REVISTA ANTROPOFÁGICA 10_COMPLETO.pdf

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7/28/2019 REVISTA ANTROPOFÁGICA 10_COMPLETO.pdf http://slidepdf.com/reader/full/revista-antropofagica-10completopdf 1/9 ANIMO I — NUMERO ir> 500 RS. FEVEREIRO — 1929 Revista de Antropofagia nírAi*itSn «IA ÀVTAVTA F\*I È. * <t t«m .... ._ Directao de ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO Gerência etc. de RAUL BOPF Endereço: 13, RUfl BENJAMIM COMSTfMT - 3.° Pav. Sala 7 - CAIXA POSTAL V 1.269- SÃO PAULO Ascanio Lopes BANZO Com vinte e dois anos Ascânio Lopes morreu no dia 10 de janeiro em Cataguazes. No dia 9 (como Carlos Drummond de Andrade me lem brou) eu dizia no Diário da Noite de São Paulo que o menino-poeta tinha futuro garantido. E ti nha mesmo- O que mais me agradava nele era a timidez misturada com a malícia. Atravez de suas cartas e de seus versos eu percebia um Ascâ nio bom, muito bom mesmo. Porém essa bon dade êle guardava e escondia. De forma que os de foraa ignoravam. E emboraa culpa fosse sua ou não fosse de ninguém, Ascânio se vingava com a malícia. Êle mesmo deixou transparecer isso comoventemente numa poesia chamada Ambiente de infàcia. O pouquinho que Ascânio escreveu dá de sobra para a gente lastimar o que deixou de escrever. Foi embora quando ainda estava no começo e a gente sente saudade daquela esperança. Acredita va na literatura e na literatura do Brasil. De vez em quando se metia a estudar assuntos graves. E nunca brincou. Nãovia na poesia moderna (como tantos) apenas um pretexto para ousadias engraçadas e molecadas cínicas. Trabalhava ho nestamente. Sabia o que fazia e queria fazer di reito, fazer sempre melhor. Outra cousa que êle também sabia era sofrer. A doença queo matou em certos períodos não lhe deixava tempo senão para acompanhar passo a passo a aproximação do fim. 41 dias que estou de febre brava (assim me escrevia em maio de 28) e estou proibido de ler, escrever, levantar, mexer, etc. E acrescentava: Agora mesmo afe- bre aumenta. Isso com uma letra que ia crescendo como a febre dele. Rosário Fusco escreveu antes dos versos do Fruta de conde: ... e que ninguém nunca se es- queça de Ascânio Lopes. Pois é claro que quem o conheceu não poderá esquecer, Rosário Fusco. ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO Subiu a toada dos negros mocambos Sahiu a mandinga de pretos retintos vestidos de ganga. Quillengue, Loanda, Basuto e Marvanda fazendo munganga tentando chamego cantando a Changô. Escudos de couro, pandeiros, ingonos, batuques e danças. Palhoças pontudas com ferros nas lanças. Terreiros compridos de barro batido. Cantigas e guerras com sobas distantes. Caçadaao leão... Caninga de choro zoada de grillo. Campina de canna com água trahquilla. •. ... a voz do feitor. Mucanas cafuzas moleques zarombos. Na noite retinta a toada subia dos negros mocambos. (Natal). LUÍS DA CÂMARA CASCUDO.

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ANIMOI — NUMEROir> 5 0 0 RS. FEVEREIRO — 1929

Revista de Antropofagian í r A i * i t S n « I A À V T A V T A F \ * I È. * <t t « m . . . . . _Directaode ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO Gerência etc.de RAUL BOPF

Endereço:13,RUfl BENJAMIM COMSTfMT- 3.° Pav.Sala 7 - CAIXA POSTALV 1.269- S Ã O P A U L O

Ascanio Lopes B A N Z OCom vintee dois anos Ascânio Lopes morreu

no dia 10 de j ane i ro em Cataguazes.No dia 9(como Car los Drummondde Andrade me lembrou) eu dizia no Diário da Noite de São Pauloque o menino-poeta t inha futuro garant ido.E ti

nha mesmo-O que mais me agradava neleeraa t imidez misturada coma malícia. Atravezdesuas cartase de seus versoseu percebia um Ascânio bom, muito bom mesmo. Porém essa bondade êle guardavae escondia.De forma queosde foraa ignoravam.E emboraa culpa fosse suaou não fosse de ninguém, Ascânio se vingava coma malícia.Êle mesm o deixou transp arecer issocomoventemente numa poesia chamadaAmbientede infàcia.

O pouquinho que Ascânio escreveu dá de sobrapa r a a gente last imaro que deixoude escrever.

