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Revisão: Apostila de Geografia A GEOGRAFIA: PAISAGEM, ESPAÇO E LUGAR 1 – INTRODUÇÃO Para que estudar Geografia? Estudando Geografia, podemos entender melhor o mundo em que vivemos. Podemos compreender como as diferentes sociedades se relacionam com a natureza, além de identificar as principais características do lugar onde moramos e de muitos outros lugares. Também podemos aprender que as paisagens são produzidas e modificadas ao longo do tempo pelos seres humanos e pela natureza. Na Geografia, conceitos de Paisagem, Espaço e Lugar são importantes para a compreensão do mundo em que vivemos. 2 – A PAISAGEM A paisagem é tudo aquilo que nossos olhos conseguem captar (enxergar). Existem dois tipos de paisagens: Natural e Artificial. A) PAISAGEM NATURAL A Paisagem Natural é aquela que predominam os elementos naturais, que foram construídos pela natureza. Os elementos naturais são: montanhas, serras, rios, lagos, vegetação, animais, rochas, solo, flores, etc. B) PAISAGEM ARTIFICIAL A Paisagem Artificial ou Cultural é aquela que predominam os elementos artificiais, que foram construídos pelo homem. Os elementos artificiais são: casas, prédios, pontes, rodovias, ruas, plantações, lojas, banco, etc. 3 – O ESPAÇO GEOGRÁFICO Espaço Geográfico é o conjunto integrado de paisagens resultantes de fenômenos naturais e da ação humana. Em outras palavras, o Espaço Geográfico é toda a superfície da terra. No espaço geográfico encontramos os elementos naturais, artificiais e invisíveis. Os elementos naturais são: montanhas, serras, rios, lagos, vegetação, animais, rochas, solo, flores, etc. Os elementos artificiais são: casas, prédios, pontes, rodovias, ruas, plantações, lojas, banco, etc.

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Revisão: Apostila de GeografiaA GEOGRAFIA: PAISAGEM, ESPAÇO E LUGAR

1 – INTRODUÇÃO

• Para que estudar Geografia? • Estudando Geografia, podemos entender melhor o mundo em que

vivemos. Podemos compreender como as diferentes sociedades se relacionam com a natureza, além de identificar as principais características do lugar onde moramos e de muitos outros lugares.

• Também podemos aprender que as paisagens são produzidas e modificadas ao longo do tempo pelos seres humanos e pela natureza.

• Na Geografia, conceitos de Paisagem, Espaço e Lugar são importantes para a compreensão do mundo em que vivemos.

2 – A PAISAGEM

• A paisagem é tudo aquilo que nossos olhos conseguem captar (enxergar).

• Existem dois tipos de paisagens: Natural e Artificial.

A) PAISAGEM NATURAL

• A Paisagem Natural é aquela que predominam os elementos

naturais, que foram construídos pela natureza. • Os elementos naturais são: montanhas, serras, rios, lagos, vegetação,

animais, rochas, solo, flores, etc.

B) PAISAGEM ARTIFICIAL

• A Paisagem Artificial ou Cultural é aquela que predominam os

elementos artificiais, que foram construídos pelo homem. • Os elementos artificiais são: casas, prédios, pontes, rodovias, ruas,

plantações, lojas, banco, etc.

3 – O ESPAÇO GEOGRÁFICO

• Espaço Geográfico é o conjunto integrado de paisagens resultantes de

fenômenos naturais e da ação humana. • Em outras palavras, o Espaço Geográfico é toda a superfície da terra. • No espaço geográfico encontramos os elementos naturais, artificiais e

invisíveis. • Os elementos naturais são: montanhas, serras, rios, lagos, vegetação,

animais, rochas, solo, flores, etc. • Os elementos artificiais são: casas, prédios, pontes, rodovias, ruas,

plantações, lojas, banco, etc.

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• Os elementos invisíveis são: o barulho dos carros, os odores da poluição, os ventos, o barulho das pessoas ou os laços de amizade entre os seres humanos, etc.

3 – O LUGAR

• Lugar é uma porção ou parte do espaço onde vivemos nosso dia-a-dia,

em interação com uma paisagem, ou seja, numa relação de vínculo e de convívio.

• Exemplos de lugares temos: nossa casa, nossa rua, nossa escola, a casa de um amigo, de um parente, seu lugar na sala de aula, etc.

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Formação da Terra

A Via Láctea é a galáxia onde está localizado o Sistema Solar da Terra. É uma estrutura constituída por cerca de 200 bilhões de estrelas e tem uma massa de cerca de 750 bilhões e um trilhão de massas solares.A Terra foi formada há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, quando o Universo já beirava os 10,7 bilhões de anos e a Via Láctea, já existia há pelo menos 5,7 bilhões de anos. Ao longo desse tempo, ela sofreu uma série de transformações que deixaram marcas bem definidas nas rochas o que permite dividir a sua história numa Escala Geológica de Tempo. A forma da Terra é aproximadamente a de um elipsóide de revolução, com diâmetro maior, ao longo do equador, de 12.712km e um diâmetro menor, ao longo dos seus pólos, de 12.555km.

Estudos demonstraram que toda essa massa é formada de camadas concêntricas cuja constituição química e física difere entre si.O Núcleo, composto de ferro e níquel, tem uma espessura aproximada de 3.470 km, enquanto a Camada Intermediária, composta de sulfetos e óxidos, tem uma espessura média de 1.700 km. O Manto, por seu turno, é composto por silicatos e ferro e tem uma espessura aproximada de 1.100km. Apenas a Crosta, também chamada de Litosfera, é acessível à observação direta, sendo dividida em Crosta Superior, composta de sedimentos e granitos, com uma espessura variando de 15 a 25 km, e uma Crosta Inferior, composta de

rochas basálticas, cuja espessura chega a atingir 75km.Cerca de 98% do peso da Crosta é composta de apenas oito elementos básicos, distribuídos conforme a seguinte tabela:

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Elemento Símbolo %

Oxigênio O 49,2

Silício Si 25,7

Alumínio Al 8,1

Ferro Fe 5,0

Cálcio Ca 3,4

Sódio Na 2,6

Potássio K 2,6

Magnésio Mg 2,1

Os demais elementos ocorrem em quantidades mínimas, só podendo ser explorados quando são eventualmente concentrados por diferentes processos geológicos.A origem, a formação e as contínuas transformações da Terra, assim como dos materiais orgânicos que a constituem, são estudados pela Geologia, e que, como já visto, divide a história do planeta em eras geológicas. Essa eras correspondem a grandes intervalos de tempo divididos em períodos.Esses períodos se subdividem em épocas e idades. Cada uma dessas subdivisões corresponde a algumas importantes alterações ocorridas na evolução da Terra, como pode ver na tabela abaixo:

ERAPERÍODO / INÍCIO

ÉPOCA PRINCIPAIS EVENTOS

CENOZÓICA

Quaternário 1,8 milhões de anos

Holoceno(recente)

- "Era do Homem". O homem torna-se a forma de vida dominante sobre a Terra. - Estabilização do clima.

Pleistoceno- Glaciações mais recentes. - Domínio dos mamíferos de grande porte. - Evolução do homo sapiens

Terciário 65 milhões de anos

Plioceno

- Avanço das geleiras. - A vegetação é dominada pelos campos e savanas. - Aparecimento de mamíferos ruminantes.

Mioceno- Formação de grandes campos. - Mudanças climáticas levam a formação da calota polar Antártica.

Oligoceno- Aparecimento de elefantes e cavalos. - Aparecimento de vários tipos de gramíneas.

Eoceno- Surgimentos da maior parte das ordens de mamíferos.

Paleoceno- Domínio dos mamíferos de porte pequeno a médio.

MESOZÓICA

Cretáceo146 milhões de anos

- Primeiras plantas com flores, grupos modernos de insetos, pássaros e mamíferos.

Jurássico208 milhões de anos

- Pterossauros e primeiros pássaros. - Dinossauros vagueiam pela Terra.

Triássico245 milhões de anos

- Primeira aparição dos dinossauros.

PALEOZÓICA Permiano286 milhões de anos

- Primeiro grande evento de extinção em massa. - Formação do supercontinente Pangea.

Carbonífero360 milhões de

- Formação das enormes florestas de pteridófitas (samambaias) e o registro das

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anosprimeiras gimnospermas (espécies com ementes).

Devoniano410 milhões de anos

- Aparecimento dos primeiros vertebrados terrestres, primeiros artrópodes terrestres, incluindo os insetos e as aranhas; - Expansão dos diversos tipos de corais; - Diversificação dos peixes.

Siluriano440 milhões de anos

- Estabilização do clima.- Derretimento do gelo glacial, elevação dos níveis dos oceanos.- Evolução dos peixes. Aparecimento dos peixes com mandíbulas; - Primeiras evidências de vida no meio terrestre, incluindo alguns parentes das aranhas e das centopéias, além das primeiras plantas vasculares.

Ordoviciano505 milhões de anos

- É conhecido pela ocorrência de invertebrados marinhos diversos.

Cambriano544 milhões de anos

- Segundo registros fósseis, este período marca o aparecimento da maioria dos grupos principais de animais.

PROTEROZÓICA2,5 bilhões de anos

- A formação das terras continentais se estabiliza; - Registro dos primeiros fósseis de organismos unicelulares; - Primeira evidência de oxigênio na atmosfera.

ARQUEANA3,8 bilhões de anos

- Formação de 70% das massas dos continentes; - Aparecimento dos primeiros organismos vivos anaeróbicos, isto é, utilizam metano ou hidrogênio no metabolismo, em vez de oxigênio.

HADEANANão é um período geológico. Não existem rochas na Terra, tão antigas.

4,5 bilhões de anos

- Formação do Sistema Solar.- Solidificação da crosta terrestre.

No quadro acima está representada a passagem do tempo no sentido de baixo para cima, ficando na parte de baixo o representante mais velho. Esta, aliás, é a forma como as rochas normalmente se apresentam na natureza: a mais nova acima da mais velha.Desta forma, a Era Arqueana é mais velha que a Proterozóica e é mais nova que a Hadeana.

______________________________________________________BIOSFERA

O termo Biosfera começou a ser empregado por volta de 1920. A palavra é formada por Bio = vida e esfera = camada, espaço, esfera; sendo assim, a biosfera é o espaço que possui vida na Terra.

Esse termo está relacionado aos componentes abióticos do nosso planeta que são:Hidrosfera: espaço ocupado por água (hidro). Os oceanos, mares, lagos e rios ocupam ¾ da Terra. Abaixo do solo temos os lençóis freáticos que estão localizados desde poucos a milhares de metros subterrâneos.

