Resumo Prova II Abdominal [Semestre 2011.2]

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Anselmo Boa Sorte 1 PROVA II – CIRURGIA ABDOMINAL Obs: as frases que estão com (?) significa que eu não tem certeza se anotei certo. Seria bom conferir. AULA 01 = PANCREATITE AGUDA – pag 01 AULA 02 = HÉRNIAS – pag 04 AULA 03 = MEGAESÔFAGO – pag 07 AULA 04 = CARCINOMA COLORRETAL – pag 14 AULA 05 = MEGACÓLON – pag 17 AULA 06 = NEOPLASIA DE PÂNCREAS – pag 20 AULA 07 = NEOPLASIAS HEPÁTICAS – pag 26 AULA 01 = PANCREATITVE AGUDA (14/10/11) O principal fator é o auto ataque dos tecido pancreático por suas enzimas digestivas. Fatores que provocam pancreatite (ex. álcool) atuam disparando a ativação enzimática no momento errado. ANATOMIA. Importante relação do pâncreas com estruturas nobres adjacentes PANCREATITE AGUDA (PAG) = cessado o processo inflamatório a glândula restitui sua função normal. Edematosa – mesmo grau de ativação enzimática. Forma + branda da doença. Necrose hemorrágica – forma mais grave com alto grau de ativação enzimática. OBS = estes dois tipos configuramse num espectrum da doença, tendo casos intermediários, com destruição e gravidade extremamente variáveis. PANCREATITE CRÔNICA (PC) = mesmo cessado o agente causador, o tecido pancreático mantémse com fibrose, infiltrado inflamatório crônico mononuclear e perda progressiva de função. A agressão, geralmente por ingestão crônica e repetida de altas quantidades de álcool. Processo inflamatório crônico, com substituição progressiva do tecido por fibrose afuncional. Provoca quadro de insuficiência pancreática e síndrome desabsortiva associada. ETIOPATOGIA – PAG Causas metabólicas = álcool, hiperlipoproteinemia (>1000 mg/dL), hipercalcemia, drogas, veneno de escorpião, genética. Causas mecânicas = colelitíase, pósoperatório, trauma, pancreatograma retrógrado (CPRE), obstrução pancreática (tumores). Causas vasculares = pós operatório, CEC, periartrite nodosa. Causas infecciosas = extremamente incomuns – vírus munps, coxsakievírus. MECANISMO DE AGRESSÃO DO ÁLCOOL. Dano e toxidade direta do parênquima

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Anselmo  Boa  Sorte  

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PROVA  II  –  CIRURGIA  ABDOMINAL  Obs:  as  frases  que  estão  com  (?)  significa  que  eu  não  tem  certeza  se  anotei  certo.  Seria  bom  conferir.    AULA  01  =  PANCREATITE  AGUDA  –  pag  01  AULA  02  =  HÉRNIAS  –  pag  04  AULA  03  =  MEGAESÔFAGO  –  pag  07  AULA  04  =  CARCINOMA  COLORRETAL  –  pag  14  AULA  05  =  MEGACÓLON  –  pag  17  AULA  06  =  NEOPLASIA  DE  PÂNCREAS  –  pag  20  AULA  07  =  NEOPLASIAS  HEPÁTICAS  –  pag  26  

AULA  01  =  PANCREATITVE  AGUDA  (14/10/11)  O  principal  fator  é  o  auto  ataque  dos  tecido  pancreático  por  suas  enzimas  digestivas.    Fatores   que   provocam   pancreatite   (ex.   álcool)   atuam   disparando   a   ativação  enzimática  no  momento  errado.    ANATOMIA.  

• Importante  relação  do  pâncreas  com  estruturas  nobres  adjacentes    PANCREATITE  AGUDA  (PAG)  =  cessado  o  processo  inflamatório  a  glândula  restitui  sua  função  normal.  

• Edematosa  –  mesmo  grau  de  ativação  enzimática.  Forma  +  branda  da  doença.  • Necrose  hemorrágica  –  forma  mais  grave  com  alto  grau  de  ativação  enzimática.  

OBS   =   estes   dois   tipos   configuram-­‐se   num   espectrum   da   doença,   tendo   casos  intermediários,  com  destruição  e  gravidade  extremamente  variáveis.    PANCREATITE   CRÔNICA   (PC)   =   mesmo   cessado   o   agente   causador,   o   tecido  pancreático  mantém-­‐se   com   fibrose,   infiltrado   inflamatório   crônico  mononuclear   e  perda  progressiva  de  função.  

• A  agressão,  geralmente  por  ingestão  crônica  e  repetida  de  altas  quantidades  de  álcool.  Processo   inflamatório  crônico,  com  substituição  progressiva  do  tecido  por   fibrose   afuncional.   Provoca   quadro   de   insuficiência   pancreática   e  síndrome  desabsortiva  associada.  

ETIOPATOGIA  –  PAG  • Causas   metabólicas   =   álcool,   hiperlipoproteinemia   (>1000   mg/dL),  

hipercalcemia,  drogas,  veneno  de  escorpião,  genética.  • Causas   mecânicas   =   colelitíase,   pós-­‐operatório,   trauma,   pancreatograma  

retrógrado  (CPRE),  obstrução  pancreática  (tumores).  • Causas  vasculares  =  pós  operatório,  CEC,  periartrite  nodosa.  • Causas  infecciosas  =  extremamente  incomuns  –  vírus  munps,  coxsakievírus.  

   MECANISMO  DE  AGRESSÃO  DO  ÁLCOOL.  

• Dano  e  toxidade  direta  do  parênquima  

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• Altera  a  composição  físico  química  do  sulco  pancreático  • Ativação  enzimática  por  presença  direta  no  sulco  • Álcool   aumenta   o   teor   lipídico   do   sangue,   que   é   um   fator   que   predispões  

ativação  enzimática.  OBS   =   na   pancreatite   aguda,   a   lesão   do   álcool   não   é   dose   dependente.   Já   na  pancreatite  crônica  sim.    EPIDEMIOLOGIA  –  PAG  

• 80%  =  alcoólica  ou  por  litíase  biliar  • 15%  =  outras  causas  +  raras  • 5%  =  idiopática    desses,  boa  parte  se  suspeita  que  são  causadas  por   litíase  

biliar  eliminada.  

QUADRO  SISTÊMICO  DA  PANCREATITE  • alterações  hídricas  e  eletrolíticas.  • Falência  cardiovascular  (hipotensão)  • Complicações  respiratórias  • Falência  renal  

FISIOPATOLOGIA  DA  PANC    ativação  prematura  de  tripsina.  • Não  consegui  copiar!  

QUADRO  CLÍNICO  • Dor  abdominal,  náuseas,  vômitos,  febre.  • Ingestão  de  bebidas  alcoólica  ou  alimentos  gordurosos  associados  • Hiperamilasemia    se  3x  maior  que  valor  normal,  muito  provável  ser  

pancreatite  aguda.  • Hiperlipasemia  • Síndrome  de  resposta  inflamatória  sistêmica  –  2  critérios  

o FC  >90  o FR  >20  IPM,  ou  pCO2<31  mmHg  o Temperatura  retal  <36º  ou  >38  ºC  o Leucócitos  >12.000  ou  <4000  

 EXAMES  

• USG  • TC    padrão  ouro  para  ver  necrose  pancreática.  Indicado  apenas  72  hrs  após  

os  sintomas.  o Geralmente  precisa-­‐se  de  contraste.  Deve-­‐se  tomar  cuidado  uma  vez  

que  a  introdução  de  contraste  numa  SIRS  pode  desencadear  uma  insuficiência  renal  aguda.    

