Resumos dos Seminários

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ferramentas rudimentares e ajuda de animais. A urbanização trouxe a tecnologia, que mudou o aspecto das fazendas. Nos países mais ricos, as maqui- nas passaram a representar quase 90% da força utilizada na agricultura. Hoje, a produção agrícola não serve apenas para alimentar a população de um país. Nesse empreendimento não se recorre somente à mecanização, mas à Química. Como conseqüência, a produtividade agrícola aumen- tou significativamente e as novas tecnologias fortaleceram a agroindústria. Entretanto, essas radicais mudanças sofridas pela agricul- tura também trouxeram conse- qüências negativas ao meio ambiente. Os fertilizantes nutrem a terra e prejudicam o meio ambiente. Isso acontece por- que são solúveis em água e, em períodos de chuva podem ser arrastados para lagos e rios. O excesso de nutrientes propicia a rápida proliferação de certos tipos de algas que dificultam a oxigenação e a passagem da luz levando a morte de vários animais e plantas aquáticas. Fertilizantes ou adubos são compostos químicos que Quando a química interfere na agricultura? Os produtos químicos trazem benefícios ou prejuízos às plantações? Com o crescimento populacional houve a necessidade de maior produção de alimentos, expandindo a áreas cultivadas. No entanto, nos últimos séculos ocorreu um acelerado processo de urbanização que diminuiu o espaço rural, justamente onde se produzem os alimentos. Índice: Fertilizantes 1 Petróleo 2 Polímeros 4 Sabões 5 Vidro 6 Supercola 6 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizante Comer é um ato agrícola, disse um fazendeiro e economista americano, mas é também um ato ecológico e um ato político. Quando falamos em sustentabilidade, pensamos em ações como não poluir, pre- servar áreas naturais, reciclar lixo, economizar água, dar pre- ferência às fontes alternativas de energia etc. Mas raramente nos lembramos de relacionar uma de nossas atividades mais básicas com impactos nega- tivos no meio ambiente: o ato de se alimentar. Nos primórdios da humanidade, a alimentação era baseada em frutas, raízes, carnes de animais caçados e outras fontes que não modifi- cavam significativamente a na- tureza. Com o advento da agricultura e da domesticação de animais, há cerca de 12 mil anos, deu-se início à produção de alimentos. Os primeiros seres hu- manos eram nômades. Tinham com a terra uma relação descompromissada, permaneciam nela apenas enquanto podia retirar da natureza o suficiente para seu sustento. Quando os re-cursos diminuíam partiam para outro lugar. Até que perceberam que a terra exigia maior compro- misso. Recebendo os cuidados necessários, seus recursos não se esgotavam e assim se podiam ficar mais tempo no mesmo lugar. Para cuidar da terra, foi preciso criar técnicas e ins- trumentos de trabalho. Assim, surgiu a agricultura. A princípio, havia apenas a agricultura familiar, contando apenas com Fertilizantes visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência dos vegetais. São aplicados na agricultura com o intuito de melhorar a produção. As plantas necessitam de diversos elementos químicos e alguns desses elementos estão fartamente disponíveis no meio ambiente de nosso planeta e são diretamente assimiláveis pelas plantas. Outros como nitrogênio, apesar de farta- mente disponível na atmosfera, não são diretamente absorvi- veis pelas plantas, ou o proces- so de absorção é muito lento face à demanda produtiva. Aos elementos normalmente adicio- nados pelos agricultores cha- mamos adubo. Podem ser aplicados através das folhas mediante pulverização manual ou me- canizada, via irrigação ou através do solo. Colégio de São José Química Orgânica (Q-II) Professora Valéria Resumo dos Seminários

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Índice:Fertilizantes .........1Petróleo ................2Polímeros ............4Sabões .................5Vidro ......................6Supercola .............6

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Page 1: Resumos dos Seminários

ferramentas rudimentares e

ajuda de animais.

A urbanização trouxe a

tecnologia, que mudou o

aspecto das fazendas. Nos

países mais ricos, as maqui-

nas passaram a representar

quase 90% da força utilizada

na agricultura.

Hoje, a produção agrícola

não serve apenas para

alimentar a população de um

país. Nesse empreendimento

não se recorre somente à

mecanização, mas à Química.

Como conseqüência, a

produtividade agrícola aumen-

tou significativamente e as

novas tecnologias fortaleceram

a agroindústria.

Entretanto, essas radicais

mudanças sofridas pela agricul-

tura também trouxeram conse-

qüências negativas ao meio

ambiente.

Os fertilizantes nutrem a

terra e prejudicam o meio

ambiente. Isso acontece por-

que são solúveis em água e,

em períodos de chuva podem

ser arrastados para lagos e

rios.

O excesso de nutrientes

propicia a rápida proliferação

de certos tipos de algas que

dificultam a oxigenação e a

passagem da luz levando a

morte de vários animais e

plantas aquáticas.

Fertilizantes ou adubos

são compostos químicos que

Quando a química

interfere na

agricultura? Os

produtos químicos

trazem benefícios

ou prejuízos às

plantações?

Com o crescimento

populacional houve a

necessidade de maior

produção de alimentos,

expandindo a áreas

cultivadas. No entanto,

nos últimos séculos

ocorreu um acelerado

processo de

urbanização que

diminuiu o espaço

rural, justamente onde

se produzem os

alimentos.

Índice:

Fertilizantes 1

Petróleo 2

Polímeros 4

Sabões 5

Vidro 6

Supercola 6

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizante

Comer é um ato agrícola, disse um fazendeiro e economista americano, mas é também um ato ecológico e um ato político.

Quando falamos em

sustentabilidade, pensamos em

ações como não poluir, pre-

servar áreas naturais, reciclar

lixo, economizar água, dar pre-

ferência às fontes alternativas

de energia etc. Mas raramente

nos lembramos de relacionar

uma de nossas atividades mais

básicas com impactos nega-

tivos no meio ambiente: o ato

de se alimentar. Nos primórdios

da humanidade, a alimentação

era baseada em frutas, raízes,

carnes de animais caçados e

outras fontes que não modifi-

cavam significativamente a na-

tureza. Com o advento da

agricultura e da domesticação

de animais, há cerca de 12 mil

anos, deu-se início à produção

de alimentos.

Os primeiros seres hu-

manos eram nômades. Tinham

com a terra uma relação

descompromissada,

permaneciam nela apenas

enquanto podia retirar da

natureza o suficiente para seu

sustento. Quando os re-cursos

diminuíam partiam para outro

lugar. Até que perceberam que

a terra exigia maior compro-

misso. Recebendo os cuidados

necessários, seus recursos não

se esgotavam e assim se

podiam ficar mais tempo no

mesmo lugar.

