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RESUMO PÚBLICO PLANO DE GESTÃO FLORESTAL

Maio de 2018 Principais aspetos da gestão florestal da Altri Florestal

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INDICE

1. RESUMO ........................................................................................................................................ 4

2. ALTRI FLORESTAL ........................................................................................................................ 4

3. ÁREA DE ATUAÇÃO ..................................................................................................................... 5

3.1 CONDIÇÕES SOCIOECONÓMICAS DAS ÁREAS ADJACENTES ................................................ 6

4.1 PRODUÇÃO FLORESTAL ............................................................................................................... 9

4.2 CONSERVAÇÃO .............................................................................................................................. 9

9

4.3 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS OU DE INFRAESTRUTURAS ............................................. 10

5.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES FLORESTAIS ........................................................................................... 10

5.1.1 EUCALIPTO ................................................................................................................................ 10

5.1.2 PINHEIRO – BRAVO ................................................................................................................. 10

5.1.3 SOBREIRO .................................................................................................................................. 11

6.1 PLANEAMENTO ........................................................................................................................... 11

6.1.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E CARTOGRAFIA ................................................................... 11

6.1.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ......................................................................................................... 12

6.1.3 APROVISIONAMENTO ............................................................................................................. 12

6.1.4 AVALIAÇÃO PRÉVIA DE IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS ............................................ 12

6.1.5 CÓDIGO PRÁTICAS FLORESTAIS ............................................................................................ 12

6.1.6 FORMAÇÃO NA FRENTE DE TRABALHO .............................................................................. 12

6.1.7 DOSSIER DE SEGURANÇA FLORESTAL .................................................................................. 13

6.2 PRODUÇÃO DE PLANTAS ........................................................................................................... 13

6.3 FLORESTAÇÃO ............................................................................................................................. 14

6.4 MANUTENÇÃO ............................................................................................................................ 14

6.5 EXPLORAÇÃO ............................................................................................................................... 14

6.6 INFRAESTRUTURAS ..................................................................................................................... 14

6.7 INVENTÁRIO FLORESTAL ........................................................................................................... 15

7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS VALORES DE CONSERVAÇÃO .............................................................. 15

7.2 GESTÃO DA BIODIVERSIDADE .................................................................................................. 16

8.1 CONTROLO DE PRAGAS, DOENÇAS E INFESTANTES ............................................................. 16

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8.2 VISTORIAS ÀS ATIVIDADES FLORESTAIS................................................................................. 17

8.3 IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS .......................................................................................... 17

8.4 VALORES DE CONSERVAÇÃO .................................................................................................... 18

10.1 DIÁLOGO COM AS COMUNIDADES LOCAIS ......................................................................... 20

10.2 AÇÕES DE COMUNICAÇÃO ...................................................................................................... 20

10.3 ENVOLVIMENTO ........................................................................................................................ 20

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Resumo Público Plano de Gestão Florestal P R I N C I P A I S A S P E T O S D A G E S T Ã O F L O R E S T A L D A A L T R I F L O R E S T A L

1. Resumo

O resumo do plano de gestão florestal, tem como principal objetivo comunicar com as partes

interessadas da Altri Florestal e apresentar uma síntese dos principais aspetos da gestão florestal

preconizada pela nossa empresa. Apresenta também neste documento todos os aspetos requeridos

em termos de certificação florestal pela NP4406 – Sistemas de gestão florestal sustentável (PEFC -

Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes).

Os indicadores do Anexo A (NP 4406:2014) estão apresentados no Anexo 1 com a respetiva indicação

do critério e indicador e foram apurados com base nos dados recolhidos sobre o património sob

gestão da Altri Florestal referente a 31 de dezembro de 2017.

2. Altri Florestal

A Altri Florestal foi constituída em 1966 e é uma das principais empresas a operar no setor florestal

em Portugal, dedicando-se em especial à produção de rolaria de eucalipto para pasta para papel.

A empresa é uma parte integrante do grupo Altri, um dos produtores europeus de referência no

sector de pasta para papel, sendo um dos mais eficientes produtores da Europa de pasta de

eucalipto branqueada.

A floresta da Altri Florestal é gerida de forma a garantir a sustentabilidade nas vertentes económica,

ecológica e social. A sua atividade é principalmente dirigida para a produção de madeira com níveis

de qualidade e custo competitivos, com a utilização das técnicas mais adequadas de preparação,

manutenção e exploração das suas florestas. Os impactes negativos de natureza ambiental e social são

controlados e, sempre que possível, minimizados.

A preservação do património florestal é outro dos grandes objetivos da Altri Florestal, nomeadamente

na defesa da floresta contra os incêndios, cabendo realçar os investimentos nas intervenções

FIGURA 1 – ORGANOGRAMA GRUPO ALTRI

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preventivas, a colaboração com as restantes empresas congéneres no combate aos fogos e o esforço

e dedicação de todo o pessoal nos sistemas de prevenção e combate aos incêndios. Também são

desenvolvidas ações de proteção contra as pragas e doenças, apoiadas em projetos de investigação

setoriais.

A atividade florestal compreende a preparação e plantação de terrenos, a manutenção dos espaços

florestais em todas as áreas geridas pela Altri Florestal e a exploração dos povoamentos a corte. As

vendas de madeira são efetuadas na sua quase totalidade às empresas produtoras de pasta do grupo

Altri (Celbi, Caima e Celtejo).

Dos restantes produtos não lenhosos produzidos é de destacar a cortiça, proveniente de cerca de 3

mil hectares de floresta de sobreiro, e a produção de madeira de pinho.

Tendo em vista a obtenção de elementos indispensáveis para uma melhor gestão e avaliação do

património, é efetuada a monitorização das plantações, atualizada a cartografia das propriedades e

são promovidos ensaios de silvicultura.

O programa de Melhoramento Genético teve início em 1965, com a seleção do Eucalyptus globulus

para crescimento, densidade básica e conteúdo em celulose da madeira. Este programa foca no

melhoramento contínuo do crescimento das plantações, diversidade genética e qualidade da madeira.

Atualmente todas as plantações geridas pela Altri Florestal são estabelecidas com recurso a plantas

melhoradas.

3. Área de atuação

O escritório principal da Altri Florestal é localizado em Constância, no entanto, as suas atividades

florestais distribuem-se por 133 municípios em Portugal Continental.

Os distritos de Santarém, Portalegre e Castelo Branco, destacam-se na distribuição do património

gerido pela empresa.

