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RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE GESTÃO FLORESTAL Agosto de 2012 Principais aspetos da gestão florestal da Altri Florestal

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RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE GESTÃO FLORESTAL

Agosto de 2012 Principais aspetos da gestão florestal da Altri Florestal

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Resumo Público do Plano de Gestão Florestal

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INDICE

1. RESUMO ........................................................................................................................................................................ 3

2. ALTRI FLORESTAL .................................................................................................................................................... 3

3. ÁREA DE ATUAÇÃO................................................................................................................................................ 5

3.1 CONDIÇÕES SOCIOECONÓMICAS DAS ÁREAS ADJACENTES .......................................................... 6

4.1 PRODUÇÃO FLORESTAL ........................................................................................................................................ 8

4.2 CONSERVAÇÃO .......................................................................................................................................................... 9

4.3 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS OU DE INFRAESTRUTURAS ......................................................... 9

5.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES FLORESTAIS ............................................................................................................... 10

5.1.1 EUCALIPTO ............................................................................................................................................................. 10

5.1.2 PINHEIRO – BRAVO ........................................................................................................................................... 10

5.1.3 SOBREIRO ............................................................................................................................................................... 11

6.1 PLANEAMENTO ........................................................................................................................................................ 11

6.1.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E CARTOGRAFIA ................................................................................... 11

6.1.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ................................................................................................................................. 11

6.1.3 APROVISIONAMENTO ........................................................................................................................................ 12

6.1.4 AVALIAÇÃO PRÉVIA DE IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS ........................................................ 12

6.1.5 CÓDIGO PRÁTICAS FLORESTAIS ................................................................................................................ 12

6.1.6 FORMAÇÃO NA FRENTE DE TRABALHO................................................................................................ 12

6.2 PRODUÇÃO DE PLANTAS .................................................................................................................................. 13

6.3 FLORESTAÇÃO ......................................................................................................................................................... 13

6.4 MANUTENÇÃO ......................................................................................................................................................... 14

6.5 EXPLORAÇÃO ........................................................................................................................................................... 14

6.6 INFRAESTRUTURAS ................................................................................................................................................ 14

6.7 INVENTÁRIO FLORESTAL .................................................................................................................................... 14

7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS VALORES DE CONSERVAÇÃO .......................................................................... 15

7.2 GESTÃO DA BIODIVERSIDADE ......................................................................................................................... 15

8.1 CONTROLO DE PRAGAS, DOENÇAS E INFESTANTES ........................................................................ 16

8.2 VISTORIAS ÀS ATIVIDADES FLORESTAIS ................................................................................................... 17

8.3 IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS ............................................................................................................... 17

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8.4 VALORES DE CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................... 18

10.1 DIÁLOGO COM A COMUNIDADE ENVOLVENTE ................................................................................. 20

10.2 AÇÕES DE COMUNICAÇÃO ........................................................................................................................... 20

10.3 ENVOLVIMENTO .................................................................................................................................................... 20

ANEXO I – INDICADORES DE GESTÃO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DE ACORDO COM O ANEXO B DA NP 4406:2009 .................................................................................................................................................................. 22

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Resumo Público do Plano de Gestão Florestal P R I N C I P A I S A S P E T O S D A G E S T Ã O F L O R E S T A L D A A L T R I F L O R E S T A L

1. Resumo

O resumo do plano de gestão florestal, tem como principal objetivo comunicar com as partes interessadas da Altri Florestal e apresentar uma síntese dos principais aspetos da gestão florestal preconizada pela nossa empresa. Apresenta também neste documento todos os aspetos requeridos em termos de certificação florestal pela NP4406 – Sistemas de gestão florestal sustentável (PEFC - Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes).

Os indicadores do Anexo B (NP 4406:2009) estão apresentados no Anexo 1 com a respetiva indicação do critério e indicador e foram apurados com base nos dados recolhidos sobre o património sob gestão da Altri Florestal referente a 31 de dezembro de 2011.

2. Altri Florestal

A Altri Florestal foi constituída em 1966 e é uma das principais empresas a operar no setor florestal em Portugal, dedicando-se em especial à produção de rolaria de eucalipto para pasta para papel.

A empresa é uma parte integrante do grupo Altri, um dos produtores europeus de referência no sector de pasta para papel, sendo um dos mais eficientes produtores da Europa de pasta de eucalipto branqueada.

A floresta da Altri Florestal é gerida de forma a garantir a sustentabilidade nas vertentes económica, ecológica e social. A sua atividade é principalmente dirigida para a produção de madeira com níveis de qualidade e custo competitivos, com a utilização das técnicas mais adequadas de preparação, manutenção e exploração das suas florestas. Os impactes

FIGURA 1 – ORGANOGRAMA GRUPO ALTRI

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negativos de natureza ambiental e social são controlados e, sempre que possível, minimizados.

A preservação do património florestal é outro dos grandes objetivos da Altri Florestal, nomeadamente na defesa da floresta contra os incêndios, cabendo realçar os investimentos nas intervenções preventivas, a colaboração com as restantes empresas congéneres no combate aos fogos e o esforço e dedicação de todo o pessoal nos sistemas de prevenção e combate aos incêndios. Também são desenvolvidas ações de proteção contra as pragas e doenças, apoiadas em projetos de investigação setoriais.

A atividade florestal compreende a preparação e plantação de terrenos, a manutenção dos espaços florestais em todas as áreas geridas pela Altri Florestal e a exploração dos povoamentos a corte. As vendas de madeira são efetuadas na sua quase totalidade às empresas produtoras de pasta do grupo Altri (Celbi, Caima e Celtejo).

Dos restantes produtos não lenhosos produzidos é de destacar a cortiça, proveniente de 3 mil hectares de floresta de sobreiro, e a produção de madeira de pinho.

Tendo em vista a obtenção de elementos indispensáveis para uma melhor gestão e avaliação do património, é efetuada a monitorização das plantações, atualizada a cartografia das propriedades e são promovidos ensaios de silvicultura.

O programa de Melhoramento Genético teve início em 1965, com a seleção do Eucalyptus globulus para crescimento, densidade básica e conteúdo em celulose da madeira. Este programa foca no melhoramento contínuo do crescimento das plantações, diversidade genética e qualidade da madeira. Atualmente todas as plantações geridas pela Altri Florestal são estabelecidas com recurso a plantas melhoradas.

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3. Área de atuação O escritório principal da Altri Florestal é em Constância, no entanto, as suas atividades florestais distribuem-se por 133 municípios em Portugal Continental. Os distritos de Santarém, Portalegre e Castelo Branco, destacam-se na distribuição do património gerido pela empresa.

