Resumo Executivo da 57ª Reunião Ordinária da MNNP-SUS
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RESUMO EXECUTIVO DA 57º REUNIÃO ORDINÁRIA DA MESA
NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS – MNNP-SUS
Data: 15 e 16 de agosto de 2012.
Local: St. Peter Hotel – Setor Hoteleiro Sul, Quadra 02-bloco D – Brasília/DF.
PRESENTES: Eliana Pontes de Mendonça - Secretária Executiva da MNNP-
SUS/DEGERTS/SGTES/MS; Denise Motta Dau – Diretora DEGERTS/SGTES/MS; Maria
Aparecida Timo Brito – DEGES/MS; Rosa Maria Neofiti – CGESP/SAA/SE/MS; Paula de
Faria Polcheira Leal – Ministério do Trabalho e Emprego; Cláudia Couto Rosa Lopes –
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Maria Natividade Gomes da Silva
Teixeira Santana – CONASS; Márcia Cristina Marques Pinheiro – CONASEMS; Rosaura
Rocha Lima – CMB; Renato de Almeida Barros – CNTSS; Cícero Lourenço da Silva –
CNTSS; Jânio Silva – CNTS; José Erivalder Guimarães de Oliveira – FENAM; Shirley
Morales – FNE; Guadalupe Lazcano Móres – FENAPSI; Maria Maruza Carlesso –
FENAFAR; Antonio Pereira Lima Sobrinho – CONDSEF; Maria da Graça Ferro Freire –
FASUBRA Sindical; Eliane de Lima Gerber – FENAS; Leandro Valquer Justino Leite de
Oliveira – CONFETAM; Welington Moreira Mello – FIO.
OUVINTES/CONVIDADOS: Welcio Silvério de Toledo – DEGERTS/SGTES/MS; Reginaldo
Muniz – DIEESE; José Inácio F. Junior – DIEESE; Tania França – IMS/UERJ; Carinne
Magnago – IMS/UERJ; Mariléa Medeiros Ferreira; Lamartine dos Santos Rosa;
Adenilson Viana Ransel
ASSESSORIA DA MNNP-SUS – Infraestrutura e Relatoria: Janaina Fernandes da Silva –
DEGERTS/SGTES/MS; Anna Eliza Iung Lima - NUCOM/SGTES; André Luiz Rodrigues –
DEGERTS/SGTES/MS; Yacyra da Cunha Valle - DEGERTS/SGTES/MS; Márcio Lânio Leal
- DEGERTS/SGTES/MS; Tatiana Maria Souza Santos - DEGERTS/SGTES/MS.
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AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS: Mozart Julio Tabosa Sales – Secretário SGTES/MS; Gustavo
Nunes de Oliveira – SAS/MS; Érika Teixeira Costa Valença – FUNASA; Sônia Regina
Pereira – MEC; Elisete Berchiol da Silva Iwai – MPS; Olympio Távora Derze Corrêa –
CNS; Cleuza Maria Faustino do Nascimento – FENASPS;
PAUTA
� Dia 15/08/2012 – 14 horas
– Informes
– Apresentação pelo DIEESE da proposta de trabalho para fortalecimento das Mesas
– Proposta de intervenção QualiSUS: Mesa e Carreira
� Dia 16/08/2012 – 09 horas
– Pactuação final do Regimento Interno
– Agenda dos Grupos de Trabalhos
– Pauta para a próxima reunião.
1º DIA
O encontro teve início com a constituição da mesa de abertura na qual estavam
presentes a Diretora da DEGERTS - Denise Motta Dau, a Secretária Executiva da Mesa -
Eliana Pontes de Mendonça e o representante da bancada dos trabalhadores -
Welington Moreira Mello (FIO). Após as falas de boas vindas pela mesa de abertura,
houve uma breve rodada de apresentação dos participantes.
Na sequência, foram passados os informes com destaque para os seguintes
pontos:
Antonio Pereira Lima Sobrinho (CONDSEF): Informou que a entidade está em
greve em 25 estados (em 6 setores), numa agenda nacional contemplando: marcha à
Brasília com acampamento dos trabalhadores na esplanada; realização de uma Rodada
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de Negociação na Secretaria de Relação do Trabalho e ocupação do Incra pelos
trabalhadores. Relatou dificuldades na negociação com o governo, apontando para
expectativas positivas nas futuras negociações. Protestou contra o corte de ponto dos
trabalhadores em greve, a criminalização do movimento e o Decreto 7.777/12.