Para cuidar da terra, foi

preciso criar técnicas e ins-

trumentos de trabalho. Assim,

surgiu a agricultura. A princípio,

havia apenas a agricultura

familiar, contando apenas com

Fertilizantes

visam suprir as deficiências em

substâncias vitais à

sobrevivência dos vegetais.

São aplicados na agricultura

com o intuito de melhorar a

produção.

As plantas necessitam de

diversos elementos químicos e

alguns desses elementos estão

fartamente disponíveis no meio

ambiente de nosso planeta e

são diretamente assimiláveis

pelas plantas. Outros como

nitrogênio, apesar de farta-

mente disponível na atmosfera,

não são diretamente absorvi-

veis pelas plantas, ou o proces-

so de absorção é muito lento

face à demanda produtiva. Aos

elementos normalmente adicio-

nados pelos agricultores cha-

mamos adubo.

Podem ser aplicados

através das folhas mediante

pulverização manual ou me-

canizada, via irrigação ou

através do solo.

Colégio de São José

Química Orgânica (Q-II)

Professora Valéria Resumo dos Seminários

Page 2: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 2

Antes de se aplicar

qualquer tipo de fertilizante ou

corretivo de solo, deve-se

antes fazer uma análise

química do solo e em seguida

encaminhá-la a um profissional

competente para que não haja

desperdícios e compras desne-

cessárias, ou ainda uso incor-

reto dos fertilizantes (o excesso

de um nutriente e a falta de

outro pode deixar a planta

muito suscetível a doenças).

Classificação

Adubos minerais: São

extraídos de minas e

transformados em indústrias

químicas. São diretamente

assimilados pelas plantas ou

sofrem apenas pequenas

transformações no solo para

serem absorvidos. Podem

conter apenas um elemento ou

mais de um. Os principais

elementos fertilizantes são:

nitrogênio, fósforo e potássio.

Existem também os

micronutrientes como bórax,

sulfato de zinco dentre outros

que podem ser agregados nos

fertilizantes.

Adubos orgânicos: São

Primeiros usos

A palavra petróleo vem do

latim petroleum (petro = pedra;

oleum = óleo), óleo de pedra,

O chamado “fogo grego”

era uma mistura viscosa que

flutuava e queimava até mês-

mo em contato com a água, e

foi muito utilizada pelos gregos

bizantinos como arma de

guerra. Muito embora não

exista uma “formulação” exata

Petróleo

resíduos animais ou vegetais,

sendo de ação mais lenta que

os minerais, visto que neces-

sitam transformações maiores

antes de se-rem utilizados pe-

los vegetais.

Acidez ou alcalinidade

Os adubos podem provo-

car acidez ou alcalinidade no

solo. A mistura de alguns

fertilizantes é conveniente,

dependendo do tipo de solo, do

seu pH e do que se cultivará.

Ácidos - Nitrato de amônia,

uréia, sulfato de amônia,

fosfato de amônia, amônia

anidra e sangue seco.

Alcalinos – Nitrato de sódio do

Chile, calcáreo dolomítico,

nitrato de cal, cianamida,

nitrato chileno potássico.

Neutros – nitrocal, superfos-

fato, cloreto de potássio.

Análise Química do Solo e Folhas

A análise química do solo

prediz a disponibilidade dos

nutrientes e possíveis barreiras

químicas existentes. É o méto-

do mais barato, prático e rápido

para avaliar a fertilidade do so-

lo.

Análise foliar

A orientação mais segura

para a produção é dada pelas

análises de solo e foliar. Esta

última indica o estado nutri-

cional da planta, tanto em

relação aos macro (nitrogênio,

fósforo, potássio, cálcio, mag-

nésio, enxofre) como aos

micronutrientes (boro, cobre,

ferro, manganês, molibdênio e

zinco) .

Calagem

É uma etapa do preparo do

solo para cultivo agrícola na

qual se aplica calcário com os

objetivos de elevar os teores de

cálcio e magnésio, neutrali-

zação do alumínio e corrigir o

pH do solo, para um

desenvolvimento satisfatório

das culturas.

para o fogo grego, uma hipó-

tese aceita é de que fosse

algum composto derivado da

nafta. Acredita-se, ainda, que

possa ter sido feita a partir de

cal viva (óxido de cálcio, CaO),

petróleo, nafta, enxofre e salitre

(nitrato de potássio), dentre

outras substâncias.

Por sua vez, os jardins

suspensos da Babilônia – uma

das sete maravilhas do mundo

antigo – construídos pelo rei

Adubos orgânicos:

Esterco de curral – faz-se

necessário que o adubo seja

curtido, geralmente por trinta dias

sob condições especiais.

Resíduos de matadouros – são

ossos, sangue seco ou farinha de

sangue, chifres e cascos.

Resíduos oleaginosos – sub-

produtos da indústria de óleos.

Vinhaça – subprodutos das

usinas após a destilação do

álcool. Apesar de ser solução

ácida, produz efeito alcalinizante.

Resíduo de filtro prensa – é

subproduto da usina de açúcar.

– São cultivos

que serão enterrados no solo:

feijão de porco, feijão guandu,

mucuna, feijão baiano e soja.

Uso do “fogo grego” numa batalha naval

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a04.pdf

O petróleo, um dos recursos naturais dos quais a nossa sociedade é bastante dependente, é um assunto constantemente discutido na televisão e nos jornais devido à sua influência na economia.

Page 3: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 3

Nabucodonosor, no século VI

a.C., no sul do atual Iraque,

foram assim descritos pelo

geógrafo grego Stabo:

Eles consistem de terraços

superpostos, erguidos sobre

pilares em forma de cubo.

Estes pilares são ocos e

preenchidos com terra para

que ali sejam plantadas as

árvores de maior porte. Os pila-

res e terraços são construídos

de tijolos cozidos e asfalto. A

subida até o andar mais eleva-

do era feita por escadas, e na

lateral, estavam os motores de

água, que sem cessar levavam

a água do rio Eufrates até os

Jardins...

Logo, sabe-se que asfalto

era utilizado como aglutinante

na fixação dos tijolos. A utili-

zação de derivados do petró-

leo, como o asfalto e o betume,

era comum na Antiguidade.

Acredita-se que o uso do

petróleo tenha se iniciado há

cerca de 6 mil anos. Como não

existiam ainda as atuais técni-

cas de perfuração, infere-se

que as reservas encontradas

estavam na superfície ou muito

próximas dela, talvez tendo

sido encontradas quando da

escavação de poços d’água.

Descobertas arqueológicas

indicam que, já no século IV, o

asfalto era empregado na

construção de cidades.

De acordo com a Bíblia, foi

usado na Torre de Babel e na

Arca de Noé (Gênesis - cap. 6,

V. 14) como asfalto, para sua

impermeabilização. Além disso,

uma descoberta arqueológica,

efetuada há alguns anos atrás,

revelou indícios do emprego do

asfalto, no século IV, como

material de construção de cida-

des.