TABELA 1 – PRINCIPAIS MUNICÍPIOS COM ÁREA SOB GESTÃO DA ALTRI FLORESTAL

Município Área AF (ha)

Área Município (ha)

% Gestão AF

Vila Nova da Barquinha 923 4953 18,6

Crato 5412 39807 13,6 Constância 1053 8037 13,1

Nisa 7395 57568 12,8 Chamusca 8638 74601 11,6 Abrantes 6860 71469 9,6 Gavião 2468 29459 8,4 Óbidos 1170 14155 8,3 Cadaval 1328 17489 7,6 Almeirim 1450 22212 6,5

FIGURA 2 – ÁREA DE ATUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES FABRIS DO GRUPO ALTRI

GRÁFICO 1 – DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA POR DISTRITO

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3.1 CONDIÇÕES SOCIOECONÓMICAS DAS ÁREAS ADJACENTES A grande maioria do património florestal gerido pela Altri Florestal localiza-se em espaço rural. A caracterização socioeconómica das áreas adjacentes passa pela análise de um conjunto de aspetos e variáveis dos principais distritos onde a empresa atua.

Uso e ocupação do solo A floresta é o uso do solo dominante na grande maioria dos distritos onde se localiza o património da Altri Florestal, tendo a agricultura importância nos distritos de Santarém e Portalegre. A floresta nos distritos a Norte do Tejo é caracterizada pela dominância das espécies Pinheiro Bravo e Eucalipto, enquanto a floresta ao Sul do Tejo pela dominância do Sobreiro e Eucalipto. Demografia Quando comparadas com os valores médios para Portugal continental, as áreas rurais apresentam densidades populacionais baixas, um envelhecimento populacional acentuado e taxas de mortalidade bastante superiores à taxa de natalidade. Estas diferenças são menos pronunciadas nos distritos de Aveiro, Lisboa e Santarém.

GRÁFICO 2 – OCUPAÇÃO DO SOLO NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

GRÁFICO 3 – DENSIDADE POPULACIONAL NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

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Educação e emprego A maior parte da população rural revela um elevado grau de analfabetismo e uma fraca preparação escolar. Existe uma proporção expressiva de população sem qualquer nível de ensino atingido. A fração da população que atingiu o ensino superior é notoriamente escassa. Os distritos de Aveiro e Lisboa são os que apresentam índices de ensino menos negativos.

A percentagem de população ativa é inferior à percentagem em Portugal continental. Os valores da taxa de desemprego rondam o valor médio para Portugal continental. A distribuição dos trabalhadores por setor de atividade revela que o setor terciário é aquele que possui o maior número de trabalhadores. A exceção, encontra-se no distrito de Aveiro onde o setor industrial é claramente dominante. Merece também destaque o número de trabalhadores no setor primário presentes no distrito de Viseu.

GRÁFICO 5- TRABALHADORES POR ATIVIDADE ECONÓMICA NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

Técnicos e equipamentos de saúde

GRÁFICO 4 – NÍVEL DE ESCOLARIDADE NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

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Hospitais e centros de saúde são relativamente escassos. Dos principais distritos onde a empresa atua, Santarém e e Aveiro destacam-se devido à sua elevada densidade populacional. O número de habitantes por número de farmácias é relativamente uniforme nos distritos onde atua a Altri Florestal.

4. Recursos florestais

A Altri Florestal gere na sua grande maioria plantações de eucalipto gerindo também plantações de pinheiro bravo e de sobreiro.

Com base nos valores predominantes presentes, a Altri Florestal distingue as seguintes funções principais das suas áreas florestais.

4.1 PRODUÇÃO FLORESTAL Nas áreas de Produção Florestal privilegiam-se os valores económicos (de mercado) dos recursos florestais e orienta-se a gestão no sentido de otimizar a produção. Nestas áreas podem existir restrições de ordem ambiental ou social, sem que estas impeçam a realização da sua função.

GRÁFICO 6- ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE NOS DISTRITOS COM ÁREA SOB GESTÃO

GRÁFICO 7 – DISTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS DEDICADAS À PRODUÇÃO FLORESTAL

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4.2 CONSERVAÇÃO As áreas de conservação têm características singulares que tornam mais importantes os valores naturais presentes. A sua gestão visa prioritariamente a manutenção, melhoria, ou mesmo o restauro destes valores de conservação, que podem consistir em habitats prioritários, áreas de elevada biodiversidade ou áreas críticas para a proteção duma espécie ameaçada, por exemplo.

Estas áreas estão permanentemente identificadas no sistema de informação geográfica da empresa e situam-se em zonas com interesse - ou potencial - de conservação particularmente elevado. São geridas através de intervenção mínima a não ser que a gestão alternativa tenha objetivos de conservação superior. A intervenção mínima consiste na gestão sem cortes nem plantações sistemáticas. As operações geralmente permitidas são intervenções específicas visando o restauro ou melhoria destes valores, a vedação, o controlo de espécies exóticas invasoras e manutenção de rede viária.

As áreas classificadas como conservação presentes no património da Altri Florestal representam cerca de 10% do total da área sob gestão.

4.3 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS OU DE INFRAESTRUTURAS As áreas de Proteção contra incêndios ou de infraestruturas são geridas para constituir barreiras à progressão de incêndios florestais, para salvaguardar a segurança de infraestruturas de transporte de eletricidade, edificações ou outras.

As outras áreas são de expressão e relevância diminutas e incluem as áreas agrícolas, os aquíferos artificiais e os edifícios e equipamentos.

GRÁFICO 8 - DISTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS DEDICADAS À CONSERVAÇÃO

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5. Gestão Florestal

5.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES FLORESTAIS A Altri Florestal gere, com o principal objetivo de produção florestal, três espécies florestais (eucalipto, pinheiro-bravo e sobreiro).

5.1.1 EUCALIPTO O Eucalyptus globulus adapta-se a uma grande variedade de situações edafoclimáticas. No entanto, algumas situações são consideradas limitantes ao seu desenvolvimento.

Assim, e referindo-nos às situações climáticas portuguesas, precipitações inferiores a 600 mm são limitantes ao desenvolvimento. As precipitações mais elevadas e com distribuições mais regulares ao longo do ano, correspondem aos melhores crescimentos, desde que não existam outros fatores limitantes como sejam a altitude, temperaturas baixas, as geadas e os ventos.

Em relação a geadas, são de evitar situações de vales muito abrigados, cujas temperaturas possam ser negativas, principalmente se estas se repetirem durante alguns dias. As geadas são fortemente condicionadoras na fase inicial de desenvolvimento das plantas. Situações com um número de dias de geadas por ano superiores a 40 são de evitar. Em situações em que a geada constitua um fator limitante, deverá ser utilizada a espécie E. nitens (se as precipitações forem superiores a 900 mm/ano) ou então híbridos.

Em relação a temperaturas, o desenvolvimento da espécie é fortemente afetado em situações com temperaturas médias anuais inferiores a 10ºC ou com uma temperatura média mensal do mês mais frio inferior a 7ºC.

Situações onde são de prever défices hídricos acentuados (mais de 5-6 meses), são de evitar.

No que respeita à altitude, acima de 600 metros o desenvolvimento do E. globulus é afetado fundamentalmente devido aos ventos e às baixas temperaturas no Inverno. Acima desta altitude, deverá ser utilizado o E. nitens.

Em relação a solos, o E. globulus adapta-se a uma grande variedade, com melhores desenvolvimentos em solos férteis, limo-argilosos, bem drenados. São de evitar solos mal drenados ou calcários.

