Revisão literatura inglesa

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Literaturas de Língua Inglesa I Profa. Ma. Glauce Soares Casimiro TEMA - REVISÃO DE CONTEÚDO Emily Dickinson (1830-1886) •Emily Dickinson nasceu em Amherst (Massachusetts – Estados Unidos), em 10 de dezembro de 1830 e faleceu em 15 de maio de 1886. Escolheu como forma de vida a solidão e a poesia. •Entre 1858 e 1862, escreveu como “a person possessed”, produzindo frequentemente um poema por dia. Foi nesse período que adotou definitivamente o branco para suas roupas e passou a recusar-se a receber visitas. 22/07/2014 •A poesia de Emily, sob o aspecto formal, com a adoção de vários metros em um mesmo poema e sem preocupação com a uniformidade ou mesmo com a presença de rimas, está muito próxima da que hoje universalmente se pratica. Virginia Woolf •O romance moderno, com sua forma e seu conteúdo, joga por terra o romance vitoriano. Autores como Virginia Woolf, James Joyce e D. H. Lawrence quebram a tradição do romance. Mas como seria a contraposição do novo romance com o romance tradicional? •O escritor tinha pleno acesso aos segredos de seus personagens, transmitindo conhecimento seguro do mundo criado por ele mesmo e indicando ao leitor a interpretação das ações e dos pensamentos dos personagens. •Virginia Woolf pode ser vista como exemplo das características do novo romance: são registrados pensamentos e emoções dos personagens substituindo a autoridade suprema do narrador tradicional. •Segundo Neves (2005): Hoje em dia, já não se sabe se é a arte que imita a vida ou se é a vida que imita a arte. •O fluxo de consciência, um recurso linguístico que faz a narrativa desviar da estrutura linear em favor dos monólogos interiores dos personagens, usado e abusado por Virginia, seria uma prova disso. •Woolf notabilizou-se pelo emprego desse recurso, fazendo com que grande parte da ação se dê na mente de seus personagens. Aliás, usamos a palavra “ação” como força de expressão, pois na verdade muito pouco acontece nos seus romances.

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Literaturas de Língua Inglesa IProfa. Ma. Glauce Soares Casimiro TEMA - REVISÃO DE CONTEÚDO

Emily Dickinson (1830-1886)•Emily Dickinson nasceu em Amherst (Massachusetts – Estados Unidos), em 10 de dezembro de 1830 e faleceu em 15 de maio de 1886. Escolheu como forma de vida a solidão e a poesia.•Entre 1858 e 1862, escreveu como “a person possessed”, produzindo frequentemente um poema por dia. Foi nesse período que adotou definitivamente o branco para suas roupas e passou a recusar-se a receber visitas.22/07/2014•A poesia de Emily, sob o aspecto formal, com a adoção de vários metros em um mesmo poema e sem preocupação com a uniformidade ou mesmo com a presença de rimas, está muito próxima da que hoje universalmente se pratica.

Virginia Woolf•O romance moderno, com sua forma e seu conteúdo, joga por terra o romance vitoriano. Autores como Virginia Woolf, James Joyce e D. H. Lawrence quebram a tradição do romance. Mas como seria a contraposição do novo romance com oromance tradicional?•O escritor tinha pleno acesso aos segredos de seus personagens, transmitindo conhecimento seguro do mundo criado por ele mesmo e indicando ao leitor a interpretação das ações e dos pensamentos dos personagens.•Virginia Woolf pode ser vista como exemplo das características do novo romance: são registrados pensamentos e emoções dos personagens substituindo a autoridade suprema do narrador tradicional.•Segundo Neves (2005): Hoje em dia, já não se sabe se é a arte que imita a vida ou se éa vida que imita a arte.•O fluxo de consciência, um recurso linguístico que faz a narrativa desviar da estrutura linear em favor dos monólogos interiores dos personagens, usado e abusado por Virginia, seria uma prova disso.•Woolf notabilizou-se pelo emprego desse recurso, fazendo com que grande parte da ação se dê na mente de seus personagens. Aliás, usamos a palavra “ação” como força de expressão, pois na verdade muito pouco acontece nos seus romances.•Devemos nos lembrar que o fluxo de consciência é uma ferramenta literária, muito mais do que uma questão pessoal, muito mais do que o reflexo de uma mulher neurótica ou desequilibrada. A autora busca o sentido da vida, sendo o fluir do tempo outra de suas preocupações.•Em seus romances, a sequência temporal é quebrada, e o passado coexiste com o presente na consciência dos personagens (CEVASCO; SIQUEIRA, 1988, p. 79).As ondas, de Virginia Woolf•Virginia Woolf, aos 44 anos, em novembro de 1928, escreveu no seu diário: “Quero eliminar todo o desperdício, todas as coisas mortas, o supérfluo: dar o momento inteiro, com tudo o que faz parte dele.

