Revisão Geografia 2º ano - ESTADOS UNIDOS

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ESTADOS UNIDOS FASE DE COLONIZAÇÃO As colônias da Nova Inglaterra constituíram a grande exceção da Colonização européia na América, porque foram colônias de povoamento enquanto todas as demais, incluindo-se as do sul do atual Estados Unidos, enquadraram-se como colônias de exploração. As diversidades sócio-econômicas mantiveram-se após a Independência e levaram à Guerra de Secessão no século XIX. FASES DE EXPANSÃO INTERNA Os EUA transformaram-se na maior potência continental nas últimas décadas do XIX. Para isso, foi necessário a consolidação da unidade política e econômica do país, iniciada com a expansão territorial e o mais bem sucedido processo de colonização da era moderna. Combinando princípios do liberalismo, através do livre acesso à terra, com a diplomacia do canhão, impondo acordos de compra ou anexação de territórios. O rápido crescimento econômico da costa leste impulsionou a expansão da fronteira econômica em direção ao Oeste, sobre terras indígenas até então controladas por potências européias ou mexicanos. A Guerra de Secessão devido às condições pelo Norte, propiciou o avanço do capitalismo através do grande desenvolvimento industrial. FASE DE EXPANSÃO CONTINENTAL E OCEÂNICA A partir do final do século XIX os EUA experimentaram um período de grande prosperidade, através do crescimento da produção agrícola e industrial, a multiplicação dos meios de transporte e o fortalecimento do capitalismo monopolista, exigindo a busca por novos mercados. A “Política de Portas Abertas” implementada pelo governo dos Estados Unidos estabelecia medidas que ampliaram o comércio interamericano e a presença imperialista norte- americana, principalmente na América Latina. Os EUA se beneficiaram com a Primeira Guerra Mundial e foram convertidos em centro do sistema capitalista, ampliando sua influência econômica e financeira pelo mundo. Conseguiram superar rivais europeus na América do Sul, iverteram sua balança comercial e financeira com a Europa Ocidental, mas tiveram na Ásia Oriental o Japão como um obstáculo ameaçador. Esse período de prosperidade econômica foi destruído pela Crise de 1929 e a subseqüente Grande Depressão. Durante o governo de F. D. Roosevelt assinalou o New Deal e a Política da Boa Vizinhança e o envolvimento na Segunda Guerra Mundial.

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ESTADOS UNIDOS FASE DE COLONIZAÇÃO As colônias da Nova Inglaterra constituíram a grande exceção da Colonização européia na América, porque foram colônias de povoamento enquanto todas as demais, incluindo-se as do sul do atual Estados Unidos, enquadraram-se como colônias de exploração. As diversidades sócio-econômicas mantiveram-se após a Independência e levaram à Guerra de Secessão no século XIX. FASES DE EXPANSÃO INTERNA Os EUA transformaram-se na maior potência continental nas últimas décadas do XIX. Para isso, foi necessário a consolidação da unidade política e econômica do país, iniciada com a expansão territorial e o mais bem sucedido processo de colonização da era moderna. Combinando princípios do liberalismo, através do livre acesso à terra, com a “diplomacia do canhão”, impondo acordos de compra ou anexação de territórios. O rápido crescimento econômico da costa leste impulsionou a expansão da fronteira econômica em direção ao Oeste, sobre terras indígenas até então controladas por potências européias ou mexicanos. A Guerra de Secessão – devido às condições pelo Norte, propiciou o avanço do capitalismo através do grande desenvolvimento industrial.