5.1.2 PINHEIRO – BRAVO A área natural do Pinus pinaster é a bacia mediterrânica ocidental, estendendo-se até às costas atlânticas do Sul de França, Norte de Espanha e Oeste de Portugal. Em Portugal e de uma maneira geral ocorre em todo o território com relevantes limitações no interior sul. Desenvolve-se particularmente bem na metade norte do território continental, especialmente nas regiões de influência atlântica.

Relativamente ao clima, a espécie desenvolve-se nos locais onde a precipitação ronda os 550 a 1200 mm por ano. Quanto à amplitude térmica o intervalo reside entre os 11º a 15ºC de média anual, suportando mal os frios continentais. As folhas novas (agulhas) são sensíveis às geadas de Primavera.

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O pinheiro-bravo desenvolve-se de um modo geral bem em todo o tipo de solos, mas com limitações relevantes nos solos ricos em calcário ativo e nos solos hidromórficos. Desenvolve-se particularmente bem em solos permeáveis e de textura ligeira.

5.1.3 SOBREIRO O sobreiro (Quercus suber) encontra-se na região Mediterrânica ocidental, desde o Sul de França à Península Itálica, Tunísia, Argélia e Marrocos, mas mais acentuadamente na Península Ibérica, principalmente no seu Sudoeste.

Os valores de precipitação onde encontra o seu ótimo são entre os 600 e os 800 mm. É uma espécie muito resistente à secura estival, desde que não se verifiquem valores de humidade relativa muito baixos.

Relativamente à amplitude térmicaT, o intervalo situa-se entre os 15º e 19ºC de média anual, não suportando inferiores a 5ºC. É uma espécie muito sensível às geadas na fase juvenil.

Desenvolve-se de um modo geral bem em todo o tipo de solos, exceto em solos excessivamente argilosos, calcários, hidromórficos e muito arenosos.

6. Atividades

6.1 PLANEAMENTO O planeamento das atividades florestais baseia-se nas necessidades de abastecimento de curto, médio e longo prazo das unidades fabris do grupo Altri. Este planeamento procura obter o melhor uso dos recursos naturais à sua disposição, e que a sua implementação resulte num equilíbrio dos benefícios económicos, sociais e ambientais.

6.1.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E CARTOGRAFIA

No contexto da sua área de negócio, o Sistema de Informação Geográfica (SIG) da Altri Florestal assume um importante papel como ferramenta de apoio à gestão. Este sistema assenta sobre uma base de dados desenhada à imagem do património florestal gerido, cuja informação gerada é partilhada para consulta, constantemente atualizada pelos Serviços de Apoio à Gestão (SAG).

A utilização do SIG da Altri Florestal pode assumir várias formas, das quais se destacam a produção de cartografia de apoio, o planeamento e gestão do inventário florestal, a reestruturação de propriedades, a definição de áreas de alto valor de conservação e a ligação a outros sistemas de informação.

6.1.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL A Altri Florestal realiza periodicamente levantamentos sobre a legislação aplicável às suas atividades. A empresa analisa a sua aplicabilidade e verifica o cumprimento legal através de auditorias internas.

Para as atividades de florestação e exploração a empresa promove ações de formação para todos os colaboradores envolvidos e fornecedores de serviços, no sentido de atualizar os procedimentos sobre a verificação do cumprimento legal.

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6.1.3 APROVISIONAMENTO No planeamento das atividades, é tido em conta, a disponibilidade de recursos humanos e equipamentos nas empresas de serviços florestais, e as necessidades destes recursos ao nível regional ou geral da Altri Florestal. Cabe à área de gestão de aprovisionamentos e desenvolvimento de fornecedores, juntamente com as chefias regionais, a coordenação da utilização destes recursos.

6.1.4 AVALIAÇÃO PRÉVIA DE IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS A avaliação de impactes ambientais significativos é executada previamente à execução das operações impactantes, recorrendo a uma avaliação no local. No caso das operações de florestação, os resultados da avaliação, incluindo as medidas preventivas, são registados no Projeto de Florestação e no caso da exploração no Projeto de Exploração.

Os impactes significativos das restantes operações são alvo de medidas preventivas definidas no Código de Práticas Florestais, que são avaliadas caso a caso e transmitidas aos operadores florestais pelos responsáveis da Altri Florestal. Esta fase operacional da avaliação de impactes ambientais é realizada antes de executar qualquer operação, de modo a poder decidir quais as eventuais medidas de conservação e/ou precauções específicas necessárias.

6.1.5 CÓDIGO PRÁTICAS FLORESTAIS No Código de Práticas Florestais (CPF), a Altri Florestal descreve todos os procedimentos considerados necessários para garantir a correta execução dos serviços, evitar ou, minimizar os impactes ambientais e sociais identificados e reduzir a exposição dos trabalhadores aos riscos associados ao trabalho florestal.

O CPF estipula todos os procedimentos e equipamentos considerados necessários para salvaguardar a saúde e segurança das pessoas envolvidas nas atividades florestais, sejam elas trabalhadores da Altri Florestal ou de empresas prestadores de serviços florestais.

O CPF é disponibilizado aos fornecedores de serviços florestais, que se deverão fazer acompanhar dele no decorrer dos trabalhos, assegurando a sua aplicação. O cumprimento dos procedimentos de segurança é avaliado pelos responsáveis da Altri Florestal no acompanhamento dos trabalhos.

6.1.6 FORMAÇÃO NA FRENTE DE TRABALHO O programa de Formação na Frente de Trabalho (FFT) pretende assegurar a eficaz transmissão dos requisitos de trabalho através da realização de curtas ações de formação na frente de trabalho, com elevada frequência de realização. Esta formação incide sobre os aspetos de saúde e segurança, os impactes ambientais e sociais e as corretas técnicas e práticas de trabalho.

A FFT prevê a realização de uma ação de formação no início de todos os trabalhos, na qual são explicadas as orientações gerais do Código de Práticas Florestais e as particularidades da obra em causa. Desta forma, os trabalhadores recebem formação detalhada sobre o trabalho que irão executar de seguida.

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Os formandos recebem, após a formação, o "Cartão de Formação" da Altri Florestal. Este cartão é específico por função de operador florestal. O cartão contém os contactos da Altri Florestal e os de emergência. No verso do cartão estão resumidos os principais procedimentos de segurança para a função em causa, tal como os equipamentos de proteção individual a utilizar pelo operador.

6.2 PRODUÇÃO DE PLANTAS Os Viveiros do Furadouro são uma empresa do Grupo Altri e garantem à Altri Florestal o fornecimento das plantas usadas nas suas florestações. Na fase de planeamento são definidas as espécies e, dentro destas, as proveniências ou os genotipos mais adequados a cada situação.

Para além de eucaliptos, têm sido produzidos milhões de plantas de outras espécies, nomeadamente pinheiros, sobreiros, azinheiras e outros carvalhos, medronheiros, espécies ripícolas, cedros do Buçaco e casuarinas. Os Viveiros do Furadouro disponibilizam todas estas espécies também para clientes externos, nomeadamente proprietários, empreiteiros e associações florestais.