Na Ásia Menor (Oriente

Médio), onde se encontram

atualmente as maiores jazidas

petrolíferas do mundo, o impe-

rador Alexandre, o Grande, da

Macedônia, numa de suas ex-

Restos de animais e

vegetais mortos

depositaram-se no

fundo de lagos e mares

e, lentamente, foram

cobertos por

sedimentos. As altas

pressões e temperatura

exercidas sobre essa

matéria orgânica

causaram reações

químicas complexas,

formando o petróleo.

A idade de uma jazida

pode variar de 10 a 400

milhões de anos.

pedições observou, a presen-

ça de chamas surgidas do seio

da terra e de uma fonte de

combustível que chegava a

formar um lago.

Os egípcios utilizavam o

petróleo para embalsamento de

mortos ilustres e como elemen-

to de liga nas suas seculares

pirâmides, ao passo que os

romanos e gregos usavam-no

para fins bélicos.

Muito antes da descoberta

do Novo Mundo, os indígenas

das Américas do Norte e Sul,

serviam-se do petróleo ou de

alguns de seus derivados

naturais para inúmeras aplica-

ções - entre elas a pavimenta-

ção das estradas do império

inca.

Por mais útil que fosse,

jamais ocorreria aos mesopotâ-

mios, egípcios ou persas que

aquele líquido negro, grudento

e mal cheiroso, poderia ter im-

portância vital no desenvolvi-

mento e riqueza de seus paí-

ses.

Hoje o petróleo responde

por quase a metade de toda a

energia gerada no mundo. Sem

ele as usinas termoelétricas

parariam de funcionar, deixan-

do cidades às escuras. Veícu-

los terrestres, navios e aviões

ficariam parados, indústrias

não produziriam nada e os

habitantes dos países frios

congelariam no inverno, sem o

combustível da calefação do-

mestica.

Aplicações do petróleo além dos combustíveis

E não pára por aí. Além dos

combustíveis e lubrificantes

que saem direto das refinarias,

a nafta é um dos derivados do

petróleo é a matéria-prima bá-

sica da indústria petroquímica,

de onde vêm os plásticos,

resinas, solventes e outros

produtos tão presentes em

nosso cotidiano que fica difícil

pensar a vida sem eles.

Sem o petróleo, a maioria

dos materiais sintéticos não

existiriam. Roupas de poliéster

e tênis de nylon teriam que

voltar a ser feitos de algodão.

Um mundo sem plásticos hoje

seria um pesadelo.

Além do que, uma infini-

dade de processos industriais

depende de insumos derivados

do petróleo. Sem eles a indús-

tria farmacêutica, por exemplo,

não poderia fabricar uma série

de medicamentos indispensá-

veis.

Para completar, tanques e

aviões de guerra também são

movidos a petróleo. Se falamos

em nações dispostas a ir a

guerra para garantir seus su-

primentos de combustíveis é

porque sem eles é impossível

guerrear. Ironia mortal, mas

verdadeira.

Derivados do petróleo

Milênios antes de Cristo, o petróleo era transportado, vendido e procurado como útil e precioso produto comercial. No entanto, foi apenas no século XIX, nos EUA, que o petróleo teve seu marco na indústria moderna. Isso graças à iniciativa do americano Edwin L. Drake, que, após varias tentativas de perfuração,

encontrou petróleo.

Page 4: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 4

Um grupo especial de

polímeros conduz eletricidade.

E, além disso, emitem luz

quando submetidos a um

determinado potencial elétrico.

"Descobertos" há menos de 30

anos, estes polímeros estão

abrindo possibilidades fantás-

ticas na indústria tecnológica,

como monitores de plástico e

músculos artificiais.

A partir de agora entramos

no mundo dos polímeros,

pois plástico é uma denomi-

nação usada para um pequeno

grupos desses materiais incrí-

veis.

A palavra polímero tem

origem no vocábulo grego

polumeres, composto por polu

= muitas e meres = partes.

Polímeros são, portanto,

substâncias químicas formadas

por muitas partes. A estrutura

molecular de um polímero com-

siste na repetição de pequenas

unidades, ligadas por covalên-

cia, originando uma molécula

bastante longa, de alta massa

molar. Estas pequenas unida-

des são chamadas de monô-

meros (do grego, uma parte). A

reação que promove a união

dos monômeros para formar

um polímero é chamada de

polimerização.

Para demonstrar a impor-

tância do estudo dos políme-

ros, basta mencionarmos que a

variedade de objetos a que

temos acesso hoje se deve à

existência de polímeros sintéti-

cos, como por exemplo: saco-

las plásticas, para-choques de

automóveis, canos para água,

panelas antiaderentes, mantas,

colas, tintas, chicletes, etc.

Polímeros

A composição do Teflon

O Teflon é o nome popular

do polímero Politetrafluoretile-

no, a sigla PTFE ajuda na

identificação deste composto

de nome complicado que sur-

giu em meio aos experimentos

do químico Roy Plunkett, no

ano de 1938, enquanto reali-

zava experimentos com gás

tetrafluoretileno.

Estudos revelaram também aspectos do novo polímero como:

Resistente a altas tempera-turas (500°C);

Insolubilidade em solventes;

Resistência ao ataque por ácido corrosivo a quente;

Aspecto escorregadio.

PET: plástico do momento

PET, como é conhecido o

polímero Polietilenotereftalato,

chegou para revolucionar o

mundo dos tecidos e embala-

gens. Surgiu após a Segunda

Guerra Mundial e a cada dia

vem sendo mais utilizado.

O PET teve sua descoberta

em 1941 pelos químicos Rex

Whinfield e James Dickson.

Enquanto trabalhavam com

etilenoglicol, Rex e James

notaram o aparecimento de um

material pegajoso que, quando

esticado, dava origem a longas

e resistentes fibras, se tratava

de um éster capaz de formar

cadeias poliméricas. Devido a

esta composição, foi definido

como poliéster.

O poliéster é usado até hoje

para compor tecidos que não

amarrotam, talvez por esta

vantagem esteja a tanto tempo

no mercado. Nos últimos anos

foi empregado na fabricação de

garrafas descartáveis, e

recebeu a nomenclatura PET,

esta é a definição própria para

as embalagens compostas por

poliésteres. Com as vantagens

de ser facilmente manuseado e

transportado, o PET se torna

mais uma das praticidades do

século XXI que chegou para

substituir o vidro (pesado e

frágil).

Silicone

Silicones são polímeros

compostos por silício e

oxigênio intercalados, contendo

também grupos orgânicos na

sua estrutura. O silicone foi

inventado em 1943.

