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1 CENÁRIO TÉCNICO | SETEMBRO DE 2013 • ANO 1 • Nº 1 Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio no Estado do Espírito Santo Ano 8 | nº 13 | Outubro de 2013

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Revista desenvolvida para a agência MCamara - Sintec

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CENÁRIO TÉCNICO | SETEMBRO DE 2013 • ANO 1 • Nº 1

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CENÁRIO TÉCNICO

CENÁRIO TÉCNICO | SETEMBRO DE 2013 • ANO 1 • Nº 1

DEVOLUÇÃOGARANTIDADEVOLUÇÃOGARANTIDADEVOLUÇÃO

CORREIOSCORREIOS

Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio no Estado do Espírito SantoAno 8 | nº 13 | Outubro de 2013

CENÁRIO TÉCNICO | SETEMBRO DE 2013 • ANO 1 • Nº 1

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICO

Sintec ES @SintecES

EdsonWilson

São 25 anos de história e temos muita satisfação em contá-la. Começamos numa sala alugada, compartilhada por cinco entidades: Ascam (Associação Capixaba de Mutuários do Sistema Financeiro Habit), Cecun (Centro de Estudos da Cultura Negra), Sindibebidas (Sindicato das Indústrias de

Bebidas em geral do Espírito Santo), Sindialimentação (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do Espírito Santo) e Sintec (Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio no Estado do Espírito Santo).

No início, mudamos de muitos endereços, conquistamos a compra da primeira sede, adquirida na Vila Rubim, com a cotização entre diretores. Hoje temos sede própria com cinco salas conjugadas e uma alugada em outro local. Iniciamos com 5% dos pro� ssionais registrados no Crea-ES. Hoje somos 60%.

No passado, o apoio a candidatos à presidência comprometidos com nossa causa e a articulação com as instituições de ensino deram o fôlego necessário para garantir o registro dos cursos e elevar o nível da defesa da categoria.

Nesse começo não eram anotados na carteira do pro� ssional a Lei e o Decreto regulamentadores da pro� ssão. Conquistamos o direito de ter essa legislação incluída na documentação do pro� ssional e muitos, pela via do sindicato, já conquistaram o direito pleno de executá-la.

Em 1988, votávamos nas eleições do Conselho. Na última eleição, tivemos o candidato mais votado, fomos golpeados e não pudemos tomar posse. Evoluímos em nossa representação, com grande atuação nas Câmaras e Plenário. Ocupávamos a vice-presidência do Conselho.

Infelizmente, o Crea-ES foi o único local onde regredimos. Voltamos à estaca zero porque estamos impedidos por uma decisão arbitrária da atual direção de exercer, democraticamente, o direito de defender a categoria.

No primeiro mandato, negociávamos com uma empresa da área de Arquitetura e Engenharia Consultiva, com grande participação dos trabalhadores. Atualmente, negociamos com o Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia), representando mais de 400 empresas desse setor.

No início, podíamos ofertar poucos benefícios. Temos hoje uma extensa carteira de produtos, fruto de parcerias conquistadas ao longo dos anos.

No começo, tínhamos uma grande participação dos dirigentes do

EDITORIAL

Sintec-ES nos sindicatos de base. Hoje, apoiamos e contribuímos na atuação destes sindicatos. Buscamos incluir nos acordos e convenções uma pauta especí� ca dos técnicos e fazemos o trabalho para garantir o exercício pleno da pro� ssão.

Criamos uma cooperativa de trabalho e indicamos o caminho do exercício autônomo da pro� ssão.

No início, éramos poucos no cenário público do Estado. Atualmente, diversos técnicos ocupam papel de destaque na sociedade, como o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Pro� ssional e Trabalho, Jadir Péla, o presidente da Aderes (Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo), Pedro Rigo, dentre outros.

Na administração da entidade sempre cuidamos muito bem dos recursos materiais e � nanceiros.

No ano passado, cortamos um problema na carne, ao destituir o então presidente, por mau uso desses recursos. Na Polícia Federal está registrada a Ação de Improbidade Administrativa e a prisão de uma assessora por suspeita de estelionato. Essa � cha agora faz parte do passado da instituição. Fizemos o remanejamento da diretoria e retomamos a direção.

Destacamos principalmente todos aqueles que cumpriram seu papel nessa caminhada: os sindicalizados, mais diretamente, que garantem a sustentabilidade da instituição; os simpatizantes, que de alguma forma também contribuem; os diversos diretores, que deixaram sua marca na história, com seu empenho no momento em que participaram.

Ressaltamos nesse histórico aquele que deu início a isso tudo: o fundador do Sintec-ES, Paulo Rangel, funcionário da Vale. Atualmente aposentado, Paulo sofreu todo o tipo de perseguição, sendo demitido e readmitido – por decisão judicial – da empresa e nem por isso desistiu do seu sonho.

Muito do que praticamos e realizamos hoje foi idealizado por ele há 25 anos.

Seguimos nessa trajetória, sem temer, sem subjugar, com responsabilidade, buscando o melhor para a categoria.

Parabéns, técnico industrial! Precisamos que você se aproxime cada vez mais do sindicato. Essa casa é sua, é nossa, é de todos nós!

Av. N. Srª da Penha, 280/204 - Ed. Praia Center,Praia de Santa Helena, Vitória-ESCEP: 29.055-050Tel.: (27) 3325 0598 Telefax: (27) 3345 [email protected] w w w. s i n t e c e s . o r g . b r

A CASA É NOSSA

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HISTÓRIA

ENTREVISTA

11 SESSÃO SOLENE

14 CAMPANHA

16 JUBILEU DE PRATA

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CURTO-CIRCUITO

ARTIGOS

30 CONVÊNIOS

25Ben-Hur Farina27

José Joaquim Gonçalves

José Carlos Pigatti28

18 MENSAGENS

Braz Pertel

SUMÁRIO

EXPE

DIEN

TE

Comissão de Comunicação: Bernardino José Gomes (presidente), Dirlene de Paula Reis (Secretária de Imprensa e Comunicação), Miguel Antônio Madeira da Silva Araújo, Marciel Correia de Aquino, Maurino Fidelis de Oliveira, Heraldo Gonçalves Fogos, Gerson Eli Cruz e Valmir Xavier Martins. Fotos: Wesley Araújo | www.gra� adaimagem.com.brFotos: Wesley Araújo | www.gra� adaimagem.com.brFotos:

www.mcamara.com.br [email protected] responsável: Cristina Moura (DRT-PB 1428)Direção de arte e editoração: Daniela Mendes

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICO

HISTÓRIA DE HISTÓRIA

∙ Descontentamento popular. Greves no ABC paulista. ∙ ◘Crescimento no movimento trabalhista e sindical no Brasil. ∙ Apreensão de movimentos políticos contrários à ordem estabelecida pelo regime ditatorial.∙ Criação da Actinime (Associação Civil de Técnicos Industriais de Nível Médio).∙ Líder do movimento: Luiz Carlos Oliveira, técnico industrial em Eletrotécnica.∙ Participação dos associados numa audiência pública, em Brasília, com o Presidente da República João Batista Figueiredo.

∙ Reconhecimento de associações e sindicatos. Início da abertura política. Surgimento das movimentações para a organização política dos técnicos industriais de nível médio.∙ Luta pela regulamentação da categoria dos técnicos industriais.Contribuição do Grêmio Rui Barbosa, da Escola Técnica Federal do Espírito Santo (Etfes), para o reconhecimento da luta política estudantil.∙ Luta pela regulamentação profissional. ∙ Entrada dos técnicos agrícolas no movimento. ∙ Mudança de nome da associação para Aprotiaes (Associação Profissional dos Técnicos Industriais e Agrícolas do Estado do Espírito Santo).∙ Movimento nacional para a regulamentação em outros Estados: São Paulo, Bahia, Ceará e Paraná. ∙ Transformação da associação em Sintec-ES – Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio no Estado do Espírito Santo (1987).∙ Líder do movimento: Paulo Ronaldo Martins Rangel (foto à esq.), técnico industrial em Mecânica. ∙ Discussão de imposto sindical, finanças da entidade e a publicação do edital de convocação para a eleição da diretoria definitiva do sindicato.∙ Aquisição da primeira sede própria da entidade, localizada na Vila Rubim, Centro de Vitória. ∙ Compra de três salas no Edifício Ouro Verde, no Centro de Vitória.∙ Reivindicação ao Crea-ES o direito dos técnicos industriais registrados no Conselho de exercerem suas funções.

∙ Solicitação das carteiras profissionais.∙ Registro em cartório do Estatuto Social do Sintec-ES, que passou a se configurar como pessoa jurídica.