FIGURA 2 – ÁREA DE ATUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS

UNIDADES FABRIS DO GRUPO ALTRI

GRÁFICO 1 – DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA POR DISTRITO

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TABELA 1 – PRINCIPAIS MUNICÍPIOS COM ÁREA SOB GESTÃO DA ALTRI FLORESTAL

Município Área AF (ha) Área Município (ha) % Gestão AF

Vila Nova da Barquinha 1045 4953 21,1

Crato 5412 39807 13,6

Constância 989 8037 12,3

Nisa 7256 57568 12,6

Chamusca 9573 74601 12,8

Abrantes 6336 71469 8,9

Gavião 2680 29459 9,1

Óbidos 1105 14155 7,8

Cadaval 1067 17489 6,1

Penamacor 3646 56371 6,5

3.1 CONDIÇÕES SOCIOECONÓMICAS DAS ÁREAS ADJACENTES

A grande maioria do património florestal gerido pela Altri Florestal localiza-se em espaço rural. A

caracterização socioeconómica das áreas adjacentes passa pela análise de um conjunto de aspetos e

variáveis dos principais distritos onde a empresa atua.

Uso e ocupação do solo

A floresta é o uso do solo dominante na grande maioria dos distritos onde se localiza o património da

Altri Florestal, tendo a agricultura importância nos distritos de Santarém e Portalegre. A floresta nos

distritos a Norte do Tejo é caracterizada pela dominância das espécies Pinheiro Bravo e Eucalipto,

enquanto a floresta ao Sul do Tejo pela dominância do Sobreiro e Eucalipto.

Demografia

GRÁFICO 2 – OCUPAÇÃO DO SOLO NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

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Quando comparadas com os valores médios para Portugal continental, as áreas rurais apresentam

densidades populacionais baixas, um envelhecimento populacional acentuado e taxas de mortalidade

bastante superiores à taxa de natalidade. Estas diferenças são menos pronunciadas nos distritos de

Aveiro, Lisboa e Santarém.

Educação e emprego

A maior parte da população rural revela um elevado grau de analfabetismo e uma fraca preparação

escolar. Existe uma proporção expressiva de população sem qualquer nível de ensino atingido. A fração

da população que atingiu o ensino superior é notoriamente escassa. Os distritos de Aveiro e Lisboa

são os que apresentam índices de ensino menos negativos.

A percentagem de população ativa é inferior à percentagem em Portugal continental. Os valores da

taxa de desemprego rondam o valor médio para Portugal continental.

A distribuição dos trabalhadores por setor de atividade revela que o setor terciário é aquele que possui

o maior número de trabalhadores. A exceção, encontra-se no distrito de Aveiro onde o setor industrial

é claramente dominante. Merece também destaque o número de trabalhadores no setor primário

presentes no distrito de Viseu.

GRÁFICO 3 – DENSIDADE POPULACIONAL NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

GRÁFICO 4 – NÍVEL DE ESCOLARIDADE NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

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GRÁFICO 5- TRABALHADORES POR ATIVIDADE ECONÓMICA NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

Técnicos e equipamentos de saúde

Hospitais e centros de saúde são relativamente escassos. Dos principais distritos onde a empresa atua,

Santarém e e Aveiro destacam-se devido à sua elevada densidade populacional. O número de

habitantes por número de farmácias é relativamente uniforme nos distritos onde atua a Altri Florestal.

GRÁFICO 6- ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

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4. Recursos florestais

A Altri Florestal gere na sua grande maioria plantações de eucalipto gerindo também plantações de

pinheiro bravo e de sobreiro.

Com base nos valores predominantes presentes, a Altri Florestal distingue as seguintes funções

principais das suas áreas florestais.

4.1 PRODUÇÃO FLORESTAL

Nas áreas de Produção Florestal privilegiam-se os valores económicos (de mercado) dos recursos

florestais e orienta-se a gestão no sentido de otimizar a produção. Nestas áreas podem existir

restrições de ordem ambiental ou social, sem que estas impeçam a realização da sua função.

4.2 CONSERVAÇÃO

As áreas de conservação têm características singulares que tornam mais importantes os valores

naturais presentes. A sua gestão visa prioritariamente a manutenção, melhoria, ou mesmo o restauro

destes valores de conservação, que podem consistir em habitats prioritários, áreas de elevada

biodiversidade ou áreas críticas para a proteção duma espécie ameaçada, por exemplo.

Estas áreas estão permanentemente identificadas no sistema de informação geográfica da empresa e

situam-se em zonas com interesse - ou potencial - de conservação particularmente elevado. São

geridas através de intervenção mínima a não ser que a gestão alternativa tenha objetivos de

conservação superior. A intervenção mínima consiste na gestão sem cortes nem plantações

sistemáticas. As operações geralmente permitidas são intervenções específicas visando o restauro ou

melhoria destes valores, a vedação, o controlo de espécies exóticas invasoras e manutenção de rede

viária.

As áreas classificadas como conservação presentes no património da Altri Florestal representam cerca

de 10% do total da área sob gestão.

GRÁFICO 7 - DISTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS DEDICADAS À CONSERVAÇÃO

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4.3 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS OU DE INFRAESTRUTURAS

As áreas de Proteção contra incêndios ou de infraestruturas são geridas para constituir barreiras à

progressão de incêndios florestais, para salvaguardar a segurança de infraestruturas de transporte de

eletricidade, edificações ou outras.

As outras áreas são de expressão e relevância diminutas e incluem as áreas agrícolas, os aquíferos

artificiais e os edifícios e equipamentos.

5. Gestão Florestal

5.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES FLORESTAIS

A Altri Florestal gere, com o principal objetivo de produção florestal, três espécies florestais (eucalipto,

pinheiro-bravo e sobreiro).

5.1.1 EUCALIPTO

O Eucalyptus globulus adapta-se a uma grande variedade de situações edafoclimáticas. No entanto,

algumas situações são consideradas limitantes ao seu desenvolvimento.

Assim, e referindo-nos às situações climáticas portuguesas, precipitações inferiores a 600 mm são

limitantes ao desenvolvimento. As precipitações mais elevadas e com distribuições mais regulares ao

longo do ano, correspondem aos melhores crescimentos, desde que não existam outros fatores

limitantes como sejam a altitude, temperaturas baixas, as geadas e os ventos.

Em relação a geadas, são de evitar situações de vales muito abrigados, cujas temperaturas possam ser

negativas, principalmente se estas se repetirem durante alguns dias. As geadas são fortemente

condicionadoras na fase inicial de desenvolvimento das plantas. Situações com um número de dias de

geadas por ano superiores a 40 são de evitar. Em situações em que a geada constitua um fator

limitante, deverá ser utilizada a espécie E. nitens (se as precipitações forem superiores a 900 mm/ano)

ou então híbridos.

Em relação a temperaturas, o desenvolvimento da espécie é fortemente afetado em situações com

temperaturas médias anuais inferiores a 10ºC ou com uma temperatura média mensal do mês mais

frio inferior a 7ºC.

