revista 1000 maiores

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750 maiores distrito de Coimbra 50 maiores distrito de Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Leiria e Viseu 100 maiores exportadoras do Centro 1000 maiores empresas do Centro Portugal 2020 e o novo quadro comunitário de apoio o meu jornal, a minha região edição: alto patrocínio: apoio: Esta revista faz parte integrante do DIÁRIO AS BEIRAS de 2014 e não pode ser vendida separadamente 1000 maiores empresas do Centro 750 maiores empresas do distrito de Coimbra 50 maiores empresas do distrito de Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Leiria e Viseu 100 maiores exportadoras do Centro

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revista 1000 maiores do centro

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    750 maiores distrito de Coimbra

    50 maiores distrito de Aveiro,

    Castelo Branco,

    Guarda, Leiria e Viseu

    100 maiores exportadoras do Centro

    750 maiores

    50 maiores

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    1000 maiores empresas do Centro

    Portugal 2020 e o novo quadro comunitrio de apoio

    o meu jornal, a minha regio

    edio: alto patrocnio: apoio:

    Esta revista faz parte integrante do DIRIO AS BEIRAS de 2014 e no pode ser vendida separadamente

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  • EMPRESAS DO CENTRO 1000 MAIORES | DIRIOASBEIRAS | 1

    DIRETOR Agostinh o Franklin SUBDIRETORA Eduarda Macrio COORDENADORA COMERCIAL Ana Paula Ramos COORDENADORA DEP. GRFICO Carla Fonseca TEXTOS Antnio Rosado e Eduarda Macrio FOTOS Carlos Jorge Monteiro e Lus CarregCONTACTOS: SEDE: Rua Abel Dias Urbano, n. 4 - 2. 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, Telem: 962 107 682 fax 239 980 288, [email protected] REDAO Tel. 239 980 280, Fax 239 983 574, [email protected] PUBLICIDADE tel. 239 980 287, fax 239 980 281, [email protected] CLASSIFICADOS tel. 239 980 290, fax 239 980 281, [email protected] ASSINATURAS tel. 239 980 289, [email protected]

    o meu jornal, a minha regio

    PROPRIEDADESojormedia Beiras SA

    ndice

    02 Poiares Maduro: Portugal 2020 uma grande oportunidade para a economia

    12 Ana Abrunhosa: Excelente oportunidade

    14 Jos Couto: A hora das empresas

    16 Pedro Machado: Um destino mais maduro

    18 Joo Atade: Viso e estratgia regional

    20 Joo Gabriel Silva: a vez do conhecimento

    22 Rui Antunes: Cativar mais estrangeiros

    24 Leonardo Mathias: Portugal o exemplo para outros paises com desafi os idnticos

    29 Fernando Castro: a oportunidade para modernizao das empresas da regio de Aveiro

    30 Jorge Santos: Uma oportunidade para reforar a competividade

    31 Anlises e rankings - Maiores empresas da regio Centro - Maiores empresas do distrito de Coimbra - Maiores empresas dos concelhos de Coimbra - Maiores empresas por setor - Maiores empresas dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Leiria e Viseu - Maiores empresas exportadoras do Centro

    Arevista que hoje apresentamos aos nossos le i tores ilustra o dinamis-mo econmico da nossa regio e reflete a preocu-pao que o novo

    quadro comunitrio pode introduzir no aprofundamento e solidifi cao do nosso tecido econmico.Como aqui referido, as orientaes do novo quadro comunitrio representam possibilidades de aprofundamento da atividade econmica, agora focado na dimenso dos resultados atingidos como forma de validao desse mesmo funcio-namento. o apelo a uma competividade inteli-gente, potenciando os recursos existen-tes nas regies, otimizando o fator huma-no na ativao desse desenvolvimento., portanto, a interrupo do fi nancia-mento ao beto e construo de equipa-mentos, como se verifi cou em quadros de fi nanciamento anteriores, e a valorizao da produtividade, do aumento de empre-gabilidade e, igualmente, do elemento exportao na atividade das empresas.

    Este tipo de desideratos exigir uma vi-so de conjunto mais alargada, integran-do inteligentemente as componentes socioeconmicas, desde a dimenso turstica s suas formas cada vez mais presentes de dinamizao da atividade econmica, dimenso da produo de conhecimento e inovao na qual as instituies de ensino superior podero desempenhar funo determinante e proativa, mas igualmente, e sobretudo, as empresas a quem compete aumentar a capacidade produtiva e isso implica-r, obviamente, o alargamento a novos mercados , a novos espaos de afirma-o econmica, internacionalizao, portanto.Por isso o quadro 2020 se pode confi gu-rar em oportunidade para o desenvol-vimento regional, e na medida em que sirva de fator de apoio (dinmico) para os interventores ou promotores de todo este processo.A informao que Ana Abrunhosa refe-re, relativamente taxa de resposta aos pedidos de financiamento realizados, deixa boas indicaes sobre esta janela de possibilidades que o quadro de fi nan-ciamento 2020 pode vir a ser.

    Agostinho Franklindiretor

    editorial

    Portugal 2020agregar interlocutorespotenciar desenvolvimento

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    O que o Programa 2020?O Programa 2020 o programa atravs do

    qual ns distribumos as verbas do prximo ciclo de fundos europeus e definimos as regras e os financiamentos a atribuir. Por-tanto, prioridades, como competitividade, internacionalizao, coeso social, capital humano, verbas que lhe so atribudas, o tipo de projetos que podem ser aprovados com base nestas verbas, as condies de ava-liao e de atribuio do dinheiro, os pro-cessos de deciso onde fizemos um esforo muito grande de simplificao. Tudo isto o Portugal 2020. Digamos que o grande instrumento de investimento pblico para os prximos sete anos e o grande instru-mento, nessa medida tambm, de reforma do Estado, da economia e da sociedade.

    E porqu Portugal 2020 se comea em 15?No comea necessariamente a 15, come-

    a ainda este ano, uma vez que ainda vamos abrir por estas semanas. O que acontece com os fundos que a data de incio de um programa aquela em que arranca a nego-ciao com a Comisso Europeia e, por isso, que demoram, frequentemente, muitos meses, em muitos estados, at dois anos, at estar concluda essa negociao e comear a aplicao dos fundos na economia. E por essa mesma razo tambm que os fundos do ciclo anterior continuam a ser injetados na economia ao longo de dois anos para alm do seu final. Ou seja, neste caso, quan-do ns falamos de 2020, na realidade ns vamos aplicar estes fundos at 2022. O que estamos a fazer no caso portugus a ace-lerar o processo de programao. Estamos a ser dos primeiros estados que vai colocar em funcionamento o seu novo programa de fundos, significando isso que vamos ter, durante mais de um ano, simultaneamen-

    te, em aplicao fundos do anterior e do novo quadro. E, portanto, com um impacto ainda maior de injeo de investimento na economia. Ouvimos recentemente um lder da oposio dizer que havia pouca utilizao dos fundos em Portugal e que, portanto, os estaria a desperdiar. Mas, na realidade, Portugal tem a melhor taxa de aplicao dos fundos de todos os estados da Unio Europeia.

    O que permitiu acelerar os processos?Um esforo muito grande da nossa admi-

    nistrao pblica, de todas as pessoas que trabalham em fundos, no sentido de, quer no mbito de preparao dos programas, da definio das polticas, dos critrios de aplicao, das linhas de investimento, quer depois da sua negociao com Bruxelas, houve um esforo muito grande de todos para o fazermos com a maior celeridade

    Programa Operacional do Centro tem como grandes prioridades a competitividade e a transformao da economia, no sentido de a fazer crescer com mais empresas exportadoras ou que substituem importaes. Em entrevista ao DIRIO AS BEIRAS, o ministro do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, reconhece a grande oportunidade para o pas

    Portugal 2020 uma grande oportunidade para a economia

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    possvel. Sendo que, ao mesmo tempo, pro-curmos tambm, ter um processo o mais participado possvel. Nunca houve tantas entidades consultadas e tantas vezes relati-vamente programao dos fundos. Muitas vezes com prazos curtos para ns podermos cumprir com esta celeridade, certo. Mas, nunca houve um programa que fosse ao mesmo tempo to participado e to clere, que nos vai permitir antes do final do ano estar em condies de comear a abrir os primeiros avisos e concursos.

    A Associao Nacional de Municpios Portu-gueses emitiu um comunicado a queixar-se de que no teria sido ouvida em todo o processo.A Associao Nacional de Municpios foi

    ouvida vrias vezes na preparao do acor-do de parceria, foi ouvida relativamente aos programas operacionais e ser tambm ouvida relativamente aos regulamentos especficos que, presumo, ser a isso que se refeririam no comunicado que aponta. Sendo que s ser ouvida relativamente a esse ponto quando tivermos uma primeira verso completa, o que dever acontecer mesmo antes da publicao desta entrevis-ta. A ANMP, tal como outras entidades, ser ouvida relativamente aos regulamentos especficos. Como eu disse, o facto de ns

    termos os prazos muito curtos para colo-carmos este programa em funcionamen-to, implica que os avisos que damos para as entidades a ouvir tero que ser curtos, tambm.

    Estamos a falar de que valores?Estamos a falar em quase 26 mil milhes

    de euros, o total dos fundos que vamos receber ao longo dos prximos quatro anos.

    E quando falamos na regio Centro?S o programa operacional da regio Cen-

    tro vai ter volta de dois mil e 200 milhes de euros. um crescimento de 24 ou 25 por cento relativamente ao quadro anterior. H, portanto, um reforo muito importante do programa operacional para a regio Centro. Mas, sendo esta uma regio de convergn-cia, tambm vai beneficiar dos fundos dos programas operacionais temticos. Temos programa regionais para o Norte, para o Centro, para Lisboa e Vale do Tejo, para o Alentejo, para o Algarve, para a Madeira e os Aores. Depois, teremos programa te-mticos como a competitividade, a interna-cionalizao, a sustentabilidade e eficincia no uso de recursos que so programas aos quais projetos das regies de convergncia e apenas estas, Norte, Centro, Alentejo e

    Aores, podem concorrer. Portanto, no mbito destes programas o Centro ain-da ter acesso a muitos mais montantes financeiros para alm do seu Programa Operacional especfico.

    O que que se pode perspetivar para esta re-gio ao longo deste novo quadro comunitrio?O Programa Operacional do Centro tem

    como grandes prioridades, em grande par-te, as mesmas que foram definidas para todo o pas. Sendo que a principal de todas a competitividade e a transformao da eco-nomia e, nesse mbito, o apoio a Pequenas e Mdias Empresas, transformao do nosso tecido empresarial para o setor dos bens e servios transacionveis, porque dessa forma que ns conseguimos crescer com mais empresas exportadoras ou que subs-tituem importaes. Portanto, crescer sem causar desequilbrios externos. O grande problema que o pas teve classicamente foi a circunstncia de, mesmo quando crescemos no passado, crescemos com desequilbrio externo. E, portanto, produzamos menos do que aquilo que consumamos, no ex-portvamos, endividvamo-nos , crivamos desequilbrio externo e depois terminva-mos em situao de crise financeira como aquela que o pas ainda est a ultrapassar.

