Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

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JUNHO/2011 ANO 16 Nº 65 Marcopolo lança o Low Driver 1600 e o DD 1800 Geração 7 Viação Cometa dá lições de excelência em manutenção Montadoras já estão prontas para atender o Proconve P7 Empresas aperfeiçoam suas práticas ambientais

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Publicação da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros

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Page 1: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

JUNHO/2011 ANO 16 Nº 65

Marcopolo lança o Low Driver 1600 e o DD 1800

Geração 7

Viação Cometa dá lições de excelência em manutenção

Montadoras já estão prontas para atender o Proconve P7

Empresas aperfeiçoam suas práticas ambientais

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Paradiso 1800 DD

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Bem-vindo a bordo do lançamento duplamente surpreendente: Paradiso 1800 DD e Paradiso 1600 LD. Os novos modelos de ônibus rodoviários complementam a família da Geração 7, que já contava com o Paradiso 1200, Paradiso 1050, Viaggio 1050 e Viaggio 900. Os novos veículos estabelecem novos padrões de segurança e conforto para o mercado brasileiro e internacional.

www.marcopolo.com.br

A P R O X I M A N D O P E S S O A S

Paradiso 1600 LD

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A Irizar comemora 120 anos

empenhada em

vigoroso processo de

expansão internacional.

umárioS

Faz 100 anos que a Scania

produziu o Nordmark, o primeiro

ônibus sueco, em 1911.

A preocupação com o treinamento do pessoal e com a

cuidadosa manutenção dos ônibus responde por boa parte da

famosa qualidade dos serviços da Viação Cometa.

3254

A Marcopolo lança os ônibus 1800 DD e 1600 LSE e completa sua linha Geração 7.12

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No Brasil, montadoras e encarroçadoras já oferecem

em seus veículos os mais avançados dispositivos e

equipamentos voltados à segurança das operações.

A Mercedes-Benz apresenta a tecnologia que usará nos

seus veículos pesados a partir de 1º de janeiro de 2012 para

atender à nova legislação sobre emissões.

A Michelin

apresenta o pneu

X Multiway

para ônibus e

caminhões, e

lança um sistema

de reserva prévia

da primeira

recapagem.

44

18

38

22

As operadoras

brasileiras de

transporte

rodoviário de

passageiros

preocupam-se

cada vez mais

em garantir a

sustentabilidade

de todas as

suas operações.

LEIA MAIS:

Cartas............................................ 6

Carta do Presidente ...................... 7

Bagageiro ..................................... 8

Eleita a nova Diretoria ................ 10

Clésio Andrade homenageado .. 26

Meio ambiente ........................... 28

Ônibus a etanol .......................... 50

Opinião ....................................... 58

Page 6: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

6 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

A Revista ABRATI é uma publicação da

Associação Brasileira das Empresas de

Transporte Terrestre de Passageiros

Editor Responsável

Ciro Marcos Rosa

Produção, edição e editoração eletrônica

Plá Comunicação – Brasília

Editor Executivo

Nélio Lima – MTb 7903

Impressão

Gráfica e Editora Athalaia – Brasília

Foto da capa

Divulgação

Esta revista pode ser acessada via

internet: http://www.abrati.org.br

Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre

de Passageiros

PresidenteRenan Chieppe

Vice-PresidenteLuiz Wagner Chieppe

Diretor Administrativo-FinanceiroPaulo Alencar Porto Lima

DiretoresCarlos Alberto de O. Medeiros,

Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu,

Francisco Tude de Melo Neto, Jacob

Barata Filho, Leônidas Elias Júnior,

Letícia Sampaio Kitagawa, Mário Luft,

Paulo Humberto Naves Gonçalves,

Pedro Antonio Teixeira, Sandoval

Caramori,Telmo Joaquim Nunes e

Washington Peixoto Coura.

SuperintendenteJosé Luiz Santolin

Assessoria TécnicaAtaíde de Almeida

Assessoria de Comunicação SocialCiro Marcos Rosa

SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT

Torre A – 8º andar - Entrada 10/20

CEP: 70.070–944

Brasília - Distrito Federal

Telefone: (061) 3322-2004

Fax: (061) 3322-2058/3322-2022

E-mail: [email protected] Internet: http://www.abrati.org.br

PLANALTO 1Gostaria de parabenizar toda a

equipe da Revista ABRATI pela maravi-

lhosa matéria sobre os G7 da empresa

gaúcha Planalto. Gostei bastante,

também, da matéria sobre a Induscar/

Caio, empresa cujo foco atual é o mer-

cado urbano.

João Henrique Zöehler Lemos

www.buspf.blogspot.com

PLANALTO 2Há muito pouco tempo nós, pas-

sageiros, não podíamos imaginar que

as viagens de ônibus iam ficar ainda

mais agradáveis. Há duas semanas

embarquei na rodoviária de Porto

Alegre num ônibus com wireless da

Planalto. Antes, conheci a sala VIP da

empresa. Infelizmente eu não estava

com o meu laptop, mas vi passageiros

tendo acesso à internet sem nenhuma

dificuldade.

Ivo Borges Aranha

URUGUAIANA - RS

ENDEREÇO 1Gostaria de parabenizá-los pelas

excelentes matérias sobre ônibus.

Gostaria de ver matérias referentes às

empresas Unesul e Eucatur, empresas

das quais sou admirador. Gostaria de

me corresponder com busólogos.

Júlio Roberto Cardoso Gonçalves

Rua Florianópolis, 152

Bairro Mato Alto

CEP 94195-240 – GRAVATAÍ – RS

ENDEREÇO 2Escrevo para agradecer por ter

recebido mais uma Revista ABRATI.

Aproveito para pedir que publiquem

meu nome e endereço para efeito de

correspondência com busólogos.

Cristóvão Santos da Rocha

Av. Getúlio Vargas, 165 – Centro

CEP 57100-000 – RIO LARGO - AL

RODOMOÇASMuito boa a ideia da Util de tra-

zer de volta, pelo menos em alguns

horários ou roteiros, as simpáticas

rodomoças. Acho que elas criam um

clima bem mais agradável e menos

monótono durante as viagens mais

longas, além de elevarem o padrão

dos serviços. Boa também a iniciativa

de oferecer aos passageiros algumas

informações sobre os lugares ao longo

da rota.

Plínio José da Conceição

SETE LAGOAS – MG

COMILGostaria de parabenizá-los pela

excelente revista que é a ABRATI,

cumprindo seu papel no meio de

comunicação do transporte rodoviário

de passageiros. Aproveito para enviar

meus cumprimentos à Comil Carroce-

rias para Ônibus pelas suas 35.000

carrocerias.

Elias Mazzola

BENTO GONÇALVES – RS

QUALIDADEComo passageiro que viaja de ôni-

bus pelo menos duas vezes por ano,

acompanho com muita atenção os

esforços das empresas interestaduais

para continuar elevando o padrão de

qualidade dos serviços. Dá para perce-

ber a preocupação com o treinamento

dos funcionários. Em muitos casos, é

visível o orgulho do pessoal em atender

bem e, no caso dos motoristas, em

dirigir ônibus tão modernos como os

atuais. Se eu pudesse sugerir alguma

coisa para melhorar ainda mais os

serviços, eu diria que a qualidade da

comunicação com os passageiros na

hora do embarque e dentro do ônibus

ainda pode ser melhorada.

Cristiano Valter dos Anjos

GOIÂNIA - GO

artasC

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A questão dos limites legais de pesoUma das coisas que ainda causam surpresa – e problemas – às empresas de ônibus

que operam linhas internacionais, interestaduais e intermunicipais é a questão dos

atuais limites legais de peso por eixo, conjunto de eixos e peso total. Eles não foram

modificados desde a época em que o comprimento máximo para ônibus (e caminhões)

não articulados era 12m. Há algum tempo, a dimensão já é 14m – ou seja, 6t no eixo

dianteiro, 10t no eixo traseiro, 13,5t nos eixos traseiros duplos, sendo um de quatro

e outro de dois pneus, e 16t e 19,5t no total para os veículos de dois e de três eixos,

respectivamente; os double deckers de quatro eixos têm como limites de peso 12t na

dianteira, 13,5t na traseira e 25,5t no total.

Ao longo dos anos, as carroçarias de ônibus brasileiras – cujo padrão é de Primeiro

Mundo – vêm incorporando uma série de melhorias que se traduzem em maior conforto

para os passageiros, sendo o ar-condicionado apenas um dos exemplos. Os chassis de

ônibus (e de caminhões) nacionais agregam o que existe de mais moderno em tecnologia

e, a partir de 1º de janeiro de 2012, estarão dotados de motores da geração Euro 5 ou

Proconve 7, aptos a atender o nível de emissões exigido a partir daquela data.

Só que tudo isso pesa e não é pouco: para que se tenha uma noção, estima-se que

somente o novo motor, o catalizador, filtros e o tanque para o Arla-32 (Agente Redutor

Líquido de NOx Automotivo) aumentem em até 300kg o peso dos veículos. Outros tantos

quilos serão acrescentados com a obrigatoriedade de se reforçar as carroçarias visando

maior segurança no caso de capotamento (roll over), conforme preconizado na Resolução

Contran nº 316, de 08/05/2009. E por aí vai.

Obviamente, ninguém pode ser contra maior comodidade e segurança para os

passageiros, nem contra motores que poluem menos. Exceto o conforto – exigência

do mercado – os demais itens foram impostos – corretamente, diga-se – pelo próprio

Governo. Daí a surpresa mencionada acima de o mesmo Governo, pelo que consta, ter

sido refratário até, agora, à revisão dos limites legais de peso – os quais foram fixados

por ele mesmo por meio da Resolução Contran nº 210, de 13/11/2006.

A surpresa aumenta quando se verifica que ônibus (e caminhões) da Argentina,

Paraguai e Uruguai, que juntos com o nosso País formam o Mercosul, antes mesmo de

se falar em motores Euro 5 e normas para reforçar a segurança das carroçarias, estão

liberados para rodar no Brasil com limites de peso superiores aos fixados para os veículos

nacionais. É exatamente isto o que estabelece o Decreto nº 7.282, de 01/09/2010:

por exemplo, eixos traseiros simples com quatro pneus têm como limite 10,5t (em vez

das 10t) e duplos com quatro mais dois pneus têm como limite 14t (em vez das 13,5t).

Concluindo, registra-se aqui a expectativa da ABRATI de que o Governo reexamine a

questão e aumente o limite legal dos pesos para que seja possível atender às normas

baixadas por ele que obrigam motores com novas tecnologias para se adequar aos níveis

de emissão e reforço das carroçarias para aumentar a segurança. A ABRATI espera que os

órgãos governamentais revejam essa posição, não fazendo distinção dentro do território

nacional em prejuízo das empresas brasileiras.

Júlio

Fer

nand

es

Renan Chieppe, Presidente da ABRATI.

Registra-se aqui a expectativa da ABRATI de que o

Governo reexamine a sua posição e aumente o limite legal dos pesos para que seja

possível atender às normas baixadas

por ele que obrigam motores com novas tecnologias para se adequar aos níveis

de emissão e reforço das carroçarias para aumentar a

segurança.

arta do PresidenteC

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 7

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8 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

B A G A G E I R O

SEMINÁRIO

ATENDIMENTO

MARCA

PETROBRAS GARANTE ABASTECIMENTO DE DIESEL S50 A PARTIR DE JANEIRO DE 2012

MERCEDES-BENZ ELEITA EMPRESA DO ANOPELO PRÊMIO CONSUMIDOR MODERNO

CAIO INDUSCAR DIVULGA NOMES DOSGANHADORES DO CONCURSO DE FOTOS

A Caio Induscar promoveu

um concurso entre

admiradores de ônibus da

marca. Os concorrentes

enviaram fotos de ônibus

Caio, antigas ou novas,

para serem selecionadas

por colaboradores

do Departamento de

Comunicação e Marketing

e Design da empresa,

segundo critérios de

relevância histórica,

A Petrobras está investindo

US$ 73,6 bilhões para

assegurar o abastecimento

do mercado interno com

o diesel S50 a partir de

2012. Foi o que informou

o consultor de negócios da

empresa, Sérgio Fontes,

em apresentação feita

no seminário “Diesel e

Emissões em Debate”,

promovido no dia 30 de

maio, em São Paulo, pela

Associação Nacional dos

Fabricantes de Veículos

Automotores, Anfavea.