∙ Primeiro Acordo Coletivo de Trabalho do Sintec-ES. Acordo realizado com a empresa Exacta Engenharia de Projetos S/A. Parceria com o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo (Senge-ES). (28/09/1989)∙ Assinatura do primeiro convênio do Sintec-ES com uma empresa para arrecadação de anuidade sindical dos profissionais em folha de pagamento. Acordo selado com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), no dia 1º de novembro de 1989.∙ Sistema Confea/Crea: dificuldade de cumprimento da Lei 5.524/68 e do Decreto 90922/85, que regulamentam as profissões dos técnicos∙ Primeiro acordo coletivo de trabalho do Sintec-ES, inscrito na Delegacia Regional do Trabalho do Espírito Santo, com a empresa Exacta Engenharia de Projetos S/A. (28/09/89)∙ Segunda gestão de Paulo Rangel na presidência da entidade.

DÉCADA DE 70 DÉCADA DE 80

∙ Intensificação do relacionamento com empresas, instituições de ensino e órgãos de classe. ∙ Indicação pelo sindicato dos nomes dos técnicos industriais Paulo Ronaldo Martins Rangel e Telmo Lopes Sodré Filho, ex-alunos da Escola Técnica Federal do Espírito Santo (Etfes) para o Conselho Técnico Consultivo da instituição federal de ensino. ∙ Colaboração para a criação da Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec), em 1990.∙ Indicação de técnicos industriais para as Câmaras Especializadas do Crea-ES.∙ Nota de repúdio à Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas S/A) pela perseguição aos trabalhadores, principalmente os que estavam envolvidos com as lutas sindicais. ∙ Primeira greve conduzida pelo Sintec-ES, no dia 1.º de fevereiro de 1991. Os funcionários da Exacta Engenharia de Projetos S/A estavam insatisfeitos com as radicalizações da empresa diante das negociações trabalhistas. ∙ Filiação do sindicato à Central Única dos Trabalhadores (CUT). ∙ Pedido de licença de Paulo Rangel da presidência da entidade. O cargo foi assumido pelo técnico industrial em Edificações, Carlúcio Nunes Martins.∙ Sancionada a Lei Nº 4.954 que institui o dia 23 de setembro como sendo o “Dia Estadual do Técnico Industrial”.∙ Posse da Diretoria do Sindicato para o período de 1998/2001, com o técnico industrial em Metalurgia, Miguel Antônio Madeira da Silva Araújo, como presidente. Luta pela ampliação dos direitos dos técnicos.

DÉCADA DE 90

HISTÓRIA

∙ Mandato 2001/2004 – Assume a presidência o técnico em metalurgia Miguel Madeira.∙ Realização do Seminário dos Técnicos Industriais (Setec), reunindo profissionais e estudantes para discutir sobre a atualização profissional. O Sistema Confea/Crea e empresas privadas do Estado foram parceiros. ∙ Conquista reconhecida pelo Crea-ES sobre a elaboração de projetos telefônicos e elétricos por técnicos industriais, a partir de recursos individuais, elaborados pela assessoria do sindicato.∙ Início das negociações com o Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva). Dissídio Coletivo motivado pelos trabalhadores e encaminhado pelo Sintec-ES para garantir todas as conquistas em cada empresa.∙ As empresas de arquitetura e engenharia consultiva deixaram de negociar individualmente, por acordo coletivo, e passaram a ser representadas pelo Sinaenco em convenção coletiva.∙ Mudança de endereço. O sindicato deixou de funcionar no edifício Ouro Verde no Centro de Vitória e adquiriu uma sala na Avenida Nossa Senhora da Penha, Edifício Praia Center, na Praia do Canto.∙ Convênio iniciado com a Unimed.∙ Gestão 2004/2007 e 2007/2010. Presidente: técnico industrial em Metalurgia, Kepler Daniel Sérgio Eduardo.∙ Integração nacional, regional e municipal do sindicato. ∙ Participação ampla em movimentos sociais. ∙ Interiorização da ação sindical.∙ Desenvolvimento de cursos de capacitação.∙ Elaboração do orçamento participativo profissional.∙ Campanha de sindicalização.∙ Ampliação da sede própria localizada no Edifício Praia Center, com a compra de mais uma sala.∙ Valorização dos espaços de assessoria de comunicação e assessoria jurídica. ∙ Início da publicação da revista Cenário Técnico, comemorando os 18 anos de atividades do Sintec-ES.∙ Criação do site do Sintec-ES: www.sinteces.org.br∙ Conquista para a categoria do melhor índice de reajuste salarial do país, diante das empresas de engenharia e arquitetura consultiva. ∙ Ampliação de convênios. ∙ Acompanhamento da luta pela criação de um conselho próprio, cujo projeto está tramitando na Câmara Federal, e luta pela aprovação do piso salarial para os técnicos industriais de nível médio, em trânsito no Senado Federal desde 17 de junho de 2005.∙ Conquista do primeiro acordo coletivo de participação nos lucros e resultados (2004).

∙ Gestão 2004/2007. Novo sistema diretivo do Sintec-ES.∙ Pela primeira vez um técnico industrial ocupa o cargo de vice-presidente do Crea-ES, o técnico industrial em Agrimensura, Aloísio Carnielli (2006).∙ Pela primeira vez um técnico industrial, Ronaldo Cruz, exerceu o cargo de presidente do Crea-ES. Ronaldo era vice-presidente do Conselho. No período eleitoral da entidade, em 2008, com o licenciamento do presidente Luis Fiorotti, o técnico ocupou e exerceu a presidência da entidade (2008).∙ Aumenta o número de representantes dos técnicos nas câmaras especializadas do Conselho. Cresce o número de profissionais registrados e o registro de cursos técnicos no Estado. É o momento em que a categoria amplia sua representação em função da necessidade de mão de obra técnica.∙ O Sintec-ES realiza pela primeira vez o Seminário dos Técnicos Industriais (Setec) durante a Semana Estadual de Ciência e Tecnologia. Foi o 4º Setec na 6ª Semana Estadual, em parceria com o Ifes e a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (2009). ∙ Sintec-ES realiza eleições da nova diretoria (2010). ∙ No meio do mandato, o tumulto e o descumprimento do estatuto da entidade ocasionaram a maioria da diretoria a remanejar o presidente João Carlos de Souza (janeiro de 2011). ∙ Assume a presidência o então vice-presidente Bernardino José Gomes. ∙ É reiniciado o processo de controle contábil e financeiro da entidade.∙ Manifesto do movimento sindical em apoio à atitude da direção do Sintec-ES.∙ 2012/2013 – Recuperação da credibilidade do sindicato junto ao movimento sindical.∙ Ampliação da sede do sindicato com a aquisição de mais três salas.∙ Em retaliação à participação dos técnicos nas eleições do Crea-ES, o presidente empossado e sua diretoria cassam a participação dos técnicos no Conselho.∙ O Sintec-ES inicia uma campanha para a retomada da representatividade, envolvendo também a luta junto às entidades nacionais da categoria, pelo direito à participação, pelo retorno ao Conselho ou pela criação do Conselho próprio.∙ Assinatura de novos convênios e melhoria das condições de outros em vigor, em benefício da categoria.

Primeira edição da revistaCenário Técnico (2006)

SÉCULO XX SÉCULO XXI

Uma das primeiras edições do informativo do Sintec-ES (1999)

LUTA E DEDICAÇÃO

Evento realizado pelo Sintec-ES, com a presença do então secretário de Meio Ambiente do

município da Serra, Renato Casagrande (em pé), atual governador do Estado.

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICOENTREVISTA | BRAZ PERTEL

Diretor do Centro de Especialização e

Desenvolvimento Técnico (Cedtec) traça um quadro

histórico sobre o crescimento da mão de obra especializada. Além disso, reforça a ideia que

transita no mercado, sobre a urgência na formação de

pro� ssionais com qualidade. Numa descontraída conversa com a Cenário Técnico, Pertel

expõe sua sincera opinião sobre a celeuma envolvendo Crea-

ES e Sintec-ES. Para o técnico em Mecânica, as partes devem

esgotar todas as possibilidades de diálogo e estabelecer um acordo pací� co, antes que o

racha aumente.

O DESCOBRIDOR DE JOVENS TÉCNICOS

CT: A sociedade brasileira está carente de mão de obra especializada?

Braz Pertel: A história da mão de obra ou da empregabilidade ou da carência de mão de obra, na verdade se confunde com a história econômica do país. Numa economia mais pujante, ativa, é natural que existam mais empregos. Ao contrário, quando um país, uma sociedade, economicamente, está numa fase de declínio, também o emprego ou a empregabilidade diminui. É natural, diretamente proporcional. O Brasil, até a década de 1970, viveu um regime de ditadura, mas economicamente o país viveu uma fase de crescimento. Em algum momento isso se chamou “milagre econômico”. Dos anos 1980 em diante, o Brasil, de um modo geral, e o mundo começaram a viver certa recessão. Aqui no Brasil chamamos os anos 80 de “a década perdida”. E os anos 90 não foram diferentes não. Não crescemos nos transportes, não crescemos na indústria, pouquíssimo nos projetos grandiosos. O que cresceu um pouco foi a agricultura no país. Fora isso, o país estagnou ou declinou. E naturalmente a empregabilidade também caiu. Chegamos a viver em alguns momentos índices de desemprego muito altos. E num clima como esse, é natural que as pessoas e as instituições e até o próprio governo tenham parado um pouco de investir na formação técnica. É nesse momento que as escolas técnicas federais passam a ser cefet’s, � nal dos anos 1980 e início dos anos 1990.