Continuando

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As lendas do rei Arthur e dos cavaleiros da távola redonda falam a respeito dos defensores da antiga civilização romana em sua luta contra os povos bárbaros, esurgiram após a Conquista Normanda(1066 – 1200).•Desde o Renascimento, a veracidade histórica da figura de Arthur era defendida com vigor, sobretudo porque os monarcas da dinastia Tudor traçaram a linhagem até si e usaram essa ligação para justificar a ocupação do reino.

•Estudos mais recentes reconhecem, contudo, que existiu de fato uma figura, no final do século V e início do século VI, que justificou a lenda, mas não um rei com um “bando” de cavaleiros em luta pela justiça e atrás do Santo Graal – à volta de uma távola imaginária, que seria apenas uma tábua” de valores.Mas é inegável a influência da sua personagem na literatura, na arte e na sociedade, desde a Idade Média até hoje. Todos os grandes heróis “beberam” a influência de Arthur. E todos lhe “imitaram o estilo”.No coração da lenda arturiana está a terra, Inglaterra, intimamente ligada às aventuras dos cavaleiros. O exterior? As montanhas, os vales, os rios, as árvores e as plantas de enorme verdura. O interior? Misteriosa, assombrada por mitos, às vezes lendas que nada mais são do que ficção, às vezes histórias de fantasmas “verdadeiros”.•Às vezes são apenas nomes, como Camelot ou Camlan ou Badon. E até os lugares se colocam muitas vezes em questão – serão lenda ou verdade? Há também várias versões sobre a origem da távola redonda, ao redor da qual o rei Arthur e os seus cavaleiros se reuniam para contar os feitos e procurar novas aventuras.•O cronista normando Wace foi o primeiro a mencioná-la no seu Roman de Brut, de 1155, em que explicava que Arthur “criara” a távola redonda para prevenir guerras internas entre os barões, que punham em causa a legitimidade do reino – Arthur era herdeiro de Utário, mas só o feiticeiro Merlin o sabia.•E quem é Merlin? Era o conselheiro de Arthur (já o fora de seu pai), profeta e mágico, uma “criação” de Geoffrey of Monmouth, que no século XII misturou uma personagem de tradição escocesa chamada Myrddi com uma história do século IX do cronista Nennius – assim nasceu Merlinus ou Merdinus.

No livro de Monmouth, Merlin é conselheiro de Utário, mas não está associado a Arthur.A história do possível ArthurA história do possível Arthur começa na Bretanha (que corresponde hoje ao norte da França e ao Reino Unido).•Ali viviam os celtas, um povo com origem no centro sul da Europa, que se espalhou pelo continente durante a Idade do Ferro, aproximadamente em 600 a.C. Com a ocupação romana, no século I, parte das tribos celtas foi integrada ao império, entre elas os bretões.•Por cinco séculos a Bretanha esteve sob domínio romano, que trouxe desenvolvimento para a região e proteção contra invasões.•Desde o abandono das legiões romanas os bretões sofreram derrotas e o avanço anglo-saxão parecia irreversível.

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•Isso teria acontecido em 517, na batalha do Monte Badon, na qual os bretões conseguiram uma vitória decisiva contra os invasores. De fato, a arqueologia comprova que na época que sucede a batalha, as invasões na Bretanha diminuíram e as tribos puderam desfrutar de uma certa paz que duraria algumas décadas.•Mas o certo é que o Arthur de Monte Badon seria completamente diferente daquele que conhecemos pelos livros e filmes. Os guerreiros da época eram extremamente violentos. Suas armas eram as espadas de ferro, machados e escudos.

Vamos Praticar

01) Assinale a alternativa que indique o nome correto do personagem que veste a armadura e protege a cabeça com um elmo de prata:• _______, o grande Geat num mergulho penetrou fundo nas Águas do poço peçonhento – não esperou Por resposta; e as ondas cobriram o Corajoso cavaleiro; um dia se passou antes que visse o fundo do poço. O Sinistro e selvagemalgoz das águas[...]01)a) Hrothgar.b) Heorot.c) Grendel.d) Wealhtheow.e) Beowulf.

02) Já de volta em Heorot, Hrothgar aconselha Beowulf dentro dos códigos de honra e comportamento dos anglo-saxões. As seguintes palavras estão se referindo a quê?Meu bem amado Beowulf, bravo baluarte dos guerreiros, opõe-te contra essa mancha da corrupção; segue o melhor caminho – os conselhos dos céus; abandona a arrogância! Tua força agora está no apogeu; logo a enfermidade ou a espada privar-te-ão dela: ou na fama, ou nas ondas domar, ou no horror da senilidade, ou na fraqueza dos teus olhos quase cegos. A morte, inevitável, há de te abater, então, ó bravo guerreiro! (s.a., 1992).a) São palavras de consolo, esperança e despedida.b) São palavras da filosofia de uma raça, de uma sociedade e de um povo.c) São palavras de conformismo, desespero e ironia.d) São palavras de fé, amor e sátira.e) São palavras de esperança, crítica e dúvida.