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    E como inverter essa realidade?O grande instrumento que temos para criar empre-

    go, crescer economicamente, faz-lo com sustentabi-lidade, a transformao do nosso tecido produtivo para um tecido produtivo que assente mais em inovao, em capacidade exportadora, numa capa-cidade de comercializao dos produtos, em maior incorporao de conhecimentos do sistema cient-fico nas empresas. E para essa transformao da nossa economia que temos que dirigir a maior parte dos prximos fundos europeus. E isso que vamos fazer. O pas, em matria de infraestruturas, de equi-pamentos pblicos, j est acima da mdia europeia. O que foi muito positivo para o pas nos anos aps a adeso Comunidade Europeia, permitindo-nos durante muitos anos convergir com a Europa. De-pois de 2000, o pas voltou a divergir com a Europa, e aps a nossa adeso ao euro, estagnmos econo-micamente e tivemos mais de uma dcada em que a nossa estagnao econmica s tem comparao com a grande depresso norte-americana que diz bem a ideia da profundidade da crise econmica que o pas j sofria independentemente de ela s se ter concretizado numa grave crise financeira em 2011.

    Com um pas ainda em crise, embora noutro patamar, quais so os verdadeiros desafios?O nosso grande desafio a competitividade e a

    internacionalizao da nossa economia. para isso que vai grande parte dos fundos. A outra grande prioridade que, tambm se vai verificar no Centro, a incluso social. As verbas para a incluso social quase que triplicam no programa Portugal 2020, face ao quadro comunitrio anterior. E isso bem sinal da importncia que damos ao combate, por um lado, de problemas e desafios que enfrentamos novos como o envelhecimento da populao, a desertificao de grande parte do territrio, novas formas de excluso social, mas tambm necessi-dade de continuarmos a combater e melhorar em reas como o combate ao abandono e ao insucesso escolar e um outro problema que existe h muitas dcadas que a circunstncia de sermos um dos pases mais desiguais da Europa e um dos pases com menos mobilidade social, onde quem nasce pobre mais dificuldade tem em subir na vida.

    Quem vai gerir esses fundos? So diferentes autoridades de gesto dos diferen-

    tes programas operacionais que estamos agora a selecionar. Desde logo, os programas regionais so geridos pelas autoridades de gesto dos progra-mas regionais com um papel muito importante da Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional do Centro. Portanto, nunca tantos fundos foram geridos com maior proximidade das popu-laes ao nvel regional. Houve um reforo global dos programas regionais, o que significa que h

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    uma grandes desconcentrao ou descentralizao, se quiser, na gesto dos fundos. Essa uma grande mu-dana que significativa. A segunda que na escolha das entidades e autoridades de gesto dos diferentes programas operacionais temticos, competitividade, internacionalizao, incluso social, emprego, sus-tentabilidade e eficincia no uso de recursos e capital humano, desenvolvemos um processo novo merito-crtico, em que a escolha j no uma mera escolha poltica do Governo, como era antes, mas produto em primeiro lugar, de um processo de seleo em que envolvemos empresas especializadas no recrutamento de profissionais altamente qualificados. Houve uma seleo de currculos, na administrao pblica e no setor privado, de pessoas com um perfil potencial. E a partir desse conjunto de candidatos pr-selecionados que o Governo ir escolher. Mas estas pessoas que vo gerir os fundos vo estar sujeitas tambm a graus de exigncia muito superiores ao passado.

    De que forma vai ser feita essa fiscalizao?Por exemplo, vo ter contratos de desempenho.

    Mas, para lhe dar um caso concreto, se excederem em mais de 20 por cento, numa mdia anual, os prazos de decises que tm, por exemplo, para selecionar projetos, so automaticamente destitudos de funes. Portanto, h uma exigncia muito forte relativamente a estas pessoas. que ns no temos apenas prazos e muito curtos, de dois, trs meses, por exemplo para a seleo dos projetos, temos tambm que ter ateno que, s vezes, o processo de candidatura dificultado por outras circunstncias diversas.

    Que tipo de dificuldades?Por exemplo, desde logo, o facto de no saberem

    quando que abrem avisos e concursos. A partir de agora, com um ano de antecedncia, a autoridade de gesto tem que tornar pblico qual o calendrio de avisos e concursos para que as empresas e os particu-lares possam saber com tempo aquilo que lhes possa interessar.

    Isso vai acontecer no imediato?Isso vai acontecer a partir do momento em que

    abrirem agora os primeiros avisos e concursos. Uma outra novidade que vamos ter tambm um gestor do processo. Ou seja, cada candidato com projetos aos fundos vai ter algum na administrao que lhe vai fornecer todas as informaes relativas ao seu processo e vai tambm mediar os contactos com as outras entidades pblicas envolvidas, por exemplo, na avaliao desse projeto, garantindo que essas en-tidades cumpram os prazos.

    Ou seja, os servios passam a ter rostos. Exatamente. As empresas ou os privados com pro-

    jetos a candidatar passam a ter algum com quem falam diretamente e que os deve ajudar em tudo. E,

    para alm disso, essa pessoa tem poder para junto de cada uma das entidades envolvidas as obrigar a tomar a deciso dentro do prazo adequado. Se no o fizerem pode declarar at o deferimento tcito relati-vamente a essa matria. Portanto h mudanas muito substanciais em termos de simplificao e celeridade dos processos que vo ser muito importantes. Dou outro exemplo de simplificao que no vai ocorrer apenas na matria dos fundos. J introduzimos isto na questo da modernizao administrativa, onde ficou estabelecido um princpio que ser aplicvel para toda a administrao pblica a partir de maio do prximo ano, mas para os fundos, a partir do momento em que entrarem em funcionamento, que o princpio da dispensa de apresentao de documentos j detidos pela administrao.

    Na prtica, isso significaSignifica que um privado ou uma empresa que quei-

    ra candidatar-se e tiver que provar um certo tipo de circunstncias, no ter que apresentar os documen-tos, mas ser a administrao a obt-los. Ou seja, a administrao que tem de obter junto da autoridade tributria a sua situao fiscal. Esta sem dvida tam-bm uma enorme simplificao de todo o processo.

    Falou da gesto mais prxima destes fundos. Qual vai ser o papel das comunidades intermunicipais (CIM?As CIM vo ter um papel extremamente importan-

    te, porque h projetos que tm que ser a uma escala supramunicipal. H questes hoje e h problemas, h equipamentos pblicos que fazem sentido rea-lizar numa escala intermunicipal e pensados numa lgica sub-regional e j no numa lgica meramente municipal. E, para esses projetos, ns previmos que haja estratgias territoriais integradas. Por isso, todas as CIM esto, neste momento, a preparar um plano estratgico de desenvolvimento com um conjunto de investimentos que sero apoiados na sua globalidade. Investimentos estratgicos para todos os municpios da CIM. Isto, ao mesmo tempo, permite maior previ-sibilidade e coordenao dos investimentos dentro duma comunidade, mas tambm obriga a insero desses investimentos e apostas numa estratgia de desenvolvimento econmico e social para a comu-nidade intermunicipal. Portanto, essas estratgias de desenvolvimento econmico e social vo ser avaliadas e ser com base nessa avaliao que as CIM vo ter financiamentos para os projetos.

    Mas as prprias CIM ainda esto em reorganizao. Isso pode atrasar o processo?Quase todas elas j tm a sua estratgia em desenvol-

    vimento. Esta parte das estratgias intermunicipais bvio que os processos vo demorar um pouco mais do que os concursos que vamos abrir agora. Mas verdade tambm que o ritmo a que as comunidades intermunicipais esto a preparar as suas estratgias

    S o progra-ma operacio-nal da regio Centro vai ter volta de dois mil e 200 milhes de euros

    Nunca houve um programa que fosse ao mesmo tempo to participado e creio, to clere como ns conse-guimos com este que nos vai permitir antes do final do ano estar em condi-es de co-mear a abrir os primeiros avisos e con-cursos

    O nosso grande desa-fio a com-petitividade e a internacio-nalizao da nossa econo-mia e para isso que vai grande parte dos fundos que a vm

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    A escolha das entida-des e auto-ridades de gesto dos programas operacionais temticos foi feita um pro-cesso meri-tocrtico

    No se tratou de uma mera escolha pol-tica do Go-verno, mas apostou-se no envolvi-mento de empresas especializa-das no recru-tamento de profissionais altamente qualificados dentro da administra-o pblica e do setor privado

    Se os ges-tores exce-derem os prazos para selecionar projetos so automatica-mente des-titudos de funes

    diferenciado e seguramente, a qualidade das mes-mas tambm pode ser varivel. Mas para isso que temos essa anlise, que vai ser feita de cada uma das estratgias, e depois sero feitos os comentrios para as comunidades intermunicipais as melhorarem. Queremos que estas estratgias sejam realmente pi-lares do desenvolvimento econmico e social ao nvel sub-regional, porque h matrias para o desenvolvi-mento de cada municpio e para o desenvolvimento da regio no seu todo e que necessitam de uma escola supra regional para serem adequadamente tratadas e resolvidas.

    Em que medida o facto de 2015 ser ano de eleies pode enviesar o acompanhamento de todo o processo?No vejo porque h de enviesar. Eu costumo dizer

    ,sempre relativamente s eleies, que no devemos governar para as eleies. Devemos governar na ex-pectativa de que os portugueses reconheam o nosso trabalho nas eleies. So duas coisas diferentes. Nesse sentido, a sua pergunta -me quase estranha, porque eu nem sequer concebi essa hiptese e tenho a certeza que todas as pessoas e, sobretudo, a administrao pblica que trabalha nos fundos, que no do partido A ou do partido B, mas que est genuinamente empe-nhada em que os fundos funcionem. E essa adminis-trao pblica que nos tem permitido, por exemplo, resultados to notveis como este de sermos o melhor Estado membro de todos os 28 da Unio Europeia na aplicao dos fundos. Essa administrao pblica o principal garante de que as coisas continuaro a funcionar, independentemente dos ciclos eleitorais.

    A reforma que entretanto aconteceu ao nvel das fre-guesias, e que parece ter parado nas cmaras, ajudou a colocar Portugal nesse patamar de execuo?No. A reforma das freguesias independente da

    questo da programao dos fundos. Ao nvel do po-der local, temos tido, no entanto, um desenvolvimento que eu acho que particularmente notvel e que tem que ser sublinhado. E que, do meu ponto de vista, faz com que o poder local tambm esteja mais preparado para os novos desafios que o Portugal 2020 traz e que so desafios em que o papel dos autarcas vai ser menos avaliado na obra fsica e mais no desenvolvimento econmico e social do seu concelho. E para isso que os fundos vo estar, sobretudo, destinados e por isso que os autarcas tambm vo ter de ajustar o seu papel. Mas eu acho que aquilo a que temos assistido, por exemplo ao nvel financeiro, com trs anos de excedentes oramentais das autarquias, com uma reduo do endividamento em mais de 22 por cento, com uma reduo dos pagamentos em atraso em mais de 60 por cento. Esta uma evoluo positiva e o primeiro sinal de que os autarcas esto preparados para desempenhar novas tarefas. E por isso tambm que nesse mbito que temos vindo a desenvolver polticas que, por um lado, estimulam e promovem

    a cooperao entre a administrao central e a ad-ministrao local em determinadas reas como por exemplo, na reorganizao dos servios pblicos, a nova lgica que estamos a desenvolver e que vai garantir uma loja do cidado a cada municpio, uma rede complementar de espaos do cidados, carrinhas do cidado, toda uma nova lgica de atendimento dos servios pblicos como as Finanas, a Segurana Social, os registos e notariados. J estamos a fazer isso e vamos faz-lo com sucesso, devido cooperao que conseguimos com as autarquias, porque h sinergias entre a administrao pblica e a local que estvamos a perder no pas. E muito importante fazermos uso dessa cooperao. E tambm essa evoluo positiva que faz com que tenha ainda mais sentido a aposta que vamos fazer na descentralizao.