Segundo ele, já existem

11 polos de venda do S50

espalhados pelo Brasil.

Fontes estimou que 87%

da demanda pelo produto

no próximo ano serão

plenamente abastecidos.

Outro participante do

seminário, Achille Liambos

Jr., diretor da divisão de

Arla 32 da Yara Brasil,

que produz o aditivo Arla

Pela qualidade dos

serviços prestados por sua

Central de Atendimento ao

Cliente, a Mercedes-Benz

foi escolhida Empresa do

Ano, pelo voto popular, no

12º Prêmio Consumidor

Moderno de Excelência

de Serviços ao Cliente.

A montadora venceu nas

categorias “Caminhões”

(pela segunda vez) e

32, afirmou que não

haverá problema quanto à

disponibilidade do produto

em todo o Brasil. O Arla

32, assim como o diesel

S50, são considerados

fundamentais para que

os veículos pesados

produzidos a partir de 1º de

janeiro de 2012 possam

atender às exigências da

norma Proconve P7. A

ABRATI foi representada no

seminário pelo seu diretor

Cláudio Nélson Abreu, da

Viação Santa Cruz. Ele

explicou aos participantes

que as operadoras de

ônibus rodoviários poderão

adiar suas compras de

veículos Euro 5/Proconve

P7 até que não restem

mais dúvidas em relação

à disponibilidade de diesel

S50 e Arla 32, bem como

em relação ao preço com

que esses novos produtos

chegarão ao mercado.

Operadoras de linhas rodoviárias poderão adiar compras de ônibus.

Vista parcial da Central de Atendimento ao Cliente da Mercedes-Benz.

“Automóveis de Luxo” (pela

décima vez). Considerado

a principal iniciativa

de reconhecimento do

atendimento ao consumidor

no Brasil, o prêmio

destaca as empresas que

privilegiam a excelência no

relacionamento com clientes

e que mantêm elevados

indicadores de satisfação,

retenção e lealdade.

originalidade e beleza.

Houve três ganhadores:

Shalon Ferreira de Melo,

de São Paulo-SP, Fabiano

Afonso Zimmer, de Porto

Alegre-RS e Gustavo César

de Ávila e Silva, de Ipatinga-

MG. Como prêmio, eles

ganharam uma viagem

a Botucatu-SP, onde

visitaram as instalações da

fábrica da Caio Induscar e

receberam brindes.

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REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 9

MEIO AMBIENTE

CARROÇARIA

TRANSBORDO

AGENDA

MONTADORAS MOSTRAM QUE JÁ PODEM ATENDER EXIGÊNCIAS DO PROCONVE P7

ÔNIBUS COMIL ENTRE PARNAMIRIM E NATAL

IRIZAR ENTREGA DEZ ÔNIBUS CENTURYPARA OPERAÇÃO EM AEROPORTOS

VOLVO PROMOVE EM BRASÍLIA NOVOFÓRUM SOBRE SEGURANÇA NO TRÂNSITO

A Comil forneceu oito

carros do modelo Piá

e dois do modelo Midi

à Associação dos

Transportes Opcionais de

Médio Porte de Parnamirim,

Rio Grande do Norte. Os

A Volvo e a OHL Brasil

realizam no dia 15 de

junho, no Centro de

Convenções de Brasília,

o Fórum Volvo-OHL de

Segurança no Trânsito. O

objetivo é oferecer uma

agenda para que o Brasil

possa aproveitar a Década

Mundial de Ações de

Segurança no Trânsito,

além de um plano de

A Irizar, de Botucatu,

entregou à Pássaro

Marron dez unidades

do seu modelo Century

especialmente configurado

para Airport Service. A

carroçaria está montada

QUALIDADE

MASCARELLO RECEBE CERTIFICAÇÃO

A encarroçadora Mascarello acaba de receber a certificação

ISO 9001:2008, válida até junho de 2014, por implantar e

manter um Sistema de Gestão de Qualidade para projeto,

desenvolvimento e montagem de carroçarias de ônibus

urbanos, rodoviários e micros.

O veículo a etanol da Scania: a

experiência começou na Suécia.

O Hibribus, da Volvo: duas fontes

de energia em uma operação.

Testado pela Viação Santa Brigida, o diesel de cana-de-açúcar aprovou.

Os ônibus Century, fotografados na frente da fábrica, em Botucatu.

sobre chassis Mercedes-

Benz O 500 RS. O ônibus

tem 42 poltronas supersoft,

duas mesas de jogos, ar-

condicionado climatIzado,

vidros colados, DVD, dois

monitores e banheiro.

segurança nacional para os

próximos anos. O programa

inclui duas palestras

principais que vão ser

dadas pelo especialista

australiano Eric Howard

e pelo diretor-geral de

trânsito da Espanha,

Pere Navarro Olivella. As

inscrições são gratuitas e

feitas no site

www.volvo.com.br/pvst

As montadoras Scania,

Mercedes-Benz e Volvo

aproveitaram a realização

do C 40 Large Cities

Climate Summit, em São

Paulo, no início de junho,

para demonstrar algumas

alternativas para atender

as exigências sobre

emissões contidas na

norma Proconve P7 (Euro

5), que passa a vigorar em

1º de janeiro do próximo

ano. Cada uma das três

transportou participantes

do Summit em ônibus com

baixa emissão de gases

poluentes. A Scania usou

e divulgou o seu ônibus

a etanol. A Mercedes-

Benz apresentou ônibus

urbanos que utilizam diesel

de cana-de-açúcar como

combustível. Já a Volvo,

mostrou o Hibribus, um

ônibus híbrido que alterna,

durante a operação, o uso

de motores elétricos e de

um motor a diesel.

carros vão atender as

linhas intermunicipais da

região metropolitana de

Natal. A Associação tem

programação para renovar

toda a sua frota, que

atualmente é de 28 ônibus.

Page 10: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

BRATIA

Associadas escolhem a nova DiretoriaO presidente Renan Chieppe foi reconduzido. O mandato da nova Diretoria e do

Conselho Fiscal se estenderá até 22 de junho de 2014. Expressivo número de representantes

das associadas participou da eleição, realizada na sede da ABRATI, em Brasília.

Na manhã do dia 24 de maio, as associadas da

ABRATI realizaram assembleia com a finalidade

de proceder à eleição da Diretoria e do Conselho Fiscal

da entidade para o triênio de 23 de junho de 2011 a

22 de junho de 2014. Renan Chieppe, da Viação Águia

Branca e atual presidente, foi reeleito por aclamação.

Luiz Wagner Chieppe, da Viação Salutaris e Turismo,

foi eleito vice-presidente. Também por aclamação fo-

ram reconduzidos vários diretores, e escolhidos novos

nomes. Veja no quadro abaixo a relação completa dos

representantes das associadas que estarão à frente da

ABRATI a partir de agora.

Nome Empresa Cargo

Renan Chieppe Viação Águia Branca S/A Presidente

Luiz Wagner Chieppe Viação Salutaris e Turismo S/A Vice-Presidente

Paulo Alencar Porto Lima Expresso Guanabara S/A Diretor Adm/Financeiro

Carlos Alberto Oliveira Medeiros Taguatur - Taguatinga Transp. Tur. Ltda Diretor

Cláudio Nelson Calhau R. Abreu Viação Santa Cruz S/A Diretor

Francisco Tude de Melo Neto Empresa Auto Viação Progresso S/A Diretor

Jacob Barata Filho Real Expresso Ltda Diretor

Leônidas Elias Júnior Viação Araguarina Ltda Diretor

Letícia Sampaio Kitagawa Viação Sampaio Ltda Diretora

Mário Luft Viação Garcia Ltda Diretor

Paulo Humberto Naves Gonçalves Empresa de Transportes Andorinha Ltda Diretor

Pedro Antonio Teixeira Planalto Transportes Ltda Diretor

Sandoval Caramori Reunidas S/A – Transportes Coletivos Diretor

Telmo Joaquim Nunes Auto Viação 1001 Ltda Diretor

Washington Peixoto Coura Empresa Gontijo de Transportes Ltda Diretor

Gentil Zanovello Affonso Expresso Itamarati S/A Conselho Fiscal - Titular

Joel Fernandes Rodrigues Viação Cidade do Aço S/A Conselho Fiscal - Titular

Roger Mansur Teixeira Pluma Conforto e Turismo S/A Conselho Fiscal - Titular

Luiz Antonio Pretti Viação Pretti Conselho Fiscal - Suplente

Pedro Nemésio de Faria Viação Motta Ltda Conselho Fiscal - Suplente

Rinaldo Pires de Miranda Viação Riodoce Ltda Conselho Fiscal – Suplente

O presidente Renan Chieppe agradeceu a confiança das associadas.

Júlio

Fer

nand

es

10 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

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ançamentoL

Geração 7 da Marcopolo agora está completaMenos de dois anos depois do lançamento oficial da Geração 7 de suas carroçarias para ônibus, a

Marcopolo completou a linha apresentando os novos Paradiso Double Decker 1800 e Low Driver 1600.

Os mercados brasileiro e sul-

-americano ressentiam-se da falta

de um DD e de um Low Driver com

design mais coerente com os novos

ônibus da Geração 7, que, como se

sabe, desde o seu lançamento, em

meados de 2009, atraíram boa parte

da preferência das operadoras de

transporte rodoviário de passageiros. A

expectativa foi finalmente satisfeita no

dia 24 de março, quando, na unidade

Ana Rech da Marcopolo, em Caxias

do Sul, os principais executivos da

encarroçadora apresentaram os dois

novos modelos.

Ambos são bastante impactantes,

pelo seu desenho futurista, no qual

se sobressaem as linhas arrojadas , o

para-brisa panorâmico — maior e mais

curvo —, além do novo conjunto ópti-

co. Também foram projetados novos

espelhos retrovisores. Para favorecer

as operadoras que utilizam o Paradiso

Low Driver, os projetistas da Marco-

polo decidiram equiparar sua altura à

do Paradiso DD 1800: 4,10 metros.

Disso resultou o maior bagageiro da

categoria em todo o mundo, com 1,60

metro de altura e 15 metros cúbicos

de capacidade de carga.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

12 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

Page 13: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

MERCADOS

Segundo Paulo Corso, Diretor de

Vendas da Marcopolo, o Paradiso DD

1800 tem sido mais vendido no mer-

cado externo do que no Brasil, e essa

tendência deve ser mantida em relação

ao novo modelo da Geração 7. Corso

prevê uma evolução de aproximada-

mente 10% nas exportações desse

ônibus em 2011, inclusive por conta

da possível tendência das operadoras

de utilizar ônibus de grande tamanho.

Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Bolívia

e África do Sul são os principais países

compradores.

Em relação ao mercado interno, o

executivo da Marcopolo projeta a venda

de pelo menos 150 unidades do DD

1800, já considerando que possíveis

compras haviam sido congeladas por

clientes que, desde o lançamento da

Geração 7, em 2009, aguardavam a

chegada do novo ônibus.

SEGURANÇA

Talvez pelo fato de que o novo

design fala por si, os executivos da

Marcopolo preferiram enfatizar outras

novidades dos dois novos ônibus,

principalmente no que se refere a

conforto, ergonomia e segurança. Sob

este último aspecto, por exemplo, a

adoção de LEDs nas luzes de direção

e de posição (farol diurno) foi aponta-

da como um avanço que aumentou a

eficiência luminosa e a durabilidade.

Obviamente, a maior vida útil reduz a

necessidade de substituição ou ma-

nutenção. Ainda no que diz respeito à

segurança, os corrimãos instalados no

acesso ao salão de passageiros foram

posicionados de forma mais acessível

e ganharam iluminação em LEDs, com

sensores de presença que acendem

e apagam as luzes automaticamente.

O modelo LD 1600 conta, ainda, com

uma meia parede com pega-mão.

PRIORIDADE AO LED

No que se refere ao conforto, os

dois veículos ganharam novas portas,

mais largas, e escadas com novo

desenho dos degraus, tornando mais

confortável e segura a operação de

entrada e saída. A geladeira e a cafe-

teira estão colocadas junto à escada,

bem ao alcance dos passageiros. A

iluminação do salão de passageiros é

toda em LEDs e as luzes são indiretas,

o que torna o ambiente mais agradável

para os passageiros. Os LEDs estão

presentes também nas luzes de leitura

dos porta-focos e têm acionamento por

toque. No porta-focos estão ainda as

saídas individuais para o ar-condicio-

nado, um plug para fone de ouvidos e

o controle de volume do som. Moni-

tores em LED de 15 polegadas estão

posicionados no teto ao longo de todo

o salão, com visibilidade de qualquer

poltrona. Além deles, há um monitor,

também em LED, de 23 polegadas,

instalado na posição frontal.