CT: Atualmente, Ifes...

Braz Pertel: Sim, Ifes. Os institutos passaram a ser centros de formação tecnológica com um foco mais no ensino superior. Médio e ensino superior. O ensino técnico foi deixado um pouco de lado. O país também naquele momento, na visão do governo federal, tinha uma necessidade de focar no ensino superior. Se olharmos o governo Fernando Henrique vamos ver que ele tem um foco claro na expansão das faculdades. Aí surgem faculdades no Brasil afora, de todo tipo. Umas boas, outras nem tanto, é uma difusão de faculdades e de cursos superiores... Por trás disso, havia a intenção de melhorar o nível da educação no Brasil. Era necessário apresentar aos órgãos internacionais um número de escolaridade maior, que o Brasil não tinha. Então, se facilitou muito o acesso às universidades, às faculdades, abriram-

ENTREVISTA | BRAZ PERTEL

se várias faculdades no país, buscando esse objetivo, de aumentar a escolaridade média do brasileiro. E o curso técnico não era prioridade. Não era. Quando, a partir do ano 2000 e, principalmente, a partir de 2003, não por acaso, mas com o advento do governo Lula, o país começa a viver uma fase de crescimento, até porque a questão in� acionária, econômica, tinha sido resolvida, de alguma forma no governo anterior. E o governo Lula entra e pega uma situação internacional e muito sabiamente estimula o crescimento interno. O país começa a viver uma fase de crescimento interno voltado para a infraestrutura e também para a exportação. A China é o grande comprador do mundo, impulsionando o crescimento de várias economias do mundo. Os Estados Unidos não estavam em crise, a Europa estava bem. Então, o Brasil era exportador, principalmente de commodities, mas também de algum produto manufaturado.

CT: E a mão de obra?

Braz Pertel: Ora, o país em crescimento, com a economia em crescimento, vai precisar de mão de obra. Mas cadê a mão de obra, se nos anos anteriores nós não investimos em mão de obra? Por que o país parou, estava em baixa? A economia estava em baixa? No início dos anos 2003 e 2004, o país de deparou com um problema grave. No momento de crescimento, a economia mundial favorável, o país com tudo para crescer, com tudo para desenvolver, com tudo para produzir e não tinha mão de obra. Então, a oposição, que é uma coisa que eu nunca gostei de repetir, dizia: “Isso é o apagão da mão de obra!” Assim como havia tido em 2001 e 2002, antes do Lula, o apagão da energia elétrica, por conta da falta de produção de energia elétrica. Na verdade, todo mundo procurava um apagão para mandar a conta. Depois nos deparamos com o apagão, o caos aéreo... A pessoa tem que ter um apagão para botar a culpa. Quando começamos a nos deparar com esse problema, as pessoas começaram a questionar por que não havia formação técnica. Ora, não havia mão de obra quali� cada porque isso não era prioridade em vinte, trinta anos anteriores. Não havia essa prioridade.

Formaríamos técnicos para quê, se o país não crescia? Mão de obra para a indústria, mas que indústria? Não existia um movimento de incremento da indústria. Não havia essa mão de obra quali� cada disponível. Houve uma chiadeira nacional de que sobravam empregos, existiam empregos, mas não existia mão de obra quali� cada. O Espírito Santo viveu isso de uma maneira mais forte. É preciso lembrar que aqui crescia muito mais vezes do que a média nacional. Algumas pessoas devem lembrar que fomos chamados de “A China do Brasil.” A nossa carência também era muito grande de mão de obra.

CT: O Cedtec surgiu, então, nessa época?

Braz Pertel: O Cedtec surge de 2003 para 2004. Por quê? Porque havia de nossa parte uma visão muito clara que esse país precisava de mão de obra e precisava reconstruir esse país ou às vezes até construir porque não existia, que parou durante vinte, trinta anos. Para isso, seria necessário mão de obra formada, de qualidade. Entramos, inicialmente com

cursos na área da indústria: Mecânica, Automação, Eletrotécnica, Edi� cações. E hoje temos 17 cursos. Começamos a alimentar o mercado com mão de obra quali� cada, já que era a tal carência de mão de obra. Aí, quando começamos a

Formaríamos técnicos para quê, se o país não crescia? Mão de obra

para a indústria, mas que indústria? Não existia um movimento de incremento

da indústria. Não havia essa mão de obra quali� cada

disponível.

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICO

formar técnicos, e antes de se formarem eles já estavam empregados, isso para nós não foi novidade, mas tinha gente que � cou até surpresa. Não era. Estava lógico. Trinta anos, sem formação de mão de obra, de repente a indústria é incrementada. Com as exportações aumentando, precisávamos de gente e... “cadê” esse pessoal? Não tinha. Esse foi o motivo do rápido crescimento do Cedtec. Ele surgiu exatamente no momento em que o Brasil precisava de mão de obra quali� cada. Daí o surgimento e o crescimento do Cedtec. Saímos de uma escola no � nal de 2004, passamos a três no Estado e uma franquia em Recife (PE).

CT: Onde esses novos pro� ssionais são mais aproveitados?

Braz Pertel: Nós já formamos cerca de 15 mil técnicos. Hoje, nas nossas escolas, temos aproximadamente 3.500 alunos estudando. A cada seis meses, formamos cerca de mil técnicos. No começo, o aluno começa a trabalhar na mão de obra local, ocupando os espaços no Estado. Hoje, temos muitos alunos na bacia de Campos, muitos alunos em grandes obras no Brasil. Em Pernambuco, temos uma escola lá. Nosso diretor

lá comentou que dois alunos daqui do Cedtec foram fazer uma visita lá. Então, esses alunos estão no Espírito Santo, em Minas (no Vale do Aço), no Sul da Bahia, no Rio de Janeiro. Tem gente no exterior, tem gente em Omã, recebemos e-mails de pessoas aí por fora. Mas, claro, o principal mercado abastecido foi e é o Espírito Santo. Mas ainda, apesar de ser abastecido, e continua sendo, a carência continua.

CT: Por quê?

Braz Pertel: Aí tem uma coisa interessante que vem acontecendo no Brasil, que é importante que a gente � que atento. O per� l do técnico não é muito diferente. O técnico continua basicamente com a mesma formação de antes. O curso técnico do Cedtec, a referência nossa, é o curso da Escola Técnica Federal, o Ifes. Mas o pro� ssional que atua na área é diferente. Há 30 anos, um técnico que se formava, depois de um estágio, de uma pequena experiência, ele praticamente

seria um líder, um encarregado, um gerente, um gestor. Ele ocupava um cargo de liderança de alguma forma. Engenheiro, técnico e operadores. Hoje, mudou muito. Para ter operador, é preciso ter um curso. O mecânico, só com o ensino fundamental, muitas vezes. Havia quinze, dez mecânicos e um técnico. Hoje todos os mecânicos têm formação técnica. Por quê? Porque como aumentou a oferta de mão de obra técnica, por conta de escolas, como o Cedtec e outras mais, que produziram essa mão de obra e abasteceram o mercado com essa mão de obra, o mercado passou a ser mais exigente. O empregador, a indústria, a empresa, ao contratar um mecânico, por exemplo, pensa: “Eu quero um mecânico, mas eu quero que ele tenha curso técnico.” Então, para ser mecânico, para ocupar muitas vezes uma condição básica de operação, hoje já é um pré-requisito ter um curso técnico. Quando eu me formei, como técnico em Mecânica, isso lá em 1980, eu � z um, dois, estágios por aqui e logo depois fui supervisor de uma empresa.

Depois, passei na Petrobras e segui minha carreira lá. Hoje, para se inscrever num concurso para o cargo de mecânico, por exemplo na Petrobras, tem que ter curso técnico. Na minha época, mecânico é quem tinha

O técnico tem o seu espaço dentro do Crea-ES e esse espaço não deve ser limitado ao simples pagamento de

anuidade. É inconcebível que o técnico possa votar e não possa ser votado,

embora algumas pessoas pensem assim.

ENTREVISTA | BRAZ PERTEL

Para fazer determinada função, não é importante ter apenas a parte prática. É importante ter uma base teórica para o curso técnico. Então, nós melhoramos o

nível de quali� cação.

ensino fundamental. Então o que é que aconteceu com isso? Aumentou o padrão, o nível da mão de obra. Estamos vivendo o padrão europeu, que viveu isso há 20, 30, 40 anos. Se você for à fábrica da Toyota, o camarada que aciona a parafusadeira pneumática é engenheiro. Lá é natural fazer curso de engenharia. Assim como aqui é natural hoje fazer um curso técnico. Para fazer determinada função, não é importante ter apenas a parte prática. É importante ter uma base teórica para o curso técnico. Então, nós melhoramos o nível de quali� cação. CT: Uma questão importante, no cenário atual.