Leandro Valquer Justino Leite de Oliveira (CONFETAM): Relatou dificuldades
do Conselho Municipal de Saúde da cidade de São Paulo, incialmente com o governo
Serra e depois com Kassab, a qual foram obrigados a empossar judicialmente o
Conselho. Também conseguiram derrubar uma manobra do Governo de quase dobrar
o número de conselheiros, descaracterizando o processo de participação popular e o
controle social na cidade de São Paulo numa ação realizada em parceria com o
Ministério Público.
Maria Maruza Carlesso (FENAFAR): Informou sobre a eleição da Federação, no
sábado dia 11/08/12, e sobre recuperação em seu Estado (Espírito Santo), de um
projeto de lei de 2002/2003 que trata do subsídio, o qual na sua visão e de outros
trabalhadores inviabiliza o processo de implantação da mesa de negociação estadual
considerando que alguns trabalhadores questionam a utilidade de uma mesa, já que
não se pode discutir PCCS, ou uma avaliação de desempenho e outras questões que
estão na pauta dos trabalhadores. Ratificou que o Projeto de Lei nº 20 foi aprovado e
que consideram isso um retrocesso, pois os trabalhadores sentem-se desamparados,
havendo uma grande discrepância entre os médicos e outras categorias.
Denise Motta Dau (Diretora - DEGERTS/SGTES/MS): Informou sobre a
Conferência Nacional do Trabalho Decente que aconteceu do dia 08 a 11 de agosto de
2012, relatando questionamento por parte dos empregadores sobre o regulamento, o
qual havia um ano sendo discutido e pactuado por uma comissão composta por
empregadores, governo e trabalhadores. Esse regulamento serviu de subsidio para a
realização das conferências estaduais (obrigatórias) e municipais (opcionais). Devido a
desentendimentos a Conferência foi paralisada por um período e retomada apenas
pelos trabalhadores. Ressaltou que apesar de todos os esforços da representação do
Governo (incluindo Secretarias Estaduais e Municipais presentes) na negociação com
os empregadores, estes se retiraram da Conferência. Destacou que foi a primeira
Conferência Nacional, infelizmente bastante prejudicada pelo posicionamento dos
empregadores e informando que a Comissão Organizadora irá se reunir para ver o que
é possível tirar como encaminhamentos do pouco que foi deliberado.
Maria Natividade Gomes da Silva Teixeira Santana (CONASS): Relatou sobre o
DF, reestruturação do PCCS como pauta prioritária, com destaque para a discussão da
estrutura da tabela que será em Y, com valorização por meio da educação
permanente. Mencionou que foi ratificado o acordo coletivo de trabalho dos ACS, que
são Celetistas e que além das cláusulas contratuais tiveram um ganho de 300 reais
incorporados ao tíquete refeição. Informou, também, que a Mesa Dialoga DF faz o
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papel de coordenar as discussões das mesas setoriais. Enfatizou que Educação
Permanente e Avaliação de Desempenho serão os próximos pontos de destaques.
Eliane de Lima Gerber (FENAS): Solicitou registro da prática do GHC de
desrespeito às diretrizes do SUS, aos trabalhadores e movimento sindical das
categorias representativas. Informou que o GHC tem cerca de 8.000 trabalhadores e
16 sindicatos, além do SINDSAUDE. Relatou um acordo coletivo feito pela gestão da
instituição, no dia 27/07/12, com a categoria dos médicos e odontólogos no Ministério
Público do Trabalho, sem negociação alguma. Informou que a Mesa foi retomada, em
21/03/2012, com a ida para Porto Alegre, depois que foi paralisada por quase 03 anos
pela existência de práticas rejeitadas pelos trabalhadores, o que fez com que a
bancada sindical paralisasse as atividades de mesa. A representante também relatou
sobre os principais pontos que fazem parte do acordo: gratificação sobre o salário
básico; incidência do adicional de tempo de serviço sobre as gratificações; progressiva
migração para o novo regime de horas de plantão a medida que o corpo clínico tiver
reforço de contratações; redução da jornada de trabalho de 180 para 150 horas;
incorporações salariais; manutenção de incentivos para melhorias na remuneração;
fundo de aposentadoria complementar; plano de carreira e processo seletivo público
de imediato para contratação de profissionais para UPA emergência; UTI e radiologia.