Outra inovação introduzida nos

veículos é o teto solar panorâmico no

salão de passageiros.

Os dois modelos receberam novo

sanitário, cujo interior foi redesenha-

Paulo Belini, presidente do Conselho da

Marcopolo, esteve presente ao lançamento.

Paulo Corso, diretor de Vendas, prevê

tendência de uso de ônibus maiores.

O bagageiro do novo 1600 LD tem a maior capacidade volumétrica entre todos os rodoviários.

O designer José Carlos Bohrer coordenou o

desenvolvimento dos novos Geração 7.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 13

Page 14: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

do, ganhando cores e iluminação

diferenciadas, e nova entrada de ar-

-condicionado. O exaustor foi reprojeta-

do para fazer o menor ruído possível e

aumentar sua eficiência na renovação

do ar natural. A torneira e a descarga

passaram a ter acionamento sensível

ao toque e a pia foi reposicionada no

sentido longitudinal.

Nos dois modelos, o uso de vi-

dro e de plástico de engenharia nas

portas e nas paredes de separação

permitiu aumentar a área livre para os

passageiros. No caso do Paradiso DD

1800, a iluminação também é em LED

com luzes indiretas no piso inferior. A

renovação de ar natural é eficiente e

ançamentoL

o corredor central foi revestido de ma-

deira, para melhor isolamento térmico

e acústico. O ar-condicionado passou

a contar com novos dutos integrados

ao teto e chicote elétrico separado. A

porta de acesso ao piso inferior abre

para o lado de fora, o que facilita a

locomoção dos passageiros sem in-

terferir nas poltronas.

AERODINÂMICA

A exemplo dos demais modelos da

Geração 7, os dois novos ônibus foram

desenvolvidos com a ajuda de testes

em túnel de vento. Os carros também

foram exaustivamente experimentados

na pista de testes da encarroçadora,

Iluminação suave e monitor de 23” em LED.

A nova cabine ficou ainda mais ergonômica.

Mais conforto para o motorista e o auxiliar.

Foi criado um acesso interno ao bagageiro.

Escada com novo desenho: mais segurança. O banheiro: redesenhado e reposicionado.

Altura é a mesma nos dois modelosO Paradiso DD 1800 está disponível nas versões 6x2 e 8x2, com 13,20

metros de comprimento e 14 metros de comprimento, respectivamente.

A largura é de 2,60 metrtos e a altura, de 4,10 metros. O preço básico

é de R$ 950.000,00.

Quanto ao Paradiso LD 1600, tem as versões 4x2 e 6x2, ambas com 14

metros de comprimento, 2,60 metros de largura e a mesma altura do

DD: 4,10 metros. A anterior versão do LD tinha altura um pouco menor.

Seu preço básico é de R$ 850.000,00.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

14 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

Page 15: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

em Caxias do Sul. José Carlos Bohrer,

designer da Marcopolo e coordenador

da equipe que trabalhou no desenvol-

vimento da Geração 7, informa que

foram alcançados índices ainda mais

expressivos que os da Geração 6 no

que se refere ao peso dos veículos e

à aerodinâmica, com reflexo direto no

consumo de diesel. O coeficiente de

resistência aerodinâmica (CX) passou

a ser de apenas 0,42, sabendo-se

que é de 0,32 em um automóvel bem

desenhado, enquanto um caminhão

com defletor apresenta um CX de 0,74.

André Luis de Oliveira, consultor de

mercado da Marcopolo, lembra que,

em consequência desse novo avanço,

a redução do consumo de diesel pode

chegar a 8% na comparação com o

desempenho da geração anterior.

MOTORISTA E AUXILIAR

No caso do motorista e do auxiliar,

a preocupação foi com o conforto, a er-

gonomia e a facilidade de condução do

veículo. Nos dois modelos, a cabine foi

totalmente redesenhada, recebendo

nova porta, novo painel frontal, novo

piso e novas poltronas. As linhas do

acabamento interior da cabine têm

texturas mais “amigáveis” e os co-

mandos ficam projetados, de modo a

ser alcançados com maior facilidade

pelo motorista.

O novo painel tem satélites laterais

retráteis e incorpora todos os instru-

mentos, entre eles display da câmera

de ré, câmeras internas e sistema

multiplex de funções conjugadas de

André Luis de Oliveira: destaque para a economia de combustível nos dois novos modelos.

O novo DD 1800 vai ajudar a Marcopolo a incrementrar em pelo menos 10% suas exportações, especialmente para a América do Sul.

todos os equipamentos do ônibus. Os

postos do motorista e do auxiliar foram

reprojetados para facilitar o acesso e

melhorar a visibilidade externa.

O painel teve reposicionadas as

saídas de ar e o sistema de ventilação

ganhou em eficiência. O motorista

e o auxiliar contam com iluminação

individual com acionamento sensível

ao toque. Existem porta-objetos atrás

da poltrona e a poltrona do condutor

auxiliar está colocada mais para trás.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 15

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ançamentoL

Michelin lança o pneu X MultiwayCom melhor performance (primeira vida 20% maior), o novo pneu X Multiway para ônibus e caminhões

é fabricado com um novo composto de borracha e é dez milímetros mais largo. A Michelin também está

lançando um novo sistema em que o comprador pode economizar também na hora da recapagem.

Como parte das comemorações

dos 30 anos de sua instalação no

Brasil, a Michelin lançou em maio uma

nova geração de pneus para ônibus

e caminhões, designada X Multiway.

Simultaneamente, apresentou a ino-

vação com a qual pretende mudar os

hábitos de compra dos usuários de

sua marca. Denominada Vida Total,

a proposta pretende levar o usuário

a pensar mais à frente no momento

da compra do pneu: ao invés de

contentar-se apenas com a chamada

“primeira vida” e só mais tarde pensar

na recapagem, decidir desde o início a

quem vai ser confiada essa tarefa. É

o que o fabricante chama de “compra

integrada de produtos e serviços da

Michelin”.

Inicialmente, está sendo apresen-

tada uma única versão do novo pneu

— a 295/8 R22.5 X Multiway XZE —,

que pode ser utilizada em todas as

posições, embora voltada principal-

mente aos eixos direcionais dos vários

tipos de veículo, como ônibus, cavalo-

-mecânico, semi-reboque e caminhão

operando em estradas asfaltadas.

A Michelin destaca uma série de

avanços no seu novo produto, a come-

çar pela durabilidade. Testes compara-

tivos realizados por empresas de trans-

porte de cargas e de transporte de

passageiros (como as interestaduais

1001, Pluma e Graciosa), apontaram

que o Multiway pode alcançar uma

primeira vida 20% mais longa que a

do seu antecessor, o Michelin XZE2+.

A melhor performance é atribuída ao

novo composto de borracha e à nova

arquitetura, que inclui um dispositivo

de proteção mais eficiente no fundo da

escultura e um novo composto interno

de borracha colocado abaixo das lonas

do topo do pneu. O resultado é o me-

nor aquecimento durante o uso e uma

proteção mais eficiente da carcaça

contra agressões. Assegurar a maior

durabilidade possível da carcaça foi

uma das preocupações que nortearam

o desenvolvimento do novo pneu, de

modo a viabilizar maior número de

recapagens.

O X Multiway é dez milímetros

mais largo que o pneu anterior, o que

significa maior área de contato com o

solo e, portanto, mais segurança. Os

sulcos também são mais largos, além

de sinuosos, em benefício da aderên-

cia, da menor retenção de pedras e da

maior durabilidade.

Os executivos da Michelin assegu-

ram que o novo produto mantém ex-

celente uniformidade, proporcionando

redução das vibrações, do barulho e do

desgaste irregular. Por fim, lembram

que o novo composto utiliza menos

derivados de petróleo.

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18 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

Page 19: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

VIDA TOTAL

Com o conceito de vida total, in-

troduzido a partir de agora, a Michelin

pretende convencer o usuário a não

somente comprar o pneu novo mas

a “programar”, já no ato da compra,

suas futuras recapagens. Pesquisas

mostram que os frotistas brasileiros

consideram que a carcaça do pneu,

quando bem preservada, constitui um

bem de valor, já que possibilita maior

número de recapagens. A Michelin

aposta na tecnologia MDT (Michelin

Durable Technologies) para oferecer

aos usuários de seus pneus uma car-

caça mais robusta, segura, resistente

e durável. A essa oferta, ela agrega

o argumento de que não há ninguém

melhor que o fabricante para se encar-

regar das recapagens, reduzindo os

custos operacionais do transportador e

assegurando o máximo aproveitamen-

to da vida útil do produto.

Para incentivar o usuário a expe-

rimentar os benefícios da chamada

compra integrada de produtos e ser-

viços, o fabricante lançou, por tempo

limitado, a Oferta Vida Total, válida

para a compra de um pneu Michelin X

Multiway. No momento da aquisição,

o usuário pode optar pelo pagamento

de um adicional de R$ 30,00 e, em

retribuição, receber um bônus de até

R$ 70,00. O valor do bônus será aba-

tido no custo de uma futura recapagem

Recamic ou Refill (marcas próprias do

fabricante), que poderá ser feita mais

tarde naquele pneu que ele acabou

de adquirir ou a qualquer tempo em

qualquer outro pneu Michelin de sua

propriedade.

Ao utilizar a Oferta Vida Total, o

comprador recebe para a primeira vida

do pneu adquirido a garantia de um ano

contra danos acidentais.

A Michelin acredita que o lança-

mento do novo pneu X Multiway em

articulação com o programa Vida Total

poderá dar início a uma transforma-

ção do mercado brasileiro de pneus

para caminhões e ônibus, introduzin-

do ou consolidando a cultura de o

usuário confiar ao próprio fabricante

a responsabilidade pelas futuras

recapagens.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 19

Page 20: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

Faça revisões em seu veículo regularmente.

Comodidade: pode ser aplicado em qualquer uma das Casas Scania ou na sua própria garagem.Garantia: diagnóstico Scania com a visão de um especialista Scania.Economia: evita paradas imprevistas, melhorando a rentabilidade dos seus negócios.Satisfação: quando sua frota não tem problemas, seu passageiro fica satisfeito.

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Checklist para Ônibus Scania.Soluções para a sua frota e para quem precisa dela.

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importante Serviço criado pela Scania para oferecer a maior disponibilidade possível

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Page 21: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

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Page 22: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

ecnologiaT

Os novos recursos voltados à segurançaNão é só na redução das emissões de poluentes por veículos automotores que o Brasil

vai se igualar aos países europeus a partir de janeiro de 2012. Em termos de novas

tecnologias voltadas à segurança ativa e passiva nos ônibus e caminhões, já estão

disponíveis no País, oferecidos pelas montadoras, exatamente os mesmos dispositivos,

conceitos e equipamentos utilizados na Europa.

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ção

22 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

Page 23: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

Os avanços mais revolucionários

alcançados pela indústria auto-

mobilística mundial com o objetivo

de tornar ônibus e caminhões cada

vez mais seguros para condutores e

passageiros podem ser encontrados

no mercado brasileiro.

É possível, por exemplo, equipar

ônibus e caminhões com o chamado

freio de aclive (denominado em inglês

de Hill Start Aid ou Hill Hold), sistema

que, nas subidas, facilita o arranque do

veículo se ele está parado, ou a troca

de marchas, se ele está em movimento,

impedindo que se desloque para trás e

corra o risco de bater de traseira.

Situações de emergência causadas

por um eventual cochilo ou distração

do motorista podem ser contornadas

com a instalação de uma câmera es-

pecial que monitora permanentemente

a posição do ônibus ou caminhão em

relação às faixas que delimitam a pista

do lado esquerdo e do lado direito.

Nesse caso, qualquer tendência de

saída da pista para o acostamento,

ou de invasão da faixa contrária, é

rapidamente detectada pelo sistema

(que a Volvo chama de Lane Keeping

System), sendo prontamente emitidos

sinais luminosos e sonoros de alerta

num primeiro momento e programadas

outras ações, inclusive de frenagem do

veículo, caso o motorista não retome

de imediato a direção correta.