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Litosfera: espaço formado por solo, rochas (litos). É formada por uma grande variedade de rochas que em sua maioria está coberta por solo e outros depósitos de sedimentação.Atmosfera: espaço formado por gás (atmos). É constituída por nitrogênio (78%), oxigênio (21%), gás carbônico (0,03%), gases nobres e vapor d´água.O conjunto desses componentes com os seres vivos é que forma a biosfera.A biosfera compreende desde o topo das mais altas montanhas até as profundezas dos oceanos, ela é delimitada de acordo com a presença de seres vivos.O limite superior da Biosfera está em torno de 7000m e seu limite inferior em 11.000m, totalizando uma faixa de, aproximadamente, 18 Km.A maioria dos seres vivos terrestres se encontra até 5000m acima do nível do mar e nos oceanos, algumas bactérias, já foram encontradas a mais de 9000m de profundidade, sendo que também a maioria se encontra até 150m de profundidade.A diversidade de características que existe nesses ambientes se traduz na diversidade de espécies e na quantidade de seres vivos que habitam determinadas regiões. Por exemplo, nos extremos superior e inferior da biosfera, poucos seres vivos conseguem viver. As condições ambientais mais favoráveis estão nos limites intermediários dessa faixa.Devido a essa interação entre seres vivos e biótopo da biosfera, percebemos que essa camada de nosso planeta é modificada o tempo todo, tornando-a um espaço heterogêneo.Com a atuante presença do homem no ambiente e muitas vezes de maneira transformadora, a fragilidade da Biosfera se evidencia, entretanto, essa faixa também se mostra auto-reguladora, dinâmica, capaz de resistir, ao menos dentro de certos limites, às modificações do meio ambiente.Como esses limites vêm sendo extrapolados ao longo das últimas décadas e as conseqüências têm sido desastrosas para os diferentes ecossistemas de nosso planeta, a UNESCO em 1970, lançou o “Programa Homem e Biosfera”, que consiste em designar áreas em diferentes regiões do planeta para serem preservadas, estudadas e se tornarem ecologicamente sustentáveis. Essas áreas são denominadas “Reservas da Biosfera”.Em 1992, a Mata Atlântica foi nomeada pela UNESCO a primeira Reserva da Biosfera brasileira. Com cerca de 300.000 km, é a segunda maior reserva da biosfera do mundo – leia mais sobre a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica._______________________________________________________________

AtmosferaAtmosfera é o nome dado à camada gasosa que envolve os planetas. No caso da atmosfera terrestre ela é composta por inúmeros gases que ficam retidos por causa da força da gravidade e do campo magnético que envolve a Terra. No início da formação do planeta Terra a atmosfera era composta basicamente por gases (Metano, amônia, nitrito, vapor de água e dióxido de carbono) resultantes das constantes erupções e colisões na superfície inóspita da terra primitiva, além dos que eram expelidos por rachaduras na crosta terrestre.Então, em uma segunda fase, surgem os primeiros organismos vivos que realizam fotossíntese (processo bioquímico que transforma dióxido de carbono em oxigênio com o auxílio da luz solar, realizado pelos vegetais e algumas algas), absorvendo o gás carbônico da atmosfera e transformando-o em oxigênio. Com isso acontece uma das maiores transformações causadas no planeta por algum organismo vivo: a atmosfera torna-se saturada de oxigênio. Ironicamente, os primeiros organismos a realizar a fotossíntese eram anaeróbios (organismo que vivem sem oxigênio e morrem na presença dele), e são extintos. Alguns organismos, entretanto, continuam evoluindo e se adaptam a nova atmosfera cheia de oxigênio.Atualmente, o nitrogênio e o oxigênio juntos, somam cerca de 99% dos gases que compõem a atmosfera terrestre. O oxigênio é consumido pelo seres vivos através do processo de respiração e transformado em dióxido de carbono e vapor de água que serão depois reabsorvidos pelos organismos. O dióxido de carbono será consumido no processo de fotossíntese, e o vapor de água, responsável, por redistribuir a energia na terra através da troca de energia de calor latente, produzir o efeito estufa e causar as chuvas, será novamente consumido pelos organismos vivos na sua forma líquida.Outros gases que compõem a atmosfera terrestre são: dióxido de carbono, argônio, metano, óxido nitroso, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxido e dióxido de nitrogênio, os clorofluorcarbonos, ozônio, e outros que integram o 1% restante da atmosfera.Para fins de estudos a atmosfera terrestre é dividida em algumas camadas de acordo com a variação das transições de temperatura:A troposfera, que geralmente se estende a 12 km (entre 20 km no equador e 8 km nos pólos). É nesta camada que acontecem praticamente todos os fenômenos que influenciam o tempo.

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A estratosfera, estende-se até aproximadamente 50 km com temperaturas parecidas com as da troposfera até o limite de 20km. Esta camada é mais quente por causa do ozônio que se acumula e que absorve os raios ultravioletas.Na mesosfera, a temperatura novamente diminui. Esta camada vai até cerca de 80 km. A esta altura, a temperatura chega a -90ºC!E a termosfera, que não possui um limite inferior muito bem definido. Aqui as moléculas se agitam com uma velocidade enorme, o que significaria uma temperatura altíssima. Entretanto, a concentração dessas moléculas é muito baixa o que diminui drasticamente a quantidade de energia que essas moléculas poderiam transmitir para qualquer corpo que se encontrasse ali, anulando, de certa forma, a temperatura. A termosfera, por sua vez, compreende uma camada situada entre 80 a 900 km, chamada de ionosfera.A ionosfera, como o próprio nome já diz, é composta por uma infinidade de íons criados a partir da radiação solar que incide nas moléculas de oxigênio e nitrogênio, liberando elétrons. A ionosfera é composta por três camadas (da mais próxima a mais distante) D, E e F que possuem concentrações diferentes de íons. Durante a noite as camadas D e E praticamente desaparecem, porque não há incidência de raios solares e, conseqüentemente, não há formação de íons. Ou seja, durante a noite, os íons se recombinam formando novamente as moléculas de oxigênio e nitrogênio. Mas, à noite ainda há incidência de raios solares, mesmo que de menor intensidade, o que explica porque a camada F não se extingue também.

Zonas Térmicas

As zonas térmicas da Terra.

A Terra realiza vários movimentos, um deles é o de rotação, durante o qual gira em torno de si mesma e por isso toda face da Terra recebe luz solar. Em virtude da forma esférica do planeta Terra, os raios solares incidem de forma diferente quanto à intensidade em distintos lugares do planeta, sendo que nas áreas próximas à linha do Equador, ou zona intertropical, a luz atinge a superfície terrestre de forma perpendicular, desse modo, automaticamente, maior a intensidade e o calor. A partir da zona intertropical em direção aos pólos, os raios, devido à forma arredondada do planeta, incidem na superfície dessas regiões com menor intensidade, pois atingem o planeta de maneira inclinada e, consequentemente, as temperaturas são menores. A partir dessa ideia, fica claro que entre dois pólos existe uma grande oscilação de temperaturas, decorrente principalmente do modo e da intensidade com que os raios solares incidem na superfície, que determinam a existência de elevadas, baixas e médias temperaturas dispersas em toda extensão do planeta. Para regionalizar as áreas similares quanto ao recebimento de luz solar, o globo terrestre foi classificado em cinco zonas térmicas, que são: zona tropical ou intertropical, zonas temperadas, essa apresenta no norte e no sul, que ocorre também nas zonas polares. Zonas Polares: os raios solares atingem a superfície terrestre de maneira bastante inclinada, portanto, as temperaturas são as mais baixas da Terra. Zonas temperadas: os raios incidem à superfície de forma relativamente inclinada em relação à zona intertropical, desse modo as temperaturas são mais amenas. Zona tropical: áreas que recebem luz solar de forma praticamente vertical em sua superfície, o fato produz regiões com temperaturas elevadas, conhecida como zona tórrida do planeta.

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Pressão atmosférica, massas de ar, precipitação e ventosO mais importante para o entendimento da pressão atmosférica é o conhecimento nas variações que ela está sujeita sob o efeito de diversos fatores.Basicamente quase todas as variáveis meteorológicas estão vinculadas a pressão atmosférica, e isso iremos acompanhando a seguir.

De qualquer maneira deve-se ter em mente que a pressão média ao nível do mar situa-se em torno de 1013 Milibar (Mb) ou Hectopascal (hPa), essas são as unidades de medidas mais utilizadas hoje em dia no mundo. Os instrumentos utilizados para determinar a pressão atmosférica chamam-se barômetro ou barógrafo.Diante disso quando temos uma pressão atmosférica superior a 1013 Mb ou hPa (alta pressão ou anticiclone) é porque o ar está mais pesado, descendo, conseqüentemente mais frio e seco e nos dá uma boa pista para dizermos que poderemos ter um tempo bom e/ou frio. Se a pressão atmosférica estiver com valor abaixo de 1013 Mb ou hPa (baixa pressão ou ciclone) é porque o ar está mais leve, se ele está mais leve, ele subirá, subindo leva o calor e umidade que se transformarão em nuvens e mais tarde em chuva, assim sendo o tempo poderá ser ruim e/ou quente.Concluindo:Pressão atmosférica é a força causada pelo ar sobre a superfície terrestre. Ela depende da latitude, altitude e temperatura.Quanto maior a altitude, menor a pressão e vice-versa.Quanto menor a latitude, menor a pressão. Nas regiões mais quentes, região equatorial, o ar se dilata ficando leve, por isso tem uma baixa pressão. Próximo aos pólos, o frio contrai o ar, deixando mais denso, tendo uma maior pressão.

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Vimos então que a temperatura também tem forte influência na modificação da pressão atmosférica. Isto porque o ar quente é leve, ou seja, sobe e como conseqüência diminui a pressão. E em regiões de baixa temperatura há maior pressão, visto que o ar frio tende a descer.O movimento do ar decorre da diferença de pressão. Ele se movimenta das altas para as áreas de baixa pressão. Esse movimento do ar chamamos de vento.

MASSAS DE AR Uma massa de ar pode ser definida como sendo uma grande porção de ar, de grande espessura, que apresenta uma certa homogeneidade horizontal. Apresenta propriedades físicas quase uniformes ao mesmo nível, principalmente no que concerne à temperatura e umidade. As massas de ar se formam sobre grandes áreas uniformes de terra ou de água, sobre as quais a circulação do vento se faz fracamente. Sob tais condições, o ar próximo à superfície vai, de modos graduais, adquirindo características uniformes que se aproximam daquelas da superfície, enquanto que o ar superior vai se ajustando às condições de temperatura e umidade da superfície. Os principais processos que permitem esse ajustamento são a radiação, a convecção vertical, a turbulência e o movimento horizontal (advecção).As massas de ar são, eventualmente, carregadas na circulação geral para longe de suas regiões de origem, na direção de outras partes do mundo. Dessa forma, o ar tropical, quente e úmido, é transportado na direção norte, enquanto que ar polar, frio e seco se desloca para o sul. À medida que as massas de ar se deslocam, tendem a reter usas propriedades, principalmente em altitude. As camadas da superfície modificam-se, em função das superfícies sobre as quais se deslocam. Quando duas massas de ar, de regiões de origem diferentes, se encontram, elas tendem a preservar suas identidades físicas, em vez de se misturarem livremente. Como conseqüência disso, elas criam "frentes" ou "descontinuidades", ao longo da zona limítrofe. Quando uma frente cruza uma certa região, ocorre, nesta região, uma variação brusca nas propriedades do ar, devida à substituição de um ar pelo outro. É ao longo dessas frentes que ocorrem as principais variações do tempo. A distribuição de temperatura e umidade nas massas de ar exerce efeito de grande importância sobre o tempo.Classificação das Massas de Ar:Com referência à latitude de origem as massas de ar são divididas em quatro tipos: (A) árticas, (P) polares, (T) tropicais e (E) equatoriais. As diferenças entre os ares polar e ártico, e entre os ares tropical e equatorial são pequenas e de pouca significação.Os tipos de massas de ar são subdivididos, com referência à natureza das superfícies sobre as quais elas se originam, em: continental (c) se massa de ar forma-se sobre a terra, e marítima (m) se a massa de ar origina-se sobre o mar.Partindo-se das observações à superfícies pode-se classificar as massas de ar como: quentes (w) e frias (k), significando, respectivamente , serem mais quentes ou frias que a superfície com a qual estão mantendo contato.