Ressaltou que 16 entidades sindicais fazem parte da mesa e apenas uma foi
beneficiada com essa pauta, salientando que como representante da mesa setorial da
instituição sentia-se na obrigação de trazer os fatos e registrá-los, situação que causou
uma revolta geral entre os trabalhadores que já estão se mobilizando em protesto.
Erivalder Guimarães de Oliveira (FENAM): Apontou para duas questões: a
primeira em nome de todos os trabalhadores da cidade e região metropolitana de São
Paulo que ficaram preocupados, perplexos e frustrados com o cancelamento da
realização da Mesa Nacional de Negociação no ABC; a outra questão foi o informe
sobre a eleição da nova diretoria da federação Nacional dos Médicos com o convite a
todos os presentes para a cerimônia de posse.
Renato de Almeida Barros (CNTSS): Informou sobre a greve realizada no ano
passado do Sistema Estadual de Saúde em MG, na qual o resultado positivo foi a
discussão transparente da jornada de trabalho dos trabalhadores, pauta que vinha
sendo levantada por diversas categorias para redução da jornada para 30 horas. O
desdobramento desse movimento foi uma pauta de reivindicações protocolada junto
ao Governo Estadual, em fevereiro deste ano. Desde então havia uma tentativa de
negociação, além de outros pontos, da ausência de profissionais, falta de médicos,
sobretudo em algumas funções como pediatra e anestesista em áreas assistenciais
com Neonatal e atendimento integral à mulher. Apesar dos debates serem pautados
numa perspectiva de um sistema único de saúde, o governo optou por uma solução
que beneficiou apenas a categoria médica dando reajustes a essas categorias a qual os
trabalhadores não foram contra o aumento e sim, ao fato do governo não
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compreender a saúde como uma equipe multiprofissional. A situação culminou em
uma greve, que apesar de tentativas de negociação, teve início em 04 de junho de
2012 e terminou em 12 de junho de 2012. Houve um acordo de não haver um corte
dos dias parados e sim reposição, acordo que não foi cumprido pelo governo ao cortar
o ponto dos trabalhadores, na qual alguns receberam contracheque zerado, fato que
segundo o representante poderia refletir na qualidade dos serviços prestados na
assistência a saúde. Ressaltou que, os servidores no período probatório foram
ameaçados, caso não fizessem a reposição dos dias de greve, de terem suas faltas
consideradas na avaliação de desempenho que poderiam resultar até em exoneração.
Pontuou também que a greve envolveu todo o sistema estadual de saúde e que
apenas a Secretaria Estadual de Saúde e a Escola de Saúde Pública não participaram da
greve, e que ficaram fora da negociação. Mencionou que após o retorno dos outros
setores, estas duas instituições entraram em greve em protesto da realização de
manifestações no momento do encontro. Ratificou a denúncia com a apresentação de
documentos. Por último, informou sobre a revisão da estrutura de carreira visando à
adequação das orientações das diretrizes nacional e que o governo está resistente
devido ao impacto orçamentário solicitando apoio da mesa nessa atividade. Pontou,
também, que a criação de carreiras isoladas, como a de enfermagem e dos médicos é
um fator que prejudica o processo de estruturação de uma carreira que valorize todos
os trabalhadores enquanto equipe multiprofissional.
Guadalupe Lazcano Móres (FENAPSI): Informou a realização do 10º Congresso
da Federação Nacional dos Psicólogos, quando foi eleita a nova diretoria e de que a
categoria continua na luta pelo Projeto de Lei para 30 horas.
