Revista 02

30

description

Revista Visão Seleta

Transcript of Revista 02

Page 1: Revista 02
Page 2: Revista 02

Ricardo Tadeu Barros da CostaPresidente NacionalGrande Maioral

Revista Visão Seleta é uma publicação bimestral da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária

Presidente: Gabriel Moreira dos Santos 1º Vice Presidente: Amilton Nantes Coelho1º Secretário: Alfredo José de Arruda1º Tesoureiro: Roberto Mathias dos Reis

Diretor: Vilson de FreitasJornalista responsável: Mirella Bernard/DRT 121 MSProdução e comercial: Marcia Santiago Diagramação: Alex FreitasRevisão: Renata Castro e Nádia BronzeResponsável Gráfico: Alexandre Belchior

Tiragem: 1.000 exemplares Impressão: Gráfica Seleta

Rua Pedro Celestino, 3283Bairro São FranciscoCEP: 79002-320 • Fone: 67 3356-4620

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

2

Editorial

Expediente

Todos os dias da minha vida vejo a S::S::C::H::, como ela era na minha infância. Lembro da preparação das promoções, meu pai e tios trabalhando no quintal da Esco-la 21 de Setembro, espetando carne ou cortando miúdos para sarrabulho. Lembro da minha mãe e outras senhoras fazendo a arrumação das salas de aula, porque não havia salão de festas. No final era mesa de truco espanhol e violão acompanhando minha madrinha Zica no arcodeon.

Lembro do quanto era difícil carregar pelos caminhos do algodoal barras de gelo no ombro envolto a palha de arroz ou serragem, para as promoções no Quadro de Porto Esperança e os fogos anunciando a chegada do trem de Corumbá trazendo os parentes e as famílias. A volta para Corumbá no vagão restaurante era festa até a esta-ção.

Hoje, quando vejo parentes que foram educados pelas escolas da S::S::C::H:: ocupando cargos na administração, sinto mais orgulho de ser seletiano. Quando vejo as senhoras trabalhando, vendendo doces e assumindo a cozinha nas promoções, valorizo ainda mais as mulheres pela postura de assumir o social, protegidas pelas Brumas de Avalon; quando vejo o pátio cheio de jovens vestidos com a camiseta da Seleta discu-tindo computação ou desfilando garbosos com o uniforme da fanfarra, as lágrimas vem com orgulho dos fundadores.

E volto ao passado, no dia 02 de agosto de 1908, coloco-me no lugar dos funda-dores da Secreta Sociedade do Clube dos Hebreus, S::S::C::H::. Foram com esses ideais que os jovens fundadores do Clube dos Hebreus, idealizaram os princípios básicos da hoje Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária. Esses poetas e sonhadores rapazes es-creviam poemas e folhetins orientando os pais como educar melhor seus filhos, visando um futuro com qualidade de vida, mostrando para os pais que o estudo é a base para sair das chibatas dos capatazes do Porto de Corumbá.

Com essas idéias revolucionárias para a época, logo os donos das empresas in-ternacionais de navegação começaram a buscar na sociedade apoio para atacar o Clube dos Hebreus. A loja Maçônica Estrela do Oriente em Corumbá foi o primeiro lugar onde os Comodoros levaram suas reivindicações. O princípio maçônico também combate a ignorância e a discriminação. Foi nesta fase que o clube dos Hebreus chegou à alta so-ciedade corumbaense e recebeu proteção de muitos maçons, que também buscavam uma forma de ajudar as crianças e assim passaram-se quatro longos anos. No dia 23 de junho de 1912, foi eleita e empossada a primeira diretoria da S::S::C::H::.

Assim o tempo levou o sonho desses rapazes 100 anos à frente, e pelas mãos das crianças artesãs do bairro da Cervejaria é construída a padroeira da S::S::C::H::, “Nossa Senhora do Pantanal”, o que enche de Fé a nossa Entidade. Agora cabe a cada um, parente ou parenta, a responsabilidade de conduzir com garlhadia a bandeira sele-tiana. O Grande Quadro, nesta gestão, vai sempre buscar a modernidade, melhorando as ritualísticas, atualizando nosso estatuto, valorizando a mulher, colocando-a no lugar que tem direito de estar.

Seletianos, vamos todos os dias falar do nosso lema, mesmo que seja para um amigo. “Um por todos, todos por um”.

Page 3: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

3

Ilza Mateus Secretária Municipal de Assistência Social

Quadro de Porto Esperança

Marciano Segundo Pereira / Quadro de Corumbá eBira, o presidente de Honra do Quadro de Ladário

Daniel Montello – 50 anos dedicados a S::S::C::H::

Adolescentes da Seleta prestigiam Audiência Pública sobre os 18 anos do ECA

Turismo - A Capital do Pantanal é um dos melhores destinos

Escola de Conselhos completa 10 anos de trabalho

Corumbá, 1908, o início da S::S::C::H::

AUDIÊNCIA PÚBLICA

CORUMBÁ

ESCOLA DE CONSELHOS

ESPECIAL 100 ANOS (CAPA)

ESPECIAL 100 ANOS

ESPECIAL 100 ANOS ENTREVISTAS

ESPECIAL 100 ANOS ENTREVISTAS

ENTREVISTAÍndice

04

06

08

10

15

22

25

26

Page 4: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

4

pre amparava”. TRAJETÓRIA - Em Cam-po Grande Ilza Mateus começou a ganhar visibilidade aos poucos. Na Capital iniciou seus trabalhos na Agencia Regional de Edu-cação como datilógrafa e após passar em um concurso assumiu como Supervisora Escolar. “Fui trabalhar nas escolas Vespasia-no Martins e João Carlos Flores e logo após fui convidada para trabalhar na Inspeção Escolar”, relata. A partir daí a Secretá-ria não parou mais. Atuou como interventora, na escola Hércules Maymone, tempo que conside-ra difícil. “O secretário estadual de Educação, Dr. Aleixo (Para-guassu), uma pessoa muito séria me designou para a atividade, e fui aprender sobre legislação educacional. Foi em 1993 que ganhei visibilidade em Campo Grande e comecei a ser chama-da para tudo que era considera-do chato”, lembra. No início do governo do Zeca do PT, Ilza Mateus foi cha-mada para assumir o cargo de Assessora Técnica Escolar. “Sem-pre fui exigente com as escolas que cuidava, porém sempre dei todo respaldo necessário. Não se acumulava irregularidades, nem erros, mas nem todos eram como eu e não tinham esse do-

mínio”. Depois desse período Ilza assumiu o cargo de Direto-ra de Nível Escolar, chamada pelo então secretário Estadual de Educação Pedro Kemp. “Mi-nha experiência me credenciava para tal função e fiquei nesse cargo durante o primeiro man-dato do governo Zeca e mais dois anos na segunda gestão”. PREFEITURA – Durante esse tempo Ilza Mateus já co-nhecia Nelson Trad Filho, que nessa época era deputado, po-rém não tinha nenhuma ligação profissional com ele. “Ele sabia como eu trabalhava e um dia me disse que se fosse prefeito me chamaria para fazer parte da sua equipe”. Mesmo não muito cré-dula de que isso aconteceria ficou na expectativa. De fato a promessa foi concretizada e a Secretária assumiu a Superin-tendência da Secretaria Muni-cipal de Educação. “Fiquei seis meses nessa função e logo me

chamaram para coordenar o Pró-Jovem. Quando soube fiquei muito feliz. Estava eu de novo com os adolescentes. Mais seis meses depois estava assumindo a SAS”. Com muita fé e segu-rança é que Ilza vem traçando seu caminho. Uma pessoa de-terminada e apaixonada pelo trabalho. “Tenho um terapeuta muito bom, que é Jesus, é Ele que me guia a cada dia. Por isso desenvolvo meu trabalho com êxito, e graças a Esse terapeuta posso dizer que cheguei onde estou”.

Há quatro anos ela ocu-pa o cargo de Secretária Munici-pal de Assistência Social (SAS) e desenvolve um trabalho inteira-mente dedicado aos menos fa-vorecidos. Ilza Mateus de Souza é uma educadora nata, porém como ela mesma diz “sou edu-cadora, mas sempre fiz assistên-cia social”. Ao receber a equipe da revista Visão Seleta para um bate-papo, a Secretária relata sua trajetória vitoriosa, até che-gar ao cargo que ocupa hoje na administração municipal. Natural de Junqueiró-polis/SP, ela morou em diver-sos municípios, pois é casada com um ex-bancário e, devido ao trabalho do marido, sempre estava de mudança. Hoje ela é campo-grandense por paixão. “Fui acolhida nesta cidade, me sinto abraçada por essa gente”, relata Ilza emocionada. Professora de forma-ção, procurou sempre desenvol-ver seu trabalho focado no so-cial, ajudando as pessoas. “Sou especialista em educação, e na época em que dava aula, ao me deparar com algum aluno que tinha problema procurava saber de onde vinha aquilo. Acredito que quando o aluno tem com-portamento difícil, a história é muito triste e, por isso, eu sem-

Ilza Mateus Secretária Municipal de Assistência Social

Uma educadora, que sempre lutou pelo social!