    Em que reas possvel essa descentralizao?Ns temos o programa Descentralizar, atravs do

    qual, em determinadas reas como educao e sade, vamos transferir competncias muito significativas para os municpios. Em muitas dcadas vai ser o maior esforo de descentralizao que vamos ter no pas. E vamos comear com projetos-piloto. J envimos as propostas na rea da Educao a vrios municpios, que demonstraram interesse em participar e vamos fazer tambm o mesmo na rea da Sade e noutros domnios. Como j disse, entendo que h muitas matrias que so melhor decididas com maior proxi-midade ao cidado. H mais e melhor informao, h uma responsabilizao mais imediata e mais direta daqueles que tomam as decises.

    E melhor conhecimento da realidadeClaro. E um melhor conhecimento que resulta dessa

    informao mais completa e de melhor qualidade que tem quem est prximo dos problemas. E por isso que vamos apostar tanto na descentralizao. O prprio programa Descentralizar tambm se vai iniciar muito em breve com esses projetos-piloto. En-tendemos que, quando estamos a fazer reformas to profundas do Estado, como so aquela do programa Aproximar, da reorganizao da rede dos servios pblicos, ou do programa Descentralizar, entendemos que elas tm que ser feitas em primeiro lugar com projetos-piloto. No podemos avanar para todo o pas ao mesmo tempo, porque poderia ser catico. importante faz-lo primeiro nalguns municpios para vermos o que corre bem, o que corre menos bem e o que temos que afinar antes de se generalizar o modelo a todo o pas.

    E so os municpios que se disponibilizam para acolher os projetos?Nestes casos da descentralizao, estamos desde

    logo e em primeiro lugar a fazer estes projetos-piloto com municpios que demonstraram disponibilidade. Queremos faz-lo no mbito de uma lgica voluntria

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    dos municpios. Estou seguro que se eles forem bem sucedidos, iremos alargar a todo o pas e todos os municpios iro mani-festar interesse nesses projetos.

    Os autarcas esto preparados para os desafios. E os empresrios?Por um lado, eu acho que a questo no apenas saber se es-

    to preparados. Ns temos que criar os incentivos certos para eles se preparem. Se ns tivssemos um tecido empresarial que j fosse exportador, no necessitvamos de incentivar a exportao. Portanto, ao darmos incentivos para novas apostas, estamos a incentivar a mudana de comportamento dos agentes econmicos para que transfiram as suas reas de atividade para setores exportadores ou que substituam importaes de bens ou servios transacionveis.

    E como?Apoiando projetos nessas reas. Apoiando projetos que te-

    nham potencial de inovao. Mas apoiando tambm a capaci-tao dos empresrios. H projetos de formao empresarial que vo ser apoiados. Alis, uma das novidades, por exemplo, que, ao apoiarmos as empresas, vamos apoiar o investimento nelas e a formao profissional ao mesmo tempo. No neces-srio, como no passado, fazer dois projetos diferentes. As duas reas devem ser parte de um projeto integrado que refora, por exemplo, o equipamento e inovao na empresa, refora as suas estratgias de comercializao internacional. Mas, ao mesmo tempo, tambm refora a capacitao dos seus traba-lhadores e dos prprios empresrios. um projeto integrado que ter muito mais potencial de ser bem sucedido. E por isso, o que estamos a fazer dar apoio aos empresrios para que se transformem, aqueles que ainda no o fizeram, no sentido de serem mais competitivos internacionalmente e participarem em setores com um grau de inovao superior, muitas vezes em relao com os recursos locais.

    isso a que costuma chama competitividade inteligente?Sem dvida que o tenho dito muitas vezes que a verdadeira

    competitividade uma competitividade inteligente, que parte

    da valorizao dos recursos endgenos, dos produtos tradicio-nais, dos recursos naturais, do territrio, do potencial humano que a j existe. essa competitividade que, paradoxalmente, nos permite vencer o mercado global.

    E porqu?Porque uma competitividade assente nos recursos que so

    do nosso territrio e que pode ser diferenciadora. uma com-petitividade que, sendo assente no territrio, muito mais resis-tente s presses da deslocalizao. A atividade econmica que assente numa base tradicional do territrio resiste muito mais a uma deslocalizao do que uma atividade que totalmente estranha a esse territrio e que pode chegar num dia e partir no dia seguinte. Ns queremos um tecido econmico inovador, capacitado, exportador, mas assente na base territorial em que se insere. Portanto, os incentivos que vamos dar para as empresas fazerem essa transformao aquelas que ainda o no fizeram e para as muitas que j a fizeram ou esto a fazer essa trans-formao, alavanc-las no sentido de reforar essa capacidade exportadora, a sua capacidade de crescer e de criar emprego. Alis, uma das outras novidades que temos que os apoios que vamos conceder vo estar dependentes dos resultados obtidos. Ou seja, uma empresa ir obter maior ou menor apoio consoante o emprego que criar, o aumento de exportao que conseguir e a produtividade que alcanar. Esse outro incentivo que damos para que as empresas sejam bem sucedidas nesta transforma-o que fundamental para assegurar a nossa competitividade econmica que, por sua vez, importantssima para crescer com sustentabilidade, criar emprego e trazer justia social ao pas.

    Mas os projetos no so apoiados a 100 por cento. Com as dificul-dades por que tem passado o tecido empresarial, como avanar para a concretizao dessa transformao?No, no so apoiados a 100 por cento. Por isso, as empresas te-

    ro que procurar o financiamento ou ter capitais prprios. b-vio que um bom projeto, que obtm financiamento dos fundos, mais facilmente consegue apoios doutro tipo, nomeadamente na banca especializada. E isso que normalmente acontece.

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    opinio

    Ana AbrunhosaPresidente da Comisso de Coordenao

    e Desenvolvimento da Regio Centro (CCDRC)

    A regio Centro para j h de ganhar em termos imedia-tos fundos comunitrios num montante de cerca de dois mil milhes. Este Fe-der e Fundo Social Europeu vo permitir multiplicar investimento eu diria, ide-almente, para quatro mil milhes, no mnimo, porque estamos a falar de Feder que depois investido e h de multiplicar o investimento. Portanto, o contributo e a solidariedade da Unio Europeia para permitir que o crescimento e o nvel de vida da regio se aproxime das regies mais desenvolvidas e, portanto, isso per-mitir prioridade, investimento, criar em-prego, sobretudo qualifi cado, aumentar as nossas exportaes.A grande prioridade deste programa a

    competitividade e a internacionalizao da nossa economia regional e isso passa obrigatoriamente por canalizar esses apoios prioritariamente para os promo-tores que contribuam para isto. Para as empresas, para as universidades, para as entidades do sistema cientfi co e tec-nolgico. Portanto, para as entidades do conhecimento e da tecnologia e, sobretu-do, para as empresas. Depois temos outras reas que tambm so fundamentais e que tambm tm que ver com a qualidade de vida das pessoas, mas sempre com os olhos na competitividade e na internacio-nalizao enquanto grandes prioridades.

    Portugal tm que ter um p de meia para garantir a aprovao dos fundosA regio tem capacidade para enfren-

    tar esses desafi os. E este meu otimismo moderado tem a ver com a experincia recente. Na ltima call que fi zemos para as empresas, ns demos resposta a 40 por cento dos pedidos e deixmos de fora, com muita tristeza porque no tnhamos j meios financeiros, bons projetos. E devo tambm dizer que foi a call em que mais rapidamente os projetos iniciaram execuo. Da anlise que temos vindo a fazer no

    s as empresas tinham a inteno de in-vestir, como de facto tiveram condies para depois executar os projetos. Aqui, a banca ou as outras fontes de fi nancia-mento tm que ser parceiros tambm das

    empresas para que as alteraes avancem, nomeadamente, ao nvel da afi rmao da economia. E o Governo, para, de alguma maneira,

    compensar esta falha de mercado que a banca ter-se retrado no crdito s empresas, criou o conhecido Banco de Fomento que tem que ter como priorida-de apoiar as empresas, j que vai ser um banco retalhista que no vai financiar diretamente as empresas, mas que vai apoiar a banca comercial e o promotor junto da banca comercial com garantias e outros instrumentos. Portanto, o papel deste banco tornar

    mais acessvel para as empresas o crdito que precisam para pr os projetos em andamento. Devo aqui dizer que a maior parte das empresas portuguesas esto descapitalizadas . Mas, como as famlias poupam, as empresas tambm tm que comear a ter esta preocupao de terem uma almofada financeira. Isso torna o processo mais fcil na altura da banca fazer o perfi l de risco.

    Uma oportunidade excelente para a regio CentroEu no lhe chamaria ltima, mas eu

    diria que uma excelente oportunidade, de fazermos diferente e melhor, porque agora teremos os meios. Os desafi os so muito grandes tambm, porque estamos a colocar as prioridades corretas. um desafio para os promotores, porque h aqui uma clara orientao para resulta-dos. No basta realizar o investimento, h que criar emprego, demonstrar que aumentaram o volume de negcios, as exportaes. E tudo isto exige uma mudana de com-

    portamento muito grande e muito orien-tada para os resultados. Ns no vamos contratualizar projetos, vamos contra-tualizar resultados com os promotores. O que um grande desafi o para os pro-

    motores e para os prprios gestores dos fundos comunitrios, que tambm tm que ter esse enfoque nos resultados. Por-tanto no vale gastar o dinheiro. preciso saber que resultados que esse dinheiro criou na regio, como emprego e riqueza que influencia a qualidade de vida das populaes.

    Excelente oportunidade

    Eu no lhe chamaria ltima oportunidade para a regio Centro, mas diria que uma excelente oportuni-dade, de fazermos diferente e melhor, porque agora tere-mos os meios para isso

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  • 14 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTROop

    inio A hora das empresas

    O CEC e todas as associaes empresariais acreditam naquilo que o Governo lhe transmitiu. Que o Programa 2020 vai ser dirigido para as empresas, mas isso no basta. importante dizer-se que o Programa 2020 dirigido para a competitividade das empresas para que a regio possa ganhar competitividade e afi rmar-se no contexto do tecido empresa-rial do pas. Ns temos um conjunto de em-presas muito boas, mas s representamos 19 por cento do PIB e isso tem que ser ajustado. Ou seja, temos que aumentar a nossa capaci-dade produtiva. Temos a taxa do desempre-go menor que o resto do pas, mas a verdade que perdemos produtividade. Por isso temos que fazer investimentos para que as empresas aumentem a capacidade compe-titiva e atravs disso tambm dos ganhos de produtividade. E para isso preciso investir em tecnologia, de maneira a modifi car-se o processo produtivo e introduzir alteraes no produto para sermos mais competitivos.O diagnstico est traado e diz que

    precisamos de investir nas empresas, mas elas chegaram a esta fase completamente estafadas. No tm dinheiro para inves-tir e os empresrios tambm no. E para captar fundos comunitrios preciso que as empresas cumpram a sua parte. Aqui surge uma questo que ainda no vi resolvida e sobre a qual temos mostrado a nossa preocupao. O financiamento das empresas no se resolve s atravs da banca. Os banqueiros tm dito que existe muita liquidez no mercado, mas que no conseguem chegar a todas as empresas porque s parte delas que tm condi-es. Portanto, o Governo tem que arran-jar forma para que esse dinheiro possa chegar s empresas. Temos, por exemplo, aqui no Centro, o Fundo Oxycapital, mas so precisas mais solues, pegando na-quilo que a experincia das garantias mtuas, dos fundos de investimento, dos capitais de risco.