Indicações  de  TC  em  suspeita  de  PAG  • Avaliar  gravidade  local  após  72  hras  • Peritonite/distensão  abdominal  • Líquido  peripancreático    • PCR  >  150  • Ausência  de  piora  ou  melhora  da  dor  • Não  consegue  se  alimentar  após  48  hrs  

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FATORES  PROGNÓSTICOS  RUIM  (admissão  ou  no  diagnóstico)  • >55  anos  • leucócitos  >16.000  • glicemia  >200  • desidrogenase  lática  >350  • transaminases  >250  • durante  primeiras  48  horas  • Durante  as  primeiras  48  horas  –  perda  estimada  de  líquido  >6  Litros  

CLASSIFICAÇÃO  –  Critérios  de  Ranson  • Leve  • Moderada  • Grave  =  >5  fatores  

FORMA  GRAVE  • Ranson  >3  ou5  (??)  ou  APACHE  >8  • Complicações  locais  

o Necrose,  pseudocisto,  abcesso  • TC  –  aumento  do  tamanho  e  edema  • Falências  orgânicas  

o PAS  <90  o PaO2  <60  mmHg  o IRA  –  Cr  >2  o Sangramento  GI  >500  ml/24hrs  

Obs  =  o  tratamento  inicial  essencial  desse  paciente  é  suporte  de  vida.    COMPLICAÇÕES  

• Abcesso  pancreático  o 9%  dos  casos  de  pancreatite  

• Pseudocisto  o Não  tem  capsula    usa  material  peritoneal  o É  sinônimo  de  calcificação  do  pâncreas  

 Obs  =  o  quadro  clínico  associado  a  icterícia  e  sinais  de  litíase  biliar  deve  ser  abordado  com  CPRE  e  papilotomia  endoscópica  em  condições  de  urgência.    CLASSIFICAÇÃO  RADIOLÓGICA  DE  GRAVIDADE  

• Critérios  de  Balthazar  • Quanto  maior  a  extensão  da  necrose,  maior  a  morbimortalidade.  

 

TRATAMENTO  CLÍNICO  Objetivos  

• Suporte  de  vida    restaurar  e  manter  volemia  • Controla  processo  inflamatório  sistêmico  • Controlar  complicações  

 SUPORTE  DE  VIDA  

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• Reposição  hidroeletrolítica  • Suporte  respiratório  e  nutricional  • Heparina  de  Baixo  peso  molecular    risco  de  trombose  e  TEP  

 TODOS  OS  PACIENTES  

• Antieméticos  e  aspiração  nasogástrica  • Jejum  –  nada  via  oral  • Monitorar  e  manter  volemia  • Monitorização  e  suporte  ventilatório  • Antibióticos  quando  indicado  

TRATAMENTO  CIRÚRGICO  • Feito  para  drenar  coleções  infectadas  • Necrosectomia    ressecção  de  material  necrotizado  

o Necrosectomia  sem  infecção  apenas  se  o  paciente  estiver  em  estado  séptico.  Caso  contrário  esta  contraindicado.  

• Após  4  semanas    drenar  pseudocisto  • Após  paciente  estabilizar    colecistectomia  para  evitar  recorrência  (que  pode  

chegar  a  60%)  • Para  controlar  gravidade  em  paciente  agudo    CPRE  com  papilotomia  

endoscópica  

AULA  2  =  HERNIA  INGUINAL  (19/10/11)  –  Prof.  Marcelo  Falcão  Conceito  =  a  saída  de  um  órgão  ou  estrutura  por  uma  abertura  congênita  ou  adquirida  da  parede  que  limita  a  cavidade  na  qual  se  encontra.    

EPIDEMIOLOGIA  • Hernia  inguinal  de  3  a  5%  nos  homens  • +  frequente  em  jovens  

 Predisposição  

• jovens  –  defeito  anatômico  ou  congênito  • idosos  –  degeneração  • prevalece  nos  homens  • enfraquecimento  da  musculatura  

o desnutrição  o idade/sedentarismo  o doenças  (ICC,  neoplasias,  diabetes)  

• Aumento  da  pressão  abdominal  o Esforço  (DPOC,  doença  prostática,  retocele,  cistocele,  profissões)  o Gravidez  o Obesidade    hérnia  de  hiato  

ANATOMIA  • Hernia  direta    enfraquecimento  da  parede  do  assoalho  pélvico  

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• Hernia  indireta    por  enfraquecimento  do  anel  inguinal  interno,  passando  dentro  do  canal  

OBS  :  Hernia  femoral  é  a  mais  comum.  ??    Manobra  de  Taxis  

• Colocar  dedo  na  região  da  hérnia,  no  anel  inguinal  externo.  • Detectar  hérnias  redutíveis  (??)  

 Triângulo  de  Hesselbach’s  

• Principal  ponto  de  hérnia  direta  • Delimitado  por  

o Vasos  epigástricos  inferiores  o Margem  lateral  do  reto  abdominal  o Margem  superior  do  ligamento  inguinal  

 Ligamento  inguinal  (Poupar’s)  Ligamento  lacunar    

CLASSIFICAÇÃO  HÉRNIA  INDIRETA  

• Saco  herniário  situa-­‐se  lateralmente  aos  vasos  epigástricos  inferiores,  saído  do  abdome  através  do  anel  inguinal  interno.  

HERNIA  DIRETA  • Saco  herniário  provoca  um  abaulamento  da  fascia  transversal,  medialmente  

aos  vasos  epigástricos  inferiores.  MISTAS  

• Dois  sacos  herniários  distintos,  um  medial  e  outro  lateral  aos  vasos.  CRURAL  

• O  saco  herniário  sai  pelo  forame  femoral  (crural)  junto  com  os  vasos  femorais.  DESLIZANTE  

• A  parede  do  saco  herniário  é  formado  por  intestino  grosso  • “Condição  de  hérnia  inguinal  em  que  uma  porção  extraperitoneal  do  intestino  

grosso,  nas  fossas  ilíacas,  está  preso  na  parede  do  saco  herniário  e  hérnia  com  saco,   fazendo   a   víscera   uma   porção   do   saco   herniário,   ao  mesmo   tempo   em  que   faz   parte   do   conteúdo   herniário.   A   hérnia   deslizante   quase   sempre   é  indireta,  mas   pode   estar   associada   com  uma  hérnia   direta   concomitante.  No  lado  direito  a  hérnia  deslizante  normalmente  contém  o  ceco  e  a  parte  inferior  do  cólon  ascendente.”  

 OBS:   Hernia   encarcerada   =   não   se   reduz   sozinha,   esta   presa.   Toda   a   hérnia  estrangulada   esta   encarcerada.   Mas   não   necessariamente   uma   hérnia   encarcerada  esta  estrangulada.    CLASSIFCAÇÃO  DE  NYHUS    Pouco  didático  (provavelmente  não  cai)  

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HISTÓRIA  CLÍNICA  • Tumoração  redutível  na  região  inguinal  crural,  mais  evidente  ao  esforço  e  

ortostatismo.  • Pesquisar  dor,  ruídos  hidroaéreos  e  movimentos  peristálticos.  • Pesquisar  patologias  associadas.  Ex.  linfoma.  

EXAME  FÍSICO  • Inspeção:  valsalva,  ortostatismo,  posição  de  abaulamento.  • Palpação  

o Exame  do  anel  inguinal  externo  o Avaliar  possibilidade  de  redução.  (Encarcerada?)  