Entrevista

Ilza Mateus, Secretária Municipal de Assistência Social

“Acredito que quando o aluno

tem comportamen-to difícil a história

é muito triste, e por isso eu sempre

amparava”

Page 5: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

5

Entrevista Desenvolver trabalhos que atendam as famílias de baixa renda da Capital é o principal objetivo da secre-taria. Mas como frisa a Secretária, o importante é mostrar o caminho. “Aqui nós mostramos o caminho para que as pessoas adquiram autonomia”. Confira os projetos desenvolvi-dos pela SAS:

INCLUSÃO PRODUTIVA

“Em cada canto da cidade tem um grupo aprendendo algo novo”, fala orgulhosa Ilza Mateus. Ela se refere aos cursos de Inclusão Produtiva desenvol-vidos pela SAS. Embelezamento, culinária, sal-gados, bolos, chinelos bordados, crochê, tricô, pintura em tecido são alguns dos cursos oferecidos. “Percebemos que as pessoas precisavam de uma oportunida-de para se qualificar e se preparar para o mercado de trabalho e com a nossa cidade não pára um minuto”, ressalta a Secretária. Durante os cursos os alunos também aprendem sobre ética, em-preendedorismo, auto-estima. Para Ilza Mateus é a chance que a maioria espe-rava. “Muitos transformam essa opor-tunidade em uma renda para a família e isso muito nos orgulha”. Entre as prioridades da secre-taria está a família. Hoje, cerca de 40 mil são atendidas pela SAS e oferecer palestras para o casal, incentivando a qualificação profissional, a participação do homem nos afazeres domésticos e, principalmente, fazendo com que o ca-sal fique em harmonia está entre as ati-vidades.

CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL – CEINF

No início da atual administra-ção municipal eram atendidas sete mil crianças, hoje esse número saltou para 15.305, conforme informações da SAS. Em 2007, a prefeitura tinha 59 Ceinfs, porém o governo do Estado municipa-lizou outros 29 e com eles mais três mil crianças. “Os Ceinfs oferecem às mães a tranqüilidade de um local saudável para seus filhos, onde são oferecidas cinco refeições diárias, profissionais da educação qualificados, além de uma in-fra-estrutura perfeita, que proporciona bem estar a essas crianças”, destaca a Secretária. Para os próximos anos a pre-feitura de Campo Grande deve inaugu-rar cerca de 10 novos Ceinfs.

CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO IDOSO

Não apenas as crianças e ado-lescentes são amparadas pela SAS. Os idosos também integram programas que buscam melhores condições de vida. Hoje, Campo Grande possui três centros de idosos distribuídos nos bairros Monte Castelo, Parati e o Centro de Convivência Vovó Ziza, além de 41

grupos que participam de diversas ati-vidades, o que possibilita uma melhor qualidade de vida. Mas nem tudo são flores. A Secretária relata a preocupação com os idosos, que devido à saúde debilitada não podem freqüentar os grupos, além de não terem parentes que possam aju-dar. “Esses idosos, em sua maioria, es-tão internados na Santa Casa, que nos aciona para providenciar um local para esse idoso, isso para nós é complicado, mas sempre encontramos uma solu-ção”, garante. Ela ressalta que muitas vezes a prefeitura paga as despesas desse ido-so, para que ele retorne ao âmbito fa-miliar. “Há casos em que a família está em outro estado e não tem condições de buscar esse idoso. É quando nós fa-zemos esse intermédio, e quando con-seguimos ficamos muito felizes”.

PROJOVEM URBANO

Um programa do Governo Fe-deral e que tem Campo Grande como referência nacional. Trata-se da eleva-ção da escolaridade de jovens, de 18 a 29 anos, e que não concluíram o Ensino Fundamental. Desenvolvido por meio de uma parceria entre o Governo Federal e a prefeitura, o ProJovem Urbano ofe-rece formação básica para conclusão do Ensino Fundamental; qualificação profissional com certificação inicial e participação cidadã, com promoção de experiência de atuação social na comu-nidade. O programa nasceu da neces-sidade de atender uma parcela da po-pulação que estava à margem da so-ciedade, sob vários aspectos. Além de concluir uma etapa da educação formal, os alunos qualificam-se para o mercado de trabalho e passam a ter consciência de seus direitos e deveres perante a so-ciedade. Segundo a secretária, muitos desses jovens estavam excluídos. “Eles estavam sem perspectivas e com o pro-grama mostramos que são capazes e que devem continuar a vida escolar. O retorno disso é maravilhoso, a maioria segue em frente e está pronta para al-cançar novos caminhos e objetivos”.

PROJETOS PARA O FUTURO

Fortalecer os laços familiares entre as crianças que vivem em abrigos e sua família ou até mesmo outra que não seja a sua, está entre os projetos da secretaria de Assistência Social. “Aluga-mos uma casa onde ficam essas crian-ças, mas isso não é o ideal. Queremos que elas cresçam em um lar de verdade e vamos trabalhar para isso”, garante a Secretária. Outro projeto está relacionado aos jovens infratores, que passam a ser responsabilidade do município. “Quere-mos com medidas sócioeducativas fazer com que esses adolescentes estudem, que tenham a chance de sonhar e um futuro melhor”, afirma Ilza Mateus.

Grupo de Idosos

Projeto Agente Jovem

Projeto Ciranda

Educação Infantil

Inclusão Produtiva

Page 6: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

6

Um grupo de alunos do curso de Office-Boy/Mini-Secretária da Seleta estive presente na Audiência Pública que debateu os 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA). Re-alizada na Assembléia Legislativa, no dia 14 de ju-lho, a audiência intitulada “Palavra aberta para os 18 anos de Estatuto da Criança e do Adolescente” foi proposta pelo deputado estadual Junior Mo-chi, presidente da Comissão de Educação, Cultu-ra, Desporto, Ciência e Tecnologia. Além dos adolescentes, a sessão teve a presença de educadores e autoridades ligadas à área de defesa dos direitos e atendimento à in-fância. Para o coordenador da Escola de Con-selhos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Ângelo Motti as leis existem para que te-nhamos meios de alterar a realidade. “Já fizemos muito, mas é preciso fazer mais. Somos o Estado que ensinou o Brasil a erradicar o trabalho infan-til, mudamos a realidade de muitas crianças e adolescentes”. Presente no evento, a secretária de Es-tado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária (Setass), Tânia Garib, destacou os avan-ços, “mas a família, principal eixo da existência humana precisa ter mais cuidado, carinho. Ne-nhuma criança saiu do berço sem ter uma família, e as políticas devem se voltar agora atentamente

para isso, para verificar o respeito para com as crianças e adolescentes”, enfatiza. A Promotora da Infância e Juventude, Drª. Vera Lúcia Vieira, acredita que as parcerias são as chaves para que as soluções venham em curto prazo. “O que precisamos é trabalhar os jovens, principalmente os infratores. Hoje temos uma demanda muito grande de jovens que co-metem atos infracionários e por isso precisamos de políticas públicas eficazes para tirar esses ado-lescentes das ruas”. Os desafios para a implementação do Estatuto foram lembrados pela presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Lucineide de Fátima Belintano. Se-gundo ela, a população desconhece o Estatuto. “As pessoas pensam que a responsabilidade em relação ao ECA é somente das Secretarias de As-sistência Social e não é. Temos que rever não só o Estatuto, mas também nossas atitudes e o nosso papel, enquanto população, sociedade e família. Esse tema é uma discussão de todos”, ressalta Lucineide. A presidente do Conselho falou ainda sobre o índice de violência contra as crianças que vêm aumentando nos últimos anos. “Se assumir-mos o compromisso com o Estatuto não precisa-remos esperar mais 18 anos para que o ECA seja implementado”, concluiu.

Adolescentes da Seleta prestigiam Audiência Pública sobre os 18 anos do ECA

Audiência Pública tem a participação dos alunos do curso Office-Boy/Mini-Se-cretária

Audiência Pública

Foto: Roberto Higa/Portal A

LMS

Page 7: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

7

Geral

TJ/MS empossa novos desembargadores O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul empossou, no dia 28 de julho, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, os quatro novos desembargadores da justiça estadual, Vla-dimir Abreu da Silva, Sideni Soncini Pimentel, Do-rival Renato Pavan e Luiz Tadeu Barbosa Silva. As vagas foram criadas após a Lei nº 3.507, de 7 de maio de 2008. Pelo critério de merecimento assumem Dorival Pavan e Vladimir Abreu. O primeiro é na-tural de Mandaguari (PR) e ingressou na magis-tratura em maio de 1985, na Comarca de Coxim. Para Dorival Pavan ser desembargador é o ideal de qualquer magistrado para promover a justiça. Vladimir Abreu é natural de Bauru (SP) e já figurou por duas vezes em listra tríplice para promoção a desembargador: em 2005 e 2007, ambos por merecimento. Vladimir ingressou na magistratura sul-mato-grossense em fevereiro de 1986. Para Vladimir, ser desembargador é um novo desafio, uma nova fase, com maior peso de responsabilidade. Para ocupar a vaga pelo critério de an-tiguidade, será desembargador Sideni Soncini Pimentel, natural de Jales (SP); ele já atuou no Tribunal Pleno como convocado para exercer as funções de desembargador, durante vacância do cargo, e em substituição, de setembro a dezem-bro de 2007. Já figurou em lista tríplice para o cargo de desembargador. Ele ingressou na magis-tratura de MS em 1981, quando foi nomeado juiz

de direito para a Comarca de Porto Murtinho. Si-deni disse que encara o novo desafio como uma continuidade da carreira, embora em entrância superior. Luiz Tadeu Barbo-sa Silva vai ocupar a vaga destinada ao Quinto Cons-titucional da OAB/MS. Ele representa a advocacia do interior com larga experiên-cia profissional e uma sólida carreira universitária. Luiz disse que assumirá o cargo com muita responsabilida-de, por se tratar de um Tri-bunal de vanguarda para o Brasil, principalmente em termos de celeridade, diante da informatização. Mudanças - Com a posse dos quatro no-vos desembargadores, o TJMS terá quatro seções cíveis em vez das três atuais e cinco turmas cíveis. Cada turma cível terá quatro julgadores enquan-to as turmas criminais continuarão com os mes-mos três julgadores atuais. A 5ª Turma Cível será composta pelos desembargadores empossados. A 4ª Seção Cível será constituída pelos mesmos desembargadores e pelo desembargador que, na data da publicação da resolução, estiver exercen-do o cargo de ouvidor judiciário.

