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Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Cachoeira - BA - Dezembro de 2012 - Edição 65 ELEIÇÕES 2012 · INTERIOR BAIANO

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Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Cachoeira - BA - Dezembro de 2012 - Edição 65

ELEIÇÕES 2012 · INTERIOR BAIANO

* Professor de Ciência Política do curso de Ciências Sociais da UFRB

CACHOEIRA | BAHIA Dezembro 2012www.ufrb.edu.br/reverso

Centro de Artes Humanidades e Letras (CAHL)Quarteirão Leite Alves, Cachoeira/BA

CEP - 44.300-000 Tel.: (75) 3425-3189

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo

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ReitorPaulo Gabriel Soledad Nacif

Coordenação EditorialJ. Péricles DinizRobério Marcelo

EditorFabiana Dias

Coordenador de Editoração Gráfica/Editor de ArteAline Cavalcante

Editoração GráficaAline CavalcanteFabiana DiasLaís Sousa

>>EXPEDIENTE<<

I N E D I T O R I A L <<>>CARTA AO LEITOR 3VALENÇA

Surpresa nas eleições de Valença

Victor Sousa

No ano de 2012 foram realiza-das as eleições municipais

em todo o país, sendo resolvidas, como a maioria dos municípios do país, no primeiro turno. Valença, Baixo Sul da Bahia, com 59.990 eleitores estiveram aptos a vo-tar nestas eleições, portanto não existem eleitores suficientes para um segundo turno.

A campanha e a votação para as candidaturas majoritárias, para prefeito do município de Valença foi cheio de surpresas. Como de costume desde as últimas eleições, foram três meses de campanha até o dia “D”. Entre os concorren-tes, eram os seguintes: Martiniano Costa–PT, Ricardo Moura/Luciano Moura–PMDB e Jucélia Nascimen-to–PTN.

Martiniano Costa, com uma histó-ria de militância política, ex-verea-dor, presidente da CUT-Bahia por dois mandatos, concorreu pela se-gunda vez ao cargo de prefeito de Valença e mesmo com o apoio do governador e da presidenta, ficou em terceiro lugar. Assim como nas outras tentativas, não foi capaz de costurar alianças com os partidos parceiros no projeto estadual e na-cional.

O Ricardo Moura, político nato, foi vice-prefeito de Valença na gestão em 2004, filiado ao partido tradi-cional da cidade – PMDB e já tinha concorrido nas eleições de 2008. Depois de ele ficar em segundo lu-gar, começou um trabalho de base

de quatro anos, conquistou a sim-patia dos eleitores, ajudado pela má administração do prefeito atual. Ricardo começou a campanha na liderança das pesquisas, mas seu longo trabalho foi desarticulado pela lei da Ficha Limpa, que o obri-gou a fazer a mudança de última hora: o seu irmão Luciano Moura assumiu a candidatura. Embora ir-mãos gêmeos, a cidade ficou des-norteada com essa situação e não conseguiu entender o que se pas-sava e a dúvida deixou a coligação em segundo lugar.

Pela primeira vez na história de Valença, uma mulher foi candida-ta ao mais alto posto do executi-vo municipal: Jucélia Nascimento. Sua candidatura foi apoiada e logo após abandonada pelo atual pre-feito, Ramiro Queiroz. Mesmo com esse fato e diante de tantas propos-tas para desistir, seguiu em frente, logrando o primeiro lugar nas elei-ções municipais. Para o professor Márcio Vieira, Jucélia honrou todas as mulheres de Valença ao derru-bar os tabus machistas e patriar-cais. Agora, ela só precisa realizar um bom trabalho na prefeitura.

O recado mais importante que o eleitorado valenciano deu nas elei-ções municipais deste ano foi re-pudiar a indecente forma de fazer política. A população deu valor aos debates de propostas, aos valores democráticos. Soube rejeitar com a arma do voto a ideia estúpida e retrógrada de que é preciso fazer baixaria para ganhar as eleições.

Mesmo abandonada pelo seu principal apoiador, Jucélia Nascimento (PTN) conseguiu se tornar a primeira mulher no comando da cidade

Jucélia Nascimento fez história nas eleições de Valença, no Baixo Sul da Bahia.

Outro recado importante: a cidade renovou em torno de 50% da Câmara Municipal. Na eleição passada foi um percentual parecido. Isto mostra, não uma renovação natural, mas uma rejeição aos atuais políticos e ainda alguma esperança que o poder legislativo funcione de fato.

Foto: Divulgação

A política partidária é mesmo cheia de surpresas, de idas e vindas. A eleição é um momento no qual o cidadão pode expressar seu anseio por mudança ou optar pela continuidade. Passado o momento do pleito eleitoral surge a esperança de novos rumos e aumentam as perspectivas em relação ao futuro da cidade. Em mais uma edição temática do Reverso você fica por dentro do resultado das eleições 2012 em seis cidades do interior da Bahia.