TEMPERATURAA temperatura é determinada por meio de graus, que podem ser Celsius (° C) e Fahrenheit (F), sendo que primeira forma é a mais utilizada. Utiliza-se o termômetro de mercúrio e de álcool e o termógrafo.Aqui novamente a pressão atmosférica está influenciando nas variações.Quanto mais alta a pressão maiores as condições de frio e quanto mais baixa a pressão maiores as condições de calor, sempre respeitando as regras.

PRECIPITAÇÃO E UMIDADE Umidade: Corresponde à quantidade de vapor de água que encontramos na atmosfera. A umidade é relativa ao ponto de saturação de vapor de água na atmosfera, que é de 4%. Quando a atmosfera atinge essa porcentagem, ou se satura de vapor, ocorre as chuvas.Muitas vezes escutamos no jornal falarem que a umidade relativa do ar é, por exemplo, de 60%. Isto quer dizer que estamos a 60% da capacidade máxima de retenção de vapor de água na atmosfera. Quando está chovendo, a umidade relativa do ar está em 100%, ou 4% em termos absolutos. Portanto, quando a umidade relativa do ar está por volta de 60%, está em 2,4% de vapor em termos absolutos. Mas para que chova é preciso que a água se condense, ou seja, passe do estado gasoso ao liquido, além de o vapor ter de atingir o ponto de saturação.O ponto de saturação varia de acordo com a temperatura. Uma maior temperatura, maior o ponto de saturação, uma menor temperatura, menor o ponto de saturação.As nuvens são constituídas por de água, ou cristais de gelo. Nuvem é o vapor d’ água condensado.O termo precipitação se refere a queda de umidade ao solo na forma de líquido (chuvisco, garoa, chuva) ou de sólido (neve, granizo), mas a forma mais comum entre nós é a chuva e também a mais importante para o desenvolvimento da vida.

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Aqui também se faz presente a atuação da pressão atmosférica, pois se temos baixa pressão (calor) e umidade, o ar e umidade subirão por evaporação, esse ar aquecido ao chegar ao alto irá se condensar e se transformar em nuvens e que mais tarde poderão ser nuvens de chuva que precipitará.A unidade mais utilizada para a chuva é o milímetro (mm) e isso quer dizer que um milímetro (mm) de chuva corresponde a um litro de água precipitada por metro quadrado de área do solo. Os instrumentos utilizados são o pluviômetro e o pluviógrafo.

VENTOO vento está intimamente associado as variações da pressão atmosférica, vejamos. Se o ar mais quente (baixa pressão) sobe, o ar mais frio (alta pressão) desce e virá para ocupar o lugar do ar que subiu. A estes movimentos verticais se originam os movimentos horizontais e que simplesmente chamamos de vento.Assim sendo, quanto maior for à diferença da pressão atmosférica para um determinado ponto mais intenso deverá ser o vento que atuará sobre este ponto.Os ventos são de fundamental importância na dinâmica terrestre, visto que eles são modeladores do relevo, transportam umidade dos oceanos para as porções continentais, amenizam o calor das zonas de baixa pressão atmosférica, entre outros fatores.De acordo com os movimentos, os ventos podem ser:Ventos de oeste: deslocam-se dos trópicos em direção aos pólos do planeta.Ventos polares de leste: são ventos que se deslocam dos pólos em direção aos trópicos.Ventos alísios: se direcionam dos trópicos para as regiões próximas à linha do Equador.As unidades mais usadas para a determinação da velocidade do vento são o quilômetro por hora, metro por segundo e nó por hora e a direção é dada pela rosa dos ventos (Norte, Sul, Leste e Oeste) ou em graus de 0 a 360º. Os instrumentos utilizados são o anemômetro ou barógrafo.Furacões e tornados:

• Furacão - Forma-se sobre oceanos na zona Intertropical; ocorre sobre águas quentes com temperaturas superiores a 27ºC; tem uma duração de vários dias; é de escala muito grande, podendo cobrir uma área de muitos milhares de quilômetros quadrados sendo visível do espaço; os ventos podem aproximar-se dos 200 km/h.

• Tornado - Ocorre durante tempestades; tem uma curta duração de "vida"; ocorre geralmente sobre os continentes; é de escala local e não visível do espaço; apresenta ventos muito fortes, por vezes, próximos dos 400 km/h.

MONÇÕES

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O aquecimento e arrefecimento sazonais de vastas regiões continentais temem como conseqüência a inversão das correntes atmosféricas, as quais se dirigem de terra para o mar na estação mais fria, e invertendo o sentido do seu deslocamento, passando a soprar do mar para terra, na estação quente. As monções podem ser de verão ou de sudoeste e de inverno ou de nordeste.

Qual a diferença entre tempo e clima?

As pessoas geralmente utilizam as palavras “clima” e “tempo” como sinônimas, porém tais empregos ocorrem de forma incorreta, pois cada palavra representa um significado distinto, ou seja, são diferentes.O tempo refere-se ao estado momentâneo que ocorre em um determinado local a partir do ar atmosférico que pode ocorrer de maneira lenta ou rápida. Em diferença, o clima refere-se ao conjunto de condições atmosféricas que ocorrem em determinados locais de forma marcante. Dessa forma, pode-se simplificar dizendo que o clima é a junção dos tipos de tempo que ocorrem em uma determinada região, tornando-se uma característica dela.O tempo pode mudar de uma hora pra outra. Uma região onde o Sol está forte pode em questão de minutos ter o céu coberto por nuvens que inibem o calor do Sol, trazendo um clima agradável. Isso é possível graças às massas de ar que se deslocam e flutuam pela troposfera, influenciando o tempo e consequentemente o clima de diversos locais do planeta.O tempo pode se modificar diversas vezes em um só dia: de manhã o céu está claro com ausência de nuvens; ao meio-dia o céu já apresenta poucas nuvens; às 14:00 o céu está completamente coberto por nuvens; porém às 16:00 as nuvens se dissipam e o dia se torna abafado.As condições do tempo e as características do clima conseguem influenciar em toda a rotina humana, pois existem atividades que somente são realizadas em um determinado tempo com distintas características climáticas, ou seja, não é possível realizar algumas atividades se o tempo e o clima não estiverem propensos para tal. Além do tempo, que pode influenciar o clima de uma região, existem outros fatores que também marcam esse processo, como a latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, correntes marítimas, relevo e vegetação.- LatitudeQuanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe do Equador a incidência de luz solar é menor.- AltitudeQuanto mais alto estivermos menor será a temperatura. Isto porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade à medida que aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevada da atmosfera. Há a questão também que o oceano ou continente irradiam a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude menos intensa será a irradiação.Continentalidade/MaritimidadeA proximidade de grandes quantidades de água exerce influência na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora irradiar a energia absorvida. Por isso, o hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofre influência da continentalidade, boa parte deste hemisfério. - Correntes Marítimas

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São massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão. Tem grande influência no clima. As correntes quentes do Brasil determinam muita umidade, pois a ela está associada massas de ar quente e úmida que provocam grande quantidade de chuva.- RelevoO relevo pode facilitar ou dificultar as circulações das massas de ar, influindo na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica.- VegetaçãoA vegetação impede a incidência total dos rios solares na superfície. Por isso, com o desmatamento há diminuição de chuvas, visto a umidade diminuir, e há um aumento da temperatura na região.

Tipos de climaOs principais tios são:Climas polaresSão climas de baixa temperatura o ano inteiro, chegando por volta, no máximo 10°.Pois não há concentração de calor, o sol fica sempre baixo no horizonte na época do verão, e no inverno ele nem aparece. Portanto essas regiões polares (próximas aos círculos polares Ártico e Antártico) estão sempre cobertas de neve e gelo.As temperaturas mais baixas foram registradas em Vostok, Antártida, -88°C.Climas temperadosOs climas temperados são caracterizados por ser possível ver as quatro estações do ano de uma maneira bem clara, sendo possível as atividades humanas durante a maior parte do ano. Dividem-se em:- marítimo: Sofre influencia dos oceanos, por isso as temperaturas são constantes.- continental: apresenta verões mais quentes e invernos mais frios e secos.Clima mediterrâneoApresentam invernos mais brandos e chuvosos, verões quentes e secos.As chuvas ocorrem no outono e inverno. Algumas áreas de sua ocorrência são: o sul da Califórnia, parte meridional da África do Sul e sul da Austrália.Clima tropicalÉ considerado como transição entre o clima equatorial e o desértico. Apresenta temperatura elevada o ano inteiro. Tem duas estações bem definidas: verão, que ocorre as chuvas, e inverno ameno e seco.Este tipo de clima ocorre na maior parte do território brasileiro.Clima equatorialOcorre na zona climática mais quente do planeta, faixa Equatorial.A temperatura média anual é superior a 24°C. As chuvas são abundantes, cerca de 2000mm, com pequena amplitude entre o dia e a noite.Clima subtropicalOcorre entre os climas tropicais e temperados. Apresentam chuvas abundantes, verões quentes e invernos frios. É característico das médias latitudes.Clima desérticoOs desertos baixo índice pluviométrico, cerca de 250mm por ano. É comum uma temperatura acima de 42°C durante o dia, mas à noite pode chegar a menos de 0°C principalmente no inverno.Algumas áreas de desertos são: África do Norte (Saara) e Ásia Ocidental (Arábia).Clima semi-áridoApresenta poucas chuvas, sendo mal distribuídas durante o ano. São climas de transição, encontrados tanto em regiões tropicais como em zonas temperadas.

Climas no BrasilNo Brasil predomina climas quentes e úmidos, por possuir maior parte do seu território na zona intertropical.EquatorialÉ um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas são abundantes e maior parte de convecção.Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil.Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C.Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano.Tropical úmido Se situa na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo.No inverno se formam frentes frias e em alguns dias a temperatura fica baixa.As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no inverno.É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem às vezes. Tropical típico ou semi-úmido

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Este tipo de clima ocorre na região central do Brasil.As médias de temperatura variam de 20° a 28°C.Chove por volta de 1500mm por ano.É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no inverno.Semi-áridoOcorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por ano.É seco e árido, mas não como o deserto.Tem quatro massas que exercem influência, duas equatoriais e duas tropicais, que terminam sua trajetória no sertão.SubtropicalEste tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio. Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ano.O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais é raro.

ATENÇÃOInteração com a TerraA energia solar incidente sobre a atmosfera e a superfície terrestre segue um de três destinos: ser refletida, absorvida ou transmitida.

