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RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL MASISA EMPREENDIMENTOS FLORESTAIS Diretrizes para atendimento dos Princípios e Critérios do FSC® (Forest Stewardship Council®) - 2015/2016

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RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL

MASISA EMPREENDIMENTOS FLORESTAIS Diretrizes para atendimento dos Princípios e Critérios do FSC® (Forest Stewardship Council®) - 2015/2016

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RESUMO PÚBLICO 2015/2016

1 PLANO DE MANEJO O Plano de Manejo Florestal (PMF) contém as diretrizes e procedimentos para o atendimento dos Princípios e Critérios do FSC® (Forest Stewardship Council®) no manejo das áreas florestais aplicando-se às fazendas certificadas da MASISA. Esta versão também complementa a documentação do Sistema de Gestão Integrado Florestal (SGF) da MASISA. O Sistema abrange os escopos ISO 14.001 (Gestão Ambiental), ISO 9.001 (Gestão da Qualidade) e OHSAS 18.001 (Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional) e FSC®. A MASISA Florestal implanta e maneja plantações florestais com as espécies de pinus e eucalipto para abastecimento de sua Unidade Industrial de Ponta Grossa (PR) e fornecimento de madeira para o mercado para diversas finalidades. 2 OBJETIVOS DO PLANO DE MANEJO O objetivo do plano de manejo florestal da MASISA é fornecer matéria-prima de qualidade para sua unidade industrial e atender a demanda de mercado, de forma competitiva, garantindo a sustentabilidade do negócio florestal, valorizando os serviços ambientais e sociais da floresta através de práticas adequadas ao triplo resultado (ambientalmente adequado, socialmente justo e economicamente viável). 3 MISSÃO FLORESTAL A Missão da Unidade de Negócios Florestais da MASISA consiste em:

� Produzir madeira competitivamente para suprir as áreas industriais da MASISA dentro de um marco de sustentabilidade socioambiental;

� Desenvolver clientes para madeiras não utilizadas pela indústria da

MASISA, com a finalidade de rentabilizar o negócio florestal, recuperando resíduos para a fabricação de painéis;

� Estimular a criação de pólos regionais para o desenvolvimento de modelos associativos floresta - indústria;

� Manejar os ativos florestais para melhorar o modelo de crescimento que outorgue flexibilidade financeira à MASISA;

� Otimizar a localização geográfica do patrimônio florestal em função do desenvolvimento industrial da MASISA;

� Orientar as ações necessárias aos objetivos do negócio florestal, num ambiente de trabalho saudável e eficiente, com visão de longo prazo;

� Impactar positivamente na qualidade de vida de nossos colaboradores através de um ambiente de trabalho bom e seguro.

4 DIRETRIZES DO MANEJO FLORESTAL Para o cumprimento da Missão Florestal, o manejo florestal é orientado pelas seguintes Diretrizes:

� Atendimento à legislação e aos princípios do FSC®;

� Garantia e manutenção dos direitos e responsabilidades de uso da terra;

� Incentivo à adoção das boas práticas de manejo pelos proprietários rurais que venham a participar dos programas de arrendamento, parceria e fomento florestal; Respeito aos direitos dos trabalhadores e promoção de melhoria nas condições de trabalho;

� Manutenção do bom relacionamento com comunidades vizinhas, bem como integração com a sociedade;

� Manejo otimizado dos produtos e serviços da floresta visando à redução de desperdícios;

� Identificação e minimização dos impactos ambientais e sociais relacionados à atividade, através de seu monitoramento;

� Implementação e atualização do Plano de Manejo;

� Monitoramento dos impactos ambientais e sociais relacionados a atividade;

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� Identificação e manutenção de Florestas de Alto Valor de Conservação;

� Busca por inovações tecnológicas para aplicação das melhores práticas silviculturais nas suas unidades de manejo florestal;

� Utilização de técnicas de melhoramento genético com espécies comprovadamente adaptadas para aumento da produtividade e, consequente, aumento da eco eficiência;

Avaliação de riscos e implantação de planos preventivos para as áreas florestais.

Dados das certificações da MASISA

Escopo da certificação

Certificadora Nº certificado Validade

FSC ® Manejo

Florestal

Rainforest Alliance

RA-FM/COC-001531 06/06/2015

ISO 9.001:2008

SGS BR06/02480 23/07/2015

ISO 14.001:2004

SGS BR09/4709.00 22/08/2015

OHSAS 18.001:2007

SGS BR06/02481.00 23/07/2015

MASISA BRASIL EMPREENDIMENTOS

FLORESTAIS LTDA

Responsabilidade Socioambiental Rodovia BR 376, 1.690

84.045-610 – Ponta Grossa – Paraná Escritório: (42) 3219-1773 Fax: (42) 3219-1600 www.masisa.com.br [email protected]

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5 POLÍTICA DE GESTÃO INTEGRADA

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6 MASISA NA AMÉRICA LATINA A MASISA é líder na América Latina na produção e comercialização de painéis de madeira para móveis e arquitetura de interiores. Ela conta com ativos florestais em grande parte da região, garantindo assim a matéria prima para o negócio de Painéis. A proposta de valor da MASISA é ser uma marca confiável, próxima a todos os seus públicos, antecipando-se às necessidades dos mercados por meio da inovação em serviços e produtos com design de vanguarda, e operando de forma responsável com a sociedade e o meio ambiente. O grupo teve início com sua primeira indústria na cidade de Valdívia, Chile, em 1960 com o nome de Madeiras Aglomeradas Ltda. Quatro anos depois sua razão social mudou para Madeiras e Sintéticos Sociedade Anônima - MASISA, sigla que originou o seu nome. Após um ano, foi inaugurada a filial Laminadora de Madeiras S/A, produtora de lâminas, compensados e portas. Em 1967, a filial Forestal Tornagaleones Ltda. foi aberta e no ano de 1968, as atividades industriais se estenderam à zona de Concepción, numa fusão com a Sociedade Madeiras Aglomerada Pinihue S/A, somando mais uma linha de produção de aglomerados em Chiguayante, Chile. Porém, foi em 1984 que as atividades cresceram significativamente com a aquisição da Sociedade Madeiras e Painéis S/A, Mapal. Um complexo industrial composto por duas linhas de aglomerados, uma linha de revestimentos e outra de impregnação de papéis. No Chile foi dado início a cadeia de distribuição Placacentro, com um trabalho pioneiro e inovador na forma de comercializar seus produtos com qualidade nos serviços e no atendimento. As unidades Placacentro são lojas que concentram todos os produtos e serviços necessários para o negócio do pequeno e médio fabricante de móveis. Hoje são mais de trezentas lojas, distribuídas na Argentina, Brasil, Chile, Equador, México, Peru e Venezuela No final de 1989, constituiu-se a filial Químicos Coronel S/A, dedicada à fabricação de resinas adesivas para suprir todas as plantas, insumo chave para a qualidade dos produtos. Nesse mesmo ano, constituiu-se ainda a filial Aserraderos Aragón S/A, para beneficiamento de madeira e fabricação de painéis blockboard. Em 1993, a MASISA S/A, em conjunto com outros sócios,

constituiu a Inversiones Industriais S/A e suas filiais: Transportes Fluviais S/A, Forestal Rio Calle-Calle S/A e Portuária Corral S/A, empresas dedicadas a transportes fluviais, produção de cavacos de madeira e administração e operação de um porto na baía de Corral. Através dessas associações e aquisições, o grupo cresceu, ultrapassando as fronteiras do Chile, estando presente hoje no Brasil, na Argentina, no México e na Venezuela. Seus produtos passaram a ser comercializados em todos os países da América Latina, além de Europa e Estados Unidos. 6.1 Divisão Industrial Masisa é o principal produtor de painéis da América Latina, representando 19% da capacidade instalada na região. Possui onze complexos industriais dedicados à fabricação de painéis no Chile, na Argentina, no Brasil, na Venezuela e no México, além de presença comercial em mais de 40 países. Nossos principais produtos são painéis de MDF (Medium Density Fiberboard) e painéis MDP, comercializados principalmente na América Latina. Os painéis reconstituídos de madeira surgem como alternativa ao uso de madeiras maciças, que entraram em regime de restrição na metade do século passado por esgotamento ou limitações ambientais. Para a confecção dos painéis Masisa, são usadas espécies de crescimento rápido, pinus ou eucalipto de florestas cultivadas, e resíduos de outros processos madeireiros, com recursos e tecnologias sustentáveis. Existem duas famílias de painéis de madeira, que são classificados segundo seu uso: os painéis destinados a funções estruturais para a construção (compensado); e a família de painéis de uso interno, para móveis e acabamentos em construções de todo o tipo. A Masisa especializou-se na família de painéis de MDP e MDF para móveis e decoração, oferecendo uma ampla gama de produtos básicos e com aplicações decorativas de melamina e lâminas, que permitem seu uso em todo tipo de móveis residenciais, para escritórios, lojas e acabamentos. A Masisa, como parte de sua vocação de negócios e reconhecida liderança a nível internacional, elabora produtos com padrões de classe mundial. 100% dos

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painéis que a Masisa produz estão de acordo com a norma europeia E-1, que identifica os produtos com baixa emissão de formaldeído, de acordo com a norma europeia, assegurando o bem-estar e a saúde das pessoas. O formaldeído é um componente que pode ser encontrado na natureza (como por exemplo, nas árvores, que emitem formaldeído) e em vários elementos de uso diário, como móveis, filmes fotográficos, toalhas de papel, cosméticos e produtos de cuidado pessoal, entre outros. Também encontramos essa substância nas resinas sintéticas utilizadas na fabricação de painéis de madeira. Além disso, a Divisão Painéis conta com um canal estratégico de distribuição: a Rede Placacentro Masisa. 6.2 Divisão Florestal Unidade de Negócio Florestal está orientada a maximizar o valor econômico dos investimentos e desenvolver novos polos florestais que apresentem rentabilidade atraente para a Empresa e garantir sinergias com a Unidade de Negócios Industrial, principalmente por proporcionar uma fonte competitiva de fibra para a fabricação dos painéis. O papel estratégico da Divisão Florestal corresponde à gestão da formação, manutenção, conservação e utilização de florestas, maximizando o valor desses ativos a partir do conceito de triplo resultado, através de um manejo adequado e observando princípios de sustentabilidade econômica, social e ambiental nas diferentes áreas e países em que a Empresa está presente. O resultado dessa maximização de valor dos ativos florestais possibilitará a oferta de fibra e matéria-prima para as unidades industriais da Companhia e de terceiros (por espécie, volumes, produto, localização e sazonalidade). O manejo florestal da Masisa incorpora as melhores práticas sobre temas relacionados ao cuidado com o solo, a água, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Essa prática conta com políticas e sistemas de gestão formalizados, criados para minimizar os impactos das operações florestais, verificar o cumprimento da legislação em vigor, proteger as florestas de alto nível de conservação, além de orientar sobre o estabelecimento de áreas protegidas e a restauração de floresta nativa – sempre dentro de um estreito relacionamento com as comunidades ligadas à Empresa, buscando a geração de empregos e a criação de benefícios econômicos para todas as partes envolvidas. O patrimônio da Masisa, em 31 de dezembro de 2011, era de 388.547 hectares de terra, incluindo 224.368 hectares de florestas plantadas, principalmente com pinus e eucalipto, e 65.599 hectares de reservas naturais distribuídas entre o Chile, o

Brasil, a Argentina e a Venezuela. Todas as plantações da Masisa contam com a certificação Forest Stewardship Council® (FSC®). Em julho de 2011 foi concluída a segunda fase do projeto "Plantações de Nova Geração". Liderada pelo World Wildlife Fund (WWF), com participação da Masisa e de outras grandes empresas florestais mundiais, a iniciativa é caracterizada pela busca da gestão sustentável e da promoção de uma nova forma de conceber e gerir as plantações, gerando crescimento econômico e emprego e, ao mesmo tempo, mantendo a integridade dos ecossistemas e preservando a biodiversidade. Em agosto do mesmo ano, teve início sua terceira fase. Com uma duração de mais dois anos, o trabalho passa a ter um enfoque regional, voltado aos locais em que as empresas florestais desenvolvem suas atividades. Para Masisa, o foco será a América Latina. Nas duas primeiras fases do projeto (2007 e 2011), foram desenvolvidos em conjunto documentos técnicos e relatórios que mostram a visão compartilhada entre a WWF, as empresas florestais e departamentos governamentais envolvidos em questões relativas à biodiversidade e questões sociais associadas às alterações climáticas, tais como integridade dos ecossistemas, florestas de alto valor de conservação, compromisso com as comunidades e os grupos interessados, bioenergia e carvão. Além disso, foram desenvolvidas viagens técnicas para vários países, o que tornou possível compartilhar experiências e aprofundar conhecimentos sobre manipulação e gestão das plantações alinhadas ao conceito de NGP. Para mais informações sobre este projeto, consulte www.newgenerationplantations.com No Chile, a Masisa está trabalhando em uma aliança estratégica com uma empresa internacional para criação de um projeto alternativo de espécies de alto crescimento com o objetivo de implantá-lo em áreas de interesse para a Masisa. Neste momento, estamos trabalhando na avaliação da viabilidade econômica e da potencial estrutura societária desse novo projeto. Em 2011, a Masisa assinou um acordo de cooperação para o desenvolvimento de plantações comerciais com o Estado de Durango, no México, voltado à manutenção e à recuperação da atividade produtiva industrial na área. Como resultado, já foram entregues os primeiros resultados do plano-piloto de arborização, a preparação de solos que permitiu o estabelecimento de 302 hectares de plantios comerciais no estado de Durango. O projeto foi elaborado com a contribuição da entidade federal Conafor e da Secretaria Estadual dos Recursos Naturais e Meio Ambiente. A Masisa também assinou um importante acordo de capacitação de profissionais de Engenharia Florestal em Durango, permitindo a esses profissionais adquirir habilidades relacionadas a plantios comerciais de alta

