Resumo em tópicos - Capítulo 1 - Doze lições sobre história
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Doze lições de |História – Antoine Prost
Capitulo I:I-A profissão de Historiador
A- A organização de uma comunidade científica:1 – A profissão do historiador se origina na transição da década de 1880;2 – Os republicanos objetivavam criar na França um verdadeiro ensino superior;3 – A construção da profissão de historiador fundamentou-se no empreendimento da “cientificização” da história. 4 – A hierarquia dupla (estatutária e geográfica) dos postos nas faculdades possibilitou a organização de carreiras;5 – Adoção, pela corporação, de critérios de admissão e de exclusão;6 – Entre 1870 e 1914, a profissão de historiador constituída nas faculdades permaneceu vinculada ao ensino médio;7 – A ligação da profissão de historiador ao ensino médio justificava o forte vínculo que unia a história à geografia.
B – A escola dos Annales e a história-pesquisa1 – Uma revista de combatea) A profissão de historiador se beneficiou, no universo acadêmico, no final do século
XIX, pela sua função social e pela história constituir um modelo metodológico para outras disciplinas;
b) Desde 1898, Tal predomínio foi ameaçado pela emergência da sociologia com Durkheim e a revista Année sociologique;
c) Os sociólogos fracassam em se constituir como profissão;d) Tres fatores influenciaram na mudança da organização da profissão de historiador:
o definhamento das faculdades de letras, a criação dos Annales e a do Centre national de recherche scientifique [Centro Nacional de Pesquisa Científica];
e) Os Annales combatia a concepção dominante da história e reivindicava para a história de uma posição privilegiada no campo das ciências sociais, ainda em estruturação.
2 – A institucionalização de uma escolaa) Os Annales, após a guerra, persistiam em seus propósitos em um contexto
diferente;b) Houve a criação de postos para orientadores ou para pesquisadores;c) A história conservou sua posição privilegiada renovando sua legitimidade
científica;d) “tornou-se possível fazer todo o tipo de história: a extensão ilimitada das
curiosidades históricas tratadas acarretou o fracionamento dos objetos e dos estilos em análise” (p.42)
C – A fragmentação da profissão1-Polos de influênciaa)A profissão de historiador manifestou-se entre três polos de influência desigual: Polo universitário, o mais poderoso pelo número e pela diversidade de seus
integrantes e atividades;
Polo da EHESS, fortalecida pelo CNRS. Aqui as pesquisas são mais livres e a inovação é mais facilitada;
“O terceiro polo é menos coerente por ser constituído por algumas grandes instituições, tais como a Écolo française Rome, dedicada à Antiguidade e à Idade Média, e, sobretudo, o Institut d’etudes politiques de Paris [I.E.P.], direcionado para a história política contemporânea” (p. 44)
b)Existe intercâmbio entre os três polos;c)Atualmente, o controle da mídia e o acesso ao grande público detêm uma
importância profissional;2 - Um mercado desreguladoa) Defesa da tese de um mercado de um duplo mercado (pares e massa) para a área
tanto da história, quanto das outras ciências sociais;b) A avaliação feita pelos pares ocorre muito mais lentamente que a do outro
mercado;c) Necessidade de uma arbitragem científica reconhecida;d) Existe um grande número de colóquios, mas nem todos possuem uma justificação
do ponto de vista científico.