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AGO, SET | 2009 Ano 2 - 7ª Edição Entidade de Caráter Social e Filantrópico Por um futuro melhor

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Revista Visão Seleta

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AGO, SET | 2009Ano 2 - 7ª Edição

Entidade de Caráter Social e Filantrópico

Por um futuro melhor

A Revista Visão Seleta, em sua pequena, mas im-portante trajetória, está tomando a forma tão almejada por toda a equipe e consolidando nossa busca incessan-te pela concretização desse propósito. O resultado é seu constante desenvolvimento, inovação e mudança.

Sendo a Revista um canal aberto para levar ao conhecimento dos leitores as atividades desenvolvidas no âmbito institucional, esta edição em especial, tem a missão fundamental de divulgar as principais realiza-ções desde o início da administração da atual diretoria, presidida por GABRIEL MOREIRA DOS SANTOS. Entre elas destacamos algumas obras, reformas, reestrutura-ções, ações e atividades sociais. Desta forma, aprovei-tamos para comemorar o aniversário de 83 anos do Quadro de Campo Grande e os 101 anos da fundação da S::S::C::H::.

Nesta edição, não poderíamos deixar de home-nagear Campo Grande pelo seu aniversário, e abrimos espaço para matérias repletas desta cultura que mistura diversos povos. A publicação apresenta as facetas da ci-dade, suas inúmeras belezas naturais e arquitetônicas, sua gente, além de apresentar sutis características da identidade de uma capital que encanta.

Presidente: Gabriel Moreira dos Santos 1º vice Presidente: Amilton Nantes Coelho 1º Secretário: Milton Rosa Sandim1º Tesoureiro: Alfredo José de ArrudaDiretor: Vilson de FreitasAssessor Jurídico: João Maciel Neto

Jornalistas responsáveis: Nádia Bronze /DRT 141 MSMirella Bernard /DRT 121 MSDesigner Gráfico: Alex Freitas Responsável Gráfico: Alexandre BelchiorProdução e comercial: Marcia RodriguesRevisão: Valéria Valli Seffrin

Tiragem: 2.000 exemplaresImpressão: Grafica Seleta Rua Pedro Celestino, 3283 Bairro São FranciscoCEP: 79002 -320 | Fone: 67 3356 -1525Fale Conosco: [email protected]

Revista Visão Seleta é uma publicação da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária

Vilson de FreitasDiretor da Revista

04OMEP Pela qualidade na educação

06PROJETOIncubadora Zé Pereira

52QUADRO DE CAMPO GRANDESetor Pedagógico

34QUADRO DE CAMPO GRANDETrabalho em parceria

46 QUADRO DE CAMPO GRANDEInovações e Melhorias

56PAULO SIUFI Projetos de Siufi marcam os seis meses de Legislativo

58SELETA Quadro de Bonito retoma atividades

08CAPACampo Grande 110 Anos

índice

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OMEP PELA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

A Organização Mundial para Educação Pré-Escolar de Mato Grosso do Sul (OMEP/MS/BR), com 33 anos de história, é mantenedora do Instituto de Educação Professora Marisa Serrano (IEMS), que atende 180 crianças de zero a cinco anos, em período integral. O objetivo é defender o direito da criança à educação de qualidade garantida pela lei.

A Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (OMEP) está presente no cenário de Mato Grosso do Sul há 33 anos, sempre a frente das ques-tões da educação infantil, na elaboração de propos-tas, estratégias, reflexões, políticas e desenvolvimen-to teórico e prático das ações voltadas ao educar na primeira infância. A OMEP/MS é mantenedora do Instituto de Educação Professora Marisa Serra-no (IEMS), que completou 12 anos de trabalho com uma animada festa para a garotada.

Na entidade, as crianças recebem quatro refei-ções diárias e, além das salas de aula, contam com espaço para atividades de recreação e esporte. São 180 crianças, de zero a quatro anos, atendidas em sistema de creche, em período integral. A OMEP/MS conta com biblioteca, sala de leitura e mídia, sala de informática, casa de bonecas, parque, brinquedote-ca, quadra, campo e teatro de arena. Semanalmente, os alunos participam brincando da Tarde Cultural, com teatro, gincanas e apresentações musicais.

De acordo com a presidente da OMEP/MS e também da OMEP/Brasil, Maria Aparecida Salmaze, não é fácil manter as instituições. “A Organização é sustentada através de convênios, organização de eventos, doações e do Fundeb (Fundo de Manuten-ção e Desenvolvimento da Educação Básica). Nosso trabalho é árduo. É uma luta constante, mas temos que vencer”.

Entidade

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Mais que assumir a luta pelo direito das crian-ças, a OMEP/MS visa ainda melhorias na qualidade do profissional que trabalha com a educação infantil. “Oferecemos aos professores que trabalham no IEMS, bem como aos demais profissionais que atuam na cidade e no interior do estado, cursos de formação continuada, para melhorar o desempenho deles na prática diária”, conta a presidente. Em Campo Grande, a OMEP/MS também tem estendido suas ações para a formação profissional de jovens com o Projeto Ju-ventude Cidadã, iniciado em 2006, em parceria com a

Fundação de Assistência e Trabalho (Funsat).No Brasil, a OMEP está presente em 14 estados,

sendo que no total são 79 instituições. Todas elas serão representadas pela presidente Maria Apareci-da Salmaze, na África, durante a assembleia mundial que acontece uma vez por ano. “Faremos uma apre-sentação sobre a estrutura existente na OMEP/BR, tendo como referência a instituição em Mato Grosso do Sul. Levaremos um pouco de tudo que é produzi-do aqui. Vamos surpreendê-los”.

Serviço: OMEP/BR/MS - Rua Barão de Ubá, 556, Bairro Tiradentes. Tel.: (67)3341-1013 E-mail: [email protected]. Site: www.omepms.org.br.

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Na certa materiais como: bagaço de cana, fi-bra de bananeira, bambu, taboa, buriti, papel, osso e chifre bovino seriam jogados fora. Mas são essas matérias primas que estão transformando a vida de quatro empreendedoras na Capital que atuam na In-cubadora Municipal do bairro Zé Pereira.

No local são desenvolvidas quatro frentes de trabalho a de tecelagem, papel reciclado, fibra natu-ral, osso e chifre.

Utilizando retalhos, fibras de taboa, algodão e barbantes, Ruth Conceição produz almofadas, tapetes, bolsas, jogos americanos e essa atividade já está pas-sando para a filha. “Eu vim até a Incubadora para fazer um curso, gostei do que aprendi e ainda descobri um dom. Agora trago até minha filha para me ajudar”.

Pulseiras, objetos decorativos e utensílios do-mésticos, como porta copo, suporte de panelas feitos com as fibras naturais da taboa, bananeira, buriti são

as peças produzidas pela microempresária Lucimar Maldonado. Ela explica o processo de produção. “Busco na natureza esses materiais, mais precisa-mente da região do Córrego Cabaça aqui em Campo Grande”. Após colher a matéria prima, Lucimar conta que a fibra passa por um processo de secagem, de-sidratação e só depois começa a ser trabalhada. Ela também ressalta o reconhecimento. “Graças a essa oportunidade meu trabalho já é reconhecido e isso é muito gratificante. É uma realização pessoal”.

Usando também as fibras, entre elas o bagaço da cana, e ainda papel pós consumo, a microempre-sária Solange Cardinal produz blocos de papel, cola-res, objetos de decoração e com todo esse trabalho fala com orgulho sobre a empresa. “Este ano faz 1 ano que tenho minha empresa formalizada. É um so-nho, que graças a Incubadora consegui conquistar”.

Outra produção feita na Incubadora são as pe-

Incubadora Zé Pereira Matéria prima transformada em obra de arte

Projeto

Alex Freitas

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ças com osso e chifre, provenientes, respectivamen-te, de descarte de açougues e compra em frigorífi-co. A microempresária Neidir da Silva relata que o osso passa por processo de beneficiamento durante dez dias, com uso de detergente especifico. A sobra é transformada em sabão que é distribuído para a comunidade carente do bairro. Após limpeza, o osso é transformado em bijuterias ou em peças decorati-vas. “O material que tinha o lixo como destino final, eu transformo num bem de consumo e, com isso, garanto minha renda familiar e ajudo a preservar a natureza”, argumentou Neidir.