Em Feira de Santana a população resolve voltar aos velhos tempos e elege José Ronaldo de Carvalho que já tinha governado a cidade por duas vezes. A eleição de 2012 fez história em Andaraí e Irará que pela primeira vez reelege um prefeito.

Destaque também para a representação feminina no cenário político do interior baiano. Na matéria sobre a eleição em São Francisco do Conde você ver a força política da mulher com a reeleição de Rilza Valentim. No caso de Valença a candidatura de uma mulher para o executivo municipal surpreendeu, surpresa maior foi que, mesmo sem o apoio de grandes lideranças, Jucélia Nascimento saiu vitoriosa. Ipirá também pela primeira vez terá uma prefeita.

Aqui você fica informado sobre a atual conjuntura política destas cidades baianas.

Boa leitura a todos.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) defende a ideia de ser o partido de proteção ao trabalhador. Parece esquecer, porém, que esse trabalhador pertence a uma classe plural e demasiadamente heterogênea. O que isso quer dizer? Muito simples. A classe trabalhadora não é uma massa única, que possui a mesma identidade. Se considerarmos tão somente a categoria trabalho, perceberemos o quão ampla é essa heterogeneidade. Não se pode afirmar, por exemplo, que os trabalhadores rurais são a mesma coisa que os trabalhadores urbanos, ou que os operários da construção civil, sejam iguais aos operários da indústria automotiva. Cada categoria trabalhista possui demandas e necessidades que são específicas da categoria, que, por vezes, entram em conflito ou choque com as demandas e necessidades de outra categoria. Como se pode perceber, falar de trabalhadores e sair em sua defesa não é uma tarefa tão simples assim. E se considerarmos outras categorias como gênero, etnia, idade, escolaridade perceberemos que a dificuldade em defender os interesses dos trabalhadores é ainda mais complicada.

No mundo contemporâneo as identidades são plurais. Ninguém é puramente trabalhador ou puramente estudante. As pessoas podem ser trabalhadoras, mulheres, homens, jovens, velhos, portadores de deficiência, negros, não negros, indígenas e o que mais se puder imaginar. Os trabalhadores podem ser, por exemplo, homens ou mulheres homossexuais. Sendo assim, defender os interesses do trabalhador significa, também, defender, direta ou indiretamente, os interesses dos homens e mulheres homossexuais. Em última instância, defender os interesses da classe trabalhadora significa defender os direitos humanos em toda sua plenitude.

Muitos partidos políticos contemporâneos parecem esquecer-se disso, pois defendem os interesses de uma determinada categoria social por um lado, e, por outro, atacam interesses de outra categoria, como é o caso, por exemplo, dos partidos cristãos e do próprio PDT, que no ano passado propôs e defendeu na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que visava instituir o dia municipal do orgulho heterossexual, numa oposição ao que foi classificado pela bancada cristã da Câmara paulistana como uma “apologia ao homossexualismo” das sociedades contemporâneas.

Num Estado que se diz laico, como o Brasil, os políticos, como representantes desse Estado, deveriam defender esse laicismo, termo que diz respeito ao princípio da autonomia das atividades humanas legítimas, entendidas como toda e qualquer atividade que não crie obstáculo, impeça, atrapalhe, destrua ou impossibilite as demais atividades necessárias à sobrevivência e/ou bem-estar dos seres humanos organizados em sociedade. Estas devem se desenvolver de acordo com regras próprias e não a partir de regras impostas de fora, cujos interesses ou fins diferem daqueles que serviram de inspiração para as atividades humanas legítimas.

Uma democracia forte exige que o Estado seja autônomo, isto é, suas ações e decisões não podem estar subordinadas a interesses particularistas ou individuais. O Estado é uma instituição que representa a coletividade, a sociedade. Deste modo, os interesses da sociedade, assim como os valores que ela defende, devem ser a prioridade e os princípios norteadores do Estado. Se, por exemplo, a sociedade defende os Direitos Humanos como um valor supremo, o Estado deve tratar esse valor da mesma maneira. Por isso, o Estado deve ser laico e esse laicismo é fundamental para a construção e fortalecimento da democracia, que pode ter problemas, mas continua sendo, até agora, a melhor forma de interação político-social.

Em defesa do laicismo* Sílvio Benevides

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CACHOEIRA | BAHIA Dezembro 2012www.ufrb.edu.br/reverso 5IRARÁCACHOEIRA | BAHIA