 DIAGNÓSTICO  DIFERENCIAL  

• Hidrocele,  varicocele,  cisto  de  cordão  espermático,  endometriose.  • Neoplasia  metastática,  adenopatia  inguinal.  

 

INDICAÇÕES  CIRÚRGICAS  • Todas  são  cirúrgicas  (?)  • Paciente  com  hérnia  redutiva  tem  indicação  de  cirurgia  ELETIVA.  • Hérnias  encarceradas  ou  estranguladas  tem  indicação  de  cirurgia  de  

URGÊNCIA.  

TRATAMENTO  • Incisão  de  pele  e  tela  subcutânea.  • Exposição  do  canal  inguinal  • Tratamento  do  conteúdo  herniário  • Reforço  da  parede    este  tempo  cirúrgico  vai  determinar  o  seu  tipo  da  

cirurgia,  e  diferenciá-­‐las.  

REFORÇOS  DA  PAREDE  NA  CIRURGIA  VIA  ABERTA  (Clássica)  BASSINI  

• Sutura  de  3  camadas  • Tendão  conjunto  (oblíquo  interno,  fáscia  transversal  e  músculo  transverso)  

com  o  ligamento  inguinal  MACVAY  

• Aproximação  do  tendão  conjunto  do  músculo  transverso  no  ligamento  de  Cooper  (inserido  do  púbis)  

• Bom  para  hérnias  femorais.  HERNIOPLASTIA  LIVRE  DE  TENSÃO  (Ex.  Lich-­‐tenstein)  

• Reparo  com  tela  por  todas  as  hérnias  • Anestesia  local  • Alta  no  dia  do  procedimento  • Deambulação  no  mesmo  dia  • Reparo  do  assoalho  pélvico  

 Obs:   “A  primeira  vez  que   foi  utilizada  na   literatura  o   termo  "hernioplastia   isenta  de  tensão"   ocorreu   em   1986,   por   Lichtenstein   et   al.16.   Descreveram   com   detalhes   a  técnica  que  utiliza  a  tela  de  polipropileno  suturada  sobre  a  fáscia  transversal,  que  por  

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si   só   representa  o   reparo   real   e  que   se   aplica   a   todos  os   tipos  de  hérnias   inguinais  diretas  ou  indiretas.  Esta  técnica  tem  sido  o  padrão-­‐ouro  das  hernioplastias  inguinais  nas  duas  últimas  décadas,  por  inguinotomia.”  

CIRURGIA  POR  LAPAROSCOPIA  • Vantagens:  menor  dor  e  disfunção  pós-­‐operatória,  inspeçãoo  das  regiões  

femorais  e  inguinais  bilateralmente.  • Na  cirurgia  aberta  você  só  é  capaz  de  examinar  um  dos  lados.  • Paciente  com  hérnia  estrangulada  

COMPLICAÇÕES  • Encarceramento  =  saco  herniário  não  redutível  • Extrangulamento  • Hérnia  incisional  =  causada  por  incisão  cirúrgica  

FIQUE  ATENTO  • Redutíveis  

o Situação  mais  tranquila  o Hérnia  redutível  a  manobra  de  Taxis  

• Encarceramento  o Fique  atento  –  risco  de  estrangulamento  e  isquemia  

• Hérnia  não  redutível  a  manobra  de  Taxis  +  dor  e  sinais  inflamatórios  locais  =  SINAL  VERMELHO  –  Estrangulamento.  

AULA  03  =  MEGAESÔFAGO  (21/10/2011)  ESÔFAGO  

• Início  =  músculo  cricofaríngeo  • Termina  na  transição  esôfago  gástrica  (TEG)  =  abdome,  +ou-­‐  3  cm  do  hiato  

esofágico  PRINCIPAIS  PONTOS  DA  TEG  

• Hiato  esofágico  • Membrana  frenoesofâgica  • Ângulo  de  his  • Fundo  gástrico  

HISTOLOGIA  • Mucosa  com  epitélio  escamoso  estratificado  • Muscular  própria  (2  camadas)  

FISIOLOGIA  • Esfíncter  superior  do  esôfago  

o Formado  pelo  músculo  cricofaríngeo  o Pressão  de  repouso  ~60  mmHg  

• Esfíncter  inferior  do  esôfago  o Esfíncter  funcional  e  não  anatômico  o Zona  de  maior  tônus  da  camada  circular  interna  o Pressão  de  repouso  >12  mmHg  

PERISTALSE  • Primária  =  propulsão  do  bolo  alimentar.  Segue  a  deglutição  do  alimento  • Secundária  =  clareamento  esofágico  

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• Terciária  =  patológicas  –  não  propulsivas,  anárquicas.  INERVAÇÃO  

• Intrínseca  =  plexos  mesentéricos  • Extrínsecas  =  SNA  

MEGAESÔFAGO  CONCEITO:   Dilatação   progressiva   do   esôfago   em   decorrência   de   FALHA   DE  RELAXAMENTO  DO  EIE  associada  a  incoordenação  do  peristaltismo.  Normalmente  a  disfagia  crônica  progressiva.    ACALASIA:  falha  do  relaxamento  do  EIE  após  início  do  mecanismo  de  deglutição  OBS:  O  ideal  seria  chamar  a  doença  de  acalasia  e  sua  complicação  de  megaesôfago.    ETIOLOGIA  

• Doença  de  chagas  o Único  fator  etiológico  conhecido  o Principal  causa  de  ME  no  Brasil  

• Idiopática  o Sem  causa  definida  o Maior  prevalência  em  países  desenvolvidos  

EPIDEMIOLOGIA  • H=M  • 30  a  50  anos  

AGENTE  CAUSAL  =  protozoário  flagelado.  • Endêmico  na  América  Latina.  

PATOGENIA  DO  ME  • Destruição  dos  plexos  nervosos  intramurais  • Histopatologia  

o Neurite  o Periganglionite  o Substituição  dos  plexos  por  tecido  conjuntivo  

• No  ME  Idiopático  =  há  diminuição  ou  ausência  de  plexos  nervosos,  porém  SEM  INFLAMAÇÃO.  

 MECANISMO  DE  LESÃO  NEURONAL  

Lesão  direta  pelo  parasita  

Liberação  de  neurotoxina  

Resposta  autoimune  

Ação  inflamatória  ao  parasita  

       LESÃO  DOS  PLEXOS  INTRAMURAIS  

   Alterações  peristálticas   Acalásia  do  EIE  

      Mecanismo  primário  

 Mecanismos  parasitários  

Obstáculo  funcional  (Acalásia  EIE)  

Denervação  fisiológica  

     Lesão  dos  plexos  intramurais  do  corpo  esofágico  

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 Alterações  peristálticas  do  corpo  

 ASPECTOS  SEM  ESCLARECIMENTO  

• Longo  período  de  latência  entre  a   infecçãoo  e  as  manifestações  clínicas  (10  a  20  anos).  

• Ausência  de  parasitas  na  fase  crônica.  

FISIOPATOLOGIA  • Alterações  da  motilidade  

o Aparece  com  pelo  menos  50%  de  destruição  dos  plexos  • Dilatação  esofágica  

o Surge  com  pelo  menos  90%  de  destruição  • Inicialmente  se  observa  hipertrofia  do  músculo  • Posteriormente  adelgaçamento  da  parede  e  dilatação  –  atonia.  