INCUBADORAS – Criadas em 2004, as Incu-badoras Municipais tem como principal objetivo estimular, abrigar e consolidar o micro e pequeno empresário. Atualmente em Campo Grande existem quatro Incubadoras, que trabalham em diferentes atividades, sendo elas: artesanato, artefatos de cou-

ro, produtos alimentícios, e confecção têxtil.Segundo a responsável pela Incubadora Zé Pe-

reira, Ângela Moura de Quevedo, as incubadoras são o primeiro passo para a formalidade. “Aqui as pes-soas encontram todo o aparato que precisam para transformar o sonho em realidade. Os que partici-pam desse projeto tem a chance de sair da informa-lidade e se tornar um empresário”.

Parcerias com o Sebrae, Fundação Banco do Brasil, Conselho de Classe fazem com que os micro empresários tenham qualificação adequada para en-trar no mercado. “Muitos chegam aqui procurando nossos cursos e acabam se tornando parte do pro-jeto, além de descobrirem um novo talento e nova forma de renda”, ressalta Ângela.

As Incubadoras são subsidiadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciên-cia e Tecnologia e do Agronegócio (Sedesc).

Quem se interessar pelos produtos basta ir à sede da Incubadora Zé Pereira na rua Eugenio Perón, 676, bairro Zé Pereira ou na Feira Central. Informações pelo telefone 3314-7472 ou 3314-7408.

Incubadora Zé Pereira Matéria prima transformada em obra de arte

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Bruno Romero

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Campo Grande é uma cidade de cultura ainda em formação. A música, culinária, arquitetura, o comportamento do campo-grandense são fatores que revelam uma forte mistura das influências indígena, japonesa, árabe, paraguaia, portuguesa, mineira, nordestina, sulista e muitas outras. Essa miscelânea começa a ser devidamente reconhecida como identidade cultural da cidade e do estado. Ouve-se falar que os costumes daqui não são genuínos. No entanto, há traços tão particulares que podem ser per-cebidos apenas pelos nativos ou por quem, por amor, escolheu a Cidade Morena para viver. Portanto, a Revista Visão Seleta, aproveita para come-morar os 110 anos da Capital apresentando, sob novos e antigos ângu-los, alguns dos pontos positivos que comprovam que a porta de entrada do Sul do Pantanal deve e merece ser mais amada e mais conhecida em seus detalhes. Afinal, só se ama o que se conhece.

Alex Freitas

Bruno Romero

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Quem mora em Campo Grande pode ter conta-to direto com a natureza sem precisar ir muito longe. Muito de sua beleza deve-se a ela. Os parques e outras inúmeras áreas verdes ornamentam a cidade. Por isso, nada de preguiça! Os parques convidam a um passeio, uma caminhada, corrida, andar de bicicleta ou seja lá qual for o seu esporte. Esses locais animam qualquer pessoa. Talvez esporte não seja a sua praia, mas você pode, simplesmente, visitar para tomar uma água de coco bem gelada e curtir a paisagem. Você também pode matar a saudade dos amigos com um papo agra-dável ao livre ou então fazer um bem para o seu ani-malzinho de estimação. As oportunidades estão aí! Mo-radores e visitantes têm à disposição pelo menos uma dezena de espaços públicos arborizados onde podem

encontrar sossego e tranquilidade, tais como o Horto Florestal e o Parque Ecológico do Sóter.

A mais conhecida área pública de lazer de Cam-po Grande é, sem dúvida, o Parque das Nações Indí-genas, considerado o maior do mundo em perímetro urbano. O espelho d’água do parque é abastecido pelo Córrego Prosa e reflete os últimos raios do sol, que se esconde vagarosamente atrás dos edifícios da Cidade Morena, antes de a noite chegar. As pessoas costu-mam sentar e esperar por este momento, que fica ain-da mais deslumbrante naquele lugar. O Parque abriga ainda uma Concha Acústica, que é palco de apresen-tações culturais e o Museu de Arte Contemporânea (Marco), que conta com um acervo de obras de artis-tas plásticos de MS e de outros Estados. Como se não

Aproveite

Especial de Campo GrandePaço M

unicipal

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bastasse, o local agrega o Parque Estadual do Prosa, onde se encontram as nascentes dos córregos Prosa, Joaquim Português e Desbarrancado, além do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS). Perio-dicamente, grandes públicos são levados ao Parque para prestigiar shows de artistas de renome nacional.

Campo Grande também conta com outros espa-ços que podem ser utilizados para aqueles que que-rem manter mente e corpo sãos. O Parque dos Po-deres é o centro administrativo do Estado, e possui ainda o Centro de Convenções - Arquiteto Rubens Gil de Camilo e o Palácio das Comunicações - TVE (TV Educativa).

A Praça Lúdio Martins Coelho Filho – conhecida como Praça Itanhangá possui quiosques, pista de co-

oper e parque, uma boa pedida pra levar a garotada. A Praça Esportiva Belmar Fidalgo é também bastante conhecida pelos campo-grandenses que gostam da prática de exercícios físicos. Já a Praça da República, conhecida como Praça do Rádio Clube, é umas das mais antigas da cidade e acolhe o monumento cons-truído por Choji Oykawa em homenagem à Imigração Japonesa. De forma recorrente são realizados shows musicais e feiras de exposição com muitas opções de produtos para o público. A Praça Ary Coelho, na área mais central de Campo Grande, costuma abrigar sho-ws musicais, além de apresentações de teatro e capo-eira. É a praça mais tradicional da cidade.

Bruno Romero

Alex Freitas

PMCG

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Painéis com motivos pantaneiros enfeitando a paisagem urbana. Com esse enorme e arriscado tra-balho, o artista plástico Cleir Ávila Ferreira Junior vem contribuindo para inserir diversos personagens da fauna pantaneira no cenário de Campo Grande e de outras cidades de Mato Grosso do Sul. Onças, garças e tuiuiús são apresentados em grandes escalas – em média 45 metros de altura- em edifícios já existentes. Os murais foram iniciados em 1994. Cleir realizou também a construção do “Monumento das Araras” na Praça Cuiabá. A ideia foi despertar a população para a preservação da arara azul, ave em extinção. O Monu-mento Pantanal Sul, composto por três esculturas do pássaro símbolo do Pantanal, o Tuiuiú, foi inaugurado no ano 2000. A obra, também do artista plástico, pos-

sui cerca de 4 metros de altura e está localizada no Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Desde 1998, diversos espaços públicos de Cam-po Grande ganham cara nova com os murais criados pela artista Ana Ruas. Viadutos, muros de escolas e residenciais, edifícios e passarelas são pintados com a função de educar visualmente o homem para a har-monia da paisagem, considerada como conjunto de elementos humanos, naturais e culturais. Os traba-lhos chamam a atenção de quem passa pelos locais. Alguns estampam homenagens à imigração japonesa com pinturas que lembram os origamis e o Tsuru - ave sagrada no Japão que representa boa sorte, felicidade e saúde. Outras pinturas representam a cerâmica dos índios kadiuéus, famosos por terem sido guerreiros no passado. Além de embelezar, a arte de Ana Ruas provoca a limpeza visual da cidade, corrigindo o avan-ço desordenado de seu traçado, construindo um novo cenário urbano muito mais agradável aos olhos dos espectadores.

Fazendo Arte

Especial de Campo Grande

Marco U

llmann

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Reprodução

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Especial de Campo Grande

São 35 anos de carreira, mais de 300 composi-ções, 10 discos gravados e uma grande paixão pela música. Assim é Aurélio Miranda que com sua voz e a viola já encantou platéias de todo país.

Até para contar um pouco dessa trajetória Au-rélio não larga a viola. Entre uma história e outra, em sua casa, pausa para uma música. É nesse clima descontraído, que Aurélio nos conta que já foi cam-peão de grandes festivais, entre eles o “Violeira Rose Abrão” na Festa do Peão de Barretos, com a música “Barretos - tradição e progresso”. Foi eleito o compo-sitor e intérprete da melhor música de viola do país. “Nessa época os grandes festivais se preocupavam com a qualidade musical, com a melodia”.

Nascido em Mato Grosso, em uma cidade chama-da Cabeceira do Rio Manso, a qual ele diz não se lem-

brar, foi criado em Poxoné. Já foi sapateiro, engraxate, ven-dedor de água em jumento e nos fins de semana cantava nos bares da cidade. Com a dupla Cigano e Ciganinho fez sucesso em Mato Grosso e na década de 60 veio para Mato Grosso do Sul.