Situações onde são de prever défices hídricos acentuados (mais de 5-6 meses), são de evitar.

No que respeita à altitude, acima de 600 metros o desenvolvimento do E. globulus é afetado

fundamentalmente devido aos ventos e às baixas temperaturas no Inverno. Acima desta altitude,

deverá ser utilizado o E. nitens.

Em relação a solos, o E. globulus adapta-se a uma grande variedade, com melhores desenvolvimentos

em solos férteis, limo-argilosos, bem drenados. São de evitar solos mal drenados ou calcários.

5.1.2 PINHEIRO – BRAVO

A área natural do Pinus pinaster é a bacia mediterrânica ocidental, estendendo-se até às costas

atlânticas do Sul de França, Norte de Espanha e Oeste de Portugal. Em Portugal e de uma maneira

geral ocorre em todo o território com relevantes limitações no interior sul. Desenvolve-se

particularmente bem na metade norte do território continental, especialmente nas regiões de

influência atlântica.

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Relativamente ao clima, a espécie desenvolve-se nos locais onde a precipitação ronda os 550 a 1200

mm por ano. Quanto à amplitude térmica o intervalo reside entre os 11º a 15ºC de média anual,

suportando mal os frios continentais. As folhas novas (agulhas) são sensíveis às geadas de Primavera.

O pinheiro-bravo desenvolve-se de um modo geral bem em todo o tipo de solos, mas com limitações

relevantes nos solos ricos em calcário ativo e nos solos hidromórficos. Desenvolve-se particularmente

bem em solos permeáveis e de textura ligeira.

5.1.3 SOBREIRO

O sobreiro (Quercus suber) encontra-se na região Mediterrânica ocidental, desde o Sul de França à

Península Itálica, Tunísia, Argélia e Marrocos, mas mais acentuadamente na Península Ibérica,

principalmente no seu Sudoeste.

Os valores de precipitação onde encontra o seu ótimo são entre os 600 e os 800 mm. É uma espécie

muito resistente à secura estival, desde que não se verifiquem valores de humidade relativa muito

baixos.

Relativamente à amplitude térmica, o intervalo situa-se entre os 15º e 19ºC de média anual, não

suportando inferiores a 5ºC. É uma espécie muito sensível às geadas na fase juvenil.

Desenvolve-se de um modo geral bem em todo o tipo de solos, exceto em solos excessivamente

argilosos, calcários, hidromórficos e muito arenosos.

6. Atividades

6.1 PLANEAMENTO

O planeamento das atividades florestais baseia-se nas necessidades de abastecimento de curto, médio

e longo prazo das unidades fabris do grupo Altri. Este planeamento procura obter o melhor uso dos

recursos naturais à sua disposição, e que a sua implementação resulte num equilíbrio dos benefícios

económicos, sociais e ambientais.

6.1.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E CARTOGRAFIA

No contexto da sua área de negócio, o Sistema de Informação Geográfica (SIG) da Altri Florestal

assume um importante papel como ferramenta de apoio à gestão. Este sistema assenta sobre uma

base de dados desenhada à imagem do património florestal gerido, cuja informação gerada é

partilhada para consulta, constantemente atualizada pelos Serviços de Apoio à Gestão (SAG).

A utilização do SIG da Altri Florestal pode assumir várias formas, das quais se destacam a produção de

cartografia de apoio, o planeamento e gestão do inventário florestal, a reestruturação de propriedades,

a definição de áreas de alto valor de conservação e a ligação a outros sistemas de informação.

A Altri Florestal produz cartografia para fins de planeamento e controlo das operações florestais

(florestação, manutenção e exploração) onde identifica os habitats protegidos e a presença potencial

das espécies de fauna ameaçadas. A cartografia operacional também representa as várias tipologias

de linhas de água (temporárias e permanentes), bem como a presença de outros sistemas aquíferos

(barragens e charcas).

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6.1.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

A Altri Florestal realiza periodicamente levantamentos sobre a legislação aplicável às suas atividades.

A empresa analisa a sua aplicabilidade e verifica o cumprimento legal através de auditorias internas.

Para as atividades de florestação e exploração a empresa promove ações de formação para todos os

colaboradores envolvidos e fornecedores de serviços, no sentido de atualizar os procedimentos sobre

a verificação do cumprimento legal.

6.1.3 APROVISIONAMENTO

No planeamento das atividades florestais, é tido em conta, a disponibilidade de recursos humanos e

equipamentos nas empresas de serviços florestais, e as necessidades destes recursos ao nível regional

ou geral da Altri Florestal. Cabe à área de gestão de aprovisionamentos e desenvolvimento de

fornecedores, juntamente com as chefias regionais, a coordenação da utilização destes recursos.

6.1.4 AVALIAÇÃO PRÉVIA DE IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS

A avaliação de impactes ambientais significativos é executada previamente à execução das operações

impactantes, recorrendo a uma avaliação no local da operação de florestação ou exploração. No caso

das operações de florestação, os resultados da avaliação, incluindo as medidas preventivas, são

registados no Projeto de Florestação e no caso da exploração no Projeto de Exploração.

Os impactes significativos das restantes operações são alvo de medidas preventivas definidas no

Código de Práticas Florestais, que são avaliadas caso a caso e transmitidas aos operadores florestais

pelos responsáveis regionais da Altri Florestal. Esta fase operacional da avaliação de impactes

ambientais é realizada antes de executar qualquer operação, de modo a poder decidir quais as

eventuais medidas de conservação e/ou precauções específicas necessárias.

6.1.5 CÓDIGO PRÁTICAS FLORESTAIS

No Código de Práticas Florestais (CPF), a Altri Florestal descreve todos os procedimentos considerados

necessários para garantir a correta execução dos serviços, evitar ou, minimizar os impactes ambientais

e sociais identificados e reduzir a exposição dos trabalhadores aos riscos associados ao trabalho

florestal.

O CPF estipula todos os procedimentos e equipamentos considerados necessários para salvaguardar

a saúde e segurança das pessoas envolvidas nas atividades florestais, sejam elas trabalhadores da Altri

Florestal ou de empresas prestadores de serviços florestais.

O CPF é disponibilizado aos fornecedores de serviços florestais, que se deverão fazer acompanhar dele

no decorrer dos trabalhos, assegurando a sua aplicação. O cumprimento dos procedimentos de

segurança é avaliado pelos responsáveis da Altri Florestal no acompanhamento dos trabalhos.

6.1.6 FORMAÇÃO NA FRENTE DE TRABALHO

O programa de Formação na Frente de Trabalho (FFT) pretende assegurar a eficaz transmissão dos

requisitos de trabalho através da realização de curtas ações de formação na frente de trabalho, com

elevada frequência de realização. Esta formação incide sobre os aspetos de saúde e segurança, os

impactes ambientais e sociais e as corretas técnicas e práticas de trabalho.