Foi embora quando ainda estavano começoe agente sente saudade daquela esperança. Acreditava na l i teraturae na l i teraturado Brasil. De vezem quandose metia a estudar assuntos graves.E nunca br incou .Não via na poesia moderna(como tantos) apenas um pretexto para ousadiasengraçadase molecadas cínicas. Trabalhava honestamente. Sabiao que faziae queria fazerdireito, fazer sempre melhor.

Outra cousa que êle também sabia era sofrer.A doençaque o matou em certos períodosnãolhe deixava tempo senão para acompanhar passo

a passoa aproximaçãodo fim. Há 41 diasqueestou de febre brava(assim me escrevia em maiode 28)e estou proibidode ler, escrever, levantar,mexer, etc. E acrescentava: Agora mesmoa fe-

bre aumenta.Isso com uma letra queia crescendocomoa febre dele .

Ros ário F usco escreveu a ntes dos versosdoFruta de conde: ... e que ninguém nuncase es-

queça de Ascânio Lopes.Pois é claro que quemo conheceu não poderá esquecer, Rosário Fusco.

ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO

Subiu a toadados negros mocambosSahiu a mandingade pretos retintosvestidosde ganga .

Quillengue, Loanda,Basutoe Marvandafazendo mungangatentando chamegocantandoa Changô.

Escudosde couro,pandeiros, ingonos,

batuquese danças .Palhoças pontudascom ferros nas lanças.

Terreiros compridosde barro bat ido.Cantigase guerrascom sobas distantes.Caçadaao l e ã o . . .

Caningade chorozoada de gri l lo .Campinade cannacom águ a trah quilla. •.. . . a voz do feitor.

Mucanas cafuzasmoleques zarombos.Na noite retintaa toada subiados negros mocambos.

(Nata l ) .LUÍS DA CÂMARA CASCUDO.

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Re v i s t a de A n t r o p o f » * i »

DORESDO INDAYÁ •RETRATO DO BRASIL

O que maisme admirano Brasil

nãoé o rio Amasonas —o maior do mundo!

E nemas florestase as riquezas,

as maioresdo mundo!

O que maisme admirano Brasil(Meu Deus, fazeicom que o dia de amanhã

seja differentedo dia de hoje!) é a preguiçosa confiançaque nós temos

morrendo como nessas coisas todas— as maiores do mundo!...

habito.

Umarua velhae vazia,

uma casa velhae vazia,

uma vida velhae vazia.

A poesiadas cousas humildes

morrendo, m orren do...

(Minas)(Bello Horizonte).

EMÍLIO MOURA. JOÃO DORNAS FILH O.

SMí5Z5K25É3aSH5KHa5?5a5E52525H525a5a5H5a5Z5a^^

LEIAM:

PAULO PRADO — RETRATO D0 BRASIL(ensaio sobrea tristesa brasileira).

T R I S T Ã ODE AT H A Y D E~ ES TVDOS —2.» série (crítica).

M Á R I O DE A N D R A D E~ ENSAIO SOBRE MÚSICA BRASILEIRA(criticae folclore).

JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA ~ A BAGACEIRA- 4.a ed. - (romance).

GUILHERMINA CÉSA Re FRANCISCO PEIXOTO— MEIA PATACA — (versos)

R OSÁR IO FUSC O~FRUTA

DECONDE —(versos).

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R e v i s t a de A n t r o p o f a g i a

Como querque se julgue a

obra do sr. Tristão de Athaydee a sua posição intelectual,nãoé possível negara singularimpor tânc iaque têm na nossavida literáriaas suas atitudese osseus pronunciamentos.A autoridade mora l ,a culturae a inteligênciado critico souberamfazer-se respei tardo publico difícil que lê as crônicas literáriasdos jornais (autores, amigosdosautores, inimigosdos autoreseás vezeso cidadão ingênuoqueprocurase pôr ao par da literatu ra francêza contemporân ea"o sr. Be r na r dFay deu ao capitulo sobre Barreso titulo de"Maurice Barresou La littéra-ture haussele ton". Da me smaforma, quem quizesse traçarump a n o r a m ada nossa literaturaneste pr imeiro quartode século,poderia dedicarao sr. Tristãode Athaydeum capitulo intitulado "A critica literária levantao tom". Efet ivamente,si refletirm os no que era a critica brasileira ha pouco maisde dezanos, não poderemos deixardereconhecerque o biógrafo deAfonso Arinos realizouuma obrarelevante"de modernizaçãoe deaperfeiç oam ento. Muito antesdele já Unhamos,é certo,a lucidez admirávelde João Ribei