Um sistema parecido, mas basea-

do em radar, monitora a posição do ôni-

bus em relação ao veículo que trafega

na frente, ou a obstáculos parados ou

em movimento na pista, entrando em

ação nos casos de aproximação perigo-

sa. A redução da distância é detectada

e o dispositivo primeiro emite sinais

de advertência, depois atua levemente

no sistema de frenagem e, por fim, se

necessário, aciona os freios para fazer

o veículo parar e evitar a colisão.

NOVO PATAMAR

Tais maravilhas tecnológicas ele-

vam a um novo patamar os cuidados

com a segurança ativa e passiva, sem-

pre desejáveis mas, evidentemente,

oferecidos a um custo inicial maior

na hora da compra. Por isso, segundo

as próprias montadoras, às vezes os

empresários do setor de transporte

de passageiros não se sentem moti-

vados a introduzi-las em suas frotas.

No entanto, algumas inovações têm

sido especificadas de modo crescente

pelos frotistas.

Os freios ABS, por exemplo. Algum

tempo depois de lançados, tornaram-

-se praticamente obrigatórios para

grande parte das empresas. Em

seguida, ganharam importantes aper-

feiçoamentos que resultaram nos

sistemas de freios ABS + ASR, ou no

EBS. Atualmente, os empresários são

os primeiros a lembrar-se desse item

quando programam suas aquisições

de novos veículos, pois efetivamente

tornam os ônibus e caminhões mais

seguros. Do mesmo modo, por causa

da grande procura, equipamentos

como o retarder e o câmbio totalmente

automatizado, sem pedal de embrea-

gem, tornaram-se itens de série em

alguns modelos.

Até mesmo os ônibus de dois

eixos,de início utilizados quase exclu-

sivamente por operadoras de turismo,

continuam ganhando espaço, por

causa de sua elevada capacidade de

carga e por serem considerados mais

seguros e confortáveis. Finalmente,

itens como o freio-motor especial, que

recebe diferentes designações de acor-

do com a montadora, são requisitados

pelos frotistas por proporcionarem

maior potência de frenagem, mais

segurança, grande vida útil dos com-

ponentes dos freios, menor número

de troca de marchas e também de

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 23

Page 24: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

ecnologiaT

combustível, já que seu uso resulta

na obtenção de maiores velocidades

médias.

O sucesso desses equipamentos,

em parte oferecidos de série e em

parte oferecidos como opcionais,

tem levado os frotistas a se interes-

sarem ainda por outros dispositivos,

geralmente mais simples como, por

exemplo, coluna de direção regulável,

ar-condicionado na cabine, rodas de

alumínio, piloto automático, sensores

de desgaste das pastilhas de freio,

limitador de velocidade, alarme do freio

de estacionamento, detetor de fumaça

dentro da cabine, luzes internas que

não ofuscam a visão do condutor, alar-

me e imobilizador de partida, sensor de

chuva e iluminação com acionamento

automático dos faróis e dos limpa-

dores de parabrisa, suspensão a ar

com controle de altura, e sistemas

que possibilitam a elevação e rebaixa-

mento do ônibus, ou o ajoelhamento

da suspensão. Equipamentos como

cinto de segurança integrado ao banco

do ônibus e evitando a derrapagem ou

um possível tombamento. Esse equi-

pamento de segurança passiva tem

salvado muitas vidas e é de importân-

cia fundamental para contornar certas

situações de emergência.

Já o sistema anti-intrusão frontal é

a solução de engenharia que impede a

ocorrência de um acidente, geralmente

fatal, nos casos de colisão frontal: a

projeção do automóvel sob a parte infe-

rior do caminhão. O sistema é baseado

numa viga de aço ligada às longarinas

do quadro, formando um todo de resis-

tência programada que absorve a maior

parte do esforço da colisão.

Apesar de ter custo relativamente

menor, um outro dispositivo, denomi-

nado alcolock, tem sido encarado com

certa indiferença. Até agora, somente a

Volvo fez referência a ele. “A segurança

é um dos valores fundamentais da Vol-

vo e está presente em todos os aspec-

tos envolvidos no processo, desde o

planejamento e o desenvolvimento dos

produtos até a utilização dos veículos”,

justifica Bernardo Fedalto, gerente de

João Dionelo, da Scania.

Pranchas móveis e cabos de aço ajudam os técnicos a definir qual a inclinação adequada

para os sensores promoverem o esvaziamento dos bolsões de ar da suspensão.

do motorista e airbag também figuram

nessa extensa lista.

SOFISTICAÇÃO

Bem mais sofisticados, e ainda

enfrentando a resistência dos compra-

dores devido aos custos (embora des-

pertando a admiração deles) também

estão disponíveis inovações como o

dispositivo antitombamento do ôni-

bus, e o sistema anti-intrusão frontal.

João Dionelo, gerente de negócios na

área de Vendas de Ônibus da Scania,

explica que os ônibus com carroçarias

altas têm o centro de gravidade tam-

bém alto e, por isso, apresentam certa

propensão a tombar nas curvas mal

feitas. Portanto, exigem grande perícia

e atenção do motorista. Para contornar

o problema e aumentar os níveis de

segurança, foi desenvolvido um sensor

que “lê” o ângulo de inclinação do veí-

culo nas curvas e, em caso de neces-

sidade, esvazia automaticamente os

bolsões da suspensão, abaixando no

mesmo instante o centro de gravidade

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24 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

Page 25: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

caminhões da linha “F” da montadora.

O alcolock é um bafômetro instala-

do na cabine do veículo, que só pode

ser removido na oficina e que deve

ser soprado pelo motorista quando

a ignição tiver de ser acionada. Se

o condutor estiver alcoolizado, ainda

que em níveis mínimos, um dispositivo

eletrônico travará a ignição.

QUESTÃO DE TEMPO

Enfim, são tantas as inovações que

algum tempo passará antes que elas

estejam difundidas mais amplamente

e em pleno funcionamento nos ônibus

e caminhões brasileiros. João Dionelo,

da Scania, estima que sua populariza-

ção demandará algo em torno de cinco

anos. Enquanto isso, sempre que há

transações em perspectiva, a rede de

concessionárias da montadora trata

de lembrar aos clientes que essas tec-

nologias já estão disponíveis, mesmo

consciente de que o ponto de partida

das negociações são os veículos espe-

cificados pelos próprios compradores.

Dionelo prevê que em pouco tempo

equipamentos como freios ABS e air-

bag serão de série nos caminhões, ao

mesmo tempo em que os empresários

estarão cada vez mais conscientizados

acerca da sua importância, motivados

inclusive por demandas dos próprios

passageiros.

Por sua vez, Curt Axthelm, gerente

de Marketing de Produto Ônibus da

Mercedes-Benz do Brasil, acredita que

a escolha do veículo menos ou mais

atualizado do ponto de vista tecnoló-

gico é facilitada ao empresário pelas

montadoras, que colocam numerosos

dispositivos como opcionais. No caso

da Mercedes-Benz, ele entende que

são dispositivos de fato voltados à efe-

tiva redução dos custos operacionais,

apesar de inicialmente serem vistos

como onerosos. Axthelm cita como

exemplos o freio a disco e o retarder.

Com o freio a disco, a operação de

troca é feita em tempo muito menor e

o carro fica parado por menos tempo.

“Isso é economia”, lembra o executivo.

No caso do retarder, a economia é nas

pastilhas, nas lonas de freio e até nos

pneus. “Quando se tem menor deman-

da dos freios, cai a temperatura dos

pneus e isso significa menor desgaste.

Isso também é economia.”

Seu colega Eustáquio Siroli, ge-

rente de Marketing de Produto Cami-

nhões da Mercedes-Benz, assinala

que já se pode perceber a existência

de empresários brasileiros interessa-

dos em investir nessas tecnologias.

Ele divide os compradores de cami-

nhões em três grupos principais: “Os

que preferem os veículos tradicionais,

os que adquirem os novos lançamen-

tos sem incluir as grandes inovações

e os que dependem de novas tecno-

logias. Este último é o principal res-

ponsável pelo aumento da demanda

de produtos com tecnologias voltadas

à segurança.”

A eficiência dos sensores e do sistema antitombamento avaliada em pista de teste.

Bernardo Fedalto, da Volvo.

Curt Axthelm, da Mercedes-Benz.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 25

Page 26: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

Homenagem a Clésio AndradeMais de 300 pessoas se reuniram em Brasília na noite do dia 25 de maio, em um jantar de

homenagem ao senador por sua história no setor transportador e por sua trajetória política.

Oevento foi organizado por lideran-

ças do setor de transporte, gran-

des transportadores e trabalhadores.

O senador, que preside a CNT desde

1994, foi recebido com festa. “Ele co-

meçou como trocador de ônibus e hoje

é um dos principais empreendedores

de sua terra. Sua atuação na CNT é

marcada pela modernização e inser-

ção dos transportadores nos grandes

debates nacionais”, destacou o vice-

-presidente da Confederação Nacional

do Transporte, Newton Gibson.

Clésio Andrade relembrou sua his-

tória na CNT e afirmou que a criação

do Serviço Social do Transporte e do

Serviço Nacional do Transporte foi um

divisor de águas não só na sua carrei-

ra, mas na história da Confederação.

“Entrei na presidência apoiado pela

gestão anterior com o intuito de criar o

Sest Senat. Precisamos, agora, voltar

nossos esforços para investimentos

na infraestrutura do país. Sempre

tivemos em mente a importância do

profissional, e investir nisso é impor-

tante para o Brasil.”

“Como mineiro, tenho orgulho

da atuação de Clésio Andrade como

vice-governador do Estado entre 2003

e 2006. Esse grande homem nunca

mediu esforços para trabalhar pelo

povo mineiro e agora, junto à base de

apoio da presidente Dilma, vai lutar pelo

desenvolvimento do país”, elogiou o di-

retor da CNTTT, José Célio de Alvarenga.

O Superintendente da ABRATI, José

Luiz Santolin, foi homenageado pela

Confederação Nacional do Transporte

no dia 28 de abril. Recebeu a comenda

de Grande Oficial da Ordem do Mérito

do Transporte Brasileiro, por sua ex-

tensa atuação no setor de transporte

de passageiros. Santolin foi também

presidente da Seção de Transporte

Aéreo da CNT e dirigiu sindicatos e

associações do setor. José Gulin, da

empresa Princesa dos Campos, foi

homenageado com medalha e mérito,

na mesma ocasião.

O senador Clésio Andrade entre Luiz Wagner Chieppe (Viação Salutaris) e Renan Chieppe

(Viação Águia Branca), respectivamente Vice-Presidente e Presidente da ABRATI.

Mérito do Transporte para Santolin

Otávio Cunha,

Presidente da NTU,

e José Luiz Santolin,

Superintendente

da ABRATI.

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26 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

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eio ambienteM

A atuação ambiental da Mercedes-Benz

Como faz desde fins da década de 1980, em junho a Mercedes-Benz do Brasil comemorou a Semana do

Meio Ambiente. Desta vez, montou em sua fábrica de São Bernardo do Campo uma exposição composta

de células temáticas onde seus técnicos e executivos, auxiliados por modernos recursos audiovisuais,

resumiram de maneira didática tudo o que a montadora tem feito, no mundo todo, em termos de

atitudes, processos e produtos, para cumprir objetivos ambientais e de responsabilidade social.

Na criativa exposição, voltada a

clientes, concessionários e outros

parceiros, e montada no Espaço Mer-

cedes, foram apresentados numerosos

produtos e ações amigáveis ao meio

ambiente, com destaque para as tec-

nologias BlueTec 5 para caminhões e

ônibus. Um caminhão pesado Actros e

um chassi para ônibus urbano, ambos

com essa tecnologia, estavam expos-

tos no local. No caso dos automóveis,

foi mostrada a tecnologia BlueEffi-

ciency. Por sua vez, os técnicos e exe-

cutivos da empresa trataram do atual

estágio de desenvolvimento e do uso

de biocombustíveis alternativos, como

diesel de cana-de-açúcar e biodiesel.