A FFT prevê a realização de uma ação de formação no início de todos os trabalhos, na qual são

explicadas as orientações gerais do Código de Práticas Florestais e as particularidades da obra em

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causa. Desta forma, os trabalhadores recebem formação detalhada sobre o trabalho que irão executar

de seguida.

Os formandos recebem, após a formação, o "Cartão de Formação" da Altri Florestal. Este cartão é

específico por função de operador florestal. O cartão contém os contactos da Altri Florestal e os de

emergência. No verso do cartão estão resumidos os principais procedimentos de segurança para a

função em causa, tal como os equipamentos de proteção individual a utilizar pelo operador.

6.1.7 DOSSIER DE SEGURANÇA FLORESTAL

A partir de 2013 a Altri Florestal iniciou um novo projeto de promoção e apoio junto dos seus

Fornecedores de Serviços Florestais (FSF), no sentido de os capacitar para em contexto de trabalho

(frente de obra) evidenciarem as suas obrigações sociais e laborais e requisitos de saúde e segurança.

Trata-se assim de um modelo de organização documental que pretende facilitar a comunicação entre

os FSF, a Altri Florestal e as entidades que realizam as inspeções e auditorias.

Este projeto passou por uma fase de sensibilização dos fornecedores que envolveu os gestores das

empresas presentes na bolsa de fornecedores. Durantes estas ações, a Altri Florestal disponibilizou aos

FSF o modelo de dossier com um índice que sistematiza as evidências documentais exigidas na frente

de trabalho.

Após a fase de sensibilização foi executado um plano de auditorias internas exclusivamente dedicadas

à segurança no trabalho que, avaliaram a implementação do Dossier de Segurança Florestal na frente

de trabalho. Permitiu também avaliar os conhecimentos dos trabalhadores sobre os riscos associados

às operações florestais e verificar as evidências documentais colocadas no Dossier com os

trabalhadores, máquinas e equipamentos presentes na frente de trabalho auditada.

Os resultados destas auditorias integraram o processo anual de avaliação dos FSF, no sentido de

promover as empresas que, mais rapidamente integraram este novo procedimento nas suas práticas

operacionais.

6.2 PRODUÇÃO DE PLANTAS

Os Viveiros do Furadouro são uma empresa do Grupo Altri e garantem à Altri Florestal o fornecimento

das plantas usadas nas suas florestações. Na fase de planeamento são definidas as espécies e, dentro

destas, as proveniências ou os genótipos mais adequados a cada situação.

Para além de eucaliptos, têm sido produzidos milhões de plantas de outras espécies, nomeadamente

pinheiros, sobreiros, azinheiras e outros carvalhos, medronheiros, espécies ripícolas, cedros do Buçaco

e casuarinas. Os Viveiros do Furadouro disponibilizam todas estas espécies também para clientes

externos, nomeadamente proprietários, empreiteiros e associações florestais.

Os processos e os materiais de produção utilizados nos Viveiros do Furadouro para a produção das

diferentes espécies florestais permitem obter plantas de elevada qualidade.

As plantas geneticamente melhoradas de Eucalyptus globulus são produzidas por via seminal –

sementes obtidas através de polinização controlada - ou através da propagação vegetativa de clones

testados. Todas as outras espécies são produzidas através de semente que é selecionada em função das

suas proveniências, garantindo uma elevada adaptabilidade à estação onde serão plantadas.

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Os Viveiros do Furadouro estão licenciados pela AFN para as atividades de produção e comercialização

de sementes e plantas florestais. Todas as plantas florestais são sujeitas a um rigoroso controlo de

qualidade, cumprindo e ultrapassando os critérios definidos pelo DL 205/2003 sobre comercialização

de materiais florestais de reprodução.

6.3 FLORESTAÇÃO

Inicia-se com a preparação de terreno, que consiste normalmente no destroçamento e incorporação

localizada do material lenhoso existente, seguido de mobilização do solo. A fertilização é prescrita com

base na análise de solos e a plantação é feita com uma densidade que varia entre 1000 e 1500 plantas

por hectare.

As plantas utilizadas são produzidas a partir de sementes obtidas por polinização controlada, nas áreas

de produção de sementes, ou estacas resultantes do programa de melhoramento genético da empresa.

Após cada corte a decisão de reflorestar é baseada na comparação das produtividades e retorno

económico da rotação seguinte em talhadia e reflorestação respetivamente. A reflorestação verifica-se

quando cumpre os critérios de aumento de produtividade e rentabilidade esperadas.

6.4 MANUTENÇÃO

Ao longo da rotação são feitas duas ou três adubações, conforme o desenvolvimento do povoamento

e o seu estado nutricional, acompanhado por operações de controlo da vegetação concorrente. A

condução é feita em talhadia, sendo a seleção de rebentos de toiça realizada aos dois ou três anos, que

deverá resultar num número de varas por hectare correspondente à densidade inicial de plantação. Nas

operações de manutenção inclui-se ainda o controlo da vegetação arbustiva para proteção contra

incêndios.

6.5 EXPLORAÇÃO

Na grande maioria dos casos, o corte final é efetuado entre os 10 e os 14 anos. O sistema base de

exploração assenta na combinação da utilização do trator processador (Harvester) e do trator carregador

(Forwarder). O transporte é feito por via rodoviária e ferroviária.

6.6 INFRAESTRUTURAS

Para a além da classificação da rede viária principal segundo a terminologia nacional, a Altri Florestal

classifica a sua rede viária florestal com os seguintes atributos:

Trilho Percurso com caráter temporário onde circulam apenas máquinas florestais e

viaturas todo-o-terreno

Estradão Percurso com caráter permanente onde circula um camião com atrelado nas

épocas secas do ano

Caminho

Florestal

Percurso com caráter permanente onde circula um camião com atrelado em todas

as épocas do ano

A instalação e manutenção da rede viária é realizada com base num planeamento que considera todos

os aspetos técnicos relevantes (tipo de circulação, inclinações) e os aspetos ambientais (drenagem,

atravessamento de linhas de água, características do solo, áreas de conservação).

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Os caminhos são planeados de forma a minimizar a sua quantidade e a maximizar a acessibilidade da

área florestal, bem como a manter o comportamento adequado e a qualidade da água a jusante.

6.7 INVENTÁRIO FLORESTAL

O Inventário Florestal é um trabalho estatístico realizado com a finalidade da obtenção de

caracterizações quantitativas e qualitativas dos recursos florestais. A Altri Florestal realiza inventários

florestais de forma contínua, sendo esta uma das mais importantes fontes da informação de apoio à

gestão florestal.

Os resultados dos inventários florestais permitem a análise das atuais produtividades dos

povoamentos, assim como, com recurso a modelos matemáticos, a previsão de produções futuras.