Os processos e os materiais de produção utilizados nos Viveiros do Furadouro para a produção das diferentes espécies florestais permitem obter plantas de elevada qualidade.

As plantas geneticamente melhoradas de Eucalyptus globulus são produzidas por via seminal – sementes obtidas através de polinização controlada - ou através da propagação vegetativa de clones testados. Todas as outras espécies são produzidas através de semente que é selecionada em função das suas proveniências, garantindo uma elevada adaptabilidade à estação onde serão plantadas.

Os Viveiros do Furadouro estão licenciados pela AFN para as atividades de produção e comercialização de sementes e plantas florestais. Todas as plantas florestais são sujeitas a um rigoroso controlo de qualidade, cumprindo e ultrapassando os critérios definidos pelo DL 205/2003 sobre comercialização de materiais florestais de reprodução.

6.3 FLORESTAÇÃO Inicia-se com a preparação de terreno, que consiste normalmente no destroçamento e incorporação localizada do material lenhoso existente, seguido de mobilização do solo. A fertilização é prescrita com base na análise de solos e a plantação é feita com uma densidade que varia entre 1000 e 1500 plantas por hectare.

As plantas utilizadas são produzidas a partir de sementes obtidas por polinização controlada, nas áreas de produção de sementes, ou estacas resultantes do programa de melhoramento genético da empresa.

Após cada corte a decisão de reflorestar é baseada na comparação das produtividades e retorno económico da rotação seguinte em talhadia e reflorestação respetivamente. A reflorestação verifica-se quando cumpre os critérios de aumento de produtividade e rentabilidade esperadas.

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6.4 MANUTENÇÃO Ao longo da rotação são feitas duas ou três adubações, conforme o desenvolvimento do povoamento e o seu estado nutricional, acompanhado por operações de controlo da vegetação concorrente. A condução é feita em talhadia, sendo a seleção de rebentos de toiça realizada aos dois ou três anos, que deverá resultar num número de varas por hectare correspondente à densidade inicial de plantação. Nas operações de manutenção inclui-se ainda o controlo da vegetação arbustiva para proteção contra incêndios.

6.5 EXPLORAÇÃO Na grande maioria dos casos, o corte final é efetuado entre os 10 e os 14 anos. O sistema base de exploração assenta na combinação da utilização do trator processador (Harvester) e do trator carregador (Forwarder). O transporte é feito por via rodoviária e ferroviária.

6.6 INFRAESTRUTURAS

Para a além da classificação da rede viária principal segundo a terminologia nacional, a Altri Florestal classifica a sua rede viária florestal com os seguintes atributos:

Trilho Percurso com caráter temporário onde circulam apenas máquinas florestais e viaturas todo-o-terreno

Estradão Percurso com caráter permanente onde circula um camião com atrelado nas épocas secas do ano

Caminho Florestal

Percurso com caráter permanente onde circula um camião com atrelado em todas as épocas do ano

A instalação e manutenção da rede viária é realizada com base num planeamento que considera todos os aspetos técnicos relevantes (tipo de circulação, inclinações) e os aspetos ambientais (drenagem, atravessamento de linhas de água, características do solo, áreas de conservação).

Os caminhos são planeados de forma a minimizar a sua quantidade e a maximizar a acessibilidade da área florestal, bem como a manter o comportamento adequado e a qualidade da água a jusante.

6.7 INVENTÁRIO FLORESTAL

O Inventário Florestal é um trabalho estatístico realizado com a finalidade da obtenção de caracterizações quantitativas e qualitativas dos recursos florestais. A Altri Florestal realiza inventários florestais de forma contínua, sendo esta uma das mais importantes fontes da informação de apoio à gestão florestal.

Os resultados dos inventários florestais permitem a análise das atuais produtividades dos povoamentos, assim como, com recurso a modelos matemáticos, a previsão de produções futuras. Estes factos fazem com que esta seja informação fundamental na tomada de decisões no planeamento da exploração florestal. Para além disto, os resultados de inventário são também utilizados no controlo das operações florestais, no planeamento de

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intervenções fitossanitárias, na estimativa dos riscos e severidade dos incêndios e no cálculo de indicadores de gestão vários.

7. Conservação e biodiversidade

7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS VALORES DE CONSERVAÇÃO

A identificação das áreas de conservação é efetuada para cada propriedade presente no património da Altri Florestal, através das seguintes fases:

Fases Tarefas Resultados

Recolha de informação

PSRN2000, Planos de ordenamento de Áreas Classificadas (AC), PROF, informação fornecida por peritos.

O sistema nacional de AC inclui amostras representativas de ecossistemas existentes na paisagem. Assim, e dada a dispersão do património da empresa pelo País, considera-se que o património da empresa situado dentro das AC pode assegurar a conservação destas amostras.

Identificação de estratos de vegetação

Compartimentação da propriedade através dos diferentes estratos de vegetação

Os estratos potencialmente interessantes para a função de conservação são identificados e mapeados.

Visita de campo às propriedades com potenciais áreas de conservação

Avaliação do valor ecológico global da propriedade, com base na comprovação da presença dos valores de conservação

Critérios para a avaliação: - Potencial para conservar as espécies ameaçadas (e/ou seus habitats); - Potencial para conservar a diversidade de habitats a uma escala pequena/ média; - Potencial de restauro (exemplo: áreas plantadas com eucalipto mas ainda com abundantes elementos de vegetação semi-natural); - Conectividade, dimensão da área de conservação; - Grau de naturalidade da comunidade - Raridade ou importância regional do habitat - Importância para a proteção de recursos hídricos e/ou solo.

7.2 GESTÃO DA BIODIVERSIDADE

As áreas com função principal de conservação são geridas com base em avaliações do seu estado de conservação. Caso a caso é decidido quais as intervenções necessárias para conservar e melhorar os valores ecológicos.

A Altri Florestal implementou, após caracterização das áreas de conservação, um programa de gestão e monitorização das áreas de conservação. Com base em visitas de campo é avaliado o estado de conservação das propriedades visitadas e são identificadas medidas de gestão que visam proteger ou restaurar valores de conservação. Estas medidas são integradas num plano plurianual de intervenções nas áreas de conservação e executadas conforme o seu planeamento.

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As medidas de gestão das áreas de conservação são definidas com base nos valores neles presentes (prováveis ou comprovados) e nas orientações provenientes de fontes como PSRN2000, Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, entre outros.

Na elaboração de projetos de florestação de maior dimensão ou com condicionantes (por exemplo nas áreas integradas no Sistema Nacional das Áreas Classificadas), é avaliada a oportunidade de estabelecer novas áreas de conservação, nomeadamente através de zonas de descontinuidade ou corredores ecológicos.

Para cada uma das 20 Áreas Classificadas com áreas sob gestão da Altri Florestal, foram elaborados Planos de Gestão da Biodiversidade, acompanhados e validados pelo ICNF

8. Monitorização

8.1 CONTROLO DE PRAGAS, DOENÇAS E INFESTANTES As principais pragas do Eucalyptus globulus capazes de causar danos significativos nos povoamentos da Altri Florestal, são o gorgulho (Gonipterus platensis) e a broca do eucalipto (Phoracantha spp.).