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produtividade na Argentina e no Chile, países onde essas plantações têm alcançado altos padrões. A fim de reforçar o trabalho voltado à inovação na área de biocombustíveis, em 2011, o Consórcio Bioenercel - composto pela Universidade de Concepción, Universidade Católica de Val paraíso, Fundação Chile, Masisa, CMPC e Arauco – firmou um acordo com o WERC II, um consórcio da North Carolina State University, para a realização conjunta de pesquisas e a transferência de tecnologia. Assinou, também, um acordo de colaboração para a realização de testes com enzimas com o material resultante dos processos da Bioenercel. Em 2011, a Bioenercel adquiriu uma planta de pirólise, localizada nas instalações da Unidade de Desenvolvimento Tecnológico, e que integrava o Subprojeto de Biocombustível líquido, cujo objetivo é criar bases tecnológicas que permitam obter um combustível líquido para uso industrial a partir do subproduto "lignina da hidrólise da madeira". Vale destacar também a aliança estratégica previamente concretizada com o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia em Bioetanol do Brasil (CTBE) visando a transferência de conhecimento à Bionercel para a construção de uma planta-piloto. A Bioenercel desenvolve tecnologias que possibilitam a introdução dos combustíveis de segunda geração na matriz energética chilena. 7 MASISA NO BRASIL Em dezembro de 1998, a MASISA do Brasil firmou protocolo com o governo do Paraná, especificamente através do programa “Paraná Mais Emprego” e, um ano mais tarde, foi iniciada a construção da unidade industrial no Brasil, na cidade de Ponta Grossa, Paraná. A linha de MDF entrou em funcionamento em dezembro de 2000, sendo sua capacidade nominal de 240 mil metros cúbicos de MDF/ano. O suprimento das linhas de MDF é realizado 100% com resíduos gerados no processamento mecânico da madeira de serrarias, remanufaturas e laminadoras. A linha de geração de energia (biomassa) utiliza casca proveniente do processamento das toras e biomassa florestal genericamente. Paralelamente à instalação da planta industrial em Ponta Grossa, a empresa iniciou um processo de formação de base florestal própria fornecendo matéria-prima para suas linhas de produção de painéis e para comercialização. O manejo das áreas florestais iniciou em fevereiro de 2000, com a realização de desbastes seletivos e sistemáticos e corte raso, consequentes

reformas e a implantação de novas florestas. Em 2002 a Terranova S/A, parte da corporação de empresas do Grupo Nueva, passou a ser a principal acionista da MASISA S/A, com a aquisição de 51,90% das ações. A empresa Terra Nova já operava no Brasil desde 1997, com a aquisição de 8.216 ha de plantações de Pinus taeda e Pinus elliottii do grupo siderúrgico Gerdau S/A, distribuídos em um total de 14 fazendas, num raio médio de 45 km da unidade industrial de Rio Negrinho - SC. Com a fusão das empresas, como a MASISA detinha o nome mais forte e mais reconhecido, optou-se por manter esta razão social no mercado e substituir o nome da Terra nova pelo da MASISA. Em 2008 a MASISA S.A. através de seus acionistas decidem colocar a venda todos os ativos industriais e florestais da unidade de Santa Catarina, através de uma licitação. Em dezembro do mesmo ano o processo de licitação é concretizado e a unidade de Santa Catarina, efetiva a venda de seus ativos fixos (máquinas/equipamentos edificações e florestas) à sociedade Global Forest PartnersLP. No mesmo ano de 2008 a MASISA, através de sua administração local e corporativa aprova a separação florestal da indústria, ou seja, criar uma nova sociedade especifica para toda negocio florestal de Ponta Grossa. Desta forma em setembro de 2008, entra em operação a sociedade MASISA do Brasil Empreendimentos Florestais Ltda., onde todos os ativos florestais passam a ser administrados por esta nova sociedade a qual a MASISA do Brasil Ltda. possui 99,99% de participação. A seguir são listados os produtos comercializados pela MASISA no Paraná e Rio Grande do Sul:

� MDF (Medium Density Fiberboard): painéis produzidos a partir de fibras ligno celulósicas impregnadas de resina sintética, compactadas a uma densidade entre 0,50 e 0,80 g/cm3 por prensagem a quente.

� MDF Melamínico: placa de MDF revestida em uma ou duas faces com películas decorativas impregnadas com resinas melamínicas, o que lhe permite uma superfície totalmente fechada, livre de poros, dura e resistente ao desgaste superficial.

� Produtos Florestais: madeira de Pinus spp. ou Eucalipto spp., em pé e toras provenientes da Colheita, nos sortimentos: - < 8 cm: madeira para lenha; - 8 - 18 cm: matéria-prima para a fábrica; - Sortimentos de madeira para o mercado, conforme necessidade do Cliente;

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7.1 Áreas Manejadas e Recursos Florestais A formação da base florestal da MASISA iniciou-se paralelamente à instalação da planta industrial em Ponta Grossa, através da aquisição de plantios florestais já formados, da compra de terras para reflorestamento, bem como de contratos de arrendamento, de parcerias florestais e de fomento. Esta base está composta por uma área de aproximadamente vinte e três mil hectares certificados FSC® e distribuídos em 18 municípios no estado do Paraná (Ponta Grossa, Campo Largo, Dr. Ulysses, Balsa Nova, Prudentópolis, Tibagi, Irati, Castro, Imbaú de Fora, Pitanga, Jaguariaíva, Guarapuava, Teixeira Soares, Ivaí, Ipiranga, Ortigueira, Reserva, Boa Ventura do São Roque). Além disso no RS a Masisa possui a fazenda Eberle a qual não encontra-se certificada pelo FSC®. Em 2014 a Masisa disponibilizou algumas de suas propriedades à venda, por isso houve redução na área total. Esta venda de ativos florestais faz parte da estratégia da empresa em focar em áreas que sejam sinérgicas com a indústria.

Adiante se apresenta o quadro com a descrição do uso do solo das áreas certificadas.

* Áreas com vegetação natural remanescente já estab elecida, destinada exclusivamente a conservação; ** Áreas em processo de recuperação, áreas degradad as (jazidas, erosões, etc.) e outras áreas destinadas a conservação e que ainda d ependem de ações para restauração e/ou recuperação; *** Outras áreas: estradas, construções, cultivos a grícolas etc.

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No quadro abaixo são apresentadas as fazendas da MASISA presentes no estado do Paraná e certificadas FSC®:

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Mapa da distribuição das fazendas da Masisa no estado do Paraná

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7.2 Caracterização edafoclimáticas das unidades de manejo

7.2.1 Geomorfologia e Geologia A geomorfologia do estado do Paraná é caracterizada pelo domínio de relevos de Planaltos. Após a planície litorânea e serra do mar, umas sucessões de três planaltos são separadas por duas escarpas. O território pode ser dividido em cinco zonas de paisagens naturais, baseando-se na posição das escarpas, vales, rios e divisores de água, assim como no caráter fisiográfico unitário da paisagem dentro dos seus limites naturais: o litoral, a serra do mar, o primeiro planalto (planalto de Curitiba), o segundo planalto (planalto de Ponta Grossa) e o terceiro planalto (planalto de Guarapuava).A seguir no quadro abaixo, a localização geomorfológica dos municípios onde a MASISA possui base florestal.

Localização geomorfológica

Municípios de Abrangência

Primeiro Planalto (planalto de Curitiba)

Campo Largo Dr. Ulysses

Escarpa Devoniana

Balsa Nova

Segundo Planalto (planalto de Ponta Grossa)

Boa Ventura do São Roque Castro Irati Ipiranga Ivaí Jaguariaíva Ortigueira Ponta Grossa Prudentópolis Teixeira Soares Tibagi

Terceiro Planalto (Planalto de Guarapuava)

Guarapuava

7.2.2 Relevo O relevo do Paraná caracteriza-se tipicamente como um relevo de planaltos com predominância de altitudes superiores a 300 metros. As áreas de planície situadas abaixo dos 200 metros de altitude não atingem 10% da superfície paranaense. Abaixo estão demonstradas as altitudes dos municípios de abrangência da MASISA.

Município de Abrangência Altitude (m)

Balsa Nova 865

Boa Ventura do São Roque 950

Campo Largo 956

Castro 956

Dr. Ulysses 800

Guarapuava 1120

Ipiranga 789

Irati 929

Ivaí 537

Jaguariaíva 840

Ortigueira 760

Ponta Grossa 975

Prudentópolis 730

Teixeira Soares 920

Tibagi 730

7.2.3 Hidrografia

Em função de sua geomorfologia, o estado do Paraná apresenta dois conjuntos de bacias hidrográficas, considerando a direção geral do curso dos seus rios: as compreendidas pelos rios que correm no sentido do oeste para o leste e deságuam no oceano atlântico e, as do interior, cujos rios principais, predominantemente correm no sentido do leste para o oeste e, direta ou indiretamente, são afluentes do Rio Paraná.

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7.2.4 Solo

As informações sobre o tipo de solo nas Fazendas da Empresa foram obtidas de mapas disponíveis e da sobreposição destes com os mapas das fazendas. Em razão de seu clima, em grande parte, quente e úmido, os solos do Paraná têm origem, predominantemente na meteorização de caráter químico das rochas. Os solos do Terceiro Planalto Paranaense se destacam pela sua fertilidade natural. O Segundo Planalto, onde se situa a maior parte das unidades florestais da MASISA não apresenta solos de tanta fertilidade natural quanto os do Terceiro Planalto. São solos menos profundos, menos férteis, onde ocorre o predomínio dos Cambissolos associados com Neossolos e outras associações com argilossolos e Latossolos. São solos desenvolvidos, na sua grande maioria, em rochas sedimentares. Em termos gerais, excetuando-se as regiões das serras, os solos do Paraná não apresentam restrições de uso.

7.2.5 Clima

Conforme a classificação climática de Köeppen identifica-se para as unidades florestais da MASISA o tipo climático Cfb (clima temperado úmido com verão temperado) nas regiões de Balsa Nova, Campo Largo, Castro, Dr. Ulysses, Guarapuava, Ipiranga, Irati, Jaguariaíva, Ponta Grossa, Prudentópolis e Teixeira Soares e tipo climático Cfa (Clima temperado úmido com verão quente) nas regiões de Boa Ventura do São Roque, Tibagi, Ivaí e Ortigueira. 7.3 Espécies Manejadas e Produtividade Florestal As principais espécies florestais manejadas pertencem aos gêneros Pinus e Eucalyptus. Dentre as espécies de Pinus utilizadas, a mais intensivamente plantada tem sido o Pinus taeda, em virtude da resistência a geadas e crescimento. Esta espécie tem sido alvo de constante melhoramento genético por empresas florestais, com enfoque principalmente em crescimento, características de galhos, retidão e resistência a geadas. O sucesso destes programas fez com que essa espécie se tornasse a mais plantada do gênero Pinus nas regiões sul e sudeste do Brasil. Com relação ao gênero Eucalyptus, os primeiros plantios na MASISA ocorreram

em 2006 e várias espécies vêm sendo contempladas desde então. Dentre as espécies de eucalipto economicamente importantes para as condições da MASISA destacam-se o Eucalyptus dunnii, E. benthamii, E. saligna e E. Grandis, de boa aptidão para a produção de madeira para fins energéticos e/ou sólidos madeiráveis. A Embrapa Florestas tem sido uma das principais responsáveis pela introdução e adaptação de muitas destas espécies, sendo uma das procedências utilizadas nos plantios MASISA. O arranjo de espécies ou clones a serem utilizados em cada área é decisão estratégica, sendo necessário considerar os critérios de adaptação para cada material. Esses critérios são definidos principalmente por características climáticas (sobretudo o histórico de déficit hídrico e a frequência e intensidade de geadas na região), do relevo, solo e disponibilidade de mudas (com grande atenção à estratégia de melhoramento adotada em sua produção). A seguir segue os índices de produtividade média.