Dezembro 2012 www.ufrb.edu.br/reverso4 IRARÁ

Jonas Pinheiro

Irará reelege um prefeito pela primeira vez na históriaA cidade de Irará nestas últimas eleições reelegeu pela primeira vez em sua história um prefeito, Derival-do Pinto (PT). O candidato recebeu 10435 votos, equivalente a 62,02% dos votos validos. Juscelino (PRP), único candidato que fazia oposição ao atual prefeito, teve 6391 votos, 37,98 % dos votos válidos. Desde que havia sido instituída a emenda constitucional de 1997, que possi-bilita a reeleição, o fato não havia ocorrido. Irará possui 21.510 eleito-res, e registrou uma abstenção de 3.274 votantes. Votos em branco foram 363 e nulos 1047. Derivaldo e Juscelino reeditaram as eleições de 2008, na qual na época candida-to pelo PSB Derivaldo também saiu vitorioso. A reeleição do atual prefeito deu--se através de uma forte campa-nha de marketing, onde as figuras do ex-presidente Lula, e da atual presidenta Dilma, foram usadas massivamente. Junto com a do go-vernador Wagner, nem tão explora-da pela baixa popularidade. Para

muitos a vitória do candidato, que possuía como slogan a frase “Irará no caminho certo”, era certa. O co-mitê de campanha estimou que os comícios feito pelo candidato do PT chegaram a reunir 8 mil pessoas.Juscelino, que já foi prefeito de Ira-rá entre 2004 e 2008, por outro lado teve uma campanha discreta. Ten-do logo no inicio a noticia de uma possível impugnação devido a não aprovação das contas da época de seu governo, entrou com recur-so tendo a candidatura “deferida com recurso”, como consta no site do TSE. O candidato do PRP teve um aparente crescimento no fim da campanha. No entanto, mesmo com o apoio do ex-ministro da in-tegração, João Santana, líder do PMDB em Irará, não conseguiu se eleger.

Ontem aliados, hoje opositores

Nas duas ultimas eleições munici-pais em Irará, Juscelino e Derival-

do figuraram como rivais ferrenhos, sendo os principais candidatos à prefeitura do município. Nesta últi-ma foram os únicos. No entanto em 2004, Derivaldo apoiou e ajudou a financiar a candidatura de Jus-celino, fazendo parte da vitória do

candidato sobre o prefeito da épo-ca que tentava a reeleição, Amaro Bispo (Marito). Derivaldo e seu gru-po político romperam com Jusceli-no tempos depois. Marito por sua vez nestas últimas duas eleições apoiou Derivaldo Pinto.

Na primeira vez que saiu candida-to em 2008, Derivaldo Pinto era candidato pelo PSB, e tinha como vice Darci Lima, representante da aliança como o PT, que até en-tão costumava lançar candidatos próprios, a exemplo da própria Darci em 2004. No primeiro man-dato Derivaldo recebeu apoio dos governos do estado e do federal, conseguindo diversas obras para o município. Em 2011, ele muda de partido, indo para o PT, sen-do agora em 2012 o candidato do PT a prefeitura. O bloco político escolheu para vice o empresário Josias, do PSD, o que gerou in-contentamento de alguns filiados ao PT. Eles exigiam um vice do próprio PT, e não de um outro par-tido. Porém o vice acabou sendo mesmo Josias. Câmara de Vere-adoresNeste ano a câmara de vereado-res ganhou duas novas vagas. Anteriormente o numero de ca-deiras eram 9, e em 2013 aumen-tará para 11. Cinco dos atuais vereadores se reelegeram. Foram eles Carlinhos, Sardinha, Dudu da Caroba, Genival e Nenga do Saco do Capim. Professor Bira, Eletroguisso, Juarez e Cesinha são os nomes que não estarão mais na Câmara. Este último teve a candidatura impugnada, colo-cando então sua esposa como candidata, Norma de Cesinha, que conseguiu 516 votos. Norma foi a oitava mais votada, mas não se elegeu devido à falta de votos na legenda. Os candidatos que entram são:

Candidatos mostram confiança no momento da votação

Roney Suzart

Jacu é uma ave de grande porte da família das Penelopes, en-contrada no Brasil e nas Améri-cas do Sul e Central. Entretanto quando se fala em eleição no interior da Bahia, o nome as-sume uma outra conotação. Por aqui jacu é o indivíduo cujo candidato perde as eleições. Ao fim das apurações, os eleito-res que tiveram seu candidatos vitoriosos costumam fazer cha-cota daqueles que votaram nos derrotados, os chamados de

jacu baleado. Alguns chegam a desfilar com badogues (estilin-gues) gigantes pelas ruas. Essa é uma prática que contribui para o voto pouco consciente, já que é possível ouvir eleitores se vangloriando ao fim das elei-ções pelo fato de não ter sido jacu.Outro fator que contribui para o voto pouco consciente é a falta de informação do eleitorado iraraense a respeito de serviços básicos.

Irará hoje não possui certos serviços de saúde, que têm de ser feitos em Feira de Santa-na. Não é raro, então, pessoas procurarem por vereadores, ou futuros candidatos, para que estes marquem estes serviços e os levem para ser atendidos. São serviços básicos, ofereci-dos pelo SUS na maioria das vezes. Kitute de Licinho, cordelista famoso da cidade e que possui

uma coluna no principal site da cidade (http://www.iraraense.com), cantou em seus versos esta prática após o resultado das eleições: Beto Pinto e CarlinhosJuntamente com SardinhaForam os três mais votadosSeguindo a mesma linhaLevar povo à hospitalManobra eleitoralQue rende boa farinha

A cultura do Jacu e o voto pouco consciente Derivaldo Pinto, o primeiro prefeito reeleito de Irará.