Estes factos fazem com que esta seja informação fundamental na tomada de decisões no planeamento

da exploração florestal. Para além disto, os resultados de inventário são também utilizados no controlo

das operações florestais, no planeamento de intervenções fitossanitárias, na estimativa dos riscos e

severidade dos incêndios e no cálculo de indicadores de gestão vários.

7. Conservação e biodiversidade

7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS VALORES DE CONSERVAÇÃO

A identificação das áreas de conservação é efetuada para cada propriedade presente no património

da Altri Florestal, através das seguintes fases:

Fases Tarefas Resultados

Recolha de

informação

PSRN2000, Planos de

ordenamento de Áreas

Classificadas (AC), PROF,

informação fornecida por

peritos.

O sistema nacional de AC inclui amostras representativas de

ecossistemas existentes na paisagem. Assim, e dada a dispersão do

património da empresa pelo País, considera-se que o património

da empresa situado dentro das AC pode assegurar a conservação

destas amostras.

Identificação de

estratos de

vegetação

Compartimentação da

propriedade através dos

diferentes estratos de vegetação

Os estratos potencialmente interessantes para a função de

conservação são identificados e mapeados.

Visita de campo

às propriedades

com potenciais

áreas de

conservação

Avaliação do valor ecológico

global da propriedade, com

base na comprovação da

presença dos valores de

conservação

Critérios para a avaliação:

- Potencial para conservar as espécies ameaçadas (e/ou seus

habitats);

- Potencial para conservar a diversidade de habitats a uma escala

pequena/ média;

- Potencial de restauro (exemplo: áreas plantadas com eucalipto

mas ainda com abundantes elementos de vegetação semi-natural);

- Conectividade, dimensão da área de conservação;

- Grau de naturalidade da comunidade

- Raridade ou importância regional do habitat

- Importância para a proteção de recursos hídricos e/ou solo.

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7.2 GESTÃO DA BIODIVERSIDADE

As áreas com função principal de conservação são geridas com base em avaliações do seu estado de

conservação. Caso a caso é decidido quais as intervenções necessárias para conservar e melhorar os

valores ecológicos.

A Altri Florestal implementou, após caracterização das áreas de conservação, um programa de gestão

e monitorização das áreas de conservação. Com base em visitas de campo é avaliado o estado de

conservação das propriedades visitadas e são identificadas medidas de gestão que visam proteger ou

restaurar valores de conservação. Estas medidas são integradas num plano plurianual de intervenções

nas áreas de conservação e executadas conforme o seu planeamento.

As medidas de gestão das áreas de conservação são definidas com base nos valores neles presentes

(prováveis ou comprovados) e nas orientações provenientes de fontes como PSRN2000, Livro

Vermelho de Vertebrados de Portugal, entre outros.

Na elaboração de projetos de florestação de maior dimensão ou com condicionantes (por exemplo

nas áreas integradas no Sistema Nacional das Áreas Classificadas), é avaliada a oportunidade de

estabelecer novas áreas de conservação, nomeadamente através de zonas de descontinuidade ou

corredores ecológicos.

Para cada uma das 20 Áreas Classificadas com áreas sob gestão da Altri Florestal, foram elaborados

Planos de Gestão da Biodiversidade, acompanhados e validados pelo ICNF.

8. Monitorização

8.1 CONTROLO DE PRAGAS, DOENÇAS E INFESTANTES

As principais pragas do Eucalyptus globulus capazes de causar danos significativos nos povoamentos

da Altri Florestal, são o gorgulho (Gonipterus platensis) e a broca do eucalipto (Phoracantha spp.).

Gonipterus platensis é um inseto fitófago, que se alimenta preferencialmente de folhagem recente, a

passar para folha adulta, tanto no estado larvar como no estado adulto. Em casos de populações

elevadas, este inseto origina redução importante da área foliar e, por vezes, perda de dominância

apical, conduzindo a atraso no crescimento das árvores e desvalorização económica da madeira.

Para responder a esta praga, e numa perspetiva de gestão integrada, a Altri Florestal tem vindo

desenvolver, projectos de I&D, com efeitos a médio longo prazo, nas áreas de melhoramento genético,

luta biotécnica e luta biológica com parasitóides alternativos ao Anaphes nitens, nomeadamente o

Anaphes inexpectatus. Adicionalmente, tem desenvolvido acções de efeito a curto prazo,

nomeadamente através da reflorestação com espécies consideradas menos suscetíveis ao gorgulho,

nomeadamente Eucalyptus nitens e a partir de 2011 recorreu-se ao controlo químico nas áreas com

um nível de ataque significativo.

Os principais insetos que atacam o tronco do eucalipto são as brocas-do-eucalipto, com duas espécies

presentes em Portugal, P. semipunctata e P. recurva. Estas espécies atacam, no seu estado larvar,

eucaliptos debilitados, o que conduz, em geral, à morte das árvores. A luta contra P. recurva tem

passado pela utilização dos métodos já desenvolvidos para o controlo de P. semipunctata,

nomeadamente a remoção e destruição de árvores atacadas, o uso de armadilhas de toros.

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

Página 17

A monitorização das pragas acima referidas é efectuada através do inventário florestal da empresa e

no caso do Gonipterus é efectuada uma monitorização adicional, pela estrutura operacional da

empresa, no início de cada ano.

A principal doença das folhas do eucalipto em Portugal é a doença das manchas das folhas do

eucalipto e é causada por várias espécies de fungos do género Mycosphaerella. Atualmente, a doença

das manchas das folhas do eucalipto está presente em todo o país, com maior incidência na região

litoral, onde períodos de chuva frequentes, ou mesmo neblinas matinais, coincidentes com

temperaturas amenas proporcionam condições ideais ao seu desenvolvimento. A doença causa

manchas foliares necróticas e queda das folhas, reduzindo a área fotossintética podendo conduzir a

uma redução significativa do crescimento.

As principais pragas de sobreiro encontradas nos povoamentos de sobreiro no património gerido

pela Altri Florestal são a cobrilha de cortiça (Coroebus undatus), cobrilha dos ramos (Coroebus

florentinus) e a lagarta do sobreiro (Lymantria díspar). As doenças são sobretudo o carvão do

entrecasco (Biscogniauxia mediterrânea) e a doença da tinta (Phytophthora cinnamomi).

A principal praga de pinheiro-bravo identificada nos pinhais sob gestão é a processionária

(Thaumetopoea pityocampa).

Até à data, não foram identificadas árvores afetadas com o nemátodo do pinheiro (Bursaphelenchus

xylophilus).

Estas pragas de sobreiro e pinheiro não têm provocado situações preocupantes em termos

fitossanitários.