Espécie Idade média de

corte (anos) Produtividade

média m3/ha/ano Pinus spp 14 30 m3

Eucalyptus spp 7 42 m3 7.4 Situação Fundiária Todas as fazendas da MASISA são devidamente registradas em cartório, conforme estabelece a legislação fundiária, e ou estão em vias de regularização. A legislação que prevê o georreferenciamento é a Lei 10.267, de 28 de agosto de 2001, e estabelece um novo sistema de georreferenciamento proposto pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Esta se aplica a proprietários de terras que desejam realizar alterações cartorárias nas propriedades, como desmembramento, parcelamento, remembramento, qualquer tipo de transferência, ou em caso de utilização da propriedade para fins de financiamento e hipoteca. O georreferenciamento ocorre de acordo com norma técnica específica do INCRA. O Código Florestal estabelece normas gerais sobre proteção da vegetação, dispõe sobre as áreas de preservação permanente e reserva legal, entre outras estabelece o Cadastro Ambiental Rural -CAR. Cadastro Ambiental Rural (CAR), instituído pelo Decreto Presidencial n° 8235/14 e da Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente n° 02/14.O CAR é um registro eletrônico obrigatório a todos os proprietários de imóveis rurais, é um documento declaratório sobre a situação ambiental do imóvel, necessária para

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obtenção de qualquer licença ambiental para uso ou exploração de recursos naturais. Este estabelece um prazo que vai até 05 de maio de 2015. A MASISA vem regularizando as suas áreas conforme plano de regularização fundaria da empresa, a fim de unificar e gerenciar de forma eficiente a situação cadastral junto ao INCRA, cartorária e fiscal tributaria perante a Receita Federal no que se refere a lei de georreferenciamento. Para a regularizações ambientais, Código florestal e Cadastro Ambiental Rural a empresa segue plano de regularização ambiental. Ambos os planos citados serão revisados e estabelecidos em janeiro de 2015. 8 CAPITAL HUMANO E RESPONSABILIDADES As funções com responsabilidades na condução do Plano de Manejo Florestal da Divisão Florestal encontram-se, resumidamente, na seguinte estrutura:

As responsabilidades em relação à certificação FSC® para o manejo florestal e cadeia de custódia podem ser visualizadas abaixo.

RESPONSABILIDADE NOME/ CARGO CONTATO

Alta administração - Certificação FSC® -

Cadeia-de-custódia e Manejo Florestal

Marise Barroso Diretora Geral Brasil

[email protected] (11) 3219-5000

Armando Shibata

Diretor SCM

[email protected] (11) 3219-5000

Marcio Crepaldi Gerente Sr. de SMS

[email protected] (41) 3219-1850

Representante da alta administração junto ao

IMAFLORA - Cadeia-de-Custódia e Manejo

Florestal

Clebes Oliveira Coordenador de

SMS

[email protected] (42) 3219-1773

Marketing e uso do logo FSC®

Vinicius Zirondi [email protected]

(11) 3050-5043 O total de colaboradores atuantes nas áreas da MASISA é apresentado no quadro abaixo:

Colaboradores Total Próprios 87 colaboradores Terceiros 34 colaboradores Clientes de madeira 182 colaboradores

Fonte: Capital Humano - Base Jan/2015

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9 PLANEJAMENTO FLORESTAL O processo de planejamento florestal inicia-se com a definição de um horizonte de trabalho de acordo com a visão estratégica da Empresa. No planejamento existem alguns pontos relevantes que são levados em consideração no processo:

� Política de Gestão Integrada

� Missão e visão da Empresa

� Objetivos e metas

� Foco no triplo resultado

O planejamento florestal é a base para as áreas operacionais e comerciais, sendo responsável por garantir a qualidade e a assertividade das informações através do sistema de gestão. O planejamento também deve apoiar as demais áreas com as informações necessárias para as tomadas de decisão. Os conceitos para o planejamento devem ser baseados em otimização de recursos, redução de custos e sustentabilidade, visando sempre à garantia de abastecimento a curto, médio e longo prazo para a unidade industrial e oferta de produtos para a comercialização de madeira. 9.1 Planejamento estratégico O planejamento estratégico florestal tem por objetivo promover a sustentabilidade do negócio florestal em longo prazo, com horizonte de 20 a 30 anos. Neste período deve-se projetar todas as demandas de recursos que a empresa irá necessitar para desenvolver suas atividades e atingir suas metas. As decisões que irão definir como a empresa irá atuar no horizonte de planejamento de alguns anos são tomadas com base nas definições corporativas estratégicas, alinhadas com o core business da MASISA. Na idealização do planejamento estratégico florestal são atendidos alguns pontos:

� Fluxo de produção de madeira ao longo do horizonte de planejamento,

� Balanço, oferta e demanda,

� Agenda operacional estratégica. O planejamento estratégico da MASISA leva em consideração uma produção anual que confira sustentabilidade ao negócio florestal,

considerando uma saída anual regular de madeira, para tal leva em consideração a informações de inventário florestal, informações geográficas e informação de regime silvicultural utilizado pela empresa. Abaixo, o gráfico apresenta a projeção de volume anual a partir de 2014, o qual foi resultante de inventários e simulações de crescimento da floresta, justificando as atuais taxas de colheita.

9.2 Plano Operativo (PO) Após a definição do Planejamento Estratégico, é elaborado anualmente o Plano Operativo Florestal. Na elaboração do PO, são considerados os seguintes pontos:

� Foco no planejamento estratégico;

� Receitas, custos e intervenções operacionais;

� Resultados detalhados da operação florestal. Este plano deve apresentar as informações de previsão de produção florestal, no mercado de madeira e nos custos e receitas de operação, tanto na área de colheita, quanto nas áreas de silvicultura, venda de madeira e áreas de apoio.

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9.3 Sistema de Gestão de Planejamento Em 2003, iniciou-se o desenvolvimento de uma ferramenta de planejamento florestal, em conjunto com a FUPEF - Fundação de Pesquisa e Estudos Florestais da UFPR, denominada MASISPLAN. Esta ferramenta foi concebida para aperfeiçoar o manejo de recursos florestais em função das demandas industriais, agregando restrições econômica, financeira e social em sua composição. O sistema objetivava a geração e análise de cenários de abastecimento da fábrica e de comportamento dos produtos florestais. Para a simulação de crescimento e produção é utilizado o Software Florexcel, que foi desenvolvido pela empresa Optimber “Otimização e Informática”, fundada em 1992, visando auxiliar no processamento de informações florestais. Para cenários simples é utilizado o Florexcel, onde as simulações de volume são calculadas através do módulo de Simulação do Crescimento e da Produção que utiliza os simuladores SISPINUS e SYSEUCAYPTUS, combinados dentro do novo simulador SIMFLOR, desenvolvidos pela Embrapa Florestas, para retornar as tabelas de produção para os regimes de manejo solicitados pelo usuário. Cada simulação retorna as tabelas com o estoque em pé, retirado em desbastes e corte raso, e remanescente após estas intervenções. Um gráfico acompanha os estoques volumétricos em pé de cada uma destas simulações. 9.4 Regimes de Manejo A estratégia de manejo florestal envolve a definição dos regimes silviculturais, que estabelece as atividades a serem efetuadas nas florestas, tais como: implantação, manutenção, e desbastes. Nos plantios do gênero Pinus são adotados pela MASISA diferentes regimes silviculturais que podem variar de acordo com a idade e densidade da floresta, como pode ser observado na tabela a seguir:

Nos plantios dos gêneros Eucalyptus é adotado pela MASISA somente um regime de manejo sendo o regime com o corte raso aos 7 (sete) anos. No quadro abaixo, segue este regime de manejo.

9.5 Inventário Florestal O Inventário Florestal é a ferramenta utilizada para mensurar o estoque volumétrico de um plantio florestal de forma quantitativa e qualitativa, É uma etapa crucial no planejamento florestal, pois através dele podemos estimar com precisão pré-estabelecida o estoque de madeira “em pé” bem como outros parâmetros biométricos que caracterizam a Base Florestal, fornecendo ainda subsídios para que se possa calcular o valor da floresta. A MASISA iniciou suas atividades de Inventário Florestal, através de um inventário piloto, em novembro de 2002 onde instalou algumas unidades

Densidade

arv/ há 0 a 5 6 a 8 9 a 10 11 a 12 > 13

Raleo Raleo Tala rasa Tala rasa Tala rasa

1º _ 5 anos : 750 1º _ 6- 8 anos : 750

2º _ 9 - 10 anos : 500 2º _ 10 - 11 anos : 500

Raleo Raleo Raleo Raleo Tala rasa

1º _ 5 anos : 750 1º _ 6- 8 anos : 750 9 - 10 anos : 500 11 - 12 anos : 700

2º _ 9 - 10 anos : 500 2º _ 10 - 11 anos : 500

Raleo Raleo Raleo Raleo Tala rasa

1º _ 5 anos : 750 1º _ 6- 8 anos : 750 9 - 10 anos : 500 11 - 12 anos : 500

2º _ 9 - 10 anos : 500 2º _ 10 - 11 anos : 500

Raleo Raleo Raleo Raleo Tala rasa

9 anos : 500 7 - 8 anos : 500 9 - 10 anos : 500 11 - 12 anos : 500

Raleo Tala rasa Tala rasa Tala rasa Tala rasa

9 anos : 450

Idade Atual do Rodal

> 1.600

13 - 14 anos 13 - 14 anos 13 - 14 anos

18 anos

18 anos

15 anos

15 -16 anos 800 - 1.199

600 - 799

500 - 59918 anos 18 anos 18 anos

1.200 - 1.599

Mercado/Pólo

GêneroÍndice de

sítioEspaçamento

Densidade Inicial

Rotação (anos)

Regime de desbastes

Mercado

Todos Eucalyptus Todos

3 x 3 (áreas de reforma); 4 x 2

(áreas de implantação ou

de relevo plano)

1111 / 1667

7 - -

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amostrais com uma alta intensidade, objetivando obter o máximo de informações, realizando a ANATRO (Análise de Tronco), classificação de sítios e ajuste de equações hipsométricas e volumétricas. A atividade de coleta de dados em campo de inventário florestal é realizada por empresas terceiras, contratadas através de carta convite e selecionadas via análise de serviços técnicos. As empresas contratadas em seus trabalhos de campo seguem a metodologia definida pela MASISA descrita na Instrução de Trabalho de Inventário Florestal. Anteriormente ao processamento dos dados, é realizada uma análise de consistência, a fim de evitar erros de digitação ou algum outro dado inconsistente que possa atrapalhar os resultados finais. O processamento dos dados coletados em campo é realizado internamente pela MASISA. A MASISA efetua o processamento do inventário por talhão e utiliza para o mesmo o software Flor Excel da empresa Optimber. O software utiliza-se de ajustes de modelos hipsométricas (de altura), modelos de sortimento (funções do sortimento ou ainda função taper) de polinômios de 5º grau. Os resultados são apresentados por sortimento (sortimentos com classes diamétricas de: >40 cm, 30 a 39,9 cm, 23 a 29,9 cm, 18 a 22,9 cm e 8 a 17,9 cm) por hectare e para a área total de cada talhão. O Método de Amostragem utilizado pela MASISA é o de Parcela de Área Fixa de forma circular e retangular, com área variando de 250 m² a 500 m2 (dependendo do tipo de inventário). A parcela de forma circular tem demonstrado bom desempenho operacional e facilidade de instalação em povoamentos sem desbaste, em povoamentos com desbaste foi adotado parcelas retangulares pois esta demonstra melhor a densidade do mesmo. A empresa adota como forma de distribuição das parcelas o processo de Amostragem Sistemática, na qual as parcelas seguem um arranjo de distribuição espacial regular, com equidistância entre as mesmas, sendo apenas a primeira unidade eleita por sorteio. O sorteio da parcela inicial é necessário para preservar o princípio da casualidade. A amostragem sistemática apresenta como vantagens a regularidade da cobertura da rede amostral, a possibilidade de mapear a produtividade (sítios florestais), além de uma melhor facilidade de localização das parcelas para supervisão da implantação e das medições realizadas nas parcelas. A área de Inventário Florestal define a intensidade amostral (número de parcela) a serem utilizadas de acordo com o tipo de inventário e juntamente com a área de Cartografia define o grid a ser utilizado para distribuição sistemática das parcelas e posterior geração dos mapas em coordenadas UTM com a localização das parcelas. Os mapas são repassados para as empresas contratadas para que seja efetuada a coleta de dados em campo.

Na MASISA são adotados 3 (três) tipos de inventários florestais: o inventário Scorecard (inventário SSC), inventário pré-desbaste e inventário pré-corte (ou inventário pré-colheita). Todos eles são inventários que utilizam parcelas temporárias (de uma única medição), sendo a metodologia de medição dos 3 tipos de inventários basicamente iguais, variando, contudo, o tamanho (área) da parcela e a intensidade amostral de distribuição das parcelas.