Foto: Divulgação

Câmara de Irará - Gestão 2013-2016

Vereadores reeleitos:

- Carlinhos- Sardinha- Dudu da Caroba- Genival- Nenga do Saco do Capim

Novos vereadores:

- Beto Pinto- Nadinho de Cotinho- Duda da Ambulância- Paulo de Baly- Professora Darcy- Allan Cruz

Beto Pinto, o vereador mais vota-do da historia do município, teve 1171 votos. Nadinho de Cotinho, Duda da Ambulância, Paulo de Baly, Professora Darci (que é atu-al vice-prefeita) e Allan Cruz. O grupo do prefeito conseguiu maioria na câmara. Dos vereado-res que assumirão em janeiro de 2013, apenas Beto Pinto, Paulo de Baly, Dudu da Caroba e Allan Cruz fizeram oposição a Derival-do. Apesar dos novos nomes pou-co mudou a cara da Câmara de vereadores de Irará. Beto Pinto é um velho conhecido de outros mandatos, não conseguiu se ele-ger nas eleições de 2008 apesar de ter sido um dos mais votados, não obteve o número necessário de votos para a legenda, e agora retorna com uma votação históri-ca. A diferença dele pro segundo mais votado, Carlinhos, foi de mais de 400 votos. Nadinho de Cotinho, que esteve perto da eleição na última vez que se candidatou, representa a juventude e a possibilidade de uma renovação. Assim como Pro-fessora Darci, que assumirá pela primeira vez como vereadora e Duda da Ambulância, que surpre-endeu muita gente conseguindo se eleger pela primeira vez. Paulo de Baly e Allan Cruz são incógni-tas. O Primeiro recebeu apoio de uma antiga vereadora da cidade, já o segundo é de uma família de políticos. Foi só o vigésimo pri-meiro mais votado, conseguindo se eleger pela legenda.

Uma jogada política

7www.ufrb.edu.br/reverso www.ufrb.edu.br/reverso

Desde 2011, ano em que pela primeira vez uma

mulher – a presidenta Dilma Roussef - assumiu o cargo máximo da política brasileira, a participação feminina nas esferas do poder tem cresci-do, mesmo que ainda de ma-neira tímida, principalmente nos âmbitos municipais. Nas eleições deste ano estão concorrendo 1.908 mulheres em um universo de 15.323 candidatos; quase 2 pontos percentuais a mais do que nas últimas eleições.

Com o pequeno avanço, elas disputaram 31% das prefeituras no Brasil. Ain-da de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, o número de prefeitas eleitas no estado da Bahia cresceu 36% em comparação ao ano de 2008, aumentando de 47 para 64, percentual 5% maior

que o do restante do país.Um município baiano que

exemplifica este fenômeno de ascendência da mulher brasileira na participação política é o de São Francisco do Conde, 67Km da capital.

A sanfranciscana Rilza Va-letim, PT, foi reeleita neste último pleito com 75,89% dos votos válidos, maior percen-tual de votos do Estado. Aos 50 anos de idade, com dou-torado em Química pela Uni-versidade Federal da Bahia, Rilza terá novamente sob sua responsabilidade a ad-ministração da cidade com a maior arrecadação per capta do país.

Expectat i vas

Para a estudante de Rela-ções Internacionais e eleitora

Representação feminina: o crescimento das mulheres na participação política brasileiraMarília Marques

do município sanfranciscano, Lorena de Lima, 23, são po-sitivas as expectativas para o futuro do Município a partir da continuidade do governo. “Mais uma vez a população deu um voto de confiança a Rilza Valentim. Esperamos que São Francisco do Conde

“O fato da mulher

estar inser idano meio

polít ico é prove itoso

porque temos a habi lidade de negociação

muito presente em nós”

Rilza Valentim - PT assume pela segunda vez a administraçäo de Säo Francissco do Conde

Foto: Revista Raça

O município produz a maior arrecadaçäo per capta do país. Foto: Divulgaçäo

continue nos trilhos do de-senvolvimento econômico, social e humano”. E conclui especificando características femininas que são interes-santes para política. “Acho que o fato da mulher estar inserida no meio político é proveitoso porque temos a habilidade de negociação muito presente em nós; além da praticidade que normal-mente impomos na maioria de nossas ações”.

Câmara municipal

No entanto, o mesmo fenô-meno de crescimento das re-presentações femininas na po-lítica não se deu com o cargo de Vereador em São Francisco do Conde. Dos 148 candidatos que pleitearam ao cargo, ape-nas 43 eram do sexo feminino. Dos treze vereadores eleitos,

somente as candidatas Vanusa (PHS), Sonia Batista (PMDB) e Arlete (PT) conseguiram se eleger, respectivamen-te com 804, 668 e 649 votos.

Para a geógrafa natu-ral de São Francisco do Conde, Andréa Queiróz, 26, “O resultado da elei-ção municipal já era es-perado e de forma muito expressiva o eleitorado provou que a maioria optou pela continuidade do trabalho desempe-nhado por Rilza”.