ro . João Ribeiro, porém,é duplamente filósofo, tantono sentidoprópr ioda palavra comono popular, ta lvez mais ,até, nesteult imo: não liga muitoá critica.Si nunca deixoude assinalarosseus lugaresaos raros livrosbonsque de longeem longe aparecem, tevee a inda tem muitasvezes condescendências culposaspa r a os imprestáveise os medíocres. E' part idáriodo "lais-ser faire, laisser passer",ao menos em l i teratura.O sr. Tristãode Athayde,ao contrar iodo defensor teóricoda lingua nacional, já pôde ser justamente qualificado de "homemsem malícia" (1). A sua tendênciaé para o trágico,o sombrio,o doloroso, o difficil. E' um homemque t imbraem levar tudo profundamentea sério,a começarpela sua funcçãode crítico. Issoimpor taem dizer que êle nãosabe passarsem, ao menos,umpequeno at ivode convicções firmes, sem um ponto de vista ede apoio,de onde se lhe apresentam deformadasas coisas,que êle julga, entretanto, peloaspecto parcial, unilateral,queconhece. Para empregarumaimagem caraa Cocteau,êle não

Uma adesãogira em torno do objeto. Limita-se a observa-lodo lugar ondeestá. A conseqüência direta desse modode ser é uma tendênciainst int iva para imporo seu ponto de vista, pela estranhezaquelhe causao que se vê dos outros. Para impor, digomal, maspara considera-lo comoo verdadeiro, o único legitimo.Daicerta feição ev angelizadoradasua criticae o receio que lheinfundem os que êle considera"germensd edissolução"do espir i to porue ameaçama unidadee a segurançada construcçãodoseu sistema pessoal. Tais germens êle os combate comoépossível,mas improvávelue Eu-clides combatesseas geometr iasnão-eucl ideanas:em legitimadefesa. Não podendo admit ir,porinstintode conservação,ue outra visãodo mundose imponhaem detr imentoda sua, imaginaque o que se perderiapor a mordessa outra haviade ser o mundo mesmoe não somentea suavisão.

Todas essas observaçõesnãoquerem dizerque se t ratede umespírito intoleranteou precon-ceituoso. E' simplesmenteumsistemático. Tambémnão seriaesato pensarque èle não mudade opiniõese de filosofia.Tem

muda doaté muito.Já atravesso u o estadode espiritode uma strês gerações,no mínimo.Mascomporta-se daquele modo relat ivamentea cada posição.Var iam os seus pontosde vista,mas cadaum é como si fosseo único-E de cada vez êle devepensar comsigo: "Agorasim,acertei".

Por tudo issoa at ividadedosr. Tristãoe Athaydevem sendoempregadade preferencianoataque aos ditos elementosdis-soKentes. Dentre elesa perspicácia do crítico logo destacouo sr. Oswaldde Andradee seuscompanheirosde antropofagiaepau-brasil, comoos mais perigosose temíveis.E é principalmentea essesque costuma oportoda sortede valores, emborainfinitamente menos interessantes, (a terceira correntee outrasdo mesmo gênero)por seremmais estáveis, poiso sr. Tristãode Athayde acreditana vir tudeda estabilidade.E é, da mesmamanei ra ,a esses,que êle vivepregandouma acção construtoracertamentea tornar-se conservadora e lhe parecede necessidade urgente.

0 que mais o preocupavano

(1) Sérgio Buar que de Holanda, «Digo no "Jornal do Brasil".

PEDRO DANTAS

sr. Oswaldde Andradeera a falta de confiançaque este lhe inspirava, aquela continua impressão de terreno movediço,queper turbae arrastaao desequilíbr io. E êle censuravaa eternabrincadeiraem que se comprazo sr. Oswaldde Andrade, espro-bava-lhea leviandadedas atitudes, a alegria,o bom-humor.Tinha saudadesdo Oswald precioso e tétrico dos "Condenados" .Achavauma pena ,um sacrifícioinesplicavelque um home mcom o o sr. Oswaldde Andradecapaz de lagrimas e desgraças,andasse pelo mundo, t ranqüiloe sem remorsos,se diver t indo .E traçavado autor de JoãoMi

ramar retratos pessimistas ,mos-trando-o frívolo, inconstante,"blagueur", modernista snob, circulando entreos salões ricosdeS. Pauloe os cafés literáriosdeParis , tomandoa sua "water-manzinha" para escrever. . ,0"Retratode mim por TristãodeAthayde",em suma.E concluíapelo perigode vir a mocidadeincautaa seguirum homemcomo esse,que substituírao nossohabitual ecessode literaturaporuma infra-literaturae que, apretestode corrigirum erro, osubstituírapor outro, de sinalcontrar io.

