Resumo Exame Pt -9º Ano

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Língua Portuguesa Os Lusíadas-Luis de Camões Luís de Camões Não existem dados concretos sobre a data e o local do seu nascimento. Filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo, Luís Vaz de Camões terá feito os estudos literários e filosóficos em Coimbra, tendo como protetor o seu tio paterno, D. Bento de Camões, frade de Santa Cruz e chanceler da Universidade. Tudo parece indicar que pertencia à pequena nobreza. Atribuem-se-lhe vários desterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combate perdeu o olho direito. A tal perda se refere na Canção Lembrança da Longa Saudade. De regresso a Lisboa, é preso, em 1552, em consequência de uma rixa com um funcionário da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Em 1553, saiu, inteiramente perdoado pelo agredido e pelo rei, conforme se lê numa carta enviada da Índia, para onde partiu nesse mesmo ano, quer para mais facilmente obter perdão, quer para se libertar da vida lisboeta, que o não contentava. Segundo alguns leitores, terá composto por essa altura o primeiro canto de Os Lusíadas. Na Índia não foi feliz. Goa dececionou-o, como se pode ler no soneto Cá nesta Babilónia donde mana. Tomou parte em várias expedições militares e, numa delas, no Cabo Guardafui, escreve uma das mais belas canções: Junto dum seco, fero e estéril monte. Vai depois para Macau, onde exerce o cargo de provedor- mor de defuntos e ausentes, e escreve, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema épico. Volta a Goa, naufraga na viagem na foz do Rio Mecom, mas salva-se, nadando com um braço e erguendo com o outro, acima das vagas, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse naufrágio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga chinesa que se lhe tinha afeiçoado. A esta fatídica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene, entre os quais se destaca Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste. 1

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Resumo Português 9º ano

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Lngua PortuguesaOs Lusadas-Luis de Cames

Lus de Cames

No existem dados concretos sobre a data e o local do seu nascimento. Filho de Simo Vaz de Cames e de Ana de S e Macedo, Lus Vaz de Cames ter feito os estudos literrios e filosficos em Coimbra, tendo como protetor o seu tio paterno, D. Bento de Cames, frade de Santa Cruz e chanceler da Universidade. Tudo parece indicar que pertencia pequena nobreza. Atribuem-se-lhe vrios desterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combate perdeu o olho direito. A tal perda se refere na Cano Lembrana da Longa Saudade.

De regresso a Lisboa, preso, em 1552, em consequncia de uma rixa com um funcionrio da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Em 1553, saiu, inteiramente perdoado pelo agredido e pelo rei, conforme se l numa carta enviada da ndia, para onde partiu nesse mesmo ano, quer para mais facilmente obter perdo, quer para se libertar da vida lisboeta, que o no contentava.

Segundo alguns leitores, ter composto por essa altura o primeiro canto de Os Lusadas.

Na ndia no foi feliz. Goa dececionou-o, como se pode ler no soneto C nesta Babilnia donde mana.

Tomou parte em vrias expedies militares e, numa delas, no Cabo Guardafui, escreve uma das mais belas canes: Junto dum seco, fero e estril monte.

Vai depois para Macau, onde exerce o cargo de provedor-mor de defuntos e ausentes, e escreve, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema pico. Volta a Goa, naufraga na viagem na foz do Rio Mecom, mas salva-se, nadando com um brao e erguendo com o outro, acima das vagas, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse naufrgio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga chinesa que se lhe tinha afeioado. A esta fatdica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene, entre os quais se destaca Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste.

Em Goa sofre caluniosas acusaes, dolorosas perseguies e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto a encontr-lo em Moambique, em 1568, "to pobre que comia de amigos", trabalhando n'Os Lusadas

e no seu Parnaso,

"livro de muita erudio, doutrina e filosofia", segundo o mesmo autor.

Em 1569, aps 16 anos de desterro, regressa a Lisboa, tendo os seus amigos pago as dvidas e comprado o passaporte. S trs anos mais tarde consegue obter a publicao da primeira edio de Os Lusadas,

que lhe valeu de D. Sebastio, a quem era dedicado, uma tena anual de 15 000 ris pelo prazo de trs anos e renovado pela ltima vez em 1582 a favor de sua me, que lhe sobreviveu. Os ltimos anos de Cames foram amargurados pela doena e pela misria. Reza a tradio que se no morreu de fome foi devido solicitude de um escravo Jau, trazido da ndia, que ia de noite, sem o poeta saber, mendigar de porta em porta o po do dia seguinte. O certo que morreu a 10 de Junho de 1580, sendo o seu enterro feito a expensas de uma instituio de beneficncia, a Companhia dos Cortesos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitfio significativo: "Aqui jaz Lus de Cames, prncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu."

Se a escassez de documentos e os registos autobiogrficos da sua obra ajudaram a construir uma imagem lendria de poeta miservel, exilado e infeliz no amor, que foi exaltada pelos romnticos (Cames, o poeta maldito, vtima do destino, incompreendido, abandonado pelo amor e solitrio), uma outra faceta ressalta da sua vida. , de facto, Cames um homem determinado, humanista, pensador, viajado, aventureiro, experiente, que se deslumbra com a descoberta de novos mundos e de "Outro ser civilizacional". Por isso, diz Jorge de Sena: "Se pouco sabemos de Cames, biograficamente falando, tudo sabemos da sua persona potica, j que no muitos poetas em qualquer tempo transformaram a sua prpria experincia e pensamento numa tal reveladora obra de arte como a poesia de Cames."

Bibliografia: Composies em medida velha; Composies em medida nova; Epstolas; Os Lusadas, 1572; Anfitries, 1587; Filomeno, 1587; El-Rei Seleuco, 1645

Caractersticas da epopeia

Estrutura Externa

-Preposio canto I, estrofes 1, 3

-Invocao canto I, estrofes 4, 5

-Dedicatria canto I, estrofes 6, 18

-Conslio dos Deuses canto I, estrofes 19, 41

-Formosssima Maria canto III, estrofes 102, 106

-Ins de Castro canto III, estrofes 118, 135

-Batalha de Aljubarrota canto IV, estrofes 28, 45

-Despedidas Em Belm canto IV, estrofes 83, 93

-Velho Do Restelo canto IV, estrofes 94, 104

-O Adamastor canto V, estrofes 37, 60

-A Tempestade canto VI, estrofes 70, 93

Estrutura Interna

-Preposio

-Invocao

-Dedicatria

-Narrao

Planos narrativos da Narrao:

-Histria de Portugal (plano encaixado)

-Viagem de Vasco Da Gama (plano fulcral)

-Interveno dos Deuses (plano paralelo)

-Intervenes do Poeta

Estrutura formal das estrofes:

-Versos decassilbicos

-Oito versos (oitavas)

-Esquema rimtico (abababcc), com rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois ltimosConslio dos Deuses-Estrutura

1)Convocatria,objetivo e constituio da assembleia (estncias 20-23)

-Os deuses so convocados por Mercrio, o mensageiro de JpiterConvocados da parte do Tonante(Jpiter) pelo neto gentil do velho atlante

-e dirigem-se ao Olimpo, onde se situa o governo da humana gente. Quando os Deuses no Olimpo Luminoso, Onde o governo est da humana gente se ajuntam em conslio glorioso

-Vindos dos quatro cantos do mundo para decidirem se iro ajudar e valorizar o que os portugueses batalharam pelo seu futuro no Oriente.