Com base no levantamento efetuado em 2008, foram encontradas infestantes vegetais em

aproximadamente 30% das propriedades geridas pela Altri Florestal. As espécies dominantes são

mimosa (Acacia dealbata), acácia-de-espigas (Acacia longifolia), austrália (Acacia melanoxylon), acácia

(Acacia pycnantha) e háquea-picante (Hakea sericea).

A situação das espécies infestantes tem sido alvo de uma preocupação permanente na gestão da Altri

Florestal, com intervenções de controlo quando estas apresentam taxas de sucesso aceitáveis.

A Altri Florestal utiliza produtos fitofarmacêuticos na proteção das suas plantações. Os produtos

químicos utilizados são aplicados de acordo com critérios técnicos rigorosos e cumprindo com a

legislação aplicável. Apenas são utilizados os produtos, cujos princípios ativos são autorizados pelas

normas de gestão florestal. Os operadores que realizam as aplicações têm formação e utilizam os EPI

(equipamentos de proteção individual) adequados.

8.2 VISTORIAS ÀS ATIVIDADES FLORESTAIS

As vistorias florestais são uma ferramenta indispensável para a verificação do cumprimento dos

requisitos do Sistema de Gestão Florestal na execução das atividades florestais por parte das empresas

fornecedores de serviços florestais. Estes requisitos abrangem todos os aspetos essenciais na área

ambiental, social e qualidade de execução. Os resultados das vistorias são considerados na

classificação anual e contratação dos fornecedores de serviços.

8.3 IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS

A Altri Florestal realiza a monitorização em todas as áreas dos projetos de florestação. Pretende-se

com a monitorização, realizada no semestre seguinte à época de plantação, avaliar se as medidas

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

Página 18

tomadas no projeto estão a ter o efeito desejado ou se é necessário voltar a intervir para corrigir ou

adequar futuros procedimentos.

Na monitorização de impactes ambientais, avalia-se a erosão e a perturbação de habitats/espécies

ameaçadas. Na erosão regista-se o tipo de erosão e o local de ocorrência. Na perturbação de

habitats/espécies ameaçadas, verifica-se o cumprimento das medidas estabelecidas no projeto para

salvaguardar os valores identificados de fauna e flora.

Na monitorização dos impactes sociais, avalia-se a proximidade das populações locais, dos terrenos

cultivados e o cumprimento da legislação aplicável.

8.4 VALORES DE CONSERVAÇÃO

Foram registadas nas áreas da AF um conjunto significativo de valores naturais (habitats e espécies).

Todos os registos são mantidos numa base de dados geográfica vocacionada para o registo das

observações de todos os colaboradores da empresa, de consultores e de voluntários externos

(www.biodiversity4all.org).

A Altri Florestal tem vindo a recolher informação sobre a presença provável ou comprovada de

espécies ameaçadas no seu património. Para tal recorre à ajuda de diversos especialistas, devido ao

elevado grau de conhecimento específico necessário para a identificação destas espécies. Também

tem vindo a compilar a informação disponível em diversos organismos e instituições, tanto públicos

como privados, disponibilizando a mesma a todas as áreas da empresa.

Os principais projetos de identificação e monitorização dos valores de conservação apresentam-se no

seguinte quadro:

Projetos Parcerias Resultados

FITOS

(2006 – 2009)

Capital Natural

Escola Superior Agrária

Castelo Branco

- Identificação de áreas de conservação e habitats classificados

e respetivas medidas de gestão.

- Definição da metodologia e identificação das FAVC.

- Formação a todos os colaboradores sobre os valores naturais

identificados e medidas de gestão.

- Consulta às partes interessadas sobre as FAVC identificadas

no projeto.

Monitorização

da avifauna

(2008 - 2014)

Mãe d’água

Carlos Pacheco

- Identificação e monitorização da presença de espécies

ameaçadas em todo o património sob gestão.

- Implementação de medidas de proteção dos ninhos e

aplicação de restrições temporais ás atividades florestais nos

períodos de nidificação.

- Colocação de plataformas para ninhos de grandes rapinas.

NaturSapo

(2010-2014)

CIBIO (Univ. Porto)

Naturlink

- Inventário em 20 ribeiras permanentes das populações de

anfíbios e répteis.

- Criação de 4 Microreservas de proteção a populações

relevantes de anfíbios.

- Ações de restauro do habitat ribeirinho.

- Elaboração de manual de construção de charcos temporários

(stepping stones) para aplicação nos projetos de florestação.

- Ações de divulgação do projeto e das microreservas.

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

Página 19

Avaliação dos

impactes das

plantações

florestais na

fauna

(2009-2013)

CIBIO (Univ. Porto)

University of York

Joana Cruz (Doutoramento)

- Monitorização das populações de anfíbios, morcegos, e

mamíferos

- Colocação de câmaras noturnas para monitorização dos

mamíferos que utilizam o eucaliptal (javali, raposa, texugo,

etc.).

Business and

Biodiversity

(2007-…)

ICNB - Compromisso do Grupo Altri perante a sociedade na

conservação dos valores naturais nas áreas sob gestão e na

divulgação das suas práticas de gestão

- Participação em ações de divulgação e promoção do valor da

biodiversidade.

Projeto Cabeço

Santo

(2005 -…)

Quercus – Núcleo Regional

de Aveiro

- Cedência da gestão de áreas de conservação ao Núcleo de

Aveiro da Quercus.

- Ações de restauro do habitat ribeirinho da Ribeira de

Belazaima.

- Erradicação e controlo de invasoras lenhosas.

- Envolvimento de voluntários nos trabalhos de restauro

(plantação de espécies autóctones).

Análise dos

Valores de

Conservação e

Sustentabilidade

do grupo Altri

(2012)

WWF

CEABN - ISA

- Adesão ao GFTN Iberia

- Avaliação do Relatório de Sustentabilidade

- Diagnóstico e Avaliação dos Altos Valores de Conservação.

FISHTREE

(2013 e 2017)

ADISA

Dr. João Oliveira

- Avaliação das populações de fauna piscícola presente nas

principais microbacias florestadas sob gestão da Altri

Florestal.

- Avaliação do Indice Piscícola de Integridade Biótica.

- Recomendações de gestão e monitorização das áreas

envolventes aos rios e ribeiras avaliados.

- Avaliação e monitorização das populações de ictiofauna,

répteis e anfíbios em duas Estações de Biodiversidade (EBIO).

Projeto LIFE

Imperial

LPN (Promotor) - A Altri Florestal na propriedade Galisteu situada no Parque

Natural do Tejo Internacional, promove um conjunto de ações

no sentido de melhorar as condições do habitat para a Águia-

Imperial.

- As ações na promoção do habitat da principal presa alvo da

espécie – Coelho-bravo e na instalação e manutenção de

plataformas artificiais para fomento da nidificação da espécie.