Novos desembargadores

empossadosno TJ/MS

*Com informações da assessoria

Page 8: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

8

Escola de Conselhos

Aprovado em abril de 2005, o Programa Escola de Conselhos, é resultado de uma história que teve início em 1997 com o projeto de exten-são “Centro de Estudos, Formação e Informação em Políticas Públicas Voltadas ao Atendimento e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescen-te”, realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Conforme o coordenador da Escola de Conselhos, professor Ângelo Motti, o projeto que começou apenas com o intuito de capacitar conselheiros, acabou se tornando permanente e, com isso, abrangendo outras áreas, como direi-tos humanos, através dos professores da Rede Municipal e agentes das Uneis. Nesses 10 anos de atividade foram re-alizados três cursos de capacitação na área da infância e dois na área do trabalho. “Essas capa-citações nos permitem conhecer melhor nosso público, que são profissionais que dedicam suas atividades a crianças e adolescentes”, destaca. Com o sucesso dos cursos de capacita-ção, em 2002 a equipe da Escola foi convidada para realizar um projeto piloto que atendesse outros Estados. “Montamos um projeto e come-çamos a oferecer capacitação para conselheiros tutelares de sete Estados brasileiros e no mesmo ano começamos o mesmo trabalho com a Rede de Proteção às Crianças Vítimas de Violência em outros sete Estados. É um trabalho que não pára”, afirma Motti. Graças a uma parceria com o Governo Federal, a Escola de Conselhos consegue realizar esses trabalhos e, recentemente, a convite do

Banco Interamericano, o projeto de capacitação se estendeu para a fronteira Brasil/Paraguai. “É preciso disseminar as ações de proteção à crian-ça e estamos conseguindo isso”, destaca o coor-denador. Segundo Motti, é preciso desenvolver um trabalho integrado. “Temos um trabalho mui-to pequeno em relação aos investimentos que fazemos, e isso se dá porque muitas vezes não existe a integração entre os órgãos”, relata. Para solucionar o problema, uma nova etapa de formação é realizada no Estado, confor-me informações do coordenador. “Vamos alterar a metodologia para que as ações sejam mais con-solidadas, fazer planejamento estratégico, plano de trabalho e acima de tudo oferecer instrumen-tos para que esses profissionais se organizem”, afirma. Outra novidade oferecida ao público da Escola é o serviço de call center, onde o profis-sional acessa o portal da Escola, envia suas dúvi-das e na hora tem uma resposta, tudo em tempo real. 18 ANOS DO ECA – Ao falar sobre esses 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, o professor Ângelo Motti ressalta que os direitos fundamentais precisam acontecer e ser respeita-dos para que o ECA seja eficaz. “Quando existe uma falha nas medidas sociais entram em vigor as de proteção e aí nosso público é muito maior que a capacidade de atender. Por isso precisa-mos de recursos suficientes para atender com qualidade”. Para o professor Ângelo Motti, o in-vestimento em esporte, lazer e cultura é um dos caminhos para a socialização desses jovens.

Escola de Conselhos completa 10 anos de trabalho

Page 9: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

9

Lei Seca

realizando projetos a fim de fortalecerem a Polí-tica Nacional de Atenção às Urgências no Estado, buscando desta forma, a promoção da qualidade de vida como estratégia de enfrentamento das causas das urgências, valorizando a prevenção dos agravos e a proteção da vida em Mato Gros-so do Sul”. Mesmo com a pesquisa apontando re-sultados positivos, o major afirma que “devido ao pouco tempo de início da implantação da Lei ainda é cedo para conclusões mais sólidas sobre seus efeitos porém, caso se mantenha o “novo comportamento” adotado pelos cidadãos verifi-cado na análise, haverá uma contribuição signi-ficativa para a redução das urgências em todo o Estado”. A secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi ainda acrescenta que com a diminuição de ocorrências dessas vítimas do trânsito a rea-lização das operações eletivas vão aumentar: “É uma conseqüência natural. As cirurgias devem aumentar, o custo para o sistema abaixa, o tem-po e o atendimento serão de maior qualidade. Contudo, o mais importante é a preservação da vida humana. Com a lei o número de acidentes com vítimas fatais vai diminuir”, afirma.

Desde a implantação da Lei Federal 11.705 – também conhecida como Lei Seca – pu-blicada em 20 de junho deste ano no Diário Ofi-cial da União (DOU) – que aumenta punições aos motoristas que dirigem depois de consumir bebi-das alcoólicas os resultados em relação ao núme-ro de acidentes de trânsito no país envolvendo o quesito álcool mais direção diminuíram. Em Mato Grosso do Sul as estatísticas também contribuem para esta nova realidade. Dados levantados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com o Centro Integra-do de Operações de Segurança (Ciops) apontam que em apenas 10 dias em vigor – de 20 a 30 de junho, a nova lei reduziu em 32,4% o número de vítimas atendidas pelo Corpo de Bombeiros. Foram 1.003 vítimas atendidas na Ca-pital no mês de junho, sendo o menor número registrado de vítimas assistidas, no mesmo perí-odo, nos últimos três anos. Se comparado com o mês de maio, anterior a publicação da nova Lei, o número de vítimas atendidas pelo “Emergência 193”, em Campo Grande, foi de 1.484. De acordo com o chefe do Centro de Resgate e Atendimento Pré-hospitalar do Corpo de Bombeiros, major Marcello Fraihaa “a SES em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar estão

Após entrar em vigor, acidentes no Estado já reduziram em 32%

*Com informações da assessoria

Foram 1.003 vítimas atendidas na Capital no mês de junho, sendo o

menor número registrado de vítimas atendidas

Foto: Divulgação

Page 10: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

10

TURISMO - A capital do Pantanal é um dos melhores destinos

Corumbá

Que tal passar as férias em uma das cidades mais anti-gas e históricas de Mato Gros-so do Sul? Corumbá, conhecida como Cidade Branca, completa no dia 21 de setembro 230 anos. É um verdadeiro cartão postal, rica em aspectos histórico, cul-tural, folclórico, arqueológico e arquitetônico, além de suas be-lezas naturais. No passado foi o ter-ceiro maior porto fluvial da América Latina, período de gló-ria incrustado no seu conjunto arquitetônico, no Porto-Geral, que lembra Buenos Aires e Mon-tevidéu – cidades com as quais tinha forte ligação pela Hidrovia Paraguai-Paraná, o Casario do Porto foi construído no século XIX e tombado em 1992 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Pode-se dizer que Co-rumbá possui vários destinos em um. Com infra-estrutura e equipamentos necessários para atender vários segmentos, tais como o ecoturismo, pesca es-portiva e turismo culural e de eventos. Um conjunto de equi-

permitem afirmar que a Capital do Pantanal está preparada para receber um grande fluxo de tu-ristas, atendendo a todos os gostos e exigências. A fronteira com a Bo-lívia é um atrativo potencial considerado no município que abriga 60% de todo o territó-rio do Pantanal. Torna-se uma importante entrada de turistas vindos da América do Sul, já que o município de Porto Suarez re-cebe vôos internacionais, sem contar com o trem que cruza a cordilheira até o Pacifico. Para quem busca lazer e tranqüilidade, Corumbá tem uma importante frota de bar-cos para pesca amadora fluvial. Existem 33 barcos que somam mais de 600 leitos. Nessa frota, segurança e conforto são priori-dades. Constantemente, é sub-metida a uma rigorosa vistoria efetuada pela Capitania dos Por-tos do Pantanal, órgão da Mari-nha do Brasil. Quanto ao conforto, os barcos oferecem um pacote de cinco dias, onde estão inclusas diárias em camarotes com ba-nheiro privativo, ar condiciona-do, alguns com frigobar, refeitó-rio, TV, DVD, karaokê, aparelho de som, antena parabólica, isca e bebidas. Mas se é aventura que

pamentos e serviços de alto nível ofereci-dos por profissionais e guias capacitados, cozi-nha, receptivo e hotéis,

você procura nada melhor que uma visita a Estrada Parque Pan-tanal, que desde 1993 foi de-cretada pelo Governo Estadual como área de Especial Interesse Turístico. Passear pelos 120 qui-lômetros da Estrada Parque se assemelha à sensação de estar em um zoológico natural, a céu aberto e sem as grades que se-param público e animais. As estradas de terra MS-184 e MS-228 que formam a principal via de ligação entre o Pantanal da Nhecolândia e Corumbá propor-cionam a contemplação da bio-diversidade pantaneira. Ao longo do caminho surgem corixos, pequenos la-gos, ninhais, cruza-se dezenas de pontes de madeiras. É possí-vel encontrar ainda, peões con-duzindo a boiada nas famosas comitivas, centenas de jacarés tranqüilamente parados à beira de um corixo, se banhando ao sol, a menos de cinco metros da rodovia. Famílias de capivaras cruzando rapidamente a estra-da, de um lado para outro. Têm ainda tuiuiús, garças, inúmeras aves em vôos conjuntos ou soli-tários. Quatis, tatus e tamandu-ás completam as atrações deste verdadeiro zoológico ao ar livre. Ao longo da estrada distribuem-se sete pousadas

(fazendas para ecoturismo) com cerca de 300 leitos, além de es-paço para camping, com acam-pamento para mochileiros.

GASTRONOMIA

Assim como na língua, na música e nas artes plásticas é possível também na gastrono-mia identificar a influência dos países vizinhos: Paraguai e Bo-lívia. Os restaurantes da cidade atendem todo o tipo de paladar, graças às cozinheiras e mestres cucas, que conhecem com pro-priedade especiarias da terra, por serem pantaneiros e filhos de Corumbá. Os pratos vão desde pescados, mandioca com carne seca, churrasco, sempre feito à base de costela, até o sorvete de bocaiúva, caldo de piranha e o mate chimarão, refrigeran-te feito a partir da erva-mate, fabricado na indústria local. Sua coloração verde e sabor aguça-do, já se incorporaram aos hábi-tos dos corumbaenses.