-A atitude de Jpiter est de acordo com o seu papel de responsabilidade, sublime,dino,alto,severo e soberano.

2) Assembleia

Discurso de Jpiter

Jpiter comea a dizer que o destino tornar os Portugueses superiores aos povos da antiguidade.

Depois de se referir ao passado glorioso contra Mouros e Castelhanos, enuncia alguns herois da histria do passado, como Viriato e o astuto Sertrio, que lutaram contra os Romanos e refere o presente de ousadia e persistncia, aventurando-se pelo mar desconhecido para chegar ao OrienteIntervenes de Baco,Vnus e MarteOs deuses foram intervindo ora contra ora a favor dos portugueses.

Baco manifesta-se contra, com receio de que a sua fama fosse esquecida no Oriente depois dos portugueses.

Vnus pronuncia-se contra Baco, pois gostava muito dos portugueses: Pela semelhana com os romanos no s na coragem e xito contra os Mouros, mas tambem pela semelhana da lngua que falam.

Existem apoiantes dos dois lados e instala-se a confuso no Olimpo.

Marte intervm a favor de Vnus,interpelando para que Jupiter fizesse cumprir as determinaes j tomadas.

3) Concluso

Jpiter concorda com as palavras de Marte, pelo que fica decidido que os Portugueses sero ajudados a chegar India

Morte de Ins-Estrutura

1) Consideraes iniciais

Vasco da Gama relata ao rei de Melinde o episdio trgico de Ins de Castro, cujo responsvel o amor, o causador da sua morte.

2) A felicidade de Ins

Ins vivia tranquilamente nos campos do Mondengo, rodeada por uma natureza alegre e amena, recordando a felicidade vivida com D.Pedro o seu amor.

O narrador, vai introduzindo indcios de que essa felicidade no ser duradoira e ter um fim cruel.

Naquele engano da alma,ledo e cego

Que a fortuna no deixa durar muito

De noite, em doces sonhos que mentiam

3) Condenao de Ins

D.Afonso IV vendo que no conseguia casar o filho em conformidade com as necessidades do Reino, decide pela morte de Ins.

Os algozes trazem-na perante o rei.

O rei vacila,apiedado, mas as razes do Reino levam-no a prosseguir

4) Discurso de Ins

Ins inicia a sua defesa apelando piedade do rei atravs:

-do apelo ao desterro

-da afirmao da sua inocncia

-do respeito devido s crianas

-das feras e das aves de rapina que se humanizaram ao cuidarem de crianas indefesas

5) Sentena e execuo de morte

O rei mostra-se sensibilizado mas, uma vez mais, as razes do Reino e os murmurios do Povo so mais fortes e a sua inocncia e a sua determinao mantm-se.

Ins executada

6) Consideraes finais

O narrador repudia a morte de Ins que compara da prpia natureza. As lgrimas das ninfas do Mondego fazem nascer a fonte dos amores,eternizando esta tragdia.

7) Vingana de D.Pedro

Quando sobe ao trono,vinga-se mandando matar os carrascos de Ins

Batalha de Aljubarrota

A trombeta castelhana d o sinal para a guerra, e este ecoa por toda a pennsula ibrica. Desde o cabo finisterra ao Guadiana, do Douro ao Alentejo. As mes apertam os filhos contra os peitos. H rostos sem cor e o terror grande, muitas vezes maior do que o prpio perigo.Durante o combate as pessoas com furos de vencer,esquecem-se do perigo e da possibilidade de ficarem feridas ou mesmo de perderem a prpia vida.

A guerra comeou uns so movidos pela defesa da sua prpia terra e outros pelo desejo da guerra.Os inimigos so muito numeroso, mas os portugueses defendem-se com bravura D.Nuno lvares Pereira destaca-se na luta.D.Diogo e D.Pedro Pereira irmos de Nuno lvares esto a combater contra ele.No primeiro esquadro h portugueses que renegaram a ptria e combatem contra seus irmos.D.Joo I sabendo que Nuno lvares corria perigo,acudiu a linha da frente para apoiar os guerreiros com a sua presena e palavras de encorojamento e com um nico tiro,matou muitos adversrios depois desta situao, os portugueses mais entusiasmados lutam sem recearem perder a vida.Muitos so feridos,muitos morrem mas a bandeira castelhana derrubada aos ps da lusitana.

Com a queda da bandeira castelhana, a batalha tornou-se ainda mais cruel.Sem foras para combaterem, os castelhanos comeam a fugir e o rei de Castela v-se derrotado e impedido de atingir o seu propsito. Os vencidos encobrem a dor das mortes, a mgoa, a desonra, maldizendo e blasfemando de quem inventou a guerra ou atribuindo a culpa sede de poder e cobia. D.Joo I passa alguns dias no campo de batalhar para comemorar e agradecer a deus a vitria com ofertas e romarias, mas D.Nuno lvares Pereira que s quer que seja recordado pelos seus feitos blicos, desloca-se para o Alentejo

Despedidas em Belm

chegado o momento de Vasco da Gama narrar ao rei de Melinde a partida da armada para a viagem de descoberta do caminho martimo para a ndia. Recorda que esta parte da ao s agora narrada em analepse, atravs da retrospetiva que o narrador faz, visto ser obrigatrio que a narrao da epopeia pica clssica se iniciasse in media res.

Nas estrofes 84 e 85 descrito o ambiente festivo que se vivia no dia da partida, contrapondo-se aos momentos apresentados nas estrofes seguintes, quando os navegadores, preparando a viagemAparelhmos a alma pera a morte, imploram a favor do divino e escutam os lamentos e o choro das muitas pessoas que acorreram praia (88 92) e at da prpria natureza que participa nestes sentimentos (92)

Dentre essas muitas pessoas, destaca-se a figura de uma me (90) e de uma esposa (91),que, transmitindo a dor de todas as outras, revelam a sua tristeza pela incerteza do regresso dos seus familiares. O discurso de ambas apresenta vrias interrogaes, as chamadas interrogaes retricas, para as quais no se espera uma resposta direta, mas que pretendem realar, neste caso, os sentimentos de dvida e aflio destas pessoas.

Mas o propsito de partir era firme, por isso Vasco da Gama diz ao rei de Melinde que, apesar de estar Cheio dentro de dvida e receio (87) embarcam Sem o despedimento costumado (93) antes que se arrependessem. notria nesta estrofe a emotividade.