ESTASE  CRÔNICA  • Esofagite  • Ulceração  • Leucoplasia  • CEC  –  Carcinoma  escamocelular  

      Estase  crônica                   Proliferação  bacteriana             Nitratos  e  

nitrosamidas       Produção  de  carcinógenos    Irritação  direta  

          Displasia     CEC  

AFECÇÕES  E  COMPLICAÇÕES  ASSOCIADAS  • Até  70  %  apresentam  alterações  motoras  em  CÓLON  • 50%  possuem  alguma  alteração  CARDÍACA  • acalasia  de  PILORO  em  10%  • LITÍASE  biliar  em  8  a  15%  • MEGADUODENO  –  raro  

COMPLICAÇÕES  • CEC  em  2,8%  durante  evolução  • DESNUTRIÇÃO  –  principal  complicação  • Broncoaspiração  

QUADRO  CLÍNICO  • Tríade  clássica  

o Disfagia  o Regurgitação  o Perda  de  peso  

• Dor  torácica  atípica  • Pirose  

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DISFAGIA  • Sintoma  +  importante  (90%)  • Lentamente  progressiva  • Inicial  a  sólidos    depois  a  líquidos  • Sensação  de  peso  ou  de  plenitude  • Melhora  com  ingestão  de  líquidos    efeito  da  coluna  líquida.  (Acumulo  de  

líquido  em  coluna  exerce  peso  para  abertura  do  esfíncter).  

REGURGITAÇÃO  • Bem  frequente  • +  comum  pelo  manhã  • associada  a  tosse  crônica  noturna  e  broncoaspiração  • regurgitação  distinta  do  DRGE  =  Alimento  não  digerido  

PERDA  PONDERAL  • lenta  e  progressiva  • evolução  rápida    atentar  para  CEC  

DOR  RETROESTERNAL  E  ODINOFAGIA  • Na  fase  inicial  do  quadro    associada  a  contrações  terciárias  

SIALORRÉIA  • Estase  alimentar  –  irritação  constante  • Reflexo  esôfago-­‐salivar  de  Roye  • Hiperparotidismo  (Hipertrofia)  

DIAGNÓSTICO  DIFERENCIAL  DE  DISFAGIA  (Causas)  • Mecânicas  ou  obstrutivas  

o Neoplasias  o Estenose  benignas  (ex.  estenose  péptica)  o Compressão  extrínseca  

• Motoras  ou  funcionais  o Espasmos  difusos  do  esôfago  o Doenças  do  tecido  conjuntivo  o Distrofias  musculares  o Neuropatias  dos  SNA  (diabetes  e  alcoolismo)  o Doenças  do  SNC  

DIAGNÓSTICO  • Diagnóstico  etiológico  =  sorologias  

o ELISA,  imunofluorecência  indireta  o Machado  guerreiro  +  

• Eletromanometria  esofágica  o Padrão  ouro  para  diagnóstico  de  ME/acalasia  o EIE,  ESE  o Achados  

Acalásia  –  falha  de  relaxamento  do  EIE   Ondas  sincrônicas/terciárias   Aperistalse  

• Menos  de  60%  de  ondas  peristálticas  eficazes  

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• Menor  amplitude  de  contração  (<30  mmHg)   Hipotonia  

• EREED  –  Exame  contrastado  o Segundo  exame  +  importante  o Deglutição  de  contraste  baritado  o Achados  

Estase  de  contraste   Dilatação  esofágica   Afilamento  regular  da  TEG  (sinal  do  bico  de  pássaro)  

• Classificação  Radiológica  –  EREED  (importante  para  definir  conduta)  o GRAU  I  =  Até  4  cm  o GRAU  II  =  4  a  7  cm  o GRAU  III  =  7  a  10  cm  o GRAU  IV  =  >10  cm  (Dolicomegaesôfago  –  quando  ele  dobra-­‐se  por  cima  

de  si  mesmo)  

OBS:  Existe  uma  classificação  manométrica  subdividida  em  incipiente,  não  avançado  e  avançado.  

• ENDOSCOPIA  o Diagnóstico  diferencial  de  disfagia  o Afilamento  gradativo  e  regular  da  TEG  o Bom  para  detectar  complicações  

Esofagite  de  estase   Neoplasia  –  CEC  

o Cronoscopia  com  lugol  +  biópsia    para  pesquisar  áreas  de  displasia  (que  não  se  coram).  

o Condições  associadas  ao  câncer   60  anos  ou  +   tabagismo  e  etilismo   longo  período  sem  tratamento   perda  ponderal  rápida  

• Tempo  de  esvaziamento  o Para  os  pacientes  com  suspeita  de  retenção  de  piloro  

• Enema  Opaco  o Se  paciente  apresentar  queixas  intestinais  

• USG  abdome  total  o Pesquisa  de  litíase  biliar  (8  a  15%)  

 

TRATAMENTO  Objetivo  

• Melhora  dos  sintomas  • Correção  do  distúrbio  nutricional  • Prevenir  complicações  

 Passos  iniciais  

• Avaliar  grau  de  doença  • Suporte  nutricional  antes  de  qualquer  conduta  em  paciente  desnutrido  

Anselmo  Boa  Sorte  

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 A  escolha  do  procedimento  depende  do  grau  de  doença    

1. TERAPIA  MEDICAMENTOSA  • Objetivo:  redução  da  pressão  em  EIE  • Ex.  nifedipina  • Efeitos  variáveis  e  de  curta  duração  • Efeitos  colaterais:  cefaléia  e  hipotensão  • Usados  APENAS  em  pacientes  sem  nenhuma  condição  clínica  para  cirurgia  

com  disfagia  limitante    

2. TOXINA  BOTULÍNICA  • Objetivo:  redução  da  pressão  do  EIE  • Bloqueia  liberação  de  acetilcolina  nas  fibras  pré-­‐sinápticas  • Alto  custo  • Recorrência  em  6  meses  alta  

o Necessidade  de  novas  aplicações    alto  custo!  • Serve  de  alternativa  para  pacientes  idosos  

 3. DILATAÇÃO  ENDOSCÓPICA  

• 1º  tratamento  eficaz  (?)  • forçar  fibras  do  EIE  • INDICAÇÃO:  megaesôfago  grau  I  ou  inscipiente  • Insuflação  de  300  mmHg  por  1  a  3  minutos  • Resultado  –  resposta  favorável  em  50  a  75%  • No  grau  I  =resposta  de  até  90%  • 50%  de  recorrência  da  disfagia  em  1  ano    redilatação  • balão  tipo  pneumático  é  o  mais  usado  • Complicações  

o Hemorragia,  laceração  da  mucosa,  DRGE  o Perfuração    complicação  +  temida  

 4. CIRURGIA  SOBRE  A  TEG  –  CARDIOPLASTIA  

• Cirurgia  de  HELLER  -­‐  Cardiomiotomia  • Indicações  =    

o procedimento  de  eleição  para  pacientes  GII  e  GIII    o megaesôfago  GI  incipiente  após  falha  da  dilatação.  

• Técnica:   secção   muscular   e   serosa   indo   até   a   submucosa,   sem   atingir   a  mucosa  por  via  externa  

• Adaptação  de  PINOTTI  –  Confecção  de  valvular  anti-­‐refluxo  o Válvular  póstero-­‐latero-­‐anterior  esqueda  

Sutura  anterior   Sutura  lateral   Sutura  posterior   Recobre  a  miotomia  com  a  valva  

• Bom  ou  ótimo  em  90%  • HELLER-­‐PINOTTI  

o Causas  da  PERSISTÊNCIA  da  disfagia  

Anselmo  Boa  Sorte  

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Miotomia  incompleta   Megaesôfago  avançado  

o Causas  de  RECORRÊNCIA  da  disfagia   Cicatrização   da   miotomia     conduta   cirúrgica   (Balão   ou  

refazer  HP).   Avanço  da  lesão  do  ME  

 Obs:  Cirurgia  de  Merendino  =  não  se  faz  mais.    