9. Prevenção e combate de incêndios florestais

Todos os anos realiza-se por parte da Altri Florestal um grande investimento em silvicultura preventiva

e nos dispositivos de deteção e combate aos incêndios florestais da AFOCELCA.

A silvicultura preventiva baseia-se em grande parte na manutenção de rede divisional (aceiros), faixas

de gestão de combustível e na redução da quantidade de combustível no interior dos povoamentos.

A manutenção de charcas e pontos de água permite disponibilizar água para as estruturas de combate

em caso de incêndio.

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

Página 20

A Altri Florestal integra a AFOCELCA desde a sua criação em 2002. Trata-se de um agrupamento

complementar de empresas, atualmente entre os grupos Altri e The Navigator Company.

A estratégia de combate da AFOCELCA assenta numa lógica de que o menor tempo de controlo dos

incêndios implica menores perdas para as empresas, e numa filosofia de que não existem fogos ou

fumos aceitáveis, pelo que todos os fumos e/ou fogos, deverão ser verificados, acompanhados e

combatidos com a máxima prontidão. A AFOCELCA integra-se e colabora com a estrutura nacional de

Defesa da Floresta contra Incêndios.

10. Partes interessadas

10.1 DIÁLOGO COM AS COMUNIDADES LOCAIS

A estrutura operacional da empresa relaciona-se com as comunidades locais através do diálogo com

os vizinhos, os representantes do poder local (juntas de freguesia, municípios) que, recebem

informação sobre as atividades florestais que estão planeadas nos respetivos territórios.

Este diálogo permite identificar e discutir os potenciais impactos decorrentes das operações e

promover as medidas para os prevenir. Permite também estabelecer uma rede de comunicação e alerta

sobre qualquer ocorrência ou emergência (fogo florestal).

10.2 AÇÕES DE COMUNICAÇÃO

A Altri Florestal responde positivamente às solicitações que lhe são endereçadas para participar em

eventos de divulgação/sensibilização das boas práticas florestais, investigação e desenvolvimento,

conservação e biodiversidade, segurança no trabalho florestal, etc. A empresa também tem promovido

várias iniciativas onde, convida as partes interessadas para debater temas relevantes da sua gestão

florestal.

Esta participação permite uma troca de informações entre os diferentes agentes do sector visando a

transmissão de conhecimentos sobre a gestão florestal sustentável.

10.3 ENVOLVIMENTO

As ações de envolvimento pretendem dinamizar o diálogo com partes interessadas e posicionar a Altri

Florestal como uma referência no desenvolvimento das regiões onde atua.

Estas parcerias pretendem obter um reconhecimento da importância da empresa enquanto agente de

desenvolvimento económico e a construção de uma relação de confiança entre os diferentes agentes

para a criação de valor, tanto económico como ambiental e social.

A Altri Florestal estabeleceu um conjunto relevante de parcerias, das quais destacamos:

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

Página 21

Parceria Parceiros Objetivos

Apoio técnico

em sistemas de

gestão

Organizações de Produtores

florestais e Fornecedores de

madeira certificada

A Altri Florestal pretende incentivar a certificação florestal,

apoiando as entidades gestoras de certificados de grupo no

processo de implementação, certificação e manutenção dos

sistemas de gestão florestal.

Investigação

Florestal

Universidades e Escolas de

Ciências Agrárias

Estabelecimento de parcerias na utilização das áreas sob gestão

para o desenvolvimento de estudos sobre solos, melhoramento,

biologia das espécies, etc.

Realização de estágios curriculares.

Instalação de

apiários

Apicultores Contribuição para o desenvolvimento da economia local e familiar

nas áreas onde atua a empresa.

Contribuição para potenciar a polinização e consequente

produção de sementes.

Atividades de

cinegética e

silvopastorícia

Associações de Caça

Pastores

A Altri Florestal autoriza e promove a utilização das áreas sob

gestão para o uso cinegético e silvopastoril, de acordo com a

definição de regras de conduta que respeitem os espaços

florestais e as áreas de conservação.

Atividades

lúdicas

Empresas A Altri Florestal autoriza a utilização das áreas sob gestão para a

realização de eventos desportivos na floresta, de acordo com a

definição de regras de conduta que respeitem os espaços

florestais e as áreas de conservação.

Este documento encontra-se disponível solicitando uma cópia ao contacto de Certificação Florestal

[email protected].

Qualquer comentário, dúvida ou sugestão sobre este documento deve ser remetido para

[email protected].

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

22

Página 22

ANEXO I – INDICADORES DE GESTÃO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DE ACORDO COM O ANEXO A DA NP 4406:2014

A1. Critério 1: Manutenção e aumento apropriado dos recursos florestais e o seu contributo para os ciclos globais do carbono

A1.1 – Indicador: Espaço Florestal

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

Página 23

A2. Critério 2: Manutenção da saúde e vitalidade dos ecossistemas florestais

A2.1 – Indicador: Perigosidade de incêndio

Classe de Risco de Incêndio Área (ha)

2010 2011 2013 2014

1: Baixo 100 118 121 117

2: Baixo-Moderado 1457 1079 1093 1050

3: Moderado 3457 3095 3128 3122

4: Elevado 40319 41043 41851 40562

5: Muito Elevado 37282 37562 37419 37620

6: Urbano 58 84 79 79

7: Hidrografia 51 64 65 64

Tipo de Rede Viária Unidades 2017

Rede viária total m/ha 118

Trilho m/ha 60

Estradão m/ha 20

Caminho Florestal m/ha 8

Sem classificação m/ha 30

Rede divisional m2/ha 309

Meios de Combate 2017

Helicópteros 4

Semipesados 16

Ligeiros 34

Torres de vigia 3

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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A2.2 – Indicador: Deficiências nutricionais

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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A2.3 – Indicador: Factores bióticos e abióticos

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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Critério 4: Manutenção, conservação e fomento apropriado da diversidade biológica nos ecossistemas florestais

A4.1 – Indicador: Diversidade biológica

Habitats identificados

Área (ha)

2015 2016 2017

3120 - Águas oligotróficas muito pouco mineralizadas em solos geralmente arenosos do oeste mediterrânico com Isoëtes spp 49 49 60

3170* - Charcos temporários mediterrânicos 2 2 2

4020* - Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix 3 3 3

4030 - Charnecas secas europeias 584 584 576

5210 - Matagais arborescentes de Juniperus spp 83 83 83

5230* - Matagais arborescentes de Laurus nobilis 4 4 4

5330 - Matos termomediterrânicos pré-desérticos 877 877 873

6310 - Montados de Quercus spp. de folha perene 1833 1833 1681

6420 - Pradarias húmidas mediterrânicas de ervas altas da Molinio - Holoschoenion 2 2 2