Braz Pertel: Primeiro, que temos técnicos para suprir o mercado. Deixamos de ser somente escola técnica federal, que hoje é Ifes, que forma essa mão de obra, que forma 80, 100 técnicos por ano. O Cedtec forma dois mil ao ano. Então, temos mais técnicos no mercado e a indústria está mais exigente. Por quê? Porque estamos competindo com mercados internacionais. Viramos grandes exportadores. A exportação exige produtos com muita qualidade. Para produzir isso com muita qualidade, precisamos de mão de obra bem formada. Então, aquele pro� ssional, que é muito experiente e tem somente o ensino fundamental, ele está lá, mas está se aposentando. Quem entra hoje, no mínimo, tem que ter o curso técnico. No mínimo. Nem Ensino Médio vai resolver. Vamos chegar daqui a 10 anos, 20 anos, e a exigência vai ser um

curso superior. É natural. A mão de obra técnica foi e é muito necessária. Foi necessária numa época para um per� l de pro� ssional. Hoje, por conta da exigência do mercado, ela continua muito necessária. Um eletricista, necessariamente, é um técnico em eletrotécnica. Antes, eletricista era um eletricista, com uma formação básica, um curso de quali� cação. Às vezes nem isso, mas um camarada experiente. Hoje, não. Ele é eletricista, ele conhece,

mas ele tem uma formação técnica.

CT: Qual a sua avaliação sobre a participação do técnico no Sistema Confea/Crea? Como foi sua atuação como conselheiro no Crea-ES?

Braz Pertel: A minha experiência como conselheiro foi muito interessante. Eu fui conselheiro durante praticamente dois anos e no segundo semestre do ano passado eu já comecei a ter alguma di� culdade em relação à agenda pessoal, por conta dos meus compromissos da minha empresa. Eu tive muita di� culdade com relação à minha assiduidade, às plenárias... Então, já no � nal do ano passado, eu pedi meu desligamento. Eu não me representava, tampouco era representante do Cedtec. Eu era representante do Sintec-ES. A minha vaga era uma vaga do Sintec-ES. Eu conversei com o pessoal do Sintec-ES e expus as minhas di� culdades pessoais para continuar ocupando essa vaga e comparecendo às atividades normais de um conselheiro. Eu, pessoalmente, no Crea-ES, tenho ótimas lembranças. Fui muito bem recebido no Crea-ES, tenho amigos no Crea-ES, tanto na gestão administrativa quanto com os conselheiros. Aprendi muito, convivi nesses dois anos, foi um aprendizado bom

pra mim, pessoalmente. Então, daí eu, pessoalmente, Braz, não tenho nenhum problema, nenhuma restrição ao Crea-ES ou qualquer pessoa lá. Já no ano passado, eu percebi uma di� culdade, não minha, mas da instituição, do Sintec-ES, com relação à representatividade dentro do Crea-ES. Isso era muito claro. Depois das eleições, isso � cou muito nítido também. Eu acho que os técnicos e o Sintec-ES e o Crea-ES, é necessário que avaliem

com muita tranquilidade a situação do momento. Não é bom, não é saudável para ninguém, para os técnicos, o Sintec-ES, o Crea-ES, o sistema como um todo, essa divisão. Isso não é saudável. Isso não faz bem a ninguém. O técnico tem o seu espaço dentro do Crea-ES e esse espaço não deve ser limitado ao simples pagamento de anuidade. É inconcebível que o técnico possa votar e não possa ser votado, embora algumas pessoas pensem assim. Não é a maioria, não é unanimidade, mas algumas pessoas eu

percebo que pensam assim. Isso é um erro porque isso divide. Essa divisão não interessa a ninguém. Essa divisão enfraquece todo mundo. O melhor a ser feito, e precisa ser feito com urgência, é que as partes busquem o diálogo e procurem encontrar seus espaços dentro do sistema. Se isso não acontecer, eu temo, eu imagino que a divisão aumente e que o racha aumente. E aí nós vamos partir para ideias e caminhos muito divididos. Os técnicos de um lado, os engenheiros do outro... Isso não convém a ninguém! Acho que faltam mesmo interlocutores. Pessoas que possam juntar as partes e tentar chegar a um consenso de encontrar o espaço de cada um. Num processo eleitoral, é normal que haja divisões. É normal que as diferenças apareçam, mas o bom senso, a boa prática política, também nos ensina que passado o processo eleitoral é muito importante que as partes se juntem em nome da instituição. Eu imagino que alguém ou um grupo deveria procurar de novo essa coesão. Senão essas diferenças vão aumentar. Aumentarão e nós � caremos

ENTREVISTA | BRAZ PERTEL

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CENÁRIO TÉCNICO

muito distantes e essa distância, essa separação não nos interessa, não interessa a ninguém. Não vejo como os técnicos podem participar de um Conselho simplesmente como pagadores de anuidade. Não imagino isso. Se for para participar do Conselho, e eu defendo isso, que os técnicos ocupem uma posição digna, proporcional na sua importância dentro do sistema. Se for apenas pagando anuidade, então isso é menos importante. Podemos começar a partir, e já há um movimento nesse sentido, de criar outro conselho.

CT: Há uma boa parte que torce pela efetivação desse conselho.

Braz Pertel: Eu não penso assim. Acho que antes de deixarmos isso acontecer, devemos esgotar todas as possibilidades. É legítimo esse movimento, mas eu esgotaria todas as possibilidades antes disso. Se não for o caso, se não for possível, se realmente � car con� gurado que o técnico não é bem-vindo dentro do Crea, não tem o papel maior além de pagar a

anuidade, se ele se limita a isso, aí, sim, a busca de um caminho isolado é natural, de um caminho próprio é natural. Eu acho que deveríamos tentar esgotar todas as possibilidades para não chegarmos a um momento de racha de� nitivo que não fará bem para ninguém. Se o técnico tem sua importância, tem seu peso dentro

do sistema, e tem; se ele contribui, e contribui muito; se ele tem quantidade e é representativo dentro do sistema, e é; eu acho que a nossa atuação e composição dentro do Crea-ES, em nível de sistema, deveria ser proporcional a isso. Se não for assim, em algum momento esse racha vai se con� gurar e não é bom, não é saudável. Se for inevitável, faremos isso, caminharemos para outro rumo, outro destino e criaremos nosso conselho. De alguma forma, vamos estruturar isso. Eu acho que as alternativas não foram esgotadas. Há ainda espaço para diálogo, para que a gente se junte e retorne ao momento anterior. De uma forma muito serena se, ao avaliarmos e entendermos que não há espaço, que não há continuidade possível nesse modelo, eu acho que naturalmente o técnico vai procurar seu caminho, se estruturar e criar seu Conselho. Eu defendo que primeiro a gente esgote todas

as possibilidades.

CT: O Cedtec estabelece uma forte parceria com o Sintec-ES. Como acontece isso na prática?

Braz Pertel: A parceria com o Cedtec é natural. Nós formamos técnicos. O Sintec-ES é o sindicato dos técnicos. E este, sim, representa os técnicos em primeira instância. Nem todo técnico é � liado ao Crea-ES, como também no Crea-ES nem todos são técnicos. Naturalmente, o Sintec-ES é a casa dos técnicos. Eu acho que existe uma parceria antiga,

temos a� nidades. Temos convênios e descontos para � liados ao Sintec-ES. Dependentes também podem fazer. Para mim, é uma parceria tranquila, natural, necessária. Para nós é muito importante. Valorizamos muito isso. Eu defendo muito o seguinte: o técnico pode até não ser � liado ao Crea-ES mas

eu acho que ele deveria ser � liado ao sindicato. Comparecer ao sindicato é muito importante. Precisamos de união. Se queremos estar juntos no Crea-ES,

precisamos estar juntos no Sintec-ES. Aliás, antes do Crea-ES, o Sintec-ES. O Sintec-ES nos abriga, nos acolhe. O Crea-ES, às vezes nem tanto. Mas, o Sintec-ES, nos abriga. A parceria, eu acho fantástica. Fiz questão disso e mantenho e mais do que isso: eu defendo e sempre que eu posso eu falo aos alunos que eles procurem se � liar ao sindicato. É ali que encontramos nosso abrigo quando necessário. É ali que encontramos uma entidade que nos representa de fato quando é necessário. Eu acho que isso precisa ser mais difundido. Não vivemos mais naquele tempo daqueles sindicatos reivindicatórios, nos anos oitenta, noventa. As reivindicações são outras, eu compreendo, mas o trabalhador ter uma referência de sindicato é muito importante porque é dali que partem as grandes demandas. Um sindicato forte representa mais. Ele vai à luta. Então, a parceria é honrosa para nós e o Sintec-ES precisa cada vez mais ser fortalecido. Levar o técnico recém-formado e já formado à necessidade de � liação ao sindicato é muito importante.