FASE DE EXPANSÃO CONTINENTAL E OCEÂNICA A partir do final do século XIX os EUA experimentaram um período de grande prosperidade, através do crescimento da produção agrícola e industrial, a multiplicação dos meios de transporte e o fortalecimento do capitalismo monopolista, exigindo a busca por novos mercados. A “Política de Portas Abertas” implementada pelo governo dos Estados Unidos estabelecia medidas que ampliaram o comércio interamericano e a presença imperialista norte-americana, principalmente na América Latina. Os EUA se beneficiaram com a Primeira Guerra Mundial e foram convertidos em centro do sistema capitalista, ampliando sua influência

econômica e financeira pelo mundo. Conseguiram superar rivais europeus na América do Sul, iverteram sua balança comercial e financeira com a Europa Ocidental, mas tiveram na Ásia Oriental o Japão como um obstáculo ameaçador. Esse período de prosperidade econômica foi destruído pela Crise de 1929 e a subseqüente Grande Depressão. Durante o governo de F. D. Roosevelt assinalou o New Deal e a Política da Boa Vizinhança e o envolvimento na Segunda Guerra Mundial.

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A FASE DE EXPANSÃO MUNDIAL A Guerra Fria, caracterizada pela crescente hostilidade em relação a URSS, marcou o quadro político do período, em muitos aspectos caracterizado por diretrizes conservadoras, como foi o Macarthismo na política interna e o Neocolonialismo na política externa. O período Kennedy pareceu a muitos a promessa de mudanças com a “Nova Fronteira”, a Aliança para o Progresso e a Coexistência Pacífica, mas a Guerra do Vietnã e a sucessão de intervenções em diversas regiões o mundo, nem sempre disfarçadas, pareciam ressuscitar o “Big Stick” sob um novo design político. A partir dos anos 50 os EUA envolveram-se em cerca de uma centena de guerras, abertas ou veladas. A sociedade e seus representantes (o Congresso) entregavam ao Executivo seu grande poder principal, o de travar guerras. Neste período os serviços públicos evoluíam menos do que em relação as nações industrializadas do ocidente, em razão do direcionamento preferencial do dinheiro público para às grandes empresas, vinculadas ao complexo industrial-militar. Essa injeção de recursos públicos reduziu o desemprego e acarretou a crescente ampliação da dívida pública. Para alguns setores da sociedade organizada, a solução para se evitar uma depressão econômica era ter sempre a mão um inimigo de plantão e desafia-lo para uma nova guerra. Embora muitos ainda façam objeção, ao termo “Império”, o fato é que existem, bases militares em todos os continentes. Nos últimos 50 anos o governo Americano apoiou tiranos, derrubou governos democráticos, desperdiçaram muito dinheiro em guerras civis de outros países, com a jusficativa de estarem à serviço da liberdade e democracia.

A partir desse período a sociedade americana passou a ser dominada por dois tipos de medo oficialmente propagado: o medo da União Soviética (socialismo), hoje substituído pelo eixo do mal (terrorismo) e o medo do imposto de renda. Perdendo prestígio na política internacional e tendo a inflação, o desemprego e os conflitos raciais como sintomas da crise interna, os EUA nos anos 70 deixaram o mundo estupefato ao serem derrotados no Vietnã e sofrerem o escândalo Watergate. A RECUPERAÇÃO ECONÔMICA DOS ANOS 90 O grande sucesso da economia Norte-Americana foi resultado de um conjunto de medidas e ajustes rigorosos, feitos pelo governo e as empresas nos anos 80, que cortaram custos congelando salários e demitindo em massa, combinados com uma política fiscal rígida, onde o governo não gasta mais do que arrecadava.