*Com informações da assessoria

Conhecida como Cidade Branca,

Corumbá completa no dia 21 de setembro,

230 anos

Foto: Divulgação

Page 11: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

11

Corumbá é uma das cidades eleitas pelo Projeto Monumenta, do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (Iphan), para financiamento de obras de restauro. Os investimentos devem ser destinados a imóveis privados.

Corumbá foi escolhida por ser um sítio histórico tombado em nível federal. O município já recebeu recursos para restauro de outras edificações como o Casario do Porto. Esta etapa do Programa é destinada aos proprietários de imóveis privados que estão danificados, de relevância histórica e que tenha condições de serem recuperados. O principal objetivo do Monumenta, é estimular a conservação dos imóveis, e conseqüentemente dos sítios históricos, para que a população tradicional permaneça em área protegida, preservando as suas atividades locais. Os beneficiários terão até 20 anos para pagar. No caso de uma família com renda de até três salários mínimos, pode pegar, por exemplo, um financiamento de R$ 20 mil que, deve gerar uma parcela mensal de R$ 83,33. Não há limite de idade e nem de valor a ser concedido, mas o projeto deverá ser aprovado pelo Iphan. Além de Corumbá, o financiamento também é destinado à recuperação de imóveis

Projeto restaura monumentos históricos em Corumbá

das seguintes cidades: Belém, Congonhas, Corumbá, Diamantina, Laranjeiras, Manaus, Natividade, Olinda, Ouro Preto, Pelotas, Penedo, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Cristóvão, São Francisco do Sul, São Paulo e Serro.

Corumbá

Corumbá foi escolhida por ser

um sítio histórico tombado em nível

federal

Page 12: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

12

“O que você tem a ver com a corrup-ção?”. Com este apelo, foi lançada em julho, no Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul a campanha de resgate da ética no exercício da cidadania. Na presença das autoridades políticas,

entre elas o governador do Estado, André Puc-cinelli, o prefeito da Capital, Nelson Trad Filho e o presidente da Assembléia Legislativa, deputa-do estadual Jerson Domingos, o procurador geral de Justiça, Miguel Vieira da Silva explicou que a campanha tem caráter educativo e busca cons-cientizar a sociedade, especialmente crianças e adolescentes, a partir de um diferencial, que é o incentivo à honestidade e transparência das atitudes do cidadão comum, destacando atos rotineiros que contribuem para a formação do caráter. “Com esta campanha, buscamos reduzir a impunidade nacional, ou seja, cobrar a efetiva punição dos corruptos e dos corruptores, abrindo um canal real para oferecimento e encaminha-mento de denúncias; educar e estimular as novas gerações através da construção, em longo prazo, de um Brasil mais justo e sério, destacando-se o papel fundamental de nossas próprias condutas diárias”, pontuou o procurador. Ele ainda acres-centou que uma pesquisa da Fundação Getúlio

Vargas revelou que cerca de R$ 10 bilhões são desviados do orçamento, por ano, no Brasil por causa da corrupção. Dirigindo-se às crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares, o prefeito Nel-sinho Trad ressaltou a necessidade de resgate

dos valores familiares e a importância da educação no processo de resgate da ética. Como exemplo, citou um vídeo com depoi-mentos de alunos so-bre atos de corrupção no dia-a-dia, exibido durante o lançamento da Campanha. “Este vídeo mostra tudo o que vocês pensam so-bre a corrupção. Para nós, como administra-dor público, tudo pas-sa pela educação, que começa em casa, pas-sa pela escola e culmi-na na sociedade. Que esses exemplos que vimos possam fazer parte do dia-a-dia de vocês e que levemos avante, todos juntos e mobilizados, essa luta

contra a corrupção”, incentivou o Prefeito. O governador André Puccinelli também se dirigiu à garotada presente chamando a aten-ção para o comportamento de se levar vantagem, comumente evidenciado nas pequenas ações do dia-a-dia. “Vocês viram e falaram que corrupção não é só de político, os pequenos gestos e as ações ilícitas do dia-a-dia também são formas de corrupção. Gurizada, essa mania de querer levar vantagem em tudo, vocês estão vendo que está errado. Então, cada um deve fazer a sua parte para agir diferente”, ressaltou o Governador. Durante o lançamento da Campanha, foi assinado um convênio com a Assembléia Legisla-tiva, que deve exibir em seu canal de TV um pro-grama realizado pelo Ministério Público sobre o resgate dos valores morais. Para finalizar a cam-panha, também foi lançado um concurso entre todas as escolas do Estado para selecionar três projetos com o objetivo de combater a corrup-ção.

*Com informações da assessoria

CONSCIENTIZAÇÃO - Ministério Público do Estado lança campanha contra corrupção na Capital

Autoridadesparticipam do lançamento oficial da campanha

Campanha

Foto: Denilson Secreta

Page 13: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

13

Dirigentes da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária convidaram o governador André Puc-cinelli para participar das comemorações do cente-nário da fundação da entidade, em Corumbá. Serão três dias de festividades, entre os dias 1º e 3 de agos-to. Puccinelli recebeu no dia 09 de julho, a visi-ta do presidente da Seleta, Gabriel Moreira dos San-tos, acompanhado do deputado estadual Youssef Domingues, gerentes e coordenadores de diversas áreas. Fundada em Corumbá há 100 anos, a entida-de atua em todo o Estado, principalmente na pre-paração e inserção de adolescentes no mercado de trabalho. Na Capital, funciona há mais de 80 anos. Conforme Gabriel Moreira, atualmente 344 jovens entre 16 e 18 anos trabalham por meio de convênios firmados com entidades públicas esta-duais, municipais e do setor privado. “Eles têm todo apoio e preparo antes e depois de inseridos no mer-cado”, assegura. Durante a visita, os dirigentes da Seleta também pediram auxílio do governador para solu-cionar pendências resultantes de ações trabalhistas de que a entidade é alvo. As ações foram movidas por pessoas contratadas para prestar serviço por meio de convênios firmados e posteriormente en-cerrados com o Estado na administração anterior à atual. André Puccinelli encaminhou a demanda para análise da área jurídica do governo.

Governador recebe dirigentes da Seleta

Seleta

Page 14: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

14

A Câmara Municipal de Campo Grande, seus 21 vereadores e todo o seu corpo de fun-cionários encerrou o primeiro semestre deixando para trás um rastro de muito trabalho. Foram 65 sessões realizadas (56 ordi-nárias e 13 solenes) e 3.266 indicações lidas e aprovadas prevendo ações importantes para o dia-a-dia dos cidadãos campo-grandenses. A Câmara esteve muito próxima ao cidadão neste semestre. Em 22 opor-tunidades, representantes da sociedade civil organizada utilizaram a tribuna da Casa para manifestarem seu ponto de vista sobre assuntos rela-tivos ao município e ao bem comum. Além disso, 11 audi-ências públicas trouxeram a voz da população para dentro do Legislativo, debatendo as-suntos de extrema importância para o futuro da cidade. Esta simbiose entre Legislativo e socieda-de foi uma marca destes seis meses de trabalho. A Câmara Municipal nunca esteve de

portas tão abertas para a população quanto está hoje. O resultado desta proximidade está refleti-do especialmente nas indicações lidas e aprova-das, conseqüência direta do diálogo com a socie-

dade. Das mais de três mil indicações feitas neste semes-tre, a maioria se relacionou as ações voltadas ao tráfego na cidade (como instalação de semáforos e redutores de velocidade, ciclovias, linhas de ônibus, placas de ruas, cobertura de pontos de ôni-bus, alteração de horário de coletivos e re-ordenamento de trânsito), a melhorias na comunidade (como ações de cascalhamento e tapa-buraco, revitalização de praças, calça-das, quadras esportivas, cam-pos de futebol e instalações de telefones públicos), a ações

de higienização nos bairros (como coleta de lixo e limpeza de terreno baldio) e de segurança (ins-talação de postos policiais e implementação de ronda ostensiva).

Vereadores encerram 1º semestre com mais de três mil indicações

Vereadoresretomam os trabalhosno início de agosto

11 audiências pú-blicas trouxeram a voz da população

para dentro do Legislativo, deba-tendo assuntos de extrema importân-cia para o futuro da

cidade

Câmara

Foto: Izaias Medeiros

Page 15: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

15

Um grupo de jovens estudiosos e altivos, ansiosos por um Brasil melhor, reunia-se todas as noites em algum bairro da cidade de Corumbá, entre eles Pólo Norte, Bar Corumbá e Cervejaria. Durante esses encontros, os jovens discutiam a provável criação de uma sociedade secreta, que debatesse política, religião, história e cultura e ainda que lutasse contra injustiças, combatesse os fortes a favor dos fracos, trocasse a mentira pela verdade. As reuniões, conforme documentos da época, eram feitas em um bar qualquer, o qual deram o nome de Sinhederim Secreto e como liam muito a Bíblia deram o nome de Clube He-breu. Foi aí que surgiram as iniciais S::S::C::H:: com quatro pontos - para diferenciar da Maço-naria - , que significavam Sinhederim Secreto do Clube Hebreu. O objetivo desse grupo era desde o iní-cio fazer o bem a quem quer que fosse. Nessa época os principais freqüentadores eram Luiz Fei-tosa Rodrigues, Lindopho Cuyabano, João Xavier de Oliveira, João Acyndino Deniz, Newton Ferrei-ra Cabral, Luiz Mongenaut Filho, João Rodrigues Sueiro e Antonio Ramos de Morais. Em alguns registros, o que encontramos é que no ano de 1930, após a Revolução foi san-cionada uma lei que proibia as sociedades secre-

tas, o que motivou os fundadores a mudar para Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária, conti-nuando com as mesmas iniciais. No ano de 1920, foi eleita a primeira diretoria da sociedade. A primeira sede era uma casa comercial, situada na Rua 13 de junho. Após o início efetivo da entidade os trabalhos não pa-raram mais. O marco inicial das atividades da sociedade foi em 21 de setembro de 1925, com a inauguração da Escola 21 de Setembro, em homenagem a cidade de fundação, no bairro da Cervejaria, em Corumbá. Para propagar ainda mais os trabalhos e os ideais da sociedade, um grupo de sócios, oriundos de Corumbá chega a Campo Grande e no ano de 1932 inaugura a Escola 26 de Agosto. A Seleta atualmente possui 12 Quadros em Mato Grosso do Sul, 01 em Brasília, 03 em Mato Grosso e 01 no Paraguai, sucursais que funcionam independentes umas das outras, que mantêm uma escola e que trazem sempre em seu nome a data de emancipação do município. A S::S::C::H:: é reconhecida como enti-dade de Utilidade Pública nos âmbitos federal, estadual e municipal e atua principalmente na qualificação de jovens e no auxilio de famílias ca-rentes.