Ainda para Andréa, o fato da bancada do legislativo recém eleita ser composta em sua maioria por vereado-res aliados da atual prefeita vai contribuir positivamente para o

crescimento da cidade. “Espero que contribua ativamente para o pro-jeto de uma cidade mais autônoma e organizada para fazer frente às de-mandas de toda cidade que cresce em termos populacionais”.

A mulher no poder A luta das mulheres

pelo espaço na política é antiga. Várias foram as iniciativas para tentar a aceitação do voto fe-minino até ele se tornar um direito nacional em 1932.

Mas para as mulheres só votar não bastava. Em 1928, os brasileiros elegeram sua primeira prefeita: Alzira Soriano

de Souza, no município de Lages, no Rio Gran-de do Norte. Aos pou-cos, as mulheres con-quistaram cargos que, até então, eram exclusi-vamente masculinos.

No ano de 1933, a colaboração feminina ficou mais expressiva no Brasil com a eleição da paulista Carlota de Queirós como a primei-ra deputada federal do País. Roseana Sarney foi a primeira mulher a chefiar um estado, o Maranhão, no ano de 1994.

Já em 2011, as con-quistas das brasileiras foram ainda maiores. Dilma Rousseff, tomou posse como a primeira mulher a assumir o pos-to de presidenta.

No último pleito, foram eleitos mais treze novos vereadores, sendo três do sexo feminino. Foto. Jérôme Mondry

6 ESPECIAL ESPECIAL

CACHOEIRA | BAHIA Dezembro 2012www.ufrb.edu.br/reverso

DEMocráticaQUADRO DOS VEREADORES

Depois das últimas eleições no dia 07/10/2012, o Legislativo de Feira de Santana passou por uma mudança de mais de 50% de seus componentes. Seguindo uma ordem decrescente de vota-ção a Câmara Municipal estará, a partir de 01 de Janeiro de 2013, assim formada:

ALBERTO NERY (PT) – Líder sindical pela SINTRAFS, o vere-ador declarou que irá conduzir seu trabalho as necessidades do trânsito e do transporte publico da cidade.

BELDES (PT) - Com grande atu-ação nos movimentos sociais e na defesa de melhorias da educa-ção pública, o professor Beldes – que já foi diretor da Direc 2 - quer desenvolver uma política voltada para os menos favorecidos e que normalmente vivem esquecidos nos seus bairros.

PABLO ROBERTO (PT) – O es-treante tornou-se o vereador mais votado da historia da cidade, com 7.592 votos. Pablo Roberto, 32 anos, presidiu duas vezes o Con-selho Municipal da Criança e do Adolescente de Feira de Santana, com vivencia nessa área resolveu lançar sua candidatura voltada para os jovens e a garantia dos Direitos humanos.

RONNY ( PSDB) - O segundo mais votado com 7.297 votos, vai exercer seu segundo man-dato. Acredita que colheu o que plantou, com o desenvolvimento suas ações durante o primeiro mandato. Sua campanha ficou

>>Edimilton Santos>>Karine Simões >>Leiziane Mota>>Maria Gabriela >>Mariana Souza

JOSÉ RONALDO: 36 ANOS DE CARREIRA POLÍTICA

José Ronaldo de Carvalho, 61, natural de Paripiranga-Ba, é graduado em Administração pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Iniciou a carreira política em 1976, pelo partido Arena, quando disputou uma vaga para

a Câmara Municipal de Feira de Santana. Na oportunidade, teve 968 votos que lhe rendeu a segunda suplência. Em 1982, pelo PDS, foi o vereador mais vo-

tado com mais de 5 mil votos. No ano de 1986 foi eleito deputado estadual e reeleito em 1990 e 1994. Em 1998 foi o terceiro deputado federal mais votado. No ano de 2000 foi candidato a prefeitura de Feira de Santana, sendo eleito em primeiro turno e reeleito em 2004. Em 2010 saiu como candidato a senador obtendo mais de 1 milhão de votos, dos quais aproximadamente 200 mil foram eleitores de Feira de Santana. Durante sua gestão recebeu o prêmio Prefeito Amigo da Criança da Fundação Abrinq/Unicef. Filiado ao partido Democratas, no dia 07 de outubro, foi eleito prefeito pela terceira vez com 66,04% das urnas, contabilizando 195 mil e 697 votos.Foto: Carlos Augusto (Guto Jads)

Feira de Santana leva o título de Princesa do Sertão, mas

faz parte da microrregião do agreste baiano. Situada a 107 km de distância da capital , pos-sui 556.756 habitantes de acor-do com estatísticas do IBGE de 2010. Deles, aproximadamente 370 mil são eleitores, segundo a Agência Nacional de Notícias da Justiça Eleitoral.