5. ESOFAGECTOMIA  SUBTOTAL  • INDICAÇÃO  =  Megaesôfago  avançado  (GIV)  • Via  de  acesso  

o Trans  mediastinal  =  +  usada  o Transtorácica  

• Reconstrução  o Tubo  gástrico  alongado  o Coloplastia  

• Mortalidade  =  3  a  5%  • Complicações  =  20  a  30%  

o Principal  =  respiratória  (derrame  pleural)  o Tardia:  estenose  da  anastomose,  DRGE.  

RESUMINDO  Diagnóstico  =  Esofagomanometria  e  radiografia  contrastada.  Endoscopia  é  necessária  para  fazer  diagnóstico  diferencial  de  disfagia  e  avaliar  complicações    Pacientes   com   recidiva   após   Heller-­‐Pinotti,   a   conduta   vai   depender   da   causa   de  recidiva  da  disfagia.  

• Fibrose  da  miotomia  =  ReHeller-­‐Pinotti  • Avanço  da  doença  =  Esofagectomia  subtotal  

 SITUAÇÃO   PROCEDIMENTO  

INDICADO  • Megaesôfago  Grau  I  ou  incipiente   Dilatação  Endoscópica  • Megaesôfago  Grau  II  ou  Grau  III  • Grau  I  ou  incipiente  após  recidiva  dos  sintomas  

Cirurgia  de  Heller-­‐Pinotti  

• Recidiva   após   Heller-­‐Pinotti   por   fibrose   ou  miotomia  incompleta  

Retentativa  de  Heller-­‐Pinotti  

• Megaesôfago  Grau  IV  • Recidiva  após  Heller-­‐Pinotti  por  avanço  da  lesão  

Esofagectomia  subtotal  

AULA  04  =  CARCINOMA  COLORRETAL  (24/10/11)      Fatores  de  Risco  (Fonte  INCA)-­‐  Os  principais  fatores  de  risco  são:    

• idade  acima  de  50  anos;    • história  familiar  de  câncer  de  cólon  e  reto;    • história  pessoal  pregressa  de  câncer  de  ovário,  endométrio  ou  mama;    

Anselmo  Boa  Sorte  

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• dieta  com  alto  conteúdo  de  gordura,  carne  e  baixo  teor  de  cálcio;    • obesidade  e  sedentarismo.    • Doenças  inflamatórias  do  cólon  como  retocolite  ulcerativa  crônica  e  Doença  de  

Cronh;    • Condições  hereditárias  (Polipose  Adenomatosa  Familiar  (FAP)e  Câncer  

Colorretal  Hereditário  sem  Polipose  (HNPCC).    

OBS:  Acho  que  não  cai  na  prova  –  Síndrome  de  Li-­‐Fraumeni  (p53)    

APRESENTAÇÃO  CLÍNICA  • Cólon  ascendente  =  anemia,  dor,  massa  palpável  e  diarría  • Transverso  =  dor,  massa  e  obstrução  • Cólon  descendente/retossigmoide  =  sangramento,  muco,  redução  de  calibre,  

fezes,  obstrução,  dor,  mudança  de  hábito  intestinal.  

EPIDEMIOLOGIA  • 70%  -­‐  Esporádico  • 20  a  30%  -­‐  forma  familiar  

o 1%  PAF  =  polipose  adenomatosa  familiar  o 9%  HNPCC  =  Câncer  Colorretal  não  associado  a  pólipos  heredit.  o 20%  algumas  síndromes  familiares  

HNPCC  • Doença  autossômica  dominante.    • Não  se  esta  dizendo  que  neste  câncer  não  há  pólipos.  Mas  sim  que  não  há  uma  

síndrome  de  múltiplos  pólipos  • Menos  que  100  pólipos  ainda  pode  ser  HNPCC  a  depender  da  história  familiar.  

Tem  que  diferenciar  de  PAF.  • Penetrância  do  gene  de  80  a  90%  • Envolvido  com  5  a  14%  dos  Carcinomas  colorretais  (~9%)  • Transmissão  vertical  sem  preferencia  por  sexo  

Características  • Ausência  de  múltiplos  pólipos  • Associação  com  tumores  extra-­‐colônicos  =  endométrio,  ovário,  estômago,  

intestino  delgado,  pelve  renal,  ureter,  tumor  de  sistema  nervoso  central)  • Desses  tumores,  o  tumor  de  endométrio  é  o  mais  associado  ao  CCR    

SÍNDROME  DE  LINTCH  (HNPCC)  • Amsterdan  ou  Lintch  I  =  só  acomete  CCR  isolado  • Amsterdan  ou  Lintch  II  =  CCR  associado  a  outros  tumores  

 ACOMETIMENTO   HNPCC   ESPORÁDICO  Cólon  Direto   68%   49%  

Tumor  sincrônico  de  Cólon  

7%   1%  

Tumor  metacrônico     29%   5%  Idade  Média     40  –  45  anos   66  anos  

Anselmo  Boa  Sorte  

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 Conceitos  

• Tumor  sincrônico  =  paciente  portador  de  2  tumores  ao  mesmo  tempo  menos  de  1  ano  do  diagnóstico.  

• Tumor  metacrônico  =  possuir  tumores  diagnosticados  depois  1  ano  de  diagnóstico  do  tumor  primário  

Diagnóstico  • Clínico  • Investigar  hereditariedade  • Critérios  de  Amsterdan  I  e  II  

o AII  =  AI  +  câncers  múltiplos    OBS  =  Como  excluir  PAG  =  Clínica  +  história  familiar  +  colonoscopia.  É  obrigatório  excluir  PAF  para  fechar  diagnóstico  de  HNPCC    São  os  genes  de  reparo  que  estão  alterados  no  HNPCC  (Ex.  hMSH2(2p),  hMH1(3p).  

PAF  –  POLIPOSE  ADENOMATOSA  FAMILIAR  • Doença  autossômica  dominante  • Penetração  de  100%  (100%  quer  tiver  alteração  do  gene  vai  ter  câncer?)  • 1%  dos  Carcinomas  Colorretais  • presença  de  mais  de  100  pólipos  • transmissão  vertical  sem  preferência  por  sexo.  

 OBS:   Pacientes   jovens   (~25   anos)   com   história   de   CA   e   PAF   confirmado,   pode-­‐se  indicar  proctocolectomia.  Pacientes  com  reto  com  menos  de  20  pólipos  (ou  seja,  não  tapeteado  de  pólipos)  pode-­‐se  preservar  e  melhorar  a  qualidade  de  vida  do  paciente.    

• Transformação  maligna  ocorre  em  100%  dos  pacientes  com  PAF,  ou  seja,  com  alteração  do  gene  APC.  

 OBS   =   O   problema   da   PAF   é   porquê   o   pólipo   já   tem   uma  mutação   (APC_,   e   com   a  evolução   e   acumulo   de   mutações   vai   predispondo   e   provocando   aparecimento   de  câncer.   Levando-­‐se   em   consideração   a   sequência   esperada   de   malignização  adenoma—carcinoma,  um  pólipo  com  mutação  no  APC   “pula”  alguns  degraus  dessa  sequência  e  maligniza  precocemente.    Tratamento  cirúrgico  =  proctocolectomia  total    

 

Anselmo  Boa  Sorte  

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DIAGNÓSTICO  E  ESTADIAMENTO  • USG  Endorretal  ou  RNM  endorretal  =  

melhor  exame  para  estadiar  câncer  de  reto  

• USG  x  RNM  o USG:  T  (63  A  87%)  e  N  (64  a  

74%)  o RNM  (Bobina  endorretal)  T  

(84%)  e  N  (82%)  MUITO  IMPORTANTE,  pois  a  depender  do  resultado,  o  tratamento  muda    

• PET/CT  =  Excelente  para  buscar  metástases    

 ESTADIAMENTO  TNM  (2004)  

• TIS  =  Tumor  insitu  =  intraepitelial  ou  invade  a  lâmina  própria  

• T1  =  Invasão  da  submucosa  • T2  =  Invasão  da  muscular  da  mucosa  • T3   =   Tumor   que   invade   além   da  

muscular   própria,   alcançando   a  subserosa   ou   os   tecidos   peri-­‐cólicos  ou  peri-­‐retais,  não  peritonizados  

• T4  =  tumor que invade diretamente outros órgãos ou estruturas2, 3 e/ou que perfura o peritônio visceral

 

PRINCÍPIO  DO  CIRÚRGIA  CLÁSSICOS  • Tumor  de  cólon  descendente  • Tumor  de  cólon  ascendente  • Tumor  de  cólon  sigmoide  

 Obs  =  sempre  fazer  a  cirurgia  baseada  na  drenagem  e  vascularização.  O  princípio  de  interromper  a  circulação  linfática  e  clipar  os  vasos  na  base.      PRESERVAR  ESFÍNCTER?  

• Tumores  com  margem  de  4  cm  do  esfíncter  anal  • Tumores  +  baixos  complicam  a  margem  cirúrgica  e  a  anastomose  

 TUMORES  PÉLVICOS  

• Exenterações  pélvicas  o Anterior  o Posterior  o Total  

 

Anselmo  Boa  Sorte  

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OBS  =  Estudo  com  pacientes  em  T3  e  N+  -­‐  Preoperative  versus  postoperative  quimioterapia  

• Não  melhora  sobrevida  global  • Melhora  sobrevida  sem  doença  nos  pacientes  que  vão  para  quimio  pré.  • Somente  para  pacientes  T3  e  N  positivo.  

 SISTEMA  DE  PERFUSÃO  

• Ideal  para  pacientes  portadores  de  tumores  com  comportamento  de  disseminação  peritoneal.  

 METASTASES  DE  CA  COLORRETAL  

• Só  vale  a  pena  controlar  se  tiver  em  pulmão  e/ou  fígado  • Se  tiver  com  o  CA  colorretal  controlado  localmente  ou  passível  de  controle,  

faz-­‐se  a  cirurgia  de  remoção  da  metástase  • Começar  pelo  sítio  de  metástase  mais  difícil  de  abordar  =  Se  não  houver  

sucesso,  nem  aborda  o  outro  sítio.  

AULA  05  =  MEGACÓLON  (26/10/11)  CONCEITO  =  Dilatação  aguda  ou  crônica  de  etiologia  adquirida  ou  congênita.  

• AGUDA  =  Doença  inflamatória  intestinal  ou  infecção:  megacólon  tóxico  • CRÔNICAS  =  relacionado  a  quadros  de  constipação  intestinal.  

 Obs:  ocorre  por  uma  disfunção  ou  agenesia  dos  plexos  nervosos  mioentéricos  que  são  responsáveis  por  essa  dilatação.    EPIDEMIOLOGIA  

• Brasil  =  MT,  GO,  SP  • H  3  >  M2  • Mais  comum  na  3ª  e  5ª  décadas  • Diagnóstico  diferencia:  megacólon  congênito.  

MEGACÓLON  CHAGÁSICO  • Distruibuição  geográfica:  endêmico  na  América  latina  • Trypanossoma  cruzi    protozoário  flagelado  • Intestino  de  triatomídio  =  Panstrongylus  megistus  • Vem  ocorrendo  redução  na  ocorrência  de  chagas  

o Migração  da  população  para  áreas  urbanas  o Melhor  educação  sanitária  o Melhor  condição  das  residências  rurais  

 ETIOPATOGENIA              

Triatomídeo   Tripanosoma  cruzi          

Ninhos  de  Leischimania        

Lesão  Nervosa(Plexo  mioentérico)        

Lesão  direta?   Neurotoxina?   Miosite?        

INCORDENAÇÃO  MOTORA  

Anselmo  Boa  Sorte  

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PATOGENIA  • Perda  dos  neurônios  do  SNA  do  TGI    destruição  dos  plexos  de  Meissner  e  

Auerbach.  • Dilatação  (90%  de  destruição  dos  plexos)  • Acomete  principalmente  sigmoide  e  reto  • Dilatação  e  alongamento  • Hipertrofia  da  camada  muscular  • Ausência  de  degeneração  das  células  

 QUADRO  CLÍNICO  

• Obstipação  crônica  progressiva  • Meteorismo  • Dor  abdominal  • Fecaloma  =  50%  • Volvúlo  =  15%  • Disfagia,  palpitações,  ICC  

 TRATAMENTO  CLÍNICO  

• Dieta  e  exercício  físico  • Laxativos  • Lavagens  intestinais  

 TRATAMENTO  CIRÚRGICO  

• Sigmoidectomia  • Colectomia  total  • Abaixamento  abdomino-­‐perineal  • Anorretomiotomia  

INDICAÇÕES  DE  CIRURGIA  • Obstipação  grave  sintomática  • Episódios  recorrentes  de  fecaloma  • Vólvulo  

o Tentativa  de  distorção  endoscópica  o Distorção  cirúrgica  o Ressecção  com  colostomia  

TÉCNICA  CIRÚRGICA  DUHAMEL  (mais  usada)  

• Reto  é  mantido,  e  a  anastomose  é  feita  na  parede  posterior  do  reto.    COMPLICAÇÕES  DA  CIRURGIA  

• Necrose  do  cólon  abaixado  • Deiscência  da  anastomose  • Retração  do  coto  • Estenose  da  anastomose  • Incontinência  urinária  • Impotência  sexual  • Mortalidade  3  a  5%  

Anselmo  Boa  Sorte  

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2  -­‐  DOENÇA  DE  HIRSCHSPRUNG  • Mal  formação  congênita  dos  plexos  • Agenesia  mioentérica  • Dilatação  e  hipertrofia  das  camadas  logo  acima  

 GENÉTICA  

• Relacionado   com   distúrbio   hereditário   multigênico   dominante   com  penetrância  incompleta  e  expressividade  variável.  

• Predomínio  masculino  4>1  • Braço  longo  do  cromossomo  10  • Incidência  1:5000  nascimentos  

 EMBRIOLOGIA  

• 5ª  a  10ª  semana    neurônios  da  crista  neural  migram  para  formar  os  plexos  na  direção  próxima-­‐>distal  

• algum  fator  inibe  a  migração  desses  neuroblastos  • denervação  ocorre  mais  comumente  na  parte  terminal  do  intestino  grosso  

 FISIOPATOLOGIA  

• Falta  de  inervação  impede  o  seguimento  reflexo  da  onda  de  peristalse  • Contração  sustentada  da  área  aganglionar    dificulta  passagem  e  dilata.  

 MANIFESTAÇÕES  CLÍNICAS  

• Constipação  e/ou  obstrução  intestinal  distal  nos  primeiros  dias  de  vida  • Retardo  eliminação  do  mecônio  

 OBS:  a  vantagem  em  relação  ao  Chagas  é  por  não  tratar-­‐se  de  uma  doença  progressiva.  A  lesão  é  limitada.  Ao  se  retirar  o  cólon  lesado,  esta  resolvido.    

3  –  MEGACÓLON  TÓXICO  • Normalmente  dilatação  do  cólon  transverso  • Causas  de  MC  tóxico  

o Retrocolite  ulcerativa  (46%)  o Colite  infecciosa  bacteriana  (pseudomembranosa)  o Isquemia  

• Fator  de  risco    Diagnóstico  • Evidência  de  dilataçãoo  

o Clínica  o Radiológica:  >6  cm  de  distenção  

• Evidência  de  toxidade  o Sepse  o Pirexia,  taquicardia  

 MANEJO  

• Geral  

Anselmo  Boa  Sorte  

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o Flúidos,  corrigir  anormalidadaes  o Manejo  de  choque  

• Descompressão  o Tubo  retal  o Sonda  nasogástrica  o Endoscópia:  muito  cuidado  para  não  perfurar  

• Cirurgia  indicada:  colectomia  • Principal  exame  na  suspeita  =  Raio-­‐X  

AULA  06  =  NEOPLASIA  DE  PÂNCREAS  (04/11/2011)  

ANATOMIA  RELAÇÕES  ANATÔMICAS  

• Estômago,  duodeno,  vesícula  biliar,  baço,  estômago.  • Face  anterior  recoberta  por  peritônio.  • Localização  retroperitonea  • Via  biliar  extra-­‐hepática  /  vesícula  

SUBDIVISÃO  • Cabeça  =  a  direita  dos  vasos  mesentéricos  • Processo  uncinado  do  pâncreas    posteriormente  aos  vasos,  abraçando-­‐os  

o Região  +  difícil  na  cirurgia  • Colo  =  superior  aos  vasos  mesentéricos  • Corpo  =  a  esquerda  dos  vasos  • Cauda  =  parte  final  em  íntimo  contato  com  hilo  esplênico.  

OBS:   é   um   órgão   de   difícil   manejo   devido   seu   íntimo   contato   com   os   vasos  mesentéricos.    2  DUCTOS  PANCREÁTICOS  

• Principal  =  desemboca  na  papila  de  Vater,  com  o  colédoco  • Ducto  acessório  

VASCULARIZAÇÃO  • Gastroduodenal  

o Pancreatoduodenal  anterior  superior  o Pancreatoduodenal  posterior  superior  

• Mesentérica  superior  o Pancreatoduodenal  anterior  inferior  o Pancreatoduodenal  posterior  inferior  

• Esplênica  (cauda  e  maior  parte  do  corpo)  DRENAGEM  VENOSA    Sistema  portal    FISIOLOGIA  –  Fases  da  secreção  pancreática  

• Cefálica  =  10  a  15%  (estímulo  vagal  –  olfato  e  paladar)  • Gástrica  =  distenção  gástrica  –  gastrina  • Intestinal   =   50   a   75%   do   suco   (aumento   da   secretina   em   resposta   a  

acidificação  do  duondeo)    

Anselmo  Boa  Sorte  

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OBS:   Dunodenopancreatectomia   –   Cirurgia   de  Whipple:   protótipo   da   cirurgia   para  tratar  câncer  de  pâncreas.  

CASSIFICAÇÃO  DA  NEOPLASIA  NEOPLASIAS  DE  SISTEMA  EXÓCRINO  

• Adenocarcinoma  ductal  de  cabeça  de  pâncreas  –  70  a  80%  • Adenocarcinoma  ductal  de  corpo  e  cauda  de  pâncreas  

OBS:   são   tumores  que  apresentam  a  mesma  histologia,  mas   sua   localização  distinta  promove  sintomatologia  diferente,  interferindo  no  tempo  do  diagnóstico  e  na  taxa  de  cura  no  momento  do  mesmo.  

• Outros  adenocarcinomas  • Pancreatoblastoma  

 NEOPLASIAS  CÍSTICAS  (10  A  15%)  

• Benignos  o Cistoadenoma  seroso  =  20  a  40%  dos  císticos  –  mais  comum  o Cistoadenoma  mucinoso  =  20  a  35%  

• Malignos  o Cistoadenocarcinoma  mucinoso  o Tumor  mucinoso  de  papila  intraductal  

 NEOPLASIAS  ENDÓCRINAS  (NEUROENDÓCRINOS)  

• Tumores  de  células  das  ilhotas  • Insulinoma,   glucagoma,   somatostinoma,   VIPoma,   gastinoma,   tumores  

endócrinos  não  funcionantes.  

1  –  ADENOCARCINOMA  DE  CABEÇA  DE  PÂNCREAS  -­‐  ADCP  • +  comum  CA  de  pâncreas  • neoplasia  ductal  • 4ª  a  5ª  causa  de  óbito  por  câncer  • 70%  dos  CA  de  pâncreas  localizam-­‐se  na  cabeça  ou  processo  uncinado  • DD  –  Tumores  periambulares  (o  próprio  ADCP  é  um  periampular)  

o ADCPE  o Tumor  de  papila  duodenal  o Colangiocarcinoma  distal  o Tumores  de  duodeno  

 EPIDEMIOLOGIA  

• +  comum  em  negros  • H3  >  1M    • Idade  avançada  –  6ª  década  • Tabagismo  • História  familiar  • Pancreatite  hereditária  • HNPCC,  Peutz-­‐Jehgers,  BRCA2  

Álcool  e  pancreatite  alcoólica  não  apresentam  relação    TUMORES  PERIAMPULARES  -­‐  TP  

Anselmo  Boa  Sorte  

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• É  o  TP  mais  frequente  (40  A  605)  • Taxa  de  ressecabilidade  =  15  a  25%  • Pior  prognóstico  dos  4  • Outros  tumores  periampulares:  

 1  –  Adenomarcinoma  de  Papila  

• H  2>1  M  • Maior  parte  esporádico  • Lesão  precursora  =  adenoma  de  papila  • Outros  =  síndrome  de  Gardner  (PAF_  • 2º  tumor  periambupar  mais  frequente  • taxa  de  ressecabilidade  =  70  a  80%  • melhor  prognóstico  dos  4  

2  –  Colangiocarcinoma  distal  • 3º  tumor  periampular  +  frequente  • fatores  de  risco:  litíase  biliar,  CEP,  cisto  de  VM,  parasitoses  na  Via  biliar,  

HNPCC.  3  –  Neoplaisa  de  duodeno  

• +  raro    CLÍNICA  DO  ADCP  –  4  SÍNDROMES  CLÍNICAS  

• Icterícia  obstrutiva  (+  comum)  o Icteríca,  acolia  fecal  e  colúria,  prurido.  

• Obstrução  duodenal  o Anorexia,  náuseas  e  vômitos  

• Dor  com  irradiação  para  dorso  • Perda  ponderal  

OBS  =  Esta  clínica  vale  para  todos  os  tumores  periampulares    APRESENTAÇÃO  CLÍNICA  

• Sinal  de  Courvoisier  =  vesícula  palpável  e  indolor  em  pacientes  ictéricos  • Massa/linfonodomegalias  palpáveis  • Ascite  • TU  de  papila  =  icterícia  flutuante  • 15   a   20%   dos   pacientes   com   TU   de   pâncreas   evoluem   com   DM   antes   do  

diagnóstico.    DIAGNÓSTICO  DO  ADCP  

• Laboratório    colestase  o Aumento    Bilirrubina  direta  e  total  o Aumento  de  Fosfatase  e  Gama  GT  o Aumento  moderado  de  TGO/TGP  

OBS  =  Bilirrubinas  totais  acima  de  20  são  sugestivas  de  obstrução  maligna.  • CA19.9  –  Marcador  tumoral  elevado  em  85%  

 EXAMES  DE  IMAGEM  

• 1º  =  USG  • TC  

Anselmo  Boa  Sorte  

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• RNM,  CPRE,  PET/CT    Achados  Radiológicos  USG  

• Dilatação  difusa  da  via  biliar  e  vesícula  • Baixa  sensibilidade  para  tumores  periampulares  • Dificilmente  fecha  diagnóstico  • Praticamente  só  útil  quando  tiver  dilatação  de  via  biliar  

TC    Melhor  exame  • Exame  mais  realizado  no  diagnóstico  • Alta  sensibilidade  e  especificidade  • Diagnóstica  e  estadia  

RNM  • Resultados  parecidos  com  TC    Mas  custo  alta  • Pouco  custo/benefício  

 Obs  =  veia  a  direita  da  cabeça  do  pâncreas,  artéria  a  esquerda.    TC  É  MANDATÓRIA  NO  PRÉ-­‐CIRÚRGICO    Definir  se  tumor  é  ou  não  ressecável    CPRE  

• Colestase  não  esclarecida  • Biópsia  de  lesões  duodenais  e  papila  

USG  Endoscópica  • Alta  sensibilidade  e  especificida  • Pouco  disponível  • Usado  quando  tem  indicação  de  biópsia  

BIÓPSIA  GUIADA  POR  IMAGEM  • Baixa  sensibilidade  –  falso  negativo  ~50%  • Possibilidade  de  disseminação  no  trajeto  da  punção  • Indicações  

o Paliativo   Tumores  irressecáveis   Alto  risco  cirúrgico  

o Neoadjuvância  o Suspeita  de  linfoma  

 TRATAMENTO  CIRÚRGICO  Duodenopancreatectomia  –  Whipple  modificada.    3  FASES  

• Estadiamento  intraoperatório  • Ressecção  • Reconstruções  (3  anastomoses)  

1  –  Jejuno  pâncreas  =  alça  jejunal  +  o  resto  do  pâncreas  2  –  Piloro-­‐Jejunal  =  continuação  do  trânsito  3  –  Biliodigestiva  =  viabiliar  direto  com  jejuno  usado  como  alça    

Anselmo  Boa  Sorte  

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OBS  =  A  cirurgia  clássica  remove  também  antro  gástrico.  • Preservação  pilórica  pode  ser  efetuada  • Linfadenectomia  extensa  é  contraversa  

A  anastomose  pancreato-­‐jejunal  é  a  de  maior  morbidade  no  pós-­‐cirúrgico    Complicações  precoces  

• Fístula  pancreática  • Gastroparesia  • Fístula  biliar  • Abcessos  

Complicações  tardias  • Insuficiência  endócrina  • Insuficiência  exócrina  

 TRATAMENTO  PALIATIVO  CIRÚRGICO  Indicações  

• Irressecabilidade  detectada  intraoperatório  • Pacientes  irresseváveis,  baixo  risco  cirúrgico  e  expectativa  de  vida  razoável  

TRATAMENTO  PALIATIVO  NÃO  CIRÚRGICO  • Indicações  

o Irressecabilidade  detectada  no  pré-­‐operatório  o Alto  risco  e  baixa  expectativa  de  vida.  

 Resultado  do  tratamento  curativo  

• Ou  seja,  para  aqueles  que  tem  indicação  de  cirurgia  curativa  • Sobrevida  de  10  a  20%  em  5  anos  

2  –  ADENOCARCINOMA  DE  CORPO  E  CAUSA  DE  PÂNCREAS  –  ADCC  • 30%  dos  adenocarcinomas  de  pâncreas  • apresentam  pior  prognóstico  • menos  sintomas  e  maiores  no  diagnóstico  • 90%  irressecáveis  • Clínica  

o Perda  de  peso,  dor  o Icterícia  apenas  em  5  a  7%.  

DIAGNÓSTICO  • Sem  padrão  de  colestase  • CA19.9  elevado  • Imagem  =  TC  e  RNM  • USG  pode  ser  feita  no  screning,  mas  não  ajuda  no  diagnóstico    sem  colestase  • A  grande  maioria  dos  pacientes  são  incuráveis  ao  diagnóstico  

TRATAMENTO  • Pancreatectomia  corpo  causal  • Esplenectomia  • Linfadenectomia  peripancreática  • Ressecção  de  órgão  adjacente  se  necessário  

 

Anselmo  Boa  Sorte  

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Critérios  de  irressecabilidade  • Metástase  a  distância  • Invasão  de  grandes  vasos  

Sobrevida  =  8  a  15%  em  5  anos.  

NEOPLASIAS  CÍSTICAS  DO  PÂNCREAS  

3  –  CISTOADENOMA  SEROSO  •  Mais  comum  dos  císticos  de  pâncreas  (20  a  40%)  • lesões  císticas  cuja  camada  interna  composta  por  epitélio  simples,  com  células  

ricas  em  glicogêncio  SEM  mucina.  • Mais  frequente  em  corpo  e  causa  • Macroscopia  =  grandes,  oligocíticos,  únicos,  multiloculados  (favo  de  mel)  

calcificação  central.  • Comportamento  

o Sem  potencial  de  malignização  o Assintomático  na  maioria  

• Cirurgia  o Quando  tiver  sintoma  o Ou  na  dúvida  se  não  é  seroso  

4  –  CISTOADENOMA  MUCINOSO  • 20%  dos  tumores  císticos  de  pâncreas  • +  comum  em  mulheres  • células  cilíndricas  produtores  de  mucina  • quase  sempre  corpo  causal  • lesão  pré-­‐maligna  • calcificação  periférica,  macrocístos  e  múltiplos  • Diagnóstico  

o Imagem  o Punção  para  biópsia  e  pesquisa  de  mucina  o CEA  –  Diagnóstica  o  adenoma  mucinoso  

• Tratamento  o Pancreatectomia  corpocaudal  com  esplenectomia  o Morbimortalidade  bem  menor  que  Whipple  

5  –  NEOPLASIA  PAPILAR  INTRADUCTAL  • +  em  homens  • desenvolvimento  intraducta  /  produção  de  mucina  • sequência  adenoma/carcinoma  =  lesão  pré-­‐maligna  • +  comum  na  cabeça  de  pâncreas  • pode  desencadear  pancreatite  • diagnóstico  =  EDA  –  Exteriorização  de  mucina  através  d  papila  

(patognomônico)  • Tratamento  

o Resseção  com  margem  livre  o Se  lesão  maligna,  ressecção  radical  

Anselmo  Boa  Sorte  

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6  –  NEOPLASIA  PAPILAR  SÓLIDO  CÍSTICA  DE  PÂNCREAS  • Lesão  em  corpo  e  cauda  em  mulher  jovem  =  Tumor  de  Frantz  • Tratamento  =  Ressecção  com  margens  livre  • +  comum  em  corpo  e  cauda  • Diagnóstico  =  epidemiologia  +  imagem  

AULA  07  =  BASES  DA  CIRURGIA  DE  FÍGADO