Resumo do Relatório de Responsabilidade Corporativa 2007€¦ · É para mim uma grande...

Resumodo Relatório deResponsabilidadeCorporativa

2007

03Principais indicadoresEconómicos, Sociais eAmbientais

0418Criaçãode Valor

1152GestãoAmbiental

Índice

0944A aposta naTecnologia

0630Clientes

0838Parte daComunidade

Este documento constituiu um resumo dos temas que a companhia considera mais relevantes para os seusgrupos de interesse. Para mais informação sobre odesempenho da CEPSA no âmbito económico, social ouambiental visite a página da CEPSA www.cepsa.com.

0208A CEPSA e aResponsabilidadeCorporativa

02Mensagemdo Presidente

0104Perfil daCompanhia

0314AbastecimentoEnergético

1048Gases comEfeito de Estufa

64Anexo:Glossários

0734Fornecedores

0522Empregados

É para mim uma grande satisfaçãopessoal apresentar este Relatório deResponsabilidade Corporativa 2007, no qual a CEPSA dá a conhecer asdiversas iniciativas realizadas a cabopara, referindo alguns dos propósitos,atrair e manter os nossos profissionais,reduzir o impacto das nossasactividades no meio ambiente,conseguir o apoio dos nossosaccionistas e reforçar o compromissocom os nossos clientes. Penso queestas acções contribuem para alcançaros objectivos de negócio, permitindo-nos simultaneamente obter a confiança social necessária paracontinuarmos a destacar-nos comoempresa responsável.

São mais de 11.000 os profissionaisque trabalharam ao longo de todo este ano na CEPSA. Graças à suaexcelência operacional, à suaexperiência e à sua cultura corporativaassociada aos valores do respeito,transparência, qualidade, segurança e compromisso com os objectivosempresariais, a Companhia tambémconseguiu progredir no âmbito daresponsabilidade corporativa.

Tratou-se de um Exercício complexo parao nosso sector, sobretudo pelos preçosaltos do petróleo, impulsionados, emgrande medida, pela força da procuraliderada pelos países emergentes. E segundo as previsões da AgênciaInternacional da Energia, esta situaçãovirá a prolongar-se e o consumo dopetróleo continuará a aumentar nospróximos anos.

Por esse motivo, como empresa dosector, somos levados a confrontar-noscom o desafio de conjugar a satisfaçãoda necessidade de energia com aprocura social de um desenvolvimentosustentável. A CEPSA tem vindo a apoiá-lo e a desenvolver os projectosnecessários para tornar realidade estepropósito, mediante uma utilizaçãoeficiente dos recursos e colocandoum especial interesse no cuidadocom o meio ambiente.

Conscientes do nosso compromisso coma sociedade, na CEPSA temos vindo atrabalhar há anos para melhorar os nossoscomportamentos. Ao longo deste relatório,poderão encontrar alguns dos avançosque conseguimos e que me aprazapresentar-vos. Entre eles, gostaria desublinhar que nos últimos dez anos onúmero de trabalhadores não parou decrescer; que os acidentes de trabalhodiminuíram de forma substancial; queaplicamos as medidas mais avançadaspara a poupança e a eficiênciaenergéticas; que o esforço para melhoraras relações com os nossos clientes está a ter resultados positivos e queincrementámos os contactos e ointercâmbio de informação com os nossosvizinhos nas instalações industriais.

Continuamos também a fortalecer odiálogo com os nossos grupos deinteresse, a fim de incorporar assugestões positivas que nos apontam.Neste sentido, procedeu-se a um novoprocesso de consulta para a elaboraçãodeste relatório, o qual seguiu asdirectrizes do guia G3 da GlobalReporting Initiative. E a adesão ainiciativas como o Pacto Mundialserve-nos de referência para continuara desenvolver a nossa actividade numquadro de responsabilidade.

Por último, quero realçar a minhasatisfação pelo reconhecimento que oRelatório de Responsabilidade Corporativada anterior edição recebeu por parte doInstituto do ICJCE (Instituto de CensoresJurados de España - Instituto de Revisoresde Contas de Espanha), ao ter sidofinalista na VI edição do Prémio da MelhorMemória de Sustentabilidade dasempresas espanholas.

Estou convencido de que o conteúdodeste relatório servirá para sublinharo nosso firme compromisso com aResponsabilidade Corporativa e acreditoque a sua leitura fá-lo-á apreciar osnossos ganhos nesta área.

Carlos Pérez de BricioPresidente e Administrador-Delegadoda CEPSA

Mensagemdo Presidente

Principais indicadoresEconómicos, Sociais eAmbientais

Dimensão económica 2007 2006 2005Financeiros e operacionaisCrude produzido (working interest1) (Milhões de barris/ano) 42,3 41,6 40,0Crude destilado (Milhões de toneladas) 21,8 21,7 21,5Crude líquido comercializado (Milhões de barris/ano) 7,2 8,7 9,9Produtos comercializados, sem incluir as vendas de crude (Milhões de toneladas) 30,4 30,0 29,8Volume de negócios líquido (Milhões de euros) 18.888 18.474 16.188Resultado operacional2 (Milhões de euros) 1.120 1.153 1.528Resultado operacional recorrente3 (Milhões de euros) 956 1.089 1.276Investimentos realizados no exercício (Milhões de euros) 635 581 551

