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Revisão 3 Paulo Monteiro

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Revisão 3 Paulo Monteiro

Texto I

UM DISCURSO ESPECÍFICO

Nos textos comuns, nãoliterários, o redator escolhe as palavras

pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre a

preocupação com outra operação, tão importante quanto a primeira: a

combinação. Desse modo, seleção e combinação de palavras

articulam-se, criando no texto algumas pistas para o leitor.

O discurso literário é específico: sua linguagem é elaborada, de

modo que o aspecto formal também aponte as significações do texto.

No poema, isso se dá de maneira particularmente acentuada. Seleção

e combinação de palavras são pautadas não apenas pelo critério de

significação, mas também por outros critérios, como o rítmico, o

sintático, o sonoro, o decorrente de paralelismos e jogos formais.

(GOLDSTEIN, Norma. Versos, sons, ritmos. São Paulo: Ática, 2008, p. 6).

TEXTO PARA LEITURA – II

NOVA POÉTICA

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.

Poeta sórdido:

Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.

Vai um sujeito

Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e na

primeira esquina

[passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:

É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:

Fazer o leitor satisfeito de se dar o desespero.

Sei que a poesia é também orvalho,

Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens cem por cento

[e as amadas que envelheceram sem maldade. (BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 287).

Questão 01

De acordo com as informações do texto I, é correto afirmar que, no texto II,

o autor:

a)Valoriza a forma em detrimento do conteúdo.

b)Rejeita a ideia da poesia vista como consolo.

c)Possui uma concepção absurda da realidade.

d)Vê a vida na sua expressão de plenitude.

e)Ironiza os pessimistas conforme a anedota.

Questão 01

De acordo com as informações do texto I, é correto afirmar que, no texto II,

o autor:

a)Valoriza a forma em detrimento do conteúdo.

b)Rejeita a ideia da poesia vista como consolo.

c)Possui uma concepção absurda da realidade.

d)Vê a vida na sua expressão de plenitude.

e)Ironiza os pessimistas conforme a anedota.

A ideia da poesia como consolo, rejeitada pelo poeta, aparece na

imagem: “Sei que poesia também é orvalho”; descarta tal

concepção, ao afirmar que o orvalho fica para os que se afastam da

realidade crua.

Questão 02

Predomina no texto II a função da linguagem:

a)Referencial, uma vez que trabalha com noções e informações conceituais.

b)Conativa, pois visa ao convencimento do leitor acerca de uma poética.

c)Fática, porque o interesse reside em testar o funcionamento do canal.

d)Emotiva, porque o autor expressa seu sentimento sobre a poesia.

e)Metalinguística, pois o poema se concentra na definição de uma poética.

Questão 02

Predomina no texto II a função da linguagem:

a)Referencial, uma vez que trabalha com noções e informações conceituais.

b)Conativa, pois visa ao convencimento do leitor acerca de uma poética.

c)Fática, porque o interesse reside em testar o funcionamento do canal.

d)Emotiva, porque o autor expressa seu sentimento sobre a poesia.

e)Metalinguística, pois o poema se concentra na definição de uma poética.

O texto reflete acerca da natureza do poético

Questão 03

Espelho, amigo verdadeiro,

Tu refletes as minhas rugas,

Os meus cabelos brancos,

Os meus olhos míopes e cansados.

Espelho, amigo verdadeiro,

Mestre do realismo exato e minucioso,

Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico,

Penetrarias até ao fundo desse homem triste,

Descobririas o menino que sustenta esse homem,

O menino que não quer morrer,

Que não morrerá senão comigo,

O menino que todos os anos na véspera de Natal

Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985, p.251).

Além da função poética, outra função da linguagem presente em todo o

poema é a:

a)Fática

b)Emotiva

c)Referencial

d)Explicativa

e)Metalinguística

Além da função poética, outra função da linguagem presente em todo o

poema é a:

a)Fática

b)Emotiva

c)Referencial

d)Explicativa

e)Metalinguística

O texto projeta emoções individuais

Questão 04

Observar o seguinte fragmento de texto:

O motorista de um ônibus foi espancado até a morte por moradores na noite de domingo

após perder o controle do veículo e atingir diversos carros e motos no Jardim Planalto, no

bairro do Sapopemba, zona leste de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, o cobrador

do coletivo afirmou que o motorista teve um mal súbito e por isso bateu o carro. Ele foi

socorrido ao Pronto-Socorro do Hospital Sapopemba, mas, segundo o hospital, já chegou em

óbito.