Agora, porém, escrevendosobre o "Retratodo Brasi l"do sr.Paulo Prado,o sr. Tristão deAthayde, citandoo inquéri tosobre a civilisação americana,aque se procedeuha alguns anosnos Estados Unidos, concordaco m as conclusõesde HaroldStearns,que o organizou,e apli-cando-as ao Brasil,diz testual-mente o seguinte: "Penso apenas que não devemosnos abandonarou recorrercom êle (Paulo Prado)ás soluçõesdo desesperoe sim fazer como esses trinta norte-am ericanos sincerosecorajosos— r i rmosde nós mesmos".

Mas não é precisamente essaa soluçãodo sr. Oswaldde Andradee o que êle tem real izadona ul t ima parteda sua obras?Si essa tendêncianão esplicapor si só toda a r iqueza humana e o lirismo intensodo poetado Esplanada,é entretantoa significação mais imediatae evidente de seus livros. Está, pois,de parabénso sr. Oswaldde Andrade ,por mais essa valiosaadesão. Poisé fora de dúvidaquecom aquelas palavraso sr. Tristã o de Athayde entregouos pontos. Nem mais nem menos .

(Rio de Jane i ro) .

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4 POETAS

GUILHERMINO CÉSAR EFRANCISCO I. PEIXOTO— Meia-Pataca — Catagua-zes — 1928.

Meia-Pataca é o nome de umriozinho de Cataguazes. No stempos antigos tinha ouro. Hoje é água e ma is nada. Mas aágua possue lá a sua poesia queé a de Guilhermino César eFrancisco I. Peixoto.

O primeiro ainda não se livroudaquella tristesa sem fundamento visível dos poetas que prometem. T ristesa qu e a gente nãopode levar a sério. Os versos dele têm sempre uma interrogação,uma dúvida, uma perguntade descrença ou desconsolo- Oassunto não difere do comumbrasileiro e actual. Porém o queestá dentro é bom anunciado melhor. A fala por exemplo é clara e forte:

Campeiro queimado de solvai ver o trabalho dos seus com

panheirosnas galerias de ar friona noite constante lMineiro das minas geraisvocê não acorda ?Vai ver o trabalho dos outros

mineirosdos mineiros-m ineiros enterra

dos na minaouvindo os patrões em fala es

trangeira !

Sensibilidade alerta, maneirapessoal ainda não muito definida mas reconhecível, desembaraço, procura, gosto lírico, tudoisso a gente encontra e chupaque nem uma bala na poesia deGuilhermino César.

Francisco I. Peixoto é maisirreverente e gozador. O quenão impe de o desejo que tem

de um...coração mais forte

Mais resignado, mais cheio depaciência

Pra poder aturar de cara alegretanta amolação

E pra agüentar com o peso infame dos

pensamentos futuros...

Mas no geral laz perguntasembaraçosas a Jesus, FernãoDias Paes Leme e ás namoradas. Está no período de caçoa-da e tem medo dos que virãodepois. E* bem desse grupo m enino de Cataguazes ainda brin

cando no colo do futuro. Co

nheceu a poesia muito criançae ainda não tem por ela o devido respeito. Por enquanto sãonamoricos sem conseqüência. Láde vez em quando um gestomais cheio de intenções deixaadivinhar a ligação brava deamanhã. Então o verso virá feito agarrar a gente.

Rosário Fusco fêz um desenhona capa que eu acho bem interessante.

HUMBERTO ZARRILLI —Libro de imágenes — Mon-tevideo — 1928.Humberto Zarrilli é co-autor

de uma série de livros de leitura para crianças que conquistouo primeiro prêmio no concursoorganizado faz pouco tempo pelo Conselho Nacional de EnsinoPrimário e Normal do Uruguai.No Libro de imágenes a gentepercebe ás vezes o escriptor-pro-fessor inteligente. A's vezes só.Porque quási sem pre a poesiaadulta fala seus desejos, desejosmaduros :

Era mi enorme pena ei no tenerninguna

Recibe. mi tristeza como un hués-ped alegre.

Zurrilla é terno, ama as cou-sas da rua, saúda contente osquinze anos da vizinhaque están repicando por toda

Ia casa,fica embevecido deante de umacriança que mama, abençoa amulher grávida cujas.-.caderàs tienen ondular de cuna

fala a cada instante do céu, dasnuvens, do' vento, das estrelas,canta o vinho, as mulheres e asua cidade,

Ia dei rio como mar.

Tem até repentes de violeiro:Nube ausente de Ia tierra,hoy tu destino comprendo:El água por Ia que vives,Ia das un dia muriendo.

Poeta amável a quem a genteretribue com a mesma simpatiadele por tudo e por todos destemundo.

ROSÁRIO FUSCO—Frutade conde — Cataguazes —1929.