Criação de valorImpostos pagos4 (Milhões de euros) 2.995 2.863 2.903Valor económico criado (Milhões de euros) 21.470 21.064 18.663Valor económico distribuído (Milhões de euros) 20.875 20.214 17.783Valor acrescentado (Milhões de euros) 1.965 2.082 2.124Valor económico retido5 (Milhões de euros) 596 850 880Dividendos pagos aos accionistas no exercício (Milhões de euros) 342 346 309Dividendos por acção (euros) 1,25 1,25 1,25Benefícios para os empregados6 (Milhões de euros) 493 477 441Subvenções recebidas das administrações7 (Milhões de euros) 22,7 2,1 0,2

Dimensão social 2007 2006 2005EmpregadosNúmero de empregados 11.398 11.096 10.783Número de admissão de empregados 1.204 1.156 848Número de demissões de empregados 1.173 914 670Rotação de empregados 517 458 359Média de horas de formação por empregado 45,86 46,15 47,33

Segurança e saúde laboralNúmero de acidentes de trabalho com baixa 112 127 167Índice de frequência de acidentes 5,40 6,33 8,58Índice de gravidade dos acidentes 0,10 0,14 0,8Índice de absentismo por doença comum 3,66 3,78 3,58Absentismo laboral (%) 4,82 5,08 4,66Horas de formação de empregados próprios em segurança e saúde 102.366 80.113 52.027

Comunidades locaisInvestimento em acções de responsabilidade empresarial (Milhões de euros) 3,2 3,2 2,3

Dimensão ambiental 2007 2006 2005Emissões por área de negócio:Refinação (t de CO2 equivalente / t de crude tratado) 0,147 0,150 0,155Petroquímica (t de CO2 equivalente / t de produto obtido) 0,226 0,209 0,272Exploração e Produção (t de CO2 equivalente / t de petróleo líquido) 0,044 0,065 0,061Cogeração (t de CO2 equivalente / MWh total aproveitado) 0,236 0,241 0,241Ciclo combinado misto (t de CO2 equivalente / MWh de electricidade líquida produzida) 0,398 0,406 0,385Emissões de CO2 (Quilotoneladas) 6.005 5.976 6.571Horas de formação dos empregados em meio ambiente 6.601 3.959 --

1 Produção total participada, calculada antes de aplicadas as condições contratuais no caso de contratos de distribuição de produção.2 Resultado operacional: resultado económico bruto de exploração – amortizações e deterioração de activos – provisões operacionais – provisões de circulante.3 Sem incluir elementos não recorrentes (principalmente, a diferença produzida entre a valorização de stocks a custo médio unitário relativamente ao custo de reposição.4 Inclui o imposto especial sobre hidrocarbonetos, tributos fiscais, imposto sobre sociedades, impostos sobre vendas a retalho de determinados hidrocarbonetos.5 Valor económico retido: diferença entre o valor económico criado e o distribuído.6 Inclui salários e similares, contribuições e dotações para pensões, a segurança social a cargo da empresa e despesas com formação.7 Inclui as subvenções recebidas da União Europeia, das Comunidades Autónomas, da Administração Central e outros.

02 03Resumo do Relatório de Responsabilidade Corporativa 07 CEPSA

CEPSA I 05

Marcos e reconhecimentos ano de 2007 I 06

01Perfil daCompanhia

A Compañia Española de Petróleos, S.A.lidera um grupo industrial cujo núcleode actividade consiste na refinação ena comercialização dos seusderivados. Dispõe de uma áreapetroquímica, altamente integrada coma de refinação, em que são fabricadase comercializadas matérias-primas paraa elaboração de produtos de valoracrescentado utilizados por um vastoconjunto de indústrias. A Companhiadesenvolve ainda outras actividadesrelacionadas com o seu âmbito deactuação, como a exploração eprodução de hidrocarbonetos,o gás natural, e a produção ecomercialização de electricidade.

Conta com uma notável presençaem Espanha e, através de umaprogressiva internacionalização dassuas actividades, desenvolve tambémos seus negócios na Argélia, Brasil,Canadá, Colômbia, Egipto, Panamá,Peru e Portugal, comercializando osseus produtos em todo o mundo.

Actividades• Exploração e Produção de crude

e gás natural.

• Refinação, distribuição e vendade derivados petrolíferos epetroquímicos básicos.

• Fabrico e venda de produtospetroquímicos.

• Criação, compra e venda deelectricidade e gás natural.Participação na construção eoperação de um novo gasoduto.


CEPSA�

48,8331,65

9,54

54,98

Distribuição docapital da CEPSA(A 31 de Dezembro de 2007)(%)

� ODIVAL* � Santander� Unión Fenosa � IPIC� Bolsa

* 100% Total*

� www.cepsa.com.

Perfil daCompanhia01

Marcos e reconhecimentosano de 2007

Exploração e Produção

• Assinatura com o Egipto do Contrato de Concessão do Bloco South Alamein, emvirtude do qual será realizado, na primeira fase do programa de exploração, um investimento de 20 milhões de dólares.

• Início das actividades de exploração de petróleo no Peru, tendo adquirido 80% de Incremento de actividades de exploração um contrato para a exploração e produção de hidrocarbonetos no Bloco 127, a de petróleo e gás.noroeste do país andino.

• Início das actividades de exploração na região de Los Llanos, na Colômbia, depois depois da assinatura de vários contratos da CEPSA como operadora.