A energia refletida e o albedoParte substancial da energia recebida sobre a superfície terrestre é reenviada para o espaço sob a forma de energia refletida. As nuvens, as massas de gelo e neve e a própria superfície terrestre são razoáveis refletores, reenviando para o espaço entre 30 e 40% da radiação recebida (enquanto a Lua reflete sob a forma de luar apenas 7 a 12% da radiação incidente). Albedo é a medida da quantidade de radiação solar refletida por um corpo ou uma superfície.Absorção atmosféricaEntre a irradiação do Sol medida fora da atmosfera e a energia que atinge a superfície da Terra (linha amarela) existem diferenças substanciais resultantes da absorção atmosférica. Esta é seletiva, atingindo o seu máximo em torno dos pontos centrais dos espectros de absorção dos gases atmosféricos (indicados na imagem).Repare-se a elevada absorção do ozônio atmosférico na banda dos ultravioletas e no efeito do vapor de água e do dióxido de carbono, estes atuando essencialmente sobre os comprimentos de onda maiores.Esta absorção seletiva está na origem do efeito de estufa, devido ao fato da radiação terrestre, resultante do retorno para o espaço da radiação solar por via do aquecimento da Terra, ser feita essencialmente na banda dos infravermelhos longos, radiação para a qual o CO2 tem grande capacidade de absorção.A parcela absorvida dá origem, conforme o meio, aos processos de foto-conversão e termo-conversão. Na foto-conversão, a energia absorvida é remetida, embora em geral com frequência diferente, sendo os novos fotões em geral sujeitos a novas absorções, num efeito em cascata que em geral termina numa termo-conversão, a qual consiste na captura da energia e a sua conversão em calor, passando o material aquecido a emitir radiação com um espectro correspondente à sua temperatura, o que, no caso da Terra, corresponde à radiação infravermelha que forma o grosso da radiação terrestre.TransmissãoDe toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fração atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera. Esta fração que atinge o solo é constituída por uma componente direta (ou de feixe) e por uma componente difusa.Para além das duas componentes atrás referidas, se a superfície receptora estiver inclinada com relação à horizontal, haverá uma terceira componente refletida pelo ambiente circundante (nuvens, solo, vegetação, obstáculos, terreno).Antes de atingir o solo, as características da radiação solar (intensidade, distribuição espectral e angular) são afetadas por interações com a atmosfera devido aos efeitos de absorção e espalhamento. Essas modificações são dependentes da espessura da camada atmosférica atravessada (a qual depende do ângulo de incidência do Sol, sendo maior ao nascer e pôr-do-sol, daí a diferente coloração do céu nesses momentos). Este efeito é em geral medido por um coeficiente designado por Coeficiente de Massa de Ar (AM), o qual é complementado por um fator que reflete as condições atmosféricas e meteorológicas existentes no momento.O equilíbrio energético no planeta

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Em média, da radiação solar incidente (sobre o sistema Terra/atmosfera):* 19 % é perdida por absorção pelas moléculas de oxigênio e ozônio da radiação ultravioleta (de alta energia) na estratosfera (onde a temperatura cresce com a altitude);* 6% é perdida por difusão da luz solar de menor comprimento de onda - azuis e violetas - (o que faz com que o céu seja azul);* 24% é perdida por reflexão - 20% nas nuvens e 4% na superfície. (O albedo do planeta é de 30% (6% difusão+24% reflexão).* 51% é absorvida pela superfície. (Note que os valores apresentados são valores médios. Por exemplo, nos pólos a reflexão da radiação solar incidente é geralmente maior do que 24% e nos oceanos menor do que 24%.)A energia radiada pela superfície da Terra, na gama dos infravermelhos, corresponde a cerca de 117% do total de radiação solar incidente (sobre o sistema Terra/atmosfera). Dessa energia, apenas 6% é emitida diretamente para o espaço (emissão terrestre) e 111% é absorvida pelos gases de estufa da atmosfera, que reemite depois, de volta para a superfície, uma energia correspondendo a 96% da radiação solar incidente. Finalmente, uma energia correspondendo a 64% da radiação solar incidente é emitida pela atmosfera para o espaço (emissão atmosférica).Note que estes números traduzem um equilíbrio no sistema Terra/atmosfera: a radiação emitida para o espaço é igual à radiação solar incidente [24% (reflexão) + 6% (difusão) + 64% (emissão atmosférica) + 6% (emissão terrestre) = 100%].No entanto, em média, a superfície absorve mais radiação da que emite e a atmosfera radia mais energia do que a que absorve. Em ambos os casos, o excedente de energia é de cerca de 30% da energia da radiação solar incidente no sistema Terra/atmosfera:Superfície - energia absorvida: 147% (51% do Sol + 96% da atmosfera); energia emitida: 117%Atmosfera - energia absorvida: 130% (19% ultravioletas. + 111% emissão terrestre); emitida: 160% (64% para o espaço + 96% para a superfície)A partir desta constatação pareceria que a superfície deveria ir aquecendo e a atmosfera arrefecendo. Isso não acontece porque existem outros meios de transferência de energia da superfície para a atmosfera que representam, no seu conjunto, uma transferência líquida de 30% do total de radiação solar incidente que equilibra o orçamento de energia no planeta.O ar quente que se eleva na atmosfera a partir da superfície transfere calor para a atmosfera. Essa transferência de calor (o fluxo de calor sensível) corresponde a um valor de energia que é 7% do total de radiação solar incidente.A evaporação da água na superfície do planeta corresponde a uma extração de calor que acaba por ser libertado durante o processo de condensação na atmosfera (que dá origem à formação das nuvens). Essa transferência de calor (o fluxo de calor latente) corresponde a um valor de energia que é 23% do total de radiação solar incidente._____________________________________________________________________________ HIDROSFERA

Neste estudo mostraremos como o nosso planeta é formado pelas águas, tanto continentais como oceânicas, bem como as suas características. E também, como é formada a hidrografia brasileira.

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Águas oceânicasA maior parte de nosso planeta é ocupado pelas águas, sendo muitas vezes chamado de planeta água. A superfície total da Terra é de aproximadamente 510 milhões de km², sendo que, 361 milhões de km² dessa superfície são ocupados pelas águas.A hidrosfera que é a parte liquida do planeta, é dividida em:- águas oceânicas: que formam os oceanos e mares;- águas continentais: incluem o lençol subterrâneo, geleiras, rios e lagos.As águas oceânicas têm grande influência no clima, nos transportes, no fornecimento de alimento (através da pesca) e na renovação do oxigênio do ar.O hemisfério sul apresenta a maior parte da sua superfície encoberta pelas águas, cerca de 81%, e apenas 19% são ocupados pelas terras emersas. Daí o nome ao hemisfério sul de “hemisfério das águas”, e o hemisfério norte é chamado de “hemisfério das terras”, visto que 39% de sua superfície é encoberta pelas terras emersas.Na verdade, existe um único e grande oceano, que está dividida em: oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.- oceano Pacífico: tem uma área de aproximadamente 165 milhões de km². É o mais extenso de todos os oceanos. Está situado entre as terras australianas, americanas e asiáticas, possui as maiores profundidades conhecidas.- oceano Atlântico: possui uma área aproximada em 82 milhões de km². É o mais navegável, principalmente na parte entre a Europa e América do Norte. Está localizado entre a África, América e Europa.- oceano Índico: sua área mede aproximadamente 73 milhões de km², é menor dos três. Fica localizado entre a Ásia, Antártica, Oceania e África.Os mares são uma extensão natural dos oceanos, quando estão perto de entrar em contato com os continentes. Os mares ocupam 41 milhões de km². Eles podem ser classificados em três tipos:- mares abertos ou costeiros: tem uma ampla comunicação com os oceanos. Ex. mar da China.- mares continentais: possuem comunicação com os oceanos através de canais e estreitos, pois estão localizados no interior dos continentes. Ex. o mar Vermelho se comunica com o oceano Índico, através do estreito Bab-El-Mandeb.- mares isolados: não tem nenhuma ligação com os outros mares ou oceanos. Ex. mar da Galiléia. CaracterísticasSalinidadeO cloreto de sódio é o responsável pelo sabor salgado das águas do mar. Não só ele, mais outros sais minerais, também foram transportados pelos rios até os oceanos, modificando a composição química das águas do mar. Todos os sais minerais encontrados nos continentes também são encontrados dissolvidos no mar.Dependendo da temperatura, das chuvas e dos rios tributário a salinidade pode variar.Em regiões onde a temperatura é alta, existem poucos rios e baixo índice de chuvas, a salinidade é maior.A salinidade máxima é a do mar Morto, que é de 25%.DensidadeA densidade das águas via depender dos sais minerais dissolvidos nela. Sendo que a água do mar é mais densa que a água doce. Se representarmos a densidade da água doce por 1, a do mar será de 1,3.TemperaturaAs correntes marítimas, profundidade e latitude fazem variar a temperatura das águas do mar.Na superfície, a temperatura é igual a da atmosfera em contato.Abaixo de – 2 °C, a superfície oceânica passa a solidificar-se, isto é o que ocorre nos mares glaciais. Os cristais de gelo flutuam porque apresentam menor densidade.Banquisa é nome que se dá a camada de gelo que cobre a superfície do mar.CorDependendo da quantidade e origem de sedimentos a coloração da água pode mudar.Quando está próximo às costas, apresentam cores esverdeadas, devido a sedimentos de vegetais e detritos de animais; são azul-escuras quando estão livres de sedimentos, em alto mar; nas proximidades da foz de grandes rios são avermelhadas ou amarelo-barrentas, devido aos sedimentos que chegam a foz.Águas oceânicas em movimentoAs águas oceânicas apresentam três movimentos: ondas, marés e correntes marítimas.OndasSão movimentos que ocorrem na parte de cima das águas oceânicas. As principais causas são a ação do vento, que agita as águas, ou nos abalos sísmicos que ocorrem no fundo do mar.Os elementos de uma onda são:- cavado, a parte mais baixa;

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- crista, parte mas alta;- altura;- comprimento, a distancia entre duas cristas;Há três tipos de ondas:- Ondas oscilatórias: são encontradas em alto mar, existe apenas por ação do vento, um movimento circulatório das moléculas de água.- Ondas transladativas: ocorre quando o vento desloca a massa líquida em direção ao litoral. O cavado da onda esbarra no fundo e provoca um desequilíbrio entre a crista (parte superior) e o cavado (parte inferior), fazendo com quem a massa de água se direcione para frente, formando as rebentações.- Ondas tsunami: são originados por maremotos, e capazes de criar ondas que se propagam em grande velocidade, são de grande violência. Esse tipo de onda é comum no oceano Pacífico.MarésA maré é uma conseqüência da atração do sol e da lua sobre a Terra.A lua tem mais influência na maré que o sol, visto que sua distância é cerca de 400 vezes menor que a distancia Terra-Sol.O tempo entre a maré baixa e a maré alta é de 6h12, ou seja, em um dia podemos observar duas altas e duas marés baixas.Amplitude da maré é a diferença entre o nível da maré baixa e a da maré alta. As maiores amplitudes ocorrem nas fazes de lua nova e cheia.Correntes marítimasAs correntes marinhas podem ser quentes ou frias, são massas de água que circulam nos oceanos.As correntes frias têm origem nas regiões polares, enquanto que as correntes quentes tem na zona tropical.Possuem uma grande influência no clima. Por exemplo: a corrente quente do Golfo, impede o congelamento do mar do Norte e ameniza os rigores do clima de inverno no noroeste da Europa.

Águas continentaisAs águas continentais correspondem aos lençóis subterrâneos, geleiras, gêiseres, rios.Lençol subterrâneoTambém é chamado de lençol freático. É formado pela infiltração das águas da superfície nas rochas permeáveis.As águas subterrâneas podem variar de um lugar para o outro dependendo da quantidade das chuvas. Elas alimentam os poços, rios e lagos, e contribui para o desenvolvimento da vegetação.Uma fonte ou olho d’ água é o surgimento do lençol freático na superfície terrestre.A água da chuva se divide em três partes. Uma se evapora logo após a chuva. A outra escorre para os rios e mares. E outra parte forma os lençóis freáticos.Os oásis formados nos desertos são alimentados por lençóis de água subterrânea. Ocorre quando uma depressão atinge o nível de um lençol de água subterrânea, podendo surgir um lago e com ele uma vegetação típica.