    Cerca de 75 por cento das empresas podem fi car de fora destes fundosA verdade que cerca de 75 por cento

    das empresas da regio poder fi car fora dos fundos, porque no tem capacidade de se capitalizar e de melhorar os rcios

    econmicos e fi nanceiros. Aqui, muitas entidades, como as CIM, tm um papel muito importante, pois tm o desafi o de captar investimento. Mas para isso tm que tornar os seus territrios competiti-vos e acolher investidores. Se as comuni-dades intermunicipais cumprirem este papel, j um desafi o considervel para a regio que assim pode ganhar expres-so do ponto de vista econmico e em produo para o pas. Na regio h um grupo muito pequeno de empresas que responsvel por 50 por cento das expor-taes. E h, volta de 3.500 responsveis por 60 por cento das exportaes. O que significa que h muitas empresas que no conseguem ser competitivas para aceitarem o desafi o da internacionaliza-o. O 2020 um bom incentivo, mas so precisos instrumentos financeiros que permitam ter acesso aos fundos. No possvel pensar que a nossa eco-

    nomia vai continuar a crescer baseada no consumo interno, portanto, temos que correr para outros mercados. Mas outros pases europeus tambm tm esse obje-tivo. Portanto, para ganharmos a corrida temos que ser mais competitivos e, por isso a internacionalizao fundamental. Em segundo, h o processo de inovao, no no conceito da tecnologia, mas de todo o pro-cesso empresarial, de organizao, controlo, melhoria da qualidade e competncias dos trabalhadores. um processo mais comple-xo do que a questo tecnolgica, que exige muitas outras apostas, nomeadamente, a formao dos empresrios. Aposta que o CEC conseguiu com sucesso nos ltimos trs anos. Temos empreendedores. Mas ser empreendedor no ir busc-los univer-sidade ou ter um projeto. Empreendedores so os empresrios, mesmo com 60 anos, que todos os dias so capazes de se reinven-tar, comear do zero e procurar solues. Perante este empreendedorismo de saber feito, importante introduzir alguns co-nhecimentos para aumentar capacidades. Temos que entender, todos, que o 2020 uma oportunidade. E para os empresrios, uma oportunidade signifi ca criar vantagens, acrescentar valor e passar para um patamar de desenvolvimento diferente. No sei se ser o ltimo desafi o, mas sei que muito importante no o desperdiar.

    opinio

    Jos CoutoPresidente do Conselho Empresarial do Centro/ Cmara de Comrcio e Indstria

    do Centro

    Conceito deste quadro comunitrio tem uma vantagem: percebeu-se que era a hora das empre-sas. Agora, elas tm responsabilidade de provar que chegou a sua hora. No um desafi o fcil

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  • 16 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTROop

    inio

    Acredito que daqui a cinco anos o Centro Portugal, alm de estar mais maduro, ter um peso mais forte na balana da economia nacional e ser um destino mais atrativo para o inves-timento estrangeiro

    Portugal apresentou como ei-xos da chamada especializao inteligente no mbito do Por-tugal 2020 cinco prioridades. Primeiro: o turismo associado

    ao territrio. Isto , a valorizao do ter-ritrio enquanto espao de conexes da atividade turstica. Entendemos o territrio como o espao dos recursos que, depois de estruturados, derivam em produtos tursti-cos. Mas tambm todas as relaes de forma direta ou indireta que se estabelecem entre os agentes que esto no setor do turismo e que queremos que tenham igualdade de oportunidades, sobretudo de acesso promoo e aos mercados.Segundo eixo: desenvolvimento, qualifi ca-

    o e requalifi cao da oferta turstica exis-tente. Isto , percebermos que h hoje uma dimenso que compete Turismo Centro de Portugal, que est para alm da misso dos municpios e do prprio Turismo de Portu-gal, e que ns devemos desenvolver desde logo apoiando as empresas da regio. nes-te sentido que temos um gabinete de apoio ao empreendedorismo, que fazemos sesses de desmaterializao desta complexidade que so os novos regulamentos de acesso ao Portugal 2020. E nesta medida que ainda recentemente, desenvolvemos, por exemplo, aes para o setor da hotelaria. Terceiro eixo: uma aposta na diferenciao

    dos produtos tursticos emergentes. Esta-mos a falar do Turismo de Sade, do Turismo Mdico, Religioso, Ambiental e Cultural, do Turismo Desportivo e Cientfico. Ou seja, para alm daquilo que a matriz dos pro-dutos tursticos que hoje j temos e conhe-cemos, desenvolvermos apostas em novos nichos que tragam complementaridade aos produtos mais maduros de sol e praia, a gastronomia, o patrimonial e o cultural.

    Aproveitar os produtos endgenosQuarto eixo: consolidarmos novas rotas

    tursticas, muitas delas recentradas em pro-dutos endgenos que j existem, mas que nunca foram estruturados. Estamos a falar do vinho, das artes, do vidro e dos lanifcios, da cermica e da azulejaria, da produo cultural. Isto , ns reformos e consolid-mos a nossa oferta e o nosso destino atravs destes novos recursos que so transversais a outros setores da atividade econmica, nomeadamente, o setor primrio e o setor

    secundrio e que precisamos de intensifi car.Finalmente, uma aposta clara em merca-

    dos emergentes. Estamos a falar do Brasil, da Amrica do Sul, da Colmbia, do Mxico, do Leste, em especial da Polnia, e outros mer-cados para onde os nossos produtos tm hoje uma sada j considerada. Mas sem d-vida que este novo ciclo vai exigir uma for-ma de trabalhar diferente daquela com que se trabalhou at hoje. H uma exigncia de profi ssionalismo e de cooperao entre os agentes do Turismo e os outros agentes cuja atividade tem refl exos no setor. Estamos a falar das cmaras, das CIM, das associaes empresariais e comerciais, ou seja, de um conjunto de atores que esto espalhados pelo terreno e que hoje colocam o Turismo como um dos novos desafi os. E por isso o primeiro grande desafi o tem a ver com essa cooperao institucional em relao quilo que o futuro que se aproxima e ao nvel de exigncia por fora das tendncias que o mercado hoje coloca.

    Turismo parceiro na gesto da marcaEm segundo, cada vez mais o Turismo

    Centro de Portugal funciona como gestor da Marca Centro de Portugal, o que signifi ca que tambm tem de ser olhado de maneira diferente. No pode continuar a ser olhada como a entidade fi nanciadora de eventos e de atividades de animao at de alguns ter-ritrios, mas tem que ser vista como um par-ceiro que faz a gesto da marca, que tem que criar os instrumentos necessrios para que estes parceiros participem numa estratgia conjunta, que a validem e simultaneamente sejam mais responsveis pelo elevado grau que hoje exigido, na disputa do mercado, seja interno, ou externo, posicionando-se claramente num desgnio a que chamamos comercializao e venda, isto a promoo associada ao domnio do mercado, da ven-da do destino e dos produtos. O que exige tambm novas formas de comunicar, uma abordagem mais profi ssional aos canais on-line e distribuio online. Depois, acredito que o destino Centro de Portugal daqui a cinco anos estar mais maduro. Que seremos seguramente o primeiro mercado para os portugueses e que conseguiremos consolidar a nossa tendncia para sermos o primeiro destino do mercado interno por fora da nossa diversidade, abrangncia territorial, proliferao de produtos tursticos.

    Um destino mais maduro

    opinio

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  • 18 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTROop

    inio

    Com o esforo de to-dos, com o empenho dos nossos parcei-ros regionais e com uma estratgia bem defi nida, o Portugal 2020 trar para a Regio de Coimbra uma janela de novas oportunidades

    Programa 2020: viso e estratgia regional

    Quando me foi solicitado pelo Dirio As Beiras um texto sobre o que vai mudar na Regio de Coimbra com o programa Portugal 2020, a

    inserir na Revista das 1000 maiores empre-sas, no pude deixar de compilar as orien-taes defi nidas no Plano Estratgico de Desenvolvimento da Regio de Coimbra, pois entendo que este um documento fundamental para percebermos qual o ca-minho que a regio deve prosseguir neste novo perodo de programao. Sabemos que a regio de Coimbra, dada

    a sua dimenso cultural, econmica, de-mogrfi ca e territorial, assume um papel determinante no posicionamento futuro da regio Centro, nos referenciais de cres-cimento inteligente sustentvel e inclusivo. Ora, caber a esta nova CIM concretizar uma estratgia de desenvolvimento assente numa rede de parcerias que potencie o contributo de cada agente que opera no territrio. Os esforos de consolidao oramental e

    o abrandamento do investimento privado reforam a natureza estratgica dos fundos estruturais enquanto fonte de financia-mento e, simultaneamente, obrigam a um planeamento rigoroso dos investimentos pblicos, baseado no princpio da seletivi-dade e orientado para a concretizao de um novo modelo competitivo com ganhos de produtividade e de capacidade concor-rencial em mercados globais. A continuidade e aprofundamento das

    iniciativas de organizao dos stakeholders regionais em torno de Estratgias de Base Territorial, exige uma ateno atempada s lies de experincia, muito em particular s ineficincias geradas por um nmero desproporcionado de projetos. O alargamento do espao de interveno

    da CIM Regio de Coimbra deve passar pela construo de referenciais para a conver-gncia estratgica dos vrios fundos e pro-gramas operacionais na regio, em ntima articulao com os restantes parceirosEste programa, Portugal 2020 e em parti-

    cular o PO Centro 2020, incide fundamen-talmente no financiamento economia,

    o que passa pela seleo criteriosa dos projetos mais orientados para o mercado internacional e que conseguem estabelecer os links entre a produo e a aplicao produtiva de I&D, reforar a capacidade de prestao de servios de I&D s empresas por parte das entidades do SCTN e pro-mover a insero empresarial de recursos humanos altamente qualifi cados. Foi tambm sublinhada a necessidade

    de travar a tendncia de agravamento das desigualdades sociais e territoriais, gerada pela agudizao da crise econmica nos ltimos anos. Ainda de acordo com o Plano de Desen-

    volvimento Estratgico da Regio de Coim-bra, e relativamente s reas prioritrias, as intervenes na gesto dos recursos end-genos naturais so encaradas como uma oportunidade de dinamizao da atividade econmica dos territrios mais rurais e de fi xao de empresas e pessoas sobretudo nos territrios de baixa densidade. A Alta de Coimbra e a Rua da Sofi a, como