ENTREVISTA | BRAZ PERTEL

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CENÁRIO TÉCNICO

A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Ales) abriu as portas para os Sintec-ES. Na noite do dia 23 de agosto, os técnicos industriais de nível médio foram agraciados com uma Sessão Solene, cuja propositura foi do deputado estadual Cláudio Vereza (PT). “Que o modelo seja inclusivo! Que a economia cresça, mas cresça também para a população de uma maneira geral”, a� rmou Vereza, ao saudar os técnicos que, para ele, fazem parte de uma caminhada importante para o desenvolvimento do Estado.

A sessão inaugurou as festividades do Jubileu de Prata do Sintec-ES. Dezesseis entidades estiveram presentes, de diversas localidades do País. O presidente do Sintec-ES, Bernardino José Gomes, agradeceu a presença de todos e lembrou que o sindicato é mais forte com a adesão das pessoas na luta, que é embasada pelo tripé: formação, emprego e salário justo. Fizeram parte da solenidade o ex-governador Gerson Camata, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Pro� ssional e Trabalho, Jadir Péla; o presidente da Organização Internacional dos Técnicos (Oitec/Brasil), Ricardo Nebas; o diretor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus Venda Nova do Imigrante, Aloísio Carnielli; o presidente da Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec), Wilson Wanderley Vieira; o diretor do Centro de Especialização e Desenvolvimento Técnico (Cedtec), Braz Pertel; o presidente da CUT-ES (Central Única dos Trabalhadores/Espírito Santo), José Carlos Nunes.

& Sessão Solene marca importância do Sintec-ES na sociedade e atrai técnicos de todo o Brasil

HOMENAGENS REENCONTROS

SESSÃO SOLENE

ANOS25SintecES

ANOSSintecES

Eu defendo muito o seguinte: o técnico pode até não ser

� liado ao Crea-ES mas eu acho que ele deveria ser � liado ao sindicato.

Comparecer ao sindicato é muito importante.

Precisamos de união. Se queremos estar juntos no

Crea-ES, precisamos estar juntos no Sintec-ES.

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SINTEC’SPRESENTES

NO EVENTO

1. DISTRITO FEDERAL 2. GOIÁS MARANHÃO 3. MINAS GERAIS4. PERNAMBUCO5. PIAUÍ6. RIO DE JANEIRO 7. RIO GRANDE DO NORTE 8. RIO GRANDE DO SUL 9. SÃO PAULO 10. SERGIPE

Aloísio Carnielli (Ifes/V. N. do Imigrante) e Heraldo Fogos (Sintec-ES)

Miguel Madeira (Sintec-ES) eDário Almeida (Sindtecnólogos- ES)

Ricardo Nerbas (Oitec/Brasil) e Aloísio Carnielli (Ifes/V. N. do Imigrante)

Aluyr Zon (Sintec-ES) e Antônio Carlos Balbino (Sintaes)

Sec. Jadir Péla (Sectti) eBernardino Gomes (Sintec-ES)

Portugal Salles (Sintec-ES) eAri Medina (Senge-ES)

Wesley Araújo (Sintec-ES) e Gilvan Nunes (Sintec-RN)

Miguel Madeira (Sintec-ES) e Edson W. Bernardes (Sinergia-ES)

Dep. Cláudio Vereza recebe homenagem de Bernardino Gomes ao lado do ex-governador Gerson Camata

Telmo Sodré (Sintec-ES) e Laurindo Peixoto (Sintec-PI)

Roberto Sampaio (Sintec-SE) e Kepler Daniel (Sintec-ES)

Wilson Wanderley Vieira (Fentec) e Bernardino Gomes (Sintec-ES)

Hudson Machado (Sintec-ES) e Rubens dos Santos (Ateesp)

Aluyr Zon (Sintec-ES) e Luís Dias (Sintec-GO)

Kepler Daniel (Sintec-ES) eNilson Rocha (Sintec-MG)

Valmir Xavier (Sintec-ES) e Hélio Cesar (Sintec-RJ)

Ricardo Nerbas (Oitec/Brasil) e Bernardino Gomes (Sintec-ES)

Miguel Madeira (Sintec-ES)e Gilberto Sakamoto (Sintec-SP)

Rubens dos Santos (Ateesp) e Portugal Salles (Sintec-ES)

José Carlos Nunes (CUT/ES) e Marciel Correia (Sintec-ES)

Aloísio Carnielli (Ifes/V. N. do Imigrante) e Bernardino Gomes (Sintec-ES)

• Organização Internacional dos Técnicos (Oitec/Brasil)

• Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)

• Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec)

• Conselho Nacional das Associações de Técnicos Industriais (Contae)

• Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profi ssional e Trabalho (Sectti)

• Central Única dos Trabalhadores (CUT/ES)

• Associação dos Tecnólogos do Espírito Santo (ATecnólogos-ES)

• Sindicato dos Tecnólogos do Espírito Santo (Sindtecnólogos-ES)

• Sindicato dos Técnicos Agrícolas de Nível Médio do Estado do Espírito Santo (Sintaes)

• Sindicato dos Trabalhadores em Energia (Sinergia-ES)

• Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo (Senge-ES)

• Associação dos Técnicos das Empresas Energéticas do Estado de São Paulo (Ateesp)

SESSÃO SOLENE

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CENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICO

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A SOCIEDADE QUER SABER A SOCIEDADE QUER SABER

O Sintec-ES está apostando na sua nova fase de crescimento. Para celebrar suas conquistas ao longo dos 25 anos de história, o sindicato está investindo em todos os segmentos, que possam bene� ciar os sindicalizados. Para ampliar suas decisões e discussões, além de apresentar à sociedade a agenda de atuais reivindicações, a diretoria do sindicato decidiu, por unanimidade, diversi� car sua área informativa. No início de 2013, as discussões foram se forti� cando até que, no segundo semestre, optou-se por trabalhar em parceria com uma agência de comunicação.

A MCâmara Comunicação está à frente da produção, sempre alinhando suas propostas às necessidades do Sintec-ES, no sentido de expressar da melhor forma possível o tema que está sendo focado pelos técnicos industriais, seja em nível local, regional, nacional ou internacional. Nesta seção, o leitor confere alguns exemplos do que vem sendo construído com essa parceria. A repercussão tem sido positiva, gerando críticas construtivas e sugestões do público. Que venham mais frutos em prol da luta do Sintec-ES!

ANS - 41.771-8

CAMPANHA CAMPANHA

Sintec-ES expandindo seus contatos nas mídias sociaisSintec-ES expandindo seus

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICO

O auditório do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), em Vitória, abrigou olhares atentos. Na manhã de sábado, no dia 24 de agosto, o tema foi atrativo para os participantes: “Exercício e Atribuição Pro� ssional”. Para grande parte dos debatedores e colaboradores, um momento para reforçar a luta e estabelecer mais união para os sindicalizados. A luta pelo piso salarial dos técnicos, claro, foi tema presente em diversos momentos. O an� trião do evento, o presidente do Sintec-ES, Bernardino José Gomes,

DESAFIOS DA PROFISSÃO

técnico em Eletrotécnica, lembrou que os técnicos, inseridos na categoria diferenciada, como pro� ssionais liberais, podem exercer livremente o exercício da pro� ssão, mas inseridos no Conselho. Segundo Bernardino, o Sintec-ES possui uma história de luta contra o entendimento de grandes empresas, corporativamente administradas por engenheiros. Para o presidente do sindicato, a formação técnica é necessária para a formação de um novo Brasil. “Temos que ir para as escolas, falar da importância dessa luta. Precisamos construir um futuro para esses jovens

Para o presidente da Oitec/Brasil (Organização dos Técnicos Industriais no Brasil), Ricardo Nerbas, a sociedade tem que estar informada sobre as ações dos Sintec’s. Em relação à política, Nerbas assegurou que os técnicos contam com projetos para apresentar à sociedade, pois representam uma parcela signi� cativa no Espírito Santo. “Estamos planejando nossos passos, nosso amanhã. Não adianta debatermos, discutirmos, se não levarmos para a sociedade. Esse grito tem que ecoar lá fora”, sinalizou Nerbas, técnico em Eletrotécnica e presidente do Sintec-RS.

O diretor do campus de Venda Nova do Imigrante do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Aloísio Carnielli, foi incisivo

JUBILEU DE PRATA

Compromissocom a sociedade

que estão chegando. É uma semente que estamos plantando”, explicou. Os técnicos industriais, em sua maioria, além de outros profissionais, parceiros, familiares e amigos, reuniram-se para refletir algo que estimula, enriquece e, ao mesmo tempo, inquieta e provoca longas discussões. “Nossa categoria cresce. Começamos a falar o que queremos, que é a proporcionalidade”, lembrou Wilson Wanderlei Vieira, técnico em Edificações e presidente da Fentec (Federação Nacional dos Técnicos Industriais).

Evento no Senac comemora o Jubileu de Prata do Sintec-ES com alinhamento nas reivindicações e união da categoria

nas suas palavras, principalmente sobre a atual relação do Crea-ES com o Sintec-ES. Para ele, há muitos que acham que os técnicos estão inscritos no Conselho prestando um favor, mas são os técnicos que estão movimentando o Sistema. “Aprendemos a fazer e fazemos. Somos muito comprometidos com o que vamos fazer. É uma categoria que não está preocupada com as aparências”, avisou Carnielli, técnico em Edi� cações.