A partida fez-se na praia de Belm Que o nome tem da terra pera exemplo, donde Deus foi em carne ao mundo dado esta perfrase poderia substituir-se por uma simples palavra, Belm mas perder-se-ia toda a beleza da comparao entre o lugar onde Cristo nasceu e o lugar onde partiram as naus portuguesas.Velho Restelo Este episdio insere-se na narrativa feita por Vasco da Gama ao rei de Melinde. No momento em que a armada do Gama est prestes a largar de Lisboa para a grande viagem, uma figura destaca-se da multido e levanta a voz, para condenar a expedio.O texto constitudo por duas partes: a apresentao da personagem feita pelo narrador (est. 94) e o discurso do Velho do Restelo (est. 95 a 104).A caracterizao destaca a idade ("velho"), o aspeto respeitvel (" aspeito venerando "), a atitude de descontentamento (" meneando / Trs vezes a cabea, descontente "), a voz solene e audvel (" A voz pesada um pouco alevantando "), e a sabedoria resultante da experincia de vida (" Cum saber s de experincias feito"; "experto peito ").No foi certamente por acaso que Cames optou por esta figura e no outra. A figura do Velho do Restelo ressuma uma autoridade, uma respeitabilidade, que lhe permitem falar e ser ouvido sem contestao. As suas palavras tm o peso da idade e da experincia que da resulta. E a autoridade provm exatamente dessa vivida e longa experincia.No seu discurso possvel identificar trs partes.Na primeira (est. 95-97), condena o envolvimento do pas na aventura dos descobrimentos, a que se refere de forma claramente negativa ("v cobia", "vaidade", "fraudulento gosto", "dina de infames vituprios"). Denuncia de forma inequvoca o carter ilusrio das justificaes de carter heroico que eram apresentadas para esse empreendimento ("Fama", "honra", "Chamam-te ilustre, chamam-te subida","Chamam-te Fama e Glria soberana"), sendo certo que tudo isso so apenas "nomes com quem se o povo nscio engana". E apresenta um rol extenso de consequncias negativas dessa aventura: mortes, perigos tormentas, crueldades, desamparo das famlias adultrios, empobrecimento material e destruioEsta primeira parte introduzida por uma srie de apstrofes (" glria de mandar", " v cobia". " fraudulento gosto"), com as quais revela que o que ele condena de facto a ambio desmedida do ser humano, neste caso materializada na expanso ultramarina. O sentimento de exaltada indignao manifesta-se, sobretudo, pela utilizao insistente de exclamaes e interrogaes retricasA segunda parte abrande as estrofes 98 a 101. introduzida por uma nova apstrofe, desta vez dirigida, no a um sentimento, mas aos prprios seres humanos (" tu, grao daquele insano"). Se na primeira parte manifestou a sua oposio s aventuras insensatas que lanam o ser humano na inquietao e no sofrimento, agora prope uma alternativa menos m, sugerindo que a ambio seja canalizada para um objetivo mais prximo - o Norte de fricaA estncia 99 toda ela preenchida com oraes subordinadas concessivas, anaforicamente introduzidas por "j que", antecedendo a sua proposta de forma reiterada e cobrindo todas as variantes dessa ambio: religiosa ("Se tu pola [Lei] de Cristo s pelejas?"), material ("Se terras e riquezas mais desejas?"), militar ("Se queres por vitrias ser louvado?"). E aproveita para apresentar novas consequncias malficas da expanso martima: fortalecimento do inimigo tradicional ("Deixas criar s portas o inimigo"), despovoamento e enfraquecimento do reino. E mais uma vez recorre s interrogaes retricas como recurso estilstico dominante.Vem depois a terceira parte (est. 102-104). O poeta recorda figuras mticas do passado, que, de certo modo, representam casos paradigmticos de ambio, com consequncias dramticas. Comea por condenar o inventor da navegao vela - "o primeiro que, no mundo, / Nas ondas vela ps em seco lenho!". Faz depois referncia a Prometeu, que, segundo a mitologia grega, teria criado a espcie humana, dando assim origem a todas as desgraas consequentes - "Fogo que o mundo em armas acendeu, / Em mortes, em desonras (grande engano!". Logo a seguir, narra os casos de Faetonte e caro, que, pela sua ambio, foram punidos. E os quatro versos finais da fala do Velho do Restelo sintetizam bem esse desejo desmedido de ultrapassar os limites:Nenhum cometimento alto e nefando Por fogo, ferro, gua, calma e frio, Deixa intentado a humana grao. Msera sorte! Estranha condio! Simbologia do episdio do "Velho do Restelo"Naturalmente, o "Velho do Restelo" no uma personagem histrica, mas uma criao de Cames com um profundo significado simblico.Por um lado, representa aquela corrente de opinio que via com desagrado o envolvimento de Portugal nos Descobrimentos, considerando que a tentativa de criao de um imprio colonial no Oriente era demasiado custosa e de resultados duvidosos. Preferiam que a expanso do pas se fizesse pela ampliao das conquistas militares no Norte de frica.Essa ideia era, sobretudo, defendida pela nobreza, que assim encontravam possibilidades de mostrarem o seu valor no combate com os mouros e, ao mesmo tempo, encontravam nele justificao para as benesses que a Coroa lhes concedia. A burguesia, por seu lado, inclinava-se mais para a expanso martima, vendo a maiores oportunidades de comrcio frutuosoPor outro lado, se ignorarmos o contexto histrico em que o episdio situado, podemos ver na figura do Velho o smbolo daqueles que, em nome do bom senso, recusam as aventuras incertas, defendendo que prefervel a tranquilidade duma vida mediana promessa de riquezas que, geralmente, se traduzem em desgraas. Encontramos aqui um eco de uma ideia cara aos humanistas: a nostalgia da idade de ouro, tempo de paz e tranquilidade, de que o homem se viu afastado e a que pode voltar, reduzindo as suas ambies a uma sbia mediania ("aurea mediocritas", na expresso dos latinos), j que foi a desmedida ambio que lanou o ser humano na idade de ferro, em que agora vive (cf. est. 98). Neste sentido o episdio pode ser entendido como a manifestao do esprito humanista, favorvel paz e tranquilidade, contrrio ao esprito guerreiro da Idade MdiaAssim, o episdio do "Velho do Restelo" est de certo modo em contradio com aquilo mesmo que Os Lusadas , no seu conjunto, procuram exaltar - o esforo guerreiro e expansionista dos portugueses. Essa contradio real e traduz, de forma talvez inconsciente, as contradies da sociedade portuguesa da poca e do prprio poeta. De facto, Cames soube interpretar, melhor que ningum, o sentimento de orgulho nacional resultante da conscincia de que durante algum tempo Portugal foi capaz de se destacar das demais naes europeias. Mas Cames era tambm um homem de slida formao cultural, atento aos valores estticos do classicismo literrio e imbudo de ideais humanistas. Se, ao cantar os feitos dos portugueses, ele d voz a esse orgulho nacional, que sentia tambm como seu, na fala do "Velho do Restelo" e em outras intervenes disseminadas ao longo do poema, exprime as suas ideias de humanista.Adamastor

J no meio da viagem, os portugueses deparam-se com o maior dos perigos e dos medos: o gigante Adamastor. Vasco da Gama narra tambm este episdio ao rei de Melinde , revelando toda a sua experincia e sentimentos.

Antes de mais, importante considerar que se trata de um episdio simblico. A Adamastor o smbolo dos perigos e das dificuldades que se apresentam ao Homem que sente o impulso de conecer, de descobrir. S superando o medo, o Homem poder vencer (Humanismo). O Adamastor portanto, uma figura mitolgica criada por Cames como forma de nele concentrar todos os perigos e dificuldades que os portugueses tiveram que transpor.

No por acaso que o episdio do Adamastor ocupa o lugar central no poema pico. O canto V marca o meio da obra, e com ele que termina o primeiro ciclo pico da narrao. Marca tambm a passagem do mundo conhecido para o desconhecido, a passagem do Ocidente para o Oriente.