� Inventário SSC: realizado quando os plantios completam 4 (quatro) anos (tanto para o gênero Pinus como para o Eucalyptus). Visa obter estimativa do volume presente na área plantada aos 4 anos e a partir destes servir como um parâmetro comparativo para classificação das áreas segundo a produtividade e com isso servir de parâmetro para definir o melhor regime silvicultural a ser adotado em cada área.

� Inventário pré-desbaste: realizado antes da atividade de desbaste, sendo somente para plantios dos gêneros de Pinus. Visa obter estimativa de maior precisão do volume presente na área plantada e com este estimar o volume a ser retirado e volume remanescente a ser deixado com a realização do desbaste. Inventário pré-corte: realizado antes da atividade de corte raso. Visa obter estimativa de maior precisão do volume a ser retirado da área plantada com a realização do corte raso. 9.6 Geoprocessamento Florestal O geoprocessamento é o conjunto de ciências, tecnologias e técnicas empregadas na aquisição, armazenamento, gerenciamento, manipulação, cruzamento, exibição, documentação e distribuição de dados e informações geográficas, oferecendo soluções e respostas aos processos, clientes internos, órgãos ambientais, investidores e à sociedade. O geoprocessamento tem como objetivo garantir a base cartográfica precisa e atualizada. Desta forma, sofre atualizações constantes através de coletas de dados in loco através de sistema GPS de precisão em todas as áreas que sofrem qualquer tipo de intervenção, sejam essas operacionais, ambientais ou naturais. Após a coleta, os dados são processados e tratados por meio de softwares específicos, possibilitando visões gráficas como produto final de inúmeras informações. A base cartográfica está relacionada diretamente com a base de dados

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florestal, permitindo assim um apoio ao planejamento operacional e ambiental. A área de Geoprocessamento disponibiliza informações geográficas e mapas em formatos impressos e digitais aos seus usuários.

O cadastro florestal é o banco de dados que armazena todos os dados cartográficos das florestas e fazendas da Masisa. A atualização constante do uso do solo de cada fazenda é a base para a administração florestal (quantidade de área plantada; quantidade de área colhida; saldo de área plantada; dimensionamento de recursos e cronograma de plantio e colheita), permitindo assim, planejar as operações, monitorar e controlar os processos diários além de obter resultados e indicadores de desempenho. O cadastro florestal permite garante também a qualidade e a segurança das informações históricas e atuais. 10 QUALIDADE FLORESTAL A qualidade florestal visa garantir a correta implementação das recomendações técnicas, procedimentos e instruções de trabalho das atividades e processos realizados na MASISA. O monitoramento de qualidade das atividades da área florestal é executado pelos próprios colaboradores responsáveis pelas atividades, tendo como foco principal as atividades de Silvicultura e Colheita Florestal. Os monitoramentos em campo levam em consideração o uso racional e a otimização dos recursos. Alguns itens que fazem parte da avaliação de qualidade são: espaçamento, plantio, coveamento, da roçada, toras e sobrevivência de plantio.

11 SISTEMA DE GESTÃO FLORESTAL INTEGRADO As atividades e processos florestais possuem as certificações do Sistema de Gestão Ambiental e de Saúde e Segurança do Trabalho (ISO 14.001 e OHSAS 18.001) reconhecida desde dezembro de 2003 e a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9.001) desde julho de 2006. Até junho de 2010, as atividades e processos florestais estavam definidos dentro do escopo da Área Industrial da MASISA. A partir de junho de 2010, foi definida em nível de alta administração da MASISA, a separação de escopos, o que levou a MASISA Florestal a buscar a certificação, das três normas independentes da MASISA Industrial. Em dezembro, foi concretizada a separação e a certificação do Sistema de Gestão Integrado Florestal (SGF) pelo organismo certificador. Para a estruturação do SGF foram identificados todos os processos e atividades florestais, definidos responsabilidades, documentos (procedimentos, instruções de trabalhos, planos e registros) e os meios para atingir a melhoria contínua de sua gestão organizacional, através de controles dos riscos de acidentes de trabalho, das doenças ocupacionais e dos impactos ambientais, bem como, o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos, garantindo aos nossos clientes a qualidade dos nossos produtos.

11.1 Procedimentos e Instruções Operacionais Para o desenvolvimento das atividades operacionais, são elaborados e revisados procedimentos e instruções de trabalho que contemplam aspectos operacionais, de qualidade, ambientais e segurança do trabalho. Estes documentos estão disponíveis em meio eletrônico no site do SGF:

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https://sites.google.com/a/masisa.com/sistema-de-gestao-florestal/e em meio físico para os encarregados de campo, líderes e outros colaboradores definidos estrategicamente. O colaborador é treinado em todos os procedimentos técnicos da atividade que irá realizar.

11.2 Gestão de Não Conformidades As não-conformidades identificadas durante as atividades/processos florestais são registradas e gerenciadas. O sistema adotado permite uma agilidade na abertura, identificação de causas raízes, estabelecimento de planos de ação (ações de mitigação, corretivas e preventivas) e análises de eficácia, e é baseada em uma planilha de controle, que abrange todas as 4 certificações, além das não-conformidades provenientes de auditorias internas, auditoria SAR ou que foram abertas internamentes. 11.3 Comunicação Interna e Externa Para suprir carências de comunicação junto às equipes de campo e fazer com que informações da empresa cheguem de forma eficiente aos colaboradores que trabalham distante das unidades administrativas, foi definido em 2013 o Sistema Mais Masisa de Comunicação. Considerando as divisões geográficas de supervisão das atividades florestais, cada equipe florestal pode ter acesso aos veículos de comunicação e o repasse de seus gestores os assuntos mais

relevantes para a rotina da equipe. São veículos do Sistema Mais Masisa de Comunicação:

� Mais Revista: divulgação bimestral

� Mais E-mail: divulgações diárias ou conforme necessidade feita através dos grupos de e-mails da Masisa.

� Mais Mural: divulgações quinzenais ou esporádicas de assuntos relevantes à Masisa, campanhas ou conforme se fizer necessário.

� Pauta Mensal: reuniões mensais entre líderes e equipes para repasse de resultados e andamento dos projetos da empresa.

� Blog do Líder: canal online para lideranças com temas relevantes à gestão. 12 OPERAÇÕES DO MANEJO FLORESTAL 12.1 Silvicultura As práticas silviculturais abrangem as atividades de formação da floresta (implantação ou reforma) e manutenção florestal. A formação dos plantios requer cuidados técnicos, ambientais e operacionais visando assegurar a sustentabilidade e a produtividade florestal. Antes das operações de manejo é realizado um planejamento técnico, econômico, ambiental e social, visando adotar ações de otimização operacional e prevenção e mitigação dos impactos negativos socioambientais identificados.

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12.1.1 Controle de Matocompetição Para o controle da matocompetição e de pragas, a MASISA utiliza produtos registrados nos órgãos competentes e àqueles permitidos pela Política de Químicos do FSC®.

Princípio Ativo Nome

Comercial Fabricante

Classe Toxicológica

Tipo Praga alvo Dosagem/

Concentração

ISOXAFLUTOL Fordor 750

WG Bayer III Herbicida

Plantas concorrentes

0,450 g/ha

Glifosate 79%

Scout NA Monsanto IV Herbicida Plantas

Concorrentes

1,5 a 2,8 kg/ha (Concentração

1% a 1,5% produto

granulado)

Sulfluramida*

Dinagro-S Mirex-S (Mipis)

Dinagro Atta Kill

IV Inseticida Formiga

Cortadeira

5g/24m2 (Combate

sistemático) ou

8g/m2 de terra solta

Os produtos e embalagens vazias são armazenados em depósitos específicos. Os locais são adequados de acordo com as normas vigentes de meio ambiente e de segurança. As embalagens são enviadas para centrais de recebimento devidamente homologadas pelo INPEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) ou devolvidas ao fabricante. Documentos complementares: procedimentos e instruções de trabalho.

� SIL_PR 01 Procedimento de Implantação e Reforma de Florestas

� SIL_IT 01 Limpeza Manual e Mecanizada

� SIL_IT 03 Controle Químico da Vegetação

� SIL_IT 04 Preparo Manual ou Mecanizado do Solo

� SIL_IT 05 Plantio e Replantio

� SIL_IT 06 Fertilização

� SIL_IT 07 Combate a Formiga

� SIL_IT 08 Desrama

� SIL_IT 09 Controle da Regeneração de Pinus e Rebrota de Eucalipto

� SIL_IT 10 Desbaste

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12.2 Colheita Florestal As operações de colheita abrangem as atividades de corte das árvores, baldeio ou arraste desta madeira para a beira das estradas e carregamento nos caminhões. O transporte é realizado pelos clientes da MASISA Antes das operações de colheita é realizado um planejamento técnico econômico ambiental e social visando adotar ações de otimização operacional e prevenção e mitigação dos impactos negativos socioambientais identificados. A MASISA conta com equipes terceiras (clientes e contratado), sendo adotados os seguintes sistemas de colheita:

� Sistema mecanizado: em áreas de até 27º de declividade: 100% mecanizados. Retirar o restante Harvester + Forwarder (auto carregável) + Carregador Florestal;

A frota de máquinas utilizadas nas atividades de colheita e transporte florestal é apresentada adiante. Documentos complementares: procedimentos e instruções de trabalho.

� COL_PR Operações de Colheita Florestal

� COL_IT 01 Derrubada Mecanizada e Semi-Mecanizada

� COL_IT 02 Arraste Mecanizado

� COL_IT 03 Carregamento de Toras

� COL_IT 04 Baldeio de Toras (Carregador Florestal Forwarder)

� COL_IT 05 Coleta e Aproveitamento de Resíduos Florestais

12.2.1 Operações da Colheita Florestal

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12.3 Produtos do Manejo Florestal

12.3.1 Madeira em Tora A MASISA realiza venda dos produtos florestais oriundos das frentes de colheita realizada por terceiros. Nestas operações são produzidos vários sortimentos de toras de madeira, os quais variam de acordo com o pedido do cliente, conforme quadro abaixo:

DIÂMETRO DESTINAÇÃO

< 8 cm Resíduo

8 – 18 cm Madeira de processo 18 - 23 cm Madeira para Serraria

23 – 30 cm Madeira para Serraria 30 – 40 cm Madeira para Serraria

> 40 cm Madeira para Serraria

12.3.2 Madeira em Pé Além da venda dos produtos oriundos das colheitas, a partir de 2010, foi consolidado o modelo de negócio de venda de madeira em pé aos clientes. Este modelo representa em torno de 50% das vendas. A MASISA é responsável pela gestão dos clientes acompanhando o atendimento da legislação socioambiental e trabalhista em suas áreas. A operação de corte, baldeio e transporte das toras é realizada pelo próprio cliente. As atividades são monitoradas pelos funcionários da Masisa (supervisores e encarregados das operações florestais), nas Unidades de Manejo Florestal da MASISA. Documentos complementares:

� CH_PR 02 Gestão de Terceiros 12.4 Infraestrutura As atividades de infraestrutura consistem na construção e conservação de estradas e aceiros os quais são fundamentais para o desenvolvimento de todos os processos florestais. A manutenção de estradas é realizada durante o ano todo e, de um modo geral, procura-se observar o volume do tráfego, a

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topografia e o terreno, a construção de elementos de conservação e obras de arte e ainda, as necessidades das comunidade adjacentes e do entorno das UMF’s. As principais atividades desenvolvidas são o nivelamento das estradas com a moto niveladora, o cascalhamento do piso para assegurar a trafegabilidade de veículos e equipamentos no período chuvoso, construção de obras de arte como bueiros, pontes, canaletas, drenos e elementos de conservação de estradas como camalhões (lombadas), saídas de água (sangras) e bolsões. Para atuar na prevenção de incêndios florestais é realizada anualmente, antes do período crítico, a manutenção de aceiros.

A reforma e manutenção das estradas são realizadas por equipe terceirizada conforme demanda das áreas de Silvicultura e Colheita. Documentos complementares: procedimentos e instruções de trabalho

� INF_PR 01 Gestão da Infra Estrutura

� INF_IT 02 Abertura e Manutenção de Estradas e Aceiros Modelo

O cronograma a seguir representa de forma simplificada as atividades que compõem o manejo padrão* do Pinus ao longo do ciclo da floresta:

ATIVIDADE ANO

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Abertura de Estradas e Aceiros X

Implantação/Reforma da Floresta X

Manutenção (Tratos culturais: coroamento, roçadas, aplicação de herbicida) X X X X

Aplicação de adubo Eucalipto X

Manutenção de Estradas e Aceiros X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Inventário Florestal X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Monitoramento da vespa-da-madeira X X X X X X X X X X X X X X X X X

Corte final Eucalipto X X

Desbaste Pinus X X X X X X

Poda Pinus X X

Desbaste Pinus X X

Corte Final Pinus X X X

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12.5 Cuidados Ambientais Na realização e planejamento das atividades operacionais, cuidados ambientais são levados em consideração. A relação de aspectos e impactos ambientais com potencial ocorrência no manejo florestal e as medidas de prevenção, mitigação e/ou correção aplicáveis no controle operacional constam nas planilhas de LAPID (Levantamento de Aspectos, Perigos, Impactos e Danos), onde os riscos associados a cada atividade são avaliados e quantificados. A MASISA adota importantes salvaguardas ambientais como:

� A proteção das áreas de preservação permanente reserva legal e outras áreas de conservação com consequente regulação hídrica e manutenção e abrigo da fauna;

� As áreas de preservação permanente e reservas naturais formam naturalmente corredores de fauna entre os fragmentos de vegetação nativa. Tal ação favorece a manutenção da fauna e movimentação destes;

� Prevenção da caça e pesca ilegal;

� Prevenção e combate de incêndios florestais.