GeleirasAs geleiras mais extensas cobrem quase totalmente a Groenlândia e Antártida.Também existe gelo permanente nas altas montanhas, onde a temperatura fica abaixo de 0°C. Perto do Equador a linha das neves eternas está a mais ou menos 6000m de altitude. Mas a medida que vai se distanciando da linha do Equador, a altitude para que se forme neve eterna vai diminuindo.Quando as geleiras findam no mar, enormes blocos de gelo são levados pelas correntes marítimas, originando os “icebergs”. GêiseresSão fontes que lançam águas a grandes altitudes com grande pressão e alta temperatura.Os gêiseres se originam em regiões de atividade vulcânica recente, onde a rocha quente aquece a água que está no subsolo, que quando atingir o ponto de ebulição é lançada para fora, para o alto, através de uma única saída. HidrografiaPara se conhecer a hidrografia de uma região é preciso saber o ciclo da água que provem da atmosfera ou subsolo. Quando ocorrem as chuvas, a água pode evaporar, escorrer ou infiltrar-se no solo. Na evaporação ela vai para a atmosfera na forma de vapor. E tem a água que se infiltra no solo e a que escorre, dirigindo-se para as depressões ou a parte mais baixa de um terreno, formando os rios, lagos e mares.

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A densidade de rios se relaciona com o clima da região. Os rios perenes são os que nunca secam e possuem um bom volume de água nos leitos. Os rios temporários são aqueles que secam no período em que não chove, principalmente em áreas de clima árido ou semi-árido. Quando um rio é perene e atravessa uma região desértica, como o rio Nilo, isto quer dizer que a nascente dele é em uma região chuvosa.A variação da quantidade da água no leito do rio recebe o nome de regime.Regime pluvial é quando as cheias dependem da água da chuva; regime níval quando depende do derretimento da neve; se as cheias dependem das geleiras é glacial.Quando o rio deságua no oceano por várias saídas, diz que a foz do rio é em delta; a foz do rio é em estuário, quando o rio deságua no oceano por uma única saída. Bacias hidrográficas brasileirasO Brasil tem uma extensa rede hidrográfica. Apesar de o transporte hidroviário ser pouco utilizado, as bacias hidrográficas brasileiras oferecem boas possibilidades de navegação.Os rios brasileiros são de regime pluvial, com exceção de Amazonas. Há rios temporários apenas no sertão nordestino. Predominam rios de planalto em áreas de elevado índice pluviométrico.As principais bacias hidrográficas são:

Mapa das principais bacias brasileiras Bacia do rio AmazonasÉ a maior bacia hidrográfica do planeta, ocupando cerca de 46% do território brasileiro. Seu rio principal nasce no Peru, com o nome de Marañon, e passa a ser chamado de Solimões na fronteira brasileira até o encontro com o rio Negro. A partir daí, recebe o nome de Amazonas. É o rio mais extenso (7100 km).O regime do principal rio é níval e pluvial. A bacia possui um grande número de rios caudalosos, bons de navegação em grandes trechos, por serem rio de planície.Bacia do TocantinsOcupa aproximadamente 9,5% do território nacional. Seus principais rios é o Tocantins e o Araguaia. Por ter longos trechos navegáveis, essa bacia é útil para escoar boa parte da produção de grãos. No rio Tocantins está instalada a usina hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país.Bacia PlatinaOcupa cerca de 16,6% do território do país. Seus rios principais são: Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o rio da Prata, em território argentino. Esta bacia é composta pela bacia do rio Paraná e bacia do rio Uruguai.A bacia do rio Paraná é bem utilizada para obter energia elétrica, irrigação e navegação.Bacia do rio São FranciscoOcupa uma área de aproximadamente 7,5% do território nacional. O rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, e atravessa o sertão semi-árido mineiro e baiano, de grande importância para a população ribeirinha, irrigação e criação de gado. Também é aproveitado para obter energia elétrica. Os rios são perenes e temporários.

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Bacia SecundáriaSão as bacias: Atlântico Norte-Nordeste, Atlântico Leste e Atlântico Sudeste.Essas bacias não tem ligação entre si. Foram agrupadas por causa da localização delas no litoral.

LITOSFERA

Litosfera é a camada da Terra localizada na parte externa, é constituída por rochas e solo de níveis variados e composta por grande quantidade de minerais. Também denominada crosta terrestre, a litosfera possui espessura de 72 km abaixo dos continentes, o que leva o nome de crosta continental, e espessura de 8 km abaixo dos oceanos, o que leva o nome de crosta oceânica, que é mais densa por causa da grande quantidade de ferro que contém.

ESTRUTURA INTERNA DA TERRA

A estrutura interna da Terra é representada em modelos que se baseiam em dois critérios diferentes: a composição química e as propriedades físicas.No modelo da estrutura interna da Terra segundo a sua composição química, são consideradas três unidades estruturais concêntricas - crosta, manto e núcleo - separadas por superfícies de descontinuidade.- A crosta constitui a zona mais superficial do globo terrestre e pode ser dividida em crosta continental e em crosta oceânica. Encontra-se separada do manto pela descontinuidade de Mohorovicic- O manto situa-se desde a base da crosta até à profundidade de 2900 km e pode ser dividido em manto superior e em manto inferior. Encontra-se separado do núcleo pela descontinuidade de Gutenberg.- O núcleo situa-se a partir dos 2900 km e pode ser dividido em núcleo externo e em núcleo interno.No modelo da estrutura interna da Terra segundo as suas propriedades físicas, o globo terrestre é constituído por quatro regiões - litosfera, astenosfera, mesosfera e endosfera.- A litosfera, uma zona sólida e rígida, compreende a crosta e a parte mais externa do manto superior.- A astenosfera, uma zona de baixa rigidez e de comportamento plástico, situa-se desde a base da litosfera até à profundidade de 350 km.- A mesosfera, uma zona rígida, estende-se desde a base da astenosfera até à fronteira do manto com o núcleo.- A endosfera pode ser dividida em duas regiões: a endosfera externa, líquida, e a endosfera interna, sólida.O estudo da estrutura interna da Terra tem por base métodos muito diversificados, diretos ou indiretos.Para o estudo direto da estrutura interna da Terra contribuem métodos como a observação e o estudo direto da superfície visível, a exploração de jazigos minerais, as sondagens e a análise de magmas e xenólitos.No estudo indireto da estrutura da Terra são utilizados métodos indiretos que incluem a planetologia, a astrogeologia e a geofísica.

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Deriva Continental

Os continentes que conhecemos nem sempre tiveram a configuração atual.

Teoria criada pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, na qual ele afirmou que há, aproximadamente, 200 milhões de anos não existia separação entre os continentes, ou seja, havia uma única massa continental, chamada de Pangeia e um único Oceano, o Pantalassa.Depois de milhões de anos houve uma fragmentação surgindo dois megacontinentes chamados de Laurásia e Godwana, e apartir daí os continentes foram se movendo e se adequando às configurações atuais.O ponto crucial para o desenvolvimento da teoria da Deriva Continental, que na sua essência significa movimentação dos continentes, ou ainda, placas que se movem, é a constatação de que a Terra não é estática. Então Wegener percebeu que a costa da África possuía contorno que se encaixava na costa da América do Sul.Outro vestígio que reforça a teoria foi a descoberta de fósseis de animais da mesma espécie em continentes diferentes, pois seria impossível que esses animais tivessem atravessado o Oceano Atlântico, a única explicação é que no passado os dois continentes encontravam-se juntos.

Tectônica de Placas

As diferentes placas tectônicas

De acordo com a teoria da Deriva Continental, a crosta terrestre é uma camada rochosa descontínua, que apresenta vários fragmentos, denominados placas litosféricas ou placas tectônicas. Essas placas compreendem partes de continentes e o fundo dos oceanos e mares.Portanto, as placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras. Esses processos são classificados em:Zonas de divergência – as placas tectônicas afastam-se umas das outras.Zonas de convergência – as placas tectônicas se aproximam, sendo pressionadas umas contra as outras. Esse fenômeno pode ser de subducção ou obducção.Subducção – as placas movem-se uma em direção a outra e a placa oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa).Obducção ou colisão – choque entre duas placas na porção continental. Acontece em virtude da grande espessura dos trechos nos quais estão colidindo.Esse movimento das placas tectônicas altera lentamente o contorno do relevo terrestre, elevando cordilheiras e abrindo abismos marinhos. Outra consequência desse fenômeno (causado pelo encontro das placas) são os terremotos e tsunamis (ondas gigantescas). Em 2004, no oceano

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Índico, um terremoto de 9,3 pontos na escala Richter provocou um tsunami que ocasionou a morte de mais de 230 mil pessoas.Os movimentos das placas tectônicas foram comprovados através de pesquisas realizadas com satélites artificiais. Foi detectado, por exemplo, que a América do Sul afasta-se 3 cm por ano do continente africano.As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana, Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas.Agentes internos: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos.

Relevo O relevo terrestre pode ser definido como as formas da superfície do planeta. O relevo se origina e se transforma sob a interferência de dois tipos de agentes: os agentes internos e externos.

• endógenos:Atuam de dentro para fora(Deformando) vulcanismo e tectonismo; • exógenos:Atuam na superficie (modelando) intemperismo e a antropicidade (o fator humano).

Simplificando, o relevo é o conjunto das formas da crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas, o qual resulta da ação de forças endógenas, ou exógenas. Encontramos diversas formas de relevo: planaltos, planícies, cordilheiras, montanhas, morros, serras, chapadas, depressões, vales, escarpas, abismos, inselbergs, vulcões, etc.Os Agentes Modeladores ou Modificadores do RelevoO relevo terrestre é o resultado da ação das forças endógenas (agentes internos) e exógenas(agentes externos) que agiram e agem no decorrer dos anos e das eras geológicas. Essas forças são chamadas agentes do relevo. Quando essas forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, são denominados agentes formadores internos(endogenos), como o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos. Quando ocorrem da atmosfera para a litosfera, isto é, na superfície, temos os agentes modeladores externos (exógenos) do relevo, como: as chuvas (ação pluviométrica), o gelo (ação glacial), mares (ação marítima), rios (ação fluviométrica ou hidrométrica), animais e vegetais (ação biológica, o intemperismo e o próprio homem (ação antrópica) que altera (construindo e/ou reconstruindo) a superfície do planeta.IntemperismoMeteorização ou intemperismo é um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam sobre as rochas provocando sua desintegração ou decomposição.A rocha decomposta transforma-se num material chamado manto ou regolito, um resíduo que repousa sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado em solo.As rochas podem partir-se sem que se altere sua composição: é a desintegração física ou mecânica. Nos desertos, as variações de temperatura entre os dias e as noites chegam ao ponto de partir as rochas.Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar, se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação. O intemperismo químico acontece quando a água, ou as substâncias nela dissolvidas, reage com os componentes das rochas. Nesse processo, as rochas modificam sua estrutura química, sendo mais facilmente erodidas, com o material sendo levado pelos agentes de transporte (vento, chuva, rios).O oxigênio que existe na água oxida os minerais que contêm ferro e forma sobre as rochas o que costumamos chamar de ferrugem. A ação da água sobre o granito, por exemplo, o converte em quartzo e argilas.Ação das águas das chuvas. Quando as chuvas caem sobre a Terra, suas águas podem seguir três caminhos: evaporar-se, indo para a atmosfera; infiltrar-se no solo para dentro do lençol freático; e escorrer pela superfície da Terra, sob a forma de enxurradas e torrentes. São um dos mais eficazes agentes de erosão, muitas vezes causando deslizamentos.Agentes InternosTectonismoOs movimentos tectônicos resultam de pressões, vindas do interior da Terra e que agem na crosta terrestre. Quando as pressões são verticais, os blocos continentais sofrem levantamentos e baixamentos. Os movimentos resultantes de pressão vertical são chamados epirogenéticos. Quando as pressões são horizontais, são formados dobramentos ou enrugamentos que dão origem às montanhas. Esses movimentos ocasionados por pressão horizontal são chamados orogenéticos.O diastrofismo (distorção) caracteriza-se por movimentos lentos e prolongados que acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo deformações nas rochas. Esse movimento pode ocorrer na forma vertical (epirogênese) ou na horizontal (orogênese).A epirogênese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam pressão sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade, causando rebaixamentos ou soerguimentos da crosta