Gonipterus platensis é um inseto fitófago, que se alimenta preferencialmente de folhagem recente, a passar para folha adulta, tanto no estado larvar como no estado adulto Em casos de populações elevadas, este inseto origina redução importante da área foliar e, por vezes, perda de dominância apical, conduzindo a atraso no crescimento das árvores e desvalorização económica da madeira.

Para responder a esta praga, e numa perspectiva de gestão integrada, a Altri Florestal tem vindo desenvolver, projectos de I&D, com efeitos a médio longo prazo, nas áreas de melhoramento genético, luta biotécnica e luta biológica com parasitóides alternativos ao Anaphes nitens, nomeadamente o Anaphes inexpectatus. Adicionalmente, tem desenvolvido acções de efeito a curto prazo, nomeadamente através da reflorestação com espécies consideradas menos suscetíveis ao gorgulho, nomeadamente Eucalyptus nitens e em 2011 recorreu-se ao controlo químico nas áreas com um nível de ataque significativo.

Os principais insetos que atacam o tronco do eucalipto são as brocas-do-eucalipto, com duas espécies presentes em Portugal, P. semipunctata e P. recurva. Estas espécies atacam, no seu estado larvar, eucaliptos debilitados, o que conduz, em geral, à morte das árvores. A luta contra P. recurva tem passado pela utilização dos métodos já desenvolvidos para o controlo de P. semipunctata, nomeadamente a remoção e destruição de árvores atacadas, o uso de armadilhas de toros.

A monitorização das pragas acima referidas é efectuada através do inventário florestal da empresa e no caso do Gonipterus é efectuada uma monitorização adicional, pela estrutura operacional da empresa, no início de cada ano.

A principal doença das folhas do eucalipto em Portugal é a doença das manchas das folhas do eucalipto e é causada por várias espécies de fungos do género Mycosphaerella. Atualmente, a doença das manchas das folhas do eucalipto está presente em todo o país, com maior incidência na região litoral, onde períodos de chuva frequentes, ou mesmo

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neblinas matinais, coincidentes com temperaturas amenas proporcionam condições ideais ao seu desenvolvimento. A doença causa manchas foliares necróticas e queda das folhas, reduzindo a área fotossintética podendo conduzir a uma redução significativa do crescimento.

As principais pragas de sobreiro encontradas nos povoamentos de sobreiro no património gerido pela Altri Florestal são a cobrilha de cortiça (Coroebus undatus), cobrilha dos ramos (Coroebus florentinus) e a lagarta do sobreiro (Lymantria díspar). As doenças são sobretudo o carvão do entrecasco (Biscogniauxia mediterrânea) e a doença da tinta (Phytophthora cinnamomi).

A principal praga de pinheiro-bravo identificada nos pinhais sob gestão é a processionária (Thaumetopoea pityocampa).

Até à data, não foram identificadas árvores afetadas com o nemátodo do pinheiro (Bursaphelenchus xylophilus).

Estas pragas de sobreiro e pinheiro não têm provocado situações preocupantes em termos fitossanitários.

Com base no levantamento efetuado em 2008, foram encontradas infestantes vegetais em aproximadamente 30% das propriedades geridas pela Altri Florestal. As espécies dominantes são mimosa (Acacia dealbata), acácia-de-espigas (Acacia longifolia), austrália (Acacia melanoxylon), acácia (Acacia pycnantha) e háquea-picante (Hakea sericea).

A situação das espécies infestantes tem sido alvo de uma preocupação permanente na gestão da Altri Florestal, com intervenções de controlo quando estas apresentam taxas de sucesso aceitáveis.

A Altri Florestal utiliza produtos fitofarmacêuticos na proteção das suas plantações. Os produtos químicos utilizados são aplicados de acordo com critérios técnicos rigorosos e cumprindo com a legislação aplicável. Apenas são utilizados os produtos, cujos princípios ativos são autorizados pelas normas de gestão florestal. Os operadores que realizam as aplicações têm formação e utilizam os EPI (equipamentos de proteção individual) adequados.

8.2 VISTORIAS ÀS ATIVIDADES FLORESTAIS As vistorias florestais são uma ferramenta indispensável para a verificação do cumprimento dos requisitos do Sistema de Gestão Florestal na execução das atividades florestais por parte das empresas fornecedores de serviços florestais. Estes requisitos abrangem todos os aspetos essenciais na área ambiental, social e qualidade de execução. Os resultados das vistorias são considerados na classificação anual e contratação dos fornecedores de serviços.

8.3 IMPACTES AMBIENTAIS E SOCIAIS A Altri Florestal realiza monitorização em todas as áreas dos projetos de florestação. Pretende-se com a monitorização, realizada no semestre seguinte à época de plantação, avaliar se as medidas tomadas no projeto estão a ter o efeito desejado ou se é necessário voltar a intervir para corrigir ou adequar futuros procedimentos.

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Na monitorização de impactes ambientais, avalia-se a erosão e a perturbação de habitats/espécies ameaçadas. Na erosão regista-se o tipo de erosão e o local de ocorrência. Na perturbação de habitats/espécies ameaçadas, verifica-se o cumprimento das medidas estabelecidas no projeto para salvaguardar os valores identificados de fauna e flora.

Na monitorização dos impactes sociais, avalia-se a proximidade das populações locais, dos terrenos cultivados e o cumprimento da legislação aplicável.

8.4 VALORES DE CONSERVAÇÃO Até 2011 foram registadas nas áreas sob gestão 17 espécies de anfíbios, 147 aves, 60 mamíferos e 27 répteis. Todos os registos são mantidos numa base de dados geográfica vocacionada para o registo das observações de todos os colaboradores da empresa, de consultores e voluntários externos.

A Altri Florestal tem vindo a recolher informação sobre a presença provável ou comprovada de espécies ameaçadas no seu património. Para tal recorre à ajuda de diversos especialistas, devido ao elevado grau de conhecimento específico necessário para a identificação destas espécies. Também tem vindo a compilar a informação disponível em diversos organismos e instituições, tanto públicos como privados, disponibilizando a mesma a todas as áreas da empresa.

Os principais projetos de identificação e monitorização dos valores de conservação apresentam-se no seguinte quadro:

Projetos Parcerias Resultados

FITOS (2006 – 2009)

Capital Natural

Escola Superior Agrária Castelo Branco

- Identificação de áreas de conservação e habitats classificados e respetivas medidas de gestão.

- Definição da metodologia e identificação das FAVC. - Formação a todos os colaboradores sobre os valores

naturais identificados e medidas de gestão. - Consulta às partes interessadas sobre as FAVC

identificadas no projeto.

Monitorização da avifauna

(2008 –...)

Mãe d’água

Carlos Pacheco

- Identificação e monitorização da presença de espécies ameaçadas em todo o património sob gestão.

- Implementação de medidas de proteção dos ninhos e aplicação de restrições temporais ás atividades florestais nos períodos de nidificação.