� Realização de planejamento pré, durante e pós-atividades que leva em consideração aspectos técnicos, econômicos, ambientais e sociais (PTEAS/consulta social).

13 PROTEÇÃO FLORESTAL 13.1 Prevenção e Combate a Incêndios Florestais O programa de prevenção e combate a incêndios florestais tem abrangência em todas as propriedades da MASISA com ações de caráter permanente, sendo intensificadas no período crítico, nos meses de junho a novembro quando o risco de ocorrência de incêndio é maior devido ao período seco. A MASISA consolida e divulga para seus colaboradores uma escala de plantonistas para todos os finais de semana e feriados. São realizados treinamentos e simulados periódicos envolvendo todos os colaboradores para formação da brigada de incêndios. Em fazendas estrategicamente localizadas, são mantidas salas de apoio com equipamentos e suprimentos para o combate a incêndios. A MASISA possui dois caminhões-Pipa localizados em Ponta Grossa e Reserva e um em São Francisco de Paula-RS.

Fonte: arquivo MASISA

13.1.1 Plano de prevenção e combate a incêndios flo restais A MASISA definiu um Plano de Atendimento à Emergências (PAE) – RSA_PL 02 “Plano de Atendimento a Emergências - Área Florestal” que abrange a prevenção e combate a incêndios florestais e atendimento a primeiros socorros e demais cenários. Neste plano foi definido a estrutura de vigilância florestal, práticas silviculturais, responsabilidades, entre outros.

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A MASISA historicamente tem poucos registros de incêndios florestais conforme apresentado no gráfico abaixo. Os mapas operacionais da Empresa apresentam os pontos de captação de água que são sinalizados por placas indicativas em campo e regularizando perante o órgão competente. Periodicamente são realizadas manutenções nos aceiros das fazendas. Durante o período de janeiro a dezembro de 2014, ocorreram 06 focos de incêndios, sendo um na Fazenda Eberle no Rio Grande do Sul, sendo (Queima somente beira de estrada municipal), um foco na fazenda rio do Cobre, 2 focos na Fazenda água Santa, um foco na fazenda Cahiva e um foco na fazenda Iapó - dois irmãos. Ao todo foram queimadas no ano de 2014 cerce de 19,36 hectares, onde deste total 10 hectares foram danos em nativas.

Fonte: arquivo MASISA

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13.2 Vigilância Florestal

A vigilância das fazendas é realizada por funcionários da Masisa. Estes percorrem as divisas, verificando vestígios de acesso não autorizado (pescadores e caçadores), indícios de fogo, danos ao patrimônio, danos à vegetação nativa, registro de avistamento de animais silvestres, dentre outras ocorrências. O deslocamento é realizado com moto ou veículo e, a comunicação é feita por telefone, celular ou rádio. Eventualmente a segurança pode ser realizada por empresa especializada. Documentos complementares Instruções de trabalho: � INF_IT 05 Fiscalização e Manutenção das Sedes

13.3 Pragas e Doenças

13.3.1 Programa Macaco-Prego Em 2014, com o corte raso de praticamente todo o plantio adulto se verificou-se queda nos danos causados pelo macaco prego nos talhões das Fazendas Santo Antônio em Guarapuava. Os principais danos observados foram a retirada da casca, em tiras longas, geralmente no terço superior do tronco, no padrão “janela”, onde apenas uma face do tronco é danificada, e no padrão “anelado”, quando o descascamento se dá em toda a circunferência do caule, causando um anelamento, em um ou mais entre-nós. Independente do padrão do dano, o objetivo do animal é o consumo de seiva elaborada. Para tanto, após a remoção da casca, raspa com os dentes o tecido (floema) que abriga os vasos que conduzem a seiva, interrompendo a sua condução. Dessa forma, quando o dano tem padrão anelar, a porção superior da árvore seca, comprometendo o seu crescimento e causando estresse, o que, por sua vez, favorece o ataque de pragas florestais, como a vespa-da-madeira (Sirexnoctilio). Os danos podem atingir toda a árvore, ocasionando a morte, quando ocorrem a partir dos quatro anos de idade. Além disso, não raro, com a ação do vento e no início das operações de colheita ocorre a quebra do ponteiro fragilizado, aumentando o risco de acidentes na área. Outras ocorrências consistem em formigas cortadeiras onde são adotadas algumas técnicas de combate e controle. Com exceção destes casos somente foram localizados ataques de pulgões, vespa-da-madeira e alguns danos por roedores.

13.3.2 Programa Vespa-da-Madeira A vespa-da-madeira é considerada a principal praga das florestas de pinus, no Brasil. A vespa-da-madeira está disseminada em cerca de 200 mil hectares de áreas de reflorestamento com pinus, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. O prejuízo às árvores é causado pelas larvas do inseto que se alimentam dos tecidos da planta. Estas larvas consomem uma espécie de fungo (Amylostereumareolatum) tóxico para certas espécies de Pinus spp., que é

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introduzido na madeira pelas fêmeas adultas no momento da postura. As fêmeas adultas têm grande percepção química e são atraídas por substâncias emitidas por plantas que se encontram estressadas. O estado de estresse pode ser provocado por danos físicos, podas acentuadas e principalmente pela falta de manejo adequado. A MASISA participa do Programa Nacional de Controle à Vespa-da-madeira (PNCVM) e do FUNCEMA (Fundo Nacional de Controle a Vespa-da-madeira) em parceria com a EMBRAPA e outras empresas do Setor Florestal. As estratégias principais deste programa são:

� Mapear todas as áreas de Pinus na região Sul do Brasil;

� Monitorar através de árvores armadilhas visando detecção precoce da praga;

� Promover melhorias no manejo florestal, principalmente desbastes, visto que árvores dominadas, bifurcadas ou danificadas por fatores

bióticos ou abióticos são mais susceptíveis;

� Promover o controle biológico da vespa-da-madeira através da introdução do nematóide Deladenussiricidicolae do parasitoide Ibalialeucospoides (vespa);

� Monitorar anualmente as estratégias de controle e mapear as áreas de ocorrência da praga;

Estabelecer medidas quarentenárias para evitar a dispersão da praga.

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14 FLORESTA DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO –

FAVC A definição de floresta de alto valor de conservação na MASISA ocorreu em função da importância de algumas áreas de floresta nativas existentes, com características intrínsecas que lhes conferem tal relevância tanto no contexto da empresa quanto no âmbito regional. O FSC® classifica as AAVCs de acordo com a tabela abaixo:

A Masisa possui duas AAVCs tipo 1 (Caratuva A e B e a Santo Antônio) – diversidade de espécies e uma AAVC tipo 6 – valores culturais (Água Santa). Em 2004, a MASISA desenvolveu um estudo realizado pela equipe da Ecodamata intitulado “Caracterização da flora e da fauna das fazendas da MASISA do Brasil Ltda.”. Em seguida, entre 2005 e 2007, foi desenvolvido um trabalho em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), que teve como objetivo identificar os pontos de convergência entre objetivos e metas da MASISA e aqueles relacionados à conservação da biodiversidade em sua área de abrangência. O projeto realizado com a SPVS (A MASISA e a Conservação da Biodiversidade nas suas áreas de abrangência no Brasil) possibilitou o estabelecimento de diálogo entre uma empresa do setor florestal e uma organização não governamental com foco na conservação da biodiversidade, proporcionando

colaboração e visão comum entre a Empresa e os debates sobre conservação da biodiversidade, com foco dirigido à Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária e Campos Naturais). Neste trabalho foram definidas duas FAVC – Floresta de Alto Valor de Conservação nas áreas da MASISA, na Fazenda Santo Antônio e na Fazenda Caratuva. Nestas áreas consideradas prioritárias, a MASISA adota ações de proibição de caça e pesca predatória através de placas junto ao entorno das fazendas, intensifica o patrulhamento da vigilância florestal, adota ações de prevenção e mitigação dos incêndios florestais, entre outros. Todas essas ações adotadas protegem consequentemente os remanescentes naturais, as espécies raras, ameaçadas ou em perigo de extinção da fauna e flora local. Em 2013 a Masisa realizou um novo levantamento de AAVC em suas áreas que foram incluídas no escopo da auditoria do FSC®. Neste estudo uma nova AAVC foi identificada, na fazenda Água Santa. 14.1 Fazenda Santo Antônio - RPPN Leon Sfeir VonLin signen Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), é uma propriedade particular transformada por vontade de seu proprietário, em Unidade de Conservação, reconhecida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Para ser caracterizada como RPPN a área deve possuir alguma característica ambiental importante, como por exemplo, grande extensão e relevante biodiversidade. Atualmente, no Paraná, temos 217 RPPN reconhecidas em âmbito de governo Estadual, entre elas a RPPN “Leon Sfeir Von Linsigen”, localizada no município de Guarapuava, de propriedade da MASISA - criada em 2010 e nomeada desta forma em homenagem a um dos primeiros engenheiros florestais da empresa. A MASISA delimitou uma área de 467 hectares para a implantação da RPPN. Este pedido tramitando desde 2006, foi deferido em abril de 2010 através da Portaria 064, de 20 de abril de 2010. A principal característica da área de RPPN na Fazenda Santo Antônio é a grande extensão de um trecho de vegetação secundária em estágio intermediário, onde está localizada a Reserva Legal da fazenda.

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Outro ponto importante é a possibilidade de conectividade com outras áreas em estágio sucessionais mais desenvolvidos dentro do perímetro da fazenda. Como curiosidade, temos vários registros de caranguejeiras em nossa RPPN, normalmente vistas atravessando as estradas durante o verão, época em que costumam sair da toca para o acasalamento. Apesar do tamanho e aspecto sinistro, não são perigosas, já que não produzem toxinas nocivas ao homem. A MASISA, em parceria com o Instituto Ideia Ambiental, conduziu o levantamento da flora e da fauna da Fazenda Santo Antônio (RPPN). No monitoramento realizado em julho de 2011, foram identificadas 87 espécies de flora e 295 espécies de aves na Fazenda Santo Antônio. Este monitoramento foi realizado através de dados primários, visualizados em campo, e dados secundários, por pesquisa bibliográfica sobre a ocorrência das espécies na região de Guarapuava. Várias espécies em extinção são encontradas lá, entre elas o macaquinho-da-várzea, uma ave que como o próprio nome indica vive em áreas que são inundadas em épocas de chuva e com raros registros em literatura. Também já foram registrados exemplares de araucária, imbuia, canela sassafrás e xaxins muito antigos. As aves que constam na lista da fauna brasileira em extinção localizadas na Fazenda Santo Antônio:

� Scytalopus iraiensis (macuquinho da várzea)

� Tinamussolitarius (macuco)

� Aburria jacutinga (jacutinga)

� Amazona vinacea (papagaio de peito roxo)

� Dryocopusgaleatus (pica pau de cara canela)

� Biatasnigropectus (papo branco)

� Pipritespileata (caneleirinho de chapéu preto)

� Sporophilafacirostris (cigarra verdadeira)

� Sporophilaangolensis (curió) No final de 2014 foi realizado o plano de manejo da RPPN Fazenda Santo Antônio, o qual será protocolado no início de 2015. 14.2 Fazendas Caratuva A e B

Segundo estudos realizados de caracterização pela Ecodamata, os remanescentes destas fazendas possuem uma floresta com características de floresta primária, embora alterada. Ambas as fazendas possuem áreas em diferentes estágios sucessionais, desde os menos avançados (capoeirinha) até aqueles considerados avançados (capoeirão). Importante ressaltar também que alguns locais dessas fazendas possuem componentes de ecótono entre florestas com araucárias e floresta atlântica, possuindo elementos de ambos. Por se tratar de fragmentos de áreas consideradas bem conservadas em termos de vegetação, a fauna encontrada na região da Fazenda Caratuva é também bastante rica, podendo ser encontradas, além de espécies bastante comuns, como o cachorro-do-mato, capivara, cutia e furão, algumas espécies bastante raras, consideradas pela lista de espécies da fauna brasileira ameaçada (IBAMA, 2003) em perigo ou criticamente em perigo de extinção, como o veado bororó, bugio e o mono-carvoeiro.