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continental. São movimentos lentos que não podem ser observados de forma direta, pois requerem milhares de anos para que ocorram.A orogênese ou dobramento caracteriza-se por movimentos horizontais de grande intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre. Quando tais pressões são exercidas em rochas maleáveis, surgem os dobramentos, que dão origem às cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre outras, originam-se dos movimentos orogênicos. A orogênese também é responsável pelos terremotos e maremotos.VulcanismoChama-se vulcanismo as diversas formas pelas quais o magma do interior da Terra chega até a superfície. Os materiais expelidos podem ser sólidos, líquidos ou gasosos (lavas, material piroclástico e fumarolas). Esses materiais acumulam-se num depósito sob o vulcão até que a pressão gerada faça com que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e criando novas formas na paisagem. O relevo vulcânico caracteriza-se pela rapidez com que se forma e com que pode ser destruído.Localização dos vulcões: A maioria dos vulcões da Terra está concentrada em duas áreas principais: Círculo de Fogo do Pacífico: desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas, onde se concentram 80% dos vulcões da superfície.Outras localizações: América Central, Antilhas, Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo e Cáucaso.Abalos Sísmicos ou TerremotosUm terremoto ou sismo se origina devido aos movimentos convectivos que ocorrem na astenosfera. Esses movimentos forçam as placas tectônicas da litosfera (camada rochosa) movendo-as, como resultado as placas podem se chocar (formando bordas convergentes), se separar (formando bordas divergentes) ou deslizar (formando bordas transformantes). O terremoto é resultado do alívio da pressão que existe entre essas placas gerando, desta maneira, uma vibração. Essa vibração propaga-se através das rochas pelas ondas sísmicas. O ponto do interior da Terra onde é gerado o sismo é designado por hipocentro ou foco enquanto que o epicentro é o ponto da superfície terrestre. Os sismógrafos são os aparelhos que detectam e medem as ondas sísmicas. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala Mercali Modificada, que mede os danos causados pelo sismo.Agentes Externos:Os agentes externos modificam o relevo, estes são: as águas do mar, dos rios e das chuvas, o gelo, o vento e o homem, causando a erosão marinha, erosão fluvial, erosão pluvial, erosão glacial, erosão eólica e erosão antrópica.Eles agridem a superfície terrestre fazendo dela formatos e tamanhos diferentes.As geleirasEm algumas zonas de clima muito frio, a neve não derrete durante o verão. O peso das camadas de neve acumuladas durante invernos seguidos acaba por transformá-la em gelo. Quando essa enorme massa de gelo se desloca, corre como um poderoso rio de gelo. As geleiras realizam um trabalho de erosão nas rochas que as cercam, formando vales em forma de U. Os sedimentos transportados pelas geleiras são chamados morenas ou morainas.Rios, os grandes construtoresA união de várias correntes acaba formando os rios, que são correntes de água com leito definido e vazão regular. A vazão pode sofrer mudanças ao longo do ano. Essas mudanças devem-se tanto a estiagens prolongadas quanto a cheias excepcionais, às vezes com efeitos catastróficos sobre as populações e os campos.Quanto maior for o poder erosivo de um rio, maior será sua vazão e a inclinação do seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso.Em seu curso, os rios realizam três trabalhos essenciais para a construção e modificação do relevo:Erosão, ou seja, escavação dos leitos. Quanto maior for o poder erosivo de um rio, maior será sua vazão e a inclinação do seu leito;Transporte dos sedimentos, os chamados aluviões;Sedimentação, quando há a formação de planícies e deltas.Podemos dividir o caminho que o rio percorre da nascente até a foz em três porções que podem ser comparadas com as três fases da vida humana: alto curso, equipara-se à juventude; o curso médio equivale à maturidade; e o baixo curso, à velhice.Alto Curso: O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de sedimentos é muito intenso. A força das águas escava vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito resistentes, o rio circula por elas, formando gargantas ou desfiladeiros.Curso médio: No curso médio do rio, a inclinação se suaviza e as águas ficam mais tranquilas. Sua capacidade de transporte diminui e começa a depositar os sedimentos que não pode mais transportar.Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes planícies sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas

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meandros. A sedimentação é um processo muito importante para a humanidade. Culturas antigas, como as do Egito, Mesopotâmia e Índia, são relacionadas à fertilidade dos sedimentos depositados por rios.Baixo Curso: O curso inferior do rio corresponde às zonas próximas de sua foz. A inclinação do terreno torna-se quase nula e há muito pouca erosão e quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos depositados.A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de estuário e no segundo, formam-se os deltas.Abrasão MarinhaA ação das águas do mar O que é? O mar exerce um duplo trabalho nos litorais dos continentes. É um agente erosivo, que desgasta as costas em um trabalho incessante de destruição chamado abrasão marinha. As águas dos mares e oceanos desgastam e destroem as rochas da costa mediante três movimentos: as ondas, as marés e as correntes marítimas. Ao mesmo tempo, o vaivém de suas águas traz sedimentos que são depositados nos litorais, realizando um trabalho de acumulação marinha.A ação contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do litoral, causando o desmoronamento de blocos de rochas e o conseqüente afastamento do paredão.Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias. Algumas falésias são cristalinas, como as de Torres, no Rio Grande do Sul. No Nordeste do Brasil, encontramos falésias formadas por rochas sedimentares denominadas barreiras.Ação das ondas Quando a costa é formada por rochas de diferentes durezas, formam-se reentrâncias (baías ou enseadas) e saliências no lado escarpado, de acordo com a resistência dessas rochas à erosão marinha. A ação da água do mar pode transformar uma saliência rochosa do continente em uma ilhota costeira.Se um banco de areia se depositar entre a costa e uma ilha costeira, esta pode unir-se ao continente, formando então um tômbolo. Caso um banco de areia se deposite de modo paralelo à linha da costa, fechando uma praia ou enseada, poderá formar uma restinga e uma lagoa litorânea.As praias são depósitos de areia ou cascalho que se originam nas áreas abrigadas da costa, onde as correntes litorâneas exercem menos força. Quando o depósito de areia se acomoda paralelamente à costa, formam-se as barras ou bancos de areia.Ação dos VentosO vento é o agente com menor poder erosivo, pois só pode mover partículas pequenas e próximas do solo. Estas pequenas partículas são chamadas de sedimentos. Ainda assim, ele transporta partículas finas a centenas de quilômetros de seu lugar de origem. A ação erosiva do vento, que atinge o ponto máximo nas zonas desérticas, secas e de vegetação escassa, também contribui para a destruição do relevo da Terra. O vento desprende as partículas soltas das rochas e vai polindo-as até transformá-las em grãos de areia.A erosão eólica tem dois mecanismos diferentes:A deflação, que é a ação direta do vento sobre as rochas, retirando delas as partículas soltas;A corrosão, que é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão, desgastando não só as rochas como as próprias partículas.O trabalho de movimentação da indumentrologia nuclear pode ser transferida involuntariamente pela areia até depositá-la nas praias e nos desertos, onde pode formar grandes acumulações móveis conhecidas como dunas. São enormes montes de areia acumulada pelo vento e que mudam freqüentemente de lugar.As dunas são elevações móveis de areia, em forma de montes. Em uma duna podem ser distinguidas duas partes: uma área de aclive suave ou barlavento, pela qual a areia é empurrada, e uma área de declive abrupto ou sotavento, por onde a [areia] rola ao cair.As dunas deslocam-se a velocidades que podem ultrapassar 15 metros por ano. Quando o avanço das dunas ameaça as populações humanas ou a plantação, colocam-se obstáculos, tais como estacas, muros ou arbustos, para detê-las.Os ventos atuam, em especial, no litoral e no deserto, agindo constantemente na formação e transformação do relevo, essa é denominada de erosão eólica, um exemplo comum são as dunas formadas parcialmente de sedimentos.

Tipos de Rochas e MineraisOs minerais são substâncias encontradas na natureza, formados por uma composição química equilibrada, resultante de milhões de anos de processos inorgânicos (ação do calor, pressão, etc). A maioria dos minerais é sólido, como feldspato, mica, quartzo, mas há alguns líquidos, como a água e o mercúrio. As rochas são formadas por dois ou mais minerais agrupados. Existem três classificações para as rochas, de acordo com a sua formação: magmáticas, sedimentares e metamórficas.

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Rochas MagmáticasAs rochas magmáticas, ou ígneas, como também são chamadas, são formadas pelo magma solidificado expelido por vulcões, e ainda podem ser subdivididas em dois tipos: intrusivas e extrusivas;Rochas magmáticas intrusivasSão as rochas formadas pelo magma que se solidificou em grandes profundidades. O granito é uma das variedades desse tipo de rocha. No Brasil, algumas serras são formadas de granito, como a da Mantiqueira, do Mar, e algumas serras do Planalto Residual Norte-Amazônico.

GranitoRochas magmáticas extrusivasSão as rochas que são formadas pelo magma solidificado na superfície. Um exemplo de rocha extrusiva é o basalto.

BasaltoRochas SedimentaresSão formadas através da sedimentação de partículas de outras rochas existentes ou de materiais orgânicos. As rochas sedimentares podem ser divididas em três tipos: clásticas, orgânicas e químicas.- ClásticasTambém chamada de rochas sedimentares detríticas, são formadas por detritos de outras rochas antigas. Como exemplo de rocha clastica, existe o Arenito, Tilito, etc.

Arenito- OrgânicasAs rochas sedimentares orgânicas são formadas por restos de animais e vegetais mortos, que vão se acumulando em alguns locais, e através de grande pressão e temperatura, dão origem á rochas e minerais como calcário, carvão mineral, petróleo, etc.

Calcário- QuímicasSão formadas quando o líquido (água) onde os sedimentos de rocha estão dispersos, se torna saturado. As rochas químicas em geral formam cristais. Ex: calcita, aragonita, dolomita, estalactites e estalagmites.

Estalagmites

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Rochas MetamórficasAs rochas metamórficas são rochas que sofreram alterações na sua estrutura em decorrência de altas pressões e temperaturas. Exemplos de rochas metamórficas são o mármore, quartzito (de onde é extraído o quartzo), etc.

Quartzo

Principais Minérios Brasileiros

A mineração gera grande parte da matéria-prima dos produtos que adquirimos.