- Colocação de plataformas para ninhos de grandes rapinas.

NaturSapo

(2010-2015)

CIBIO (Univ. Porto)

Naturlink

- Inventário em 20 ribeiras permanentes das populações de anfíbios e répteis.

- Criação de 4 Microreservas de proteção a populações relevantes de anfíbios.

- Ações de restauro do habitat ribeirinho. - Elaboração de manual de construção de charcos

temporários (stepping stones) para aplicação nos projetos de florestação.

- Ações de divulgação do projeto e das microreservas.

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Avaliação dos impactes das plantações florestais na fauna

(2009-2013)

CIBIO (Univ. Porto)

University of York

Joana Cruz (Doutoramento)

- Monitorização das populações de anfíbios, morcegos, e mamíferos

- Colocação de câmaras noturnas para monitorização dos mamíferos que utilizam o eucaliptal (javali, raposa, texugo, etc.).

Business and Biodiversity

(2007-…)

ICNB - Compromisso do Grupo Altri perante a sociedade na

conservação dos valores naturais nas áreas sob gestão e na divulgação das suas práticas de gestão

- Participação em ações de divulgação e promoção do valor da biodiversidade.

Projeto Cabeço Santo

(2005 -…)

Quercus – Núcleo Regional de Aveiro

- Cedência da gestão de áreas de conservação ao Núcleo de Aveiro da Quercus.

- Ações de restauro do habitat ribeirinho da Ribeira de Belazaima.

- Erradicação e controlo de invasoras lenhosas. - Envolvimento de voluntários nos trabalhos de restauro

(plantação de espécies autóctones).

Análise dos Valores de Conservação e Sustentabilidade do grupo Altri

(2012)

WWF

CEABN - ISA

- Adesão ao GFTN Iberia - Avaliação do Relatório de Sustentabilidade - Diagnóstico e Avaliação dos Altos Valores de

Conservação.

9. Prevenção e combate de incêndios florestais

De acordo com a tabela seguinte, as estatísticas em relação aos incêndios florestais que ocorreram no património gerido pela Altri Florestal entre 2003 e 2011 refletem o panorama nacional, com grande incidência de incêndios nos anos 2003 e 2005. Nos restantes anos, a incidência foi baixa, não tendo ultrapassado os 0,5 % da área total. Este resultado deve-se em grande parte ao grande investimento feito todos os anos em silvicultura preventiva e nos dispositivos de deteção e combate aos incêndios florestais da AFOCELCA.

A silvicultura preventiva baseia-se em grande parte na manutenção de rede divisional (aceiros), faixas de gestão de combustível e na redução da quantidade de combustível no interior dos povoamentos. A manutenção de charcas e pontos de água permite disponibilizar água para as estruturas de combate em caso de incêndio.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

AA* (%) 17.3 0.4 4.3 0.5 0.2 0.5 0.3 0.4 0.05

Área ardida (ha) 11 249 302 3 492 284 114 392 283 342 59

(*) AA.= % Área ardida: Área ardida em relação à área total de plantações

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A Altri Florestal integra a AFOCELCA desde a sua criação em 2002. Trata-se de um agrupamento complementar de empresas, atualmente entre os grupos Altri e Portucel Soporcel.

A estratégia de combate da AFOCELCA assenta numa lógica de que o menor tempo de controlo dos incêndios implica menores perdas para as empresas, e numa filosofia de que não existem fogos ou fumos aceitáveis, pelo que todos os fumos e/ou fogos, deverão ser verificados, acompanhados e combatidos com a máxima prontidão. A AFOCELCA integra-se e colabora com a estrutura nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios.

Em 2012 os meios da AFOCELCA alocados para a prevenção e o combate foram:

1 Comando único com ligação à rede nacional de alerta 4 Helicópteros ligeiros com kit para combate com água 4 Equipas de Combate Helitransportadas 16 Equipas de Combate Terrestre com 3000 l. 35 Unidades de Prevenção e Vigilância com Kit de 600 l. 6 Torres de vigia integradas na rede nacional de postos de vigia 33 Colaboradores da Altri Florestal empresas envolvidos

10. Partes interessadas

10.1 DIÁLOGO COM A COMUNIDADE ENVOLVENTE A estrutura operacional da empresa relaciona-se com as comunidades envolventes através do diálogo com os vizinhos, os representantes do poder local (juntas de freguesia, municípios) que, recebem informação sobre as atividades florestais que estão planeadas nos respetivos territórios.

Este diálogo permite identificar e discutir os potenciais impactos decorrentes das operações e promover as medidas para os prevenir. Permite também estabelecer uma rede de comunicação e alerta sobre qualquer ocorrência ou emergência (fogo florestal).

10.2 AÇÕES DE COMUNICAÇÃO A Altri Florestal responde positivamente às solicitações que lhe são endereçadas para participar em eventos de divulgação/sensibilização das boas práticas florestais, investigação e desenvolvimento, conservação e biodiversidade, segurança no trabalho florestal, etc. A empresa também tem promovido várias iniciativas onde, convida as partes interessadas para debater temas relevantes da sua gestão florestal.

Esta participação permite uma troca de informações entre os diferentes agentes do sector visando a transmissão de conhecimentos sobre a gestão florestal sustentável.

10.3 ENVOLVIMENTO As ações de envolvimento pretendem dinamizar o diálogo com partes interessadas e posicionar a Altri Florestal como uma referência no desenvolvimento das regiões onde atua.

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Estas parcerias pretendem obter um reconhecimento da importância da empresa enquanto agente de desenvolvimento económico e a construção de uma relação de confiança entre os diferentes agentes para a criação de valor, tanto económico como ambiental e social.

A Altri Florestal estabeleceu um conjunto relevante de parcerias, das quais destacamos:

Parceria Parceiros Objetivos

Apoio técnico em sistemas de gestão

Organizações de Produtores florestais e Fornecedores de madeira certificada

A Altri Florestal pretende incentivar a certificação florestal, apoiando as entidades gestoras de certificados de grupo no processo de implementação, certificação e manutenção dos sistemas de gestão florestal.

Investigação Florestal

Universidades e Escolas de Ciências Agrárias

Estabelecimento de parcerias na utilização das áreas sob gestão para o desenvolvimento de estudos sobre solos, melhoramento, biologia das espécies, etc.

Realização de estágios curriculares

Instalação de apiários

Apicultores Contribuição para o desenvolvimento da economia local e familiar nas áreas onde atua a empresa.

Contribuição para potenciar a polinização e consequente produção de sementes.

Atividades de cinegética e silvopastorícia

Associações de Caça

Pastores

A Altri Florestal autoriza e promove a utilização das áreas sob gestão para o uso cinegético e silvopastoril, de acordo com a definição de regras de conduta que respeitem os espaços florestais e as áreas de conservação.

Atividades lúdicas

Empresas A Altri Florestal autoriza a utilização das áreas sob gestão para a realização de eventos desportivos na floresta, de acordo com a definição de regras de conduta que respeitem os espaços florestais e as áreas de conservação.