O silicone pode variar de

líquido viscoso a sólido,

semelhante à borracha. Essa

variação na forma física

depende do tamanho da

molécula,

- moléculas menores: aspecto

oleoso, sendo usado como

impermeabilizante de superfí-

cies, graxa lubrificante, cera de

polimento, etc.

- Moléculas intermediárias:

silicone pastoso usado na

fabricação de adesivos e

selantes, como, por exemplo,

colas de silicone, usadas na

montagem e fixação de

aquários e janelas de vidro.

- À medida que a parte

orgânica da molécula de

silicone fica maior, as ligações

se cruzam e o silicone assume

o aspecto de elastômero, mais

conhecido como borracha de

silicone. Assim, passa a

apresentar alta resistência e

por isso é aplicado em

equipamentos industriais e

peças de automóveis, dentre

outras.

http://www.brasilescola.com/quimica/polimeros.htm

Plásticos Fantásticos. Plásticos (polímeros) são conhecidos por serem bons isolantes: não conduzem eletricidade. Certo? Depende...

Perigo ao meio ambiente:

A utilização e descarte

inapropriados do PET, pelo

fato de não ser

biodegradável, o

transformaram em um vilão

para a natureza. A única

solução para este grande

problema é a reciclagem, a

coleta seletiva é muito

importante neste caso,

através dela os plásticos

são selecionados para

posterior transferência ao

tratamento especial que

permite reutilizá-los

novamente.

Todo cozinheiro sabe que

o Teflon é um revestimento

resistente empregado para

cobrir utensílios

domésticos, como panelas

e frigideiras. O que nem

todos sabem é sobre a

origem e composição

deste material

antiaderente.

Page 5: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 5

E não é só em coletes

que se aplica o material

Kevlar, ele é usado

também em

revestimentos para

motores de aviões para

evitar que uma eventual

explosão na turbina os

danifique.

Em razão da estrutura rígida,

as colas e cimentos do tipo

epóxi são usadas para

fabricar skates, tacos de

golfe, raquetes de tênis, e

até em asas e fuselagem de

aviões. A resina epóxi possui

uma função muito importante

nestes casos: manter as

fibras unidas.

O Papiro Ebers é um dos

tratados médicos mais antigos

e importantes que se

conhece.

E contém mais de 700

fórmulas mágicas e

remédios populares além

de uma descrição precisa

do sistema circulatório.

Para quem associa a palavra

silicone apenas à vaidade

feminina de obter seios maio-

res, apresentamos aqui outra

aplicação deste polímero no

universo feminino: o silicone é

usado em formulações cosmé-

ticas, como por exemplo, em

batons.

Epóxidos

Também são denominados

de poliéteres por serem

derivados de um éter, podem

ser encontrados na forma

líquida e incolor, são solúveis

em álcool, éter e benzeno.

Os epóxidos são mais

conhecidos por sua aplicação

em colas, neste caso uma

mistura de poliamida e resina

epóxi se unem para formar

outro polímero de cadeias cru-

zadas, a estrutura molecular

deste novo polímero é extrema-

É para satisfazer essa

necessidade de higiene e

limpeza que as indústrias

químico-farmacêuticas fabricam

e comercializam anualmente

toneladas de produtos para a

higiene pessoal. Os principais

produtos dessa indústria são os

sabões e os detergentes. Deles

derivam os sabonetes, os xam-

pus, os cremes dentais, os as-

bões especiais para máquinas

de lavar louça e roupas, os de-

tergentes desinfetantes, o sa-

bão comum e outros. Sem

dúvida alguma, é o sabão

comum o mais antigo destes

produtos.

A técnica de produção de-

senvolvida foi passada poste-

riormente aos romanos, entre

os quais adquiriu notoriedade.

Sabões e Derivados

mente rígida.

Polímero à prova de bala

O cientista americano

Stephanie Kwolek, no ano de

1965, na busca por um material

com a resistência térmica do

amianto e rigidez da fibra de

vidro, acabou por descobrir um

novo polímero. Como se sabe,

as balas são feitas em aço e a

velocidade que atingem ao

serem lançadas, as tornam

fatais. O Kevlar surgiu para

mudar esta história: com a

chegada dos coletes à prova

de bala, o aço que era

imbatível, se tornou frágil.

Características do Kevlar:

insolúvel, imune a ataque

químico, resistente ao fogo,

flexível e leve.

Mais aplicações do Kevlar:

Quando se adiciona fibras a

este polímero, ele se torna

mais resistente e então pode

ser usado para a confecção de

escudos militares, raquete de

tênis, roupas espaciais, em

carros de corrida de Fórmula

Um, entre outras.

O Kevlar se destacou

mesmo por proporcionar maior

segurança aos policiais, agora

você já sabe de que é feito o

colete que permite combater o

crime sem maiores riscos.

Não se enganem, não é

por aí que para a utilização

dos polímeros, existe uma

infinidade de outros políme-

ros e utilidades.

Conforme escritos encontrados

no Papiro Ebers, datado de

1550 a.C., os povos orientais e

os gregos, embora não conhe-

cessem o sabão, empregavam,

na medicina, substâncias quí-

micas semelhantes - obtidas

por um método similar ao de

obtenção do sabão, utilizadas

como bases para a confecção

de pomadas e ungüentos.

No século XVIII, os sabões

finos mais conhecidos na

Europa vinham da Espanha

(Alicante), França (Marselha) e

Itália (Nápoles e Bolonha). No

Brasil, a difusão e produção do

sabão demorou mais tempo,

mas em 1860 já existiam

fábricas de sabão em todas as

cidades importantes.

A produção industrial de sabão

Os produtos utilizados

comumente para a fabricação

do sabão comum são o

hidróxido de sódio ou potássio

(soda cáustica ou potássica)

além de óleos ou gorduras

animais ou vegetais. O proces-

so de obtenção industrial do

sabão é muito simples. Primei-

ramente coloca-se soda, gordu-

ra e água na caldeira com tem-

peratura em torno de 150ºC,

deixando-as reagir por algum

tempo (± 30 minutos). Após

adiciona-se cloreto de sódio -

que auxilia na separação da

solução em duas fases. Na

fase superior (fase apolar)

encontra-se o sabão e na

inferior (fase aquosa e polar),

http://pt.wikipedia.org/wiki/Xampu http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/cabelo.html

Após um dia de calor, nada como um bom banho, pois, além de relaxante e refrescante, o banho nos dá uma agradável sensação de limpeza.

Page 6: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 6

glicerina, impurezas e possível

excesso de soda.

A glicerina separada do

sabão no processo industrial é

utilizada tanto por fabricantes

de resina e explosivos como

pela indústria de cosméticos.

Devido a isso, seu preço, de-

pois de purificada, pode supe-

rar o do sabão.

Quando procuramos na

internet algo sobre sabão vem

a frase: O sabão é um

produto tensoativo usado

em conjunto com água para

lavar e limpar. Mas o que é

esse negócio de tensoativo

mesmo?