O livro são oito poesias ca

bendo em dezoito páginas apenas. Dirão que Rosário Fusco ébastante moço ainda, tem muitotempo deante dele, tem muitotalento dentro dele, podia esperar mais um pouco e publicarcousa de outro po rte. Mas eucompreendo isso muito bem.Quem progride tem uma pressadanada de mostrar que está progredindo. N ão se con tém: vailogo na rua passear o jaquetãonovo.

Fruta de conde apresenta defacto menor número de defeitose qualidades bem mais acentuadas do qu e a parte do autornos Poemas cronológicos. A prova está patente nestePoema-

Na tarde clara sem ventilaçãoeu estava bem refestelando a

vistana roçaria de bom trato.Gente vinda do serviço gazoava

alegrepelo caminho endomingado e

limpo.Um cheiro bravo vinha vindosolto da aragenzinhae a gente suspirava èle banzandogostoso com o quê !Paz de dis tâncias . . .Necessidade de coisas não era

preciso nãoe a gente percebia que a vida,

pensando bem é boa mesmo.Quási que eu falei zuretamcnte:

EU VI VO!

Não era preciso desejo nenhumnaquele momento.

Porém meu sexo forte desejoutanto você

que eu senti na tarde clara semventilação nenhuma

você encolhida, se encostando.. .

Há ai alguma cousa diferentedaquele brasileirismo infantilque é o sarampo da nossa meninada poética. Os versos vêmmais pesados e como o peso éde poesia mais l igeiros, envolventes , simpáticos- E' a idadeque vai aumentando, ganhandosensações novas, se abrindo paranovos desejos. Rosário Fusconão precisa se afobar. O pássaro está voando sem dúvida, maso poeta tem na palma da mãoa fruta que êle procura.

A. DE A. M.

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R e v i s t a d o A n t r o p o f a g i a

A N T R O P O F A G I A ?MARIO DE ANDRADE

Ando lidando bastante comfeitiçaria aqui no Nordeste eacho que esta communicaçãoque segue pode interessar aoscultores da antropofagia...filosófica paulista. Se tratado Mestre (Santo) AntônioTirano. Eis a scena que sepassou entre mim e os doisfeiticeiros meus informantes, gente sarada dos catimbós de Natal.

Eu escrevia na pauta as rezas que os dois juntos mecantavam e tomava em seguida as informações sobre oMestre a que a reza pertencia. Os dois catimbozeiros jáestavam com a língua solta,sem cerimonia, depois de várias horas de conversa e almoço bom no meio. Eu escrevia.

— . . . porque Turuatá étambém Mestre caboclo (indígena) frexador malevoBem pata cegar os outros...Gosta de trabalha cum cobra.Fura o oio da cobra na intenção da pessoa a quem quécega e cega. Chega a cumepedaço de cobra, cru, maiscauim (por aqui, nos catimbós, qualquer álcol forte)

— Eu já sigurei uma jararaca pr'êle cega !

— .. .foi discipo do grande malfeito Antônio Tirano(eu escrevendo) que para agente tê trabalho dele tinha-se que dá pr'êle um filho,u m a. .. uma pessoa da f ami-Iha assim...

Parou.— Mas como é?... Tinha-

se que matar essa pessoa, é ?

Os dois estavam desapon-tadissimos, rindo amarelo.—N ão sabemos não sinhô...— Esse nem tem linha (re

za cantada)... Não se invoca não. . .

Voltei a escrever pra evitaraos dois a sensação de examinados.

— E' lógico que vocês nãoinvocam êle, sei bem. Maspodem me contar. Minhasnotas são pra estudo, que oMestre seja bom ou ruim nãotem importância não. Entãoêle obrigava o mestre a sacrificar alguém...

— E \ .. exigia sempre sangue humano.. .

— Sinão não trabalhava,heim! que safado!

— P rifiria sangue de crian

ça...Mas não se invoca mais!— Mas ás vezes aparece,

não ?— A's veiz .. .— E quando aparece faz

estrepolia ?Nova e sempre muita hesi

tação. Respondeu com mávontade:

— Faiz, sim sinhô...— Pede sangue ?— Pede, sim sinhô...

— Pede pra beber?...Arrancou :— Eu num sei, não sinhô!

Esse a gente não invoca não!Eu escrevendo textualmen

te como está. O outro, maispalavroso, mais esperto, quecursara até o terceiro ano doAteneu, de Natal, se calara.Parei de escrever, insisti, perguntei. Não foi possível tirar mais nenhuma informação útil ao meu amigo Osvaldo de Andrade. O outro maishumilde e mais feiticeiro também, se fechara em copasmeio desconfiado. Voltei aescrever. Esse, o mais humilde, acrescentou reflexivo:

— E' uma biografia desgraçada ...