No dia 18 de setembro desse ano, a cidade comemorou 179 anos de emancipação político-

-administrativa. Durante esse período, 52 prefeitos passaram por sua administração. Em 2013 o cargo será ocupado por José Ronaldo (Democratas- DEM), escolhido no primeiro turno com 66,04% dos votos, o que corresponde a 195.967 mil, de acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O candidato eleito já foi prefei-to de Feira por oito anos conse-cutivos, entre 2001 e 2008. No

ano seguinte, apoiou o prefeito que foi eleito, Tarcízio Pimenta, sendo que nessa eleição eles foram adversários.

Além de José Ronaldo, foram candidatos na última eleição: Zé Neto (Partido dos Trabalha-dores - PT), que teve 18,65% dos votos; Jhonatas (Partido Socialista – PSOL), com 9,21% dos votos e Tarcízio Pimenta (Partido Democrático Trabalhis-ta – PDT), atual prefeito e em quarto lugar no quadro geral,

com apenas 6,10% dos votos. A eleição apresentou ainda 4,46% de votos nulos e 1,56% de votos em branco para o cargo. O candidato Adelmo Menezes (Partido Pátria Li-vre- PPL) teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Supe-rior Eleitoral por dupla filiação partidária.

Para vereador, foram 388 candidatos sendo 21 destes eleitos. 2,87% dos votos foram em branco e 6,97% nulos.

conhecida como Campanha Milio-nária, até seu jingle foi cantando por Solange, vocalista da Banda Aviões do Forró.

GERUSA (PDT) - Aos 42 anos, a assistente social vai exercer seu segundo mandato com uma política voltada para a área da saúde. Assumiu em 2011 o cargo da Secretaria de Municipal de Desenvolvimento Social, com o propósito de focar na humaniza-ção das pessoas, já que possui experiência nesta área.

EDVALDO LIMA (PP) – Presbíte-ro da Assembléia de Deus, mo-torista de ônibus na cidade há 27 anos, lançou a candidatura vol-tada aos sistemas de transportes urbanos e ações voltadas para as famílias, e jovens que estão na criminalidade.

CARLITO DO PEIXE (DEM) – Chegando ao seu quinto manda-to, ele se destacou pelas obras feitas no Bairro Irmã Dulce. Cum-pre seu quarto mandato na Casa da Cidadania e já foi presidente do Legislativo por duas vezes. Nessa ultima eleição acusa cer-tos candidatos de irregularidades – fazendo campanha antes do período eleitoral – e irá encami-nhar ao Ministério Público.

JUSTINIANO FRAÇA (DEM) – Reeleito, vai pra seu terceiro mandato. Professor licenciado pela UEFS, busca executar traba-lhos voltados as Igrejas e ações sociais.

EREMITA (PDT) – Professora, vai exercer pela terceira vez o man-dato de vereadora. Já foi direto-

ra de escolas da rede estadual de ensino, chefe da Divisão de Ensino do 1° Grau, da Secretaria Municipal de Educação, e Chefe da Divisão Família/Idoso, da Se-cretaria Municipal de Desenvolvi-mento Social.

DAVID NETO (PTN) – O empre-sário vai para seu segundo man-dato. Seu objetivo é atender para as melhorias do cidadão feirense. Recentemente deu uma decla-ração polêmica, afirmou que “A Bolsa Família é a maior compra de votos do país”.

WELLIGTON ANDRADE (PTN) – Como vereador quer focar seus projetos na zona rural de Feira, sem deixar de atender os interes-ses da zona urbana.

ROQUE PEREIRA (PTN) - Pre-tende desenvolver ações sociais na área de educação, cultura, la-zer, segurança e saúde, junto às associações de bairros e distritos. Sua meta é criar políticas públi-cas mais efetivas que promovam o bem estar da população.

ELI RIBEIRO (PRB) - Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, o candidato quer continuar ajudando o povo feirense “Nós, pastores, já fazemos pelo social na paz espiritual, mas na Câmara de Vereadores vamos trabalhar pelo social humanamente, no trabalho corpo a corpo com as pessoas.” Faz parte da coligação União pelo crescimento.

JOSÉ CARNEIRO (PSL) – Volta-do a Câmara para mais um man-dato, Zé, como é conhecido, diz que não irá decepcionar o povo

Zé Ronaldo conseguiu uma vantagem de quase 40 pontos percentuais para o segundo colocado - mesmo competindo com três candidatos

feirense e que vai trabalhar com consciência e humildade.NEINHA (PMN) - Com grande apoio dos evangélicos, foi eleito pela primeira vez. Pretende atuar na área da saúde junto com o compromisso social.

CINTIA MACHADO (PSC) – For-mada em Nutrição, pretende na Câmara Municipal realizar proje-tos da área de saúde, principal-mente em Nutrição.

TONHE BRANCO (PSC) – Eleito com numero expressivo de votos, o vereador tem grande apoio no bairro Aviário – onde pretende atuar com seus projetos -, mas deixa claro que vai atuar em toda a cidade também.

ROBECI DA VASSOURA (PHS) – Vai exercer o cargo de verea-dor pela primeira vez. Diz que o processo político foi difícil, mas vai em busca de aprendizagem na Câmara Municipal.