Tensoativos: uma nova classificação

Um tensoativo é uma

substância capaz de reduzir

a tensão superficial de um

líquido devido a realização

de interações intermolecula-

res entre as moléculas do

líquido e as do tensoativo.

Estas interações reduzem a

tensão superficial do líquido,

pois são de natureza dife-

rente das interações entre

as moléculas do líquido.

Existem quatro tipos de

tensoativos. Os sabões e os

detergentes pertencem ao

mesmo grupo. Sua utiliza-

ção abrange uma enorme

quantidade de produtos,

desde xampus até aditivos

alimentares.

Embora não pareça, os

sabões e detergentes pos-

suem um grau de toxicidade

que, apesar de baixo, pode

tornar-se grave, dependen-

do do grau de intoxicação e

do tipo de produto que a causa.

Os sabões, se forem exces-

sivamente alcalinos, irritam a

pele. Se o uso for contínuo,

pode, inclusive, causar derma-

tites. O contato prolongado do

sabão com a mucosa ocular

pode determinar lesões relati-

vamente graves, e a sua inges-

tão pode causar distúrbios

como vômitos, cólicas abdomi-

nais e diarréia.

Do ponto de vista quími-

co, o sabão é um sal de áci-

do graxo. A reação química

que produz o sabão é co-

nhecida como saponifica-

ção.

O sabão limpa porque as

suas moléculas se ligam

tanto a moléculas apolares

(gordura ou óleo) quanto

polares (água). Embora a

gordura geralmente adira à

pele ou à roupa, as molécu-

las de sabão ligam-se à gor-

dura e tornam-na mais fácil

de ser enxaguada em água.

Quando aplicada a uma su-

perfície suja, a água com

sabão mantém as partículas

de sujeira em suspensão,

para que o conjunto possa

ser enxaguado com água

limpa.

O hidrocarboneto dissol-

ve sujeira e óleos, enquanto

que a porção ionizada torna

o sabão solúvel em água.

Assim, permite que a água

remova matéria normalmen-

te insolúvel em água, por

meio da emulsificação.

Produção comercial

Até o advento da Revo-

lução Industrial, a produ-

ção de sabão mantinha-se

em pequena escala e o pro-

duto era grosseiro. Andrew

Pears iniciou a produção de

sabão transparente e de alta

qualidade em 1789, em Lon-

dres. Com seu neto, Francis

Pears, abriu uma fábrica em

Isleworth em 1862. William

Gossage produzia sabão de

boa qualidade e preço baixo

a partir dos anos 1850.

Robert S. Hudson passou a

produzir um tipo de sabão

em pó em 1837, socando o

sabão com pilão.

Bolhas

O estudo das formas das

bolhas e dos filmes de

sabão ou detergente é uma

área que tem fascinado

muitos cientistas e a primei-

ra monografia escrita sobre

este assunto foi em 1890

por C.V. Boys.

A bolha é um filme fino

de líquido circundado por

gás (ar) por todos os la-

dos. Este filme fino, ou no

caso de bolhas de sabão,

tem propriedades elásticas,

ele pode ser esticado ou

comprimido. O filme de sa-

bão é composto por mole-

culas de sabão e água.

A atuação de sabões e detergentes na limpeza

A água por si só não

consegue remover certos

tipos de sujeira, como, por

exemplo, restos de óleo.

Isso acontece porque as

moléculas de água são po-

lares e as de óleo, apoiares.

O sabão exerce um papel

importantíssimo na limpeza

porque consegue interagir

tanto com substâncias pola-

res quanto com substâncias

apoiares. Isso pode ser en-

tendido analisando sua es-

trutura.

William Hesketh Lever e seu

irmão James compraram uma

pequena fábrica de sabão em

Warrington (Inglaterra), em

1885, fundando o que ainda é

hoje um dos maiores

negócios de sabão do mundo,

a Unilever. Estes produtores

foram os primeiros a

empregar campanhas

publicitárias em larga escala.

A espuma formada em rios

poluídos com sabões e

detergentes é uma ameaça

à vida aquática.

O creme dental é um tipo

específico de detergente.

Page 7: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 7

Podemos dizer que a ca-

deia apolar de um sabão é

hidrófoba (possui aversão

pela água) e que a extremi-

dade polar é hidrófila (pos-

sui afinidade pela água).

Atualmente existem mui-

tos outros tipos de detergen-

tes com estruturas diferen-

tes, mas que, invariável-

mente, possuem uma longa

cadeia apolar e uma extre-

midade polar.

Infelizmente o que sobra

desses produtos após o uso

não termina no esgoto. Em

geral, os processos de lava-

gens industriais ou domésti-

cos acabam canalizando os

resíduos em lagos e rios.

Sabões feitos de gordu-

ras animais ou vegetais são

biodegradáveis, não cau-

sando grandes alterações

no meio ambiente. Dentre

os detergentes existem os

não-biodegradáveis que as

bactérias não conseguem

degradar.

Detergentes não-biode-

gradáveis acumulam-se nos

rios, formando camada de

espumas brancas conheci-

das como “cisnes-de-deter-

gentes”, capazes de reduzir

a penetração de oxigênio na

água, afetando animais e

plantas aquáticas.

Muitas aves são prejudi-

cadas, pois essas espumas

removem a camada oleosa

que reveste suas penas; im-

pedidas de flutuar acabam

afogadas.

Detergentes em geral

também favorecem o pro-

cesso de eutroficação — en-

riquecimento de águas natu-

rais com nutrientes, espe-

cialmente fosfato e nitrato,

provocando crescimento

polir os dentes. Além disso,

podem conter substâncias

indicadas para prevenir a

cárie e o tártaro, ou para

clarear dos dentes. Mas

cuidado: seu excesso pode

causar distúrbios visuais. O

bicarbonato de sódio tam-

bém é muito utilizado; como

é um alcalinizante, neutra-

liza os ácidos produzidos

pela placa bacteriana.

Os cremes dentais ou

pastas de dente surgiram

antes mesmo das escovas

dentais. No Egito, as pri-

meiras pastas de dente

eram feitas para tentar au-

mentar a higiene bucal por

meio de uma mistura de sal,

pimenta, folhas de menta e

flores de íris.

De fato, os cremes den-

tais surgiram em 1850 por

meio do trabalho do dentista

americano Washington

Wentworth Sheffield. Na

verdade, a invenção se tra-

tava de um pó que ajudava

a limpar os dentes. Foi seu

filho, Lucas Sheffield, que

melhorou a invenção, alte-

rando a fórmula inicial do

produto e o colocando em

tubos, da forma como co-

nhecemos atualmente.