O Brasil é detentor de uma infinidade de riquezas naturais: uma delas é o minério. O país se destaca principalmente na produção de ferro, bauxita (alumínio), manganês e nióbio.O ferro é o principal minério destinado à exportação no Brasil, sua extração ocorre especialmente em Minas Gerais, no Quadrilátero Ferrífero; no Pará, na Serra dos Carajás; e no Mato Grosso do Sul, no Maciço do Urucum. Atualmente a produção é de aproximadamente 235 milhões de toneladas ao ano, o país ocupa o segundo lugar na produção desse minério em nível mundial.A bauxita é extraída na Serra do Oriximiná, no Pará, o estado é o principal produtor e abriga a maior concentração desse minério no país. A produção anual gira em torno de 17,4 milhões de toneladas, figurando como o terceiro maior produtor em escala planetária.Anualmente são extraídos cerca de 1,3 milhão de toneladas de manganês e esse volume de produção faz com que o país ocupe o terceiro lugar da produção mundial. As jazidas principais se encontram na Serra dos Carajás, Quadrilátero Ferrífero e Maciço do Urucum. Países como Japão e Estados Unidos importam quase 50% da produção total nacional.Os estados de Minas Gerais e Goiás respondem por grande parte da produção de nióbio, que atinge 38 mil toneladas ao ano, o que faz do país o maior produtor mundial. Esse minério tem seu uso difundido na fabricação de equipamentos de tecnologia de ponta.

O solo

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Os solos produzem nossos alimentos e geram toda vegetação do planeta.

O solo é um recurso renovável, pois pode ser utilizado diversas vezes, dessa forma é um importante elemento para todas as sociedades dispersas na superfície terrestre. O solo é a parte mais superficial da litosfera, onde as plantas, tanto silvestres quanto cultivadas, são germinadas e se fixam, encontrando os nutrientes necessários. Esse recurso é responsável por fornecer a alimentação humana e animal, é no solo que o homem, a partir de seu conhecimento, cultiva plantas, frutas, legumes e verduras, além de obter combustíveis à base de vegetais, como eucalipto e cana-de-açúcar. A formação dos solos ocorre a partir da decomposição de rochas oriundas do intemperismo decorrente do calor dos raios solares, além da ação das águas, dos ventos e dos microrganismos (bactérias e fungos) e microfauna (minhocas, formigas, cupins etc.).A análise do perfil do solo, ou seja: as parcelas horizontais que o constituem desde sua origem até a superfície - local da ação do intemperismo, é um referencial para entendermos a constituição e intemperismos que sofreu. Ao nos referirmos ao perfil do solo, devemos considerar 5 parcelas, denominadas horizontes. Vale ressaltar que nem todo solo possui todos os horizontes bem definidos:

- Horizonte O: Camada orgânica superficial. Drenado, com cor escura.- Horizonte A: Constituído, basicamente, de rocha alterada e húmus, sendo a região onde se fixa a maior parte das raízes e vivem organismos decompositores e detritívoros.- Horizonte E (ou B): Camada mineral constituída de quantidade reduzida de matéria orgânica, acúmulo de compostos de ferro e minerais resistentes, como o quartzo. Pode ser atingido por raízes mais profundas.- Horizonte C: Camada mineral pouco ou parcialmente alterada.- Horizonte R: Rocha não alterada que deu origem ao solo.Quanto à cor, essa varia de acordo com o material de origem, localização, organismos relacionados, conteúdo de matéria orgânica, dentre outros fatores. Solos ricos em matéria orgânica tendem a ser mais escuros, ao passo que solos bem drenados, por exemplo, tendem a tonalidades acinzentadas.Partículas de solo são definidas de acordo com o tamanho relativo destas, sendo considerada argila partículas com diâmetro inferior a 0,005mm; silte as com diâmetro entre 0,005mm e

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0,05mm; areia fina as com diâmetro entre 0,05mm e 0,42mm; areia média, entre 0,42mm e 2mm; areia grossa, entre 2mm e 4,8 mm e, finalmente, pedregulho, entre 4,8 e 76mm de diâmetro.Tipos de solo Solos Arenosos: possui pouca umidade, a quantidade de areia presente nesse tipo de solo supera 70%. Solos argilosos: predominância de partículas de argila em relação às demais. Solos siltosos: têm agregado um grande percentual de silte. Solo humífero: possui uma grande quantidade de húmus. Solo calcário: detém em sua composição um elevado percentual de calcário.

ESTRUTURA GEOLÓGICA DA TERRA

A estrutura geológica de um lugar se caracteriza pela natureza das rochas (origem e idade) e pela forma como estão dispostas. De modo geral, podemos dividir a estrutura geológica dos continentes em crátons, dobramentos e vastas superfícies recobertas de sedimentos. Os crátons constituem blocos de rochas muito antigas formadas nos éons Arqueano e Proterozoico. São divididos em escudos cristalinos e plataformas. Os escudos (ou maciços) cristalinos são constituídos de rochas cristalinas (magmáticas ou metamórficas). Por se formarem no início da consolidação da crosta terrestre, constituindo os primeiros núcleos emersos, são de tectônica estável, resistentes, porém, muito desgastados pela erosão. Muitos minerais são explorados nessa estrutura. Como exemplos, citamos os escudos Siberiano, Canadense, Guiano, Guineano, Patagônico e Brasileiro.

Floresta de Taiga - paisagem marcante do escudo Canadense As plataformas são superfícies cratônicas recobertas por camadas de sedimentos, como a Plataforma Sul-Americana. As bacias sedimentares são depressões preenchidas por sedimentos de áreas com maiores altitudes. As mais antigas se formaram por processos ocorridos desde o início do Eón Fanerozóico, na Era Paleozóica e na Era Mesozóica. No entanto, o processo de sedimentação continuou com intensidade e isso é um processo ativo até os dias atuais, na Era Cenozóica, constituindo as bacias sedimentares recentes. A essa estrutura se associam jazidas de petróleo, carvão e gás natural. Constituem bacias importantes a Amazônica, a do Pantanal Mato-Grossense, a Australiana e a Russa.

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Bacias sedimentares brasileiras O dobramentos são formados por rochas menos resistentes afetados por intensos movimentos tectônicos. Forças internas da Terra separaram continentes provocando o enrugamento de suas bordas, dando origem às maiores elevações do planeta. Os dobramentos modernos (ou dobramentos recentes) formaram altas cadeias de montanhas na Era Cenozóica, no Período Terciário, há cerca de 60 milhões de anos. Por se situarem próximas aos grandes falhamentos, essas cordilheiras, como os Alpes, os Andes, as Montanhas Rochosas, o Atlas e o Himalaia, estão sujeitas a terremotos e a atividades vulcânicas.

Alpes Suíços Os dobramentos antigos (como os Montes Apalaches, nos EUA, e a Serra do Mar, no Brasil) se formaram no Pré-Cambriano e no Paleozóico, períodos geológicos mais antigos. Tanto os fatores internos - tectonismo, vulcanismo e terremotos - como os externos - água, vento e seres vivos - que agiram no relevo no decorrer das eras geológicas influenciaram e continuam influenciando essa estrutura, determinando as formas irregulares da superfície terrestre.

Montes Apalaches nos EUA

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RELEVO

Formas de Relevo Terrestre

PlanaltosOs planaltos, também chamados de platôs, são áreas de altitudes variadas e limitadas, em um de seus lados, por superfície rebaixada. Os planaltos são originários das erosões provocadas por água ou vento. Os cumes dos planaltos são ligeiramente nivelados. Exemplo: Planalto Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

PlaníciesÉ uma área geográfica caracterizada por superfície relativamente plana (pouca ou nenhuma variação de altitude). São encontradas, na maioria das vezes, em regiões de baixas altitudes. As planícies são formadas por rochas sedimentares. Nestas áreas, ocorre o acúmulo de sedimentos.Exemplos: Planície Litorânea, Planície Amazônica e Planície do Pantanal.

DepressõesAs depressões são regiões geográficas mais baixas do que as áreas em sua volta. Quando esta região situa-se numa altitude abaixo do nível do mar, ela é chamada de depressão absoluta. Quando são apenas mais baixas do que as áreas ao redor, são chamadas de depressões relativas. As crateras de vulcões desativados são consideradas depressões. É comum a formação de lagos nas depressões.Exemplo: Depressão Sul Amazônica

MontanhasAs montanhas são formações geográficas originadas do choque (encontro) entre placas tectônicas. Quando ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que sofrem o impacto acabam se elevando na superfície, formando assim as montanhas. Estas são conhecidas como montanhas de dobramentos. Grande parte deste tipo de montanhas formaram-se na era geológica do Terciário. Existem também, embora menos comum, as montanhas formadas por vulcões.As altitudes das montanhas são superiores as das regiões vizinhas. Quando ocorre um conjunto de montanhas, chamamos de cordilheira.Exemplos: Aconcágua (Argentina), Pico da Neblina (Brasil), Logan (Canadá), Kilimanjaro (Tanzânia), Monte Everest (Nepal, China), Monte K2 (Paquistão, China), Monte Blanco (França, Itália).

Relevo submarinoOs oceanos, assim como o continente, possuem relevo, ou seja, irregularidades na superfície. O estudo sobre o relevo submarino teve início somente em meados do século XIX, no entanto, a busca com maiores resultados ocorreu apenas após a década de 40, quando existiam tecnologias e técnicas para uma melhor compreensão das informações coletadas. A partir de diversas pesquisas ficou constatado que no fundo dos oceanos existem várias formas de relevo, porém as principais são: - Planalto continental: corresponde a uma zona de transição entre a massa continental e o fundo dos oceanos, a declividade entre os pontos é modesta, o relevo possui 70 quilômetros e 200 metros de profundidade. - Ilhas oceânicas: são pequenas extensões de terras emersas que se formam no fundo dos oceanos e se afloram na superfície. - Talude continental: área de alta declividade muito estreita, esse tipo de relevo tem início a 200 metros de profundidade e pode atingir aproximadamente 2.000 metros. - Bacia oceânica: área sedimentar que se encontra em regiões profundas do oceano com profundidade que oscila entre 2.000 a 5.000 metros e relevo suave. - Fossas marinhas: áreas profundas dos oceanos que podem atingir 8.000 metros. - Cadeias oceânicas: As maiores cadeias de montanhas do mundo estão localizadas no assoalho oceânico.

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Relevo BrasileiroIntrodução O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.Classificações de relevo Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões. Características do relevo brasileiro O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também contribuíram no processo de erosão.O relevo brasileiro apresenta-se em : Planaltos – superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.Planícies – superfícies relativamente planas , onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.Depressão Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar. Depressão Relativa – fica acima do nível do mar . A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.Montanhas – elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.

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Pontos Culminantes do Brasil

Pico Serra Altitude (m)

da Neblina Imeri (Amazonas) 3.014

31 de Março Imeri (Amazonas) 2.992

da Bandeira do Caparaó (Espírito Santo/Minas Gerais) 2.890

Roraima Pacaraima (Roraima) 2.875

Cruzeiro do Caparaó (Espírito Santo) 2.861

Mapa do Brasil Físico (Relevo)

______________________________________________________________________A interdependência entre os elementos – Biomas

GRANDES BIOMAS DO MUNDOO que é bioma? É um conjunto de ecossistemas terrestres com vegetação característica e fisionomia típica, onde predomina certo tipo de clima. Regiões da Terra com latitudes coincidentes, em que prevalecem condições climáticas parecidas, apresentam ecossistemas semelhantes e mesmos tipos de bioma.Exemplo:Florestas tropicais pluviais na faixa equatorial: América, África, sudeste da Ásia e Oceania;Savana: Brasil central, África e Oceania.