O técnico em Mineração e Engenheiro de Minas, Antônio Nascimento, enfatizou que é impossível exercer a Engenharia sem a união de técnicos e engenheiros. “Em relação ao Sistema, a decisão de

afastamento dos técnicos foi equivocada. Há uma disputa de poder. A solução será tanto pela via jurídica quanto pela via política”, observou.

Edson Wilson Bernardes França, Edinho, técnico em Eletrotécnica e presidente do Sinergia-ES (Sindicato dos Trabalhadores em Energia/ES), garantiu que o desa� o dos técnicos é pensar na criação do conselho próprio, pois é a categoria que mais vem crescendo no Brasil. Edinho ainda reforçou: “Não tenho dúvida que essa oportunidade que o presidente do Crea-ES nos deu vai nos estimular e nos fortalecer.”

Público atento às explanações dos convidados

No Espírito Santo, o técnico em Mecânica Jadir Péla, atual secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Pro� ssional e Trabalho e presidente do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), foi o candidato indicado pelos técnicos. A maioria dos

A segunda parte do evento foi dedicada à legislação que ampara os técnicos. O assessor jurídico do Sintec-ES, o advogado Ben-Hur Farina, presidente do SindiAdvogados-ES (Sindicato dos Advogados do Estado do Espírito Santo) fez uma exposição de itens relacionados às atribuições dos técnicos no Sistema Confea/Crea.

O advogado explicou quais são os direitos dos técnicos em relação ao Sistema. A resposta da ação protocolada na Justiça Federal ainda está sendo aguardada. O Sintec-ES solicita uma explicação do Crea-ES, que acompanhou a decisão do Sistema Confea/Crea em afastar os técnicos do plenário do Conselho.

Alguns Crea’s no País adotaram postura semelhante, mas, na Região Sudeste, o Espírito Santo é o único dos quatro Estados que está passando por essa condição. Vale lembrar que os Crea’s que optaram por afastar os técnicos foram os que contaram, na última eleição, com um técnico na disputa para a presidência da autarquia no seu respectivo Estado.

JUBILEU DE PRATA

Proporcionalidade ou Conselho próprio?

Convidados no evento do Senac discutem os desa� os pro� ssionais dos técnicos

técnicos acredita que a decisão do Crea-ES demonstra um clima de retaliação e preconceito. Para os técnicos industriais presentes no evento realizado no Senac, a categoria não pode se comportar no Sistema como simples pagadora de anuidade. Os técnicos lutam pelo resgate à participação no plenário.

Amigos e familiares comemoram com almoço festivo e muita música

Bernardino Gomes, ao lado de Renato Lozer e Eduardo Junca Mileny com sua mãe Dirlene Reis , secretária de Imprensa e Comunicação do Sintec-ES

Paulo Rangel, um dos fundadores do Sintec-ES

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICO

JOSUÉ KING FERREIRA Presidente do Sindicato dos Portuários Avulsos de Capatazia, Arrumadores e dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral do Estado do Espírito Santo (Sindpaes)

MENSAGENS

As funções desempenhadas pelos técnicos industriais nos setores produtivos e de serviços colocam esses profi ssionais em posição de destaque na sociedade moderna, onde a tecnologia e o conhecimento ocupam papel central.

A importância dos técnicos foi reconhecida pelo ex-presidente Lula, que ampliou signifi cativamente a rede de Institutos Federais em todo o Brasil.

Na condição de profi ssional e dirigente sindical, eu tive a oportunidade de acompanhar de perto a criação do combativo Sintec-ES e conviver com várias diretorias do sindicato. O Sintec-ES sempre foi parceiro e aliado do Sindicato dos Engenheiros (Senge-ES) nas lutas e

PAULO BUBACHEngenheiro Eletricista

Ex-presidente do Crea-ES

MENSAGENS

Os metalúrgicos parabenizam o Sintec-ES pelos 25 anos de luta a favor da categoria. Ao longo desse tempo se mostrou um sindicato capaz e representativo, trazendo grandes avanços aos trabalhadores e se consolidando como um sindicato forte nas várias frentes de luta. A entidade conquistou voz, respeito e espaço no Estado. Parabéns, Sintec-ES! Estamos juntos na luta.

ROBERTO PEREIRAPresidente do Sindimetal-ES(Sindicato dos Metalúrgicosdo Espírito Santo)

Os sindicatos enfrentam grandes desafi os em busca de reconhecimento, valorização e melhores condições de trabalho para os trabalhadores. Essa é trajetória de luta dos técnicos capixabas pela emancipação e crescimento da profi ssão. Nós do Sinttel-ES saudamos os 25 anos de existência do Sintec-ES, certos de que estaremos juntos para contribuir ainda mais para o fortalecimento da classe trabalhadora do Estado.

NILSON HOFFMANN Presidente do Sinttel-ES

(Sindicato dos Trabalhadoresem Telecomunicações do

Espírito Santo)

A luta dos trabalhadores, ao longo da história, mostra a garra e a perseverança na busca da qualidade de vida. Implacáveis, marcaram sua presença em toda a sociedade. Prestar homenagem a uma instituição que completa 25 anos é muito mais que merecimento. É obrigação. Afi nal, o excelente trabalho social e político realizado pelo Sintec-ES, aos seus representados, é notório.

Parabéns, Sintec-ES e seus sindicalizados, pelo aniversário!

conquistas das categorias profi ssionais que representam.

Como presidente do Crea-ES e Conselheiro Federal junto ao Confea, sempre tive o apoio do Sintec-ES e das entidades nas ações em prol da valorização profi ssional e da defesa da sociedade.

Nesse momento em que o Sintec-ES comemora seu Jubileu de Prata, aproveito para felicitar toda a categoria, agradecer o apoio que sempre recebemos e desejar que a garantia de direitos e novas conquistas venham melhorar mais e mais as condições de vida e de trabalho. Parabéns, Sintec-ES!Parabéns, técnicos industriais!

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A importância dos Técnicos Industriais para o país está claramente traduzida no processo histórico do desenvolvimento do Brasil. É impossível que o Brasil se desenvolva sem a participação desses profi ssionais. Em especial, no momento em que o principal desafi o para esse desenvolvimento é dotar o país de toda a infraestrutura necessária e do domínio e da implementação de estratégicas tecnologias, condições sem as quais o país perderá o que já conquistou no mercado mundial de produtos primários e, principalmente, não lhe será permitido o acesso ao competitivo mercado de mercadorias com alto valor agregado.

O quadro descrito nos dá a verdadeira dimensão do signifi cado desses profi ssionais para o Sistema Confea/Crea, seja do ponto de vista do número de técnicos, que cresceu vigorosamente nos últimos anos com implantação de mais de duas centenas de Centros Federais de Educação Tecnológica por todo o país, seja pela contribuição desses profi ssionais nos debates sobre o exercício profi ssional, bem como pelas suas necessárias refl exões sobre o desenvolvimento brasileiro.

SÍLVIO ROBERTO

RAMOS Engenheiro Eletricista,

ex-presidente do Crea-ES

A Central Única dos Trabalhadores vê com muita alegria a organização dos técnicos industriais de nível médio se consolidando com a comemoração dos 25 anos do Sintec-ES. O sindicato está sempre presente nas atividades e luta da CUT, trazendo a experiência de companheiros e companheiras que têm história no movimento sindical capixaba e nacional, bem como trazendo a contribuição de novos quadros que vão surgindo ao longo dos anos.

A CUT Espírito Santo parabeniza o Sintec-ES em seu Jubileu de Prata e se confraterniza com todos os trabalhadores que compõem a sua categoria. E continuaremos juntos na defesa dos interesses de toda a classe trabalhadora do Espírito Santo, do Brasil e do mundo.Parabéns!

O Sintaes, representado pelo seu presidente, Toninho Balbino, saúda a todos os técnicos industriais capixabas e deseja uma gestão profícua ao presidente Bernadino Gomes e toda a diretoria, para continuar dignifi cando essa categoria, mantendo-a unida para enfrentar os desafi os que certamente aparecerão.

Um grande abraço a todos

os técnicos industriais!

ANTONIO CARLOS (TONINHO) BALBINOPresidente do Sintaes (Sindicato dos Técnicos Agrícolas de

Nível Médio do Estado do Espírito Santo)

JOSÉ CARLOS NUNESPresidente da CUT

Espírito Santo

A contribuição dos técnicos para a sociedade, eu diria ser fundamental para o atual estágio das plantas industriais, da tecnologia, da construção civil, do agronegócio e de todo o universo de serviços que sem a presença daqueles que literalmente fazem “a roda girar” não estaríamos no atual patamar de desenvolvimento, bem como serão fundamentais para que os grandes projetos de infraestrutura necessários para construir um Brasil maior e melhor se concretizem. Isto é o sufi ciente para demonstrar nossa importância, com sólidas contribuições nas Câmaras, nos plenários e nas diversas comissões dos Conselhos Regionais e do Conselho Federal, buscando sempre a valorização profi ssional.