Jânio Silva (CNTS): Mencionou que a CNTS estará realizando no final de
setembro de 2012, nos dias 27 e 28, um seminário sobre saúde do trabalhador tendo
como público alvo trabalhadores de saúde sindicalizados ligados ao CNTS. Informou
que o governo de Santa Catarina está promovendo um desmonte no sistema de saúde
pública no Estado, por meio da terceirização dos serviços, e que também estão sendo
terceirizados os Hospitais, o SAMU e o serviço de radiologia do Hospital Infantil,
questionando o papel da mesa considerando que o setor privado geralmente não se
dispõe a compor a mesa de negociação. Relatou que foi realizado um concurso público
no qual foram abertas vagas muito aquém da necessidade de trabalhadores para
reposição do quadro.
Cícero Lourenço da Silva (CNTSS): Complementou as informações trazidas pela
Diretora do DEGERTS, pontuando que alcançaram alguns resultados nas negociações
com os empregadores os quais seriam pactuados na Conferência do trabalho decente,
que apesar disso alguns pontos foram consensuados. Ressaltou que foi um prejuízo
para toda classe trabalhadora, principalmente no que dizia respeito à terceirização, a
retirada dos empregadores da Conferência do Trabalho Decente, pontuando que esta
foi primeira não só para o Brasil, mas como no mundo. Apresentou uma denúncia de
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que, no estado de Alagoas, o núcleo do MS está sem teto há 05 meses, e que vem
trabalhando em uma sala cedida pela FUNASA. Finalizou que deveria ser considerada a
possibilidade de que se não houvesse enfermeira nas equipes de saúde da família o
recurso fosse cortado.
Maria da Graça Ferro Freire (FASUBRA Sindical): A representante justificou sua
ausência no Congresso da FASUBRA e na última reunião da mesa realizada na Bahia,
considerando isso um prejuízo político. Apresentou informe sobre a greve da
categoria, afirmou que os docentes em todas as universidades estavam em greve.
Considerou um avanço a categoria dos técnicos ter conseguido iniciar as negociações
com o Ministério do Planejamento, apesar de muita dificuldade. Disse que a categoria
rejeitou a proposta inicial de 5% escalonado em 03 anos, apresentando uma
contraproposta.
Leandro Valquer Justino Leite de Oliveira (CONFETAM): Informou que nos dias
13 e 14 de setembro de 2012 acontecerá um seminário para discutir saúde em São
Paulo, com convite ao MS, no qual haverá uma mesa sobre Gestão do Trabalho e
Controle Social. Trouxe uma questão relacionada às organizações sociais e informou
que das 957 unidades municipais em são Paulo, cerca de 250 estão nas mãos das
organizações sociais, e que conseguiram, junto com o Ministério Público, assegurar o
direito aos trabalhadores de optarem ou não em continuar nessas unidades. Disse
também que a entidade recebeu uma multa de 250 mil reais por uma greve em São
Paulo dos serviços funerários, também envolvendo outras categorias.
Cláudia Couto Rosa Lopes (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão):
Disse que está bem complicado o processo de negociação nesse ano, pontuando que
as os docentes e técnicos são as únicas categorias que receberam propostas reais.
Afirmou que era uma questão de caixa e que o país foi afetado pela crise internacional,
salientando que era preciso fechar um acordo até o dia 31 de agosto de 2012.
Eliana Pontes Mendonça (Secretaria Executiva – MNNP/SUS): Pontuou que
tem ocorrido o diálogo com o Governo, não só com Ministério do Planejamento. Disse
que algumas propostas têm sido construídas, outras não, mas que o diálogo tem
acontecido e o desafio era construir uma saída consensuada para resolver o conflito.
Shirley Morales (FNE): Disse que a Enfermagem está na luta pelas 30 horas.
Informou que foi realizado o 15º Congresso dos conselhos de enfermagem com
mobilizações, e também o 1º Encontro Sindical no qual foi abordado o Projeto de Lei
2.295. Afirmou que a categoria tem encontrado dificuldades no diálogo com o
governo, com relação ao PL. Informou, também, que no dia 22 de agosto haveria uma
reunião com as Santas Casas, mas que a categoria tem pressionado para uma
paralização nacional. Solicitou apoio da mesa na concretização das agendas de
reuniões de negociação da pauta da categoria.
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Maria Maruza Carlesso (FENAFAR): Se apresentou como participante do curso
de gestão das condições de trabalho e saúde do trabalhador. Disse que houve
mudança nas regras do curso, o que poderia estar influenciando na evasão de alguns
participantes.