Outro aspecto importante da atuação

da Mercedes-Benz — a sua relação,

do ponto de vista ambiental, com for-

necedores, concessionários e com a

sociedade, — também foi ressaltada,

bem como o seu compromisso com a

Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Um dos objetivos da companhia foi

demonstrar que está preparada para

atender às demandas por tecnologias

cada vez mais responsáveis em relação

ao meio ambiente, seja para uso ime-

diato, como para o futuro. “Com esta

exposição, evidenciamos a competên-

cia, experiência e capacidade da nossa

empresa para a geração de soluções

que contribuem com a melhoria da qua-

lidade de vida e que são sustentáveis,

assegurando benefícios também para

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28 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

Page 29: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

as próximas gerações”, afirmou no dia

6 de junho Jürgen Ziegler, presidente

da Mercedes-Benz do Brasil. Ele lem-

brou que o evento estava totalmente

alinhado à iniciativa global do Grupo

Daimler “Shaping Future Transporta-

tion” (Construindo o Transporte do

Futuro), especialmente no que se

refere a tecnologias CleanDrive, que

resultam em veículos “mais verdes”.

Durante a exposição foram apre-

sentados os resultados obtidos com

o uso do diesel de cana em ônibus

adaptados pela Mercedes-Benz e

utilizados em condições operacionais

de rotina, na cidade de São Paulo. Foi

utilizada uma mistura de 10% diesel

de cana e 90% de diesel comercial

com teor de enxofre S50. Houve uma

redução de 9% nas emissões de ma-

terial particulado, sem aumento das

emissões de NOx.

Na exposição, havia um caminhão

conceito Accelo BlueTec EEV, que

atende aos padrões da rigorosa norma

europeia EEV – Enhanced Environ-

mentally Friendly Vehicles (veículos

excepcionalmente compatíveis com o

meio ambiente).

Em relação ao biodiesel, a mon-

tadora divulgou que, no programa

de testes em andamento, ônibus

abastecidos com esse biocombustível

já rodaram mais de 2,2 milhões de

quilômetros em testes operacionais

conduzidos ou monitorados pela

Mercedes-Benz do Brasil.

Outro aspecto colocado em evi-

dência pela empresa, relacionado aos

benefícios econômicos proporcionados

aos clientes, e que contribuem para

a preservação ambiental, foi a linha

Renov de peças remanufaturadas,

que incluem motores, câmbios, em-

breagens, motores de partida e outros

componentes.

Ônibus urbano operando em São Paulo: o combustível é diesel de cana-de-açúcar.

Caminhão pesado Actros equipado com sistema BlueTec 5, que utiliza o aditivo Arla 32.

Material descartado durante o processo produtivo é doado à comunidade da Vila Pauliceia.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 29

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O ônibus da Scania faz 100 anos Desde 1911, quando produziu o seu primeiro ônibus, a Scania vem pautando sua história por valores

como pioneirismo, tradição, qualidade, inovação tecnológica e permanente orientação ao cliente.

No dia 25 de maio, a diretoria da

Scania reuniu em sua fábrica em

São Bernardo do Campo-SP um grupo

de empresários de transporte de pas-

sageiros para, juntos, comemorarem

os 100 anos da fabricação do primeiro

ônibus Scania, na Suécia. Os empre-

sários, em sua maioria associados da

ABRATI, foram recepecionados pelo

diretor-geral da Scania, Roberto Leonci-

ni, e pelo diretor de vendas de ônibus,

Wilson Pereira. Durante o almoço, Sven

Antonsson, presidente da Scania na

América Latina, destacou em pronun-

ciamento a atuação da empresa na

área e mostrou a evolução do produto

nesse primeiro século.

Wilson Pereira, em breve fala,

ressaltou a importância dos parceiros

presentes à comemoração — empre-

sários do transporte, fabricantes de

carroçarias de ônibus e ar-condiciona-

do — para o sucesso da marca sueca

em nosso País.

Na oportunidade, a montadora

prestou significativa homenagem à em-

presa Gontijo, maior frotista Scania do

mundo, que estava representada pelo

diretor Washington Coura, também

diretor da ABRATI, e ao empresário Ar-

thur Mascioli, ex-controlador da Viação

Cometa, que durante muitos anos usou

somente os veículos Scania.

Em reconhecimento à importância dos operadores brasileiros de transporte rodoviário de passageiros, a Scania dividiu com eles a satisfação

de comemorar em sua fábrica de São Bernardo do Campo os 100 anos decorridos desde a produção do seu primeiro ônibus, na Suécia.

omemoraçãoCFo

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32 REVISTA ABRATI, JUNHO 2011

Page 33: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

O Presidente da Scania para a

América Latina, Sven Antonsson, fez

um resumo da evolução do ônibus

Scania em 100 anos.

Axier Etxezarreta, Diretor-Geral da Irizar no Brasil, João Paulo da Cunha

Ranalli, gerente de Relações com o Mercado da Irizar no Brasil, Joel

Fernandes, da Viação Cidade do Aço, e Wilson Pereira, diretor de

Vendas de Ônibus da Scania no Brasil.

Entre os homenageados, Roberto

Leoncini, Diretor-Geral da Scania,

recebeu uma placa entregue por

Edson Tomielo, Presidente da

encarroçadora Neobus.

Roberto Leoncini, Diretor-Geral da Scania,

Wilson Pereira, diretor de Vendas de

Ônibus, Washington Coura, diretor da

Gontijo e da ABRATI (homenageado), Sven

Antonsson, Presidente da Scania para a

América Latina, e o empresário Arthur

Mascioli, também homenageado.

Washington Coura, da Gontijo, Cláudio Nelson Abreu,

da Viação Santa Cruz, Francisco Tude, da Empresa Auto

Viação Progresso, e Sandoval Caramori, da Reunidas

S/A Transportes Coletivos.

Murilo Barrios, Cláudio Nelson Abreu, da Viação Santa Cruz, o

empresário Arthur Mascioli, René Lefreve e Christopher Podgorski,

Vice-Presidente para Vendas & Marketing da Scania na América Latina.

Heinz Kumm Júnior, da Auto Viação 1001,

Anuar Helayel, da Viação Cometa, Paulo

Gilberto Corso, diretor de Vendas da

Marcopolo, Wilson Pereira, diretor de Vendas

de Ônibus da Scania, e Carlos Otávio de Souza

Antunes, do Conselho de Administração do

Grupo JCA.

Dairto Corradi, da Comil, Marco De

Lucca e Takaaki Saito, ambos

da Denso.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 33

Page 34: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

omemoraçãoC

O primeiro ônibus sueco e seus desafios

O primeiro ônibus produzido na Suécia foi inicialmente descrito como um grande automóvel.

Transportava até 15 passageiros e operou em uma região remota do país, coberta por florestas e

servida por caminhos de terra quase intransitáveis. Mas deu conta do recado.

Um século atrás, no início de 1911,

duas companhias suecas, ambas

do ramo da produção de veículos auto-

motores, receberam uma encomenda

inédita, feita pela empresa Nordma-

rkens Automobil Trafik Aktiebolag,

estabelecida no distante distrito de

Nordmark, da província de Värmland,

junto à fronteira com a Noruega. Trata-

va-se de fabricar um veículo especial,

com capacidade para transportar até

15 pessoas, dotado de portas, janelas,

cobertura e assentos para todos os

passageiros. Ou seja, um ônibus — o

primeiro da Suécia.

As duas companhias eram a Scania

e a Vagnfabriken (Vabis). A primeira se

encarregaria de produzir um chassi de

caminhão com capacidade para supor-

tar a lotação pretendida; a Vagnfabri-

ken (ou Vabis) instalaria a carroçaria e

o motor, cuja potência deveria ser de

34 hp.

O aspecto talvez mais intrigante

daquele desafio era o fato de a Nord-

mark estar localizada em uma região

remota, quase totalmente coberta de

florestas, e onde os caminhos, todos

de terra, eram quase intransitáveis.

Fora justamente ali que em novembro

1911 – O Nordmark

A recém-consolidada Scania-Vabis entrega o primeiro ônibus motorizado construído na

Suécia. Tinha chassi acionado por corrente construído pela Scania, e motor e carroçaria

da Vabis. O Nordmark definiu um novo padrão para os transportes públicos.

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Page 35: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

de 1910 seis homens haviam se

reunido em uma sociedade e criado

a empresa Nordmarkens, com o ob-

jetivo de promover “a melhoria das

comunicações no distrito de Nordmark

e de facilitar as comunicações com as

ferrovias e as outras artérias maiores

de tráfego”. Mais precisamente, a

intenção dos empreendedores era

estabelecer uma rota de transporte

de passageiros entre as localidades

de Amot e Arjäng.

A Scania e a Vabis não foram as

únicas companhias consultadas. Pelo

menos outras seis apresentaram pro-

postas, mas o fato é que, ao preço

de 12.936 coroas suecas, as duas

primeiras levaram o pedido, com

especificações que previam inicial-

mente o emprego de um motor de 30

hp. Um pouco mais tarde, a potência

foi aumentada para 34 hp, sendo o

preço reajustado para 14.500 coroas

suecas. No ato da assinatura do pe-

dido, a Scania e a Vabis já haviam se

associado, passando a constituir uma

única empresa, a Scania-Vabis.

As exigências dos compradores

eram minuciosas. As rodas teriam 76

centímetros de diâmetro e seriam de

ferro revestido com borracha maciça.

O veículo teria dois faróis dianteiros,

uma unidade de gás, duas lampari-

nas a óleo, uma lanterna traseira e...

Viajar no primeiro ônibus fabricado na Suécia era um

acontecimento digno de registro. Como no caso destes elegantes

passageiros, fotografados pouco antes de o Nordmark partir

da cidade de Arjäng rumo a Arnot.

1928 – O 54

O ônibus 54 apresentava interior atrativo e funcional: um banco

inteiriço, longitudinal, do lado esquerdo, e assentos duplos do lado

direito. Outro destaque era a grande quantidade de janelas.

1932 – O Bulldog

Num ano em que as vendas de ônibus ultrapassaram as de caminhões, a Scania-Vabis lançou

o Bulldog, em movimento pioneiro rumo à maior eficiência decorrente do design funcional.

odômetro! Acionado por corrente,

do tipo das usadas nas bicicletas,

disporia ainda de duas correntes

especiais para neve, aplicáveis às

rodas traseiras.

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REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 35

Page 36: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

O ônibus, ainda descrito como um

grande automóvel, foi entregue aos

compradores no dia 17 de outubro de

1911. O teste de rodagem foi feito

entre as cidades de Södertälje, onde

ficava a fábrica da Vabis, e a capital,

Estocolmo; e o veículo obteve uma

velocidade de 20 quilômetros por hora

— em uma estrada ruim, conforme

anotaram os viajantes.

A primeira viagem entre Amot e

Arjäng foi feita no dia 30 de novembro.

O veículo, de cor clara e com quatro

grandes janelas de cada lado, atraiu

a curiosidade de muita gente na área

urbana e a animosidade dos fazendei-

ros, na área rural. Eles reclamaram

principalmente do barulho do motor,

que espantava os cavalos e causava

desconforto.

Além desse problema, a empresa

enfrentou outros como, por exemplo,

o bloqueio ocasional de alguns cami-

nhos por terceiros, ou, principalmen-

te, as rachaduras na borracha das

rodas, causadas pela elevação das

temperaturas no verão. Apesar das

muitas reclamações, o veículo ainda

operou nos dois anos seguintes, até

que, em 1914, teve de ser retirado

da linha normal por decisão das auto-

ridades locais.

Daí por diante foi usado apenas

em transporte eventual de passageiros

(sob esse aspecto, foi também o pri-

meiro ônibus de fretamento e turismo

da Suécia) e, mais tarde, despojado

da carroçaria, trabalhou no transporte

de toras e madeira para uma fábrica de

vidro da região de Glava. Nos primeiros

anos da década de 1920, foi levado

para um ponto do lago Stora Gla, cujas

águas estavam congeladas, e aban-

donado. No verão seguinte, quando

o gelo derreteu, o primeiro ônibus da

Suécia afundou nas águas do lago e

nunca mais se teve notícias dele.

1953 – O Scania-Vabis Metropol

Ônibus suburbano desenvolvido em colaboração com a norte-americana Mack Manufacturing

Corporation e lançado nesse ano no mercado sueco. Com motor de 8 cilindros na parte

traseira, foi o primeiro ônibus sueco integralmente construído com carroçaria monocoque.