O acidente ocorreu por volta das 23h40 na rua Torres Florêncio e Rielli. Segundo

informações do Bom Dia SP, testemunhas afirmaram que ali acontecia um baile funk. O

ônibus bateu em um furgão e atingiu mais dois carros e três motos antes de uma passageira

puxar o freio de mão. Os frequentadores do baile funk teriam se revoltado com o acidente,

depredado o veículo e espancado o motorista. O caso foi registrado na 70ª DP. Até a manhã

desta segunda-feira, ninguém havia sido preso.

(http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/ consulta em 28/11/2011)

Tendo essa mensagem como objetivo a transmissão de informações acerca

de um fato cotidiano, enquadra-se, predominantemente, na função da

linguagem:

a)Emotiva

b)Referencial

c)Metalinguística

d)Conativa

e)Poética

Tendo essa mensagem como objetivo a transmissão de informações acerca

de um fato cotidiano, enquadra-se, predominantemente, na função da

linguagem:

a)Emotiva

b)Referencial

c)Metalinguística

d)Conativa

e)Poética

O conteúdo da mensagem é essencialmente

informativo.

CANÇÃO DO VENTO E DA MINHA VIDA

O vento varria as folhas,

O vento varria os frutos,

O vento varria as flores...

E a minha vida ficava

Cada vez mais cheia

De frutos, de flores, de folhas.

[...]

O vento varria os sonhos

E varria as amizades...

O vento varria as mulheres...

E a minha vida ficava

Cada vez mais cheia

De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses

E varria os teus sorrisos...

O vento varria tudo!

E a minha vida ficava

Cada vez mais cheia

De tudo. (BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.).

Questão 05

Na estruturação do texto, destaca-se:

A) A construção de oposições semânticas.

B) A apresentação de ideias de forma objetiva.

C) O emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo.

D) A repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes.

E) A inversão da ordem sintática das palavras.

Questão 05

Na estruturação do texto, destaca-se:

A) A construção de oposições semânticas.

B) A apresentação de ideias de forma objetiva.

C) O emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo.

D) A repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes.

E) A inversão da ordem sintática das palavras.

O autor emprega aliterações, anáforas e paralelismos

Questão 06

O poema a seguir se chama “Drumundana”:

E agora, Maria?

O amor acabou

A filha casou

O filho mudou

Teu homem

Foi pra vida

Que tudo cria

A fantasia

Que você sonhou

Apagou

À luz do dia

E agora, Maria?

Vai com as outras

Vai viver

Com a hipocondria

Não vá fazer besteira

Cachorro que cheira

Cada pé que acha

Procurando quem o queira.

(RUIZ, Alice. In “Roteiro da poesia brasileira – anos 80.

Lima, Ricardo. (Org.) São Paulo: Global, 2010, p. 48-49).

Tal poema estabelece uma relação intertextual com:

a)Jorge de Lima

b)Manuel Bandeira

c)Carlos Drummond

d)Cecília Meireles

e)Adélia Prado

Tal poema estabelece uma relação intertextual com:

a)Jorge de Lima

b)Manuel Bandeira

c)Carlos Drummond

d)Cecília Meireles

e)Adélia Prado

Drummond escreveu: “José”: E agora, José?/ A festa acabou / a luz

apagou / o povo sumiu...”

Questão 08

Ler, atentamente, o texto a seguir, de Antônio Carlos Secchin:

“Com todo o amor...”

“Com todo o amor de Amaro de Oliveira.

São Paulo, 2 de abril de 39”.

O autógrafo se espalha em folha inteira,

Enredando o leitor, que se comove,

Não na história narrada pelo texto,

Mas na letra do amor, que agora move

A trama envelhecida de outro enredo,

Convidando uma dama a que o prove.

Catharina, Teresa, Ignez, Amália?

Não se percebe o nome, está extinta

A pólvora escondida na palavra,

Na escrita escura do que já fugiu.

Perdido entre os papéis de minha casa,

Amaro ama alguém no mês de abril.