Abastecimento e refinação

• Execução, na refinaria “Gibraltar-San Roque”, do projecto SORBEX,que produzirá 50.000 toneladas por ano de metaxileno destinado a uma das unidades petroquímicas da CEPSA para fabrico de matéria-prima para o sector do poliéster. Execução do projecto SORBEX.

• Execução de um plano de investimento para o aumento da capacidade de produçãodas refinarias de destilados médios, nos quais a Espanha é deficitária.

• Nível de utilização das refinarias: 96% da sua capacidade normal.

Distribuição e comercialização

• Como consequência da entrada em vigor da disposição normativa SECA II (Sulphur Emisión Control Area), que define as zonas de controlo de emissões de óxido de enxofre no Mar do Norte, aumentou a procura de fuelóleos de baixo teor de enxofre (LSFO). A CEPSA adaptou a sua estratégia às novas necessidades,disponibilizando este produto em vários portos da Espanha continental edas Ilhas Canárias.

• Incorporação de biodiesel no gasóleo A e desenvolvimento da comercialização Incorporação de biodiesel no gasóleo A.de AdBlue, através da marca EcoBlue, que permite aos veículos industriais comtecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction /Redução Catalítica Selectiva) diminuir as emissões de NOx e de partículas.

• Execução do Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados (SIGAUS).

• A penetração da gama ÓPTIMA de carburantes, que reduz o consumo e asemissões, atinge 15% das vendas da CEPSA.


Petroquímica

• Nova unidade de fenol na ERTISA, matéria-prima para o fabrico de plásticos Nova unidade de Fenol.de nova geração.

Gás natural e electricidade

• Aumento do número de clientes e da quota de mercado.

• Avanço nas obras de construção do gasoduto MEDGAZ, tanto na parte marítima, Avanço na construção do com a ligação de 2/3 da tubagem necessária para o trajecto submarino, como na gasoduto MEDGAZ.terrestre, com a finalização da engenharia de pormenor e o começo dos trabalhos de construção civil em Beni-Saf e em Almeria.

Reconhecimentos

• A Canadian Gold Award for Climate Change, instituição que promove o registo voluntário dosgases com efeito de estufa (GEE) das empresas canadianas, atribuiu à PETRESA Canadá o Gold Level Award pelo plano de acção apresentado para a redução dos GEE.

• A ERTISA* obtém a Etiqueta de la Fundación Doñana 21 (distintivo da Fundação Doñana 21), que evidencia a gestão responsável levada a cabo diariamente através do cumprimentodas exigências internacionais de qualidade, de respeito pelo meio ambiente e pelo meio sociale económico em que desenvolve a sua actividade.

• A DETEN* obtém do Fórum de Estágio da Bahia, iniciativa presidida pelo A PETRESA Canadá recebe a medalhaInstituto Euvaldo Lodi, na categoria de média empresa, o Prémio Melhores Práticas de ouro da Canadian Gold Award de Estágio, que reconhece a DETEN Química como a companhia com o melhor for Climate Change.programa de formação para os estudantes que fazem o seu estágio.

A DETEN recebe o prémio pelo melhor• A PETRESA* é finalista no VIII Prémio Excelência Andaluz na modalidade de Gestão programa de formação para estudantes

Socialmente Responsável (categoria de grandes empresas), promovido pelo Departamento em estágio do Fórum de Estágio da Bahia.de Inovação, Ciência e Empresa da Junta da Andaluzia com o apoio do Centro Andaluz.

Relatório de Responsabilidade Corporativa• A refinaria “La Rábida” recebe da Universidade de Huelva a Medalha de Ouro 2006, finalista dos prémios ICJCE/AECA.

como reconhecimento do apoio concedido ao longo dos 20 anos da sua existência.

• A PETRESA Canadá* é galardoada com o prémio Safe Handling Award atribuídopela empresa ferroviária Canadian National.

• O Relatório de Responsabilidade Corporativa 2006 é finalista na VI edição do Prémio daMelhor Memória de Sustentabilidade das empresas espanholas, atribuído pelo ICJCE (Instituto de Censores Jurados de Cuentas de España - Instituto de Revisores de Contas de Espanha) e pela AECA (Asociación Española de Contabilidad y Administración deEmpresas - Associação Espanhola de Contabilidade e Administração de Empresas).

* Filial química da CEPSA. Em Maio de 2008, as filiais petroquímicas da CEPSA, a ERTISA, a INTERQUISA e a PETRESA fundiram-se numa nova sociedade denominada CEPSA Química.

O nosso compromisso I 09

Marcos 2007 / Desafios 2008 I 09

Processo de consulta com os grupos de interesse I 10

Modelo de Governo Corporativo I 11

Gestão de riscos I 11

A posição da CEPSA perante as políticas públicas I 12

A CEPSA e aResponsabilidadeCorporativa802

8 No Relatório de Responsabilidade Corporativa 2006, no capítulo “Os anos 2007 e 2008 para a CEPSA em matéria de Responsabilidade Corporativa”, pormenorizou-se um conjunto de desafiospara desenvolver nesses anos. Procedeu-se de modo a dar atenção aos mesmos nss diferentes abordagens de Marcos 2007 e Desafios 2008 que irá encontrar ao longo deste relatório.

O nosso entendimentosobre a responsabilidadecorporativa

Para a CEPSA, a responsabilidadecorporativa consiste em alcançar aexcelência operacional na gestãoempresarial, melhorando os aspectosem que tem experiência e dandoresposta aos desafios que se lheapresentam e, por fim, adaptando-seàs necessidades e às expectativassociais. Este comportamento baseia-sena Missão, na Visão e nos PrincípiosInstitucionais.