Este documento está disponível para consulta e download no site www.altri.pt .

Qualquer comentário, dúvida ou sugestão sobre este documento deve ser remetido para [email protected].

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ANEXO I – INDICADORES DE GESTÃO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DE ACORDO COM O ANEXO B DA NP 4406:2009

Critério 1: Manutenção e aumento apropriado dos recursos florestais e o seu contributo para os ciclos globais do carbono

1.1 Espaço Florestal

Função Estrato Uso Solo Área (%)

2008 2009 2010 2011

Produção florestal

Eucalipto 78,4% 79,0% 79,2% 79,3%

Pinho 4,0% 3,8% 3,9% 3,8%

Sobro 3,7% 3,9% 3,8% 3,6%

Choupo 0,2% 0,1% 0,1% 0,2%

Outras resinosas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Matos densos e arbustivas 0,0% 0,1% 0,0% 0,0%

Matos esclerófilos 0,0% 0,2% 0,0% 0,0%

Matos (classif. provisória) 0,0% 0,3% 0,3% 0,2%

Herbáceas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Conservação

Eucalipto 0,1% 0,0% 0,0% 0,0%

Pinho 0,0% 0,0% 0,1% 0,2%

Sobro 0,2% 0,3% 0,4% 0,5%

Azinho 0,9% 0,9% 0,9% 0,8%

Carvalho 0,1% 0,1% 0,2% 0,2%

Choupo 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Ripícolas 0,3% 0,4% 0,4% 0,4%

Outras folhosas 0,5% 0,4% 0,4% 0,4%

Matos densos e arbustivas 1,5% 1,8% 1,8% 2,3%

Matos esclerófilos 1,9% 1,9% 1,9% 1,9%

Matos (classif. provisória) 3,4% 1,7% 1,6% 1,2%

Matos ribeirinhos 0,1% 0,2% 0,2% 0,2%

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Herbáceas 0,6% 0,9% 0,9% 0,9%

Agrícolas diversas 0,0% 0,0% 0,0% 0,1%

Aquíferos artificiais 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Afloramentos rochosos 0,2% 0,2% 0,2% 0,2%

Proteção contra incêndios e infraestruturas

Sobro 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Matos densos e arbustivas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Matos esclerófilos 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Matos ribeirinhos 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Herbáceas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Rede divisional 3,5% 3,2% 3,2% 3,2%

Outras funções

Eucalipto 0,0% 0,2% 0,1% 0,1%

Pinho 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Acácia 0,1% 0,1% 0,0% 0,1%

Outras resinosas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Ripícolas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Outras folhosas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Haquial 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Matos densos e arbustivas 0,0% 0,1% 0,0% 0,0%

Matos esclerófilos 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Herbáceas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Agrícolas diversas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Agrícolas arbóreas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Agrícola (classif. provisória) 0,1% 0,0% 0,0% 0,0%

Aquíferos artificiais 0,1% 0,1% 0,1% 0,1%

Edifícios e equipamentos 0,1% 0,1% 0,1% 0,1%

Rede divisional 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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Critério 2: Manutenção da saúde e vitalidade dos ecossistemas florestais

2.1 Perigosidade de incêndio

Classe de Risco de Incêndio Área (%)

2010 2011

1: Baixo 0,1% 0,1%

2: Baixo-Moderado 1,8% 1,3%

3: Moderado 4,2% 3,7%

4: Elevado 48,7% 49,4%

5: Muito Elevado 45,1% 45,2%

6: Urbano 0,1% 0,1%

7: Hidrografia 0,1% 0,1%

Total 100,0% 100,0%

Meios de Combate 2010 2011

Helicópteros 2 4

Semipesados 16 16

Ligeiros 32 30

Torres de vigia 4 3

Tipo de Rede Viária Unidades 2008 2009 2010 2011

Rede viária total m/ha 108 110 112 113

Trilho m/ha 24 25 26 35

Estradão m/ha 20 20 20 21

Caminho Florestal m/ha 8 8 8 8

Sem classificação m/ha 56 57 57 48

Rede divisional m2/ha 351 325 311 321

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2.2 Deficiências nutricionais

2008 2009 2010 2011

Grau Afectação Copa Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

0-10% 1% 97% 92% 0% 98% 95% 0% 98% 97% 0% 89% 81%

10-25% 0% 2% 6% 0% 2% 3% 0% 1% 2% 0% 8% 13%

25-50% 0% 1% 1% 0% 0% 1% 0% 0% 1% 0% 2% 4%

50-75% 2% 0% 0% 2% 0% 0% 1% 0% 0% 2% 0% 1%

75-90% 8% 0% 0% 5% 0% 0% 3% 0% 0% 6% 0% 0%

90-100% 89% 0% 0% 93% 0% 0% 95% 0% 0% 92% 1% 0%

2.3 Fatores bióticos e abióticos

Gonipterus platensis (gorgulho do eucalipto)

Abaixo de 400 m Acima de 400 m

Ataque Grau 0 98,12% 1,88%

Ataque Grau 1 81,24% 18,76%

Ataque Grau 2 77,05% 22,95%

Ataque Grau 3 65,31% 34,69%

Distrito Sem presença Com presença

Évora 100% 0%

Faro 100% 0%

Guarda 100% 0%

Leiria 100% 0%

Lisboa 100% 0%

Setúbal 100% 0%

Santarém 98% 2%

Viseu 90% 10%

Portalegre 70% 30%

Coimbra 41% 59%

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Castelo Branco 36% 64%

Braga 28% 72%

Porto 28% 72%

Viana do Castelo 0% 100%

Aveiro 0% 100%

Phoracantha semipunctata (broca do eucalipto)

Praga/doença Grau 2008 2009 2010 2011

Phoracantha [0-5%[ 89,5% 93,6% 97,2% 97,8%

[5-10%[ 4,3% 2,3% 0,9% 2,2%

[10-25%[ 1,6% 1,5% 0,6% 1,5%

≥ 25% 4,5% 2,5% 1,3% 0,6%

Área Ardida Eucalipto (ha)

2008 2009 2010 2011

394 283 342 58,5

Consumo de Produtos Químicos (L) 2010 2011

Herbicida 3977 4394

Inseticida 0 431

Critério 4: Manutenção, conservação e fomento apropriado da diversidade biológica nos ecossistemas florestais

4.1 Diversidade biológica

Habitats identificados Área (ha)

2008 2009 2010 2011

3120 - Águas oligotróficas muito pouco mineralizadas em solos geralmente arenosos do oeste mediterrânico com Isoëtes spp

*

3170* - Charcos temporários mediterrânicos 0 0 2 2

4020* - Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e 1 1 1 3

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Erica tetralix

4030 - Charnecas secas europeias 250 310 257 421

5210 - Matagais arborescentes de Juniperus spp 83

5230* - Matagais arborescentes de Laurus nobilis 4

5330 - Matos termomediterrânicos pré-desérticos 368 566 511 810

6210 - Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário

6 6 6

6220* - Subestepes de gramíneas e anuais da Thero-Brachypodietea 1

6310 - Montados de Quercus spp. de folha perene 2473 2540 2539 2360

6410 - Pradarias com Molinia em solos calcários, turfosos e argilo-limosos ( Molinion caeruleae )