Especial 100 Anos

Primeira escola mantidapela Seleta,na cidade de Corumbá

Decreto do Supremo

Conselho, no ano de 1965, antes

da criação do Grande Quadro

em 1967

Page 16: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

16

Escola 21 de Setembro a primeira

da S::S::C::H::

Especial 100 Anos

Trata-se do primeiro Quadro da S::S::C::H:: em Corumbá, cidade que também deu origem a primeira escola mantida pelos seletia-nos. No dia 02 de setembro de 1925 foi fundada a Escola 21 de Setembro, pelo consócio Luiz Fei-tosa Rodrigues, em homenagem a fundação da cidade. A escola funcionava em uma casa na Avenida Operária e foi oferecida gratuitamente pelo seletiano Alexandre Coutinho, lá funcionou até o ano de 1932. Segundo registros da época, a decisão de construir uma escola foi devido à deficiência das escolas primárias da época, ocasião em que muitas crianças ficavam fora das salas de aulas pela falta de escolas ou porque eram muito po-bres e não tinham nem roupas para vestir. Foi assim que surgiu a escola mista pri-mária e já no dia de sua inauguração tinha 18 alunos, passando logo para os 25. Os primeiros professores da escola foram os parentes Luiz e Mário Feitosa e Anísio Gomes de Arruda. Os registros da escola são até o ano de 1952, onde já existia mais de 100 alunos matricu-lados.

Alunos da Escola21 de Setembro,ano de 1933

Primeira turma de alunosda escola 21 de Setembro

Page 17: Revista 02

Símbolos usados pela Seleta

O Martelo: Representa a justiça igual para todos

A Cruz: A fé presente em todos os sócios

O Sol: Brilha para todos

O Nível: Representa a igualdade dentro da Sociedade

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

17

Especial 100 Anos

Espada do Grande Quadro, maior poder dentro da Entidade

Page 18: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

18

Especial 100 Anos

Durante as reuniões realizadas pelos seletianos, existe um espaço dedicado à cultura, onde os presentes têm acesso a teatro, dança, música e textos literários. Esse momento é co-nhecido como Hora Literária. Abaixo segue na íntegra a carta escrita pelo seletiano Laudelino do Nascimento ao pa-rente José Bonifácio Gomes Escobar, explicando a idealização dos graus dentro da S::S::C::H::, que foi publicada e lida durante a Hora Literária. A carta foi transcrita por Carlos de Cas-tro Brasil, na Hora Literária feita no Clube dos Hebreus. Conforme Castro Brasil a narrativa foi a base para as elevações da S::S::C::H::, seus sím-bolos, seus gestos, sua filosofia e organização dos dias atuais.

“Ao parente José Bonifácio Gomes Escobar,

No dia 04 de março de 1923, da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e 98 anos da inde-pendência dos Estados Unidos do Brasil. Narro aos senhores como foi idealizada a formação ritualística e filosófica de Senedrim. Em primeiro lugar definimos uma região que tivesse duas montanhas, sendo uma grande e uma pequena, com um sol no meio dos cumes. No sopé da menor montanha um rio correntoso com redemoinhos, coberto por uma forte bruma copiada da lenda do Rei Arthur, chamava Avalon a menor montanha e a maior S::S::C::H::, criada por nós. Para proteger essas montanhas, criamos um grupo de homens livres e de bons costumes, com as seguintes denominações e funções agru-padas em lendas ou fatos existentes nos livros antigos de histórias. No primeiro círculo ou acampamentos, que é a base da S::S::C::H:: colocam os neófitos. Como estamos recebendo todos os tipos de ho-mens livres para pensar, esse grupo deve ser iniciado de forma que possamos descobrir seus pensamentos em relação a Pátria, Religião, Famí-lia, Tolerância e Confiança. No segundo círculo ou acampamento, os Escudeiros, que devem ter bondade no coração e nas suas atitudes. No terceiro círculo ou degrau estão os Cav::Mez::Red::. Esse nome foi escolhi-do para saudar os cavaleiros bravos e honrados da Távora Redonda pelo Rei Arthur, eles são dez a saber: Lancelot, Tristão, Lamorack, Tor, Gaha-lad, Gawain, Palomides, Kay, Mark, Mordred.

Nosso propósito, com efeito, não é descrever a existência apaixonante, mas fictícia dos heróis da Távola Redonda, exaltados nos romances da cavalaria do final do século XII e começo do XIII, o coração da Idade Média Ocidental, cheia de lendas e contos, mas comparar nossos parentes a esses heróis do passado. No quarto círculo ou degrau estão os Cav::Trz::Roz:: ou templários, estudiosos da fé, mas violentos soldados que tinham como lema a divisa “Non nobis, Domine, non nobis, sed nomi-ni Tuo da gloriam” (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tirada do Sal-mo 115, tornou-se, nos séculos, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico. Para não haver qualquer comparação cristã, fo-mos buscar na lenda dos mosqueteiros da França a frase “Um por todos, todos por um”, que foi aprovada como lema da S::S::C::H::. Os Templários foram os precursores do cheque e do sistema financeiro internacional. Evidentemente, transportar riquezas na Idade Média reapresentava um enorme risco. Assim, qualquer viajante poderia depositar determina-da quantia num acampamento e receberia um documento cifrado que poderia ser descontado em qualquer outro acampamento. Quando eram transferidos para outro acampamento recebiam um talismã que identificava sua origem e feitos, todos escritos no farrapo. No alto da montanha, estão os Cav::Tr::Az:: que protegem as montanhas de Avalon e da S::S::C::H::. Devemos com o tempo buscar a identidade própria, por isso fizemos es-sas passagens onde criamos e misturamos fatos e histórias, buscando ter um simbolismo e filoso-fismo da S::S::C::H::.”Fraternalmente.

Corumbá, 12/04/1926

Laudelino do NascimentoCav::Tr::Az::

OBS: Esta cópia foi feita por mim, Ricardo Ta-deu Barros da Costa - Grande Maioral, publicada para conhecimento geral, e peça de estudo para os parentes pesquisarem no original do Grande Quadro o simbolismo e a filosofia seletiana. Feliz 100 anos para todos. “Um por todos e todos por Um”

HORA LITERÁRIA Um espaço para a cultura

Page 19: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

19

A fundação da Seleta Sociedade Caritati-va e Humanitária – Quadro de Campo Grande foi concretizada conforme Ata nº. 01 de 25 de julho de 1926. A sede funcionava na Rua 26 de Agosto e por meados de março de 1943 mudou-se para Rua Maracaju. Não se sabe os locais exatos. Por motivos de segurança e muita repreensão das autoridades militares da época, os sócios guarda-vam segredos sobre esses locais. Com as reuniões se tornando cada dia mais freqüentes, os sócios da época resolveram construir uma nova sede e uma escola no popu-loso bairro Cascudo. No dia 25 de junho de 1936 a escola que tanto queriam, foi inaugurada e conforme Ata nº. 53 da mesma data, decidiram homenagear o aniversário da cidade de Campo Grande colocando o nome de Escola Mista 26 de Agosto. Em 18 de abril de 1943, conforme Ata nº 78, o presidente da Socidedade na época criou o slogan “Um por todos e todos por um” e man-dou telegrafar para o Presidente da República, na época Getulio Vargas, cumprimentando pelo seu aniversário que seria dia 14 de abril de 1943. Foi quando o então presidente conheceu por in-formações do Ministro da Agricultura, a Seleta, que começou a ajudar fornecendo a alimentação para os alunos da Escola 26 de Agosto. Já em meados de maio de 1944, a escola tinha muitos alunos. Quando a Seleta começou a fazer a horta para alimentação e tratamento dentário de seus alunos, começou a repercus-são do trabalho da sociedade em se tratando de crianças. Em junho de 1944, a Indústria Nestlé e

a Legião Brasileira de Assistência começaram a ajudar, vendo a Seleta como uma constante na causa social. A indústria Nestlé mandava alimentação e a LBA, por intermédio de sua diretora estadual, Maria de Arruda Muller, ajudava na alimentação e ensinamentos para as crianças da escola. Em 08 de agosto de 1944, de acordo com a Ata nº 105, foi levado ao conhecimento de todos os membros presentes na reunião da sociedade, o interesse do dono do prédio onde funcionava a Escola Mista 26 de Agosto em vender a proprie-dade. Em de 26 de agosto de 1944 foi lançada a pedra fundamental da escola Profissionalizante 26 de Agosto em Campo Grande. Em 17 de outu-bro de 1944, segundo a Ata nº 112 foi feita à pro-posta para as esposas participarem da sociedade. Em 21 de janeiro de 1945, conforme Ata nº 115, tomou posse à nova diretoria. Como presidente Arthur de Barros e vice-presidente Agnaldo Trouy começava o grande trabalho para aquisição do prédio e a construção da Escola Profissionalizan-te 26 de Agosto, sendo a primeira ajuda vinda do Rádio Clube, que doou a receita de um baile carnavalesco para a construção tão esperada na época. Em março de 1945 a Seleta recebeu a doação dos terrenos de nº. 29 e 30 dos senhores Eduardo Olímpico Machado, João T. Junior e Or-feu Baís, no bairro Cascudo, para a construção da escola profissionalizante. Em maio de 1945 resol-veram fazer um baile no Clube Centro Português e comprar mais dois terrenos vizinhos da escola.