WAGNER BARBOSA GOMESTécnico em EletrotécnicaDiretor administrativo/fi nanceiro da Cooptec (Cooperativa de Trabalho em Tecnologia, Educação e Gestão)Ex-conselheiro do Sintec-ES no Crea-ES

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICO

JADIR PÉLASecretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação

Profi ssional e Trabalho

E lá se vão 25 anos. Anos de muita conquista nas questões pela luta da valorização profi ssional dos técnicos, contribuindo para que a educação tecnológica assumisse valor estratégico no desenvolvimento do nosso Estado. Registro com muita alegria os meus parabéns pelos 25 anos do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio no Espírito Santo (Sintec-ES). Falo como alguém que acompanhou essa trajetória de crescimento do Sintec-ES, que hoje é um dos mais bem estruturados e organizados sindicatos da área tecnológica.

Em 2012, mais de 74 mil pessoas foram matriculadas no ensino técnico, de acordo com o Censo Escolar 2012 e com o Programa Integrado de Formação Profi ssional, Rede Formar. A meta é ofertar 160 mil vagas até 2014. São mais de R$ 100 bilhões em projetos para o Estado, previstos até 2015, para promover o desenvolvimento, gerando emprego e renda em todo o Estado.

Nesse cenário favorável, os técnicos encontram um mercado de trabalho amplo para atuarem. Como secretário, reafi rmo o compromisso do Governo do Espírito Santo em manter as portas abertas e investir para o desenvolvimento e valorização desses profi ssionais. Parabenizo a todos os técnicos do Espírito Santo na pessoa do atual presidente do sindicato, Bernardino José Gomes.

Proposta exclusiva da Benevix paraos associados do Sintec-ES

MENSAGENS

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CENÁRIO TÉCNICO CENÁRIO TÉCNICO

BINAO inventor do BINA (B que Identifi ca Número de A) marcou presença no 8º Seminário dos Técnicos Industriais (Setec). O técnico em Eletrotécnica e inventor Nélio Nicolai (foto), que descreveu sua árdua trajetória política e jurídica na luta pelo aval da sua invenção, merece nosso reconhecimento.

CURTO-CIRCUITO

Viagem ProdutivaUma importante comitiva do Espírito Santo esteve presente na 70ª Semana Ofi cial da Engenharia e da Arquitetura (Soea) e no 8º Congresso Nacional de Profi ssionais (CNP), em Gramado (RS), no período de 9 a 12 de setembro. Além do reencontro com amigos e parceiros de luta, os técnicos industriais também fi zeram da ocasião um bom momento para reivindicar seus direitos.

Convênio MultivixO Sintec-ES e a faculdade Multivix estão fechando um convênio para os sindicalizados e dependentes. Mais benefício para a categoria. Na foto, a supervisora do Call Center/Comercial/Marketing da faculdade, Natália Santos.

Plano de saúdeO plano de saúde Unimed está reativado, com sua nova tabela de descontos, para os sindicalizados. Mais uma conquista do Sintec-ES.

ODM SERRAParticipantes do Seminário de Municipalização dos ODM, na Serra, estão em sintonia. A sociedade civil organizada está se mobilizando por um mundo melhor. Na foto acima, o técnico industrial Telmo Sodré (à dir.), coordenador do núcleo ODM Brasil no Espírito Santo, e os colaboradores do programa. Na foto ao lado, o técnico industrial José Carlos Pigatti (em pé), representante do município da Serra no núcleo estadual, comemora a adesão dos profi ssionais.

CURTO-CIRCUITO

ODM no SetecOs Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), programa desenvolvido pela ONU, está sendo trabalhado em vários Estados brasileiros. A ampliação pela educação e acesso às comunidades mais desassistidas é uma das metas. No Espírito Santo, o programa conta com diversas parcerias, tanto de empresas públicas quanto privadas. No 8º Setec, os ODM serão difundidos em atividades educativas, como minicursos, oferecidos pela Faculdade Salesiana. Com essa ação, a faculdade está cumprindo o objetivo 8. (Veja artigo na página 28.)

BBO Banco do Brasil (BB) também é uma das instituições parceiras, em nível nacional. Andressa Pimenta Ribeiro Costa (foto), da Gerência Regional de Gestão de Pessoas do BB, em Vitória, está engajada no trabalho e garante que é um desafi o positivo. Os projetos orientados pelas empresas auxiliam, por exemplo, prefeituras que tinham grandes ideias, mas não sabiam como colocá-las em prática.

Innventa World O veterinário e inventor Marcelo Vivacqua (foto), idealizador da feira Inventa Brasil e fundador da Associação Brasileira de Inventores e Pesquisadores

Inovadores Rurais (Abipir), comemora o sucesso da feira e transformação do evento em Innova World, que tem muito a ver com os ODM. O projeto conta com o lema: “Transferindo tecnologia sustentável com responsabilidade social”. Marcelo é Medalha de Ouro na Feira de Genebra, Suíça. Ele apresentou o Orcante, produto que substitui a quimioterapia e a radioterapia no tratamento do câncer de mama em animais.

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Pessoal do Sintec-ESMariana Prates, Dina Santos, Bernardino Gomes e Ihani Vasconcelos: alegria nas comemorações do Jubileu de Prata.

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CENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICOCENÁRIO TÉCNICO

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SINTEC-ES: 25 ANOSCOM NOVOS DESAFIOS

EDSON WILSON BERNARDES FRANÇA (Edinho), presidente do Sinergia-ES (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas em Energia)

O cenário para os pro� ssionais técnicos no Brasil é promissor, pois a demanda por esses trabalhadores está cada vez maior. O Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo Senai, divulgou

que serão necessários 7,2 milhões desses pro� ssionais para atuarem no setor até 2015. No Espírito Santo, a situação não é diferente. Hoje, o Crea-ES tem cerca de 15 mil técnicos registrados.

A procura por esses pro� ssionais tem levado os governos Estadual e Federal a criar vários programas de formação de técnicos para suprir as necessidades das empresas. Exemplo disso é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do Ministério da Educação que, desde sua criação em 2011, já registrou quatro milhões de matrículas em todas as modalidades de cursos.

Na contramão dessa conjuntura positiva de geração de emprego, valorização e reconhecimento da mão de obra técnica e dos investimentos federais e estaduais na formação de técnicos, no Espírito Santo essa categoria sofreu um grande golpe na sua representação, quando o Crea-ES decidiu excluir esses pro� ssionais do seu Plenário de Conselheiros e das Câmaras Especializadas.

Depois da luta dos negros por liberdade e das mulheres por igualdade, em um momento que a sociedade se mobiliza e vai às ruas clamando transparência e participação, estamos vendo os técnicos serem segregados de seus direitos de voz e voto e, consequentemente, do processo eleitoral no Conselho Regional.

Além da representação sindical, resgatar a participação dos técnicos no Conselho de Pro� ssionais de que fazem parte é uma das principais lutas atuais, que está sendo travada pelo Sintec-ES na defesa dos direitos e interesses desses (as) trabalhadores (as) no Estado. A entidade está completando 25 anos e o trabalho realizado pela atual direção e anteriores direções merece o respeito e a con� ança de toda a categoria.

Parabéns, Sintec-ES!

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H oje no Brasil, para quem quer ter um bom salário, é importante ter um curso técnico. Em um país onde não se tem um investimento muito grande na formação de trabalhadores

capacitados e ainda parte da população não quer estudar e, por isso, � ca para trás no mercado de trabalho, por conta do comodismo, hoje vemos muitas oportunidades oferecidas pelo governo em investimento dos cursos técnicos, já que existe uma grande demanda.

Atualmente, um pro� ssional com curso técnico está muito disputado no mercado, pela escassez de pessoas preparadas.

Ao contrário da universidade, que dá uma visão ampla de conhecimento, permitindo a formação de pesquisadores ou cientistas, o objetivo de um curso técnico é outro: formar pessoas para o mercado de trabalho; por esse motivo, os cursos técnicos são muito mais focados na prática, sendo muitos 100% práticos, a� nal, o objetivo maior é formar trabalhadores preparados para ingressarem na área desejada.

Está mais do que comprovado que quem possui um curso técnico ou um curso de quali� cação pro� ssional tem uma grande chance de encontrar um mercado de trabalho que está em alta no nosso país.

Quanto ao sistema Confea/Crea, entendo que o técnico tem que ter sua regularização perante o sistema do qual faz parte. Hoje não vejo o sistema Confea/Crea atendendo com o devido cuidado que merece o técnico. No nosso caso, no Crea-ES, na atual gestão houve um grande retrocesso nas conquistas que os técnicos obtiveram nos últimos 18 anos.