Hoje em dia a pasta de

dente vem numa variedade

de sabores, sendo a maioria

variações de menta. Outros

sabores mais exóticos in-

cluem: albricoque, canela,

chiclete, erva-doce, gengi-

bre, laranja e limão. Existem

também pastas sem sabor.

Em seu uso comum, a

pasta de dentes deve ser

cuspida. Alguns tipos de

pasta de dente, se engoli-

das em quantidade suficien-

te, podem causar náuseas,

fluorose ou diarréia. Por isso

é recomendado às crianças

muito jovens não utilizá-las,

exagerado de algas e efei-

tos secundários daninhos

sobre outros.

Mas não são apenas os

detergentes não-biodegra-

dáveis que causam proble-

mas ambientais. Detergen-

tes biodegradáveis contri-

buem para o aumento da

população microbiana de la-

gos e rios, reduzindo o oxi-

gênio na água. Assim, inevi-

tavelmente, todas as formas

de vida aquáticas que de-

pendem do oxigênio dissol-

vido na água para sobrevi-

ver são prejudicadas.

Creme dental

Outro detergente de uso

em nossa higiene pessoal é

o creme dental, que deve

ser usado nas escovações

após as refeições, pois têm

a função de remover as pla-

cas bacterianas, limpar e

A lanolina, substância

comum em produtos de

beleza, é extraída da

oleosidade natural da lã de

carneiro.

Xampu ou shampoo?

A palavra shampoo vem da

Indonésia e significa

amassar ou massagear os

cabelos. Os ingleses

gostaram e importaram a

idéia. Na língua portuguesa a

grafia correta é xampu,

apesar de o mundo

comercial preferir a grafia

inglesa.

Até meados do século XIX,

o banho do corpo nu foi considerado pecado pela

igreja, pois era uma prática dos pagãos gregos e romanos. Ainda neste

século, membros de certas ordens religiosas

continuavam a tomar

banho vestindo camisola.

Page 8: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 8

O vidro é uma substân-

cia inorgânica, homogênea

e amorfa, obtida através do

resfriamento de uma massa

em fusão constituída por:

Areia, Calcário, Dolomita,

Feldspato, Barrilha, Sulfato

de sódio e sucata de vidro.

Suas principais característi-

cas são a transparência, a

dureza e a capacidade de

reciclagem total.

Não é possível precisar

ao certo a origem do vidro.

Estudos têm apontado que

os primeiros objetos de vi-

dro de que se tem notícia

foram encontrados dentro

das pirâmides do Egito.

Apenas próximo ao ano

100 a.C., as técnicas de

fabricação se desenvolve-

ram. Foi quando os Roma-

nos começaram a utilizar o

Vidros

sopro, dentro de moldes, na

fabricação do vidro, o que

possibilitou sua produção

em séie. Até 1900, a

produção dessa matéria-

prima ainda era considerada

uma arte quase secreta.

O vidro é uma subs-

tância líquida, com um

altíssimo grau de viscosida-

de à temperatura ambiente,

variando em função da

temperatura. O processo de

fusão é muito complexo e

envolve basicamente rea-

ções químicas entre as

diversas matérias primas.

A coloração é feita pela

adição de substâncias co-

mo: cobalto para o vidro

azul, óxido de cobre para o

verde, óxido de ferro para o

vidro bronze e sulfato de

zinco para o fumê, etc.

Quase 90% de todo o

vidro fabricando no mundo é

do tipo “vidro soda-cal”. A

composição química deste

tipo de vidro é resultante de

vários fatores, entre os

quais a facilidade de fusão,

matérias primas mais fácil-

mente disponíveis e proprie-

dades física-quimicas ade-

quadas às maiores aplica-

ções possíveis.

O vidro tem incontáveis

aplicações nas mais varia-

das indústrias, dada suas

características de inalterabi-

lidade, dureza, resistência e

propriedades térmicas, óti-

cas e acústicas, tornando-se

um dos poucos materiais

ainda insubstituível, estando

cada vez mais presente nas

pesquisas de desenvolvi-

mento tecnológico para o

http://www.cgimoveis.com.br/tecnologia/a-origem-do-vidro

Por definição, “vidro é um sólido amorfo. Qualquer material, inorgânico, orgânico ou metal, formando por qualquer técnica, que exibe um fenômeno de transição vítrea é um vidro”.

sem supervisão de adultos.

Um tubo de pasta de dentes

fluoretada, se ingerido, pode

levar a morte por envenena-

mento um animal pequeno

ou uma criança.

Xampu

Na composição dos

xampus existem dois tipos

fundamentais de substân-

cias: detergentes e amidas.

As substâncias detergen-

tes retiram a gordura, mas

ressecam muito o cabelo. É

aí que as amidas aturam:

repõe parte da oleosidade,

diminuindo o ressecamento.

Diferentes xampus contêm

diversas proporções de de-

tergentes e amidas para

atenderem aos vários tipos,

além de terem em sua com-

posição aditivos que real-

çam características como

brilho, textura e maciez.

O poder limpante do

xampu geralmente refere-se

a sua capacidade para re-

mover gordura, sujeira e

matéria estranha do cabelo

e do couro cabeludo.

A gordura aparece no

cabelo na forma de sebo. O

sebo exerce algumas fun-

ções importantes, como re-

vestir a cutícula (a camada

mais externa do cabelo),

prevenindo a perda de água

do interior do fio capilar —

água que mantém o cabelo

macio e brilhante. O revesti-

mento também faz o cabelo

parecer liso, além de prevê-

nir o desenvolvimento de

bactérias.

Em condições ideais, a

pele humana tem uma Ca-

mada naturalmente ácida,

com pH entre 3 e 5, en-

quanto o pH do cabelo está

entre 4 e 5. A acidez deve-

se à produção de ácidos

graxos pelas glândulas se-

báceas.

Assim, o uso de alguns

tipos de xampus pode

produzir no pH do cabelo

mudanças que promoverão

alterações na estrutura

capilar.

O condicionador de ca-

belo aplica-se após o xam-

pu para melhorar a textura e

o aspecto do cabelo. Come-

çou a ser usado após a pri-

meira guerra mundial, e de-

pois começou a ser fabri-

cado com substâncias silico-

nadas para baratear.

A diferença entre o vidro

comum e o cristal

As diferentes nomenclaturas

são utilizadas para diferenciar

os processos de fabricação e

produtos finais distintos,

embora utilizem a mesma

matéria-prima.

Com um quilo de caco,

pode-se fazer 1 kg de vidro

novo. O mesmo vidro pode

ser reaproveitado quantas

vezes precisar.

Um vidro jogado na

natureza leva 4000 anos

para desaparecer.

O Brasil alcançou um índice

de 45% no

reaproveitamento de

embalagens em relação à

produção total no País que

é de 910 mil toneladas/ano,

segundo a Associação

Brasileira das Indústrias de

Vidro.