Fonte: Trópico Assessoria Ambiental – Fazenda Caratuva 2012

14.2.1 Mono carvoeiro Uma atenção maior nas Fazendas Caratuvas é dada ao mono carvoeiro, vulgo muriqui. Ele é o maior primata das Américas em relação ao tamanho corporal e também de acordo com a relação do tamanho relativo do cérebro em relação ao tamanho corporal. O muriqui é endêmico e está na categoria em perigo de extinção (IUCN, 2011).

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Fonte: Trópico Assessoria Ambiental – Fazenda Caratuva 2012 O seu nome significa “gente tranquila” referindo-se a uma de suas principais características. Os machos são pacíficos e amigos, quando ameaçados se abraçam e formam um enorme bloco que afugenta o agressor.

Fonte: Trópico Assessoria Ambiental – Fazenda Caratuva 2012 Vivem em grupos que pode ser formados por vários indivíduos, onde o centro do grupo não são os mais fortes, mas os mais queridos, que se destacam porque são os que mais ganham abraços dos companheiros.

Fonte: Trópico Assessoria Ambiental – Fazenda Caratuva 2012 No monitoramento realizado em setembro de 2011, pelo Instituto Idéia Ambiental, uma das constatações foi que a área de vida dos mono carvoeiros não se encontra em propriedade da MASISA, mas em uma área vizinha contígua à Fazenda e é determinada pelos fragmentos de floresta nativa existentes no local. Através de estudos realizados no ano de 2012 pela empresa Trópico Assessoria Ambiental, foram visualizados entre 25 a 30 indivíduos onde 5 eram infantes.

Fonte: Trópico Assessoria Ambiental – Fazenda Caratuva 2012

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Em 2013 um novo estudo foi realizado pela empresa Trópico Assessoria Ambiental, verificando assim que o local de permanência do muriqui-do-sul é a fazenda João Paulo II. As informações existentes nos relatórios desenvolvidos pela empresa Masisa nos anos de 2011 e 2012, possibilitaram definir que raras são as ocasiões em que a espécie utiliza os fragmentos florestais fora dos limites da Fazenda João Paulo II. Durante os estudos de monitoramento para o período do ano de 2013, a empresa, Trópico Assessoria Ambiental, foi informada pelo gerente da Fazenda João Paulo II, que o proprietário proibiu que pessoas entrassem na propriedade para estudar ou fotografar o muriquis-do-sul. Perante a negativa de entrada na propriedade, foram realizadas expedições nas áreas de divisa das propriedades em busca dos muriquis, porém sem sucesso. Diante disso foi realizada uma entrevista, com o gerente da fazendo, a fim de coletar informações sobre aos muriquis-do-sul. O relado indicou que o bando de primatas encontra-se estável, se alimentando e dispersando de forma convencional, e que não existe nenhum perigo inerente que possa colocar em risco o desenvolvimento dessa população. Mesmo não estando em suas áreas a MASISA reconhece a importância do acompanhamento desta espécie ameaçada em extinção em áreas vizinhas à FAVC.

Fonte: Institutos LACTEC - Crédito fotografia: Nicholas Kaminski – Fazenda Caratuva 2014

Em 2014 foi realizado o monitoramento realizado pelo Institutos LACTEC, onde foi constatada a presença de um número aproximado de 42~45 indivíduos deslocando-se por um corredor de vegetação que liga dois remanescentes florestais entre as propriedades da Masisa -Fazenda Caratuva A - para a Fazenda Lagoa Alegre, no qual foram observados machos e fêmeas adultas, fêmeas com filhotes no dorso e ventre, sub-adultos, e juvenis. Esta situação denota que além da persistência deste grupo na região, o tamanho real da população de B. arachnoides no Paraná é maior do que o descrito em literatura. Houve também um crescimento populacional, confirmado pela presença de três fêmeas com filhotes e dois jovens acompanhando o grupo.

Fonte: Institutos LACTEC - Crédito fotografia: Nicholas Kaminski – Fazenda Caratuva 2014

14.3 – Água Santa Foi identificada uma área de importância cultural e religiosa, na Fazenda Água Santa, localizada no município de Ortigueira. O atributo pode ser categorizado como de importância local e regional. A “Capela da Santa” é um local de visitação onde moradores da região coletam água que segundo a crença é “benta”, realizam batizados e levam roupas para agradecer bênçãos recebidas. A história remete à permanência, durante um período de tempo, do Monge São João de Maria (um dos monges do Contestado) neste local. Segundo relatos, o monge realizava orações, batismos, casamentos e benzimentos, representando uma forma de religiosidade popular.

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Passos já realizados Reunião com a comunidade do Monjolinho – Ortigueira – PR no dia 29/10/2014. Ações que a comunidade já está de acordo:

- Colocação de placas orientativas; - Melhoria no acesso (roçada, colocação de corrimão na “ponte”); - Análise da potabilidade da água; - Acesso liberado para a comunidade desde que cumpra com as regras da

Masisa já passadas na reunião.

A partir da reunião com a comunidade foi realizada uma sugestão de colocar uma cobertura na nascente para evitar de “sujar” água com folhas. Esta sugestão foi aceita e a Masisa já realizou.

Atualmente há visitação frequente no local, as pessoas levam roupas para agradecer as bênçãos recebidas. Os colaboradores da Masisa são orientados a não mexer nos objetos deixados pelos devotos e respeitar a presença destes nas áreas, uma vez que a comunidade tem livre acesso ao local.

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15 PROGRAMAS SOCIOAMBIENTAIS 15.1 Monitoramento da fauna e flora A MASISA desenvolve desde 2004 importantes estudos de fauna e flora em suas fazendas. Ao todo já foram identificadas mais de 156 espécies de vegetais, 60 espécies de mamíferos, 24 espécies de répteis, 46 espécies de anfíbios e 255 espécies de aves, contando com visualização em campo e referência bibliográfica. Alguns dos animais presentes em fazendas da MASISA são:

� Bugio

� Tamanduá Bandeira

� Gato do Mato

� Cobras

� Veado bororó

� Cachorro vinagre

� Capivara

� Quati

A seguir, é apresentado o gráfico demonstrando a representatividade de cada classe encontrada até o momento nas fazendas da MASISA.

Com relação a vegetação ao todo foram registradas 57 famílias presentes nas fazendas da MASISA. A família mais representativa é a Euphobiaceae, com um total de 37 espécies identificadas. Nesta família encontra-se a Angico-branco, Branquilho, Tanheiro, Inga-ferradura, etc. Algumas espécies de vegetais AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO presentes nas fazendas da MASISA são:

� Araucária

� Peroba

� Xaxim

� Sassafrás

É importante ressaltar que quando uma espécie desta categoria é encontrada no meio da plantação florestal, todos os cuidados para sua conservação são tomados durante a operação de derrubada. O gráfico a seguir apresenta o número de espécies encontradas por famílias nas áreas da MASISA.

68%

13%

7%12%

Visualização de Animais

Aves Mamíferos

Répteis Anfíbios

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15.1.1 Programa de avistamento de animais silvestre s

O monitoramento realizado por equipes de especialista também são apoiados pelo registro dos próprios colaboradores da MASISA, que são orientados para registrar qualquer visualização de animal silvestre, detalhando o número de integrantes no caso de bandos, localização dentro da fazenda, presença ou não de filhotes, entre outros. Ao decorrer de 2014 foram visualizados pelos colaboradores 537 animais silvestres adultos em fazendas da Masisa e 56 filhotes. Algumas espécies de animais AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO presentes nas fazendas da MASISA são

� Mono carvoeiro

� Lobo-Guará

� Jaguatirica

� Veado bororó

� Onça parda ou Puma

� Papagaio de peito roxo 15.2 Estudos Hidrológicos Em 2005 foram iniciados os estudos de micro bacias presentes em áreas da MASISA. O primeiro projeto foi intitulado de “Projeto de inserção e caracterização dos plantios florestais da MASISA em bacias hidrográficas do estado do Paraná”. Neste estudo fez se a caracterização das bacias, sua disponibilidade natural, entre outros. As fazendas da MASISA estão distribuídas em seis grandes bacias hidrográficas. Neste estudo dividiram-se as grandes bacias em sub-bacias. A maior concentração de plantios da empresa ocorre na bacia do médio rio Tibagi, seguido pela bacia do médio Ribeira, como se observa logo abaixo.

GRANDE BACIA BACIA MASISA

Nome Área (ha) Nome Área (ha) Pinus (ha)

Rio Iguaçu

5.588.844,00 Rio Potinga 238.674.35 300,26

Alto Rio Iguaçú

357.047,00 917,58

Alto Rio Jordão

227.980,06 605,10

Rio Tibagi

2.520.180,00 Médio Rio

Tibagi 1.554.007,62 3.246,51

Rio Ivaí

3.706.975,00 Alto Rio

Ivaí 691.568,61 509,41

Rio Itararé

486.992,00 Rio

Jaguariaíva 170.046,02 181,15

Rio Ribeira

932.432,00 Médio Rio

Ribeira 577.695,79 3.099,63

Comparando o impacto da MASISA e a disponibilidade hídrica natural das bacias hidrográficas estudadas, observou-se o pequeno impacto dos plantios florestais, colocando assim a empresa em situação confortável em relação ao consumo de água. Os pesquisadores concluíram que as bacias hidrográficas onde estão inseridas as fazendas da empresa não apresentam déficit hídrico e sim excedente, sendo o consumo dos plantios da empresa pouco representativo em relação ao volume total produzido naturalmente pela bacia. Em 2014, foram conduzidos monitoramentos quali-quantitativos dos recursos hídricos nas sub-bacias das Unidades de Manejo Florestal em atividade. As ferramentas utilizadas neste monitoramento são:

� Demanda bioquímica de oxigênio

� Oxigênio dissolvido

� Fósforo

� Nitrogênio

� Turbidez

� Ph

A partir das análises, pode-se inferir que os parâmetros que podem estar sofrendo alteração com efeito do corte são: o fósforo, turbidez e nitrogênio. Para as análises de DBO, oxigênio e PH, conclui que as operações não estão interferindo na qualidade da água. A maioria dos parâmetros responde imediatamente ao corte, devido ao aumento na lixiviação dos elementos do solo, voltando aos seus níveis normais logo após

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o término das atividades de colheita e preparo do solo. Muitas ações tomadas nas fazendas, não só na época de colheita, como cuidados operacionais, controle de espécies invasoras, mapeamento e preservação das APP´s, a realização do monitoramento Técnico – Econômico – Ambiental (PTEAS) e a manutenção dos bueiros para evitar o assoreamento, demonstraram estar sendo eficientes para proteger os recursos hídricos. A avaliação dos aspectos quali-quantitativos dos recursos hídricos é de relevante importância para o estudo da preservação do meio ambiente. Visando isso, a partir dos dados obtidos do monitoramento pretende-se detectar possíveis falhas e corrigi-las para garantir a conservação dos ecossistemas aquáticos e a melhoria das condições ambientais dos corpos d’água que atravessam as áreas da MASISA. 15.3 Controle de Espécies Invasoras em Áreas de Con servação Entendendo que o Pinus é um gênero que se caracteriza pela grande habilidade de dispersão natural de suas sementes, a MASISA realiza periodicamente o controle de regeneração de Pinus spp, em áreas de florestas naturais (APP´s, RL e outras áreas não comerciais). A escolha pela forma de controle é definida pelo impacto que esta operação pode causa na vegetação nativa remanescente. Foi retirado em 2014 um total de 13,94 ha, utilizando as equipes de Silvicultura e de Colheita efetuados de acordo com o grau de dificuldade das áreas e/ou evitando danos e impactos ambientais as áreas de APP. 15.4 Gestão de Aspectos e Impactos Ambientais Todos os processos da área florestal então inseridos no LAPID (Levantamento de Aspectos e Perigos e Avaliação de Impactos e Danos). Para cada atividade prevista dentro dos processos foram identificados os aspectos, perigos, impactos e danos relacionados, considerando as situações conforme o Procedimento de Identificação e Avaliação de LAPID. 15.5 Gestão de Resíduos A gestão dos resíduos nas fazendas é realizada em conjunto com a planta industrial a partir das normas estabelecidas pelo Sistema de Gestão Integrado. Para o atendimento dos objetivos previstos, foram dispostos nas fazendas coletores de lixo visando à segregação dos resíduos gerados por ocasião das atividades desempenhadas nas áreas florestais.

O armazenamento temporário dos resíduos é realizado em depósito adequado e identificado na Fazenda, enquanto aguardam a destinação final. Para o manuseio de resíduos perigosos são necessários cuidados para evitar a contaminação do solo por vazamento ou derramamento, e o uso correto dos EPI´s indicados nas FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico). Durante o ano de 2014 foram coletados 1.777,50 Kg de resíduos entre as classes I, II e III. Os resíduos foram levados até a fábrica. Em caso de acidente ou incidente os funcionários são orientados a comunicar o encarregado. Todas as ações de emergência estão previstas no documento PAE Florestal (Plano de Atendimento a Emergências).