Marcos 2007 Desafios 2008• 2.ª edição do processo de consulta a grupos de interesse no

âmbito da elaboração do Relatório de ResponsabilidadeCorporativa 2007.

• Melhoria nos sistemas de recolha e consolidação de informa-ção, especialmente nas áreas mais relevantes do ponto devista da responsabilidade corporativa.

• Avanço no princípio um do Pacto das Nações Unidas, coma implantação do procedimento de actuação para a investi-gação de denúncias de assédio sexual e moral.

• Desenvolvimento de acções de sensibilização junto dosempregados, com o objectivo de reforçar os valores daCompanhia relacionados com a responsabilidade corporativa.

• Continuar com o processo de consulta aos grupos de intere-sse da companhia.

• Avançar nas acções vocacionadas para dar resposta àsexpectativas dos grupos de interesse.

• Continuar com a aplicação dos 10 princípios do Pacto Mundial.

• Continuar com acções orientadas para a sensibilização dosempregados no âmbito da responsabilidade corporativa.

• Avançar na adaptação das práticas de governação em con-formidade com as recomendações do Código Unificado deBom Governo Corporativo.

Ser uma empresa em crescimento que cria emprego, produz riqueza e está comprometida com: a criação de valor e a salvaguardados interesses dos seus accionistas; a aposta na qualidade dos bens e serviços proporcionados aos seus clientes; a atenção àsnecessidades dos seus profissionais; a fixação de um modelo de confiança e de colaboração com os seus fornecedores; o bem-estar da sociedade e, em particular, o das comunidades em que opera; e tudo isto com o máximo respeito pelo meio ambiente ecom o menor impacto ambiental.

RespeitoCompromissoTransparência

QualidadeSegurança

Cumprimento

Bom

Gov

erno

Gruposde interesse

EmpregadosClientesAdministraçãoAccionistasSociedade

Missão Visão Diálogo

Gestão de Riscos

Princípios Institucionais

O nosso compromisso


A CEPSA e aResponsabilidade Corporativa02

A CEPSA está convencida de que a suacapacidade de criar valor está ligada àsua capacidade de compreender asexpectativas da sociedade. É isso que seencontra reflectido na sua Missão: “Somosuma empresa energética e petroquímicacompetitiva, voltada para os nossosclientes, respeitadora do meio ambiente e comprometida com a sociedade”.

A companhia, no seu empenho em avançarpor este caminho, estabeleceu a sua Visão:“Ser uma empresa responsável na gestãodos seus recursos e em todas as suasactuações perante os grupos de interesse”.

Os Princípios Institucionais fazem parteda cultura da companhia, têm por objectivoalcançar a confiança dos seus grupos deinteresse, tornam possível o cumprimentoda sua Missão e são o suporte para atingira sua Visão.

Nos seus produtosNos seus serviçosNas suas actividades

SegurançaNos seus processosNas suas instalaçõesNos seus serviçosNos seus produtos

RespeitoPelas pessoasPelos seus direitosPela sua diversidade

Compromisso Com a Visão e a MissãoCom os seus Princípios Institucionais

Transparência Na sua gestãoNa sua informação ao exterior

Qualidade

Missão, Visãoe PrincípiosInstitucionais

PrincípiosInstitucionaisda CEPSA

O diálogo com os grupos de interesse,baseado na transparência na gestão e nainformação, constitui um processo crítico naestratégia de responsabilidade corporativada CEPSA, na medida em que fomenta ofluxo de comunicação permanente.

A fim de conhecer as suas expectativas edeterminar os temas sobre os quais devea CEPSA debruçar-se, a Companhia voltou

Processo de consultacom os grupos de interesse Identificação dos

grupos de interesse

Entrevistas Grupos dediscussão

Sessõesinformativas

Relatório de Responsabilidade Corporativa2007

Sugestões de melhoria

a pôr em prática um processo deconsulta que se realizou através deentrevistas pessoais com dirigentesda CEPSA, dos grupos de discussãocom empregados e entrevistas comgrupos de interesse externos (ONG,membros do meio académico emeios de comunicação), além degrupos de interesse próximos dasprincipais instalações industriais.

As políticas e os procedimentos doGoverno Corporativo da Companhiaajudam e estabelecem pautas deactuação para que o conjunto daorganização atinja os objectivos gerais da empresa e para que sejam protegidosos interesses dos accionistas. Como tal,a sua estrutura está voltada para aconcretização dos seguintes objectivos:

• A criação de valor.• A satisfação dos seus clientes.• A melhoria do comportamento

ambiental, a eficiência energética, ocomportamento ético e a segurança.

O Conselho de Administração daCEPSA, entre outras atribuições, temcomo missão determinar as orientaçõesestratégicas e os objectivos económicos,além de assegurar que a Companhiaresponde às preocupações e àsnecessidades da sociedade em que se enquadram as suas actividades.

Para conseguir estes objectivos, oConselho de Administração criou no seuseio comissões com poderes delegadospara a função de supervisão econsultadoria. Actualmente, estãoconstituídas a Comissão Executiva, oComité de Auditoria e o de Nomeaçõese Retribuições.