Page 9: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 9

bem estar do homem mo-

derno nos mais variados

setores, como por exemplo:

Vidro plano, vidro oco

(frascaria e embalagens),

lentes, fibra ótica, lã de

vidro, lâmpadas, enfim, uma

gama incontável de aplica-

ções.

Garrafa de Vidro

No segmento de bebi-

das, o vidro é um grande

aliado para manter alta a

qualidade e as vendas de

cervejas e refrigerantes em

todo o mundo. Em 1903, o

americano Michael Owens

criou a primeira máquina au-

tomática para produção de

garrafas, viabilizando a fa-

bricação de garrafas em

larga escala.

As garrafas de vidro tam-

bém beneficiam o meio am-

biente. Sua produção con-

some menos energia e re-

duz a emissão de poluentes

na atmosfera. Por ser réuti-

lizável, proporciona um me-

nor descarte do lixo, redu-

zindo os custos com a

coleta urbana e aumentando

a vida útil dos aterros

sanitários.

Os vidros provenientes

de embalagens devem ser

reciclados separadamente

de outros objetos de vidro,

pois é necessário que este

material passe por um pro-

cesso de lavagem para re-

mover possíveis resíduos

antes de ser reutilizado.

Espelhos

Um espelho é uma

superfície muito lisa e com

alto índice de reflexão de

luz.

Os espelhos vulgares

são formados por uma

camada de prata, alumínio

ou amálgama de estanho,

que é depositada química-

mente sobre a face posterior

de uma lâmina de vidro, e

por trás coberta com uma

substância protetora.

Por sua vez, os espelhos

de precisão são obtidos de-

positando, por evaporação

sob vácuo, a camada metá-

lica sobre a face anterior do

vidro. Estes espelhos não

podem ser protegidos o que

implica que se realizem me-

talizações freqüentes.

Existem diversos tipos

de espelhos, os mais utiliza-

dos são os espelhos planos

e os espelhos curvos.

Os espelhos são fabrica-

dos através de uma reação

química onde a prata está

presente.

“A partir de um vidro laminado

e bem limpo, coloca-se sobre a

superfície que se quer espelhar,

um produto chamado Reagente de

Tollens, que contém prata.

Em seguida adiciona-se um

aldeído, normalmente formol. Este

aldeído reduz a prata que se adere

firmemente à super-fície do vidro,

formando um espelho.

Também são feitos espe-lhos

pela deposição de vapor de

alumínio sobre uma super-fície, a

baixa pressão. Assim são feitos

certos plásticos prateados, como o

Tetra Pak.

Vidros à prova de bala

O vidro laminado, mais

conhecido como vidro à

prova de bala, tem se

tornado uma grande auxiliar

na luta contra o crime. Os

carros que possuem esse

acessório são considerados

seguros e são usados para

o transporte de celebrida-

des, como: presidentes, ar-

tistas, autoridades religio-

sas, etc.

Em razão da aplicação, o

vidro também recebe a

denominação de vidro balis-

tico.

Uma película plástica

(altamente resistente) é

colocada entre duas partes

de vidro temperado. Na

forma prática, seria um

sanduíche onde o plástico

seria o recheio e o vidro as

fatias de pão.

Quando um projétil (bala,

pedra ou ferramenta) toca o

vidro balístico, este se

despedaça, mas a película

não o deixa desmoronar.

Fibra óptica

Apesar da longa história,

o vidro ainda tem um futuro

promissor. Tem um papel

muito importante na teleco-

municação, na forma de

fibras ópticas. É possível

transmitir dados, vozes e

imagens por meio da pas-

sagem de luz através de fi-

bras ópticas, transparentes,

de vidro ou de plástico. A

fibra óptica é finíssima como

o fio de cabelo e pratica-

mente substituiu o fio de

cobre por possibilitar a

transmissão de muito mais

dados, cerca de 30 mil

vezes mais que o fio metá-

lico.

Comparado ao fio de co-

bre, tem também a vanta-

gem do custo mais baixo, da

maior fidelidade na trans-

missão dos dados, da maior

estabilidade química e da

maior resistência a interfe-

rências eletromagnéticas.

O vitral originou-se no

Oriente por volta do

século X, tendo florescido

na Europa durante a

Idade Média. Amplamente

utilizados na

ornamentação de igrejas

e catedrais, o efeito da

luz solar que por eles

penetrava, conferia uma

maior imponência e

espiritualidade ao

ambiente, efeito reforçado

pelas imagens retratadas,

em sua maioria cenas

religiosas.

O vidro resistente a

balas, em vidros planos ou curvos é recomendado para:

veículos blindados

guichês de bancos

postos de gasolina

casas de câmbio

cabines de pedágio Quaisquer locais onde armas de fogo ou objetos atirados possam atingir o material de

envidraçamento.

Page 10: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 10

Para se ter uma idéia,

uma área colada de 6 cm2

pode segurar mais de uma

tonelada. Mas como funcio-

na este material extraordi-

nário? A resposta está no

seu ingrediente principal, o

cianoacrilato (C5H5NO2).

O cianoacrilato é uma

resina acrílica que seca

quase instantaneamente. O

único gatilho que ele

precisa são os íons hidro-

xila na água, o que é bem

conveniente, já que pratica-

mente qualquer objeto que

se tente colar terá pelo

menos vestígios de umidade

na sua superfície.

As moléculas do cianoa-

crilato começam a se unir

quando entram em contato

com a água e se enrolam

em cadeias para formar

uma malha plástica durá-

vel. A cola vai se tornando

mais espessa e dura até

que os filamentos molecu-

lares não podem mais se

mover.

Se você acha que a

capacidade do cianoacrilato

de consertar objetos que-

brados é demais, espere só

até descobrir seus outros

truques. Os vapores da

supercola às vezes são

usados em investigações

criminais para detectar im-

pressões digitais ocultas.

“O objeto a ser inspecionado

em busca de digitais é colocado em

um recipiente aquecido e

hermética-mente fechado;

O cianoacrilato é introduzido.

Ele evapora e ventiladores o fazem

circular pelo recipiente;

A cola gasosa reage com

materiais que podem ter sido

deixados para trás em impressões

digitais (tais como aminoácidos e a

glicose) e os torna visíveis.

Um outro uso interes-

sante do cianoacrilato é

para fechar ferimentos,

substituindo os pontos. Os

pesquisadores descobriram

que trocando o tipo de

álcool usado na supercola,

de álcool etílico ou metílico

para butílico ou octílico, o

composto fica menos tóxico

para os tecidos. Com mais

pesquisas, esta prática pode

se tornar mais difundida e

acabar substituindo a ne-

cessidade de costurar lace-

rações.

Aliás, se acontecer de

você se encontrar numa

"situação supergrudenta",

um pouco de removedor de

esmaltes de acetona ou

água quente ajudam a des-

colar os dedos.

