Irandé Antunes - Lutar Com Palavras:Coesão e Coerência cap 6
Resumo – Lutar com palavras (Antunes)
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Resumo do o livro “Lutar com palavras – coesão e coerência” de Irandé Antunes
A autora propõe apresentar de forma clara a questão da coesão e coerência textual, assunto
tratado de forma vaga nas escolas por livros didáticos ainda em déficit sobre esse tema. A
atividade de escrita no ambiente escolar direciona os alunos para uma prática de redações e
apontamentos do quadro, sem uma perspectiva social inspirada nas atividades sociais
extraescolares. Escrever é uma atividade de transmitir alguma mensagem com objetivos
definidos e a expectativa de interação com interpretação e entendimento do que está sendo
dito e o porquê. O ato da fala ou escrita remete a experiências textuais presentes na vida do
locutor ou escritor. Sempre fazemos uso de conhecimentos adquiridos por outros textos,
recapitulando e reenquadrando tudo que lemos ou ouvimos. A autora defende que a prática de
leitura e escrita de textos é a mais eficiente forma de aquisição de conhecimentos da nossa
língua por assim serem trabalhados diversos gêneros tentando abranger várias esferas da
sociedade, colocando verdadeiramente os alunos nesse processo de concepção e real
dependência dessa prática para uma comunicação satisfatória.
A coesão é resultado de uma continuidade produzida pelo texto, sem tomar percursos que
tirem o objetivo para onde quer chegar e atingir com o tema ao interlocutor e leitor. O livro
detalha como conseguir uma coesão textual através das relações textuais de reiteração,
associação e conexão. A reiteração traz algumas retomadas, quando necessárias, do texto
promovendo uma continuidade e sequência, através de procedimentos como a repetição e a
substituição. Dentro da repetição são utilizadas as paráfrases, ou seja, um texto retomado
anteriormente com outras palavras, e o paralelismo que apresenta uma sequência de
segmentos com sentido sintático idênticos, gerando uma mesma estrutura gramatical entre
eles. A associação trabalha com uma seleção lexical, uma relação semântica entre as palavras,
pois todo texto tem uma temática e as palavras procuram ter relações de significados trazendo
unidade no assunto, ou seja, cada palavra está ligada a outra, não permanecendo isolada sem
relação semântica com o texto. A conexão é utilizada através do uso de conectores tendo esses
a função de promover a ligação entre períodos do texto mantendo a sequência, com relações
de causalidade, condicionalidade, temporalidade, finalidade, alternância, conformidade,
complementação, restrição, adição, oposição, justificação e conclusão, a conexão desempenha
papel construtivo de sentido para o texto com objetivos de coesão.
A percepção de coerência parte de uma estrutura textual onde é visível uma sequência de
ideias com evolução no decorrer da escrita sem apresentar uma quebra da linearidade. A
coerência atua como uma referência para as várias possibilidades de o texto ter papel
comunicativo para a interação. Ela depende do contexto onde é aplicada pelos sujeitos
envolvidos e suas intenções para a comunicação. Ao longo de toda a explanação que se
estende fica entendido que coesão e a coerência são interligadas em uma construção de texto.
Ambas são indissociáveis visto que coesão e coerência são elementos imprescindíveis para a
continuidade semântica e para a continuidade temática.
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Relações textuais Procedimentos RecursosReiteração Repetição
SubstituiçãoAssociaçãoConexão
3 relações com procedimentos que têm recursos para garantir um texto coeso. A primeira é a relação textual de reiteração que ocorre pelos seguintes procedimentos:
Repetição Substituição Seleção lexical Conexão sintático-semântica
O primeiro procedimento listado trata da prática de repetição que possui como um de seus recursos à paráfrase, que tem como objetivo retomar no texto algo que foi dito anteriormente com outras palavras com o intuito de deixar claro e transparente para o leitor o assunto. O segundo procedimento da reiteração é o recurso da substituição
pelas retomadas de segmentos do texto, algo que é condenado erroneamente nas práticas de redações sem objetivos e interesses reais.
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