Conquistamos um espaço que é nosso por direito e nesse tempo tive o privilégio de poder representar os pro� ssionais técnicos por dois mandatos, como Conselheiro e Coordenador Adjunto da Câmara Elétrica. Esse espaço está nos sendo tirado, estamos retrocedendo a um tempo onde os técnicos só tinham a obrigação de pagar as anuidades e não tinham direitos, como fazer parte da composição do Conselho.

Hoje somos maioria dentro do Conselho aqui no Estado e nossos direitos de termos representantes estão nos sendo tirados. Assim sendo, entendo que a saída para os técnicos é a luta para o Conselho próprio, inclusive, já existe um Projeto de Lei tramitando no Congresso Nacional para a criação do Conselho dos Técnicos Industriais. É uma luta que todo técnico tem que ter consciência dela, pois ela começou um dia com grandes companheiros nossos que colocaram seus sonhos nessa causa, para chegarmos onde estamos hoje.

LUTAR COM CONSCIÊNCIA

JOSÉ JOAQUIM DASILVA GONÇALVES,

Técnico em Eletrotécnica, Ex-diretor do Sintec-ES e

Ex-conselheiro do Crea-ES

ARTIGO ARTIGO

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CENÁRIO TÉCNICO

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A Lei Nº 12506/2011, que dispõe sobre os novos prazos para concessão do aviso prévio, bem como os critérios de cálculo, alterou somente em parte o artigo 487 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Veja o que diz a lei nº12506/2011:

Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto nº 5452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção 30 (trinta) dias aos empregados que contêm até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.

Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos de 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de 90 (noventa) dias.

Desta forma, são assegurados ao trabalhador, a cada ano trabalhado, três dias de indenização sem que tenha que trabalhar.

O objetivo do aviso prévio é assegurar ao empregado dispensado sem justa causa e cujo contrato seja por prazo indeterminado a capacidade de mantença de sua subsistência por determinado período e a

possibilidade de que, neste prazo, alcance sua recolocação no mercado de trabalho.

Antes do advento da Lei 12.506/11, o aviso prévio era de 30 dias, e essa regra não mudou o aviso prévio para efeito de prestação de serviços. O que mudou foi a forma pela qual passa a ser calculado o valor do aviso prévio.

O empregado continua tendo direito à redução de sete dias corridos ou duas horas diárias em caso de dispensa com aviso prévio proporcional trabalhado. Não há proporcionalidade nesse caso.

Portanto, o aviso prévio indenizado deverá ser pago com acréscimo da proporcionalidade da lei e o aviso prévio deverá ser cumprido, sob pena de que possa se criar um problema maior, como perder o prazo para pagamento da rescisão, gerando a multa do artigo 477 da CLT – e ter que pagar mais um salário a favor do empregado. Logo, se o trabalhador permaneceu três anos na empresa e foi dispensado, ele cumprirá 30 dias de aviso prévio, e indenizará nove dias.

Desta forma, o Sintec-ES orienta aos técnicos que o aviso prévio indenizado, previsto na Lei nº 12.506/11, não deverá ser trabalhado.

AVISO PRÉVIOBEN-HUR FARINA,

Assessor jurídico do Sintec-ES

ARTIGO

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CENÁRIO TÉCNICO

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O Sintec-ES tem como objetivo defender os interesses econômicos, profi ssionais, sociais e políticos de seus associados,

além de oferecer atividades voltadas para o aperfeiçoamento profi ssional, como palestras, reuniões e cursos.

A IMPORTÂNCIA DESER SINDICALIZADO

Ao fi liar-se ao Sintec-ES, o técnico industrial começa a fazer parte de um grupo com objetivos em comum: salário

digno, melhores condições de trabalho, benefícios, perspectivas de crescimento na carreira, estabilidade,

relações de trabalho democráticas, dentre outros.

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SINDICALIZE-SE!FORTALEÇA NOSSA LUTA!

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DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO

JOSÉ CARLOS PIGATTI, Técnico em Eletrotécnica e Representante do município da Serra no núcleo estadual do Programa ODM Brasil

Aproveito esta oportunidade para parabenizar a direção do Sintec-ES, na pessoa do seu presidente, Bernardino Gomes, por colocar o nosso sindicato no debate das questões estratégicas da nossa sociedade, questões importantes não somente para nós, técnicos, mas para toda a sociedade, mostrando que o movimento sindical deve lutar pelas questões corporativas de sua categoria. Algumas dessas questões são o reconhecimento econômico da nossa atividade e o reconhecimento pro� ssional, sem perder de vista a transformação da sociedade, provando que o técnico tem um papel fundamental nesta transformação quando coloca seu conhecimento a serviço da melhoria do nosso planeta.

O Sintec-ES tem se colocado parceiro das principais atividades que buscam a construção de uma cultura de paz, do fortalecimento da democracia e a construção de uma sociedade justa para todos. Enquanto o Crea-ES também tinha essa mesma � loso� a, em parceria com o Confea, eram nossos técnicos do Sintec-ES que assumiam essa postura e compromisso, trazendo para o Espírito Santo o Projeto Pensar o Brasil, na luta do nosso representante em Brasília, o nosso companheiro Miguel Madeira. Agora com o afastamento do Confea e do Crea-ES das lutas pela transformação da sociedade, esse projeto está esquecido no fundo das gavetas dessas instituições, que agora se limitam somente às questões corporativas, como se os pro� ssionais vivessem fora da realidade da nossa sociedade.

O Sintec-ES, com uma visão mais ampla de democracia e participação social para a transformação do mundo, com melhoria da qualidade de vida para todo ser humano, enfrenta as di� culdades e continua sua luta em busca de uma vida melhor para todos. O Sintec-ES agora dirige aqui no Espírito Santo o programa da ONU para o desenvolvimento sustentável, os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), com os Oito Jeitos de Mudar o Mundo, sob a coordenação no Espírito Santo do técnico e dirigente do Sintec-ES, Telmo Sodré, por meio de quem parabenizo toda a direção por mais este compromisso com a nossa sociedade, principalmente com aqueles que mais precisam de nossa luta. É assim que se faz cidadania, com democracia e participação.

No Espírito Santo, para facilitar essas adesões, foi criado o Núcleo ODM-ES. O núcleo articula a adesão dos municípios a esse importante compromisso de agenda com o desenvolvimento do planeta no século 21, com a assinatura do prefeito de cada cidade com os Objetivos do Milênio. Para dar continuidade a esse processo tão importante são promovidos Seminários de Municipalização dos Objetivos do Milênio. Cada seminário é aberto a toda sociedade e são envolvidos todos os setores de tenham este mesmo compromisso: o poder público, por meio do prefeito e servidores, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada, por meio de suas lideranças e organizações constituídas.

Cada município, segundo sua realidade, para cada um dos objetivos, de� ne metas a serem alcançadas e indicadores que balizam e medem o alcance dessas metas. Ao poder público cabe a implementação de políticas públicas direcionadas para essas metas. À iniciativa privada cabem a parceria e a

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO (ODM):1 - Acabar com a fome e a miséria;

2 - Educação básica de qualidade;

3 - Igualdade entre os sexos e a valorização da mulher;

4 - Reduzir a mortalidade infantil;

5 - Melhorar a saúde das gestantes;

6 - Combater a AIDS, a malária e outras doenças;

7 - Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;

8 - Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

Adesão de 191 países aos objetivos.

fomentação das atividades nesta direção, tanto em sua organização, quanto na sociedade. Aos cidadãos e cidadãs cabem a participação e o controle social destas políticas e ações sociais. Como exemplo, cabe citar que ao poder público devemos cobrar a implantação de escolas e postos de saúde e aos cidadãos cabe o compromisso de matricular as crianças em idade escolar e acompanhá-las nesta atividade, além de prevenir todos os tipos de doenças, principalmente mantendo em dia suas vacinas.

O programa é apoiado pela Secretaria Geral da Presidência da República, que coordena os ODM no Brasil, e pelo Movimento Nacional de Cidadania e Solidariedade (MNCS). No Espírito Santo, já tivemos algumas experiências já premiadas, graças ao bom trabalho do nosso núcleo ODM-ES. O Sintec-ES, por meio do Núcleo ODM-ES, está facilitando o debate da sociedade civil sobre cada um dos Objetivos do Milênio em nossos municípios, quando de� nimos metas e indicadores para cada um dos temas. No ano de 2013 já foram realizados três seminários no Estado e a meta do núcleo é realizar 10 seminários ainda este ano, distribuídos nas regiões Norte, Sul e Grande Vitória.

O lema dos núcleos dos Objetivos do Milênio nos Estados e municípios é JUNTOS NÓS PODEMOS.

Parabéns ao Sintec-ES por mais esta luta, parabéns aos técnicos do Estado que ainda acreditam que JUNTOS NÓS PODEMOS transformar nossa sociedade! Isso se dará por meio da nossa participação e ação concreta, nas atividades do dia a dia.

Maiores informações nos sites:

www.odmbrasil .gov.br

www.nospodemos.org.br

www.pnud.org.br

www.portalodm.com.br

www.portalfederativo.gov.br

www.agendacompromissoodm.planejamento.gov.br

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