03) According to the text, it may be stated that:a) Modern authors tend not to explore any anthropological aspects in their works.b) In modern literature special attention is given to the internal, psychological world of characters.c) The psychological aspects of a character were explored minimally by the modernists, who wanted to explore the external context.d) Freud’s theories were just a starting point for modernists, who preferred Jung and his deep psychological experiments.e) N.d.a.

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04) In the second half of the 20th c. writers who ascribed to the existentialist philosophy were mainly:a) Playwrights, poets and essayists.b) Poets and playwrights.c) Novelists and poets.d) Playwrights and novelists.e) N.d.a.

05) In the literature produced between the two World Wars, among the features that stand out one could mention:a) The presentation of human differences and a hatred of taboo words.b) The increased presence of human differences and a fragmentary view of the world.c) The use of taboo words and a guided approach to the text.d) The banning of some topics and an increasingly open and less directed approach to the text.

06) In “Virginia Woolf and James Joyce, however, experimented with the stream of consciousness to express a character’s thoughts more directly…”, considering the previous argument, the conjunction however establishes a relation of:a) Result.b) Opposition.c) Time.d) Concession.

FinalizandoMiddle English•Nesse período a língua ficou sem forma definida, devido ao processo de transformação ocorrido nessa época. Quando os Normandos conquistaram a Inglaterra, introduziram o inglês nas classes baixas. A classe alta ainda não tinha padronizado a língua inglesa falada, então a gramática tornou-se confusa.•Caracterizou-se pela perda de grande parte das palavras utilizadas no Old English e na adoção de várias palavras do latim e do francês, declinação dos substantivos, adjetivos, pronomes, sintaxe, neutralização e perda de vogais átonas no final de palavras.•Geoffrey Chaucer (1340 – 1400), antecessor de Shakespeare, com William Langland, John Wycliffe e outros. Eles tornaram o final do século XIV um período de destaque para a literatura no Middle English.•A influência da língua francesa foi sem dúvida o elemento mais importante desse período, quanto ao vocabulário introduzido na língua inglesa. Porém, no final do século XV torna-se evidente que o inglês havia sido reconhecido como língua padrão tanto na fala quanto na escrita. Mesmo como língua escrita, o inglês já haviasubstituído o francês e o latim como língua oficial para documentos.

Beowulf•Escrito no século VIII, Beowulf é o mais antigo poema épico anônimo das línguas modernas da Europa. Seu enredo baseia-se em material folclórico de diversas

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origens, mas a visão primordial é a de uma sociedade anglo-saxônica cristianizada dos fins do século VIII.

•O poeta era cristão, mas não havia esquecido ainda as lendas e os mitos do passado; seu mundo é o da vida palaciana, das cortes, dos grandes cavaleiros e guerreiros com suas leis e códigos rígidos de lealdade irrestrita à figura semidivina do rei que protegia seus cavaleiros, os quais, em troca, lutavam e morriam por seu suserano.• Existe do poema um único manuscrito que data do ano 1.000 e que faz parta da Cottonian Collection do Museu Britânico. Em 1731, algumas partes do poema foram destruídas por um incêndio, e outras, mais tarde, fragmentaram-se. Felizmente, um pesquisador islandês, Thorkelin, copiou o texto do poema em 1786 quando ainda podia ser lido facilmente.•Estudando-se o período histórico, confirmando-se os fatos, as referências e os nomes dos reis dinamarqueses mencionados na obra e, principalmente, analisando-se a língua em que foi escrito, pode-se afirmar que o poeta medieval compôs Beowulf por volta de 750, em Northumbria.•Até certo ponto é de se estranhar que um poema anglo-saxônico, escrito no que hoje se costuma chamar de inglês arcaico (Old English), tenha um herói escandinavo cujos feitos e aventuras fabulosas tenham ocorrido na Dinamarca.•Talvez o poeta escrevesse sobre tempos remotos do passado e, como artista, deliberadamente usasse sua imaginação poética. Pode-se traçar, porém, alguns paralelos da historicidade do poema.•Em algum lugar das terras do norte, a tradição oral teceu em volta da figura puramente fictícia de Beowulf uma teia de incríveis façanhas e aventuras. Tal herói tornou-se o rei dos geats – uma tribo de origem anglo-saxônica que vivia ao sul da atual Suécia –, tal qual o Rei Artur viria a se tornar séculos depois o rei dos bretões.•O poema foi intitulado Beowulf em 1805 e foi publicado pela primeira vez em 1815. O texto tem 3.182 versos. O poema inteiro corresponde praticamente a um décimo de toda a literatura anglo-saxônica que chegou até os nossos dias, e é o poema mais longo da literatura em inglês arcaico.•A figura demoníaca de Grendel, sua força, a luz que emana de seus olhos e seu canibalismo dão ao poema a atmosfera do fantástico fabuloso, em contraste com o mundo civilizado dos cavaleiros em Heorot. Grendel vem do mal, vive nas charnecas e nos pântanos onde medram outros monstros; isto é, vive na periferia do mundo, longe da civilização e dos seres humanos.