    Patrimnio Mundial classificado pela UNESCO, o rio Mondego, a mancha fl ores-tal, as Serras da Lous e Aor, a costa litoral e as aldeias do Xisto assumem-se como os principais recursos integradores das vrias intervenes e como os cones da regio. Saliente-se, contudo, como principal dife-

    renciao deste Portugal 2020 e o anterior QREN, o foco nos resultados em substitui-o do foco na execuo fsica e fi nanceira, o que exigir uma profunda mudana da abordagem a fazer pelos benefi cirios, na articulao de polticas e escalas de elabo-rao de projetos. Refi ra-se ainda, fora do programa Portu-gal 2020, as perspetivas inovadoras que se abrem com o Horizonte 2020 e que os agentes econmicos, de investigao cien-tfica e de ensino devero dar profunda ateno. Estou em crer que, com o esforo de todos, com o empenho dos nossos parceiros re-gionais e com uma estratgia bem defi nida, o Programa Portugal 2020 trar para a Regio de Coimbra uma janela de novas oportunidades de desenvolvimento e de coeso.

    opinio

    Joo AtadePresidente da Comunidade

    Intermunicipal da Regio de Coimbra

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  • 20 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTROop

    inio

    Os objetivos principais do Portugal 2020 apontam muito mais no sentido do conhecimento do que das infraestruturas e, portanto,

    sendo as universidades um dos lugares principais onde se cultiva e se desenvolve o conhecimento estaro bem adaptadas s regras deste e de outros programas. Ain-da no conhecemos os detalhes, mas em termos gerais a principal nota o nfase posto na ligao s empresas. Tenho, no entanto, algum receio que seja demasia-do exclusiva. Por exemplo em termos de investigao. O programa, do que se conhece, est

    muito focado na aplicao atividade econmica de conhecimentos esquecendo que ns s podemos aplicar aquilo que ti-vermos produzido primeiro. Portanto, este um temor que as universidades de uma maneira geral partilham, de que haja um enviesamento demasiado no sentido da aplicao de conhecimentos esquecendo que precisamos de os gerar primeiro.Como as instituies do ensino superior

    esto sem dinheiro, sem dvida que pre-cisamos da ajuda dos fundos europeus. claro que ns reconhecemos que Portugal tem mais debilidade do que outros pases da Unio Europeia em muitos pontos de vista incluindo na investigao cientfi-ca. Mas se ns aceitarmos sermos apenas consumidores do conhecimento produzi-do noutro lado, admitimos uma posio de dependncia incontornvel a longo prazo. E no pode ser. Portanto, compre-ende-se mal, discordando, que a Unio Europeia tente forar que Portugal apenas faa transferncia de conhecimento sem o produzir. No conheo em detalhe as negociaes com Bruxelas, mas reconheo que existe este temor de subsidiarizao ou secundarizao de Portugal por esta via.

    Modelo baseado no conhecimento no pode ser to radicalA outra nota que eu posso fazer que

    acho correta a passagem para um modelo mais baseado no conhecimento e na inova-o, mas sem exageros Agora descobriram que o culpado o beto e as infraestrutu-ras e, portanto, para-se com tudo, o que no razovel. Ns no temos grandes

    investimentos em edif cios a fazer, mas gostaramos de completar o Polo III, onde ainda falta um edifcio para a Faculdade de Medicina, um edifcio de investigao ou completar a biblioteca de Direito. E essa intransigncia do programa no o vai permitir. H uma outra rea muito falada, a inter-

    nacionalizao, onde temos esperana que o quadro comunitrio nos ajude bastante. Alis, estamos a fazer esse caminho mesmo sem apoios fi nanceiros. Mas evidentemen-te que os apoios permitem-nos acelerar o processo para cativar mais estudantes. Ten-do ns capacidade disponvel em Coim-bra, seria mal avisado estarmos a criar coisas noutro pas. A UC tem obrigao de ser cuidadosa nessa matria e no se meter em aventuras. Portanto, a poltica atrair alunos, o que permite desenvolver Portugal, a regio de Coimbra e o Centro. Os estudantes pagaro as propinas, mas gastaro muito mais na estadia.

    Aprender com os erros do passadoEu gostaria que aprendssemos com os

    erros do passado e aproveitssemos me-lhor estes fundos. At aqui houve no dis-curso poltico uma presso enorme sobre a taxa de execuo. Mas gastar-se depressa o dinheiro no signifi ca que se est a gastar bem. E temos visto tanto dinheiro deitado rua em infraestruturas, com autoestra-das a 10 quilmetros uma das outras ou at menos, outras que fi cam penduradas, servios s moscas, parques industriais vazios. Portanto, a nfase tem que ser posta no gastar bem o dinheiro. Alis, se alguma coisa temos que aprender a gastar o di-nheiro que temos, e s. A Unio Europeia trouxe-nos um pouco a ideia de que o dinheiro era fcil e era s us-lo. Mas eu prefi ro deixar fundos europeus por gastar, a gast-los mal gastos e ter que inventar as verbas nacionais precisas aos projetos. Voltando internacionalizao, espero

    que consigamos transformar-nos num dos principais exportadores da regio Centro, em volume. Embora os estudos no estejam feitos com detalhe, ns j trazemos muitas dezenas de milhes de euros todos os anos entre direto e indire-to. Mas temos condies para aumentar esses nmeros.

    a vez do conhecimento

    opinio

    Joo Gabriel SilvaReitor da Universidade de Coimbra

    Nas universidades valor acrescen-tado total, porque praticamente no importamos nada. o trabalho das pessoas que conta e quando so 10 ou 20 milhes, so mesmo 10 ou 20 milhes que entram em Por-tugal

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  • 22 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTROop

    inio

    O Portugal 2020 vai trazer algo de novo ao ensino superior e s instituies que o represen-tam porque tem pelo menos dois eixos com um papel im-portante atribudo ao ensino superior. Um que tem a ver com inovao e desenvolvi-mento, eixo voltado para a economia, para as questes da inovao, do desenvolvimento e da modernizao, da produo e da ativi-dade econmica. Estando previstas que estas aes sejam feitas por empresas e entidades da regio, mas que tenham como parceiros instituies do ensino superior. Aqui, ns temos um papel importante, numa rea que nos vai permitir manter uma atividade que at agora estava muito debilitada devido aos nossos oramentos. O Programa 2020, dando um papel de

    relevo s instituies universitrias e poli-tcnicas vai ser um incentivo importants-simo para o desenvolvimento do prprio ensino superior. Depois, h outras reas onde podemos ter investimentos tambm diretos, como no apoio qualifi cao, no-meadamente, nos novos cursos de tcnicos superiores profi ssionais, de curta durao, que esto previstos neste programa. Apoios no funcionamento, mas tambm no fi nan-ciamento do equipamento necessrio.

    Instituies esto descapitalizadasEstamos, neste momento espera dos re-

    gulamentos do novo programa para conhe-cer os pormenores e saber o que elegvel no fi nanciamento e quais as percentagens e re-gras de participao das instituies. Mas h que reconhecer que nos debatemos com um problema srio. Neste momento esgotamos os poucos saldos que tnhamos e ficamos sem capacidade de fazer adiantamentos. A nossa expectativa a ligao s empresas, estando previsto que a iniciativa dos pro-jetos seja essencialmente das empresas e que as instituies do ensino superior fun-cionem como fornecedoras de servios. Isto d um outro tipo de perspetiva em termos fi nanceiros para a nossa participao. Vamos aguardar pelos regulamentos, pelas regras e concursos, mas no temos outra soluo. Estamos subfinanciadas, a fazer grandes cortes no investimento, no recrutamento de pessoas, na renovao do corpo docente. O Portugal 2020 vai ser a nica hiptese,

    como dever acontecer com o geral das insti-tuies pblicas e se calhar do setor privado, de podermos ter margem de manobra em termos de investimento, de crescimento, da defi nio e ampliao daquilo que a oferta. H uma rea que tambm importante

    para ns: a internacionalizao que tendo muitas dimenses, tem uma fundamental que assenta na captao de estudantes es-trangeiros. A ns, e penso que ao pas inteiro, interessa trazer estudantes para c. Jovens que vo estar entre trs a cinco anos, pagam a sua formao, como tambm vo fazer animao econmica na cidade. Para alm de que gente nova que vem para Portugal e que, eventualmente, at c poder ficar a trabalhar ajudando-nos a combater este problema demogrfi co. Interessa-nos por isso, gente qualifi cada at para equilibrar a balana. No mau que os estudantes por-tugueses saiam. Mas importante exportar mais do que importar.

    Aprender a promover no exteriorNesta rea da internacionalizao teremos

    de criar mecanismos de recrutamento de estudantes e divulgao das instituies no exterior. Teremos que aprender e podemos faz-lo com a experincia de outros pases como Inglaterra, mas tambm Frana, em termos europeus, que j tm uma tradio muito grande na formao de estudantes estrangeiros. Temos aqui uma oportunidade que tambm importante pois o incio da internacionalizao implica um trabalho persistente e algum investimento. sem dvida uma grande oportunidade para em-presas e instituies. muito dinheiro destinado a reas que

    felizmente, foram consideradas prioritrias. H muitas regras, muita ambio, e h de ha-ver muito dinheiro mal gasto, como sempre aconteceu. Mas tambm acredito que vai ha-ver maior controlo e que vamos ser capazes de o aproveitar melhor. Acho que em termos de planifi cao, aqui na regio foi melhor feito, quer no trabalho de Pedro Saraiva, que envolveu muita gente na criao das linhas programticas, quer, atualmente, com Ana Abrunhosa, que est a manter esse tipo de postura de dilogo e envolvimento de toda a gente. Sabemos que h muita coisa em jogo e que a exigncia vai ser ainda maior. Mas o pas vai lucrar com tudo isso.

    Cativar mais estrangeiros

    opinio

    Rui AntunesPresidente do Instituto Politcnico

    de Coimbra (IPC)

    Mais exigentes, mais metdicos no acompanhamento, no deixar para o fi m a execuo, criar presso na poltica e na sociedade, mas tambm nos parcei-ros para que tudo funcione

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  • 24 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTRO

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    ista

    Portugal exemplo para outros pases com desafios idnticosDepois de um perodo de ajustamento muito exigente para os portugueses, para as empresas e para o pas, a economia portuguesa est finalmente a crescer e h vrios indicadores que o demonstram, segundo Leonardo Mathias, secretrio de Estado adjunto do ministro da Economia

    A economia est mesmo a crescer?Podemos dizer que o Portugal tem mo-

    tivos para estar confiante, depois de um perodo de ajustamento muito exigente para os portugueses, para as empresas e para o pas. A economia portuguesa est finalmente a crescer e h vrios indicadores que o demonstram, com dados medidos por organismos independentes. No o Governo quem o diz, a realidade.

    Onde se podem ver esses sinais?Um dos pontos fundamentais a elimina-

    o do persistente desequilbrio da balana corrente, que ao longo da ltima dcada resistiu em torno dos 10% do PIB. Em 2013, transformmo-lo num excedente de 0,5% do PIB, excedente esse que se ir manter, e cres-cer, em 2014. Entre janeiro e agosto, houve um aumento de 1,6% das exportaes em

    relao ao mesmo perodo em 2013. Existe tambm um reforo das exportaes, que corresponde a um aumento de 4,8% face ao mesmo perodo no ano passado.