15.5.1 Destinação dos Resíduos A destinação dos resíduos segue abaixo:

� Os resíduos recicláveis são encaminhados para a unidade industrial da MASISA, para então serem destinados;

� Os resíduos oriundos de pequenos reparos de máquina e equipamentos realizados pelos prestadores de serviços podem ser armazenados temporariamente no depósito de resíduos da fazenda para posterior destinação à unidade industrial da MASISA;

� Os resíduos de varrição e banheiro são enviados para a unidade industrial da MASISA e/ou aterros das regiões;

� Resíduos das sobras de alimentos cozidos são enterrados no campo.

� As embalagens de defensivos agrícolas utilizadas nas atividades são devolvidas para o fabricante ou centrais de recebimento.

� Os pneus e as baterias são entregues nos locais de onde foram adquiridos, conforme a resolução CONAMA Nº 416, DE 30-09-2009 – MA.

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15.1 Segurança e Saúde no Trabalho Os modelos de gestão adotados pela área de Saúde, Meio ambiente e Segurança (SMS) incluem as atividades de identificação, avaliação e classificação de todos os perigos/riscos em todas as fases dos processos e tarefas, de maneira que, uma vez identificados sejam definidas medidas de controle que permitam assegurar que os acidentes com perdas deverão ser evitados e a saúde preservada. São adotados preferencialmente medidas de controle de caráter preventivo com foco na conscientização e ações corretivas quando implantadas são monitoradas e avaliadas quanto sua eficácia. Os principais programas e ações da Área de Segurança e Saúde Ocupacional são apresentados adiante:

15.1.1 Indicadores de segurança A MASISA adota como principais indicadores na área de Segurança do Trabalho o IFAT (Índice de Frequência de Acidentes) e o ISAT (Índice de Severidade de Acidentes). O IFAT (ANSI 16.4 1977 - American National Standards Institute) é determinado pelo número total de acidentes com dias de afastamento.

O ISAT (ANSI 16.4 1977 - American National Standards Institute) é a taxa baseada no total de dias perdidos devido a acidentes de trabalho em certo período de tempo. A fórmula usada para o cálculo é apresentada abaixo:

Adiante estão apresentados os resultados históricos do IFAT e ISAT.

15.1.2 Programa de MasPrevenção de segurança compor tamental O programa Masprevenção foi criado e desenvolvido pela Área Florestal em 2008 com o objetivo de conscientizar em relação à segurança comportamental nas atividades do dia-a-dia. Este programa prevê o treinamento de todos os colaboradores para que os mesmos sejam capazes de aplicar as ferramentas básicas para a identificação de perigos, conscientização dos colegas para a mudança de conduta seguindo a cultura de segurança da MASISA. Para aplicação de itens da segurança comportamental, foi desenvolvido um cartão com as áreas técnico-administrativas da área Florestal com o objetivo de

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RESUMO PÚBLICO 2015/2016

registrar e agir imediatamente na correção em campo. Estes registros auxiliam na melhoria contínua de segurança no trabalho, já que é possível identificar as áreas e locais com maior risco. Em 2014 o cartão passou uma revisão incluindo relato de incidentes e comportamental. No gráfico os resultados referente à janeiro – novembro de 2014.

15.1.3 Corrida pela Segurança A corrida pela segurança é um programa motivacional e de reconhecimento na área de Segurança do Trabalho implantando desde 2008. A realização desta corrida incentiva à união e o trabalho em equipe visando minimizar/reduzir incidentes. Cada frente de trabalho configura uma equipe. A MASISA possui equipes com mais de 2800 dias sem acidentes com afastamento. No quadro adiante, é apresentado o resultado 2014 da corrida pela Segurança:

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RESUMO PÚBLICO 2015/2016

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PLANO DE MANEJO 2014/2015

15.1.4 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes n o Trabalho Rural e SIPATR – Semana Interna de Prevenção de Acidentes n o Trabalho Rural.

Conforme a legislação aplicável, a MASISA forma bianualmente a CIPATR. Esta Comissão tem o objetivo de contribuir com a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho rural, de modo a assegurar o trabalho responsável com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador florestal. Anualmente, é promovido a SIPATR. Esta semana leva informações a todos os colaboradores em relação aos riscos associados em suas atividades e outras informações como motivação e saúde. No ano de 2014, cerca de 90 colaboradores das diferentes frentes de trabalho, silvicultura, colheita e administrativo, onde todos estes participaram da VI SIPATR através de palestras informativas, caminhão laboratório de combate ao câncer (programa do Sesi Cuida-se MAIS). O encerramento ocorreu com uma confraternização com almoço e bingo com vários prêmios e a distribuição de relógio de parede feito com MDF Masisa, kit higiene bucal e camisetas referente à VI SIPATR.

15.1.5 Programa de Ginástica Laboral O programa de Ginástica Laboral foi implantado em 2008 em conjunto com o SESI “Ginástica na Empresa”. A ginástica laboral traz importantes contribuições ao bem estar do trabalhador já que atua na prevenção de doenças ocupacionais provenientes de lesões por esforço repetitivo ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.

15.1.6 Programa DDSMS - Diálogo Diário de Saúde, Me io Ambiente e Segurança.

A realização dos “Diálogos de Segurança” foi implantada desde 2007 nas atividades operacionais da MASISA. O diálogo nada mais é do que a realização de um “bate-papo” dos líderes com os colaboradores abordando diversos temas na área de segurança. Este diálogo acontece diariamente antes do início das atividades. Em 2012 a Masisa incluiu temas de meio ambiente e saúde juntamente ao programa

DDS, o qual passou a ser chamado de DDSMS.

15.1.7 Gestão de Perigos e Riscos Todos os processos da área florestal estão inseridos no LAPID (Levantamento de Aspectos e Perigos e Avaliação de Impactos e Danos). Para cada atividade prevista dentro dos processos foram identificados os aspectos, perigos, impactos e danos relacionados, considerando as situações conforme o Procedimento de Identificação e Avaliação de LAPID. Complementarmente, a MASISA realiza os laudos ergonômicos, laudos de SPDA (Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas), laudos elétricos, entre outros, bem como, a consolidação de programas como PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional). Periodicamente, são realizados os monitoramentos de segurança pelo Técnico de Segurança, o qual verifica os itens de cumprimento das NRs:

� Entrada de caminhões/Saída de caminhões;

� Motosserras;

� Máquinas;

� Frentes de trabalho;

� Sedes;

� Alojamentos;

� Meios de transporte de colaboradores;

� Equipamentos de combate a incêndios

15.1.8 Monitoramentos de Segurança

Periodicamente, são realizados os monitoramentos de segurança pelo Técnico de Segurança, o qual verifica os itens de cumprimento da NR 31:

� Entrada/Saída de caminhões;

� Motosserras;

� Máquinas;

� Frentes de trabalho;

� Sedes;

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� Alojamentos;

� Meios de transporte de colaboradores;

� Equipamentos de combate a incêndios Abaixo é apresentado um gráfico constando a quantidade de monitoramentos conduzida em todas as frentes de trabalho, sejam de equipes próprias ou terceiras.

15.1.9 Programa Saúde Ocupacional Anualmente, em parceira com o SESI e laboratórios da região, é realizado o diagnóstico da saúde dos colaboradores da MASISA Florestal. Este acompanhamento consiste nos itens de tabagismo, obesidade, atividades físicas, controle de peso (IMC - Índice de Massa Corporal), doenças crônicas, saúde bucal, visual, entre outros. A Empresa oferece a todos os colaboradores e familiares os planos médicos (UNIMED) e odontológico (Odontoprev) - consultas médicas e odontológicas, exames complementares, internações e cirurgias. A MASISA cumpre também o PCMSO - Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional e todos os exames determinados. Anualmente a MASISA realiza a campanha de vacinação da gripe (H1N1 + sazonal). É realizado também o controle da vacinação antitetânica de todos os

colaboradores. 15.2 Conscientização e Treinamentos Os treinamentos devem assegurar que os colaboradores sejam competentes em termos de educação, treinamento, competências, habilidades e experiências visando proporcionar contribuições efetivas para o atendimento dos objetivos das áreas. A gestão dos treinamentos é realizada pela área de Capital Humano.

15.2.1 Integração Estabelecer as recomendações necessárias para o desenvolvimento ambientalmente adequado e operacionalmente seguro dos processos operacionais florestais, seja para os colaboradores diretos, indiretos e visitantes.

Quando da contratação de novos colaboradores da MASISA, terceiros, de clientes e de empreiteiras contratadas dos clientes, um programa de integração é aplicado, visando à informação e conscientização dos novos colaboradores dentro do ambiente de trabalho.

São itens do conteúdo programático:

� Apresentação da MASISA;

� Política Integrada, objetivos e metas;

� Estrutura do SGF - Sistema de Gestão Florestal;

� Principais orientações de Meio Ambiente e Segurança e Saúde;

� Procedimentos e Instruções de Trabalho;

� Compromisso com o atendimento da legislação.

� Compromisso com os princípios e critérios da certificação FSC®.

� Pacote de benefícios MASISA;

� Visão geral da Empresa;

� Princípios Empresariais;

A integração é realizada para todos os colaboradores, antes do início de suas atividades. Após a integração, devem ser realizados os treinamentos obrigatórios para o exercício da função considerando:

� Aspectos, perigos, impactos e riscos significativos relativos à suas atividades;

� Procedimentos e Instruções de Trabalho, específicos para suas atividades.

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Visitantes e motoristas contratados pelos Clientes também passam por uma Integração antes da entrada na fazenda, quando são abordados as principais normas de acesso e os principais pontos de atenção durante o encaminhamento nas fazendas. No ano de 2014 foram realizadas 58 integrações sendo 29 colaboradores próprios 106 colaboradores terceiros 235 colaboradores clientes;

15.2.2 Gestão de Terceiros Florestal

Garantir que as empresas que prestam serviços para a Masisa cumpram com a legislação em vigor, evidenciando suas práticas através da apresentação de documentações ao setor de SMS. São realizadas entrevistas em campo pela área de SMS- Gestão de terceiros Florestal com objetivo de evidenciar na pratica a aplicação da legislação trabalhista. Foram realizadas 38 entrevistas de monitoramento em campo no ano 2014, que tiveram como intuito evidenciar as práticas realizadas em campo, relativas a jornada de trabalho, qualidade da alimentação fornecida em campo e demais praticas trabalhistas;

15.2.3 Treinamento de Primeiro Socorros Todos os colaboradores de campo são treinados para a realização de atendimento de primeiros socorros. Este treinamento aborda teoria e prática, ministrada por uma equipe qualificada de socorristas. São realizados simulados de primeiros socorros fazendo com que a equipe possa chegar próximo ao cenário real.

15.2.4 Direção Defensiva Todos os colaboradores que utilizam veículos em nome da MASISA são capacitados no curso de Direção Defensiva. Este treinamento aborda teoria e prática em uma das fazendas da Empresa, com cenários reais de risco para veículos leves e motocicletas.

15.2.5 Treinamentos Operacionais São realizados inúmeros treinamentos operacionais, previstos em lei ou não, como aplicação e manuseio de herbicidas (para a correta aplicação e manuseio dos herbicidas. O conteúdo aborda a qualidade na aplicação, cuidados ambientais e de saúde e segurança), formação e reciclagem de tratoristas (capacita e desenvolve as técnicas no trabalho mecanizado), entre outros treinamentos.

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Integrações Realizadas Mês a Mês

Integrações Realizadas Meta teto para integrações / Mês

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16 RELAÇÃO COM AS COMUNIDADES A MASISA assume como parte da missão florestal a integração com a comunidade do entorno das fazendas. As comunidades de áreas florestais possuem características que as tornam singulares. Dentre elas, destacam-se uma recorrente defasagem na infraestrutura de serviços públicos, um isolamento social, político e econômico da população, o que acarreta em um baixo grau de envolvimento em diversas questões relativas ao seu desenvolvimento e garantia de qualidade de vida. Da mesma forma, é importante considerar que os ciclos que integram a atividade da empresa no cultivo de suas fazendas tornam bastante dinâmica sua atuação e presença nestas comunidades. Como ponto de partida para a gestão social da empresa, foi realizada a primeira pesquisa social em 2004 com as comunidades do entorno.O objetivo foi identificar as percepções, expectativas e impactos que as operações industriais e florestais causam nas diversas comunidades de influência. Em 2007 e 2011 novas consultas foram realizadas com o apoio do SESI. A consulta de 2007 indicou um aumento do índice de percepção social de 4,79 (2004) para 6,69 em 2007. Nesta consulta, houve reflexo da comunidade em relação aos aspectos positivos da MASISA tais como boas condições de trabalho, cuidados com o meio ambiente e segurança do trabalho e geração de trabalho e renda nas comunidades. A consulta de 2012 teve como ponto de destaque os temas água e preservação, que foram os aspectos com o melhor resultado quando comparados ao momento anterior ao inicio das atividades da Masisa em uma das localidades. Estes foram os aspectos onde as pessoas mais perceberam a influencia da empresa. Em relação à influência, a Masisa foi percebida como protagonista direta de questões relacionadas ao incentivo das empresas a instituições locais e no relacionamento com a comunidade local.