(SECCHIN, Antonio Carlos. Todos os ventos – antologia poética. Rio de Janeiro: Edições Quasi, 2005, p. 35)

Quanto à leitura desse soneto:

A)Enquadra-se no gênero dramático, pois foi concebido para ser

representado.

B) Trata-se de uma composição em alexandrinhos, isto é, de dez sílabas

poéticas.

C) Ainda que escrito em versos, é um conto, pois compreende uma

narrativa amorosa.

D) Por apresentar a presença de personagens, integra o gênero épico.

E) É de natureza lírica, uma vez que projeta emoções e sentimentos.

Quanto à leitura desse soneto:

A)Enquadra-se no gênero dramático, pois foi concebido para ser

representado.

B) Trata-se de uma composição em alexandrinhos, isto é, de dez sílabas

poéticas.

C) Ainda que escrito em versos, é um conto, pois compreende uma

narrativa amorosa.

D) Por apresentar a presença de personagens, integra o gênero épico.

E) É de natureza lírica, uma vez que projeta emoções e sentimentos.

Nesse soneto (14 versos metrificados), o sujeito da escrita desenvolve

uma temática amorosa; as rimas, no primeiro terceto, são toantes: amÁlia

rima com palAvra.

Questão 09

As rimas, quanto à classe gramatical, classificam-se como pobres (se as

palavras pertecem à mesma classe gramatical); ricas (classes gramaticais

diferentes) ou precisosas (classes gramaticais distintas, mas com palavras

raras). No poema “Resmungos 2”, o autor apresenta rimas:

Nuvem preta, asas de borboleta,

Buraco negro, no manto do céu,

Dente de rato, cauda de cometa,

Coisas de cartola e de chapéu. (TELES, Gilberto Mendonça. Hora Aberta. Rio: José Olympio, 1986, p. 15)

a)Brancas

b)Preciosas

c)Pobres

d)Ricas

e)Híbridas

Questão 09

As rimas, quanto à classe gramatical, classificam-se como pobres (se as

palavras pertecem à mesma classe gramatical); ricas (classes gramaticais

diferentes) ou precisosas (classes gramaticais distintas, mas com palavras

raras). No poema “Resmungos 2”, o autor apresenta rimas:

Nuvem preta, asas de borboleta,

Buraco negro, no manto do céu,

Dente de rato, cauda de cometa,

Coisas de cartola e de chapéu. (TELES, Gilberto Mendonça. Hora Aberta. Rio: José Olympio, 1986, p. 15)

a)Brancas

b)Preciosas

c)Pobres

d)Ricas

e)Híbridas

As rimas se dão através de substantivos.

Questão 10

Métrica é o número de sílabas poéticas em cada verso. As sílabas poéticas diferem-se das

gramaticais, pois naquelas só se contam os sons, até a última sílaba tônica. No poema

“Fuga”, os versos estão em ritmo de:

O cão late na distância

Da vila fria e deserta

Onde papéis se procuram

No vento semidesperto.

O cão bate num domingo

Tão musical e severo

Que late como num sino

Batem junto o som e o eco.

O cão late noutro tempo

Todo fúria, prevalência,

De que não se sabe ao certo

Nem se flui ou se regressa.

O cão late, os papéis giram

Depois de cessado o vento.

O cão late na distância

Já de um outro pensamento. (NEVES, Cláudio. De sombras e vilas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008, p.25)

a)Alexandrinos

b)Redondilhos

c)Decassílabos

d)Octossílabos

e)Eneassílabos.

a)Alexandrinos

b)Redondilhos

c)Decassílabos

d)Octossílabos

e)Eneassílabos.

Os versos apresentam o número de sete sílabas poéticas

Questão 11 Ler, atentamente, os versos de Luís Vaz de Camões:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,

Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,

E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,

Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto:

Que não se muda já como soía.

(CAMÕES, Luís de. Sonetos. São Paulo: Martin Claret, 2000, p. 35)

Quanto à acentuação tônica, as rimas se classficam como masculinas (as

palavras são oxítonas), femininas (as palavras são paroxítonas), esdrúxulas

(as palavras são proparoxítonas) ou toantes (a identidade sonora ocorre nas

vogais ou ditongos da sílaba tônica). Nesse soneto:

I – No primeiro quarteto, as rimas são masculinas;

II – No segundo quarteto, as rimas são femininas;

III – Nos dois tercetos, as rimas são toantes.