1957 – No Brasil

A Scania começa a fabricar motores e assume as importações de ônibus e caminhões da

Vemag. Em 1959, o B75 se torna o primeiro modelo de ônibus a ser comercializado pela

empresa. Tinha motor dianteiro é foi usado tanto para turismo quanto para transporte

urbano. Era de fácil encarroçamento.

1948 – Primeira remessa para o Brasil

Firmando um contrato de fornecimento de ônibus com a empresa brasileira Vemag, a Scania

dá um passo fundamental para ingressar no mercado brasileiro.Fo

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Page 38: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

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A atuação das empresas pela sustentabilidade

Além dos vultosos investimentos em ônibus novos e em equipamentos de crescente conteúdo

tecnológico, as empresas de transporte rodoviário de passageiros continuam dedicando cada vez

mais esforços e recursos para assegurar e ampliar a sustentabilidade das suas operações.

Aos olhos dos passageiros, algu-

mas das práticas adotadas pelas

empresas na direção da sustentabili-

dade podem não ser percebidas. Mas

quem vive o dia a dia de uma garagem

sabe que elas trazem importantes

benefícios tanto para as operadoras

quanto para os usuários dos serviços.

A lista de tais práticas é extensa:

reaproveitamento e reutilização da

água da lavagem dos veículos; controle

das emissões de gases de efeito estu-

fa; manutenção dos aparelhos de ar-

-condicionado para evitar a emissão de

gases tóxicos; instalação de cabines

de pintura e de caixas separadoras de

óleos e água; manutenção preventiva

e corretiva dos ônibus; impermeabiliza-

ção do piso das oficinas. No caso das

empresas baseadas no Rio de Janeiro,

além de todos esses cuidados, elas

participam de um amplo programa de

controle de emissões desenvolvido

pela Fetranspor — Federação das

Empresas de Transportes —, em

parceria com o governo do Estado.

Levantamento junto às empresas do

Rio de Janeiro filiadas à ABRATI mostra

o comprometimento delas com a ope-

ração ambientalmente correta.

Faz parte do conforto do passageiro ter a certeza de que está utilizando um veículo devidamente revisado e higienizado.

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Com frota de 1.100 ônibus, a Auto Viação

1001 mantém escrupulosamente as diretrizes

estabelecidas com o objetivo de obter a certifi-

cação ISO 14000. De acordo com o gerente de

Manutenção da empresa, Fabrício Longo, nos

últimos anos foi investido aproximadamente 1,8

milhão de reais em adequações e melhorias

ambientais nas garagens da operadora. Uma das

ações importantes é o aproveitamento da água

da chuva, assim como o reuso da água prove-

niente da lavagem dos veículos. “Hoje, todas as

garagens da empresa fazem o aproveitamento

da água da chuva, e seis dispõem de estações

de tratamento para reuso da água da lavagem

dos ônibus. Com a implantação das estações,

diminuímos o desperdício em cerca de 90%.

Considerando que uma lavagem de ônibus con-

some, em média, 300 litros de água, todo mês

conseguimos reaproveitar entre 4 e 5 milhões de

litros” – afirma Longo.

AUTO VIAÇÃO 1001

VIAÇÃO SAMPAIO

O trabalho bem feito nas oficinas é um aliado importante da sustentabilidade.

A 1001 mantém um sistema de reutilização da água da lavagem dos ônibus.

O treinamento dos motoristas inclui noções básicas de

mecânica e do funcionamento do motor.

A Viação Sampaio, cuja linha mais longa é a Rio de Janeiro-Jacareí,

com 364 quilômetros, adota os procedimentos inerentes a toda ope-

radora de transporte, mas considera como suas principais iniciativas

ambientais o controle de emissão de poluentes, a reciclagem e reuti-

lização da água, e o correto descarte de materiais sólidos, como, por

exemplo, pneus, baterias e lubrificantes. A empresa ressalta, ainda,

uma preocupação permanente, que é controlar a procedência do

combustível utilizado na frota. Nesse

sentido, mantém contrato com uma

distribuidora. Letícia Sampaio Kita-

gawa, diretora da Sampaio, também

lembra que, para o contínuo aperfei-

çoamento da gestão operacional,

a empresa dá grande importância

aos relatórios de viagens. “Insta-

lamos nos veículos controles que

nos fornecem relatórios por viagem.

Eles são compilados em relatórios

mensais de desempenho e práticas

do condutor ao volante”.

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Letícia Kitagawa, da Sampaio:

diesel de procedência garantida.

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Page 40: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

CIDADE DO AÇO

Dentre as medidas implementadas pela Viação Cidade

do Aço, o diretor executivo Joel Fernandes dá ênfase ao uso

de biodiesel nos ônibus, por ser um combustível que polui

menos em comparação com o diesel comum. Ele enumera

ainda a coleta seletiva de lixo e o descarte adequado dos

resíduos de manutenção, como lâmpadas, areia contaminada

e pneus. Assim como as demais operadoras, a empresa in-

vestiu em um sistema de reaproveitamento de água. “Em nos-

sas garagens de apoio, reaproveitamos a água proveniente

da lavagem dos carros e coletamos a da chuva. Com isso,

alcançamos uma economia considerável em nossa conta

de água e poupamos um recurso natural.” Futuramente, o

sistema deverá ser implantado nas demais garagens.

O controle das emissões dos ônibus da empresa, feito

em parceria com a Fetranspor e o governo do Estado, é

visto por Joel Fernandes como

iniciativa relevante em favor da

preservação do meio ambiente,

além de evidenciar o engaja-

mento do setor de transporte

rodoviário de passageiros com

uma causa importante. “Vemos

como uma iniciativa muito boa.

Toda a nossa frota passa pelo

controle e, atualmente, temos

alcançado um índice de 98%

de aprovação.”

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VIAÇAO PROGRESSO

O principal compromisso da Viação Progresso é conci-

liar os interesses da companhia com as necessidades do

mercado, da sociedade e do meio ambiente. Ela opera com

60 veículos em suas linhas interestaduais, sendo a mais

longa a Barra Mansa-Manhuaçu, de aproximadamente 500

quilômetros. Seus esforços pela sustentabilidade passam

pela cuidadosa manutenção preventiva dos veículos, que é

controlada por sistema integrado de ERP, em que são de-

finidas as providências ou serviços para cada componente

sujeito a desgaste.

Outra prática importante é a separação dos resíduos por

meio de caixas separadoras de água e óleo, o que auxilia

no processo de reciclagem e reuso da água, na captação da

água usada durante a lavagem de peças e na separação da

borra oleosa proveniente da troca dos lubrificantes.

A preocupação em manter uma frota ambientalmente

correta e amigável faz com que a operadora já esteja atenta

às mudanças que estão por vir com a fase P7 do Programa

de Controle de Emissões Veiculares (Proconve). O diretor

executivo da empresa, André Soares, lembra que a aquisição

de veículos com a nova tecnologia provavelmente implicará

algumas mudanças. “Uma grande preocupação é com o

abastecimento de ureia, principalmente devido ao fato de

termos seis garagens com pontos de abastecimento. De

qualquer forma, somos a favor de ações que contribuam

com a preservação do meio ambiente”.

A perfeita regulagem dos motores é fundamental no controle das

emissões de gases poluentes.

Utilizar frotas sempre novas é parte da política de sustentabilidade.

Joel Fernandes Rodrigues,

da Viação Cidade do Aço.

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A correta manutenção do equipamento de ar-condicionado

é uma forma de ajudar na preservação do meio ambiente.

Marilene Ramos no lançamento do

Programa Selo Verde.

Guilherme Wilson, da Fetranspor.

Além da atenção dada aos pneus e aos componentes do motor,

o fato de a maioria das linhas das empresas de transporte rodoviário

de passageiros serem de média e longa distâncias exige que também

o equipamento de ar-condicionado sempre passe por criteriosa ma-

nutenção. A Viação Teresópolis é uma das empresas que investem

nessa área, cuidando para que os gases que asseguram o bom

funcionamento dos aparelhos não sejam liberados na atmosfera.

Maria Helena Domingues, gerente de Desenvolvimento Humano e

Organizacional da Teresópolis, explica: “Os gases que estão no sis-

tema de ar-condicionado são retirados com equipamento específico,

o que possibilita que sejam reutilizados em outros veículos e evita

sua dispersão no meio ambiente. Além disso, os cilindros com gases

contaminados são coletados por uma empresa especializada”.

VIAÇÃO TERESÓPOLIS

O Rio de Janeiro é o único estado

a manter um programa de contro-

le, monitoramento e mitigação de

emissões de poluentes por ônibus,

implementado em parceria com a

Fetranspor. O gerente de Operações

da Mobilidade Urbana da Fetranspor,

Guilherme Wilson, explica que o con-

vênio, denominado Programa Selo

Verde, consiste no monitoramento

dos níveis de emissão de poluentes

locais (em especial material particu-

No Rio, o sucesso do Programa Selo Verdelado) da frota de todo o Estado, com

parâmetros de análise mais rígidos

que os da legislação ambiental

nacional e metas claras anuais de

redução de gases de efeito estufa.

Contempla, ainda, ações ligadas à

compensação ambiental, mediante

reflorestamento e controle de emis-

são de ruído.

A Fetranspor, por intermédio de

seus sindicatos associados, realiza

todos os serviços de medição dos ní-

veis de emissão de gases em todas

as empresas, responsabilizando-se

pela geração de relatórios semes-

trais. O apoio técnico é dado às

empresas associadas sem repasse

de custos.

A Fetranspor dispõe de um Cen-

tro de Serviços Ambientais voltado à

prestação de serviços especializados

a todas as empresas de transporte

do Estado, nas áreas de gestão

ambiental, controle de emissões,

ecoeficiência, gerenciamento de

resíduos, responsabilidade e educa-

ção ambiental, atendimento legal e

consultoria especializada.

Desde o início do programa (de

1997 a 2010), foram economizados

535,8 milhões de litros de diesel (60

milhões de litros por ano). No perío-

do, deixaram de ser emitidas 1,4

milhão de toneladas de CO2 e 32 mil

toneladas de material particulado.

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Também a Util adota diversas pro-

vidências voltadas à sustentabilidade

no que diz respeito aos equipamentos

de ar-condicionado, conforme explica

o gerente de Manutenção Cléber de

Assis. “Aqui na empresa, fazemos a

limpeza dos filtros; a cada seis meses,

realizamos a aplicação de bactericida e

fazemos aeração. Além disso, a cada

dois anos, é feita a lavagem geral do

equipamento, do evaporador e do con-

densador. O importante é o passageiro

ter a certeza de que está utilizando

UTIL

um veículo devidamente higienizado.”

Assis acrescenta que em todos os

aparelhos de ar-condicionado é usado

o gás E134, considerado ecológico e

que não agride ao meio ambiente.

Para garantir o consumo eficaz de

diesel, a empresa mantém um progra-

ma de valorização dos motoristas. Os

que atingem as metas pré-estabele-

cidas são devidamente reconhecidos

e contemplados. “Nenhum motorista

assume a direção dos veículos da

empresa sem antes ter passado por

um treinamento que prevê, além da

direção econômica, conceitos de

direção defensiva. Hoje, temos cerca

de 350 motoristas, todos treinados e

reciclados.”

Outras medidas de proteção ao

meio ambiente têm sido postas em

prática na Util. Uma delas foi dotar a

garagem de uma cabine de pintura,

para evitar a liberação de gases no

meio ambiente. É equipada com filtro

para absorção do material utilizado.

Na área de manutenção dos veículos,

o piso foi impermeabilizado, com o ob-

jetivo principal de evitar contaminação

acidental do solo com lubrificantes.

A cabine de pintura evita a liberação de gases e material particulado no meio ambiente.

Cléber de Assis: no ar-

condicionado, só gás E134.

Piso impermeabilizado, um modo de evitar a contaminação acidental do solo.Treinamento sobre condução econômica.

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A Mercedes-Benz pronta para o Proconve P7Com a produção de veículos pré-série dotados da tecnologia BlueTec 5, a Mercedes-Benz se declara

pronta para colocar no mercado ônibus e caminhões com motores que emitem muito menos gás

carbônico e material particulado (óxidos de nitrogênio), como exige a norma Proconve P 7, que passa

a vigorar no Brasil em 1º de janeiro de 2012.