Passou por Aquidaua-na e em 72 chegou em Cam-po Grande.Sua trajetória na cidade morena reúne inú-meras apresentações, grava-ções e composições. Durante todo esse tempo as parcerias também foram marcas regis-tradas. Em 78 gravou o dis-co “Os Rouxinóis do Brasil”, época que formava a dupla Cruzeiro e Tostão.

Aurélio nos conta que em 1980 a dupla ganhou

mais um integrante e passou a se chamar Cruzeiro, Tostão e Centavo, hoje conhecidos como Aurélio Mi-randa, Tostão e Guarani. O disco gravado pelo trio era intitulado “Estrada de Chão”.

São muitas histórias e lembranças que Au-rélio Miranda traz em sua memória. Bom de conver-sa e mais ainda com a viola, nos encanta ao pegar o violão e dedilhar uma música e só altera um pouco a voz quando ressalta a importância da valorização dos artistas. “Temos em nosso Estado valiosos artis-tas como Délio e Delinha, Helena Meirelles, família Espindola, entre tantos outros que precisam ser lem-brados”. Mas volta a serenidade quando fala da famí-lia. Casado com Marina desde 1981, tem juntos dois filhos Laura e Aurélio. “Só tenho a agradecer pela família que Deus me presenteou”.

Música Pantaneira

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O perfil feito no site Overmundo já diz tudo: “Canto, componho, sou produtor cultural, autodidata, natural de Minas Gerais, vivo em Campo Grande (MS), desde 1990 e adoro esse lugar. Assumi, de maneira natural, nestes anos todos, um papel relevante no ce-nário cultural do Estado e uma missão muito digna e prazerosa, diga-se de passagem, a de divulgar e esti-mular a música sul-matogrossense. Sou o criador do Sarau do Zé Geral, um dos importantes espaços cultu-rais da cidade, onde tenho revelado, nos dez anos de existência, importantes nomes no meio musical. Vivo da música e para a música. Sou exigente quanto à qualidade, adoro o pôr-do-sol, as mulheres e as man-gas daqui e não gosto de barulho, funk e frio!”.

Este é o Zé Geral pelo próprio Zé Geral. Mais claro impossível. Lá se vão quase 15 anos da exis-tência do seu Sarau, que apresenta os mais varia-dos estilos de música. A predominância é do rock numa terra de sertanejos. Uma ousadia! Os músicos de Campo Grande e região são convidados para as edições e tocam apenas algumas músicas – autorais ou não, deixando sempre um gosto de quero mais. A ideia é dar destaque a todos. O Sarau do Zé Geral já esteve em vários lugares, mas atualmente ocupa espaço na Rua Pedro Celestino, 853, no Centro. Os encontros valem a pena e, certamente, a noitada é boa! Vale conferir.

Sarau do Zé Geral

Reprodução

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Especial de Campo Grande

Campo Grande também tem os seus mistérios. Tanto é que há quem jure ter visto OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) num jogo noturno, no Estádio Pedro Pedrossian – conhecido como Mo-renão, que integra a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Reza a lenda que, no dia 6 de março de 1982, durante uma partida do Campeonato Bra-sileiro disputado entre Vasco e Operário, torcida, jo-gadores e jornalistas foram surpreendidos por luzes que planavam e faziam acrobacias sobre o estádio. Embora nenhuma câmera tivesse conseguido regis-trar o flagrante, todos os presentes ficaram bastante impressionados. Até hoje não há explicação sobre esse fenômeno.

Ainda no espaço da Cidade Universitária, o Lago do Amor, foi refúgio de lazer do campo-gran-dense entre os anos 1960 e 1970. Hoje, revitalizado, atrai centenas de pessoas e outras tantas capivaras que andam tranquilamente pelos pastos. O local ga-nhou esse nome por ser bastante frequentado pelos enamorados. Entretanto, parece que nem tudo são flores... O Lago do Amor ficou conhecido também por fama sombria: inúmeras mortes teriam aconte-cido no local devido a um misterioso “buraco mag-nético” em seu centro. De acordo com a velha lenda urbana, ninguém sabe o paradeiro das pessoas que foram “puxadas” pelo buraco. Acredita-se que ele é uma das entradas para o Inferno! Vai encarar?

Mistérios

Reprodução

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Alex FreitasAlex Freitas

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Ela esbanja beleza. Tanto é assim que Campo Grande se transforma a cada dia num pólo turístico para lazer ou para negócios. A Cidade Morena está em contínuo crescimento. Os toques de modernida-de podem ser vistos em todos os lugares. Mesmo assim, a sociedade faz questão de preservar sua história e homenagear os povos que contribuíram com a sua evolução, mantendo monumentos e edifi-cações importantes. Grandes estruturas destacam-se na paisagem. São iniciadas e acabadas diariamente. No entanto, a arquitetura histórica é defendida, tan-to pelos saudosistas quanto pelas novas gerações. Modernidade e história caminham de mãos dadas e fazem da Capital uma cidade ainda mais interessante de se observar.

Obviamente, quase todos os problemas e de-safios de uma grande cidade são encontrados aqui, mas as avenidas amplas, a farta área verde no meio da cidade, o sol e os aspectos de uma típica cida-dezinha interiorana fazem com quem moradores e visitantes se apaixonem cada vez mais. O que va-mos apresentar a partir de agora, certamente você, que vive na Capital, já viu várias vezes, mas que tal prestar um pouco mais de atenção para perceber as preciosidades em sua volta. Você acredita em amor à segunda ou terceira vista?

Morada dos Baís Construída em 1913, foi o primeiro sobrado

em alvenaria de Campo Grande. A antiga residência da família Baís tornou-se Pensão Pimentel, uma das

primeiras referências em hospedaria na cidade. Fun-cionou até 1979. Depois de ser tombada pelo patri-mônio histórico em 1993, passou a ser um dos mais importantes pontos turísticos na cidade. Para mo-radores e turistas, o momento em que a edificação ganha mais beleza é no final de cada ano. Na época são instaladas milhares de luzes. A apresentação de corais dá à Morada dos Baís um “ar” de verdadeira magia natalina.

Casa do ArtesãoArtesanato com a cara de Campo Grande. Cons-

truída em 1923 para ser residência e comércio, abri-gou a 1ª agência do Banco do Brasil, na cidade. Na Casa do Artesão, peças de tribos indígenas dividem espaço com obras de artistas da região. São inúmeras

imagens sacras e outros objetos que retratam a fau-na pantaneira. Sem esquecer os famosos bugres da Conceição, feitos na machadinha e com uma camada de cera. Licores de diversos sabores, tecelagem e ar-tesanato criado a partir da argila, do osso, do couro, madeiras, entre outros produtos, valorizam e estimu-lam a cultura sul-mato-grossense. Sair deste centro cultural sem levar nada é se arrepender na certa!

Mercado MunicipalConstruído em 1933, o Mercado Municipal

Antônio Valente, conhecido como Mercadão, reúne comerciantes de pescado, doces, queijos e ervas. Pode-se dizer que representa um pouco da alma campo-grandense já que quase tudo que é comer-cializado lá se tornam iguarias regionais. Como todo

Surpreenda-se

Especial de Campo GrandeAlex Freitas

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Ela esbanja beleza. Tanto é assim que Campo Grande se transforma a cada dia num pólo turístico para lazer ou para negócios. A Cidade Morena está em contínuo crescimento. Os toques de modernida-de podem ser vistos em todos os lugares. Mesmo assim, a sociedade faz questão de preservar sua história e homenagear os povos que contribuíram com a sua evolução, mantendo monumentos e edifi-cações importantes. Grandes estruturas destacam-se na paisagem. São iniciadas e acabadas diariamente. No entanto, a arquitetura histórica é defendida, tan-to pelos saudosistas quanto pelas novas gerações. Modernidade e história caminham de mãos dadas e fazem da Capital uma cidade ainda mais interessante de se observar.

Obviamente, quase todos os problemas e de-safios de uma grande cidade são encontrados aqui, mas as avenidas amplas, a farta área verde no meio da cidade, o sol e os aspectos de uma típica cida-dezinha interiorana fazem com quem moradores e visitantes se apaixonem cada vez mais. O que va-mos apresentar a partir de agora, certamente você, que vive na Capital, já viu várias vezes, mas que tal prestar um pouco mais de atenção para perceber as preciosidades em sua volta. Você acredita em amor à segunda ou terceira vista?