Rosaura Rocha Lima (CMB): Informou sobre o Congresso Nacional das
Misericórdias, sobre a criação de um Grupo de Trabalho para discussão da questão das
30 horas, ratificando a data da reunião com a categoria de enfermagem no dia 22 de
agosto e de que o diálogo continua sempre aberto, mas que efetivamente existe a
questão do impacto financeiro.
Eliana Pontes Mendonça (Secretaria Executiva – MNNP/SUS): Se reportou aos
participantes Erivalder e Leandro sobre a realização da mesa nacional em ABC dizendo
que tudo estava pronto para que acontecesse, mas que o período eleitoral e a
realização de um evento estadual do COSEMS no mesmo período previsto para a
reunião da mesa no ABC foram fatores que atrapalharam, pontuando que não
conseguiram identificar local que comportassem o evento em São Bernardo e em
Santo André, além da impossibilidade de participação de alguns gestores, o que seria
um prejuízo. Salientou que não só a bancada dos trabalhadores lamentou, mas a dos
gestores também, considerando que ambas estavam bastante mobilizadas. Informou
que a agenda de reuniões descentralizadas vai ser retomada, após o período eleitoral.
Retomou a fala da Marusa sobre evasão de participantes do curso, salientando que
apenas 5% de participantes haviam desistido e que o curso tem sido bastante elogiado.
Noticiou que além das parcerias com o DIEESE, UFMG e UERJ, houve uma reunião que
foi realizada com a FUNDACENTRO visando uma parceria de apoio na implantação do
protocolo de saúde do trabalhador. Relatou que a mesa tem sido convidada para
diversos eventos para discutir o protocolo de saúde do trabalhador.
Cláudia Couto Rosa Lopes (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão):
Ratificou o informe do Lourenço de que a sede do MS estava fechada, mas que as
providências já estavam sendo tomadas.
Após a rodada de informes, o representante do DIEESE Reginaldo Muniz e o
consultor do DEGERTS Wélcio Toledo foram convidados a compor a mesa para
apresentação dos Projetos relacionados à implantação e fortalecimento de mesas de
negociação. A Secretária Executiva da Mesa também noticiou a presença de duas
pesquisadoras da UERJ, professora Tania e Érica, que estão desenvolvendo uma
pesquisa sobre o mapeamento dos planos de cargos, carreiras e salários e que
precisariam de um momento breve com a bancada dos trabalhadores para realizarem
uma aferição se estão seguindo a linha proposta.
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Proposta de intervenção QualiSUS: Mesa e Carreira
Wélcio, consultor do DEGERTS, iniciou sua apresentação se reportando à fala da
MARUSA sobre o curso de Saúde do Trabalhador. Informou que o curso está sendo
realizado para 400 alunos, sendo a evasão de apenas 5%, até o momento. Também
disse que o DEGERTS está acompanhando o curso juntamente com a UFMG e que o
mesmo atua como coordenador do curso, por parte do DEGERTS. Ressaltou que já foi
realizada uma oficina de avalição do curso no mês de junho e que a evasão verificada
de 5% poderia ser considerada abaixo do que se espera para a modalidade do curso.
Afirmou que as considerações da Maruza seriam verificadas junto à UFMG. Expõe
informe sobre a programação do encerramento do curso previsto para os dias 11, 12 e
13 de setembro de 2012, com apresentações dos TCCs em forma de pôsteres, em
Brasília, com os representantes da mesa convidados. Informou que no último dia, a
entrega dos certificados contará com a presença do ministro da saúde. Salientou que
os alunos têm demonstrado muito interesse sobre a implantação de Mesa de
Negociação nos seus respectivos municípios. Chamou atenção para a existência do link
“Fale com o DEGERTS” e pontuando que não tem sido muito utilizado pelos
estudantes, ao mesmo tempo solicitando maior divulgação do link entre os
participantes.
Na sequência deu início a apresentação da proposta da SGTES, definindo o
QualiSUS como um projeto firmado com Banco Mundial, que tem a finalidade de
contribuir para a organização de redes regionalizadas de atenção à saúde no Brasil. Sua
forma de operacionalização tem como princípio a construção de uma intervenção
unificada do Ministério da Saúde em articulação com estados e municípios, com
duração e recursos delimitados. Pontuou que a proposta elaborada pela SGTES foi
encaminhada com o QualiSUS já em execução.