Pela primeira vez desde que o Brasil

começou a implementar o Progra-

ma de Controle da Poluição do Ar por

Veículos Automotores — Proconve

— os veículos automotores pesados

produzidos no País deverão trocar de

tecnologia de um dia para o outro. E

não é força de expressão: até o dia

31 de dezembro de 2011 os veículos

estarão sendo fabricados com uma

tecnologia e, já no dia 1º de janeiro de

2012, deverão sair das linhas de pro-

dução com outra, bem diferente, muito

mais avançada e menos poluidora,

capaz de atender às novas exigências

de emissão de gases e material parti-

culado, bastante mais rigorosas.

Entre outros requisitos, a nova

norma exige a redução de 80% nas

emissões de material particulado (MP)

e de 60% nas emissões de óxidos de

O caminhão Axor 2831, de pré-série, apresentado pela Mercedes-Benz e dotado da tecnolgia BlueTec 5, que atende ao Proconve P 7.

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nitrogênio (NOx) em relação à atual

legislação.

Como bem definiu Mário Lafite,

diretor de Comunicação Corporativa

da Mercedes-Benz do Brasil, simples-

mente haverá um corte no tempo: não

mais prevalecerá o sistema gradativo

de introdução de normas que era ado-

tado até aqui; ao contrário, será dado

um único salto para a nova tecnologia.

Esse é o significado da entrada em

vigor da norma brasileira Proconve P 7.

A Mercedes-Benz do Brasil asse-

gura que está pronta para dar esse

salto. Para provar isso, já produziu

dois veículos de pré-série com os

requisitos tecnológicos que atendem

à nova norma: um caminhão pesado

Axor 2831 e um chassi OF 1722 para

ônibus urbano. Os veículos foram

mostrados à imprensa no dia 6 de abril

e sua fabricação no Brasil teve como

ponto de partida a tecnologia BlueTec

5, lançada na Europa seis anos atrás

pela Mercedes-Benz.

50.000 HORAS DE TESTES

Mas não se trata de uma simples

transposição da tecnologia desenvol-

vida durante dez anos pela montadora

alemã na Europa. Aqui, o trabalho de

desenvolvimento dos motores com

BlueTec 5 foi iniciado há três anos e

envolveu cerca de 400 engenheiros

e técnicos do Centro de Desenvolvi-

mento Tecnológico da Mercedes-Benz

em São Bernardo do Campo. Eles

trabalharam no desenvolvimento de

motores brasileiros, construídos para

operar nas condições brasileiras e de

outros países sul-americanos onde o

combustível é inferior ao europeu e a

infraestrutura exige veículos mais ro-

bustos. Os testes, feitos também em

bancos de provas, totalizaram mais de

50.000 horas.

Veículos equipados com os novos

motores foram exaustivamente testa-

dos nas mais diversas condições de

tráfego em cidades e em rodovias,

tanto ao nível do mar como em alti-

tudes que variaram de 2.400 a mais

de 4.000 metros. Mais de 8 milhões

de quilômetros foram rodados com

caminhões e ônibus dos mais varia-

dos tipos, em situações extremas de

operação.

“Com base em nossa experiência,

conhecimento e também nos diversos

testes realizados, a tecnologia BlueTec

5 mostrou ser a melhor solução técni-

ca para caminhões e ônibus visando o

atendimento do Proconve P 7”, afirma

Gilberto Leal, gerente de Desenvolvi-

mento de Motores da Mercedes-Benz

do Brasil. “Alcançamos excelentes

resultados na preparação da tecno-

logia de acordo com as condições

específicas de transporte do Brasil e

da América Latina”.

REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

Leal considera o sistema “uma

revolução tecnológica” e informa que

a resposta da Mercedes-Benz ao Pro-

conve P 7 e ao Euro5 está baseada em

cinco pilares: eficiência, confiabilidade,

Outro veículo de pré-série apresentado foi o chassi para ônibus urbano OF 1722, também com a tecnologia BlueTec 5.

Mário Lafite: Proconve P 7 sem transição.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2011 45

Page 46: Revista ABRATI - nº 65 ano 16 / junho 2011

economia, desempenho e amigabili-

dade em relação ao meio ambiente”.

Entusiasmado, acrescenta: “No que

diz respeito às emissões de gases e

à produção de material particulado,

estaremos chegando perto de zero”.

O entusiasmo do especialista se

ampara em dois importantes avanços:

a queima bem mais eficiente do com-

bustível na câmara dos novos motores

e a sensível redução do volume das

emissões de óxidos de nitrogênio

(NOx). A redução é obtida com o au-

xílio de um aditivo denominado Arla

32 (agente redutor líquido de NOx

automotivo), que é injetado no esca-

pamento do veículo. O Arla 32 torna

possível efetuar o pós-tratamento dos

gases de escape por redução catalí-

tica seletiva. Trocando em miúdos, o

aditivo — constituído de 32% de ureia

mais água desmineralizada — tem a

propriedade de converter o NOx que

sai do motor em nitrogênio puro e em

vapor de água, inofensivos à natureza.

Superado esse desafio, a combus-

tão do motor pode ser grandemente

otimizada, de modo a fazer com

que as emissões de gás carbônico

(material particulado e fumaça) se

enquadrem perfeitamente nas normas

Proconve P 7.

De acordo com os testes realiza-

dos pela Mercedes-Benz e relatados

por Gilberto Leal, foram registradas as

seguintes reduções nas emissões com

o uso da tecnologia BlueTec 5: monóxi-

do de carbono, 29%: hidrocarbonetos

totais, 23%: óxido de nitrogênio, 60%

e material particulado, 80%.

DESEMPENHO E ECONOMIA

Basicamente, o sistema BlueTec

5 é composto de um pequeno tanque

destinado a armazenar o Arla 32, uma

bomba para injetar o aditivo no esca-

pamento, um catalisador específico e

uma central de processamento (CPU)

que monitora e comanda a operação

de dosagem do aditivo injetado.

O Arla 32 estará à venda em ga-

lões nos postos de abastecimento e

na rede de concessionários Merce-

des-Benz. Com o tempo, o produto

também deverá estar disponível em

bombas específicas, como ocorre na

Europa e nos Estados Unidos.

Ainda não foram divulgadas estima-

tivas ou projeções para o preço do Arla

32 no Brasil. Sabe-se que na Europa

o preço do aditivo varia entre 32% e

52% do preço do diesel. Em relação

ao consumo, Gilberto Leal prevê que

será necessário um abastecimento de

Arla 32 a cada três, quatro ou cinco

abastecimentos de diesel.

A Mercedes-Benz estima que os

ônibus e caminhões dotados desse

equipamento custarão entre 8% e

15% mais. No entanto, sustenta que

o maior preço de partida tende a ser

compensado pela economia de com-

bustível proporcionada pelo sistema e

pelo maior espaço entre as revisões e

operações de manutenção, liberando

os veículos por mais tempo para as

operações de transporte. Em síntese,

segundo a montadora, os novos veícu-

los terão melhor desempenho e apre-

sentarão maior economia operacional.

Curt Axtelm, da área de marke-

ting da montadora, menciona outra

vantagem oferecida pela tecnologia

BlueTec: a sua total adequação ao

diesel de petróleo, como também ao

diesel de cana e ao biodiesel. E lembra

que há tempos a Mercedes-Benz vem

testando com sucesso esses biocom-

bustíveis alternativos.

Gilberto Leal e o BlueTec 5: perto de zero em emissões de gases e de material particulado.

O sistema injeta o aditivo no escapamento.

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Da esquerda para a direita, diesel S10, biodiesel, diesel de cana, diesel S50: todos são eficientes com o aditivo Arla 32 (em primeiro plano).

Tanques do aditivo terão vários tamanhos. O tamanho do catalisador também varia.

Sobre o novo sistema, o gerente de

Desenvolvimento de Motores, Gilberto

Leal, alerta que em nenhuma hipótese

o BlueTec 5 pode ser adaptado aos

veículos produzidos de 2010 para trás.

É uma concepção nova e não compatí-

vel com os equipamentos disponíveis

atualmente. Outro alerta é que, para

funcionar de forma perfeita e proporcio-

nar todas as vantagens para as quais

foi criado, o BlueTec 5 exige o uso de

diesel com o teor de enxofre S 50 ou

S10. O veículo não vai parar caso seja

abastecido com diesel menos puro (por

exemplo, S 500), mas perderá cerca

de 40% de sua potência, com risco de

o sistema entrar em colapso depois

de algum tempo. Dada a precisão dos

componentes dos motores, a tecnolo-

gia exige, igualmente, a manutenção

adequada do veículo. O uso de peças

genuínas e a correta manutenção se-

rão fundamentais para a obtenção do

menor índice de emissões, a redução

do consumo e a maior durabilidade do

equipamento.

Um aviso: sistema não comporta adaptaçõesApesar da dúvida frequentemen-

te manifestada pelos frotistas, a

Mercedes-Benz se diz confiante em

que a Petrobras, que produz o diesel,

conseguirá cumprir o compromisso

de entregar o produto S50 e S10 na

maioria dos postos de abastecimento

do Brasil a partir de 1º de janeiro de

2011. Para os empresários e autôno-

mos eventualmente indecisos em face

do advento da nova tecnologia, Mário

Lafite tem uma sugestão:

“Não se preocupem em mudar

suas decisões de compra de cami-

nhões e ônibus nos próximos meses

em função do lançamento do novo sis-

tema. O lançamento do novo sistema

não deve levá-los a antecipar ou adiar

suas compras de novos veículos, pois

a Mercedes-Benz tanto continuará for-

necendo seus produtos com o sistema

tradicional como irá disponibilizar os

produtos com o novo sistema a partir

de 1º de janeiro de 2012.”

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ombustívelC

Ônibus a etanol já rodam em São PauloOs novos ônibus entregues pela Scania à Viação Metropolitana são capazes de reduzir em até 90%

a emissão de gás carbônico (ou dióxido de carbono). Estão rodando desde o dia 27 de maio.

AScania Brasil entregou à Viação

Metropolitana, no dia 26 de maio,

as primeiras unidades dos ônibus

urbanos movidos a etanol destinados

a rodar na cidade de São Paulo. Ainda

neste primeiro semestre será com-

pletada a entrega do primeiro lote de

50 unidades do modelo K 270 4x2. A

montadora deverá garantir a manuten-

ção preventiva dos veículos até 120

mil quilômetros rodados, por unidade.

“Com a entrega das primeiras

unidades, a Scania e a Prefeitura da

cidade de São Paulo passam a ofere-

cer uma alternativa real de transporte

mais sustentável, o que significa um

futuro mais saudável da população. O

etanol é a melhor solução dentre os

combustíveis renováveis, por apresen-

tar a melhor relação custo X eficiência

em níveis de emissões e disponibili-

dade”, afirma Wilson Pereira, gerente

executivo de Vendas de Ônibus da

Scania Brasil.

Os ônibus sustentáveis K 270 4x2

contam com motor de 9 litros, 270 hp

de potência, e vão ser abastecidos

com etanol adicionado de 5% de aditivo

promovedor de ignição. O combustí-

vel é capaz de reduzir em até 90% a

emissão de CO2, ou gás carbônico, ou

ainda óxido de carbono. Os motores

Scania movidos a etanol já atendem às

exigências da legislação brasileira de

emissão de gases poluentes e o Pro-

conve P7, que entrará em vigor no País

em 1º de janeiro de 2012. Atendem

também a norma Euro 5, obrigatória

na União Europeia.

Os ônibus que estão sendo forneci-

dos à Metropolitana foram adaptados

a partir de um estudo da USP.

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Em São Paulo, 50 ônibus iguais a este estarão rodando no fim do primeiro semestre.

O início da operação dos ônibus

movidos a etanol na cidade de São

Paulo foi destacado por executivos

da Scania durante os trabalhos do

Ethanol Summit 2011, nos dias 6 e 7

de junho, na capital paulista. Em sua

terceira edição, o Ethanol Summit cen-

trou os debates no futuro da energia

renovável no planeta, e os executivos

da Scania apresentaram aos partici-

pantes a tecnologia desenvolvida pela

montadora a partir da década de 1980,

especialmente na Suécia, para atender

a demanda por um transporte urbano

sustentável.

Eles apontaram o etanol como o

combustível de maior potencial para

redução das emissões de CO2. No

caso do etanol proveniente da cana-

de-açúcar, a redução das emissões de

gás carbônico chegam a 90%, havendo

ainda redução de material particulado,

óxidos de nitrogênio (NOx) e hidrocar-

bonetos.