Morada dos Baís Construída em 1913, foi o primeiro sobrado

em alvenaria de Campo Grande. A antiga residência da família Baís tornou-se Pensão Pimentel, uma das

primeiras referências em hospedaria na cidade. Fun-cionou até 1979. Depois de ser tombada pelo patri-mônio histórico em 1993, passou a ser um dos mais importantes pontos turísticos na cidade. Para mo-radores e turistas, o momento em que a edificação ganha mais beleza é no final de cada ano. Na época são instaladas milhares de luzes. A apresentação de corais dá à Morada dos Baís um “ar” de verdadeira magia natalina.

Casa do ArtesãoArtesanato com a cara de Campo Grande. Cons-

truída em 1923 para ser residência e comércio, abri-gou a 1ª agência do Banco do Brasil, na cidade. Na Casa do Artesão, peças de tribos indígenas dividem espaço com obras de artistas da região. São inúmeras

imagens sacras e outros objetos que retratam a fau-na pantaneira. Sem esquecer os famosos bugres da Conceição, feitos na machadinha e com uma camada de cera. Licores de diversos sabores, tecelagem e ar-tesanato criado a partir da argila, do osso, do couro, madeiras, entre outros produtos, valorizam e estimu-lam a cultura sul-mato-grossense. Sair deste centro cultural sem levar nada é se arrepender na certa!

Mercado MunicipalConstruído em 1933, o Mercado Municipal

Antônio Valente, conhecido como Mercadão, reúne comerciantes de pescado, doces, queijos e ervas. Pode-se dizer que representa um pouco da alma campo-grandense já que quase tudo que é comer-cializado lá se tornam iguarias regionais. Como todo

Surpreenda-seFundação de Cultura

Alex Freitas

PMCG

Especial de Campo Grande

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morador sabe, encontra-se também “o melhor pastel da cidade” e saborear é preciso. Bem em frente ao Mercadão, a Praça Oshiro Takamari abriga a Feira Indígena, um espaço de resistência cultural e sobre-vivência econômica de alguns índios que vivem na região. Produtos nativos como palmito, feijão verde, guariroba, pequi, guavira, urucum, plantas e ervas medicinais, e mel de jati são facilmente achados.

Monumento do Carro de BoiA edificação, conhecida como Monumento dos

Imigrantes, é considerada o marco da ocupação de Campo Grande. Por volta de 1872, vindas com carros de boi, as primeiras famílias de migrantes mineiros iniciaram ali a formação do povoado. O monumento,

idealizado pela artista plástica Neide Ono e construí-do em 1996, localiza-se ao lado do Horto-Florestal.

Antiga Estação FerroviáriaA implantação da Estrada de Ferro Noroeste

do Brasil (NOB) no sul de Mato Grosso, que interli-gou as duas bacias fluviais do Paraná e do Paraguai, além de Campo Grande aos países vizinhos Paraguai e Bolívia, foi o marco da chegada do progresso à re-gião. A edificação de 1914 trouxe ainda imigrantes libaneses, árabes, armênios e japoneses, que impul-sionaram o comércio e a agricultura locais. Em redor deste espaço resiste a Vila dos Ferroviários, cons-truída para agregar funcionários e seus familiares. O complexo da Esplanada dos Ferroviários abriga

Alex FreitasReprodução

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Alex Freitas

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Especial de Campo Grande

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ainda o Armazém Cultural, onde funcionavam os antigos depósitos. Reinaugurado em 2004, o centro cultural foi adaptado para a realização de eventos culturais, com capacidade para receber cerca de mil pessoas.

Relógio CentralO atual monumento resgata uma época em que

foi construído o primeiro relógio público da cidade, originalmente localizado entre a Rua 14 de Julho e a Avenida Afonso Pena, em 1933. Foi local de gran-de reuniões, comícios políticos e ponto de encontro da população como ponto de referência. Em 1970, o Relógio foi demolido sob protestos dos morado-

res. Uma campanha feita pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, em 1994, em favor da restauração de prédios antigos da área central e dos monumentos da cidade, trouxe à tona a idéia de reconstruir o relógio público. Em 2000, uma réplica do monumento original foi reerguida na esquina das avenidas Afonso Pena e Calógeras.

Obelisco Monumento inaugurado no dia 26 de agosto de

1933, o Obelisco foi construído em homenagem ao fundador da cidade, José Antônio Pereira. Em 1975, o monumento foi tombado pelo Patrimônio Histórico de Campo Grande, a fim de evitar a sua demolição.

Alex Freitas

Reprodução

Especial de Campo Grande

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A culinária japonesa, com tempero bem brasi-leiro, é um dos fortes atrativos encontrados em Cam-po Grande. Talvez seja “lugar comum” falar do Sobá, mas a iguaria, trazida para a cidade pelos imigrantes de Okinawa, é um símbolo da cultura campo-gran-dense. O Sobá tem como base um macarrão feito artesanalmente e um caldo especial. Leva omelete cortado em tiras, cebolinha e carne de porco (que pode ser substituída por carne de frango ou bovina). Para um sabor ainda mais apurado, normalmente acrescenta-se molho a base de soja e gengibre. O prato é o verdadeiro astro da culinária local, tanto que, na Capital, pode-se encontrar sobarias em qual-quer esquina. Aqui, o maior consumo de Sobá por

metro quadrado, certamente, é na Feira Central (ou Feirona) onde cada cidadão, de mamando a caducan-do, pode se fartar desta e outras iguarias como o Yakisoba e a Dobradinha.

Quem aporta por aqui também pode estranhar ao ser chamado a degustar a Sopa Paraguaia. Colhe-res não são oferecidas. Até porque, como os nativos sabem, o prato não é líquido, mas um tipo de torta. Esta é uma comida típica da região de fronteira, mas pode ser encontrada por todo o estado. Existem vá-rias versões para o fato deste prato receber o nome de sopa. Alguns dizem que originalmente era mesmo uma sopa normal, a qual os soldados paraguaios le-vavam para os campos de batalha durante a Guerra

Muitos Aromas e Sabores

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do Paraguai. Como era difícil transportar algo tão líquido, aos poucos, foram sendo incorporados in-gredientes que a tornaram mais sólida.

Outra hipótese é de que o termo “sopa”, para os paraguaios da fronteira signifique “torta”, e o que nós brasileiros chamamos de “sopa” eles denominam “ensopado”. A terceira versão é de que a massa, an-tes de ser assada, é bastante líquida, parecendo mes-mo uma sopa. Conjecturas à parte, a Sopa Paraguaia, feita a base de milho, ovos, leite, queijo e cebola sur-preende todos os forasteiros.

Outro costume paraguaio arraigado por essas bandas é o Tereré. Trata-se de uma versão do Chi-marrão só que com algumas diferenças fundamen-

tais. A erva-mate é servida na guampa (preferencial-mente de chifre bovino) com água gelada. A bebida mata a sede, combate o calor e ainda une os amigos numa roda de conversa que pode durar horas a fio. Aqui ninguém enferruja! São ainda caprichos da culi-nária típica campo-grandense a mandioca bem ama-relinha, a farofa, o arroz carreteiro, a chipa, o licor de pequi, o peixe – assado, grelhado, frito, cozido, a uru-cum, ao molho. O churrasco gaúcho ou pantaneiro, a esfiha e o charuto sírio, e a cachaça mineira. Tudo junto, misturado e muito bem aproveitado!

Alex Freitas

Especial de Campo Grande

Libaneses, campograndenses de coração

Eles chegaram a 130 anos atrás no Brasil e quase 100 em Mato Grosso do Sul. Os libaneses foram responsáveis pela construção da identidade campograndense. Contribuíram com o comércio e formação cultural, principalmente na dança e na gastronomia.

Os primeiros chegaram no final do século XIX. Marão Abalen, Amam Assaf foram alguns, mas que ao ficaram muito tempo. Em 1908 chegam Felipe Saad, Eduardo Contar, Moises Maluf, Abel calarge, entre ou-tros e assim deram inicio a essa fantástica colônia.

Ao comemorar 130 anos de imigração, os des-cendentes lembram como emoção suas raízes e cos-tumes. “Minha mãe e meu pai nos ensinaram a reunir a família, a estar sempre juntos e principalmente a deixar a cultura viva entre nós”, relata Samira Kalache, filha de Theodossio Kalache e Minerva Khairalh.