    O que contribuiu para isso?Portugal est a fazer um caminho slido

    e sustentado de recuperao econmica e de crescimento, assente em trs fatores: dinmica das exportaes, estabilizao do consumo e captao de investimento. Por exemplo, as exportaes de bens e servios valiam mais de 40% do PIB em 2013, quando em 2008 esse peso era de 28%. Os ndices de confiana nos consumidores e agente econmicos continuam a crescer, o que se reflete na estabilizao do consumo. No 1. trimestre de 2014, a variao homloga do investimento traduziu-se num aumento de 13,4%. No 2 trimestre, o investimento

    voltou a crescer mais 4,3%. Entre 2013 e o 2 trimestre de 2014, falamos de mais de mil e cem milhes de euros de investimento da Alemanha, Canad, Espanha e Brasil na indstria transformadora e manufatureira, mas tambm em servios partilhados. Governo tem incentivado investidores e em-

    presrios, mas ainda h atraso na recuperao?No acho que haja atraso na recuperao

    econmica do pas. Tem havido, isso sim, uma adaptao notvel por parte das empre-sas e dos empresrios a condies adversas decorrentes do Programa de Ajustamento. Mesmo em contraciclo, foram capazes de se reinventar, procurar novas oportunidades de negcio e julgo que o Governo tem feito o papel que lhe exigido, proporcionando aos agentes econmicos programas de incentivo e captao de investimento. Z

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  • 26 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTRO

    entrev

    ista

    Em 2010, o presidente do Banco de Portugal apontava fragi-lidades que dificultavam a sada da crise. Baixas qualificaes, mercados de produtos e do trabalho pouco eficientes, mau comportamento oramental. J foram ultrapassadas?A realidade de 2014 muito mais importante do que a

    memria de 2010. Estamos a falar de dois pases diferen-tes. Portugal de 2010 era um pas beira da bancarrota, com profundos desequilbrios oramentais, estagnao econmica e aumento galopante do desemprego. Por-tugal de 2014 um pas onde h finalmente crescimento econmico, e pela primeira vez em duas dcadas esse crescimento no feito conta do endividamento pblico e privado. O desemprego est a descer h 20 meses conse-cutivos e no ltimo ano foram criados 96 mil empregos. Melhormos os indicadores relativos ao mercado de bens e ao mercado laboral. Universidades esto no topo de rankings internacionais, que destacam a qualidade dos nossos engenheiros, por exemplo, como profissionais altamente qualificados e que podem ser uma mais-valia para empresas de grande incorporao tecnolgica.

    Os portugueses so empreendedores?Sem dvida. Os empresrios portugueses so um motor

    fundamental para uma economia mais competitiva e empreendedora. Mas o crescimento no acontece por decreto dos polticos: so as pessoas e as empresas que o fazem. Se temos bons resultados, tal deve-se capacidade, ao mrito e ao trabalho dos portugueses empreendedores.

    A internacionalizao tem sido o grande desafio. Qual tem sido a resposta das empresas portuguesas?Como referi h pouco, at agosto deste ano as empresas

    portuguesas j exportaram 46.190 milhes de euros de bens e servios. S os servios representa cerca de 30% das exportaes, com destaque para o turismo, os transportes, a construo e servios partilhados. As empresas portu-guesas tm conseguido encontrar formas de expandir os seus negcios, mas julgo tambm que podem fazer mais. Portugal tem uma localizao estratgica que pode conti-nuar a ser explorada. A afinidade com o mercado lusfono d s empresas uma posio privilegiada nas relaes comerciais do resto do mundo com aqueles pases.

    Qual o papel dos empresrios na recuperao do pas?Os nmeros positivos do cenrio macroeconmico so

    importantes na medida em que traduzem uma melhor conjuntura para as empresas. E se as empresas conseguem explorar o seu mximo potencial, ter uma posio compe-titiva quer no mercado interno quer no mercado externo, recorrer aos instrumentos de apoio a financiamento, investimento e inovao, quem beneficia o pas e os portugueses. E a verdade que os resultados vo chegan-do, de forma gradual e segura, vida de cada portugus.

    Como caracteriza o seu tecido empresarial da regio Centro? A regio Centro continua a acompanhar a tendncia

    nacional, apostando no investimento e inovao das empresas. A vitalidade do tecido empresarial desta regio,

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  • Ambitermo - Engenharia e Equipamentos Trmicos S.A.

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    composta maioritariamente por PME, prova-se em inmeros factos: as empresas apresentam uma grande qualidade da produo, uma gesto rigorosa e profi ssional, um investimento cada vez mais con-sistente em tecnologia e I&D, fruto da ligao entre a indstria e as universidades, entre ncleos empresariais e polos de conhecimento, o que contribui para a formao de recursos humanos altamente qualifi cados.

    Estando a falar-se fundamentalmente, em PME, de que forma que elas se podem preparar para enfrentar os novos desafi os? As empresas da regio Centro tm condies para enfrentar e

    superar os novos desafi os da economia. Por exemplo, o Governo dis-ponibiliza um triplo pacote de incentivo ao investimento a todas as empresas, assegurado, em primeiro lugar, pelo novo Acordo de Parce-ria 2014-2020, o qual representa uma ajuda substancial de 9 mil e 500 milhes de euros destinados competitividade e internacionalizao das PME. Relembro que a Instituio Financeira de Desenvolvimento, responsvel pela futura gesto dos fundos comunitrios, estar ope-racional at ao fi nal deste ms para fi nanciar PME viveis e colmatar falhas de mercado existentes. Em segundo lugar, pela continuidade da reforma do IRC, com uma nova descida da taxa em 2015 para os 21%, e que continuar a benefi ciar Portugal como destino incontor-nvel de investimento estrangeiro. Por fi m, pelo novo Cdigo Fiscal do Investimento, atravs do qual se estabelece novo limite mximo ao crdito fi scal at 25%, bem como diversas majoraes em funo da geografi a, da incorporao tecnolgica e do nmero de emprego criado. Est igualmente em curso um plano de reindustrializao da economia portuguesa, aliado a um aumento da competitividade do

    comrcio e dos servios, que passa pela implementao de diversas medidas, sendo de destacar a Estratgia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego 2014-2020 (EFICE), a Agenda para a Competitividade do Comrcio, Servios e Restaurao 2014-2020, mas tambm o apoio suplementar internacionalizao e maior presena no mundo digital, atravs da iniciativa PME Digital. De que forma, o Portugal 2020 ajuda os empresrios a prepararem-se

    para desafi os da internacionalizao, da inovao e da competitividade? O novo Acordo de Parceria 2014-2020 vai ter um enorme impacto

    em reas essenciais para a competitividade das empresas da regio. A distribuio dos fundos comunitrios vai ajudar a melhorar a ino-vao e a competitividade das empresas, por um lado, mas tambm o investimento em I&D e uma maior ligao entre universidades e empresas. Com isto esperamos um aumento da produo de bens e servios transacionveis. Mas o mbito do Acordo no se esgota na inovao, competitividade e internacionalizao. Inerente ao novo quadro comunitrio est a modernizao da administrao pblica, a mudana para uma economia com baixos nveis de carbono e efi ci-ncia de recursos energticos, e tambm a Iniciativa Emprego Jovem, para contrariar o nvel de desemprego, em particular o desemprego jovem, um problema ainda considervel na regio Centro.

    O ndice global de competitividade 2014 coloca Portugal na 36. posio, entre 144 pases. Mas est em 5. lugar no ranking da facilidade e rapidez com que inicia um negcio. So nmeros que podem ser melhorados? A posio que Portugal ocupa em vrios rankings internacionais e

    no apenas no ndice de Competitividade Global do Frum Econ-mico Mundial mostra que as reformas executadas pelo Governo ao longo destes trs anos fazem do pas um exemplo de sucesso e uma referncia para outros pases com desafi os idnticos. Alm do indi-cador que referiu (5. lugar na facilidade para iniciar um negcio), destacaria ainda, no mesmo ranking, o 2. lugar na qualidade das estradas, 4. lugar na qualidade das Escolas de Gesto, 8. lugar na disponibilidade de cientistas e engenheiros, 10. lugar no nmero de procedimentos para iniciar uma atividade empresarial, bem como uma melhoria de 28 posies na efi cincia do mercado de bens e 43 posies na efi cincia do mercado laboral o que coloca Portugal frente de pases como a Itlia, a Repblica Checa, a Polnia, Malta, ou a Turquia. Melhor ainda, no fi nal de outubro o relatrio Doing Busi-ness 2015 classifi ca Portugal em 25. lugar entre 189 pases, frente de pases como a Holanda, a Blgica, a Frana, a Espanha ou o Japo. Ao nvel da Europa do Sul, Portugal o pas mais bem classifi cado, o que nos d nimo para prosseguir o trabalho que temos vindo a fazer.

    Para que pases se devem virar os empresrios portugueses? Os nossos principais clientes de bens e servios so a Espanha, o

    Reino Unido, a Frana e a Alemanha, no mercado europeu. Fora do espao europeu, como seria de esperar, exportamos sobretudo para Angola, Brasil e EUA. Uma parte importante do sucesso do crescimen-to sustentvel de Portugal, que o Governo quer manter e dinamizar, pressupe mais comrcio com os pases da CPLP e mais intercmbio para alm do mbito cultural e educacional. Se no passado Portugal era tido como um pas perifrico da Europa, hoje apresenta uma localizao estratgica que central no panorama global. Entre o mercado nacional, o mercado Ibrico, o mercado Europeu e os Pases de Lngua Ofi cial Portuguesa, Portugal tem acesso privilegiado a um mercado com cerca de 756 milhes de pessoas.

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  • EMPRESAS DO CENTRO 1000 MAIORES | DIRIOASBEIRAS | 29

    Segundo estatsticas recentes, as exportaes da Regio representam 12,6% do todo nacional e excedem as importaes 1,7 vezes, sendo que os impostos sobre o rendimento assumem um peso de 5,35% na receita fi scal do Pas.

    So indicadores reveladores da importncia desta Regio na economia nacional, s possveis custa de enorme investi-mento e de forte determinao que caracteriza as suas gentes, sempre pronta a aproveitar as oportunidades que se lhes deparam.Por isso, o Portugal 2020 surge como mais uma oportunida-

    de que lhes permitir investir na modernizao das empresas, dotando-as de ferramentas que lhes permitam obter bens e servios transaccionveis e exportveis e lhes permitam estar nos mercados de forma competitiva.A AIDA tem procurado acompanhar a estruturao deste

    novo Quadro Comunitrio de Apoios e dele tem vindo a dar

    conta aos empresrios em geral e aos seus Associados em particular, procurando consciencializ-los da necessidade de se prepararem convenientemente para o poderem aprovei-tar, tanto mais se anunciam novas e mais exigentes regras de funcionamento.Por outro lado, o sucesso da implementao do Portugal

    2020 muito depende da tomada de um conjunto vasto de medidas de poltica econmica e de outras adjuvantes. No-meadamente, urge simplifi car a legislao fi scal tornando-a mais clara e estvel, reduzir a carga fi scal, reduzir os custos energticos, agilizar os processos de licenciamento, eliminar burocracias, tornar a justia mais expedita e efi caz, pensar e executar reformas estruturais do funcionamento do Estado.Por isso, no 4. Frum Empresarial da Regio de Aveiro re-

    centemente realizado, a AIDA teve oportunidade de, mais uma vez, vincar a sua elevada importncia e de apontar caminhos para a adopo de algumas.