IV – No último terceto, há rimas esdrúxulas.

Marcar a opção correta:

a)I apenas

b)II apenas

c)III apenas

d)IV apenas

e)II e III apenas

Quanto à acentuação tônica, as rimas se classficam como masculinas (as

palavras são oxítonas), femininas (as palavras são paroxítonas), esdrúxulas

(as palavras são proparoxítonas) ou toantes (a identidade sonora ocorre nas

vogais ou ditongos da sílaba tônica). Nesse soneto:

I – No primeiro quarteto, as rimas são masculinas;

II – No segundo quarteto, as rimas são femininas;

III – Nos dois tercetos, as rimas são toantes.

IV – No último terceto, há rimas esdrúxulas.

Marcar a opção correta:

a)I apenas

b)II apenas

c)III apenas

d)IV apenas

e)II e III apenas

Em todo o poema, há o predomínio de rimas femininas, uma vez que

recorre o poeta a rimas entre palavras paroxítonas.

Questão 12

O poema a seguir é considerado um texto:

Amor é fogo que arde sem se ver,

É ferida que dói, e não se sente;

É um contentamento descontente,

É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

É um andar solitário entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor? (CAMÕES, Luís de. Obras completas de Camões. Lisboa: Sá Costa, 1954, p.232)

a)Argumentativo.

b)Narrativo.

c)Épico.

d)De propaganda.

e)Teatral.

a)Argumentativo.

b)Narrativo.

c)Épico.

d)De propaganda.

e)Teatral.

a)Argumentativo.

b)Narrativo.

c)Épico.

d)De propaganda.

e)Teatral.

As demais opções são incompatíveis com o texto.

Questão 13

Ler, atentamente, o poema a seguir:

HOJE O POEMA NÃO SAI

Hoje o poema não sai

Nem se usasse revólver

Que medo de bala não tem

A metáfora nova escorrida.

O poema esconde a palavra

Como a cabra esconde o leite

A vaca o bezerro novo

Sob o jumeral fechado.

Não adianta puxar os cabelos

Morder as unhas as orelhas

Mesmo impossível de mordê-las.

O poema está grudado

Como casca de ferida

Espinho dentro da carne

Que a árvore ferida de morte

Também tem sua vingança. (PINTO, José Alcides. Poemas escolhidos- II. São Paulo: Edições GRD, 2006, p.248)

A função da linguagem predominante nesse texto é a metalinguística, pois o interesse da

composição se concentra em si mesma. Tal procedimento ocorre em:

a)“Estou no que sou , unido a mim feito grude, / não conheço meu voo, sou só latitude, / não meço

carícias para ser um rude, / não peço vastas fronteiras, sou amplitude” (Marcelo Dolabela)

b)“Amei, amei. Não sei se fui amado, / pois declarei amor a quem odiara / e quem amei jamais mostrei

a cara, / de medo de me ver posto de lado” (Glauco Mattoso).

c)“Compre: beba, coma, vista / pegue, passe, pague, gaste-se / entre, com a, entre em coma, / vista

bacana, beba bacana / babe, beba, gaste a grana / compre linha, linho, lã” (Aleiton Fonseca)

d)“Escreveram-se, nos últimos anos, poemas demais com a palavra pedra. / Poemas brancos, vítreos,

secos, lacônicos como um pigarro. / As imagens de rios lentos, o sertão, montanhas mineiras,

garimpo.” (Sérgio Sant’Anna).

e)“Do que se reparte / amor / prazer / arte / é o que persiste / do que se divide / só o meio a meio /

resta inteiro / o resto / não resiste” (Alice Ruiz)

A função da linguagem predominante nesse texto é a metalinguística, pois o interesse da

composição se concentra em si mesma. Tal procedimento ocorre em:

a)“Estou no que sou , unido a mim feito grude, / não conheço meu voo, sou só latitude, / não meço

carícias para ser um rude, / não peço vastas fronteiras, sou amplitude” (Marcelo Dolabela)

b)“Amei, amei. Não sei se fui amado, / pois declarei amor a quem odiara / e quem amei jamais mostrei

a cara, / de medo de me ver posto de lado” (Glauco Mattoso).

c)“Compre: beba, coma, vista / pegue, passe, pague, gaste-se / entre, com a, entre em coma, / vista

bacana, beba bacana / babe, beba, gaste a grana / compre linha, linho, lã” (Aleiton Fonseca)

d)“Escreveram-se, nos últimos anos, poemas demais com a palavra pedra. / Poemas brancos, vítreos,

secos, lacônicos como um pigarro. / As imagens de rios lentos, o sertão, montanhas mineiras,

garimpo.” (Sérgio Sant’Anna).

e)“Do que se reparte / amor / prazer / arte / é o que persiste / do que se divide / só o meio a meio /

resta inteiro / o resto / não resiste” (Alice Ruiz)

O poema realiza uma leitura de procedimentos estéticos que considera

do passado.