Por que é que essas

colas super potentes não

colam no interior do próprio

tubo? Se é uma cola super

potente, deveria colar tudo,

não é verdade? Mas não é

bem assim.

Para adquirir proprieda-

des adesivas é necessário o

contacto com o ar, o tubo de

cola é revestido interiormen-

te por um material a que a

cola não adere. Adere, no

entanto, à pele e é por isso

necessário muito cuidado na

sua utilização.

Então concluímos que,

como ela vem lacrada a

vácuo a cola se mantem li-

quida, mantendo a subs-

tância adesiva longe do

contato com o ar , isso

porque é a umidade da

atmosfera que faz a

supercola ficar grudenta. É

só tentar deixar o frasquinho

aberto pra você ver se não

cola por dentro.

As colas e os adesivos

acompanham a História da

Humanidade desde os seus

mais remotos registros. Há

4000 anos, os egípcios

usavam adesivos a base de

resinas vegetais e produtos

animais em muitos de seus

utensílios e ferramentas. Os

adesivos eram parte impor-

tante na manutenção das

bandagens nas mumifica-

ções. Isto foi comprovado

por desenhos e papiros on-

de são descritos diferentes

processos de fabricação e

usos destas colas.

Desde o início da

artesania humana, as colas

executam um papel impor-

tante na manufatura e res-

tauro de móveis, na produ-

ção e reparação de instru-

mentos musicais e de ador-

nos. E isso durante toda a

História da Civilização...

Mas a evolução dos ade-

sivos não foi muito signifi-

cativa até meados do século

XVIII.

http://ciencia.hsw.uol.com.br/questao695.htm

A supercola merece o nome que tem: uma simples gota pode unir permanentemente seu polegar ao indicador, e mais rápido do que você possa dizer "ops!".

Supercola

Super cola ultra-rápida

Este produto hibrido excede

todas as demais referencias

em velocidade e superficies

porosas , anteriormente

impossiveis de colar , tais

como a madeira.

Super cola instantânea

Super cola standard para

usos industriais maior

versatibilidade em metais ,

plásticos borrachas e

cerâmica.

Com um quilo de caco,

pode-se fazer 1 kg de vidro

novo. O mesmo vidro pode

ser reaproveitado quantas

vezes precisar.

Page 11: Resumos dos Seminários

Resumo dos Seminários 11

Em 1750 foi concedida a

primeira patente de um ade-

sivo na Inglaterra. A cola era

feita de substancias extraí-

das da pele de peixes. Logo

em seguida, diversas paten-

tes foram emitidas para ade-

sivos, cujos princípios ativos

geralmente eram borracha

natural, ossos, cartilagens e

peles de animais, gomas e

resinas vegetais, proteínas

lácteas, caseína e etc.

Na Primeira Guerra Mun-

dial, a cola de caseína foi

muito utilizada na constru-

ção de fuselagens e de asas

dos aviões, cuja estrutura

era quase que exclusiva-

mente feita por peças de

madeira.

A utilização deste tipo de

cola, bem como de outras

ditas naturais foi abandona-

da pelos construtores de

aviões devido à facilidade

com que estes adesivos

absorviam humidade e,

consequentemente, desen-

volviam fungos que enfra-

queciam e destruíam a ação

adesiva da substância.

Em 1942, Harry Coover

descobriu acidentalmente o

cianoacrilato, ao pesquisar

plásticos transparentes re-

sistentes para o fabrico de

miras de canhões, na East-

man Kodak.

Vendo as possibilidades

de um novo adesivo, a

Kodak desenvolveu o "East-

man 910" como a primeira

"super-cola."

Colas reversíveis

Quando falamos de

adesivos, pode parecer que

quanto mais forte e durável

for a cola, melhor será. Isto

é verdade na maioria das

vezes, quanto então é

necessário algo como a cola

mais forte do mundo, ou

algo que cole plástico e

metal de modo irreversível

ou mesmo uma cola versátil,

capaz de unir qualquer

coisa. Mas há momentos

em que é mais interessante

uma cola reversível ou um

adesivo que possa ser

desativado apenas com luz.

Na fronteira da tecnolo-

gia, onde os pesquisadores

estão projetando dispositi-

vos microeletromecânicos,

colas reversíveis podem ser

extremamente úteis como

atuadores. Até na medicina,

elas podem equipar parti-

culas capazes de liberar os

medicamentos sob condi-

ções específicas de ambien-

te.

É justamente para essas

aplicações de ponta, onde o

controle em nível molecular

é importante, que está cha-

mando a atenção do mundo

científico um novo adesivo

reversível, descoberto por

cientistas das universidades

de Sheffield, Inglaterra, e

Bayreuth, Alemanha.

Alterando o pH

No ambiente adequado,

a nova cola reversível é tão

forte quanto um adesivo

epóxi comercial. Só que,

para fazê-la descolar, basta

tornar a solução mais ácida.

Retorne a solução ao nível

de pH original e a cola

novamente volta a funcio-

nar.

A descoberta deverá ter

grandes implicações na na-

notecnologia, especialmente

na área médica, seja no

interior dos biochips ou do

próprio corpo humano, que

possui diferentes níveis de

pH - o nível natural de pH

de um órgão, por exemplo,

pode ser utilizado para libe-

rar os medicamentos trazi-

dos em partículas carrega-

doras.

Nova super cola

Foi divulgada a desço-

berta em Nova Iorque, um

material aderente 100000

vezes mais fino que o fio de

cabelo humano e resistente

a altas temperaturas. As

suas aplicações vão desde

problemas caseiros até

mesmo ao processo de fa-

bricação de chips de com-

putadores.

Para criar o material

1000 vezes mais fino que

colas vendidas atualmente,

os inventores concentraram-

se na composição química

do composto: nanotubos

contendo sílica e oxigênio

numa das extremidades e

enxofre na outra. Para

aumentar a estabilidade dos

tubos, uma camada de co-

bre foi aplicada. Com isso,

100 gramas de produto

custarão em torno de 35 dó-

lares, o que é comer-

cialmente viável.

Cola à base de água

A cola é feita de

polieletrólitos - polímeros

carregados eletricamente

e que são capazes de

alterar seu formato em

resposta a alterações em

seu ambiente. Um

polieletrólito pode se

esticar em um nível de pH

e se transformar em uma

bola em outro nível de pH.

Quando polieletrólitos de

cargas opostas são

colocados juntos em uma

solução aquosa eles se

grudam fortemente. Os

cientistas já sabiam disso

há muito tempo. O que

não se sabia até agora

era a força dessa junção

e muito menos se sabia

que o processo era

facilmente reversível.

Lembrem-se este texto é apenas um resumo de cada um dos temas, para informações mais completas pesquisem, busquem e formem seus próprios conhecimentos.