8220 - Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica 25 25 25

91B0 - Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia 6 6 6

91E0* - Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior 94 94 95

91F0 - Florestas mistas de Quercus robur, Ulmus laevis, Ulmus minor, Fraxinus excelsior ou Fraxinus angustifolia das margens de grandes rios 1 1 1

9230 - Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica 21 21 21

9240 - Carvalhais ibéricos de Quercus faginea e Quercus canariensis 4 4 4

9260 - Florestas de Castanea sativa 8 8 8

92A0 - Florestas-galerias de Salix alba e Populus alba 109 109 103

92B0 - Florestas-galerias junto aos cursos de água intermitentes mediterrânicos com Rhododendron ponticum , Salix e outras espécies 1 1 1

92D0 - Galerias e matos ribeirinhos meridionais 18 18 18

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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9330 - Florestas de Quercus suber 94 94 94

9340 - Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia 90 90 90

3908 3908 3749

A4.2 – Indicador: Espécies e habitats protegidos e/ou ameaçados e espécies endémicas

Habitats identificados Área (ha)

2015 2016 2017

3170* - Charcos temporários mediterrânicos 2 2 2

4020* - Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix 3 3 3

5230* - Matagais arborescentes de Laurus nobilis 4 4 4

6220* - Subestepes de gramíneas e anuais da Thero-Brachypodietea 2 3 0

91E0* - Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior 94 94 95

106 106 104

Aves

Noitibó-de-nuca-vermelha - Caprimulgus ruficollis

Chasco-ruivo - Oenanthe hispanica

Abutre-preto - Aegypius monachus

Águia-real - Aquila chrysaetos

Cegonha-preta - Ciconia nigra

Abutre-do-Egito - Neophron percnopterus

Açor - Accipiter gentilis

Alcaravão - Burhinus oedicnemus

Coruja-do-nabal - Asio flammeus

Noitibó-da-Europa - Caprimulgus europaeus

Tartaranhão-caçador - Circus pygargus

Falcão-peregrino - Falco peregrinus

Ógea - Falco subbuteo

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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Colhereiro - Platalea leucorodia

Águia-Imperial - Aquila adalberti

Anfíbios e Répteis

Salamandra -lusitânica - Chioglossa lusitanica

Cágado-de-carapaça-estriada - Emys orbicularis

Tritão-palmado - Triturus helveticus

Mamíferos

Morcego-de-franja - Myotis nattereri

Lobo-ibérico - Canis lupus

Peixes

Lampreia-de rio - Lampetra fluviatilis

Enguia-europeia - Anguilla anguilla

Boga-de-boca-arqueada - Iberohondrostoma lemmingii

Boga-portuguesa - Iberochondrostoma lusitanicum

Bordalo - Squalius alburnoides

Escalo do Sul - Squalius pyrenaicus

Invertebrados

Libélula Esmeralda - Oxygastra curtisii

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

Página 29

A4.3 – Indicador: Árvores longevas e cavernosas e madeira morta

Árvores longevas 2008 2013

Azinheira - Quercus ilex (>200) 2 2

Carvalho-cerquinho (>200) 1 1

Cedro de bussaco - Cupressus lusitanica (>300) 5 5

Freixo - Fraxinus angustifólia (>200) 1 1

Oliveira - Olea europaea (>200) 1 1

Pinheiro manso - Pinus pinea (>200) 5 5

Sobreiro Quercus suber (>200) 5 6

Eucalyptus globulus 2

Eucalyptus viminalis 1

Nogueira - Juglans regia (>200) 1 1

21 25

Madeira Morta 2017

Densidade média eucalipto (árv/ha) 23

A4.4 – Indicador: Regeneração e material florestal de reprodução

Regeneração Povoamento Área 2017

Plantação 63085

Regeneração Natural 2052

Sementeira 317

Sem classificação 3170

68624

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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A.5 Critério 5: Manutenção e fomento apropriado das funções protetoras na gestão das florestas (principalmente solo e água)

A5.2 – Indicador: Rede viária e divisional

Tipo de Rede Viária Unidades 2017

Rede viária total m/ha 118

Trilho m/ha 60

Estradão m/ha 20

Caminho Florestal m/ha 8

Sem classificação m/ha 30

Rede divisional m2/ha 309

A.6 Critério 6: Manutenção de outras funções e condições socioeconómicas

A6.3 – Indicador: Volume e qualificação do emprego

A - Formação Itinerante Carrinha B - Formação Frente de Trabalho

Colaboradores 126 Colaboradores 366

Empresas FSF 31 Empresas FSF 34

A - Formação com duração de cerca de duas horas com apoio da carrinha de formação itinerante da Altri Florestal sobre saúde e segurança em trabalho florestal. Debate sobre principais riscos e perigos das equipas dos Fornecedores de Serviços Florestais e visualização de filmes de segurança sobre o tipo de trabalho a executar (florestação, manutenção ou exploração). Normalmente esta formação é antecedida de auditoria de verificação do cumprimento do dossier de segurança florestal da obra e respectivas operações florestais.

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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B - Formação com duração de cerca de 30 min. realizada antes de qualquer colaborador de fornecedor de serviço iniciar o trabalho. Aborda os principais aspectos de segurança e cuidados ambientais específicos para a obra que irá iniciar, bem como

questões relacionada com qualidade do serviço e aspectos sociais.

A6.4 – Indicador: Segurança e saúde no trabalho

Variável: sinistralidade AF 2015 2016 2017

Acidentes ligeiros 0 0 0

Acidentes graves 0 0 0

Acidentes mortais 0 0 0

Variável: sinistralidade FSF 2015 2016 2017

Acidentes ligeiros 0 1 1

Acidentes graves 0 0 0

Acidentes mortais 0 0 0

A6.5 – Indicador: Conservação de locais de valor cultural

Locais de Valor Cultural N.º

Achado(s) Isolado(s) 3

Anta 1

Arqueológico 2

Arte Rupestre 3

Arvore Monumental 1

Cruzeiro 1

Culto 14

Resumo Público Plano de Gestão Florestal

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Cultural 1

Dolmen 2

Edificio Valor Arquitectónico 8

Eira 1

Estação de Ar Livre 4

Estrutura 1

Fontes ou Fontanários 23

Gruta 5

Habitat 1

Inativa! 1

Indeterminado 3

Inscrição 1

Levadas ou Aquedutos 3

Mamoa 5

Menir 1

Minas de Água 6

Monumento Megalítico 1

Necrópole 2

Ponte 2

Ponte Românica 1

Povoado 3

Povoado Fortificado 1

Tanque de rega 1

Tesouro 1

Vestígios de Superfície 2

Vestígios Diversos 2

Via 1

Forno tijolo 1

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Total Geral 109