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O crescimento das exportações estimuladas pelo declínio do dólar, contribuiu para expansão de vários setores econômicos. Investimentos bilionários, permitiram ao país, voltar a liderança da revolução tecnológica e a melhora considerável da produtividade das empresas americanas contribuiu para sua maior competitividade. Desde 1980, as empresas dos Estados Unidos eliminaram dezenas de milhões de empregos. Essa redução apresentara-se na época como mais um sinal de decadência da principal potência do século XX. Entretanto, nesse mesmo período, foram criados outras dezenas de milhões de novos empregos, com um saldo positivo de 30 milhões de novos postos de trabalho. A maioria empregos em companhias de computadores ou em setores de alta tecnologia que surgem nas empresas convencionais como reflexo da 3ª revolução industrial. O maior desafio do governo americano é ocupar as vagas que a modernização da economia exige. A manufatura, que já correspondeu a 78% do PIB americano, hoje responde por apenas 25%. Na década de 50, 60% dos empregos gerados nos EUA eram destinados aos trabalhadores sem qualificação. Hoje, apenas 25% de todas as vagas encaixam-se nessa categoria. A CONSTRUÇÃO DA PAX AMERICANA Desde de 1941, quando Roosevelt tirou o país da recessão injetando dinheiro federal no rearmamento, a guerra ou a ameaça de guerra tem sido a principal força motriz da economia americana. O final da segunda guerra, representou o início de outras guerras, e o risco de novas guerras continuará existindo, enquanto governos “democráticos” continuarem a servir àqueles que realmente os elegem: Lockheed Martin Northrop Grumman, Boeing, McDonnell Douglas, General Electric, camundongo Mickey e muitos outros. Entretanto, cada vez mais questionadas, porque todo mundo sabe que os EUA tem um negativo de US$ 5 trilhões na conta e já não está em condições de travar guerras sem antes passar o chapéu entre ingleses, alemães e japoneses, como foi obrigado a fazer quando promoveu a invasão do Iraque em 1991, durante a Guerra do Golfo. Na última investida contra os supostos integrantes do “Eixo do Mal”, o governo americano não teve o mesmo êxito, conseguindo poucas adesões e a maior parte delas sem muitas condições de contribuir com os elevados custos financeiros e políticos. Embora seja possível que os Estados Unidos declarem guerra a um bilhão de muçulmanos, em apoio a Israel, é provável que sus tradicionais aliados fiquem de fora.

Pela primeira vez na história, o Conselho de Segurança (CS) da ONU conheceu uma confrontação diplomática entre os Estados Unidos, apoiado pela Grã Bretanha, de um lado, e França, Rússia e China, do outro. O impasse sobre a resolução esboçada por Washington que autorizaria a invasão do Iraque redundou numa profunda ruptura dos Estados Unidos com a legalidade internacional. Depois da derrubada do regime de Saddam Hussein, o padrão de impasse se reproduz na questão da formação de um novo regime em Bagdá: Washington conduz a instalação de um protetorado militar, enfeitado por um governo fantoche nativo; Paris, Moscou e Pequim solicitam um “papel central” da ONU na reinvenção do Estado iraquiano. A Doutrina Bush declara um estado de guerra permanente. Nesse contexto, suspende parte significativa das garantias políticas e individuais que formaram a democracia americana e permite a utilização de instrumentos de exceção, como tribunais militares especiais e prisões preventivas sem acusação formal. O peso das “leis de guerra” tem recaído, principalmente, sobre os estrangeiros e a comunidade muçulmana nos Estados Unidos.

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A Doutrina unilateralista de Washington define o inimigo e os meios para a sua supressão, instituições internacionais como a ONU tem funcionado como agentes de legitimação das iniciativas americanas e a própria OTAN, aliança liderada por Washington, vem sendo marginalizada pelos Estados Unidos ao ficar de fora da operação militar no Afeganistão e não ser consultada sobre a invasão do Iraque. Os conservadores querem que a ONU desempenhe o papel de mera agência humanitária no Iraque, enquanto pretendem avançar no rumo da reforma da monarquia saudita e no enquadramento do Irã e da Síria. Aliados do governo israelense , só admitem um tratado de paz baseado na submissão completa dos palestinos. Atrás da disputa que envolve a hiperpotência e as demais potências, no mundo islãmico em movimento, multidões voltam-se contra: “Nova Roma” e os governos árabes e muçulmanos que obedecem ao seu comando.

Testes de vestibulares 01. ESPM O mapa, a seguir, relaciona-se aos Estados Unidos. Ele está demonstrando: a) Os principais fornecedores de petróleo. b) Os parceiros membros da Apec. c) Os principais importadores de produtos norte-americanos. d) Países que assinaram o Protocolo de Kyoto. e) A origem dos imigrantes nos Estados Unidos.