A Companhia está a estudar a adaptaçãocompleta das suas práticas de governaçãoàs recomendações do Código Unificadodo Bom Governo Corporativo, algumasdas quais directamente relacionadas coma responsabilidade corporativa.

Modelo deGovernoCorporativo�

Gestãode riscos

� Mais informação no Relatório de Governo Corporativo em www.cepsa.com.


Certas situações não previstas, ligadasàs actividades e aos produtos com quelidam as empresas da CEPSA, poderãoter um impacto negativo nas pessoas,nos seus bens e no meio ambiente.

Os membros da cúpula directiva eos directores-gerais das diferentes áreasde negócio da Companhia supervisioname controlam periodicamente os riscos.

Riscosassociados àCEPSA

Riscos de mercado:Relacionados com a evolução e volatilidade dospreços do petróleo, bem como com as margensde fabrico e comercialização.

Respostaperante casosde crise

Riscos financeiros:Derivados da evolução dos mercados financeiros(variações da taxa de câmbio nas divisas e dastaxas de juro).

Riscos industriais e ambientais:Derivados das emissões para a atmosfera, paraa água, ou mediante a criação de resíduos, assimcomo os relacionados com a segurança dasinstalações e com o uso de produtos dacompanhia.

Riscos derivados da evolução dasdisposições legais:Alterações que poderão ter ocorrido nasdisposições legais aplicáveis e que podem afectara estrutura e os resultados da companhia.

Riscos de crédito a clientes:Derivados do não pagamento, por parte dosclientes, dos créditos comerciais.

Outros riscos:Contenciosos, tributários e de competência einspecção fiscais.

Riscos geológicos:Derivados das actividades de exploração.

Actuação não ética:Derivados de actuações ou formas deprocedimento desonestas.

Sistema de gestão de comunicação de crise

Riscos patrimoniais:Relacionados com os danos materiais (como por exemplo: maquinaria e controlo de poços de exploraçãoe produção de crude), danos aos trabalhadores por acidentes laborais, perda de benefícios por danosmateriais, responsabilidade civil decorrente de danos pessoais e materiais, e perda ou dano no transportede crude, produtos e equipamentos.

No âmbito da protecção ambiental, dasegurança e da qualidade, é o Comitéde PA.S.CAL (Protección Ambiental,Seguridad y Calidad - ProtecçãoAmbiental, Segurança e Qualidade)que tem a função básica de reverperiodicamente os riscos dessanatureza e propor, se for o caso,as medidas de adequação ou demodificação.

Durante o ano de 2007, a CEPSAprossegui com a sua pertença,participação e colaboração activa em fóruns, congressos e associaçõessectoriais9, nos quais têm lugar reuniõese mesas redondas para discutir eacordar posturas comuns do sector nos temas que o afectam. As posiçõestomadas servem de apoio às discussõesocorridas tanto com os organismosestatais nacionais como com as diversasdirecções gerais da Comissão Europeia(CE).

Os principais assuntos em que a CEPSAcentrou a sua actuação no ano de 2007foram:

• Política energética na Europa.• REACH (sigla em inglês de Registo,

Avaliação e Autorização desubstâncias e preparados químicos).

• Prossecução das especificações dosprodutos energéticos.

• Gestão de óleos usados.• Biocarburantes.• Meio ambiente: IPPC.• Gestão dos gases com efeito de

estufa (GEE)10.• Poupança energética.

Política energéticana Europa:actuação daCEPSA A CE apresentou em 2007 uma novapolítica com o objectivo de vir acomprometer-se decididamente comuma economia de baixo consumo deenergia, mais segura, mais competitiva emais sustentável. Em Janeiro de 2007,publicou o “Pacote energético”, comuma série de disposições que incluirecomendações, acções, medidas epropostas, todas elas relacionadas coma energia na Europa.

A CEPSA, através da EUROPIA11

(European Petroleum IndustryAssociation), da AOP e da FEIQUE,manifestou o seu apoio para conseguiros objectivos prosseguidos pela CE.Trabalhou também, conjuntamente comas companhias europeias de refinação,na elaboração dos posicionamentoscomuns do sector, em cada um dostemas desenvolvidos no “pacoteenergético”.

REACHEste novo regulamento, que entrou emvigor em Junho de 2007, foi propostopelo Parlamento Europeu e peloConselho da Europa e substituiu maisde 40 directivas.

O REACH estabelece um novo quadrolegislativo que pretende melhorar aprotecção da saúde humana e do meioambiente, obrigando as empresas quefabricam e importam produtos químicosa avaliar os riscos derivados da suautilização e a adoptar as medidasnecessárias para gerir qualquer riscoidentificado.

A CEPSA tem vindo a trabalharestreitamente com as organizaçõeseuropeias que lideram o desenvolvimentoprático do REACH, para conseguirassim uma implantação adequadana companhia.

No capítulo “Gestão ambiental”fornece-se informação mais alargadaacerca das actividades realizadas.

A CEPSA e aResponsabilidade Corporativa02

A posição da CEPSAface às políticas públicas

9 ENERCLUB, Conselho Mundial de Energia, AOP, FEIQUE, ACOGEN, ASELUBE, EUROPIA, CONCAWE, CEFIC e OME, entre outros.10 A informação sobre a gestão dos GEE e a poupança energética encontra-se disponível nos capítulos 10 e 11 deste volume.11 www.europia.com.