A Scania e o transporte urbano sustentável

“Temos um vasto leque de tecno-

logias, métodos, soluções e práticas

disponíveis para redução de emissões

de carbono que não prejudicam a capa-

cidade de transporte. São ferramentas

que resultam em benefício para o meio

ambiente e para a economia”, afirmou

Christopher Podgorski, vice-presidente

para Vendas e Marketing da Scania na

América Latina. Por sua vez, o diretor

geral da Unidade de Negócios da Sca-

nia para o Brasil, Roberto Leoncini,

destacou: “No Brasil, vamos contribuir

para o cumprimento das metas de

política ambiental e para construir, até

2018, uma frota de ônibus composta

por veículos movidos com combustível

renovável.”

Em Estocolmo, Suécia, a frota de ônibus urbanos movidos a etanol ultrapassa 600 unidades, todas produzidas pela Scania.

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rotaF

Lições de excelência em manutençãoLocais limpos, arejados, modernos e dotados de pessoal altamente qualificado. Assim podem ser

descritas as garagens das empresas brasileiras de transporte rodoviário de passageiros, que investem

cada vez mais na formação e aperfeiçoamento das suas equipes de manutenção e na modernização

dos processos empregados, sempre tendo como objetivo assegurar a qualidade dos serviços.

Um bom exemplo do elevado pa-

drão alcançado pelas operadoras

rodoviárias de passageiros ocorre na

Viação Cometa, cujas garagens e de-

partamento de manutenção atendem

com eficiência a demanda de toda

a sua frota de quase 1.000 ônibus

Mercedes-Benz, Scania e Volvo.

Tudo funciona com extrema pre-

cisão. Quando entra na garagem, o

veículo já segue para abastecimento

e limpeza externa. O motorista se

apresenta ao departamento de tráfe-

go, passa informações e observações

sobre o carro e, se houver necessidade

de algum reparo ou correção, preenche

uma ordem de serviço. Na OS cons-

tam 26 itens do veículo, sendo 17

referentes ao chassi e 9 à carroçaria,

relacionando praticamente todos os

sistemas do carro, do radiador ao

extintor de incêndio.

Como explica Eduardo Curi, ge-

rente de Manutenção da Cometa, a

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verificação de todos esses itens pode

garantir o nível de desempenho que a

empresa sempre busca. “É a excelên-

cia. Uma boa manutenção dá garantia

e confiabilidade tanto aos motoristas

quanto aos passageiros que utilizam

os nossos ônibus diariamente.”

Ele acrescenta que organização, in-

vestimento e capacitação técnica são

essenciais, principalmente para uma

empresa que roda cerca de 9 milhões

de quilômetros por mês. “A demanda

de trabalho é grande e também exige

ferramental adequado. Tudo isso ga-

rante um ótimo trabalho. É a regra e

não um diferencial.”

ROTINA E PREVENÇÃO

A Viação Cometa mantém equipes

de manutenção em todas as suas 18

garagens. Em cinco delas são realiza-

das operações preventivas, enquanto

nas demais processam-se as interven-

ções para correção de defeitos. Mais

de 350 mecânicos trabalham em três

turnos para manter os quase 1.000

ônibus, que realizam cerca de 1.300

viagens por dia.

Um dos aspectos mais importantes

da manutenção é o rigoroso método de

prevenção com base na quilometragem

acumulada. A cada 5.000 quilômetros

rodados, a equipe de manutenção faz

um check list (veja tabela na página

57). Aos 15 mil quilômetros ocorre a

primeira manutenção preventiva, com

a troca de filtros e lubrificação de com-

ponentes. “A partir disso, as manuten-

ções são cumulativas até os 60.000,

quando os programas de manutenção

de cada fabricante começam a se di-

ferenciar, assim como os processos”,

explica Eduardo Curi. Ele observa que

“motor diesel não é tudo igual e que

cada um tem sua característica, assim

como os chassis.”

MEIO AMBIENTE

O meio ambiente é uma preocupa-

ção constante. No que se refere aos

aos óleos, por exemplo, são utilizadas

as mais modernas técnicas de análise

e diagnóstico. A Viação Cometa tam-

bém mantém parceria com o Projeto

Economizar no desenvolvimento de

um programa que busca a redução no

consumo de diesel.

Todas as garagens vêm passando

por adequações para que os setores

de abastecimento, recebimento e ar-

mazenagem de derivados de petróleo

sejam mantidos sempre em confor-

midade com as normas ambientais

vigentes.

As baterias descarregadas utiliza-

das nos veículos são retiradas da ga-

ragem pelos próprios fabricantes. Para

o descarte de óleo lubrificante, filtros e

lonas, a Viação Cometa contrata uma

empresa especializada no serviço.

Na Cometa, com a prioridade dada à manutenção preventiva, o índice de atendimentos de socorro é de apenas 0,3%.

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rotaF

MODERNIZAÇÃO

A agilidade nos processos dentro

das garagens é garantida pelo controle

do estoque de peças e pelo fluxo de

serviços totalmente informatizado. A

correta identificação e especificação

das peças no cadastro facilita o tra-

balho do almoxarifado para atender a

solicitação da manutenção.

Com os níveis de consumo da gara-

gem já registrados com relação a cada

item, o sistema interno faz o pedido

automático de peças junto ao setor

de compras, na medida da utilização,

o que evita desperdícios e compras

desnecessárias.

São realizadas mais de 2.000

manutenções preventivas por mês. É

assim que a empresa garante a con-

fiabilidade dos ônibus utilizados no

transporte de seus clientes.

O monitoramento e controle dos

serviços feitos na área de manutenção

é informatizado e o sistema se comuni-

ca com todos os setores da empresa,

permitindo a rastreabilidade do serviço

executado e, consequentemente, sua

avaliação.

Um setor específico executa os

serviços em motor, caixa de marchas,

diferencial, unidades e bicos injetores,

e tacógrafo. Trabalham nele profis-

sionais especializados que utilizam

ferramentas especiais para fazer os

reparos necessários, em conformidade

com os procedimentos recomendados

pelos fabricantes.

O setor de auditoria da qualidade

é responsável pelo acompanhamento

do trabalho de todas as garagens e da

utilização dos procedimentos de manu-

tenção. Além de avaliar as condições

dos veículos mediante checagem deta-

lhada, avalia a situação das garagens

mediante a verificação de itens como

higiene, limpeza e organização.

QUALIFICAÇÃO

A Viação Cometa conta com um

centro de treinamento técnico dotado

dos melhores e mais modernos equipa-

mentos e monitores. No centro, todos

os funcionários, dos mecânicos aos

motoristas, recebem cursos para se

atualizarem em relação a novos pro-

cessos e novas tecnologias. Com com-

ponentes, ferramentas e capacidade

para comportar até 20 funcionários por

turma, o centro abriga cursos técnicos

próprios e aulas ou cursos oferecidos

pelos fornecedores.

Os permanentes investimentos

na qualificação da equipe continuam

rendendo excelentes resultados à

empresa, conforme atesta Eduardo

Curi. “Nosso índice de eficácia da

manutenção chega a 99,7%, indicando

um atendimento de socorro de apenas

0,3% sobre as 39.000 viagens realiza-

das todo mês.”

Os cursos e treinamentos são dados por fornecedores ou pelos monitores e técnicos da própria Viação Cometa.

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Itens verificados no chassi e na carroçaria do ônibus após cada 5.000 quilômetros rodados

CHASSI

Vazamentos (água, lubrificante, diesel, ar)

Nível de óleo lubrificante e líquido de arrefecimento

Estado e tensão das correias e polias

Fixação e pontos de atrito nos flexíveis e tubos de água, diesel e ar

Nível de óleo da direção e do ventilador hidráulico

Estado do radiador e intercooler (fixação e obstrução das aletas)

Funcionamento do motor

Engate das marchas

Vazamentos (caixa de mudança e diferencial)

Fixação do cardan e estado das cruzetas

Altura da embreagem e vazamento do fluido

Espessura das lonas e/ou pastilhas de freio e posição do eixo “S”

Aplicação de freio e possíveis vazamentos

Folga das barras, terminais, coluna e caixa angular de direção

Condições do estabilizador, haste de reação, amortecedores, mola pneumática e terminal da válvula de nível

Presença de água nos reservatórios de ar

Exame visual e calibragem de pneus, reaperto das rodas e verificação do desgaste da banda

CARROÇARIA

Manômetros e luzes de advertência no painel do motorista

Faróis, luzes do salão, sinalização, itinerário e buzina

Estado do banheiro e funcionamento dos seus componentes

Possíveis avarias na carroçaria e funcionamento das tampas de bagageiro

Cortinas, fixação do porta pacotes e luzes de leitura

Validade e nível dos extintores de incêndio

Funcionamento do ar-condicionado

Estado e reclinação das poltronas

Exame do limpador de para-brisa

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piniãoO

A modernidade do ônibus brasileiro

Div

ulga

ção

Valter Gomes Pinto

Diretor e Conselheiro de Administração

da Marcopolo S/A

Há mais de 50 anos atuando na

área de produção de ônibus, tive

a oportunidade de percorrer dezenas de

países, dos mais avançados aos em de-

senvolvimento, e pude, cada vez mais,

constatar que a indústria brasileira é

uma das mais avançadas do mundo.

Além de termos uma indústria das

mais modernas, com várias fábricas

dedicando-se à produção de carroça-rias, ainda contamos com modernos

fabricantes de chassis que entregam

aos compradores produtos altamente

sofisticados que, muitas vezes, acaba-

ram de ser lançados em suas matrizes

na Europa.

Nada disso seria importante se

também não tivéssemos, no Brasil,

centenas de empresas de transporte

rodoviário de passageiros com a exper-

tise necessária para prestar esse tipo

de serviço da melhor maneira possível.

Quem convive, como eu, com es-

sas empresas pioneiras, sabe como

é a luta desses empresários, verda-

deiros desbravadores, que montaram

suas companhias do nada, começan-

do, muitas vezes, como motoristas,

cobradores e mecânicos do seu único

veículo, e que legaram aos seus su-

cessores as grandes e consolidadas

empresas de hoje.

Nas minhas visitas a outros paí-

ses, vários deles bem mais adiantados

que o Brasil, pude constatar que nossa

indústria de produção de ônibus e nos-

sas empresas de transporte rodoviário

de passageiros estão entre as mais

evoluídas. Por isso mesmo, estão em

condições de oferecer significativas

contribuições a outros povos.

Por ser um país de dimensões

continentais, o Brasil exigiu malaba-

rismos nunca dantes vistos daqueles

primeiros empreendedores que, mais

de 70 anos atrás, se aventuraram no

setor de transporte rodoviário de pas-

sageiros. Muitas vezes, o pequeno

empresário tinha até que construir a

estrada por onde passaria, na base

da enxada e da picareta. Eram tem-

pos heróicos.

Dias atrás, participei de memorável

evento na Scania, quando essa tradi-

cional companhia sueca comemorou

os 100 anos do primeiro ônibus que

construiu. A convite do meu particular

amigo Wilson Pereira, diretor de ven-

das de ônibus da montadora, pude

confraternizar com diletos amigos em-

presários, e que são clientes habituais

da Scania.

Ali, tive oportunidade de rever, num

filme curto que mostrava a evolução

do ônibus no mundo, e no Brasil em

particular, o quanto avançamos. Sem

nenhuma dúvida, o que se produz no

Brasil, hoje, nada fica a dever aos

veículos produzidos na Europa e nos

Estados Unidos.

Isso não acontece por acaso. Ao

contrário, é em grande parte o resulta-

do mais visível do esforço continuado

daqueles pioneiros que, década após

década, vieram construindo um dos

melhores e mais eficientes sistemas

de transporte rodoviário de passagei-

ros do mundo. Esse sistema, somado

à preferência incontestável dos brasi-

leiros pelo ônibus, é que possibilitou

a formação de um mercado amplo

e forte, capaz de atrair para cá os

grandes fabricantes mundiais de con-

juntos mecânicos, cujos produtos e

tecnologias se somam à competência

de nossas encarroçadoras para produ-

zir um ônibus moderno e com grande

reconhecimento internacional.

Nas minhas visitas a outros países, vários

deles bem mais adiantados que o Brasil,

pude constatar que nossa indústria de produção de

ônibus e nossas empresas de transporte

rodoviário de passageiros estão entre

as mais evoluídas.

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