16.1 Diagnóstico Social das Comunidades do Entorno Numa parceria entre MASISA e RGB foram caracterizadas todas as comunidades do entorno das Unidades de Manejo Florestal da MASISA em 2011. Para isso, foram conduzidas entrevistas, tendo como apoio um guia focando em três pontos principais:

� Desenvolvimento local

� Política e Cidadania

� Meio Ambiente

Ao todo foram entrevistados 154 moradores, distribuídos em 24 comunidades. O quadro abaixo demonstra as comunidades entrevistadas nos diferentes municípios. Foi identificado que 77% dos entrevistados possuem atividades de produção na área agrícola, pecuária ou florestal. Foram mencionadas como atividades de produção: horta doméstica e horta comunitária, criação (gado, galinha, porco, carneiro), lavoura (milho, feijão, soja, fumo, mandioca, batata doce, maracujá), plantio de pinus e eucalipto.

Município Comunidade

Bela Vista do São Roque Morador isolado

Campo Largo São Silvestre

Cahiva/São Pedro

Pinheirinho

Castro Abapã

Socavão

Dr. Ulisses Cerrado

Guarapuava Guará

Irati Guamirim

Ivaí Bom Jardim

Jaguariaíva Vila Rural do Lanças

Ortigueira Caetê

Caraguatá

Lagoa Seca

Leonardos

Monjolinho

Rio Novo

Prudentópolis Alto Barra Grande

Herval

Ligação

Reserva Pinhal Preto

Teixeira Soares Guaragi

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Município Comunidade

Guaraúna

Tibagi Alto Amparo

Os principais aspectos levantados no Diagnóstico Social foram:

� Necessidade de melhoria nos serviços de saúde, ensino escolar, estradas, coleta seletiva de lixo e segurança (principalmente nas comunidades São Silvestre, Cahiva, São Pedro, Pinheirinho, Caraguatá, Monjolinho e Reserva).

� Necessidade de melhoria de contato entre a empresa e as comunidades de Guaragi e Guaraúna.

� Demanda por cursos de capacitação e incentivos para o desenvolvimento do ensino escolar nas comunidades.

� Necessidade de assistência técnica na área agropecuária e florestal.

� Necessidade de apoio para o desenvolvimento de atividades de lazer. 16.1 Consultas Sociais A Consulta Social é uma ferramenta de diálogo com os públicos de relacionamento. Nesta consulta, as observações do entrevistado são anotadas e o contato (cartão do responsável) da empresa é deixado para estabelecer um canal de comunicação entre a MASISA e a comunidade. Além disso, comunicados referentes às FAVC’s, quando pertinente, são entregues. A consulta é realizada, inicialmente, antes da colheita ou implantação de um novo projeto, para a realização da etapa da vistoria em campo e é registrada através de um formulário. Existem 66 famílias vizinhas as fazendas da MASISA. Ainda existem vários moradores isolados, que também são considerados na estratégia de gestão social da MASISA. Em 2014 ao todo foram realizadas 19 consultas sociais com vizinhos e/ ou comunidades do entorno das fazendas da MASISA em atividade. Destas, 11 foram de acompanhamento, 8 foram pré-atividade e uma de pós atividade. As comunidades onde a colheita florestal está para ser iniciada ou está em andamento não percebem como prejudicial a presença da MASISA na região. Algumas solicitações como a possibilidade de molhar as estradas quando estiver muita poeira. Outros pontos relevantes foram: elogios pelo

comprometimento por arrumar a estrada, agradecimento pela manutenção da capela na fazenda Água Santa. 16.2 Programa de Fomento Florestal A estratégia de abastecimento de madeira da Masisa está baseada em três fontes de fornecimento de madeira seja de pinus ou de eucalipto:

a) Florestas próprias ou arrendadas; b) Compra de madeira no mercado (em pé ou posto fábrica); c) Programa de Parceria Florestal.

O programa de Parceria Florestal Masisa consiste de um contrato de parceria, entre o produtor rural e a Masisa, para implantação da floresta de eucalipto ou pinus, onde a divisão de frutos é baseada no recurso financeiro liberado pela Masisa e o preço de madeira em pé do mercado. O programa surgiu em 2008, no Rio Grande do Sul, visando suprir a necessidade de madeira da unidade fabril de Montenegro, além de aumentar as oportunidades de trabalho e renda para o produtor rural. Em 2010 essa parceria de cultivo de árvores de rápido crescimento foi estendida ao Paraná. O programa de parceria florestal traz diversos benefícios, tanto ao produto quanto à Masisa, tais como: Produtor

� Preferência de venda da produção (madeira) à Masisa no valor de mercado a um preço competitivo;

� A geração de emprego e diversificação da receita da propriedade rural;

� O aproveitamento de áreas improdutivas e/ou inutilizadas por outras culturas;

� Acesso à tecnologia florestal de ponta e a recursos que possibilitam o plantio;

� A possibilidade de integrar a produção agrícola e florestal como geração de renda adicional; Masisa

� Garantia de suprimento sustentável da madeira em longo prazo;

� Planejamento eficiente para o abastecimento;

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� Integração da empresa com a comunidade Além dos benefícios da parceria florestal existem as responsabilidades de ambas as partes como, por exemplo, atender às necessidades do processo de licenciamento ambiental, manter vigilância e proteção das áreas plantadas, garantir o fornecimento das mudas e insumos, prestar assistência técnica durante todo o ciclo de implantação da floresta, entre outros. No programa de Parceria a Masisa incentiva que os produtores rurais cumpram com as normas legais, ambientais, trabalhistas, sociais, fiscais, entre outras exigências ou normas que possam afetar o contrato entre as partes. Existem duas modalidades de parceria florestal oferecidos pela Masisa:

� Modelo Integrado – Implantação da floresta com recurso financiado pelo BNDES, através do programa Agricultura de Baixo Carbono – ABC, onde a Masisa participa como fiadora e garantidora do financiamento, além de toda a assistência técnica;

� Modelo Direto – Implantação da floresta com recurso próprio do produtor rural, onde a MASISA participa com o fornecimento de mudas e suporte técnico. Estas duas modalidades permitem a participação de produtores rurais que tenham uma área mínima a partir de dez hectares. O programa de Parceria Florestal traz vantagens para todas as partes envolvidas e é uma forma inteligente de suprir as necessidades da indústria, porque permite o compartilhamento do negócio com boa parte da comunidade onde a empresa se instala. A empresa conta com 5700 hectares de áreas de fomento no Rio Grande do Sul e 2900 hectares no Paraná. Para maiores informações entre em contato: [email protected]. 17 MONITORAMENTOS E AVALIAÇÕES Monitoramentos são conduzidos de forma apropriada à escala e intensidade do manejo florestal, avaliando as condições da floresta, rendimentos dos produtos florestais, cadeia de custódia, atividades de manejo e seus impactos sociais e ambientais. São monitoradas e medidas regularmente as características principais das operações que possam ter um impacto ambiental significativo, bem como o desempenho em SST e o atendimento a requisitos legais e outros.

Os monitoramentos são conduzidos por colaboradores de diferentes processos, responsáveis pelas informações relacionadas aos diversos aspectos avaliados. 18 PROGRAMAS COOPERATIVOS SETORIAIS 18.1 PCCF - Programa Cooperativo em Certificação Fl orestal A MASISA participa desde 2007 do PCCF (Programa Cooperativo em Certificação Florestal), iniciativa do IPEF (Instituto de Pesquisas Florestais). Este grupo reúne empresas florestais e Universidades e tem o objetivo de articular interesses e difundir informações entre as diversas partes envolvidas com o tema certificação florestal. Entre os temas debatidos estão a derroga de produtos químicos, propostas de indicadores para Florestas de Alto Valor de Conservação, entre outros. Em 2014, com o apoio do PCCF, foi divulgada a nova consulta pública para a derroga de produtos químicos. 19 CADEIA-DE-CUSTÓDIA A manutenção dos requisitos de cadeia de custódia da área florestal é de responsabilidade da Alta Gerência. A madeira colhida pela MASISA é controlada pelo SAP, através do qual é possível identificar as seguintes informações: unidade de manejo florestal; cliente (Unidades da MASISA ou Mercado); volume de venda de madeira (em metro cúbico e estéreo); Volume de madeira de transferência (em tonelada); data da emissão da nota fiscal (com o selo do IAP, quando aplicável); empresa transportadora; placa do caminhão; nome do motorista. As Notas Fiscais, em seu corpo (modelo aprovado pelo Imaflora), indicam que a madeira é proveniente de florestas certificadas. As Notas Fiscais de toras contêm a informação de que a madeira é certificada e, o respectivo código de certificação da empresa. Nota 01: Para expedição de madeira das fazendas certificadas, não há necessidade de segregação física já que 100% da madeira é certificada FSC®. A cadeia-de-custódia da Área Industrial da MASISA é gerenciada pela área de Responsabilidade Socioambiental. 19.1 Madeira Controlada FSC ®

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A MASISA atende aos padrões da certificação FSC® da cadeia de custódia, que incluem nos procedimentos o conceito de madeira de fontes controladas. A MASISA elaborou um procedimento e adotou critérios para avaliação de fornecedores de madeira e assumiu compromissos para não adquirir madeiras de fontes ilegais através de uma Política para aquisição de madeiras de fontes controladas. A responsabilidade pela madeira controlada FSC® é da Área Industrial da MASISA. 20 ATENDIMENTO DOS ACORDOS INTERNACIONAIS A Convenção sobre a Diversidade Biológica é um instrumento do direito internacional que tem por objetivo promover a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável dos seus componentes e a partilha justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos. A MASISA realiza importantes estudos de fauna e flora regional em suas áreas. As deliberações da Organização Internacional do Trabalho estão sendo aplicadas na Empresa na medida em que são consolidados os procedimentos de proteção à saúde e a integridade social dos trabalhadores próprios e terceiros. O atendimento da legislação trabalhista e de segurança do trabalho constitui evidência objetiva da ação da MASISA no cumprimento de deliberações dessa organização internacional ratificadas pelo Governo Brasileiro. A MASISA respeita os princípios e direitos no trabalho, incluindo os definidos na Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho (1998) com base nas oito Convenções Fundamentais do Trabalho da OIT que segue abaixo:

� Liberdade de Associação e Proteção do Direito Sindical, 1948 (n º 87)

� Direito de Organização e Associação Coletiva, 1949 (nº 98)

� Convenção sobre Trabalho Forçado, 1930 (nº 29)

� Convenção de Abolição do Trabalho Forçado, 1957 (nº 105)

� Convenção sobre a Idade Mínima, 1973 (nº 138).

� Convenção sobre Piores Formas de Trabalho Infantil, 1999 (nº 182)

� Convenção sobre Discriminação (Emprego e Ocupação), 1958 (nº 111)

� Convenção sobre Igualdade de Remuneração, 1951 (nº 100) A legislação ambiental, de saúde e segurança e trabalhista nas esferas municipal, estadual e federal são monitoradas através do Sistema de controle de legislação

SOGI. 21 DIVULGAÇÃO DO PLANO DE MANEJO Informações sobre o plano de manejo florestal e outros aspectos socioambientais serão apresentadas às partes interessadas internas e externas. As partes interessadas são comunicadas através da disponibilização do resumo público ou do plano de manejo florestal via correspondência, site da MASISA ou e-mail. O Resumo Público do Plano de Manejo Florestal da MASISA está disponível para consulta no site da Empresa: http://www.masisa.com/bra/ 21.1 Revisões e Alterações Este plano será revisado e atualizado quando seu conteúdo e/ou documentos complementares indicarem esta necessidade. O período de revisão não deverá ultrapassar o prazo máximo de 2 anos. As revisões do plano de manejo devem incorporar os resultados dos monitoramentos ou novas informações cientificas e técnicas, bem como responder as mudanças nas circunstâncias ambientais, sociais e econômicas. A revisão será coordenada pela Área de SMS e será matricial, envolvendo-se e consultando todas as áreas técnico-administrativas. A rastreabilidade e revisão das documentações complementares são asseguradas pelos responsáveis de cada área. A manutenção em arquivo das versões anteriores do Plano de Manejo Florestal serve para evidenciar as alterações anteriores ocorridas. O plano de manejo florestal, na sua versão atualizada é disponibilizado eletronicamente por e-mail e através do site do Sistema de Gestão Florestal (SGF).

VERSÕES ANTERIORES

DATA ARQUIVAMENTO

Revisão 10 Jan/15 Eletrônico

Revisão 09 Fev/14 Eletrônico

Revisão 08 Abril/13 Eletrônico

Revisão 07 Mai/12 Eletrônico

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PLANO DE MANEJO 2014/2015

Revisão 06 Mar/11 Eletrônico

Revisão 05 Fev/10 Eletrônico

Revisão 04 Abr/09 Eletrônico

Revisão 03 Abr/08 Eletrônico

Revisão 02 Mar/07 Eletrônico

Revisão 01 Mai/04 Eletrônico