo avançado e quais os
problemas práticos de gestão enfrentados
pelos empreendimentos criativos.
Engajamento renovadoUm ambiente de trabalho sadio é ideal
para que as pessoas sintam prazer em
realizar tarefas todos os dias. Mas muitas
vezes esse local se torna desagradável,
causando um grande desengajamento nas
pessoas. Em Engajamento, Rogério Chér
investiga o comportamento desengajado e
toda a série de motivos pelos quais as
pessoas se desencantam e se distanciam
dos seus líderes, colegas e objetivos
profissionais. Por fim, traça o perfil dos
líderes que se engajam e inspiram.
A Economia Artisticamente Criativa Xavier GreffeIluminuras192 p.R$ 38
Engajamento 2ª Edição – Melhores práticas de Liderança, Cultura Organizacional e Felicidade no Trabalhorogério Chéralta Books, 160 p.R$ 49,41
34 Bahia Indústria
Dia de Choro na VarandaTodo início de semana é especial na Varanda do SESI, com as
Segundas do Chorinho. Considerada a primeira música
urbana tipicamente brasileira, o chorinho é revisitado nos
seus grandes clássicos e novas composições por grupos
diversos. Ao longo desses cinco anos de existência do projeto,
a Varanda recebeu grupos consagrados no estilo como o
Janela Brasileira, Gente do Choro, Casa Verde e Os Ingênuos.
Artistas como Armandinho, Maestro Fred Dantas e Juliana
Ribeiro também abrilhantaram o espaço, relembrando
sucesso do estilo musical, fazendo da Varanda do SESI uma
verdadeira vitrine do choro na Bahia.
Fotos DiVUlgAção
Brinquedos nordestinosBrinquedos que marcaram a infância de antigamente, muito
deles ainda presentes nas comunidades interioranas do
nordeste do Brasil. São esses objetos que compõem a exposição
Brinquedos à Mão – Coleção Sálua Chequer, coletadas ao longo
dos últimos 30 anos, durante pesquisas de campos em diversas
cidades nordestinas. As peças, apresentadas em diversos
suportes, não são expostas como em um museu, ao contrário,
convidam ao movimento. São pequenos moedores de cana,
carro de boi e moinhos de água. Em foco, a recuperação da
importância e do valor pedagógico dos brinquedos populares
como referência para todas as gerações.
Não perca Palacete das Artes, ter a sex, das 13h às 19h, e sáb e dom, das 14h às 19h. Até 26/6. R. da Graça, 289, Graça. Classificação livre
Não perca Teatro SESI, segundas, 20h. Ingressos: R$ 20. R. Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Classificação 16 anos
exposição
show
Bahia Indústria 35
BANCO DE LIVROS BANCO DE REFEIÇÕES BANCO DE RESÍDUOS
BANC
O DE
VOL
UNTÁ
RIOS
B
ANCO
DE SANGUE
BANCO DE PROJETOS SOCIAIS BANCO DE VESTUÁRIOBANCODELIVROS
BASBANCODERESÍDUOSBA
NCO
SBA
NCO
DE SANGUEBANCO D AIS
BANCO DE VESTUÁRIO
BANCOS DEARTICULAÇÕESSOCIAIS FIEB
QUALIDADEAMBIENTALE DE VIDA
OUTROS
INSTITUIÇÕESDE ENSINO
INDÚSTRIAS
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