Primeira turma do Curso de Manicure

e 19º turma de Cabeleireiro,

da Escola Profissionalizante 26 de Agosto, no

ano de 1975

Quadro de Campo Grande/MS

Especial 100 Anos

Page 20: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

20

Está registrado na Ata nº 122 de 10 de agosto de 1945, o recebimento de uma quantia valiosa do Governo do Estado de Mato Grosso e também a doação de outra quantia razoável do Rádio Clube, entidades estas que sempre se dispunham em ajudar a nossa sociedade. Também registrado nesta Ata acima, a aquisição do primeiro Gabine-te Dentário para a escola 26 de Agosto, ficando assim a prestação de serviços médico-dentários aos alunos. Em maio de 1946 foram feitos os pri-meiros contatos com o Senai para aquisições de algumas máquinas para a Escola, a qual já estava quase concluída. Em dezembro de 1946 a sede mudou-se para Rua Dom Aquino, nº 416, onde foi reeleito para presidente Arthur de Barros e seu vice Manoel Estevão Junior. Em junho de 1947 foi concluída a Escola Profissionalizante 26 de Agosto da S::S::C::H:: e contratado um profissional para administrá-la , o senhor João Bento. Finalmente, em 26 de Agos-to de 1947, foi inaugurada oficialmente a escola com a presença de várias autoridades municipais e estaduais, e a presença marcante dos parentes do Quadro de Corumbá. Consta na Ata de posse da nova direto-ria, no ano de 1948, a posse do Dr. Wilson Bar-bosa Martins, no Conselho Fiscal da Entidade. De 1948 até setembro de 1953 não temos registros do que aconteceu na sociedade em Campo Gran-de, sabemos que funcionava as escolas, gabinete dentário, escola profissionalizante e a horta co-munitária para ajudar os alunos da escola profis-sionalizante. Já em 06 de junho de 1976 foi criado o Departamento Feminino da S::S::C::H:: e, em 25 de junho de 1976, tomou posse a primeira dire-toria do Quadro de Campo Grande. Presidente: Enir Mecchi Thomaz; Vice: Emilia Terezinha Aran-

tes da Cunha; 1º tesoureira: Maria Torres Cerejo; 2ª tesoureira: Euvira Souza da Silva; 1ªsecretária: Jassy Botellho Martinez e 2ª secretária: Ivone Barbosa da Silva Gomes. Hoje, a Seleta - Quadro de Campo Gran-de tem cerca de 300 adolescentes inseridos no mercado de trabalho, os quais recebem acompa-nhamento de Assistente Social, Psicóloga e Den-tista com avaliação, onde se verifica o comporta-mento e desempenho dos mesmos. Há também reuniões e visitas, além de abordagens individu-ais quando necessárias. Esses jovens foram capacitados através do curso de Office-Boy/Mini-Secretária, ofereci-do gratuitamente pela Seleta, que nos anos de 2006 e 2007 habilitou mais de 400 adolescentes, além do curso de informática básica, uma com-plementação no currículo desses jovens e que capacitou cerca de 480 pessoas, entre os adoles-centes e comunidade em geral. No município de Campo Grande (MS), a Seleta possui diversos convênios, entre eles com instituições financeiras, secretarias do Esta-do, empresas particulares, além de participar do Consórcio Social da Juventude, como Entidade executora e ter o apoio da Prefeitura Municipal de Campo Grande e Câmara Municipal de Campo Grande. A escola profissionalizante oferece atu-almente cursos nas áreas de cabeleireiro, mani-cure, depilação, pintura em tecido e em tela, cor-te e costura, bordado à máquina e massoterapia, todos a baixo custo e com a finalidade de ofere-cer às pessoas mais carentes a oportunidade de se profissionalizar e ingressar no mercado de tra-balho, sendo que nos dois últimos anos mais de 550 pessoas freqüentaram esses cursos. Além deste importante trabalho que a Entidade prioriza em benefício do adolescente

Especial 100 Anos

Inauguração Oficial do Prédio da Escola 26 de Agosto,em 6 de Março de 1939

Page 21: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

21

Especial 100 Anos

Quando nos referimos aos jovens e principalmente ao futuro deles, uma questão nos vem a cabeça: como entrar no mercado de traba-lho sem experiência e qualificação. É com essa preocupação que a Seleta, ao longo desses 100 anos, desenvolve um traba-lho dedicado a esses jovens, que não tiveram a chance de encontrar o primeiro emprego. Um exemplo de sucesso é Kátia Eliza-beth, 27 anos, que trabalha como auxiliar ad-ministrativa, há sete anos, na Alternativa Admi-nistradora de Condomínios. Ela fez o curso de Office-Boy/Mini-Secretária da Seleta em 1995 e no ano de 96 conseguiu seu primeiro emprego. “Comecei trabalhando na Secretaria Estadual de Administração, até então não tinha nenhum conhecimento sobre mercado de trabalho. Tudo que aprendi devo ao curso que fiz na Entidade”, relata. Kátia ressalta ainda que a irmã, cinco anos mais velha, também fez o curso de OB/MS na Se-leta e também conquistou o primeiro emprego. “O curso abriu portas para nós e com ele con-seguimos entrar no mercado de trabalho. É isso que os jovens precisam, de uma oportunidade”, afirma.

JOVENS – Com qualificação, a oportunidade vem mais rápido

Kátia foi uma dasalunas do cursode OB/MS da entidade

carente da comunidade campo-grandense, co-locamos à disposição para prestação de serviços nas áreas de Gráfica, Marcenaria e Serralheria, onde as oficinas são equipadas para atender toda clientela, com profissionais especializados dentro das respectivas áreas.

Adolescentes do curso de Office-Boy / Mini-Secretária

Alunos do curso de Cabeleireiro em

Ação Social no presídio feminino

Fanfarra da Escola 26 de

Agosto, durante desfile cívico

Page 22: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

22

Especial 100 Anos

No dia 03 de julho de 1944, reunidos no sobrado do armazém do Couto e Cia., na lo-calidade do distrito de Porto Es-perança, os consócios da Seleta Sociedade Caritativa e Humani-tária – do Quadro de Corumbá: Mário Feitosa Rodrigues, Aníbal Feitosa Rodrigues, Sátiro da Sil-va, Joaquim dos Santos, Guilher-me Hermosila e Américo Alves Duarte fundam o Quadro de Porto Esperança. Na ocasião, Mario Fei-tosa explicou os fins da nova entidade a todos os presentes, o que ocorreu logo após o jura-mento e, em seguida, aclama-da a diretoria provisória, ten-do como presidente Geraldino Martins de Barros, tesoureiro Luis Marques Duarte, secretá-rio Geógrafo Souza de Oliveira e Centurião Francisco Cláudio da Silva. Geraldino Martins de Barros presidiu o Quadro de Porto Esperança de 1944 até 1974 sendo conhecido também

dino convidava as autoridades corumbaenses a prestigiarem as solenidades onde os alunos da escola Rio Branco, localizada no distrito de Porto Esperança, mantida pela S::S::C::H::, canta-vam os hinos Nacional, da Ban-deira e de Corumbá. Durante tais eventos, o presidente Geraldino fazia questão de servir lanches e refrigerantes aos presentes e mandava publicar nos periódi-cos corumbaenses o discurso pronunciado pelo aluno, profes-sora e um convidado entre os parentes, sendo sempre um dos irmãos Feitosa Rodrigues. Mar-tins de Barros era conferente da Cia Couto e com o seu pedido foi construída a sede do Quadro, em regime de mutirão aos fins de semana onde eram servidas saborosas peixadas. Em 1974, o vereador Geraldino de Barros conseguiu a doação de um terreno por parte da prefeitura, localizado na Rua Silva Jardim. Em 1975 é forma-do um Quadro provisório pelos consócios do Quadro de Corum-bá, para que funcionassem as reuniões do Quadro de Porto Esperança provisoriamente em nossa cidade.

Quadro de Porto Esperança Em 1976 é eleito Sátiro Manuel Coelho para presidente do sub-quadro da S::S::C::H:: de Porto Esperança e em uma reu-nião em 1977 um jovem consó-cio levanta a idéia da construção da sub-sede do Quadro de Porto Esperança no terreno na Rua Silva Jardim. A idéia na citada reunião é tida como esdrúxula e inviável, mas Sátiro apóia a idéia do jovem parente e nomeia a comissão da construção da sub-sede do Quadro de Porto Espe-rança. Não era um sonho e sim um objetivo, que foi encam-pado pelos consócios que traba-lham unidos com a ajuda da co-munidade, e em tempo recorde ficou pronto o sobrado da frente e as pilastras do salão de festas tornando-se assim realidade. No começo da década de 80, o promissor e laboroso Quadro de Porto Esperança já funcio-nava na sua sede própria, onde devemos destacar os trabalhos dos presidentes Sátiro Coelho, Álvaro de Matos Paula, Nelson Bichara Dib e Joacir Batista Padi-lha. Em 21 de setembro de 1978 quando Corumbá come-

morava o bicentenário, a esco-la Rio Branco conduzida pelos parentes do Quadro de Porto Esperança fez grande sucesso no desfile cívico-militar em ho-menagem a data comemorativa, onde os alunos com bandeiri-nhas tremulando em suas mãos cantavam o Hino de Corumbá e os meninos de uma localidade distante que nunca tinham visto prédios, nem automóveis foram freneticamente aplaudidos pela nossa comunidade, recebendo elogios especiais do então go-vernador Cássio Leite de Barros e do prefeito Aurélio Scaff. Atualmente o Quadro de Porto Esperança tem como presidente Joacir Batista Padil-lha. O Quadro de Porto Es-perança, sempre presente nos grandes eventos filantrópicos e sociais, externa sua profunda emoção e carinho em congra-tular com a festa do centenário da S::S::C::H:: de Corumbá, em 02 de agosto, e dando as mãos e vivas ao lema que norteia esta instituição “Um por todos e to-dos por um”.