Os libaneses são lembrados pela generosa culi-nária. Quem não se encanta por um quibe, uma cafta e a coalhada. A dança também é muito presente na

cultura e expressa a alegria do povo libanês. Basta ver as apresentações do grupo de dança Litani, que divulga na Capital a dança tradicional libanesa.

No dia 06 de agosto, eles comemoram a che-gada da imigração em Campo Grande. Em um even-to realizado pela Prefeitura Municipal, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), e do Arqui-vo Histórico de Campo Grande (Arca) muitos descen-dentes, puderam brindar à colônia com arak (bebida típica árabe) e lembrar suas raízes, com a dança do grupo Litani, além de uma série de fotos e documen-tos, expostos no local. Atualmente, conforme dados da prefeitura, cerca de 50.000 pessoas de origem libanesa vivem na Capital.

“Um povo que não preserva sua cultura é um povo sem alma. A colônia libanesa em Campo Gran-de, da qual faço parte, preserva suas tradições e seu passado”, disse o prefeito Nelson Trad Filho, durante o evento.

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David M

ajella

Com a abertura de diversas lojas de material de informática, o ex-técnico em eletrônica se viu obri-gado a mudar de ramo. E assistindo ao desenho Fre-ddy e Barney teve uma inspiração. “Eu vi o carro que eles usavam. Entravam no automóvel e corriam. Daí pensei: Ao invés de correr vou pedalar!”, conta Joel Falcão, que trabalha há oito anos com publicidade de lojas e restaurantes e mensagens bregas ao vivo num estilo bastante inusitado.

Pelas ruas de Campo Grande ele exibe roupas “exóticas” costuradas pela mãe e um triciclo com ca-pota, cheio de parafernálias. “Hoje tenho um triciclo, mas comecei com uma bicicleta com capota. Pedalei por uns dois anos, depois instalei nela um motor de bomba d’água. Mais tarde comprei outras duas mo-

tos de baixa cilindrada. Agora estou com um triciclo. Claro que não foi da noite para o dia. São anos de trabalho”, orgulha-se.

Joel Falcão fala que, com o trabalho, consegue se manter sem passar maiores dificuldades e parece adorar o que faz. “As pessoas me ligam porque que-rem brincar com alguém. Nas mensagens eu coloco música da Gretchen, do Sidney Magal, Waldick So-riano e outras internacionais como ‘I Will Survive’ [Gloria Gaynor] e ‘Macho Man’ [Village People]. Meu trabalho dura, em média trinta minutos. Mas se eu chego à casa da pessoa e a família estiver brigada, faço todos se reunirem. Faço até brincar de ciranda de roda. Não é só a mensagem. É um show”.

O Animador

Para contratar Joel Falcão

entre em contato pelo telefone:

(67) 9217 8613 ou 8411 2480

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Especial de Campo Grande

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O Nostálgico

Os trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Bra-sil (NOB) tiveram um significado bastante especial para a Capital e para o Estado. Como oportunidade de resgatar o passado, Rodolfo Reggiori Filho, ma-quinista aposentado, reúne em seu restaurante – que é também onde reside -, localizado na Vila dos Ferro-viários, um pequeno acervo de peças e máquinas da antiga Companhia. São telefones, antigas placas fer-roviárias, aparelho de estafe, lampiões de carbure-to, lanternas sinalizadoras, dormentes, entre outros equipamentos. “Em Campo Grande, dificilmente você encontra uma família que não tem raízes ferroviá-rias. Temos muitas histórias, mas não temos quem as conte. Não dispomos de um museu ou de um lugar apropriado para guardar o acervo”, ressente.

Hoje comerciante, Seu Rodolfo se mostra um

Visão Seleta Agosto, Setembro | 2009 29

excelente contador de histórias. Ele explica a im-portância de cada uma das peças do seu acervo, de-monstrando muito bem o funcionamento delas. Aos fundos da casa apresenta o que restou da NOB após a privatização, quando o trem de passageiros foi de-sativado. “Lembro do movimento que tinha. Quanta gente trabalhava aqui. Quantas pessoas viajavam. Mas ninguém se importou em preservar aquilo tudo. Ali atrás era o depósito das locomotivas. Hoje está abandonado, acabou. Destruíram tudo”.

A privatização da empresa parece ter deixado marcas profundas na vida dos trabalhadores. “Com es-sas peças presto uma homenagem às pessoas daquela época. Alguns chegam aqui [no restaurante] e o acer-vo é motivo para conversarmos, relembrarmos daque-les tempos que eram bons e a gente não dava valor.

Eu fui feliz dentro da ferrovia, mas outros não. Muitos morreram, perderam a família ou tiveram outros pro-blemas em conseqüência da privatização”, explica.

Mas há ainda muitas histórias boas e diver-tidas da época da NOB, contadas sob a ótica de quem esteve trabalhando por mais de 20 anos na Ferrovia. Inquieto, ele continua na ativa e emprega no restaurante 15 funcionários, além de familiares. Seu Rodolfo conta que pretende incrementar ainda mais o local, com banners, fotos e uma nova facha-da. Algumas coisas permanecerão iguais: os pratos ‘batizados’ com nomes que remetem aos alimentos servidos no trem, a cerveja gelada e um bate-papo de primeira qualidade!

Especial de Campo Grande

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Larga e arborizada, a Avenida Afonso Pena é o principal eixo estrutural de Campo Grande, e per-correndo-a de ponta a ponta podemos visualizar a forma como a cidade surgiu e se desenvolveu. Numa extremidade está o aeroporto, mais adiante as cons-truções históricas, o centro comercial, chegando-se então onde estão modernas residências e o Shopping Campo Grande. A Afonso Pena pode ser considerada como o coração da Capital. É por lá que boa parte da vida noturna acontece. Nem que seja para terminar a balada nos carrinhos de cachorro-quente – polêmicas a parte – ou para passar o domingo sem esperar a segunda-feira, a população se encontra na avenida.

Campo Grande é pura poesia. Não é de se ad-mirar que os córregos que cortam a cidade levam os nomes de Prosa e Segredo. A Cidade Morena é mar-cada pela diversidade cultural, uma mistura de influ-ências de diversas etnias. É terra de gente descente, trabalhadora. De humildes e valentes desbravadores. De todas as cores e credos. Em 110 anos, ela é isso e muito mais. Está apenas começando. A Capital é um convite para caminhar sem pressa. Portanto, respire fundo, entre no ritmo, sinta a brisa e fite o horizon-te com os olhos. A simplicidade da beleza está mais perto do que você imagina.

Inspire-se

Alexis Prappas

Pai é aquele homem que desconhece o impossível, desconsidera o razoável e demonstra uma força incrível em razão do amor pelos filhos. Parabéns, pai.

Com o comprometimento de uma atuação pau-tada na isenção, no profissionalismo e na parcimô-nia, tomaram posse no dia 15 de julho, como con-selheiros do Tribunal Contas do Estado (TCE/MS), Waldir Neves e Iran Coelho.

A solenidade que teve a presença de diversas autoridades, políticos, gestores públicos e servido-res. O governador André Puccinelli e o presidente da Assembléia Legislativa, Jerson Domingos desta-caram a importância da parceria com o TCE/MS e defenderam a ação preventiva da Corte de Contas. Participaram ainda da mesa, o presidente do Tribu-nal de Justiça, Elpídio Chaves Martins; o procurador-chefe do Ministério Público Estadual, Miguel Vieira Silva, assim como todos os conselheiros integrantes do Tribunal.

O presidente da Corte de Contas, conselheiro Cícero Antônio de Souza, destacou que se tratava de uma data histórica, pois dava posse a dois no-vos conselheiros, em uma única sessão, “fato que representa uma renovação considerável em seu co-legiado, vez que é formado, constitucionalmente, por apenas sete conselheiros”. Ele externou a satisfação de poder cumprir as determinações legais e constitu-cionais, e especialmente em assegurar aos técnicos da casa, uma cadeira cativa, hoje aos auditores e em breve aos membros do Ministério Público.

O conselheiro Iran Coelho, primeiro represen-tante do Corpo Técnico da Casa alçado à condição de Conselheiro após 29 anos em diversas instâncias técnicas, vivenciou todos os momentos da história do Tribunal. Ele disse que desejava que a sua posse representasse o reconhecimento das qualidades, não só do Corpo Técnico da Corte de Contas, de seus Au-ditores e Procuradores, mas de todo o funcionalismo público de Mato Grosso do Sul. Falando de improvi-so o ex-deputado federal Waldir Neves agradeceu o empenho do governador, bem como, dos deputados estaduais que aprovaram sua indicação. Ele também manifestou-se quanto as mudanças de comporta-mento que o cargo de conselheiro exige, mas garan-tiu que vai continuar sendo o amigo de sempre. “Vou me adequar às regras e à legislação, julgando as contas com imparcialidade, responsabilidade, ética e altivez”, salientou.