Distribuição dos Grandes Biomas da Terra

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TundraSitua-se nas regiões próximas ao Pólo Ártico, norte do Canadá, da Europa e da Ásia. A neve cobre o solo durante quase todo ano, exceto no verão (10°C). Somente superfície do solo descongela, poucos centímetros abaixo permanece congelado, impedindo a drenagem do degelo, levando formação de pântanos. Mais ao norte única vegetação é musgos e líquens.Mais ao sul gramíneas e pequenos arbustos. Animais típicos são: rena, caribu e boi almiscarado, aves migratórias aquáticas e pernaltas, alguns insetos que hibernam.

Taiga (Floresta de Coníferas)Situa-se no hemisfério norte ocorre ao sul das tundras; no hemisfério sul ocorre onde o clima é

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muito frio. A vegetação típicas são as coníferas (pinheiros e abetos), também têm musgos e líquens. A fauna é composta por: alces, ursos, lobos, visons, martas e esquilos.

Floresta Temperada decíduaTípico de certas regiões da Europa e América do Norte, onde o clima é temperado e as quatroestações são bem definidas. Predominam árvores que perdem as folhas no fim do outono e as readquirem na primavera (adaptação ao inverno rigoroso). As árvores mais características são carvalhos e faias. Na fauna são encontrados: javalis, veados, raposas doninhas,esquilos,vários tipos de pássaros, corujas e várias espécies de insetos.

Florestas TropicaisLocalizadas nas regiões de clima quente e com alto índice pluviométrico, na faixa equatorial da Terra. Norte da América do Sul (Bacia Amazônica), América Central, África, Ásia e Austrália. A vegetação é exuberante e com árvores de grande porte. Ocorre estratificação vertical desde o topo das grandes árvores até à vegetação rasteira. A estratificação origina diversos microclimas (diferentes graus de luminosidade e umidade). Reciclagem da matéria orgânica é muito rápida, forma-se um solo escuro rico em matéria orgânica (húmus). Há grande diversidade de hábitats, o que permite a existência de fauna rica e variada tanto em vertebrados como em invertebrados.

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SavanaCaracterizado por apresentar arbustos e árvores de pequeno porte e muitas gramíneas.Encontrado na África, na Ásia, na Austrália e nas Américas. Savana africana tem fauna com herbívoros de grande porte (girafas, elefantes, rinoceronte, zebra) e grandes carnívoros (leões, leopardos e guepardos), rica avifauna (pássaros, gaviões, avestruz), muitos répteis (lagartos eserpentes), anfíbios e rica fauna de invertebrados (insetos, aracnídeos). No Brasil a savana corresponde ao Cerrado.

PradariaVegetação constituída basicamente por gramíneas. Ocorrem períodos marcadamentesecos tanto na América do Sul como na do Norte. Os pampas gaúchos é o exemplo no Brasil. A fauna formado por roedores, lobos, coiotes, raposa, muitas aves (algumas migratórias) e também muitos insetos.

DesertoRegiões de pouca umidade, com vegetação rala e espaçada (gramíneas, cactos e pequenos arbustos) ocupando locais onde tem pouca água. Paisagem dominado por dunas de areia e montanhas pedregosas desnudadas. Os maiores desertos são o Saara na África e o deserto de Gobi na Ásia. Também ocorrem na Austrália, América do Sul e do Norte. A fauna é composta por roedores, répteis (serpentes e lagartos), insetos e aracnídeos. Os seres vivos do deserto têm marcada adaptação a falta de água. Maioria doa animais com hábitos noturnos.

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Biomas Brasileiros:O Brasil, em razão de sua grande extensão territorial, apresenta um complexo mostruário das principais paisagens e ecologias do planeta. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui nove biomas diferentes: Caatinga, Campos, Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Mata de Araucária, Mata de Cocais, Pantanal, Zonas Litorâneas.

CaatingaCaatinga Com extensão territorial de 800 mil quilômetros quadrados, presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e no norte de Minas Gerais, esse é o único bioma exclusivamente brasileiro.A caatinga tem uma vegetação típica de regiões semiáridas, formada por plantas xerófilas, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. A fauna é representada por répteis, roedores, insetos, aracnídeos, arara-azul, sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, entre tantos outros.

CamposCamposOs campos são caracterizados por vegetação composta de herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos esparsos. Esse bioma está distribuído em áreas descontínuas do Brasil, sendo encontrado na Região Norte (Amazonas, Roraima e Pará) em forma de savanas de gramíneas baixas; e na Região Sul, com as pradarias mistas subtropicais.

Cerrado

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Cerrado Segundo maior bioma brasileiro, o cerrado está presente em diferentes Regiões brasileiras, entretanto é na Região Centro-Oeste que ele predomina. Apresenta clima quente e períodos alternados (6 meses) de chuva e seca. Sua vegetação é composta por árvores esparsas, arbustos e gramíneas. Uma das principais características do cerrado são as árvores com caules tortuosos e folhas coriáceas, além do solo com poucos nutrientes e com grande concentração de alumínio. A diversidade de espécies da fauna é grande: tamanduá-bandeira, tatu-bola, veado-campeiro, capivara, lobo-guará, onça-pintada, etc.

Floreta AmazônicaFloresta Amazônica Essa é a maior floresta tropical do mundo, compreendendo cerca de 42% do território nacional. A floresta Amazônica está presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de outros países sul-americanos.Esse é o bioma que possui a maior biodiversidade do planeta. Entre as espécies animais estão: jabuti, paca, anta, jacaré, sucuri, macacos, entre outros.

Mata Atlântica

Mata Atlântica A Mata Atlântica estende-se do Piauí ao Rio Grande do Sul. Esse bioma é um dos mais ricos do mundo em espécies da flora e da fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é representada pela peroba, ipê, quaresmeira, cedro, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-brasil, entre outras. A fauna possui várias espécies distintas: tatu-canastra, onça-pintada, lontra, mico-leão, macaco-muriqui, anta, veado, quati, cutia, bicho-preguiça, jacu, macuco, etc.

Mata de Araucária Mata de Araucária A Mata de Araucária é um bioma típico de regiões com clima subtropical. No Brasil, ela está presente nos estado de São Paulo e, principalmente, nos estados da Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Sua vegetação é composta por árvores aciculifoliadas, com folhas em formato de agulha, e a espécie predominante é o pinheiro-do-paraná.

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Mata de CocaisMata de Cocais Ocupa uma zona de transição entre a Amazônia e as terras semiáridas do Nordeste brasileiro, abrangendo porções dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. Possui solos secos e florestas dominadas por palmeiras. Sua vegetação é formada por palmeiras, como o buriti, oiticica, babaçu e carnaúba.

PantanalPantanal O Pantanal está localizado no sudoeste de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, estando presente também no Paraguai e na Bolívia. Esse bioma é considerado uma das maiores planícies inundáveis do planeta.Apresenta grande biodiversidade: mais de 3.500 espécies de plantas, cerca 650 espécies de aves, 262 espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas. Entre os representantes da fauna estão: jacaré, veado, serpentes, capivara, papagaio, tucano, tuiuiú, onça, macaco, entre outros.

Zona LitorâneaZonas Litorâneas O Brasil possui uma costa litorânea de mais de 7 mil quilômetros de extensão em linha contínua. A paisagem do litoral brasileiro é bem diversificada, composta por dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baías, estuários, brejos e falésias.

Outro bioma brasileiro de grande importância é o manguezal.

MangueManguezal Localiza-se em vários pontos da costa brasileira, sendo mais comum onde o mar se encontra com as águas doces dos rios. É caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro. Entre os principais animais encontrados no mangue estão o caranguejo e a ostra.

Lembrando: A forma da Terra é arredondada mas, ligeiramente achatada nos pólos. Essa forma é chamada geóide.

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Movimentos principais: Rotação: é o giro que nosso planeta faz ao redor de si mesmo, ou eja, do seu eixo. Esse eixo está ligeiramente inclinado em 23°. O dia e a noite são consequências desse movimento.Translação: é o giro que nossop planeta faz ao redor do sol. A “órbita” é elíptica, isto é, semelhante a uma elipse. A velocidade da Terra é de 107 000 Km/h, e a volta completa leva 365 dias, 5 h e 48 m. A consequência desse movimento aliado à inclinação do eixo são as quatro estações do ano.OBS: os anos com 366 dias (a cada 4 anos) são chamados bissextos.

O ser humano está alterando a TerraInfelizmente nosso planeta é afetado por vários problemas ambientais, muitos deles provocados por diversas ações humanas. Estes problemas afetam a fauna, flora, solo, águas, ar e etc.Principais problemas ambientais atuais:- Poluição do ar por gases poluentes gerados, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, gasolina e diesel) e indústrias.- Poluição de rios, lagos, mares e oceanos provocada por despejos de esgotos e lixo, acidentes ambientais (vazamento de petróleo), etc;- Poluição do solo provocada por contaminação (agrotóxicos, fertilizantes e produtos químicos) e descarte incorreto de lixo;- Queimadas em matas e florestas como forma de ampliar áreas para pasto ou agricultura;- Desmatamento com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira;- Esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultura), provocado pelo uso incorreto;- Diminuição e extinção de espécies animais, provocados pela caça predatória e destruição de ecossistemas;- Falta de água para o consumo humano, causado pelo uso irracional (desperdício), contaminação e poluição dos recursos hídricos;- Acidentes nucleares que causam contaminação do solo por centenas de anos. Podemos citar como exemplos os acidentes nucleares de Chernobyl (1986) e na Usina Nuclear de Fukushima no Japão (2011);- Aquecimento Global, causado pela grande quantidade de emissão de gases do efeito estufa. Ilha de calor: é a designação dada à distribuição espacial e temporal do campo de temperatura sobre a cidade que apresenta um máximo, como se fosse uma ilha quente localizada;- Diminuição da Camada de Ozônio, provocada pela emissão de determinados gases (CFC, por exemplo) no meio ambiente. Chuva ácida: é a designação dada à chuva, ou qualquer outra forma de precipitação atmosférica, cuja acidez seja substancialmente maior do que a resultante da dissociação do dióxido de carbono (CO2) atmosférico dissolvido na água precipitada.Atenção:La Niña O fenômeno La Niña, que é oposto ao El Niño, corresponde ao resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental formando uma “piscina de águas frias” nesse oceano. À semelhança do El Niño porém apresentando uma maior variabilidade do que este, trata-se de um fenômeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático. Nele, os ventos alísios mostram-se mais intensos que o habitual (média climatológica) e as águas mais frias, que caracterizam o fenômeno, estendem-se numa faixa de largura de cerca de 10 graus de latitude ao longo do equador desde a costa peruana até aproximadamente 180 graus de longitude no Pacífico Central. Observa-se, ainda, uma intensificação da pressão atmosférica no Pacífico Central e Oriental em relação à pressão no Pacífico Ocidental.

El Niño El Niño e La Niña são alterações significativas de curta duração (12 a 18 meses) na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima. Estes eventos modificam um sistema de flutuação das temperaturas daquele oceano chamado Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como OSEN (Oscilação Sul-El Niño. Seu papel no aquecimento e resfriamento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso.