Resumo Poder Escolar-Ensino Fundamental de Nove Anos e as Classes Populares

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ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS E AS CLASSES POPULARES

Como pibidianas atuantes em uma escola que apresenta um dos mais baixos

IDEB’s da cidade de Pelotas, e que pertence a uma comunidade de classe social baixa,

sentimos-nos incentivadas a pesquisar a relevância da política pública do Ensino

Fundamental de Nove Anos para a vida dos alunos pertencentes a essa comunidade.

Essa mudança proveniente da lei de número 11.274, de 6 de fevereiro de 2006,

que altera a de Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, faz-nos questionar sobre de

que forma as crianças de classes populares são beneficiadas com esse ano “extra” e se

ele se configura como uma medida contra o fracasso escolar.

Para tal, nossa pretensão foi identificar de que forma esta mudança pode

contribuir no ensino destes alunos, considerando a influência que problemas sociais

como a pobreza e outros relacionados a ela, têm no seu aprendizado em sala de aula.

Com este trabalho temos o objetivo de compreender quais as mudanças positivas

que o Ens. Fund. De 9 anos está trazendo para a vida das crianças de classe popular.

Para realização deste artigo utilizamos como método de pesquisa os seguintes

meios: Entrevistas, análise de pareceres descritivos, avaliações diagnósticas de leitura e

escrita, coleta de dados a partir da ficha de matricula dos alunos e embasamentos

teóricos, como os estudos de Bernard Charlot, Emilia Ferreiro, Paulo Freire e Maria

Zamberlan assim como, nas orientações contidas em documentos do MEC acerca do

Ensino Fundamental de nove anos, o chamado “fracasso escolar” atrelado às condições

socioeconômicas.

Através da realização desse estudo, podemos constatar que a política pública que

institui o ensino fundamental de nove anos garante a tentativa de uma equidade social

em relação aos alunos da classe média e alta, que em sua maioria aos seis anos já

possuem uma vivência na educação infantil, o que é mais raro nas classes populares.

As crianças que frequentaram a educação infantil têm de vantagem, pois esta

experiência as eleva a um maior conhecimento e acesso a cultura escrita, devido

também a sua maior exposição a ela em sua vida cotidiana e meio em que vivem. Esse

fator faz com que sua alfabetização no primeiro ano seja realizada mais rapidamente,

quando comparadas às crianças que não tiveram esse acesso prévio a escola, pois estas

precisam, além de ser alfabetizadas, adaptadas a um novo ambiente para elas, o escolar.

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Porém esta política pública precisa ser estudada com mais atenção pelos

educadores com o intuito de realmente por em prática o que está sendo proposto, caso

contrário de nada adiantará o aumento de um ano na escolarização destas crianças.

É necessário que haja uma reflexão sobre o perfil destes alunos, de forma a

identificar uma melhor maneira de aproveitar este tempo com eles, para que este não se

torne mais um ano para não aprender.

O tema deste artigo é algo muito complexo, pensamos que para alcançarmos a

resposta para a nossa a questão posta aqui é necessário um estudo mais longo e

detalhado. Porém foi possível identificar e refletir sobre alguns aspectos importantes

para a prática docente, que pretendem instigar os professores para uma ação renovadora

em sala de aula.