    Fernando CastroPresidente da Associao Industrial do Distrito de Aveiro

    O Portugal 2020 oportunidadepara modernizao das empresas da regio de Aveiro

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    opinio

    Portugal 2020: Uma oportunidade para reforar a competitividade

    O Portugal 2020, o Acordo de Parceria adota-do entre Portugal e a Comisso Europeia em que se defi nem os princpios de programa-o que consagram a poltica de desenvol-vimento econmico, social e territorial para promover, em Portugal, entre 2014 e 2020, vai trazer ao nosso Pas 25 mil milhes de euros para investir e consoli-dar a nossa economia.O distrito de Leiria est inserido na Regio Centro que vai

    receber cerca de 2,2 mil milhes de euros. A competitivi-dade e a internacionalizao so as grandes apostas deste quadro comunitrio de apoios.As empresas so sem dvida um dos atores econmicos

    que mais pode contribuir para criar emprego qualifi cado e fazer crescer a economia. Para tal considero que, perante esta oportunidade, devem procurar defi nir e desenvolver estratgias de crescimento prprias de mdio e longo prazo e, com base nestas, estabelecer projetos concretos que possam benefi ciar dos fundos do Portugal 2020. Desta forma tero um incentivo acrescido para colocar em prtica estratgias de consolidao da sua atividade que garantiro a sua competitividade futura.O tecido econmico do distrito de Leiria, que a NERLEI

    representa, est bem posicionado para poder potenciar ao mximo a utilizao destes fundos comunitrios e para reforar a sua competitividade. Somos um distrito cara-terizado pela diversidade econmica e com muitos dos principais sectores j muito orientados para os mercados externos onde tm conseguido ser competitivos.Sei que o nosso tecido empresarial constitudo essen-

    cialmente por micro e pequenas empresas, que por vezes no tm estruturas humanas que as apoiem na tarefa minuciosa de apresentar candidaturas adequadamente elaboradas aos fundos comunitrios. Enquanto presidente da NERLEI Associao Empresarial da Regio de Leiria quero deixar aqui o repto: que nenhuma empresa deixe de candidatar bons projetos aos fundos comunitrios do Por-tugal 2020 por achar que no o consegue fazer. A NERLEI apoia e orienta as empresas que necessitarem.

    Jorge SantosPresidente da NERLEI Associao Empresarial da Regio de Leiriaop

    inio

    Agncia Maritima Euronave (Porto), Lda. nasce em 1965, (para o ano comemoramos o 50 aniversrio!), fruto de uma parceria de empresrios de diferentes ramos de actividade e destinada a operar nas diversas reas do transporte martimo.

    - Com capital social detido desde 1982 pelas mesmas entidades empresariais, temos sabido ao longo dos anos associarmo-nos com alguns dos mais prestigiados armadores, quer nacionais quer transportadores globais, tendo antecipado em muitos casos novas rotas e servios.

    - China Ocean Shipping Company (COSCO) com uma frota de mais de 800 modernos navios, transporta anualmente cerca de 400 milhes de toneladas pelo mundo inteiro com escalas em mais de 100 portos e servidos regularmente em termos de contentores por mais de 160 navios com capacidade para 750.000 teus.

    - Swire Shipping de Londres, oferece um servio de transbordo regular e fivel ao ligar o Norte da Europa e a regio do Mediterrneo com os portos da Nova Calednia, Fiji, Vanuatu, Samoa, Tahiti, Ilhas Wallis e Futuna, Tonga, Estado Federal da Micronsia e Dili, Timor Leste.

    - Great White Fleet de Cincinatti oferece servio de portos localizados na Amrica Central em navios porta contentores refrigerados, transportando a fruta mais popular do mundo, banana Chiquita para fora e trazendo carga geral de volta.

    - Banks & Lloyd de Manchester uma empresa transitria internacional fundada h 35 anos que continua a consolidar e expandir seus negcios globalmente, principalmente na rea das cermicas.

    - Greencarrier de Gotemburgo uma das maiores empresas privadas da regio nrdica especializada em solues globais de transporte.

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    RESPONDER AOS NOVOS DESAFIOS

    A Contibrica resulta da fuso de quatro das principais empresas de transportes de contentores de Leixes para responder aos novos desafios do mercado e s crescentes exigncias de qualidade de servio a preos concorrenciais.

    Gere uma frota superior a 100 viaturas de trao e mais de 150 viaturas de carga, especialmente afetas ao transporte de contentores, oferecendo uma gama alargada de servios, dos quais podemos destacar:

    1- Transportes de contentores: Standard ISSO de 20, 40 e 45 Genset (c/ gerador para contentores frigorficos) Bscula Teko (colocao de contentores de 20 no cho e levante posterior) Transportes Especiais (fora de medidas excedendo peso)

    2 - Transportes carga geral com lonas (Tautliner)3 - Logstica / Fracionado (Inclui carrinhas, camies com plataforma elevatria, etc.)4 - Transporte de veculos e mquinas5 - Manuseamento: operaes de carga, descarga, peamento e amarrao de

    mercadorias e veculos, movimentao de contentores de carga.

    A Contibrica pode oferecer os seus servios com mais garantia de sucesso, pois a experincia acumulada, aliada inovao (informatizao total do servio e trace & track) e ao profissionalismo, permitem-nos perspetivar bons relacionamentos comerciais, traduzidos numa excelente parceria de negcios.

  • EMPRESAS DO CENTRO 1000 MAIORES | DIRIOASBEIRAS | 31

    anliseAveiro ultrapassa Coimbra

    no nmero de empresasno top 50 da regio

    Com maior ou menor fl utuao nos 50 lugares das maiores empresas, o mega tecido empresarial da regio Centro revela uma assinalvel estabilidade das grandes empresas, no topo, ainda com a inds-tria de celulose e papel Soporcel, da Figueira da Foz,

    a liderar, embora quase alcanada pela fbrica de automveis PSA, de Mangualde. Esta aumentou 94 milhes de euros de faturao em relao

    a 2012, benefi ciando de uma quebra de 41 milhes da fbrica da Figueira da Foz da Soporcel, o que alis, teve consequncias numa descida de 24 milhes de euros nos seus resultados lqui-dos em relao ao ano anterior.Entre as grandes empresas dos seis distritos da regio registe-se

    tambm a excelente performance em faturao da Prio Energy (+35 milhes de euros) sediada em Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, tal como o Grupo PSA mantendo assim o 3. lugar regional, seguida pela celulose Celbi tambm da Figueira da Foz que faturou mais 31 milhes de euros e subiu dois luga-res. Ultrapassou o CHUC (EPE hospital empresa) e benefi ciou da grande queda da construtora da autoestrada (A13) Ascendi Pinhal Interior, com sede em Ansio, que ocupou um efmero 5. lugar no ano passado (enquanto a via ainda no estava con-cluda), mas que est agora na 29. posio.Ainda na rea rodoviria, entrada direta da Scut Vias Auto-

    estradas da Beira Interior (Castelo Branco) para o n 32, acom-panhada pela Yazaki Saltano (multinacional de componentes automveis instalada h vrios anos em Ovar), mas que no constava nos registos de faturao das empresas do respetivo distrito no ano passado.No ranking das 50 maiores da regio Centro passaram tambm

    a fazer parte a Martifer Construes Metlicas, a cooperativa de leite de Aveiro Proleite, e a Gestamp Aveiro, indstria de peas e acessrios para automveis. Assim, o domnio de empresas do distrito de Aveiro passou

    a ser, neste edio, ainda mais avassalador, colocando 20 no ranking das 50 maiores da regio, enquanto os distritos de Vi-seu e Coimbra colocam apenas dez, cada um, com as restantes distribudas por Leiria, Castelo Branco e Guarda.

    MetodologiaAs 1000 Maiores do CentroO Directrio As 1.000 Maiores do Centro (edio 2014 ) resulta da aplicao rigorosa de uma metodologia de recolha e anlise de dados por parte da Informa D&B.A incluso no directrio As 1.000 Maiores pressupe a entrega obrigatria do Balano e Demonstrao de Resultados individual referente ao exerccio de 2013; ordenadas por volume de negcio. Constam do Ranking todas as empresas no fi nanceiras. Este directrio apresenta, relativamente a cada empresa, os seguin-tes indicadores e rcios: Variao Volume Negcios 2012/2013; Valor Acrescentado Bruto; Rentabilidade do Volume de Negcios; Ren-tabilidade do Activo; Rentabilidade Capitais prprios; Solvabilidade. Para alm do Directrio tambm apresentado um Estudo sobre a actividade das 100 maiores exportadoras.

    Quais as empresas que constam das 1000 Maiores750 Maiores de Coimbra 50 Maiores de Aveiro 50 Maiores de Cas-telo Branco 50 Maiores da Guarda 50 Maiores de Leiria 50 Maiores de Viseu Como constar da prxima edioAs empresas que entendam reunir as condies necessrias para fi gurar na prxima edio podem enviar o balano e demonstrao de resultados do exerccio de 2014 para: Informa D&B T. 213 500 300 / E-mail: [email protected] actualizar gratuitamente os dados da sua empresaAceda a www.informadb.pt e entre no servio Feed-Back Informa-o com Retorno. A poder consultar e actualizar gratuitamente a informao sobre a sua empresa, na nossa base de dados. Pode tambm enviar o Balano e Demonstrao de Resultados on-line. Para mais informaes contacte o Servio de Atendimento a Clientes da Informa D&B atravs do T. 213 500 389 ou do e-mail [email protected] adquirir a Base de Dados do Directrio As 1.000 MaioresSe pretender adquirir a base de dados do Ranking As 1.000 Maio-res Empresas do Centro e ter acesso a informao de marketing e econmico-fi nanceira sobre quem gere e quem so estas empresas, ligue para a Informa D&B (T. 213 500 355 ) e usufrua de um desconto de 20% sobre o preo de tabela.