A viagem decorria calmamente quando, de repente surge a figura gigantesca e tremenda do Adamastor, num contraste entre a atmosfera amena inicial e o terror que logo de seguida apresentado, levando o capito a invocar a proteo divina.

Nas estrofes 39 e 40 feita a descrio do gigante, realando-se, sobretudo, a adjetivao utilizada: figura robusta e vlida De disforme e grandssima estatura rosto carregado e barba esqulida olhos encovados Postura medonha e m a cor terrena e plida Cheios de terra e crespos os cabelos boca negra dentes amarelos tom de voz horrendo e grosso. Como se isso no bastasse, este gigante ainda profetiza num discurso assustador, a partir da estrofe 41, graves perigos e mortes para os navegadores. Uma profecia diz respeito a um acontecimento futuro. O gigante comea por se dirigir aos navegadores com a apstrofe gente ousada revelando conhecer bem a coragem daqueles a quem se dirige e procurando, ao intimid-los com o seu discurso ameaador e castigador, lev-los a desanimar e a desistir da viagem.

Na estrofe 49, Vasco da Gama d mais um prova de ousadia da gente Lusitana, mesmo mediante as trgicas profecias, interpelando o gigante e perguntando-lhe quem era. A simples pergunta Quem s tu? provoca uma brutal mudana na intenso, na postura e at no tom de voz do Adamastor que, da estrofe50 59, narra a histria da sua vida, destacando de forma lastimosa e magoada o amor frustado com ttis(narrativa secundria)

Finda a narrao, o Adamastor retira-se, tal como tinha surgido, deixando o caminho livre para os navegadores passarem (estrofe 60), o que leva Vasco da Gama a interceder pela sua vida e pela dos marinheiros, dirigindo-se a Deus e pedindo-lhe que removesse os duros/casos que Adamastor contou futuros. A ousadia de Vasco da Gama abriu a passagem para a ndia. O medo estava vencido, passando o cabo das Tormentas a designar-se cabo da Boa Esperana.

Depois de relatar este episdio, Vasco da Gama termina a narrao ao rei de Melinde. Agora o momento de prosseguir viagem e continuar a fazer Histria

A tempestade-Canto VI (estrofes 70 a 91)

Surge, depois, um episdio naturalista por envolver elementos da Natureza. a ltima grande dificuldade que surge aos navegadores antes da chegada ndia. Baco rene os deuses do mar para um novo conslio onde procura destruir os navegadores antes da conquista do Oriente. Dando razo a Baco, os deus marinhos decidem ajud-lo, ordenando a olo, deus do vento, que Solte as frias dos ventos repugnantes, que no haja no mar mais navegantes Mais uma vez, podes comprovar o entrelaar do plano narrativo da viagem com o plano mitolgico.

A tempestade por isso, mais uma tentativa de destruio da glria dos portugueses, mas novamente se assistir vitria dos humanos sobre todos os elementos que os afligem.

Este episdio pode ser dividido em trs partes:

-o desenrolar da tempestade (70-79)

-a splica de Vasco da Gama por proteo divina (80-84)

-a interveno de Vnus e das ninfas (85-91)

Na descrio da tempestade h a realar:

-a abundncia de frases de tipo exclamativo, reforando os sentimentos de aflio dos navegadores e a necessidade urgente de agir.

-o recurso aos verbos de movimento que fazem desta descrio uma descrio dinmica, impondo um ritmo muito acelerado, quer na progresso da tempestade, quer na aproximao iminente da morte

-as vrias sensaes apresentadas: visuais, auditivas e sobretudo cinticas (movimentos fsicos)

O clmax desta descrio atingido quando, diante da perspetiva de naufrgio, Vasco da Gama, em nome de todos os marinheiros, suplica novamente a proteo da Divina guarda, anglica, celeste (81) utilizando no seu discurso, argumentos poderosos que se prendem sobretudo com a dilatao da F crist.

Vnus que, confirmando a sua admirao pelos portugueses, surge juntamente com as suas ninfas para salv-los das obras de Baco.

A chegada dos portugueses ndia (Canto VI a partir da estrofe 92)

Vencidos todos os medos e perigos, os portugueses avistam, finalmente, a terra desejada, a ndia. A sua luta coroada de xito e de vitria.

Texto Potico

O texto potico muito diferente dos modos literrios anteriormente estudados. A poesia uma revelao do mundo interior, dos sentimentos, das emoes, dos pensamentos, dos anseios Por isso o texto potico , fundamentalmente, um discurso de 1 pessoa, logo, um discurso do eu. Uma das marcas deste discurso a subjetividade, uma vez que o sujeito potico transmite a sua representao pessoal do mundo.Verso

Conjunto de palavras, de sentido completo ou no, com determinadas caractersticas rtmicas. Numa composio potica escrita ocupa uma linha, mesmo que tenha uma nica palavra.

Estrofe

Verso ou conjunto de versos, geralmente com uma unidade de sentido. Cada conjunto, ao ser escrito demarcado de outro por um espao. Cada estrofe recebe uma designao, segundo o nmero de versos que apresenta

1 versoMonstico

2 versosDstico

3 versosTerceto

4 versosQuadra

5 versosQuintilha

6 versosSextilha

7 versosStima

8 versosOitava

9 versosNona

10 versosdcima

Soneto uma composio de 14 versos agrupados em duas quadras e dois tercetos. a forma potica mais conhecida, sendo usada desde o sxulo XVI.

Esquemas RimticosAbab- rima cruzada

Aabbcc- emparelhada

Abba- interpolada

Rima final de um verso encontra correspondncia no meio do verso seguinte- encadeada

Classificao quanto ao nmero de slabas mtricas1-monossilabo

2-dissilabo

3-trissilabo

4-tetrassilabo

5-redondilha menor

6-hexassilabo

7- redondilha maior

8-octossilabo

9-eneassilabo

10-decassilabo

11-hendecassilabo

12- alexandrino

Recursos FnicosRecurso ExpressivoConceitoExemplo

AliteraoRepetio dos mesmos sons consonnticos (sons consoantes)Muitos Ss numa frase

AnforaRepetio intensional de uma palavra ou palavras no incio de frases ou versos seguintes, para destacar o que se repete barca, barca cavaleiros, barca, entrai na Barca do alm

AssonnciaRepetio intensional dos mesmos sons voclicos (sons vogais)Muitos As numa frase

EufemismoTransmisso de forma atenuada, de uma ideia desagradvel, cruelTirar Ins ao mundo (matar)

PerfraseExpresso por vrias palavras, do que se diria em poucas ou apenas numaAquele que a salvar o mundo veio (Cristo)

SindoqueConsiste em tomar o todo pela parte ou vice-versa: o plural pelo singular ou vice-versa, a matria pelo objeto ou vice-versa, a espcie pelo gnero ou vice-versaOcidental Praia Lusitana (Portugal)

Texto DramticoEmissorDramaturgo EmissorEncenador

Atores

Cengrafo

Tcnico de Luz e de som

RecetorPblico LeitorRecetorPblico espectador

Estrutura InternaTexto principal (dilogos ,monlogos e apartes)Estrutura InternaInterligao das falas e mmica dos atores, com o jogo da luz e som

Estrutura ExternaAtos e CenaEstrutura ExternaAtos

Cenas

Outras CaracteristicasApresentao, desenvolvimento e desenlace de um conflitoOutras CaracteristicasExige espao cnico

Os atores concretizam o texto pela representao

Implica a presena real de atores e espectadores

Manifestaes teatrais pr-vicentinasReligioso: representavam-se nas igrejas e ao ar livre, por ocasio do Natal, da Pscoa e do Corpo de Deus.