(Com asessoria)

Waldir Neves e Iran Coelho assumem como conselheiros

TCE/MS

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Parabéns Quadro de Campo Grande

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Quadro de Campo Grande

Parabéns Quadro de Campo Grande

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Trabalho em parceriaEm 83 anos de existência, o Quadro de Campo Grande já atendeu milhares de pessoas e outras centenas de entidades que desenvolvem trabalhos sociais no município. A atual gestão firmou novas parcerias e reforçou a atuação da Seleta no campo da assistência social, educação, reabilitação, desenvolvimento cultural, e na formação profissional de jovens para ingresso no mercado de trabalho.

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Quadro de Campo Grande

Em 2008, a Escola Profissionalizante realizou 1.931 serviços de corte de cabelo e manicure para pessoas carentes em: Rochedinho; Indubrasil; Santa Casa; Igreja São Pedro; Creche do Zé Pereira; e Coca-Cola. Até julho de 2009, o setor ofereceu 880 atendimentos em ações sociais como: Ação Global, realizada no Bairro Moreninha III; e Trânsito e Cidadania – Sest/Senat, no Conjunto Aero Rancho.

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Quadro de Campo Grande

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O Quadro de Campo Grande possui um consultório odontológico para atender pacientes carentes da comunidade e regiões próximas, seletianos e funcionários. De janeiro de 2008 a julho de 2009 foram contabilizados 130 atendimentos como restaurações, radiografias, profilaxia, curativos, etc. O consultório atende ainda os adolescentes do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório pelo Projeto Placa Zero, com consultas, orientações sobre higiene bucal e controle de placa bacteriana.

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O Departamento Feminino, formado por esposas e parentes de seletianos, realiza todos os anos ações sociais de extrema relevância, sensibilizando a todos. Em 2008, foram realizadas festas alusivas ao Dia das Crianças e ao Natal para 80 meninos e meninas de 02 a 14 anos, da Associação de Mães Trabalhando a Inclusão (AMATI). Foram oferecidas refeições, recreação, apresentação de filmes, jogos, brinquedos e muita diversão.

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Quadro de Campo Grande

O Departamento Feminino é responsável ainda pelo fornecimento de 4.070 refeições para alunos

carentes do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório da Seleta, em 2008. Para tanto,

o investimento realizado foi de R$ 10.175,00. Em conseqüência a este projeto, a gestão atual

abandonou o fornecimento do Sopão, prática constante da SSCH. Considerando os valores,

aparentemente, seria muito mais vantajoso para esta administração continuar com o fornecimento

da sopa, cujo maior valor apresentado pela diretoria anterior foi o de R$ 5.520,00, no ano de 2005. No entanto, foi considerada a necessidade dos adolescentes em receber a alimentação para

que continuassem suas atividades com melhor aproveitamento e engajamento. No primeiro

semestre de 2009, mais 95 estudantes foram beneficiados com o projeto, totalizando

6.840 refeições.

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O Setor de Informática ofereceu cursos gratuitos de informática básica para 42 estudantes carentes durante esta gestão. A ideia é dar oportunidade para que esses jovens também possam ingressar no mercado de trabalho.

Quadro de Campo Grande

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A diretoria disponibilizou, durante a nova gestão, equipamentos escolares como: mesas, cadeiras,

guichê de atendimento para a Associação dos Ostomizados MS; um computador para o Quadro de Bonito; 25 jogos de mesas e cadeiras escolares aos

Adventistas do 7° Dia, da COHAB Universitária; concessão de cadeiras de rodas para 41 pessoas e

pares de muletas para oito pessoas; além de doações em espécie para a Associação José Scaff de Doadores de Sangue e para os atletas do vôlei de praia, Douglas

Weid Calepes e Roberto Calepes Junior.

A Seleta recebeu 715 peças de roupas e 500 cobertores através da Campanha do Agasalho

realizada pelo Clube Amigos do Jeep de Campo Grande. As peças foram catalogadas e distribuídas

entre associações e pessoas carentes.

O Setor de Serviço Social trabalhou no acompanhamento e orientação de crianças da Creche Amati- Vó Inez, encaminhando-as para

consultas e exames clínicos. Em 2009, as crianças passaram a receber atendimento odontológico

na sede da Seleta. Em 2008 atendeu a solicitação de vales-transporte para nove adolescentes do

curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório, sendo, em média, 65 para cada aluno. Além

disso, o Setor realizou o acompanhamento para consultas médicas e avaliação psicológica de

pessoas da comunidade. O Setor forneceu ainda acompanhamento, cadeira de rodas e de banho,

bem como medicamentos, a doação mensal de uma cesta básica e fisioterapeuta para atender ao Menor Aprendiz Clayton Jonas Torres, vítima de violência

e que se encontra em estado vegetativo.

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Em 2009, a Seleta foi cadastrada na Central de Processamento de Alimentos (CPA) da Coordenadoria de Ações Sociais, órgão da Prefeitura Municipal de Campo Grande. Por isso passou a receber produtos hortifrutigranjeiros utilizados no preparo da alimentação para os adolescentes da Instituição e também destinados à doação para pessoas físicas e associações menos favorecidas, dentre elas: Associação de Moradores do Caiobá III, Casa de Apoio São Francisco de Assis, Projeto da Associação de Moradores do Bairro Novo Horizonte, obras sociais da Sociedade Espírita Allan Kardec, entre outras. De janeiro a julho foram recebidos 2.591kg de alimentos.

A Seleta renovou em 2009 o contrato com o Programa de Parceria Municipal (Propam), coordenado pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb). A entidade administra a Praça Julio Lugo, localizada no bairro São Francisco. Os parceiros do Prpam se responsabilizam pela conservação, limpeza e manutenção dessas áreas. Em contrapartida, a Prefeitura autoriza a instalação de placas publicitárias no local adotado.

Quadro de Campo Grande

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Quadro de Campo Grande

O deputado estadual Onevan de Matos (PDT) é um dos parceiros da Seleta em Mato Grosso do Sul. Sempre preocupado com as questões sociais, a edu-cação e a saúde, Onevan destina sua cota de emen-da parlamentar para projetos que atinjam o maior número possível de pessoas beneficiadas. É desta forma que o parlamentar já garantiu laboratórios de informática para as escolas estaduais do Conesul, Vale do Ivinhema e de municípios do Bolsão.

Emendas – A Seleta também tem recebido im-portantes investimentos do deputado estadual. Já são três emendas destinadas pelo parlamentar à Seleta, sendo duas para a entidade de Naviraí (uma para reforma e pintura e outra para laboratório de informática) e uma para Coronel Sapucaia (laborató-rio de informática).

“O trabalho que a Seleta desenvolve não apenas em Mato Grosso do Sul é muito importante e precisa ser apoiado. É por esse motivo que sou parceiro e sempre que puder estarei colaborando com a entida-de”, destacou Onevan de Matos.

A parceria do deputado Onevan com a Seleta foi iniciada através do pedido do advogado navi-raiense Antônio Carlos Klein, que era o então pre-sidente da entidade em Naviraí: “Junto com nosso sócio-fundador em Naviraí, Rafael Chociai, e outros seletianos, procuramos o deputado Onevan e mos-

tramos as ações que a Seleta desenvolve em diversos estados do Brasil e fico feliz por ele ter nos atendido e que o laboratório de informática esteja atendendo muitos jovens do município”, explicou dr. Klein.

A entidade de Naviraí tem se destacado no tra-balho filantrópico, pois mantém escola de corte e costura e de informática, atendendo conjuntamente os alunos da Escola Estadual “Vinícius de Morais”. Outras importantes ações da Seleta são as campa-nhas e doações em datas festivas, como a Páscoa e o Dia das Crianças.

Em Coronel Sapucaia o pedido de emenda par-lamentar foi apresentado pela diretoria do município ao vereador Celso Cabral, que trouxe a reivindicação ao deputado: “Coronel Sapucaia é um município pri-vilegiado por ter uma entidade tão importante quan-to à Seleta para auxiliar nossa população”, destacou o presidente da Câmara de Vereadores do município.