Prossecução dasespecificaçõesdos produtosenergéticosTrata-se de um assunto de relevo para aCEPSA, pelo facto de as especificaçõesque definem a qualidade dos seusprodutos se encontrarem em processo de estudo, tanto pela CE como pelosgovernos de cada um dos países.

É este o caso da proposta de revisão da“Directiva dos Combustíveis”12, emanadada Comissão a 31 de Janeiro de 2007 e relacionada com as especificações dagasolina, do diesel, do gasóleo e docombustível dos navios em navegaçãointerior. No documento elaborado, surgemdiversos aspectos que preocupam osector e que foram amplamentediscutidos e relativamente aos quais aCEPSA expôs o seu ponto de vista.

Gestão deóleos usadosO princípio básico do Decreto Real679/2006 de 2 de Junho, através do qualse regula a gestão dos óleos industriaisusados, estabelece que os fabricantes de

óleos lubrificantes industriais do mercadonacional devem garantir a recolhaselectiva e a correcta gestão dos óleosque são criados depois do seu uso. A Companhia continua a realizar diversasacções para dar cumprimento à totalidadedesta nova legislação, que esperamosestar concluída durante o 2.º semestre de 2008.

BiocarburantesA criação de um quadro normativo emEspanha para o fomento do uso debiocarburantes deve dar resposta a dois grandes objectivos: a redução dadependência energética e a diminuiçãodas emissões de gases com efeito deestufa. Do mesmo modo, a disposiçãonormativa deve ser flexível, simples eneutral para permitir a livre concorrênciaentre os diferentes agentes do mercado.

Durante o ano de 2007, a CEPSAmanteve o seu firme compromisso nautilização de biocarburantes no fabricode gasolinas e gasóleos para veículosmotorizados. Actualmente, o bioetanol é incorporado na gasolina através dofabrico de ETBE (componente oxigenadopara a sua mistura) e a aposta do futurocentra-se na produção de biodiesel nasrefinarias, o que permitirá reduzir adependência do petróleo ao diminuir asimportações de gasóleo, produto emque a Espanha é deficitária.

Prevençãoe controlointegrados dacontaminação:Directiva IPPCTrata-se da legislação ambientaldestinada a regular as emissõesindustriais dentro do conjunto da UniãoEuropeia, conhecida como a Directiva96/61/CE (IPPC). Actualmente encontra-se em processo de revisão.

A CEPSA fez parte do grupo de trabalho criado na EUROPIA, através doqual foram enviados aos comissárioseuropeus do Meio Ambiente, Empresa e Indústria, Comércio e Energia asconclusões comuns, onde sãomencionados os pontos que preocupamo sector.


12 Se pretender consultar a Directiva: http://eur-lex.europa.eu/.

03AbastecimentoEnergético



Situação internacional I 15

Marcos e desafios das empresas do sector petrolífero:actuação da CEPSA I 16

Caso prático: Campanha sísmica no bloco “Bituima” I 17

Marcos 2007 Desafios 2008

O nosso compromissoA disponibilidade de energia constitui uma premissa fundamental para o funcionamento das economias modernas, para o cresci-mento económico e para a prosperidade. Como Companhia do sector energético, a CEPSA desempenha uma função social impor-tante: abastecer a sociedade de energia. A estabilidade do fornecimento é uma das suas principais responsabilidades.

• Execução de um plano de investimento para aumentar acapacidade de produção das refinarias de destilados médios,em que a Espanha é deficitária.

• Nível de utilização das refinarias: 96% da sua capacidadenormal.

• Incremento da actividade de exploração de hidrocarbonetos.Novas autorizações na Colômbia, Egipto e Peru.

• MEDGAZ: início da construção do gasoduto submarino queligará a Argélia à Europa, via Espanha.

• Começo da incorporação do biodiesel no gasóleo A daCEPSA.

• Avançar na construção das diferentes unidades de conversãopara aumentar a produção de querosenes e gasóleos procu-rados pelo mercado espanhol.

• Produzir 5% de biodiesel, dando assim cumprimento àobrigação estabelecida pelo Governo para o ano de 2010.

• Incrementar o nível actual de reservas e produção.

• Continuar a avançar na construção do gasoduto submarinoMEDGAZ, com o objectivo de o colocar em funcionamentoem 2009.

Situaçãointernacional Estima-se que as necessidadesenergéticas mundiais irão aumentar50% no ano de 2030. Também,

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1970 1975 1980 1985 1995 2005 2015 2025

18.000

Evolução mundialda procura de energiaFonte: World Energy Outlook

� Petróleo � Gás � Energia nuclear� Carvão � Biomassa � Outras renováveis

Milh

ões

de T

EP

Milh

ões

de b

arris

/dia

2004 2005 2006 2007

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Procura e ofertamundial de petróleoFonte: CNE/AIE

� Oferta � Procura

segundo as mesmas estimativas, aChina e a Índia representarão 45%desse aumento. A possível redução da

procura de crude na OCDE serácompensada pelo crescimento empaíses do Médio Oriente e da China.


Necessidades para Actuaçãoassegurar o abastecimento da CEPSA

Dispor da quantidade de crude necessária para o Exploração e produção de hidrocarbonetos. desenvolvimento da sua actividade. Adquirir crudes e produtos.

Contar com os recursos apropriados para levar Destilar o crude para obter derivados.a cabo os processos produtivos que transformem Manter as suas instalações de refinação a matéria-prima em produtos úteis com a maior eficiência.para os consumidores.