Mistrios: representaes com cenas da vida de Cristo. Ex: Procisso dos passos.

Milagres: representtaes de cenas da vida de Cristo, de santos e de virgem. Ex: Auto S. Martinho.

Moralidade: representaes alegricas de defeitos, qualidades e tipos psicolgicos. Ex: Auto da Alma.

Profano: representavam-se nos castelos, palcios, cortes (por ocasio de palacianas) e praas pblicas (festas populares).

Momos: divertimentos corteses com a participao de fidalgos, encenados por ocasio de rguias (temas de cavalaria)

Arremedilhos: declamao e mmica combinavam-se para tornar mais atraente a fbula contada pelos jograis.

Farsas: representao de situaes cmicas com inteno satrica, para fazer rir. Eram peas particularmente apreciadas pelo povo.

Sotties: breves farsas simbolizando tipos e classes sociais. Ex: Auto da Barca do Inferno Sotties Medievais.

Sermes burlescos: so monlogos apresentados por jograis em que a figura tinha vestes sacerdotais.Texto dramtico vs. Espetculo teatralO texto dramtico, escrito pelo dramaturgo, destina-se a ser representado, tornando-se, desta forma, texto teatral ou pea de teatro.

No entanto, importante no confundir texto dramtico com a sua transformao em teatro como espetculo (representao).

Na passagem do texto para a representao esto envolvidos aspetos como a encenao, a entoao, a mmica e a expresso corporal, a caracterizao das personagens, o cenrio, etc.Caractersticas do teatro vicentinoGil Vicente no um autor da Idade Mdia nem to pouco um autor moderno, situa-se numa zona de transio: faz adivinhar novos tempos sem ter assimilado totalmente os ideais do renascimento humanista.

O teatro vicentino representado essencialmente em sales, palcios, capelas, igrejas e mosteiros.

Uma das caractersticas das obras de Gil Vicente o recurso a personagens-tipo. As suas personagens no so individuais, isto , representam sempre um grupo, uma classe social, uma profisso. Desta forma, so uma sntese dos defeitos e virtudes desses grupos. Assim, Gil Vicente satirizava a sociedade, sem atacar diretamente alguma pessoa em particular.Nem por serem tipos sociais estas personagens deixam de ser indivduos vivos, de impressionante presena.

Os tipos vicentinos abrangem o conjunto da sociedade portuguesa da sua poca. Na base est o campons pelado por fidalgos e clrigos, a cuja voz Gil Vicente d acentos comoventes. No cume esto os clrigos de vida folgada e os fidalgos presunosos e vos, que vivem, uns e outros, de confiscar o trabalho alheio, ajudados pelos homens de leis e pelos funcionrios, que fabricam alvars em benefcio dos seus afilhados.

A expresso latina ridendo castigat mores, que significa a rir que se castigam os costumes, foi o princpio que Gil Vicente aplicou sua stira atravs do cmico, provocando o riso no pblico, o dramaturgo denuncia os erros de cada classe social.As suas obras so como um espelho, pois reflete fielmente a sociedade do sc.XVI e s so completamente percebidas quando as vemos representadas em teatro, sendo esta a componente cnica que as valoriza.

Emissor mltiplo: O autor, o encenador e o ator.

Recetor: O pblicoCdigo no verbal: Visual: Cenrio, luz/sombra, personagem, gesto, movimento, expresso corporal.

Auditivo: msica, sons, vozes.

verbal: a palavra.

Auto da Barca do InfernoAuto: este termo aplicava-se a peas de teatro de gosto tradicional. Os autos ao mesmo tempo que divertiam, moralizavam o pblico pela stira de costumes.

No Auto da Barca do Inferno apresentado um processo de julgamente: a absolvio ou a condenao depois da morte.

O texto Auto da Barca do Inferno foi representado, pela primeira vez, em 1517, na cmara da rainha D. Leonor, a qual se encontrava doente.

Personagens: o Anjo (arrais do cu), Diabo (arrais do inferno), Companheiro do Diabo, Quatro cavaleiros, Enforcado, Procurador, Corregedor, Judeu, Brzida Vaz (alcoviteira), Frade, Sapateiro, Parvo, Onzeneiro e Fidalgo.

O Anjo e o Diabo so personagens alegricas. As restantes personagens personificam classes sociais e comportamentos tpicos, sendo, por isso consideradas personagens-tipo.

O auto representa o julgamento das almas humanas na hora da morte.

No porto esto dois arrais, um conduz Barca da Glria e outro Barca do Inferno, por onde vo passar diversas almas que tero que enfrentar uma espcie de tribunal, defender-se e enfrentar os argumentos do Anjo e do Diabo que surgem como advogados de acusao.

Atravs da brilhante metfora do tribunal, Gil Vicente pe a nu os vcios das diversas ordens sociais e denuncia a podrido da sociedade. Assim, a grande maioria das almas. Joane fica no cais porque no responsvel pelos seus atos e o Judeu vai a reboque da barca porque, no se identificando com a religio catlica, no tenta embarcar na barca da glria e recusado pelo diabo.

Apenas os Quatro Cavaleiros vo embarcar diretamente na Barca da Glria porque se entregaram em vida aos ideais do Cristianismo na luta contra os mouros. Ao definir este percurso para cada uma das almas, Gil Vicente tinha por certo o objetivo de fazer desta obra alegrica um auto de moralidade, atravs do qual o Bem fosse compensado e o Mal castigado.Elementos alegricos

Tipos de cmicoO cmico algo que faz rir. Como Gil Vicente trabalhava para a corte, procurando diverti-la, seguia a mxima a rir, corrigem-se os costumes. Assim, nas suas obras recorre a vrios tipos de cmico:

Funcionamento da Lngua

Organizao do texto

FraseSimples e ComplexaSistematizao: Podemos definir uma frase como um conjunto de palavras que formam uma unidade de sentido.

Uma frase pode ser constituda apenas por uma orao (estrutura com um s sujeito e um s predicado) frase simples.

Ou por duas ou mais oraes frase complexa.Nota: No identificar frase simples com frase de um s verbo, mas sim de um s predicado, pois o predicado pode ser expresso por dois ou mais verbos, como o caso dos tempos compostos, da voz passiva e da conjugao perifrstica.

Exemplos de Frases Simples e Complexas

Simples:

-Eu acompanho sempre as minhas tias nos passeios de Domingo

-Posso vir a querer fazer outras coisas

-Estou a tentar estudar o mais possvel

Complexa:

-Eu acompanho sempre as minhas tias quando passeiam aos Domingos

Tipos de FraseOs tipos de frase traduzem a atitude do emissor relativamente quilo que transmite e a quem transmite.

Tipos de FraseExemplos

Declarativo (apresenta um facto, uma situao)Eu no vou hoje ao cinema.