Questão 14

I.

Fumam ainda nas desertas praias

Lagos de sangue tépidos e impuros

Em que ondeiam cadáveres despidos,

Pasto de corvos. Dura inda nos vales

O rouco som da irada artilheria.

MUSA, honremos o Herói que o povo rude

Subjugou do Uraguai, e no seu sangue

Dos decretos reais lavou a afronta.

II.

Quando, à noite, no leito perfumado

Lânguida fronte no sonhar reclinas,

No vapor da ilusão por que te orvalha

Pranto de amor as pálpebras divinas?

E, quando eu te contemplo adormecida

Solto o cabelo no suave leito,

Por que um suspiro tépido ressona

E desmaia suavíssimo em teu peito?

III.

Heloísa [mostrando a Gioconda] – Por que que você tem esse quadro aí...

Abelardo I – A Gioconda... Um naco de beleza. O primeiro sorriso burguês...

Heloísa – Você é realista. E por isso enriqueceu magicamente. Enquanto os meus,

lavradores de cem anos, empobreceram em dois...

Abelardo I – Trabalharam e fizeram trabalhar para mim milhares de seres durante noventa

e oito... [Silêncio absoluto].

Heloísa – Dizem tantas coisas de você, Abelardo...

É correto afirmar que os fragmentos transcritos pertencem,

respectivamente, aos gêneros:

a)Lírico, dramático e épico.

b)Dramático, épico e lírico.

c)Épico, dramático e lírico.

d)Dramático, lírico e épico.

e)Épico, lírico e dramático.

III.

Heloísa [mostrando a Gioconda] – Por que que você tem esse quadro aí...

Abelardo I – A Gioconda... Um naco de beleza. O primeiro sorriso burguês...

Heloísa – Você é realista. E por isso enriqueceu magicamente. Enquanto os meus,

lavradores de cem anos, empobreceram em dois...

Abelardo I – Trabalharam e fizeram trabalhar para mim milhares de seres durante noventa

e oito... [Silêncio absoluto].

Heloísa – Dizem tantas coisas de você, Abelardo...

É correto afirmar que os fragmentos transcritos pertencem,

respectivamente, aos gêneros:

a)Lírico, dramático e épico.

b)Dramático, épico e lírico.

c)Épico, dramático e lírico.

d)Dramático, lírico e épico.

e)Épico, lírico e dramático.

Em I, a temática é bélica; em II, há projeção de emoções; em III, o texto

foi escrito para ser representado.

Questão 15

Falo a ti – doce virgem dos meus sonhos,

Visão dourada dum cismar tão puro,

Que sorrias por noites de vigília

Entre as rosas gentis do meu futuro.

Tu m’inspiraste, oh musa do silêncio,

Mimosa flor da lânguida saudade!

Por ti correu meu estro ardente e louco

Nos verdores febris da mocidade.

Tu, que foste a vestal dos sonhos d’ouro,

O anjo-tutelar dos meus anelos,

Estende sobre mim as asas brancas . . .

Desenrola os anéis dos teus cabelos

(ABREU, Casimiro. Obras. Rio: MEC, 1955, p.49-50)

São aspectos formais do texto:

a)A presença de versos brancos e de versos livres

b)A simetria das estrofes e o ritmo de seus versos

c)O uso da redondilha maior e da forma fixa soneto

d)O emprego de rimas emparelhadas e da ordem inversa.

São aspectos formais do texto:

a)A presença de versos brancos e de versos livres

b)A simetria das estrofes e o ritmo de seus versos

c)O uso da redondilha maior e da forma fixa soneto

d)O emprego de rimas emparelhadas e da ordem inversa.

As estrofes têm a forma de quartetos; e os versos são decassílabos.