Resumo educação e diferença CANDAU e LEITE

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Formação de Professores Prática Pedagógica II Professor William de Góes Ribeiro Resumo de texto O texto nos apresenta um resumo que aborda a importância da psicologia como ciência auxiliar da educação. Ciência essa que hora se coloca como auxiliar, e hora se coloca como determinante do caminho de métodos que a educação se dedica de acordo com o momento histórico. As correntes/escolas da psicologia norteiam a práxis educacional de acordo com o paradigma dominante. O behaviorismo com Watson e Skinner e sua concepção de educação como modelagem comportamental vem para conformar o educando a um modelo dominante e socialmente aceitável e, com isso ignora-se o background cultural do educando e toda a contribuição que ele pode trazer para o processo, produzindo muitas vezes o fracasso escolar. Não consigo entender que esse fracasso seja imposto ao educando como único culpado disso, o fracasso na verdade é de uma escola que é incapaz de conformar a todos. Entendo que uma das propriedades da cultura, segundo a concepção de Freire, (1980, p. 109) é a resistência (conceito meu) e ela é que permite a não conformidade que produz o fracasso escolar. O autor critica o fato de certas análises serem repletas de justificativas e pressupostos psicológicos e serem pouco nutridas de uma abordagem sócio-cultural, CANDAU, Vera Mª & LEITE, Miriam S. Diálogos entre diferença e educação. Disponível em www.gecec.pro.br/ARQUIVOS/Dialogos.pdf?ID_MSG=1 em 06/10/2010

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Formação de Professores

Prática Pedagógica II

Professor William de Góes Ribeiro

Resumo de texto

O texto nos apresenta um resumo que aborda a importância da

psicologia como ciência auxiliar da educação. Ciência essa que hora se coloca

como auxiliar, e hora se coloca como determinante do caminho de métodos

que a educação se dedica de acordo com o momento histórico.

As correntes/escolas da psicologia norteiam a práxis educacional de

acordo com o paradigma dominante. O behaviorismo com Watson e Skinner e

sua concepção de educação como modelagem comportamental vem para

conformar o educando a um modelo dominante e socialmente aceitável e, com

isso ignora-se o background cultural do educando e toda a contribuição que ele

pode trazer para o processo, produzindo muitas vezes o fracasso escolar. Não

consigo entender que esse fracasso seja imposto ao educando como único

culpado disso, o fracasso na verdade é de uma escola que é incapaz de

conformar a todos. Entendo que uma das propriedades da cultura, segundo a

concepção de Freire, (1980, p. 109) é a resistência (conceito meu) e ela é que

permite a não conformidade que produz o fracasso escolar. O autor critica o

fato de certas análises serem repletas de justificativas e pressupostos

psicológicos e serem pouco nutridas de uma abordagem sócio-cultural,

CANDAU, Vera Mª & LEITE, Miriam S. Diálogos entre diferença e educação.

Disponível em www.gecec.pro.br/ARQUIVOS/Dialogos.pdf?ID_MSG=1 – em

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Resumo - Diálogos entre diferença e educação. Disponível em

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Jeferson Rodrigues da Silva - 2005.1.02724-11 – Licenciatura em Geografia 2

percebe-se uma inserção das ciências sociais nas discussões do campo

educacional.

Como tentativa de compreensão do universo do educando, as teorias

multi/interculturalistas servem de base para a práxis, e sem dúvida alguma,

vem de encontro e auxílio aos educadores e educadoras que se permitem não

entrar no processo de hierarquização e entendem que o que o educando traz

consigo é também e tão importante quanto aquilo que ele ou ela tem a passar e

muitas vezes também não faz parte de sua vivência! Por vezes "Se conhecem

poucas Evas e não se come uvas".

O autor destaca visões e perspectivas inter/multiculturalista acerca da

educação. Dentre elas podemos destacar Freire, inclusive apresenta-se um

conceito de cultura utilizado pelo referido autor.

É destacado também o relativismo pertinente ao multiculturalismo crítico

que é aplicado na Educação

“Eu acho que a questão do multiculturalismo, junto com a dimensão pós-moderna, as coisas se misturaram aí, quer dizer, com uma compreensão que eu acho muito comodista. Agora tudo é assim, tudo pode, e não tem valores, não tem crença, ou cada um que fique com a sua... Isso para mim é um descompromisso com as necessidades, é uma forma de dizer „eu não dou conta mesmo das respostas. Então, que a coisa... que flua de qualquer jeito...‟” (professora Júlia) (p. 11)

A crítica da professora Júlia se faz necessária, mas deve ser alvo de

reflexões. De fato a escola não está capacitada para dar conta de toda e

qualquer diversidade, contudo creio que esta deve estar aberta a apreender e

trabalhar com aquela que se apresente a ela.