Interrogativo (coloca uma questo, pede informaes)Vais hoje ao cinema?

Exclamativo (expressa uma emoo, apresenta uma reao)Hoje vais ao cinema!

Imperativo (d uma ordem, uma sugesto)Vai ao cinema!

Formas de FraseA cada tipo de frase associa-se sempre uma forma de cada um dos pares que a seguir se apresenta. Assim o tipo declarativo, por exemplo, pode parecer simultaneamente nas formas afirmativa, ativa e enftica ou pode aparecer simultaneamente nas formas negativa, passiva e neutra. As possibilidades de combinaes so variadas.

Formas de FraseExemplos

Afirmativa

NegativaGosto de tomar o pequeno-almoo

No gosto de tomar o pequeno-almoo

Ativa

PassivaA Maria lava sempre a fruta com gua corrente

A fruta sempre lavada com gua corrente pela Maria

Neutra

EnfticaOs meninos do jardim-escola usam uns bibes lindos!

Os meninos do jardim-escola so que usam uns bibes lindos!

Perodo e Pargrafo

Sistematizao

O perodoO perodo a frase ou conjunto de frases que se encontram entre dois pontos finais Pode conter uma s orao (frase simples) mas, normalmente contm duas ou mais oraes (frase complexa)

O pargrafoQuando necessitamos de fazer uma pausa mais longa porque dentro do mesmo assunto vamos falar de um outro aspeto, ou pretendemos demarcar uma ideia de outra, ou ainda porque mudamos de assunto, embora dentro da mesma temtica -mudamos de linha, deixando, normalmente, um espao em branco.

Estamos a abrir um novo pargrafo

Coerncia e coeso textualSistematizao

Para que um conjunto de frases se possa chamar texto e necessrio que as frases se estruturem de uma determinada maneira e se relacionem entre si de modo a formar um todo coerente e coeso

A coerncia Textual

A coerncia textual implica que as diferentes partes de um texto estejam articuladas entre si ao nvel do sentido, estruturando-se de acordo com a tipologia em questo.

A coeso textual

A coeso textual resulta da utilizao dos elementos lingusticos que fazem a ligao das vrias partes de um texto, pode ser conseguida atravs de diferentes processos.

ConectoresSo os elementos que contribuem para uma maior coeso textual: conjunes e locues conjuncionais, advrbios e locues adverbiais

PontuaoSistematizao

A pontuao um fator fundamental para clarificar o sentido de um texto. Outro elemento fundamental que contribui para a coeso textual e a pontuao

Existem vrios sinais de pontuao.

Vrgula,

A vrgula usa-se normalmente paraExemplos

Separar elementos de uma enumeraoNaquele mercado as mangas, os pssegos, as ameixas, as mas, as cerejas atraam pelos seus tons alegres e luminosos.

Demarcar o aposto do sujeitoJoo, o padeiro, e tambm um grande pasteleiro.

Demarcar complementos circunstanciaisNesse dia, apareceram todos os amigos do Rui.

Separar o vocativo Ana, anda c depressa!

Separar repetio de palavrasEle comia, comia, e nunca ficou maldisposto

Demarcar um adjetivo em inicio de fraseAtencioso, como ele nao havia!

Demarcar um substantivoO pedro, esse era o eleito.

Destacar elementos (normalmente mais extensos) numa enumeracaoEle gostava de doces e a Joana de salgados

Ele gostava de doces, a Joana de salgados

Nota: A virgula nunca pode separar o sujeito do seu predicado ou o predicado do seu complemento direto e/ou indireto.

No caso de se intercalar uma expressao ou orao entre um sujeito e um predicado, ela deve figurar entre vrgulas, para no separar-mos o sujeito do predicado.

Ex.: Os homens, obcecados pelo progresso, nem sempre pensam no futuro da humanidade.

Ponto e Virgula

Ponto.O ponto usa-se normalmente para marcar o fim de uma frase simples ou complexa.

Ex.:

O que ela dizia, embora fosse sempre diferente, soava sempre da mesma maneira. Era montono. E a maioria dos alunos estava a ouvi-la...sem a ouvir.

Era o caso do Jorge, que estava interessado no rapaz com o carrinho de bebe e se foi afastando do grupo. Alem deles, s andava ali dentro um grupo de velhinhos ingleses. E o rapaz com o bebe, claro, que percorreu a igreja toda com os auscultadores nos ouvidos, sempre a empurrar o carrinho. De vez em quando parava a um canto, levantava o cobertor e dava duas mexidelas no bebe que, por sua vez, no dava sinal de si.

Dois pontos:Usam-se normalmente para:

-Introduzir o discurso direto

Ex.:

Arranjo uma voz de falsete e imito o dos filmes americanos:

Antpode homem?

-Introduzir uma enumerao

Ex.: Acho que foram emoes a mais para a Lusa: o sto que no havia, o Ablio que eu no era, o Lus que ela no sabia que era eu.

-Iniciar uma concluso ou dar uma explicao

Ex.: E no tardei a colar o Sem Pavor ao Joo: Joo Sem Pavor

Reticencias...Usam-se normalmente para marcar a suspenso de uma ideia ou frase.

Ex.: Nada...H seis dias e seis noites que estou aqui escondido a tremer com medo dos lobos, dos morcegos, das bruxas e dos fantasmas, a espera da minha irm...

Ponto de Interrogao?Usa-se normalmente para assinalar uma frase do tipo interrogativo.

Ex.: Que dizes, meu palerma?

O ponto de exclamao marca uma frase do tipo exclamativo, pode tambm utilizar-se nas frases do tipo imperativo.

Ex.: Anda c!

Aspas Usam-se normalmente para

-Transcrever uma palavra ou expresso ou fazer uma citao

Exumareis Luther King disse Eu tenho um sonho, que todos os negros tenham os mesmos direitos

- Utilizar uma palavra que no pertence ao lxico portugus

Ex:Anybody Home

-Utilizar uma palavra menos apropriada, mas expressiva no contexto

Ex: Ja anda a namorar este vestido h muito tempo

-Destacar um titulo

Ex.: O jornal Expresso e um semanrio

Parnteses ()Usam-se normalmente para:

-Marcar o discurso direto

Ex: Arranjo uma voz de falsete e imito os dos filmes americanos Anybody Home

-Indicar corte em texto citado

Ex: Discurso Vasco da Gama Meu povo vamos partir (...) que deus vos abenoe!

TravessoUsa-se normalmente para:

-Marcar discurso direto

Ex.: Visto-me a macaco e imito os seus sons

-Eu sou o Artur

-Demarcar uma frase intercalar, que poderia surgir entre virgulas

Ex.: Os homens obcecados pelo progresso nem sempre pensam no futuro da humanidade

Nota: Quase todos os sinais de pontuao podem ser usados para conferir maior expressividade a um texto

LxicoSistematizao

A principal influncia na formao da lngua portuguesa e o latim.