(Natal — janeiro 1929).

Na noite bonitaacordam cantigas :

— (Vamos vê planta vassouraminha Yayá)

Mulatos saradoscom longos penachos.

Mulatos dengososem bambos requebros

— arco na mao —pra lá—pra ca — (vassourinha de botão

minha Yayá)Corpos de usucumcom tangas de pena

— mulatos suados— (ao redó de sua saia

minha Yayá)

ACHILLES VIVACQÜA

o mastro enfeitandode fitas rodeiam.

O arco se curva.A flecha faz que vaemas não vae não

— (Ao redó de seu balãominha Yayá)

pra cá—plafff

pra lá— plafff

Na noite bonitadormem cantigas

( Y a - y á . . . )Mulatos cançados.Tangas de pena.Mastro de fita.

(Belo Horizonte)

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R e v i s t a d e A n t r o p o f a g i a 6

QUANDO EU MORRERA Alceu Amoroso Lima AUGU STO SC HIMIDT

Quando eu morrer o mundo continuará o mesmo.A doçura das tardes continuaráa envolver as coisas todas,Como envolve neste mesmo instante.O vento fresco dobrará as arvores esguiasE levantará as nuvens de poeira das estradas —Quandoeu morreras águas claras dos rios rolarão ainda'

Rolarão sempre alvas de espuma...

Quando eu morrer as estreitas não cessarão de se acender no lindo céo nocturnoE nos vergeis onde os pássaros cantam—as frutas continuarãoa ser docese boas.Quando eu morrer os homens continuarão sempre os mesmosE se hão de esquecer do meu caminho silencioso entre elles.Quando eu morrer os prantose as alegrias permanecerãoTodas as anciase inquietudes do mundo não se modificarão.Quando eu morrera humanidade continuaráa mesmaPorque nada sou — nada contoe nada tenhoPorque sou um grão de poeira perdido no infinito.

Sinto porém, agora, queo mundo sou eu mesmoE quea sombra descerá por sobreo universo vasio de mim

Quando eu morrer. . .

E m p r e z a G r a p h i c aL t d a ,revemente:ALCÂNTARA MACHADO —O bandeirantena , ,

intimidade— (estudo sobreos inventários LlVfOS, r\6VISt3Spau lista s do século 17). r—i . - , .Edições de luxoMARIO DE ANDRADE —Compêndio de história

d a m ú s ic a . serviçosRUBENS DE MORAES_ Essencialmente agrícola COITimerCiaeS

— (contos).

ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO- Lira R i t a , S t O . A n t O f l í O1 7uaulistana(c.ri\pr*n A*mnAir,\% aa \ '

Teleph. 2 - 6 5 6 0S. PAULO

paulistana(coleção de modinhas).

OSWALD DE ANDRADE- Serafim Ponte-Grande(romance).

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R e v i s t a d e A n t r o p o f a g i a

Capitulo 2."

O ponto onde aquela gente re-flue, é quasi na certa, o botequim. Veio de longe a onda imigratória , compacta e profunda,até se desfazer e sumir no término, que é o dest ino. Porém,depois de desfeita, ainda consegue por mil percursos, rebalsarna tasca em que se vende parati.

Entre a soldadesca, que representa a maior clientela da venda, dá-se o caso de existir ge-rarquia até nas bebidas. Quandosão recruta s ou praç as raz as,cos tumam entornar d ia r iamentealguns cálices de caninha pura,e porf iam em ver que m bebemais .A' medida que se vão graduando, ao subir de cabo á sargento, já sub stituem a pinga porcerveja. Por fim, o indício da as-cenção a postos superiores, é ouso de copos de leite, á noite,antes de recolher.

Demonstra com antecedência,o pretendente aos galões, o desejo de seguir as pegadas dos of-ficiaes, que ele viu se transformarem de soldados magruços emaltratados, em tenentes e ca

pitãe s de tez clara e c orada ,apertados - na farda cinzenta pelas banhas de burguez prospero.

Seguindo o costume do meio,os sargentos de cavalar ia maiso ginasta, bebiam cerveja (já tinham aspas douradas) a esperado companheiro. Conversavamsem reparar a desordem do lugar. Estavam acostumados a confusão dos botequins no começodo mez, depois do pagamento.Fingiam não ver os soldados,que a sua presença repelira para o belcão do portuguez, cujapresença era- lhes constrangedora; abreviavam a demora eIógo saíam.