Comemoração ao 20º aniversário do

Quadro de Porto Esperança em

3 de Julho de 1944

como o eterno presi-dente. Nas datas co-memorativas de 13 de junho, 7 de setembro e 21 de setembro, Geral-

Page 23: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

23

Idealizado por Cid Antunes, que tinha a vontade de unir os parentes que residiam em Brasília, so-mado aos esforços dos demais Quadros já exis-tentes da Seleta Sociedade Caritativa e Humani-tária foi efetivado, em 27 de agosto de 1997, a S::S::C::H:: - Quadro de Brasília.A união dos integrantes do Grande Quadro, o pensamento moderno e dinâmico do parente Inácio Guitte Melges, então presidente do Qua-dro de Campo Grande, que abraçando a idéia expediu a determinação nº02/97, de 1º de agos-to de 1997, nomeando o parente Ricardo Tadeu Barros da Costa, pertencente ao Quadro de Ladá-rio como delegado, representa o Grande Quadro na fundação do Quadro em Brasília, do parente Rafael Chociai, presidente do Quadro de Naviraí, que colocou toda a pujança dos seus sócios para documentar e orientar o novo Quadro.Quadros como o de Ladário, que incentivou e apoiou nas palavras sempre ponderadas do seu então presidente Erasmo Martins; Quadro de Campo Grande, que doou uma coleção de faixas de todos os graus da sociedade, bem como, os impressos necessários para registrar os primei-ros passos do Quadro; o parente Airton Conde, do Quadro de Corumbá, que ao ser chamado em nome da S::S::C::H::, atendeu de imediato à convocação, demonstrando o verdadeiro espíri-to que congrega a comunidade seletiana; as pa-rentas Roselene Guimarães da Costa, esposa do parente Tadeu, e Alaíde Vilalva Conde, esposa do parente Airton, que tiveram participação espe-cial nos primeiros passos da criação do Quadro, com o carinho e a compreensão próprios da mu-lher caritativa e humanitária e que devem norte-ar todas as demais seletianas; os senhores Élcio Ferreira, Everaldo Alves Costa, Hamilton Vilalva Conde, Haroldo Assad Carneiro, Ivo Ribeiro de Souza, José Tadeu da Silva e Lourenço Cueva, que cerraram fileira em torno das causas seletianas e, que após iniciados, passaram a compor a primei-ra diretoria do Quadro de Brasília.É de ressaltar também, a participação ímpar do parente Ricardo Tadeu Barros da Costa que,

como delegado do Grande Quadro, conduziu com bastante prosperidade os trabalhos rela-cionados à fundação do Quadro de Brasília, bem como, orientou novos parentes sobre os rituais e demais ensinamentos relacionados ao novo Qua-dro, resultando num verdadeiro sucesso, graças à sua sapiência.

PRIMEIRA DIRETORIA

Membros da primeira diretoria do Quadro de Brasília:Presidente: Airton CondeVice-presidente: Everaldo Alves da CostaOrador: Ricardo Tadeu Barros da Costa1º secretário: José Tadeu da Silva1º tesoureiro: Lourenço CuevaGuarda Patrimonial: Élcio FerreiraIntendente: Ivo Ribeiro de SouzaConselho Fiscal: Haroldo Assad Carneiro e Hamil-ton Vilalva Conde.

Quadro de Brasília/DFEspecial 100 Anos

Projeto de extensão cultural

Airton Conde

Page 24: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

24

Especial 100 Anos

QUADRO DE LADÁRIO

No dia 22 de outubro de 1967, confor-me Ata nº.01, estavam reunidos diversos seletia-nos no Quadro de Corumbá, sob a presidência do parente Nathálio Abrahão, presidente do Grande Quadro, quando no uso de suas atribuições fun-dou e instalou a mais nova sede da Seleta, o Qua-dro de Ladário. A sede provisória do Quadro começou a funcionar em um prédio na Rua Fernando Corrêa da Costa, s/n. Nesse mesmo dia foi empossada a pri-meira diretoria, tendo como presidente Name Antonio Assad; vice-presidente Djalma Alberto Medeiros; 1º secretário Nelson Mangabeira de Almeida; 2º secretário Enio Francisco de Brito; Orador Osmar Vivaldino Barbosa; Tesoureiro Afonso Pereira. Durante a solenidade de funda-ção do Quadro estiveram presentes autoridades civis e militares de Ladário e Corumbá, bem como delegações de Porto Esperança, Campo Grande e Corumbá. Os seletianos deste Quadro mantêm a Escola 17 de Março.

QUADRO DE DOURADOS

Fundado no dia 27 de julho de 1968, o Quadro de Dourados teve como primeiro presi-dente Armando da Silva Carmello e como vice-presidente Pedro Gomes de Souza. Durante a solenidade de fundação es-tiveram presentes seletianos dos Quadros de Corumbá, Porto Esperança, Ladário e Campo Grande. Após sete meses de instalação, o grupo inicial, somado a outros companheiros, funda a Escola 20 de Dezembro. A sede da escola foi construída em um terreno doado pelo senhor Cíder Cerzósimo de Souza e começou efetivamente a funcionar em 03 de março de 1969, e já possuía 103 alunos ma-triculados, sendo 49 do sexo masculino e 35 do sexo feminino. Já em 1970 foram inseridos mais 93 alunos. As crianças que freqüentavam a escola recebiam merenda e uniforme.Não satisfeitos com as atividades realizadas, os membros do Quadro de Dourados instalaram no dia 19 de outubro, o Mobral, no período noturno, tendo 60 alunos já matriculados. A implantação do Mobral foi seguida pelos seletianos, após a im-plantação nas escolas brasileiras pelo presidente da época, Médici, que adotou como medida para combater o analfabetismo.

QUADRO DE GLÓRIA DE DOURADOS Com a participação de 18 sócios, é fun-dado no dia 22 de fevereiro de 1970, o Quadro de Glória de Dourados. Entretanto esse número teve um grandioso aumento e com isso no dia 21 de março de 1970, eles inauguram a Escola 02 de Maio. A primeira diretoria eleita teve como presidente Manoel Reino Júnior, 1º secretário Rolon Albano de Souza; 2º secretário Mozart Santos Lima; Orador Aparício Rodrigues de Al-meida; Porteiro Aurozino da Silva Leite e como Intendentes Hilton Milan e José Eudes Barbosa.

Confira a baixo a relação de todos os Quadros da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária, sua data de fundação e presidentes eleitos para o bi-ênio 2008/09.

Quadro de Corumbá/MS Fundado em 02/08/1908 Presidente: Lorival Selesque

Quadro de Campo Grande/MS Fundado em 25/07/1926Presidente: Gabriel Moreira dos Santos

Quadro de Porto Esperança/MS Fundado em 04/08/1944Presidente: Joacir Batista Padilha

Quadro de Ladário/MS Fundado em 22/10/1967Presidente: Adão Ximenes

Quadro de Dourados/MS Fundado em 27/07/1968Presidente: Nivaldo Santana

Quadro de Glória de Dourados/MS Fundado em 22/02/1970Presidente: Luiz Alberto

Quadro de Fátima do Sul/MS Fundado em 27/07/1976Presidente: Carlirio Alexandre da Costa

Quadro de Naviraí/MS Fundado em 18/02/1978Presidente: Adilson Nunes

Quadro de Cuiabá/MT Fundado em 08/04/1981Presidente: Luis Cláudio de Castro Sodré

Quadro de Cáceres/MTFundado em 24/04/1983Presidente: Bilac Jorge Medina

Quadro de Bonito/MSFundado em 23/03/1992Presidente: Divaldo Camacho Garcia

Quadro de Brasília/DFFundado em 27/08/1997 Presidente: Élcio Ferreira

Quadro de Terenos/MSFundado em 15/07/1998Presidente: Eduardo Aramis da Costa Heretier

Quadro de Nova Alvorada do Sul/MFundado em 15/11/2005Presidente: Ozeas Ferreira da Silva

Quadro de Coronel Sapucaia/MS e Capitan Bado/Paraguai Fundado em 25/04/2008 Presidente: Aires Noronha Andures Neto

Page 25: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

25

Ubiracy da Matta Galvão, conhecido como Bira, é natural de Ladário e atualmente é Presidente de Honra do Quadro de Ladário da Se-leta Sociedade Caritativa e Humanitária. Iniciou na Seleta em 16 de fevereiro de 1968, tendo sido elevado ao último grau da so-ciedade em 11 de agosto de 1972, é hoje o asso-ciado mais antigo do Quadro de Ladário. Sua história com a Entidade começou através de um convite de seu pai, o senhor Ari-querme da Rocha Galvão (Lico), Patrono da Enti-dade. “Na época éramos poucos, mas tínhamos um propósito definido, o de construir a Escola 17 de Março e o fizemos”, ressalta. Bira desde que foi iniciado no Quadro de Ladário, sempre trabalhou na Intendência com a responsabilidade de lavar 400 pratos por promo-ção. Foi ai que teve a idéia de preparar uma so-lução química, com água quente para desinfetar os pratos e talheres que rapidamente voltavam para o atendimento do público que participava das promoções. Na época como o Quadro não tinha sede própria, as promoções eram feitas em baixo de um pé de Tarumã. “Uma vez tivemos que impro-visar umas barracas de lona, para fazer um sarra-bulho, pois o tempo estava ruim. Foi um sucesso e com o dinheiro arrecadado limpamos o terreno e começamos a construir a sede do Quadro”, re-corda Bira. Durante a construção da sede a ajuda não foi só dos seletianos. “Tivemos a ajuda da