Onevan aproveitou para cumprimentar o espí-rito do seletiano, formado por pessoas de bem da sociedade, independente de classe social, que tem um objetivo comum que é o de ajudar as outras pes-soas: “A Seleta é um grande exemplo de ‘lucro social’, pois o trabalho voluntário, voltado às pessoas mais simples mostra como é importante investir no ser humano”, finalizou.

(Com Assessoria)

Onevan de Matos consolida parceria com Seleta

Arquivo Pessoal

Arquivo

Seleta participa da V Conferência Estadual dos Direitos Humanos, que

recebeu o ministro Paulo de Tarso Vanucchi, em Campo Grande.

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A Seleta também faz parte do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CEDHU/

MS), tendo o presidente Gabriel Moreira dos Santos, como titular e o gerente de cursos, Vilson

de Freitas, como suplente.

A Seleta participa do Conselho Municipal Antidrogas, representada pelo Presidente Gabriel Moreira dos Santos e, como suplente, a funcionária Lucimeire Melo Faria. Criado em 1990, o órgão destina-se a estabelecer as diretrizes da política local de prevenção e atendimento especializado aos dependentes de entorpecentes e drogas.

Conselhos e Cidadania

Quadro de Campo Grande

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Inovações e Melhorias

A gestão atual “colocou a casa em ordem”, retomou e estreitou antigas parcerias, além de adquirir

novas. Uma delas foi formada entre Seleta e as empresas Alusul e Alumigon, que oferece o curso de serralheria de alumínio para jovens a partir de

18 anos. O objetivo do curso é formar profissionais na área que, segundo especialistas, é deficitária na Capital. Para a realização das aulas, a Seleta cede

o espaço físico, ajuda de custo e vale transporte. As demais empresas proporcionam o material.

Visão Seleta Agosto, Setembro | 2009 47

A Seleta teve inovações ainda em seu quadro físico para garantir um ambiente confortável e melhorar as condições de trabalho dos colaboradores. O Setor Jurídico ganhou um novo espaço e foi criado um local específico para o Setor de Contabilidade.

Quadro de Campo Grande

Visão Seleta Agosto, Setembro | 200948

No Salão Social foram implantados três climatizadores, dispensando assim o uso de

ventiladores. Considerou-se a comodidade dos usuários bem como a economia de energia. Além

disso, o salão apresenta ainda maior valor agregado no que diz respeito à cedência e aluguel do espaço. O cubículo, onde se reúnem os seletianos, também

ganhou climatizadores. Além disso, foram inseridas caixas acústicas e telão para projeção.

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Um poço artesiano está em fase de acabamento na sede do Quadro de Campo Grande. A obra segue a plataforma de campanha da gestão atual, que conseguiu 15% de redução na tarifa cobrada pela Companhia Águas Guariroba. O consumo elevado de água, bem como o valor da tarifa foram determinantes para a construção do poço. As obras apresentadas pela nova administração dinamizam e otimizam os espaços da Sede, oportunizando mais conforto e autonomia.

Quadro de Campo Grande

O Espaço de Entretenimento do Seletiano, inaugurado no dia 1° de agosto de 2009, é um espaço exclusivo dos Seletianos e seus familiares. A obra do local estava parada desde 2003 e foi reiniciada graças à emenda parlamentar do deputado estadual Paulo Correa, em outubro de 2008. O asfalto, que liga o Espaço à Rua João Pessoa, foi conseguido devido a uma grande articulação da Seleta junto aos parceiros, como o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antonio de Marco.

Quadro de Campo Grande

Visão Seleta Agosto, Setembro | 200952

Preocupados com os adolescentes que chegam á entidade em busca de qualificação e a chance

do primeiro emprego, a atual gestão da Seleta tem proporcionado grandes avanços para o setor

Pedagógico, responsável pelo trabalho desenvolvido com esses jovens que integram o curso de Auxiliar

Administrativo e de Escritório. São inúmeros os avanços, que tem apenas um objetivo: oferecer a esses jovens a oportunidade de realizarem um sonho. De janeiro de 2008 a julho

de 2009 foram mais de 620 jovens qualificados.

Setor Pedagógico

Visão Seleta Agosto, Setembro | 2009 53

PROFISSIONAIS - O aumento de profissionais qualificados para atender o número de jovens que aqui chegam; a preocupação de selecionar esses adolescentes, que são preparados para ingressar no mercado de trabalho, por meio da prova seletiva, inserida a partir de 2009; a reformulação de conteúdo e a inserção na grade curricular de temas atualizados; bem como a metodologia utilizada e o aumento da carga horária, que agora é de 90 dias letivos mostram que a qualidade é uma constante preocupação da equipe administrativa da Entidade.

INVESTIMENTOS – Para melhorar a qualidade das aulas ministradas por essas profissionais, a equipe pedagógica tem hoje a ajuda de equipamentos modernos como note book, data show e um laboratório de digitação que reforçará a qualificação desses jovens.

Quadro de Campo Grande

Visão Seleta Agosto, Setembro | 200954

TURMAS – Conforme a atual coordenadora do setor, Valéria Seffrin, com tantos avanços e investimentos surgiu a ideia de prestar homenagens aos seletianos que tanto contribuíram com a Entidade. “Para o engrandecimento da nossa Entidade, a partir desse ano, todas as turmas terão nomes em homenagem a um seletiano. Nossa visão é o futuro, mas sem esquecer o passado”, As turmas de 2009, do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório receberam o nome de “Valdez Pereira de Lucena”. Já a turma do curso de Serralheria de Alumínio, tem o nome de “Janir Nantes”.

RESPONSABILIDADE SOCIAL – Preocupados com o meio ambiente, desde agosto de 2008, os

adolescentes deram início ao projeto Eco Aprendiz: reciclando o presente, garantindo o futuro. O

projeto tem como objetivo incentivar a reciclagem como papel, plástico e alumínio.

Os alunos também participam de vários eventos educativos como palestras com temas

ligados a DST’s, AIDS, gravidez na adolescência, enfim uma série de assuntos que proporcionam

reflexão. Uma novidade implantada esse ano deu

certo. O 1º Palestrão da Juventude, que reuniu todas as turmas em um único foco: discutir a

prevenção e a conscientização de assuntos do dia a dia, como DST’s, bulemia, anorexia, distúrbios alimentares, tribos urbanas, violência e drogas.

Os alunos do curso de Auxiliar Administrativo e de Escritório também participam

de atividades esportivas, entre elas o I JOINGS – Jogos de Integração entre Ongs, onde conquistaram

o 2º lugar da competição, com o futebol de salão, além do I Jogos Interclasses, realizado pela primeira turma de 2009, o que proporcionou aos alunos um

momento de integração e alegria. Outro projeto que merece destaque é

o projeto de leitura, que visa a criação de uma biblioteca para o setor Pedagógico. Para isso o setor conta com doações de livros, feitas pelos

próprios alunos, que aproveitam para ampliar o conhecimento, através da leitura lúdica.

Visão Seleta Agosto, Setembro | 2009 55

ALIMENTANDO O SABER - Implantado em 2008, pelo Departamento Feminino da Seleta, o projeto “Alimentando o Saber” oferece aos alunos do curso, almoço e café da manhã gratuitos. “Percebemos ao longo do curso, que muitos ficavam direto na Seleta para as aulas, vinham da escola e não tinham condições de fazer uma refeição digna. Foi quando, nós do Departamento Feminino decidimos nos unir e ajudar esses jovens”, relata a diretora Marisa Bernard Pereira.O projeto já atendeu mais de 250 alunos e forneceu mais de quatro mil refeições. Como toda alimentação é fornecida com recursos próprios das seletianas, o atendimento ainda é restrito a alguns jovens. Mas isso pode mudar com a ajuda e doações de toda comunidade. Os que quiserem ajudar é só entrar em contato com a administração da Entidade.

SAÚDE – Preocupados com a saúde desses jovens, a Seleta é parceira da Unidade Básica de Saúde “Jair Garcia/Posto 26 de Agosto”. Com isso a Entidade recebe todo apoio dos profissionais que lá atuam, com vacinas, consultas, palestras tudo para melhor atender nossos adolescentes.Os alunos também recebem a ajuda de psicóloga, que atende particularmente cada jovem que precisa de atendimento, bem como palestras para adolescentes e seus familiares, o que demonstra o compromisso com a integração familiar.