Quand o o recruta entra p arao quartel , não tem nome, nãomerece atenção, representa apenas um autômato, é um núm ero.A seguir, aos poucos, nas intermináveis palestras do ócio militar, é que dá a sua origem,bom ou pérf ido, honesto ou malandro, e comunica as ambiçõesou desalentos que o animam ouinfelicitam. Porém é principalmente no botequim, á roda damesa ou deante do balcão, quereadquire nome e personal idade.Com o decorrer do tempo, recebe divisas, deixando de ser umnúmero para se tornar o cabofulano ou o sargen to sicran o.Volta a ser gente. E' a conclusão

(ROMANCE)A PONTE DOS AMORESm

«do primeiro ciclo da Força Publica.

Naquele mesmo botequim daesquina, costumavam se encontrar os três sargentos, desde ocomeço da vida militar na milícia, quando eram soldados efugiam da presença dos superiores , tal qual como agora os subordinados se afastavam deles.

O mais corpulento dos três, oque tinha tez clara e cabeloscastanhos, chamava-se Antônio,era sulriograndense. 0 mais magro e moreno, Cassiano, viera damelhores cavaleiros do regimen-Baía, e era tido como um dosto . O último , Câ ndido — forabatizad o em M inas por gentedevota sob auspício daquele adjetivo para ser puro na vida— era de todos o mais mulherengo e feliz em namoros.

Antônio larga ra dos amigos,para perseguir as mulheres daavenida Tiradentes. Cândido fora provocado pela mulat inha doJardim-- Cassiano percebera onegacear da rapariga, e avisarao companheiro que não vira fita. Justificava o baiano, o faroque lhe atribuíam em surpreender olhares, combinações, recados, começos de "simp atia", etornava-se o pavor dos que, perto dele, tentavam "cavações".Costumava atrapalhar os outros,achando enorme graça quandoestorvava ou estragava o namoro de alguém, ou então, protegia a aproximação, e depois espalhava para meio mundo o caso que surpreendera colocandonum embrulho danado a ví t imae o çróe. Ao sair do parque, eleperceb era que as mulh eres daavenida estavam de trato feitocom o grupo de b omb eiros daesquina. Deixara proposi talmen-te Antônio se atirar a elas, afimde '"gosar", como dizia, o aspé-to desanimado e divertido docompanheiro quando voltasse dainfrutífera caçada.

Enquanto esperavam o rapaz,continuavam bebendo. Cândidosilencioso, distraído pela lembrança da mulat inha que lheficava viva e irritante na memória, não ligava para os visi-nhos. O ginasta tinha-se empenhado em tremenda discussãocom Cassiano, a propósito doque m ais podia desenvolver amusculatura de um homem, o re

gime da cavalaria ou o do "Pavilhão de Educação Physica".

YAN DE ALMEIDA PRADO

Questões semelhantes apaixonavam a soldadesca, que volta emeia, levantava t remenda bulhaa respeito da supe rioridad e deuma arma sobre as outras, de ca-valarianos sobre infantes, bombeiros sobre músicos, pessoal doGorpo de Saúde sobre os cozinheiros, e vice versa até o infinito.

— Eu de muito moço, dizia oginasta, entrei para a policia deSe rg ipe . . .

— Ué você foi praça no Norte? Perguntou Cassiano, a dmirado de vir a saber somente naquela noi te um pormenor depessoa que conhecia ha muitotempo.

— Sou filho de Sergipe.— Eu an dei por lá, tam bém

fui praça no Norte, na políciade Alagoas, mas aquilo era umap de policia que passavamezes sem pagar a gente.

— Em Sergipe é a mesma coisa. Pois como eu ia dizend o,de mocinho sentei praça na policia onde tinha um tio que erasargento. Você que andou por lásabe o que é aquelas caminhadas, quando a gente sae por aliafora em diligência que não acaba mais- Aquilo é só andar, andar, debaix o do sol, no fim agente fica com as pernas que ésó nervo.

— E' mesmo, condescendeu obaiano que em rapazelho forapróprio de recados.

— Bem. Aqui, no Pavilhão, éa mesma coisa. Nós na ginástica começamos com ginásticas u e c a . . .

— Não desenvolve o corpo.— Como não! Do primeiro

dia que eu chegu ei, eu estava

ainda mais ou menos acostumado a andar muito, o patrão naroça muitas vezes me mandavarodear o sitio, depois, tinha também trabalhado de enxada ai pelo Interior, fiz muita carpa, nãoestava de corpo mole não. Mesmo assim fiquei quebrado. Logoque acabou o passo acelerado emvolta do barracão, comecei a sentir canceira, que foi indo, foi indo, chegou de noite estava quenão podia mais mexer.

— Sim, era falta de exercício.— Ai é que está. E nós fazia

aquilo todo o dia, cada vez chegando no mais duro, enquantovocês,nem tem comparação . . .