02. UECE Desde meados do século XX, os Estados Unidos da América se tornaram a potência-líder do capitalismo internacional, construindo um poder político e econômico que projetou o país na busca da hegemonia mundial. A expansão do modelo norte-americano tem contado com uma série de fatores que lhe garantiram sucesso, em um processo bastante complexo, produzindo problemáticas que não cessam de criar desdobramentos. A esse respeito, marque a opção FALSA. a) O desmantelamento do poderio soviético, no final do século XX, permitiu uma ampliação acelerada do papel de superpotência desempenhado pelos Estados Unidos em escala mundial, com repercussões no âmbito político e no âmbito econômico. b) A partir do governo do presidente George W. Bush, iniciado em 2001, a democracia norte-americana se tornou mais sólida e eficiente, privilegiando o igualitarismo e a liberdade de opinião dos americanos, assim como dos imigrantes. c) A despeito da maciça aprovação popular norte-americana conseguida pelo governo do presidente George W. Bush após os atentados de 11 de setembro de 2001, atualmente, depois das guerras do Afeganistão e do Iraque e da descoberta de prisões secretas onde a prática da tortura é comum, a popularidade do presidente caiu e as críticas à sua política antiterrorista vêm se tornando correntes. d) A participação dos Estados Unidos como o país mais poluidor do planeta, responsável pela maior parcela das emissões de gases de efeito estufa, é crucial em qualquer estratégia de encaminhamento da questão das mudanças climáticas globais.

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03. UFSM O mapa mostra quantos são e onde vivem os brasileiros nos Estados Unidos. Sobre esses brasileiros e sobre as regiões para onde se dirigem, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) nas afirmativas a seguir. ( ) Os estados de Nova Iorque, Massachusetts e Nova Jersei integram o nordeste dos Estados Unidos que abrange os mais antigos pólos industriais do país, vivendo aí a maior parte dos brasileiros. ( ) Os estados de Massachusetts e Nova Iorque, além das indústrias tradicionais, também abrigam indústrias eletrônicas de alta tecnologia. ( ) Os brasileiros que vivem na Flórida se constituem em um importante reforço quanto à mão-de-obra empregada no nordeste e Grandes Lagos. ( ) No oeste, encontram-se importantes concentrações de indústrias de alta tecnologia que formam, nas proximidades de São Francisco, na Califórnia, o Vale do Silício.

04. UERJ A nova doutrina de segurança norte-americana altera drasticamente o ordenamento político iniciado com o fim da Segunda Guerra Mundial e define (...) um estilo de exercício hegemônico fronteiriço à coerção (...). Com a disposição de usar a força de forma unilateral e preventiva, os Estados Unidos tentam transformar sua soberania em valor absoluto, marginalizando os países com quem dividiam - ainda que formalmente - as responsabilidades pela regulação sistêmica mundial. BRASIL VAI GASTAR MAIS EM PORTOS PARA GARANTIR SEGURANÇA DOS EUA .

O Brasil terá de gastar milhões de dólares para garantir a segurança dos americanos nos EUA. A campanha antiterrorismo do presidente George W. Bush vai obrigar o governo brasileiro a equipar seus dois principais portos - o de Santos e o do Rio - com aparelhos capazes de detectar se cargas destinadas ao Tio Sam estão contaminadas com produtos químicos ou biológicos ou, se em meio a elas, foram também empacotadas armas de destruição em massa. Todo o trabalho será monitorado por agentes americanos que passariam a residir no país. (...) Trata-se da chamada "política de extensão de fronteiras", com a qual o presidente Bush passou a considerar que os pontos de saída de outros países passaram a fazer parte limítrofe do território americano. A correlação entre estes textos evidencia que o novo papel assumido pelos Estados Unidos na ordem mundial de poder é expresso, principalmente, por: a) ampliação da importância dos blocos econômicos sob a sua hegemonia b) subordinação territorial das demais nações às suas decisões estratégicas c) imposição aos países aliados de gastos elevados com reforma administrativa d) combate ao terrorismo globalizado com a formação de pactos entre países amigos