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  • 32 | DIRIOASBEIRAS | 1000 MAIORES EMPRESAS DO CENTROrank

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    1 SOPORCEL - SOCIEDADE PORTUGUESA DE PAPEL, S.A. COIMBRA Indstria de papel 509.247.873,98 59.135.632,09 6962 PEUGEOT CITREN AUTOMVEIS PORTUGAL, S.A. VISEU Indstria de veculos a motor 503.922.579,22 3.793.584,82 988 3 PRIO ENERGY, S.A. VISEU Grossista de petrleo a granel 425.929.866,07 702.700,83 2224 CELULOSE DA BEIRA INDUSTRIAL (CELBI), S.A. COIMBRA Indstria de pasta de papel 383.733.116,00 45.098.521,00 200 5 CENTRO HOSPITALAR E UNIVERSITRIO DE COIMBRA, E.P.E. COIMBRA Hospital de medicina geral e cirurgia 368.435.710,30 -29.846.171,34 74966 CUF - QUMICOS INDUSTRIAIS, S.A. AVEIRO Indstria de produtos qumicos orgnicos 305.641.657,57 6.832.737,81 191 7 RENAULT CACIA, S.A. AVEIRO Indstria de peas e acessrios para veculos 278.661.806,00 4.187.751,00 10058 SONAE INDSTRIA - PROD. E COMERCIAL. DE DERIV. DE MADEIRA, S.A. VISEU Fabrico de madeira laminada 260.951.056,77 824.370,91 573 9 SOPORCEL PULP - SOCIEDADE PORTUGUESA DE CELULOSE, S.A. COIMBRA Indstria de pasta de papel 235.645.925,93 1.022.833,55 210 AMORIM & IRMOS, S.A. AVEIRO Indstria de produtos de madeira 233.251.453,99 15.580.878,83 926 11 LUSIAVES - INDSTRIA E COMRCIO AGRO-ALIMENTAR, S.A. COIMBRA Indstria de preparao de carne de aves 213.705.721,20 6.743.623,37 94612 FAURECIA - ASSENTOS DE AUTOMVEL, LDA AVEIRO Indstria de peas e acessrios para veculos 189.191.975,55 20.611.200,81 1492 13 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUES, S.A. LEIRIA Empreiteiros - edifcios industriais 188.514.535,87 26.435.607,05 113714 COFICAB PORTUGAL - COMPANHIA DE FIOS E CABOS, LDA GUARDA Ind de equipamento para instalaes elctricas 181.527.763,10 8.063.988,62 404 15 ALVES BANDEIRA & CA., S.A. COIMBRA Estao de servio 179.614.294,32 339.356,21 33216 PLURAL - COOPERATIVA FARMACUTICA, C.R.L. COIMBRA Grossistas de produtos farmacuticos e para drogaria 178.886.840,00 1.192.883,00 230 17 COMPANHIA INDUSTRIAL DE RESINAS SINTTICAS, CIRES, LDA AVEIRO Indstria de materiais plsticos e resinas sintticas 164.740.365,00 12.729,00 11118 FERPINTA - IND. DE TUBOS AO DE FERNANDO PINHO TEIXEIRA, S.A. AVEIRO Indstria de canos e tubos de ao 162.297.669,43 6.371.867,57 402 19 YAZAKI SALTANO DE OVAR - PRODUTOS ELCTRICOS, LDA AVEIRO Ind de equipamento para instalaes elctricas 155.893.163,21 1.532.466,38 166120 GROHE PORTUGAL - COMPONENTES SANITRIOS, LDA AVEIRO Indstria de pistes, carburadores e vlvulas 135.276.946,48 7.021.321,15 630 21 LABESFAL - LABORATRIOS ALMIRO, S.A. VISEU Indstria de produtos farmacuticos 134.055.661,41 14.102.819,27 51822 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. LEIRIA Indstria de recipientes de vidro 132.904.416,75 13.101.656,10 552 23 COLEP PORTUGAL, S.A. AVEIRO Indstria de recipientes de metal 124.198.093,00 17.508.338,00 92324 LUSO FINSA - INDSTRIA E COMRCIO DE MADEIRAS, S.A. VISEU Fabrico de madeira laminada 123.475.548,57 8.737.000,04 341 25 RACENTRO - FBRICA DE RAES DO CENTRO, S.A. LEIRIA Indstria de preparao de alimentos para animais 122.398.074,28 4.503.652,51 4926 CELTEJO - EMPRESA DE CELULOSE DO TEJO, S.A. CASTELO BRANCO Indstria de pasta de papel 121.905.933,00 14.683.260,00 195 27 DANONE PORTUGAL, S.A. CASTELO BRANCO Grossista de lacticnios 121.006.413,76 7.619.757,37 22928 VIATEL - TECNOLOGIA DE COMUNICAES, S.A. VISEU Construo de edifcios de utilidade publica 120.696.346,56 2.000.408,20 205 29 ASCENDI PINHAL INTERIOR, ESTRADAS DO PINHAL INTERIOR, S.A. LEIRIA Construo de estradas/auto-estradas 118.586.061,36 -1.685.940,28 230 FAPRICELA - INDSTRIA DE TREFILARIA, S.A. COIMBRA Est. de metais no ferro. para a prod. de arame e isoladores 110.483.565,35 1.017.190,50 310 31 MIBEPA - IMPORTAO, COMRCIO E EXPORTAO, LDA LEIRIA Grossista de bens perecveis 107.447.895,17 718.157,76 1032 SCUTVIAS - AUTOESTRADAS DA BEIRA INTERIOR, S.A. CASTELO BRANCO Terminais de transporte rodovirio de mercadorias 101.252.126,93 14.981.202,74 34 33 AMORIM - REVESTIMENTOS, S.A. AVEIRO Industria de produtos de madeira 99.846.926,54 7.085.382,94 46134 SORGAL - SOCIEDADE DE LEOS E RAES, S.A. AVEIRO Indstria de preparao de alimentos para animais 94.904.672,72 2.695.962,29 189 35 PATINTER - PORTUGUESA DE AUTOMVEIS TRANSPORTADORES, S.A. VISEU Transporte local de mercadorias 93.646.397,36 2.109.648,35 103636 SAINT-GOBAIN MONDEGO, S.A. COIMBRA Indstria de recipientes de vidro 93.057.105,04 16.971.296,66 238 37 FLEX 2000 - PRODUTOS FLEXVEIS, S.A. AVEIRO Indstria de artigos de plstico 85.816.852,89 7.078.780,02 21138 SOLVERDE - SOC. DE INVESTIMENTOS TURST. DA COSTA VERDE, S.A. AVEIRO Servios de diverso e recreio 84.417.386,00 -7.189.306,00 1012 39 TEKA PORTUGAL, S.A. AVEIRO Indstria de electrodomsticos 83.298.104,86 4.377.477,44 40340 POLIVOUGA - INDSTRIA DE PLSTICOS, S.A. AVEIRO Indstria de artigos de plstico 82.000.972,55 3.827.581,77 150 41 PRIO BIOCOMBUSTVEIS, S.A. VISEU Indstria de produtos qumicos orgnicos 80.382.686,05 5.440.139,92 2842 MARTIFER - CONSTRUES METALOMECNICAS, S.A. VISEU Indstria de produtos de metal para estruturas 79.540.768,00 -29.391.790,00 1046 43 PROLEITE - COOP. AGRCOLA DE PRODUTORES DE LEITE, C.R.L. AVEIRO Grossista de lacticnios 77.837.089,00 11.359.268,00 10644 HUF PORTUGUESA - FBR. DE COMPONENTES PARA O AUTOMVEL, LDA VISEU Indstria de peas e acessrios para veculos 77.705.243,26 4.471.500,19 348 45 MAHLE - COMPONENTES DE MOTORES, S.A. COIMBRA Indstria de turbinas a gs e a vapor 75.817.017,94 10.040.097,33 61146 SOTRAPEX - TRANSP. RODOV., EXPOR. IMPOR. DE CEREAIS, LDA LEIRIA Grossistas de cereais 74.725.992,25 257.605,23 50 47 BOSCH SECURITY SYSTEMS - SISTEMAS DE SEGURANA, S.A. AVEIRO Indstria de equipamento de emisso de radio e televiso 74.260.836,00 55.231,00 34548 CENTRO HOSPITALAR DE ENTRE O DOURO E VOUGA, E.P.E. AVEIRO Hospital de medicina geral e cirurgia 74.178.090,91 -2.766.754,08 1637 49 AMORIM CORK COMPOSITES, S.A. AVEIRO Indstria de produtos de madeira 73.051.852,06 3.519.342,27 41050 GESTAMP AVEIRO - INDSTRIA DE ACESSRIOS DE AUTOMVEIS, S.A. AVEIRO Indstria de peas e acessrios para veculos 72.032.580,77 6.661.230,86 422

    posio nome Distrito sede social Setor de atividade Faturao Resultado lquido 2013 Empregados

    50 maiores empresas da regio Centro

    Transportes Breger, SA - Suc. em PortugalEN 10, Km 127,Edifcio Patinter, Sala 162615-124 Alverca Do RibatejoTl : +351 219 938 110 | Fax : +351 219 938 118Portable : +351 919 412 [email protected] | www.breger.fr/

    3996

    7

  • EMPRESAS DO CENTRO 1000 MAIORES | DIRIOASBEIRAS | 33

    1 SOPORCEL - SOCIEDADE PORTUGUESA DE PAPEL, S.A. COIMBRA Indstria de papel 509.247.873,98 59.135.632,09 6962 PEUGEOT CITREN AUTOMVEIS PORTUGAL, S.A. VISEU Indstria de veculos a motor 503.922.579,22 3.793.584,82 988 3 PRIO ENERGY, S.A. VISEU Grossista de petrleo a granel 425.929.866,07 702.700,83 2224 CELULOSE DA BEIRA INDUSTRIAL (CELBI), S.A. COIMBRA Indstria de pasta de papel 383.733.116,00 45.098.521,00 200 5 CENTRO HOSPITALAR E UNIVERSITRIO DE COIMBRA, E.P.E. COIMBRA Hospital de medicina geral e cirurgia 368.435.710,30 -29.846.171,34 74966 CUF - QUMICOS INDUSTRIAIS, S.A. AVEIRO Indstria de produtos qumicos orgnicos 305.641.657,57 6.832.737,81 191 7 RENAULT CACIA, S.A. AVEIRO Indstria de peas e acessrios para veculos 278.661.806,00 4.187.751,00 10058 SONAE INDSTRIA - PROD. E COMERCIAL. DE DERIV. DE MADEIRA, S.A. VISEU Fabrico de madeira laminada 260.951.056,77 824.370,91 573 9 SOPORCEL PULP - SOCIEDADE PORTUGUESA DE CELULOSE, S.A. COIMBRA Indstria de pasta de papel 235.645.925,93 1.022.833,55 210 AMORIM & IRMOS, S.A. AVEIRO Indstria de produtos de madeira 233.251.453,99 15.580.878,83 926 11 LUSIAVES - INDSTRIA E COMRCIO AGRO-ALIMENTAR, S.A. COIMBRA Indstria de preparao de carne de aves 213.705.721,20 6.743.623,37 94612 FAURECIA - ASSENTOS DE AUTOMVEL, LDA AVEIRO Indstria de peas e acessrios para veculos 189.191.975,55 20.611.200,81 1492 13 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUES, S.A. LEIRIA Empreiteiros - edifcios industriais 188.514.535,87 26.435.607,05 113714 COFICAB PORTUGAL - COMPANHIA DE FIOS E CABOS, LDA GUARDA Ind de equipamento para instalaes elctricas 181.527.763,10 8.063.988,62 404 15 ALVES BANDEIRA & CA., S.A. COIMBRA Estao de servio 179.614.294,32 339.356,21 33216 PLURAL - COOPERATIVA FARMACUTICA, C.R.L. COIMBRA Grossistas de produtos farmacuticos e para drogaria 178.886.840,00 1.192.883,00 230 17 COMPANHIA INDUSTRIAL DE RESINAS SINTTICAS, CIRES, LDA AVEIRO Indstria de materiais plsticos e resinas sintticas 164.740.365,00 12.729,00 11118 FERPINTA - IND. DE TUBOS AO DE FERNANDO PINHO TEIXEIRA, S.A. AVEIRO Indstria de canos e tubos de ao 162.297.669,43 6.371.867,57 402 19 YAZAKI SALTANO DE OVAR - PRODUTOS ELCTRICOS, LDA AVEIRO Ind de equipamento para instalaes elctricas 155.893.163,21 1.532.466,38 1661