Bira, o presidente de Honra do Quadro de Ladário

Marinha, da Flotilha de Mato Grosso, que nos re-passava tudo que sobrava nos navios e nós rever-tíamos para a construção da escola. A famosa fei-joada da S::S::C::H:: de Ladário, é um exemplo da ajuda da Flotilha, pois o material era comprado em Assunção e transportado pelo Navio Tanque Potengi”, relata. Já a construção da sede social e do cubí-culo teve início na gestão do parente Lisaldo So-dré, que hoje está em Cuiabá. Com a iniciação de novos parentes, a construção foi concretizada. São eles Mario França, Sanhaso, Sargento Barbo-sa, Farias, Humberto, Mauro, Victor Hurt e mais tarde jovens como Rubens Guimarães, Tadeu, Alencar, Diógenes, Enedino que buscaram no mercado recursos diferentes, como o aterro fei-to pelo Dersul com o Doutor Filogonio. Na época foram 130 caminhões de terra até nivelar o terre-no. “Nosso cubículo tem até hoje um significado ritualístico idealizado pelo sargento Barbosa, que buscou na sala de entrada da ONU a igualdade entre os homens na sua moradia”, declara Bira. Para Ubiracy a união de parentes dinâ-micos e compromissados com a responsabilida-de social é que vão fazer a Seleta viver por mais 100 anos. “Temos tudo para crescer. Uma sede linda e bem estruturada, parentes como Ribeiro, Romeu, Lara, Adão, Antônio, Pedro e outros que estão chegando e que vai levar nossa Entidade para mais um centenário”.

Iniciado na Seleta – Quadro de Corumbá em 02 de fevereiro de 1960, Marciano Segundo Pereira, 76 anos, conheceu a sociedade por meio do seu pai, o senhor Agostinho Pereira, que na época pertencia ao Quadro de Porto Esperança. Dentro da Entidade ocupou diversos cargos, entre eles o de Intendente e, por nove anos, foi vice-presidente. Durante esse tempo lutou constantemente para ajudar a S::S::C::H:: a crescer. “Nós montamos a primeira escola man-tida pela sociedade, e fomos também a primeira escola do país a fornecer merenda escolar”, rela-ta orgulhoso. Os alunos da Escola 21 de Setembro re-cebiam ainda uniformes e lanches durante as par-ticipações nos desfiles cívicos, em comemoração ao aniversário da cidade. “Nós fazíamos o que os fundadores pregavam, a filantropia. Nessa época atendíamos cerca de 285 crianças”, ressalta. Mas o trabalho foi árduo. “Éramos em 40 homens, que assumiram o compromisso de erguer a escola, conseguimos as doações de ma-teriais para a construção e ainda a doação do terreno. Assim foi construída a escola”, lembra Marciano.

“É preciso manter a união para chegar nos próximos 100 anos” – Marciano Segundo

Pereira / Quadro de Corumbá

Ao comemorar o centenário da Entida-de, Marciano só tem um pedido. “É preciso ter união, só assim conseguimos desenvolver um trabalho social digno”.

Marciano Segundo

Especial 100 Anos

Page 26: Revista 02

---

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

26

Especial 100 Anos

No dia 18 de junho de 2008, o seletiano Daniel Montello completou 80 anos de idade e desses 80, 50 são dedicados à Seleta. Ele foi ini-ciado em 25 de agosto de 1958, a convite de um amigo. Marceneiro de profissão procurou ao longo desses anos desenvolver um trabalho com ética e responsabilidade e dentro da Seleta não foi diferente. Eleito presidente no ano de 1985, ficou por dois anos e desenvolveu ações que aju-daram a Entidade a crescer. Entre as ações de sua gestão estão os lares para crianças que não tinham para onde ir. “Nessa época nós mantínhamos duas casas, as crianças tinham de tudo ali dentro, desde alimen-tação a atendimento médico”, ressalta. Os Lares eram em homenagem a dois seletianos Aziz Sala-mene e Joaquim César, e abrigavam cinco crian-ças cada. Daniel Montello garante que nunca teve pretensão de assumir cargos dentro da Entidade, mas seu trabalho dentro da Seleta o levou a ocu-par diversos cargos como tesoureiro, orador do

Daniel Montello – 50 anos dedicados a S::S::C::H::

Daniel Montello e sua esposa Déa Ruth

Durante seu mandato de

presidente na Seleta, participava

ativamente das atividades

Page 27: Revista 02

---

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

27

Especial 100 AnosGrande Quadro, membro do conselho fiscal. “Gostava de ficar na velha guarda, mas como assumi esses cargos, me realizei com os trabalhos que desenvolvi”. Ajuda para as apresentações da fanfarra da Es-cola 26 de Agosto, a aquisição de uma máquina Off Set, o pleno funcionamento de todas as oficinas foram algu-mas das atividades feitas por Daniel Montello. “Procurei sempre fazer o melhor e acredito que fiz”. Duas famílias sempre estiveram presentes na vida desse seletiano: uma a sua que formou com a espo-sa Déa Ruth, com quem se casou em 1966 e que sempre esteve ao seu lado e outra, a Seleta, onde desenvolveu diversas atividades em pról dos menos favorecidos. A Seleta chega aos 100 anos e Daniel Montello acredita que é mantendo seus princípios que a Entidade deve chegar a mais 100. “Se chegou aos 100 anos com os princípios dela, devemos continuar com eles. Mesmo com as mudanças do mundo atual devemos respeitar esses princípios”.

Uma conversa infor-mal, na casa desse seletiano de 92 anos, tenente aposentado do Exército, é o suficiente para nos remeter a um passado glorioso da Sociedade. Satiro Manuel Coelho nos conta com emoção suas ativi-dades dentro do Quadro de Porto Esperança. Ele iniciou na Seleta na década de 50, logo após a fun-dação do Quadro e acompanhou de perto os primeiros trabalhos do presidente Geraldino Martins Barros. “Ele foi o primeiro presi-dente da Sociedade, trabalhou muito naquela época”, lembra. Foi eleito várias vezes presidente do Quadro, tantas ve-zes que ele nem se lembra mais, porém sabe dizer o que fez. “Nas vezes que estava como presiden-te consegui o terreno para a cons-trução da sede e ainda erguemos o prédio da Escola, com isso conseguimos ajudar as crianças que moravam em Albuquerque, distrito de Corumbá, elas usavam uniformes, ganhavam merenda, tudo por conta da Seleta”, conta com orgulho.

Satiro Manuel Coelho, o pioneiro em Porto Esperança

Tetraneto de Antonio Maria Coelho, res-ponsável pela criação da Loja Maçônica “Amor a Ordem”, Satiro acredita que a Seleta precisa de união e força para viver mais 100 anos. “Não po-demos deixar que ela morra, temos que unir for-ças e fazer esse trabalho por mais 100 anos”.

Os seletianos Satiro Manuel

e Adir Paes

Escola Profis-sionalizante e a fanfarra da Escola 26 de

Agosto durante a administra-ção de Daniel

Montello

Page 28: Revista 02

Ristec

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

28

O importante é o prazer de que se tem de estar vivo. A simplicidade e facilidade em co-mentar a respeito de realizações ou fracassos, de maneira direta, com honestidade, uma vez que se tem uma relação amistosa com os fatos. A tranqüilidade ao dar e receber elogios, manifes-tações de afeto. Abertura a críticas e a serenidade ao re-conhecer os próprios erros, porque a auto-estima não está vinculada a uma imagem de perfeição.A graça e a espontaneidade das palavras e dos movimentos com que a pessoa tende a se ex-pressar, porque ela não está em guerra consigo mesma. O importante é você se auto aceitar e respeitar seus limites, aí você será um vencedor.A partir daí refazer seus padrões, escolher o que quer de verdade. Deixar que os mortos enter-rem seus mortos - perdoar, se perdoar, aceitar, acreditar, viver... Cada um no seu tempo e no seu espaço e como em degrau subir sua auto-estima cada vez mais. Com alicerces e base para não mais baixá-la. Devemos sempre evitar nos compro-meter em projetos complexos no qual tenhamos pouca experiência ou familiaridade. É este fator que pode rapidamente gerar a falta de autocon-fiança. É conveniente começarmos com objetivos mais simples, dominá-los, e convencermo-nos de

que somos capazes. Com o sucesso manifesta-se satisfação interior e deliberação de senti-la em novos empreendimentos. Lembremo-nos de que nada instila con-fiança como o sucesso; portanto, se nada em-preendemos, nenhuma possibilidade terá de al-cançar sucesso. Devemos também lembrar que nenhum ser humano é sempre bem sucedido. É justamente a maioria dos empreendimentos em que uma pessoa possa alcançar sucesso, que instila confiança. Todos podem beneficiar-se em conformidade com seus princípios e valores. Pouco antes de adormecer façam esta sugestão ao seu subconsciente:

“Tenho fortaleza física e mental, e vontade de participar em qualquer coisa que possa surgir e que esteja dentro das minhas aptidões, dominá-las e alcançar sucesso.”

“Sou forte, tenho determinação. Exercerei domí-nio sobre mim mesmo.”

Conseqüentemente, a ordem ao nosso subconsciente refletir-se-á durante o dia fortale-cendo da vontade aumentando a autoconfiança e com ela a auto-estima.

Aumente a sua confiança...

GRAZIELA MEDEIROSPalestrante e [email protected]

(67) 9958-3877

Bem Estar

Page 29: Revista 02

Visão Seleta Julho, Agosto | 2008

29

Page 30: Revista 02