Mas se muitos termos chegaram ate nos atravs do latim clssico, o latim culto, o latim dos escritores (via erudita), muitos outros chegaram atravs do latim vulgar, o latim falado sobretudo por soldados e comerciantes fixados nos territrios conquistados (via popular)

Palavras Convergentes e DivergentesExemplo de palavras divergentes

LatimVia popularVia erudita

CathedraCadeiraCtedra

CogitareCuidarCogitar

IntegruInteiroIntegro

MatreMemadre

OculuOlhoculo

SuperareSobrarSuperar

Exemplo de palavras convergentes:

Rio-nome (do latim rivu)

Rio-verbo rir (do latim rideo)

Evoluo Fontica

Processos de queda ou supresso

AfreseSupresso de um fonema no inicio da palavra

Exemplo: ainda > inda / atonitu > tonto

SncopeSupresso de um fonema no meio da palavra

Exemplo: calidu > caldo / viride > verde

ApcopeSupresso de um fonema no fim da palavra

Exemplo: Amore > amor / sic > si

Processos de adio

PrteseAcrescentamento de um fonema no inicio da palavra

Exemplo: lembrar > alembrar / thunu > atum

EpnteseAcrescentamento de um fonema no interior da palavra

Exemplo: humile > humilde / creo > creio

ParagogeAcrescentamento de um fonema no final da palavra

Exemplo: flor > flore / ante > antes

Processos de alterao

AssimilaoFonemas prximos tornam-se iguais (assimilao completa) ou semelhantes (assimilao incompleta)

Exemplo: Persicu > pssego / Ipse > esse

Dissimilao um processo de certo modo contrrio assimilao. Consiste em evitar dois sons iguais ou semelhantes na mesma palavra, por isso um deles torna-se diferente ou desaparece

Exemplo: rostru > rosto / liliu > lrio

NasalaoUm fonema oral torna-se nasal por influncia de um fonema nasal

Exemplo: canes > ces / fine > fim

DesnasalaoConsiste na perda da ressonncia nasal de algumas vogais

Exemplo: Bona > ba > boa / cena > cea > ceia

VocalizaoAs consoantes passam a vogais

Exemplo: Multu > muito / octo > oito

SonorizaoAs consoantes surdas entre vogais transformam-se nas consoantes sonoras correspondentes.

Exemplo: amicu > amigo / totu > todo

PalatizaoUm som ou grupo de sons torna-se palatal

Exemplo: planu > cho / flama > chama

MetfeseConsiste em os fonemas mudarem de lugar, dentro da palavra. um processo muito importante, que ainda hoje se verifica com a frequncia, nomeadamente na linguagem popular.

Exemplo: semper > sempre / primariu > primeiro

Formao de Palavras

DerivaoEm que existe um radical e um ou mais afixos:

Chuvoso- chuv (radical) oso (sufixo)

Renovar- re (prefixo) nov (radical) ar (sufixo)

Composio

Em que existe mais de um radical ou palavra:

Amor-perfeito amor (nome) perfeito (adjetivo)

Telecomunicao tele (radical) comunicao (nome)

Palavras Primitivas e DerivadasPalavras PrimitivasChamam-se primitivas as palavras que no so formadas a partir de nenhuma outra

Exemplo: gua, fazer, etc

Palavras DerivadasChamam-se derivadas aquelas palavras que se formam a partir de outra gua, fazer a qual se juntou um ou vrios prefixos ou sufixos:

Exemplo: aguadeiro, aguar, desaguar, desfazer, refazer

Derivao

Existem trs processos de derivao propriamente dita:

-por prefixao

-por sufixao

-regressiva

Afixo: So os morfemas derivativos (prefixos e sufixos) que se juntam palavra primitiva, acrescentando uma nova tonalidade significao primitiva

Prefixo:

o afixo que se junta antes:

Exemplo: desfazer (des+fazer)

Sufixo

o afixo que se junta depois:

Exemplo: aguar (gua+ar)

Parassintese

Quando o prefixo e sufixo se aglutinam ao mesmo tempo ao radical, sem se poder conceber uma palavra intermdia:

Exemplo: repatriar (re+pat+riar)

Composio

Morfossinttica uma das formas de ligao de duas palavras primitivas.

Quando da ligao de duas palavras resulta uma palavra nova com apenas uma slaba acentuada, a palavra resultante diz-se morfossinttica.Exemplo: filho de algo > fidalgo / perna + alta > pernalta

Nome + Nome ou Adj. + Adj.

Ex: rdio gravador (N + N); surdo mudo (adj. + adj.) plural: s/s

b)Nome + Nome (a 1 palavra a dominante, pelo que s ela se flexiona no plural)

Ex: palavra(s)-chave; decreto(s)-lei

c)Verbo + Nome (no singular) apenas flexiona o Nome

Ex: picapau(s)

d)Verbo + Nome (no plural) no se verifica contraste nem flexo

Ex: saca-rolhasMorfolgicaASSOCIAO DE UM OU MAIS RADICAIS A OUTRO RADICAL OU PALAVRA - a flexo no plural s se faz no final

a) Os dois ou mais radicais tm igual contribuio para o significado da palavra composta Este caso acontece quando conseguimos substituir o hfen pelo e

Ex: socioeconmico; afro-luso-indiano

b)Na associao de radicais (geralmente compostos eruditos, gregos ou latinos), o primeiro tem valor dominante

Ex: proto-histria Exemplo: arroz-doce / passatempo

Compostos eruditos

Existem, ainda na nossa lngua, muitas palavras formadas por radicais gregos e latinos, designadas por compostos eruditos.

Exemplo: termo-metro > termmetro

Relaes Grficas e Fonticas

HomonmiaQuando temos duas palavras graficamente iguais, mas com origem e significados diferentes, estamos perante palavras homnimas

Exemplo: O rio continuava a correr pelo leito / Rio sempre que ouo uma boa piada

HomofoniaQuando temos duas palavras com significados e grafia diferentes mas foneticamente iguais, estamos perante palavras homfonas

Exemplo: Quando soar o sinal samos / O esforo que fizemos fez-nos suar bastante

HomografiaQuando temos duas palavras com significados e pronncias diferentes mas grafias idnticas, estamos perante palavras homgrafas.

Exemplo: A PSP policia o bairro de Chelas / Toda a polcia tem farda azul

ParonmiaQuando temos duas palavras com significados diferentes mas foneticamente muito prximas estamos perante palavras parnimas

Exemplo: Levo quatro livros / o meu quarto grande

Hipernimos e HipnimosHipernimosfrutaroupaVertebrados

HipnimosMa

Cereja

Cenoura

melanciaVestido

Casaco

Luvas

saiaCrocodilo

Tartaruga

Rato

Pssaro

Sintaxe

Coordenao e Subordinao

SistematizaoQuando as palavras se organizam em frases obedecem a regras especificas (de concordncia, de ligao de frases, etc) e assumem determinadas funes (sujeito, predicado, etc)

Os estudos dessas regras e funes designa-se por sintaxe

Quando a frase complexa, as oraes esto ligadas entre si atravs de um processo de coordenao ou de subordinao.

Coordenao um processo de ligao de frases independentes que podemos associar de diversas maneiras.