O consultor informou que a proposta apresentada tem como objetivo geral
fomentar experiências de gestão do trabalho e da educação, com foco no provimento
e fixação de profissionais de saúde em seis regiões de saúde do QualiSUS, por meio de
implantação de Planos de Carreira, Cargos, e Salários, envolvendo as seguintes
atividades: realização de diagnósticos da força de trabalho em saúde,
dimensionamento da força de trabalho em saúde, instalação de mesas de negociação e
elaboração e implantação de PCCS. O período para a realização das atividades tem
duração de 24 meses com início previsto para outubro de 2012. O início e a
concretização da proposta estão sujeitos à aprovação dos termos do Projeto pelo
Banco Mundial.
Ao apresentar as regiões para o desenvolvimento do projeto, o expositor
salientou que inicialmente a proposta era bem mais simples a qual abrangeria duas
regiões, considerando um ganho que a proposta final tenha contemplado seis regiões,
a saber: Grande ABC/SP, Recife/PE e região metropolitana, Ponta Porã/MS, Bico do
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Papagaio/TO, Porto Alegre/RS e região metropolitana e região de Pernambuco e Bahia
(PEBA).
Apresentação pelo DIEESE da proposta de trabalho para fortalecimento das Mesas
Reginaldo Muniz, representante do DIEESE, iniciou sua exposição com uma
breve apresentação da instituição criada pelo movimento sindical há 56 anos,
ressaltando as suas contribuições para o movimento sindical e a sociedade brasileira,
definiu a pesquisa, educação e assessoria como eixos estratégicos no
acompanhamento do movimento sindical. Apontou que na medida em que o
movimento sindical atua nas distintas Políticas públicas, e que o DIEESE também passa
atuar nas respectivas áreas, de modo que, foi autorizado pela direção sindical a atuar
na Política de Saúde, considerando que esta não é uma preocupação apenas dos
trabalhadores, e sim de diversos atores da sociedade brasileira de um modo geral.
Na sequência, apresentou o objetivo geral do projeto que é de contribuir para a
melhoria das condições de trabalho em saúde, através de pesquisa e formulação de
subsídios às políticas de desprecarização do trabalho em saúde e para a
democratização das relações de trabalho por intermédio do fortalecimento e
ampliação dos espaços de negociação e do diálogo. Também foram apresentados os
objetivos específicos relacionados à consolidação do SINPP, por meio da qualificação,
do assessoramento e estruturação de uma rede de negociadores, além das diretrizes
para implantação do projeto.
No campo da qualificação, expôs uma proposta de realização de 28 cursos, com
carga horária de 40 horas, abrangendo 756 participantes, numa média de 15
representantes de cada uma das 51 mesas existentes.
Enfatizou que a ideia do curso é fortalecer aquelas que já estão funcionando e
contribuir para as que não estão, funcionem de forma efetiva, contribuindo como um
instrumento que ajuda, qualifica, estimula e formam os componentes, habilitando os
representantes da mesa ao processo de negociação.
Com relação ao componente do Projeto relacionada à Assessoria, foram
descritas atividades propostas para as 08 regiões eleitas para o desenvolvimento do
projeto. Na escolha das áreas que servirão para a experiência piloto levou-se em
consideração os pressupostos de diversificação geográfica e a importância estratégica
aliados à percepção fundamentada do DEGERTS nas possibilidades reais para a
implantação de mesas de negociação nessas regiões. Foram escolhidas as regiões da
Paraíba e ABC; os Estados do Paraná, Goiás Pará, com as respectivas capitais (Curitiba,
Goiânia e Belém). O expositor também relatou uma experiência na região do ABC a
qual poderá contribuir no desenvolvimento do projeto.
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O representante do DIEESE definiu, assim, cinco características como critérios a
serem adotados no processo de escolha, visando a alargar a diversidade presente nas
10 regiões metropolitanas: Tamanho populacional e a complexidade resultante;
Condições de vida e saúde; Situação assistencial; Capacidade de governo; Sinergia com
outros programas e ações ministeriais.