1

6420 - Pradarias húmidas mediterrânicas de ervas altas da Molinio - Holoschoenion

2

8230 - Rochas siliciosas com vegetação pioneira da Sedo-Scleranthion ou da Sedo albi-Veronicion dillenii

36 35 35 13

91B0 - Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia 10 8 8 5

91E0* - Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior 94 91 94 100

91F0 - Florestas mistas de Quercus robur, Ulmus laevis, Ulmus minor, Fraxinus excelsior ou Fraxinus angustifolia das margens de grandes rios

1 1 1 1

9230 - Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica

14 17 17 20

9240 - Carvalhais ibéricos de Quercus faginea e Quercus canariensis 1 1 1 4

9260 - Florestas de Castanea sativa 6 6 6 6

92A0 - Florestas-galerias de Salix alba e Populus alba 123 159 158 114

92B0 - Florestas-galerias junto aos cursos de água intermitentes mediterrânicos com Rhododendron ponticum , Salix e outras espécies

1

92D0 - Galerias e matos ribeirinhos meridionais 6 18 18 18

9330 - Florestas de Quercus suber 68 69 69 69

9340 - Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia 231 243 243 97

3688 4072 3966 4135

* Habitat disperso em cerca de 110 ha, não cartografado.

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Página 28

4.2 Espécies e habitats protegidos e/ou com estatuto de ameaça e espécies endémicas

Habitats prioritários identificados Área (ha)

2008 2009 2010 2011

3170* - Charcos temporários mediterrânicos 0 0 2 2

4020* - Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix 1 1 1 3

5230* - Matagais arborescentes de Laurus nobilis 4

6220* - Subestepes de gramíneas e anuais da Thero-Brachypodietea 1

91E0* - Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior 94 91 94 100

95 93 97 110

Espécies de fauna vulneráveis e ameaçadas Categoria Contagem

Chioglossa lusitanica VU 10

Caprimulgus ruficollis VU 9

Oenanthe hispanica VU 9

Aegypius monachus CR 8

Aquila chrysaetos EN 6

Ciconia nigra VU 6

Neophron percnopterus EN 5

Accipiter gentilis VU 2

Burhinus oedicnemus VU 2

Myotis nattereri VU 1

Asio flammeus EN 1

Caprimulgus europaeus VU 1

Circus pygargus EN 1

Emys orbicularis EN 1

Falco peregrinus VU 1

Falco subbuteo VU 1

Platalea leucorodia VU 1

Triturus helveticus VU 1

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4.3 Árvores longevas e cavernosas e madeira morta

Espécie 2008

Azinheira - Quercus ilex (>200) 2

Carvalho-cerquinho – Quercus faginea (>200) 1

Cedro de bussaco - Cupressus lusitanica (>300) 5

Freixo - Fraxinus angustifolia (>200) 1

Oliveira - Olea europaea (>200) 1

Pinheiro manso - Pinus pinea (>200) 5

Sobreiro - Quercus suber (>200) 5

Nogueira - Juglans regia (>200) 1

Madeira Morta 2008 2009 2010 2011

Densidade média eucalipto (árv/ha) 23 22 20 22

4.4 Regeneração e material florestal de reprodução

Regeneração Povoamento Área 2011

(%) Área 2011

(%)

Plantação 92% 93%

Regeneração Natural 8% 7%

Sementeira 0% 0%

100% 100%

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Critério 5: Manutenção e fomento apropriado das funções protetoras na gestão das florestas (principalmente solo e água)

5.1 Proteção do solo e água

Estrato Área com objetivos de proteção da água

Afloramentos rochosos 88,4

Agrícolas diversas 53,7

Aquíferos artificiais 4,8

Azinho 623,7

Carvalho 161,6

Choupo 13,4

Eucalipto 17,8

Herbáceas 657,7

Matos (classif. provisória) 819,0

Matos densos e arbustivos 1735,1

Matos esclerófilos 1437,6

Matos ribeirinhos 181,4

Outras folhosas 284,5

Outras resinosas 1,0

Pinho 110,3

Ripícolas 322,4

Sobro 357,1

6869,5

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5.2 Rede viária e divisional

Tipo Unidades 2008 2009 2010 2011

Rede viária total m/ha 108 110 112 113

Trilho m/ha 24 25 26 35

Estradão m/ha 20 20 20 21

Caminho Florestal m/ha 8 8 8 8

Sem classificação m/ha 56 57 57 48

Rede divisional m2/ha 351 325 311 321

Critério 6: Manutenção de outras funções e condições socioeconómicas

6.3 Volume e qualificação do emprego

Género 2008 2009 2010 2011

Masculino 48 47 51 51

Feminino 10 10 9 10

Total 58 57 60 61

Escolaridade 2008 2009 2010 2011

< 1º ciclo ensino básico 1 1 1 1

1º ciclo ensino básico 5 4 4 1

2º ciclo ensino básico 2 1 1 1

3º ciclo ensino básico 13 13 13 11

Ensino secundário 14 15 15 15

Ensino politécnico e universitário 23 23 26 32

Total 58 57 60 61

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Formação na Frente de Trabalho 2010 2011

Zona Florestal Mulheres Homens Mulheres Homens

Abrantes Este 11 36 10 51

Abrantes Oeste 10 48 14 33

Arouca 1 3 0 12

Braga 2 17 1 13

Castelo Branco Norte 2 6 0 13

Castelo Branco Sul 0 8 1 10

Chamusca 1 23 2 22

Crato 0 5 11 34

Gavião 1 32 5 64

Leirosa 0 0 0 14

Mortágua 1 23 2 13

Nisa 5 24 6 22

Rio Maior 1 10 13

Tábua 0 0 0 24

Tomar 8 23 5 20

Torres Vedras 6 22 14 58

Vendas Novas 13 52 5 11

Total Formandos 225 1159 307 1358

Total Empresas FSF abrangidas 101 97

6.4 Acidentes de trabalho

Variável: sinistralidade FSF 2008 2009 2010 2011

Acidentes ligeiros 0 0 0 0

Acidentes graves 1 1 4 2

Acidentes mortais 1 0 0 0

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Sinistralidade Altri Florestal 2008 2009 2010 2011

Acidentes ligeiros 0 0 0 0

Acidentes graves 0 0 1 0

Acidentes mortais 0 0 0 0

6.5 Conservação de locais de valor cultural

Nome Local Concelho Tipo

Quinta do Furadouro

Olho Marinho Óbidos Casa de habitação

Monte do Galisteu Malpica do Tejo Castelo Branco Complexo habitacional

Arripiado Arripiado Chamusca Casa de habitação

Pedra do Rato Pedro do Rato Crato Casa de habitação com redondel

Gruta do Caldeirão Vale Pia Tomar Gruta classificada

Serra Lobo Serra do Lobo Castelo Branco Marcos miliários

Couto do Gago Amieira do Tejo Nisa Dólmen