As frases assumem a designao de coordenadas, as conjunes designam-se por coordenativas

Conjunes CoordenativasCopulativasAdversativasDisjuntivasConclusivas

E

Nem

No smas tambmMas

Porm

Todavia

ContudoOu

Ora..ora

QuerQuer

Sejaseja

NemnemLogo

Pois

Portanto

Por conseguinte

Conjunes Subordinativas adverbiaisTemporaisQuando, apenas, enquanto, antes que, depois que, desde que, medida que

CausaisPorque, pois, como, visto que, j que, pois que

ConcessivasEmbora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, por mais que, nem que

CondicionaisSe, caso, salvo se, desde que, a menos que, a no ser que

FinaisPara que, a fim de que

Consecutivas(tal) que, (tanto) que, (to) que

Comparativas(mais, menos, maior, menor, melhor, pior) do que, (tal) qual, como, assim como, bem como, como se

Preposio uma palavra invarivel que liga dois termos (palavras ou conjunto de palavras) normalmente pertencentes mesma orao, assinalando que o sentido do primeiro termo explicado ou completado pelo segundo.

Preposies

AComDurantePeranteSem

AnteContraEmPorSob

ApsDeEntreSalvoSobre

Atdesdeparasegundotrs

Locues Prepositivas

Abaixo de

Acerca de

Acima deA fim de

Ao lado de

Ao redor deA par de

Por entre

Por sobre

Interjeio uma palavra e locuo interjetiva uma expresso, ambas de carter sugestivo, usadas para traduzir sentimentos, emoes, reaes de maneira espontnea. As interjeies e locues interjetivas so usadas frequentemente nas frases de tipo exclamativo e com ponto de exclamao.

Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre

Discurso direto e discurso indireto

Na escrita, o discurso direto caracteriza-se pela utilizao de alguns sinais grficos que permitem identificar as falas das personagens: dois pontos, pargrafo, travesso, aspas e itlico.

O discurso indireto, por sua vez, no apresenta estes sinais grficos, apresenta um relato feito apenas por um narrador e so feitas vrias alteraes: nos pronomes pessoais utilizados, nos determinantes possessivos e demonstrativos, nos tempos verbais, nos advrbios, etc. o quadro seguinte apresenta vrios exemplos destas transformaes.

Discurso diretoDiscurso indireto

Pronomes pessoais de 1 e 2 pessoas:

eu, tu

me, te

mim, comigo, te, contigo

ns, vs

nos, vos

connosco, convosco

Exemplo:

Eu quero ver-te mais bem-disposto. disse o pai ao Joo.Pronomes pessoais de 3 pessoa:

ele, ela

o, a, lhe, se

ele, ela

eles, elas

os, as, lhes, se

eles, elas

O pai (ele) disse ao Joo que queria v-lo mais bem-disposto.

Determinantes e pronomes possessivos de 1 e 2 pessoas:

Meus, meus, minha, minhas, nosso, nossa, etc.

Exemplo:

Guardei os meus brinquedos de pequenina no velho sto da minha casa. confidenciou a Maria.Determinantes e pronomes possessivos de 3 pessoa:

Seu, seus, sua, suas, dele, dela, delas

Exemplo:

A Maria confidenciou que tinha guardado os seus brinquedos de pequenina no velho sto da sua casa.

Determinantes e pronomes demonstrativos que indicam proximidade em relao ao locutor ou interlocutor:

este, esta, isto

esse, essa, isso

Exemplo:

- Este rapaz mesmo teimoso! gritou o Jos.Determinantes e pronomes demonstrativos que indicam afastamento em relao ao locutor ou interlocutor:

aquele, aquela, aquilo

Exemplo: O Jos gritou que aquele rapaz era mesmo teimoso.

TEMPOS E MODOS VERBAIS

Presente do Indicativo

Exemplo:

No pinto mais hoje. decidiu o Rui.

Presente do indicativo com valor de futuro

Exemplo:

Pinto o resto do quadro amanh. prometeu o Rui.

Pretrito perfeito do indicativo

Exemplo:

J leste o livro? perguntou a professora Joana.

Futuro do indicativo

Exemplo:

Danarei toda a noite! garantiu a Rita.

Modo imperativo

Exemplo:

No percas o autocarro! recomendou a me.

Presente do conjuntivo

Exemplo:

provvel que encontremos o meu tio na feira. afirmou o Jos.

Futuro do conjuntivo

Exemplo:

Paulo, quando partires, leva contigo as rosas. disse a Helena.

Verbo vir

Exemplo:

Vens (verbo vir) comigo festa? perguntou a Marlia amiga.

Verbo trazer

Exemplo:

Trouxe o meu pijama para dormir aqui. disse a Isabel. Pretrito Imperfeito do Indicativo

Exemplo: O Rui decidiu que nesse dia no pintava mais.

Modo condicional

Exemplo:

O Rui prometeu que pintaria o quadro no dia seguinte.

Pretrito mais-que-perfeito do indicativo

Exemplo:

A professora perguntou Joana se j lera (ou tinha lido) o livro.

Modo condicional

Exemplo:

A Rita garantiu que danaria toda a noite.

Pretrito imperfeito do conjuntivo

Exemplo:

A me recomendou ao filho que no perdesse o autocarro.

Pretrito imperfeito do conjuntivo

Exemplo:

O Jos afirmou que era provvel que encontrassem o seu tio na feira.

Pretrito imperfeito do conjuntivo

Exemplo:

A Helena disse ao Paulo que quando partisse levasse consigo as rosas consigo.

Verbo ir

Exemplo:

A Marlia perguntou amiga se esta ia (verbo ir) com ela festa.

Verbo levar

Exemplo:

A Isabel disse que levara o seu pijama para dormir l.

Advrbios e locues adverbiais com valor temporal e espacial

Advrbios e locues adverbiais com valor temporal

agora, j, neste momento

ontem

hoje

amanh

logo

h pouco

daqui a pouco

no ano passado

h um ms

na prxima semana

Exemplos:

Hoje muda a hora. avisou a Cludia.

Agora passemos sala de jantar. props a Ana.

Advrbios e locues adverbiais com valor locativo (espao)

aqui, c,

a, ali, l, acol

Exemplo:

aqui que o Simo trabalha. disse o Manuel.

Vocativo

Exemplo:

Susana, j mudaste de casa? perguntou o Henrique.

Frase interrogativa direta

Exemplo:

J chegou a encomenda? perguntou a Matilde.Advrbios e locues adverbiais com valor temporal

naquele momento, imediatamente, logo

na vspera, no dia anterior

naquele mesmo dia, nesse dia

no dia seguinte

depois

um pouco antes

dali a pouco

no ano anterior

um ms antes

na semana seguinte

Exemplos:

A Cludia avisou que nesse dia a hora mudaria.

A Ana props que passassem sala de jantar naquele momento.

Advrbios e locues adverbiais com valor locativo (espao)

ali, l

l, naquele lugar

Exemplo:

O Manuel disse que era ali que o Simo trabalhava.

O vocativo desaparece ou passa a desempenhar a funo de complemento indireto.

Exemplo:

O Henrique perguntou Susana/perguntou-lhe se j mudara de casa.

Frase interrogativa indireta

Exemplo:

A Matilde perguntou se j tinha chegado a encomenda.

Estrutura Interna:

-Proposio

-Invocao

-Dedicatria

-Narrao

Estrutura Externa:

-Narrativa em Verso

Insero de consideraes do poeta no texto

Interveno do Maravilhoso

/

Supernatural

Narrao

In media Res

(A narrao inicia-se j a ao decorria)

Ao

-Unidade

-Variedade

-Verdade

-Integridade

Protagonista=

Heri

Epopeia

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