MERCADO DE TRABALHO – Graças aos convênios que a Seleta tem, hoje mais de 300 jovens estão inseridos no mercado de trabalho. São essas oportunidades que proporcionam a esses jovens a chance de um futuro melhor.A cada cinco meses a Seleta prepara cerca de 180 jovens para o mercado de trabalho, que mesmo não sendo encaminhados tem um grande diferencial, o cer-tificado de qualificação. “Bom será quando pudermos encaminhar 90% dos nossos adolescentes. É um sonho que temos, porém com dizia Raul Seixas, “sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que sonha junto é realidade”. “Por isso Srs. Empresários, ajudem-nos a ralizar o sonho de encaminharmos nossos adolescentes para o mercado de trabalho”, Valéria Seffrin.

Visão Seleta Agosto, Setembro | 200956

Em seis meses como presidente do Legislati-vo Municipal, o vereador Paulo Siufi protocolou 45 projetos de lei, de fevereiro a julho de 2009, com o objetivo de promover a inclusão social e a sensibiliza-ção às causas relevantes que interferem no cotidiano do cidadão campo-grandense. Dentre as proposições, merece destaque a proposta que trata da criação do Centro Municipal de Recuperação para Dependentes Químicos de baixa renda, que visa conceder trata-mento adequado, aos dependentes químicos sob os cuidados de profissionais capacitados como: fisiotera-peutas, assistência social, clínicos gerais e psicólogos.

Ao reconhecer que o direito à acessibilidade, concedido aos deficientes físicos, é uma vitória ga-rantida por lei, Siufi quer ajudar àqueles que ainda passam por dificuldades com locomoção restrita, por meio de um projeto que concede o direito de de-sembarque aos deficientes físicos fora das paradas obrigatórias. O projeto que dispõe sobre a doação de Medula Óssea, protocolado por Siufi, tem o intuito de criar incentivo à doação, instituindo no âmbito do funcionalismo municipal um período de descanso, ampliando as possibilidades de localização de doa-dores compatíveis. Para isto, os doadores deverão ser cadastrados no Hemosul. “Para o doador, a do-ação será apenas um incômodo passageiro. Para o

doente, será a diferença entre a vida e a morte”, disse.

O vereador teve, ainda no primei-ro semestre de 2009, a aprovação de dois projetos. A proposta, elaborada em parceria com os vereadores Loes-ter e Jamal, institui o Dia Municipal dos Agentes de Saúde Pública e dos Agentes de Controle e Epidemiologia. O referido projeto estabelece que o dia 12 de junho seja dedicado, integral-mente, a esses profissionais. O outro autoriza o Poder Executivo a instituir o Programa de Conscientização do Con-sumo Abusivo de Bebidas Alcoólicas em Campo Grande.

Com o objetivo de evidenciar os trabalhos da Associação dos Amigos da Criança e do Adolescente (ACA), Paulo Siufi protocolou um projeto que conce-de Declaração de Utilidade Pública a referida entida-de. E para fomentar, estimular e identificar valores culturais em todas as áreas de expressão artística, Siufi protocolou ainda um projeto de lei que tem como objetivo provocar a sensibilidade social de empresas, para que possam colaborar com o Poder Público, com vistas ao crescimento cultural e intelec-tual da população.

Tendo compromisso de preservar a saúde dos campo-grandenses, o presidente do Legislativo Mu-nicipal protocolou o Projeto de Lei Complementar nº 223/09, que dispõe sobre o Recolhimento e Desti-nação dos Pneus Inservíveis no Município de Campo Grande. Siufi entende que é dever do Poder Público e da sociedade manter o meio ambiente ecologica-mente equilibrado, defendendo e preservando o pre-sente e o futuro das gerações. “Contribuindo com a preservação do meio ambiente e protegendo a saúde pública, busca-se dar a destinação correta aos pneus abandonados, que além de provocarem sérios pro-blemas ambientais são depósitos de mosquitos que causam doenças como a dengue”, esclareceu.

(Com Assessoria)

Projetos de Siufi marcam os seis meses de Legislativo

Projeto

A influência dos vícios de linguagem

Artigo

Quando nos propomos a produzir um texto, devemos estar atentos à coesão, pois, devemos objetivar fundamentalmente o bom entendimento por parte do leitor.

O texto deverá ser lido a cada parágrafo produzido, a fim de conferir seu sentido, para que a mensagem como um todo, seja clara e objetiva; porém, não é o que obser-vo no dia a dia em sala de aula.

Cada vez mais em desuso, o caderno tem sido substituído pelo computador, cau-sando uma ilusória sensação de que se domina a linguagem. Devido, principalmente à facilidade de se fazer correções, colocando-se e retirando-se palavras ou até parágra-fos inteiros com poucos toques no teclado. Na realidade o que faz é gerar uma lingua-gem fictícia e cheia de vícios; Prejudicando sobremaneira a adequada alfabetização.

A falta da prática de escrever, substituída por textos curtos, cheios de gírias e abreviações, na maioria das vezes incorretos nos e-mails, mensagens instantâneas, SMS, orkut, reforçam estes vícios.

Em sala de aula quando passo uma proposta de redação, vejo um grande des-conforto, mesmo quando o tema é livre. Ao corrigir me deparo com a dificuldade em se articular as idéias, em se obter um texto linear e coeso. Quando as idéias existem, aparece a dificuldade em transcrevê-las, e quando esta é vencida, o que se observa é um texto desconexo e na maioria das vezes cheio de vícios e erros de concordância.

O excesso de informação, a velocidade dos acontecimentos nos dias atuais, e a falta de tempo, são fatores que colaboram para formar uma geração que vê na pressa e na velocidade com que fazem as coisas, a solução para sua ânsia de se sociabilizar e de estar bem com o “grupo”, com a “galera”.

A internet e a televisão, que com suas novelas influencia no vestuário, no com-portamento e também na cultura e linguagem; impondo – com gírias, americanismos e “chavões”, uma maneira própria dela. Nem sempre a mais adequada. Contribuindo bastante com os vícios de linguagem.

Tenho trabalhado e observado nos alunos a importância de se combater os vícios de linguagem; e tive uma grata recompensa quando nosso aluno, Murilo de Almeida Teixeira, ao participar de uma prova de admissão numa grande empresa, e concorrendo com 104 candidatos foi aprovado em quarto lugar; evidenciando a qualidade do ensino ministrado na S::S::C::H::.

Ainda há muito que se fazer, mas os frutos já começam a ser colhidos.

Por: Fátima Tereza dos Santos de AlmeidaProfessora de Língua Portuguesa na S::S::C::H::

Fundado em 1992, o Quadro de Bonito da S::S::C::H:: teve suas atividades retomadas no dia 12 de julho com a posse de uma nova diretoria. Fruto do trabalho do Grande Quadro, seguindo a política do presidente nacional em exercício, José Nasário dos Santos, que fez uma visita a todos os quadros, chegou-se a conclusão de que Bonito precisava de uma nova injeção de ânimo para continuar atuan-do nos campos da assistência social, educação, re-abilitação e desenvolvimento cultural e pessoal de

comunidades carentes. Para isso foi criada uma comissão administrativa com o objetivo de aju-dar a desenvolver os trabalhos na área social do Quadro de Bonito.

Segundo o novo diretor-presidente do Qua-dro de Bonito, Agápito Rojas Ribeiro, primeiro passo será reorganizar a Seleta administrativa-mente e a construção de um salão de festas no local. “Precisamos de um espaço próprio para reunir e abrigar as pessoas, assim poderemos desenvolver atividades e angariar fundos para levar adiante nossos trabalhos filantrópicos. Portanto, prioritariamente, precisamos de um salão social e de resgatar aqueles parentes se-letianos que estão desgarrados. Contamos com eles para esta retomada”.

Para contribuir com a empreitada, o pre-sidente do Quadro de Campo Grande, Gabriel Moreira dos Santos, ofereceu o Salão Social da

Seleta para que fosse realizada uma promoção. De acordo com Ribeiro, “sem perder tempo, estamos or-ganizando um churrasco para o mês de agosto em prol da entidade. Já obtivemos do vereador Onevan de Matos a doação da carne necessária. Estamos bus-cando também junto a outras autoridades parceiras da Seleta. Elas sabem do nosso esforço e sempre que possível cooperam com nossas causas. Por enquanto o Quadro vem buscando apoio e mostrando que a SSCH continua viva”, finaliza.

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SELETA Quadro de Bonito retoma atividades

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