ISAIAS DE DIOGO (PPS) – Pre-sidiu por alguns anos a Associa-ção do Bairro Feira X, ele acre-dita que foi eleito pelo trabalho social desenvolvido no bairro e quer retribuir a comunidade ex-pandindo seus projetos para toda a cidade.

CORREIA ZEZITO (PTB) – O Policial Militar vai exercer pela primeira vez seu mandato. Acre-dita que é na política que vai encontrar projetos e ideias para ajudar as pessoas.

MARCOS LIMA (PRP) – Eleito com 1.567 votos, da coligação Trabalho e Progresso.

cidade9FEIRA DE SANTANACACHOEIRA | BAHIA

Dezembro 2012 www.ufrb.edu.br/reverso8 FEIRA DE SANTANA

CACHOEIRA | BAHIA Dezembro 2012www.ufrb.edu.br/reverso

CACHOEIRA | BAHIA Dezembro 2012 www.ufrb.edu.br/reverso ANDARAÍANDARAÍ10

O atual prefeito, Wilson Paes Cardoso (PSB), foi reeleito com 4.319 votos, correspondente a 56,7% dos votos válidos. O pre-feito disputou o voto de 10.326 eleitores com Eral-do Duque Pinto (PSD), pre-feito da cidade de 1989 a 1992 e 2001 a 2004.

Wilson Cardoso é empre-sário do ramo pecuário e investiu na vida politica a partir de pedidos de ami-gos e correligionários. É natural de Feira de Santa-na, mas reside em Anda-raí desde 1995. O prefeito tem recebido de Lídice da Mata, eleita no ultimo pleito Senadora e do Deputado Estadual José Neto, seu in-terlocutor junto ao Governo do Estado, o apoio admi-nistrativo para a realização de compromissos e reco-nhece nos mesmos a todo momento, grandes parcei-ros de sua administração.

Além de prefeito e empre-sário, Wilson é Presidente da Cooperfeira e Frifeira, Presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Andaraí, Vice Presidente do Conselho de consumi-dores da Coelba e Diretor da FAEB( Federação de Agricultura do Estado da Bahia).

Com uma abstenção de 2.134 votos, o prefeito ven-

ceu com 1.021 votos de frente. Wilson Cardoso se torna, com esse resultado, o único prefeito a ser ree-leito na cidade de Andaraí. O prefeito também conse-guiu eleger a maioria na Câmara de Vereadores, com 5 dos 9 vereadores eleitos.

Democracia

O primeiro prefeito eleito pelo voto foi José Maciel Neves, em 1948. Depois dele, o médico Inocêncio Monteiro se elege Prefeito Municipal de 1951 a 1954 e é eleito novamente no ano de 1959, com mandato até o ano de 1962. Dr. Inocên-cio era conhecido como o “médico dos pobres”, como afirma a professora Lícia Neves: “Seu prestigio como cidadão e médico era tão forte que o denominaram o médico dos pobres.”

Não deixava de atender um chamado para cuidar do doente por nada; nem que fosse no mais longín-quo lugarejo”. A família Monteiro até hoje faz parte do cenário politico da cida-de, Antônio Monteiro Neto (PSDB), sobrinho de Dr. Inocêncio, foi prefeito da cidade de 1998 a 2000 e seu irmão Carlos Monteiro (PSD) foi o candidato a vi-ce-prefeito da oposição na ultima eleição.

P S B c o n t i n u aCíntia Pina

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Histórico político da cidade

A 420km de Salvador, Andaraí se destaca como uma das princi-pais cidades da Chapada Diamantina. A cidade surge a partir da

chegada de famílias, principalmente de Minas Gerais e Mato Gros-so, em busca de ouro e diamante, que afloravam na região.

O diamante foi responsável pelo crescimento das cidades e dos povoados, desde 1844, quando se iniciam as primeiras lavras inten-sivas. Os garimpeiros povoaram a sede do município, que até então era parte de Santa Izabel do Paraguaçu (atual Mucugê), e transfor-maram a região num dos lugares mais ricos do mundo.

As tocas e ranchos, onde habitavam os antigos garimpeiros, logo foram substituídas por grandes casarões coloniais que abrigavam os barões do diamante na sua melhor fase. Andaraí assume a con-dição de cidade em 28 de abril de 1891 por ato do governador José Gonçalves da Silva.

A história politica do lugar, após a Proclamação da República (1889), mostra uma sociedade que se destacava pelo poder politico e econômico, que mudou as estruturas sociais do lugar, marcado pela existência dos coronéis, que eram o poder central da Chapada Diamantina, independente das forças externas.

A Região sofreu com as grandes diferenças sociais e concentra-ções de renda e da segunda metade do século XIX até a década de 1930, foi comandada por poucos poderosos coronéis. As famílias tradicionais eram as proprietárias das terras e davam abrigo e em-prego para os colonos e exploradores de riquezas, adquirindo em troca a gratidão e fidelidade dessas pessoas, os transformando em jagunços, capazes de defender com a própria vida os interesses dos coronéis. O poder e a submissão reinavam nessa estrutura social e econômica que marcou a história politica do nordeste.