Eliana Pontes Mendonça (Secretaria Executiva – MNNP/SUS): Informou que
todos os projetos que o DEGERTS tem desenvolvido contém o foco de fortalecer o
processo de negociação dos estados e municípios e também de fortalecer mesas que
estão instaladas, mas com dificuldade de funcionamento, para crescer em Regiões que
ainda não há mesas. Ressaltou que Pará, Paraná e Goiás são estados em que ainda não
evoluíram nesse processo e que a região do ABC está tanto em um projeto quanto em
outro, então o mesmo poderá ser excluído de uma das propostas.
A Bancada dos Trabalhadores parabenizou a iniciativa do MS, DIEESE e
QUALISUS pela proposta apresentada. Mencionam a importância da Implantação de
Mesas e o fortalecimento e consolidação das já existentes e que o Estado deve auxiliar
no processo de implantação de Mesas Municipais de Negociação. Enfatizaram a
necessidade de multiplicadores no processo de implantação e estruturação das Mesas
de Negociação. A Bancada dos Trabalhadores mencionou, também, a falta da
participação do DF e da Região do Nordeste (principalmente, Maranhão, Alagoas e
Bahia). Ressaltaram a baixa participação dos Conselhos dos Secretários Municipais de
Saúde nesse processo.
Denise Motta Dau (Diretora - DEGERTS/SGTES/MS): Relatou que o QUALISUS
foi pactuado de forma tripartite, e que o projeto do DIEESE está em processo de
pactuação. No caso do QUALISUS houve pactuação com o CONASS e CONASEMS, mas
na proposta do DIEESE ainda não. Informou que foram apresentadas pelo QUALISUS e
DIEESE propostas de fortalecimento das Mesas de Negociação de forma estratégica,
contudo o projeto é maior, porém ainda está sendo debatido internamente, pois exige
um orçamento ampliado. Salientou que ainda em 2012 será publicado um edital para
que os Estados e DF apresentem projetos para a implantação de Carreira, concurso
com 20 propostas inovadoras de PCCS, com publicação para 2013, devido ao processo
eleitoral, e acredita-se que esse edital consiga abranger até dez estados.
11
2º DIA
Pactuação final do Regimento Interno
Eliana abriu discussão referente à proposta de texto especificamente ao
parágrafo 3º, do Art. 1º, solicitando que a bancada informasse se houve acordo no
referido item. A bancada dos trabalhadores sugeriu as seguintes alterações:
- No Art. 1º - Alteração do número de representações na MNNP-SUS para 27
representantes, garantindo-se a paridade;
- Que todas as representações sejam enumeradas (incluir a CONACS);
- Trabalhar um texto de vinculação do Comitê de Desprecarização a ser inserido no
Regimento Interno;
- No parágrafo 4º - Alteração para “a cada 03 anos”, em substituição aos 02 anos;
- Inserir um parágrafo 4º informando que as solicitações que chegarem à Secretaria
Executiva sejam encaminhadas para as bancadas.
Eliana ressalta que deverá haver artigos no Regimento que comprove a
participação das entidades em 03 regiões por pelo menos 09 Estados e de vinculação
do Comitê de Desprecarização à MNNP-SUS. Remete para as duas bancadas a
possiblidade de uma agenda de revisão dos Protocolos da Mesa, que comtempla 10
anos de existência, necessitando atualizar diante da conjuntura vigente,
principalmente o Protocolo nº 004/2005 (Educação) e o protocolo nº 005/2006
(Cedência).
Após breve debate entre a bancada do Governo, a Secretária Executiva
confirma acordo com os itens acima sugeridos.
Agenda dos Grupos de Trabalhos
- Os representantes do GT de Monitoramento de reunirá nos dias 23 e 24 de agosto
para acompanhar a oficina do DIEESE, onde será elaborada a agenda de trabalho do
projeto que irá fortalecer os espaços de negociação já existentes e a construção de
novos em regiões estratégicas. Depois marcará nova reunião, especifica do GT para
discussão e levantamento, sobre espaços de negociação existentes, porém não
oficializados.
- Para o GT de Urgência e Emergência estão buscando uma agenda ainda para
setembro.