Dispor de uma rede de distribuição eficiente que Ampliar e optimizar de forma permanente a sua rede faça chegar aos clientes os produtos no momento de comercialização. e nos lugares necessários.

Outras actividades que contribuem para o abastecimento. Desenvolver novas redes de abastecimento.Contribuir para a manutenção das reservas estratégicas nacionais.Pesquisa de novos combustíveis.

As empresas do sector encontram-seperante o repto de satisfazer oaumento de uma procura que nãotem cessado nos últimos anos, aoqual há que acrescentar outrosdesafios que estão mais relacionadoscom a dimensão social dascompanhias.

A CEPSA deve conseguir a segurançado abastecimento e produzir commaior eficiência energética. Tudo issocom uma maior qualidade nosprodutos e nos serviços e com o

máximo respeito para com o meioambiente e pelo seu compromissocom a sociedade.

Desde há já 80 anos que a Companhiatem vindo a trabalhar nestes objectivos,adaptando as suas instalações,melhorando os seus processos econtribuindo para a optimização dasoperações em todos os sectores,desde o fabrico até ao produto finalchegar ao cliente.

AbastecimentoEnergético03

Reptos e desafios das empresasdo sector petrolífero: actuação da CEPSA

33

10

17

2512

3

Produção CEPSA 2007Discriminação por produtos (%)

� Gasóleos � Querosenes� Fuelóleos � GLP� Gasolinas � Outros

Caso prático

Campanhasísmica no bloco“Bituima”A CEPSA encontra-se a operar numa autorização de exploração de hidrocarbonetos com cerca de370 km2, situada a cerca de 60 km aoeste da cidade de Bogotá (Colômbia).A Companhia necessitava de realizaruma nova campanha sísmica paraconfirmar a existência de um possíveldepósito de hidrocarbonetos. A sísmicaé uma técnica geofísica básica naexploração e produção. O seu objectivoconsiste em obter uma série de imagensvirtuais do subsolo, a partir das quais sepodem identificar depósitos dehidrocarbonetos. Um depósito é umadisposição geométrica dos estratos nosubsolo onde se podem acumularhidrocarbonetos. Estes depósitoscostumam ser anticlinais, que sãopregas de estratos em forma de Uinvertido.

A realização de uma campanha sísmicaconsiste, basicamente, em emitir ondasacústicas ao subsolo e implica o usotemporário do território. As ondaspodem ser produzidas através deunidades móveis que geram vibraçõesou então mediante pequenas cargasexplosivas. As ondas produzidaspropagam-se no subsolo atravessandoos estratos. Quando uma frente de

ondas se depara com uma mudançasignificativa nas propriedades mecânicasdas rochas, uma parte da energia éreflectida para a superfície, onde ossensores, denominados geófonos,registam o tempo decorrido entre aemissão e a chegada das ondasreflectidas. Posteriormente, toda ainformação recolhida nos geófonosnecessita de ser tratada em potentescomputadores para obter uma imagemvirtual do subsolo.

Este processo de emissão de ondas eregisto é realizado normalmente aolongo de linhas rectas. Neste casoconcreto, traçou-se uma rede de 8linhas, cada uma com um comprimentoentre os 15 e os 30 km. Em cada umadestas linhas perfurou-se de 60 em 60metros uma pequena sondagem comcerca de 10 metros de profundidade.Estas sondagens encheram-se comexplosivos que foram detonados um aum a fim de criar ondas acústicas. Emsimultâneo, registou-se, para cada umdestes disparos, o tempo que

demoraram a chegar à superfície asondas reflectidas. No total, a duraçãodo projecto foi de dois meses eregistaram-se 150 km de sísmica 2D.

Este trabalho requereu a presençaconjunta de mais de 500 trabalhadoresna área, entre topógrafos, perfuradores,instaladores de geófonos e cabos,detonadores e outros operários. O grande número de pessoas e omanuseamento de explosivos tornaramnecessária uma notável coordenação detodos, assim como uma pormenorizadaplanificação prévia e uma comunicaçãoconstante com os proprietários e asgentes dos terrenos envolvidos. Aformação de várias equipas desupervisão em campo para as relaçõescom as comunidades locais, os temasambientais, os assuntos relacionadoscom a segurança laboral e os com ocontrolo técnico da qualidade, foramessenciais para o êxito do projecto.

1

2

3

4 Km.

Camiãode registo

Reflectoressísmicos

Poço com pequenascargas explosivas

como fonte deenergia sísmica

Depósito dehidrocarbonetos

Trajectóriadas ondassísmicas

0


04Criaçãode Valor



Criação de valor I 19


Marcos 2007 Desafios 2008• 1.965 milhões de euros de valor acrescentado no ano de 2007.

• Valor económico criado de 21,5 milhares de milhões de euros,mais 1,9% do que no ano de 2006.

• Maximizar o valor acrescentado num enquadramento complexo.

• Crescer tanto em dimensão como em rentabilidade.

Contribuir para o crescimento socioeconómico, com especial incidência nas zonas de influência, através do desenvolvimento de pro-jectos e de novas actividades que se traduzem na geração de emprego, na criação de valor para os accionistas, numa maior ofer-ta para os seus clientes e num aumento da actividade produtiva para a sua cadeia de aprovisionamento.