O mais famoso, respeitado, e temido coronel de Andaraí foi Au-reliano de Britto Gondin. O comerciante Netuno Neves, 83 anos, relembra o que cresceu ouvindo pela cidade: “Seu Aureliano che-gou aqui pra ser jagunço do coronel Juca de Carvalho. Seu Juca gostou dele e de seus modos, e fez dele seu capanga de confiança, aí quando Seu Juca morreu, passou a patente pra ele”. A época de coronelismo durou até meados da década de 20.

Como fica a câmara municipal em 2013

Manoel Wilson Gonçalves de Oliveira PV - 559 votos

Creildo dos Santos Souza PDT - 367 votos

Edinoran Santos de Jesus PSB - 402 votos

Edgard Paes Coelho Neto PSB - 392 votos

WJozenaldo Alves dos Santos

PSB - 239 votos

Vanderlei Caires Gumarães PSD - 452 votos

Tania Regina Oliveira da Silva PSD - 418 votos

Vilmar Moura da Silva PTC - 377 votos

Carmelia Pereira dos Santos PT - 300 votos

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>>Nayá Lôbo

E pela primeira vez na história, Ipirá elege uma mulher para o cargo de prefeito. Apoiada pela

situação, Ana Verena Rios Colonnezi, candidata pelo PR, é vitoriosa numa eleição apertada, com 49 votos de frente.

Ipirá, localizada a 204 Km de Salvador, é conhe-cida pela tradição nos artefatos de couro. Atual-mente, possui 42.481 eleitores, de acordo com o IBGE - 2010 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e elege, além do prefeito e vice, quin-ze vereadores para compor o Poder Legislativo.

Foram três candidatos a prefeito: Ana Verena, representante do Partido da República, é candi-data pela Coligação Todos Unidos por Ipirá; Mar-celo Brandão, do Partido Democratas, candidato pela Coligação Ipirá Vai Voltar a Crescer e; Eraldo Campos, representante do Partido Renova, pela Coligação Por Uma Nova Ipirá.

A Câmara Legislativa, em 2013, será compos-ta por vereadores da Coligação Ipirá Vai Voltar a Crescer e Coligação Todos Unidos por Ipirá; a Coligação comandada por Eraldo Campos não elegeu nenhum nome. Dos quinze eleitos, oito nomes conseguiram a reeleição. São eles: Di-vanilson Mascarenhas (PMDB), Deteval Brandão (PSD), Weima Fraga (PDT), Raimundo Simas (PSC), Aníbal Aragão (PRP), Jaildo do Bonfim (PTC), Mundinho Nova Brasília (DEM) e Eki de Geraldo (PSDB).

Noite de comemoração

A quinta-feira (11) foi reservada para comemo-rar a vitória de Ana Verena. Ao som das bandas Nana Baiana, Pega e Fica e Axé Bis, a macacada fez festa na Avenida César Cabral, no centro da cidade.

Agradecendo os 14.891 votos, Ana Verena fa-lou sobre o compromisso com os ipiraenses e os projetos para a cidade. “Essa vitória é de vocês. Vou honrar os compromissos firmados em nos-sas reuniões, em nossos comícios”, disse a can-didata da Coligação Todos Unidos por Ipirá.

12 CACHOEIRA | BAHIA Dezembro 2012

www.ufrb.edu.br/reverso

Ana Verena (PR) é eleita em Ipirá

Em Ipirá, 18,16% dos eleitores não compareceram às urnas; isso significa que 7.713 eleitores não registraram sua escolha. Além disso, quase 2.300 votos

foram nulos e 1,68% brancos. Dos 34.768 votos, Ana Verena foi eleita com 14.891 votos, representando 46,62% dos votos válidos. Os outros candidatos, Marcelo Brandão (DEM) e Eraldo Cam-pos (RENOVA) somam juntos mais de 52%, representando a maioria dos votos. Porém, Ipirá é uma das cidades que não acontece 2º turno; por possuir menos de 200 mil habitantes, o candidato que alcançar a maior votação é eleito.

Grande Abstenção

Eleitores: 42.481 | Comparecimento: 34.768 | Abstenção 7.713 | Em branco: 584 Nulos: 2.246 | Votos válidos: 31.938

Dados Eleitorais

Prefeita ELEITA:

Ana Verena 2246,62% 14.891 votos PR Partido da Repúbli-ca // Coligação: Todos Unidos por Ipira

Marcelo Brandão 2546,47% 14.842 votos DEM Democratas // Coli-gação: Ipirá vai Voltar a Crescer

Fernando Colonnezi

Outros Canditados:

Eraldo 286,90% 2.205 votos PRTB Partido Renovador Trabalhista Brasileiro //Coligação: Por uma Nova Ipirá

Ipirá agora tem uma mulher a frente do governo municipal