(Continua)

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BRASILIANA

R ev i s t a d e A n t r o p o fa 8 i »— — — — ^ — ^M M M " -

B A L C Ã OPURITANISMOTeleg rama de Santa Lusia (Goiaz) par aO

Globo do Rio de Janeiro, n. de 7-1-1929:"Acaba de ser expulso do tiro de guerra de

Santa Lusia o Sr. Nagibe Salomão Filho, syrio na-turalisado, pelo motivo de ter tido uma amanteaté ha poucos mezes. O caso tem sido muito com-mentado, fazendo-se necessária a intervenção doministro da Guerra."

RESPEITODe uma discrição do presépio armado em ca

sa do sr. José Maria do Espirito Santo Filho, feirta peloMinas Geraesde Bello H orizon te, n- de1-1-1929:

"No presépio, propriamente dito, bem disposto , com naturalidade, vê-se sobre palhas o corpodébil do Menino Deus recemnascido, tendo a ado-ral-o Maria Santíssima e S. José, bem como ospastores que haviam acudido á voz do anjo an-nunciando o miraculoso facto.

Encontram-se alli , como que em attitude respeitosa, como se tivessem podido comprehendero alcance do que se dava, diversos animaes."

PARABÉNSNoticia publicada peloO Gladiode Quipa-

pá (Pernambuco), n. de 7-1-1929:

"MANOEL GOMES ROSA — Esse nosso amigo tem, na data de hoje, um grande regosijo pela passagem do seu anniversario natilicio. Espiri

to lúcido, inspirado poeta, ágil prosador e um dosmais progressistas industriaes deste município, égrande c invejável o conceito que frue na sociedade quipapáense.O Gladioparabemnisa o i l lustreanniversariante ."

CONDOLÊNCIASNoticia (respeitadas a ortografia e a redac-

ção) publicada pelaA Liberdadede S. José dosCampos (S. Paulo), n. de 24-1-1929:

"JOÃOSINHO — Falleceu no dia 18 o filhodo nosso prezado amigo João de Oliveira Costae sua d es ti neta senh ora, o joãos inho como éra geralmente conhecido, apezar de pequeno éra umhomem, infel ismente após uma breve infermida-de, zoba ndo da sciencia falleceu rodia do dosseus, o seu sepultamento deu-se no dia seguinte,acompanhado de grande numero de amigos dafamília, notamos entre outros o Snr. Cel. Cursinopresidente do Directorio Republicano, o snr. Eli-ziario Guimarães e outros, a morte do Joãosinhofoi mu ito sentida, a família ilutad a apres entam oslhe as nossa sentidas condulencia."

CARNAVALDe uma correspondência de Maceió (Ala

goas) paraO Paiz, do Rio de Janeiro, n. de30-1-1929:

"O carnaval deste anno promette grande animaçã o. Form aram -se já diversos grupos famil iares e entre elles o dos Gondoleiros, especial da família Alexandre Nobre e do qual faz parte o próprio governador Álvaro Paes e além de muitasoutras pessoas de destaque, que se reuniram na

residência do Dr. Gama Melcher, gerente da Fabrica Progresso Alagoano."

LIVROS PROCURADOS

P*or YAN DE AL MEIDA PRA DO (aven idaBrigad eiro Luis Antônio, 188 — S. Pau lo ):

— S. L. J. — "Historia de El-Rei D. João VI".— Zaluar. E.A. — "Peregrinações pela Pro

víncia de S. Paulo".— Tilara. L. dos Santos — "Mem órias do

Grande Exerci to All iado".— Alvarenga Peixoto — "Obras" — em pri

meira edução.Duarte de Albuouerque Coelho — "Memó

rias Diárias"-— José da Silva Lisboa — "Historia dos prin-

cipaes suecessos". — 2 vols. 1826-1830.

Por MANOEL BANDEIRA (rua do Curvel-10) 5i _ s ta . Tereza — Rio de Ja ne iro ):

— Mac-Carthy — "Viagem na China".

Por RUI NOGUEIRA MARTINS (Caixa Postal n. 1414):

— J. .1. Mac hado d'01iveira — "Ge ogra phiada Província de S. Paulo".

— J. J. Machado d'01iveira — "Quadro Histórico da Província de S. Paulo".

Primeira edição.— Simão de Vasconcellos — "Vida de An-

cliieta" — Em bom' estado.— Manoel Monteyro — "Compêndio Pantgy

rico do P- José de Anchieta" — 1660.— Massena — "Poesias do Veneravel P. Jo

sé de Anchieta". — Roma — 1863.

A assinatura anual

da

R E V I S TA D E A N T R O P O FA G I A

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