O nosso compromisso

Criaçãode valorUm aspecto importante para asempresas é a sua capacidade para criarvalor, objectivo que se consegue atravésda obtenção de um benefício económicosustentado. Para medir a contribuiçãoeconómica global criada pela companhia,calculou-se o montante de valoracrescentado, utilizando a metodologiaestabelecida pelo Departamento deComércio e Indústria britânico13. Segundo este, a CPESA terá criado valor num total de 1.965 milhões deeuros no ano de 200714, inferior em 5,6% relativamente ao de 2006, devido,fundamentalmente, à redução dasmargens internacionais de refinação,convertidas em euros. Tal montanterepresenta um valor acrescentado porempregado de 172.000 euros.

Por outro lado, o valor económicocriado15 no ano de 2007 atingiu os21.470 milhões de euros, o querepresenta um acréscimo de 1,9%em relação ao ano de 2006.

O valor económico distribuído16 pelaCEPSA entre os seus accionistas,fornecedores, empregados e asociedade em geral, entre outros, foi de 20.875 milhões de euros,superior em 3% ao do ano anterior.O valor económico retido, medidocomo a diferença entre o valoreconómico criado e o valoreconómico distribuído, ascendeu a 596 milhões de euros.

13 O valor acrescentado determina-se como sendo a diferença entre as receitas e os custos de compras e serviços das mesmas. Mais informação sobre esta metodologia na página Web da DTI(Department of Trade and Industry): http://www.innovation.gov.uk/value_added.

14 Para efeitos de uma melhor comparação relativamente à informação sobre o valor económico acrescentado em períodos diferentes, a CEPSA entende, tal como outras companhias do sector, queestes dados devem continuar a ser entendidos sem ter em conta as eventuais revalorizações dos stocks operacionais. Com este propósito, em vez do Custo Médio Unitário (CMU), utilizado para aelaboração das situações financeiras segundo as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF-IFRS), e que projecta uma maior volatilidade sobre a conta de resultados em caso de grandesvariações de preço, utiliza-se o Custo de Reposição. Uma vez que em 2006 se utilizou o método LIFO, voltaram a calcular-se os montantes para os anos 2005 e 2006 para efeitos comparativos.

15 Valor económico criado, obtido como resultado da seguinte soma: receitas, resultado das operações descontínuas, participação em resultados de associadas e outras receitas e despesas nãooperacionais.

16 Valor económico distribuído obtido como resultado da seguinte soma: dividendos, custos operacionais, despesas com o pessoal, impostos e contribuições fiscais, recursos destinados à acção sociale despesas financeiras.

2006 2007

20.214

21.064 21.470

20.875

2005

18.663

17.783

Criação de valor(Milhões de euros)

� Valor económico criado� Valor económico distribuído

Criaçãode Valor04

Acção da CEPSA 2007 2006 2005(Número de acções ao portador 267.574.941, com o valor nominal de 1 euro cada)

Quotizações (Euros por acção)Média 68,07 54,47 37,43Última (31.12.07) 71,00 59,40 38,65

Dividendos pagos a accionistas (Milhões de euros)Accionistas da sociedade -mãe 334,5 334,5 302,3Accionistas minoritários de sociedades filiais 7,4 11,5 6,5

Total de dividendos (Milhões de euros) 341,9 346,0 308,8Dividendo por acção (Euros) 1,25 1,25 1,25Pay out (%)17 52 45 39

Salários e compensaçõesa empregados 2007 2006 2005(Milhões de euros)

Salários e similares e contribuiçõese dotações para pensões 395,6 384,2 350,2Outros encargos sociais 97,7 92,7 91,2Total 493,3 476,9 441,4

Total de impostospagos pela CEPSA 2007 2006 2005(Milhões de euros)

Imposto especial sobre hidrocarbonetos 2.345,6 2.238,3 2.183,8Contribuições fiscais 37,8 36,6 43,4Imposto sobre sociedades 405,3 384,8 496,2Impostos sobre vendas a retalho sobredeterminados hidrocarbonetos18 206,1 203,1 179,7Total 2.994,8 2.862,8 2.903,1

17 Sem incluir o efeito nos resultados da diferença na valorização dos stocks a Custo Médio Unitário relativamente ao LIFO.18 O imposto sobre vendas a retalho sobre determinados hidrocarbonetos é um imposto indirecto que agrava a venda a retalho de determinados hidrocarbonetos, sendo sujeito passivo o proprietário

dos mesmos.


Relações económicascom fornecedores 2007 2006 2005(Milhões de euros)

Compras 15.282 14.790 12.452Transportes e fretes 460 476 448Trabalhos, fornecimentos e serviços externos 1.273 1.163 1.147Outras despesas correntes de gestão 9 56 39Despesas com o meio ambiente 11 14 17Custos financeiros do endividamento remunerado19 10 29 27Total 17.045 16.528 14.130

Valor económico distribuído 2007 2006 2005(Milhões de euros)

Relações económicas com fornecedores20 17.045 16.528 14.130 Salários e compensação total dos empregados 493,2 476,9 441,4Pagamentos a accionistas 341,9 346,0 308,8Total de impostos pagos pela CEPSA 2.994,7 2.862,7 2.903,1Total 20.874,8 20.213,6 17.783,3

Vendas líquidas 2007 2006 2005Prestação Prestação Prestação

Produtos de serviços Produtos de serviços Produtos de serviços(Milhões de euros)

Mercado nacional 16.274,3 151,6 15.801,0 159,3 14.147,5 132,8Mercado resto UE 2.641,3 7,5 2.318,8 3,8 2.221,1 8,0Mercado resto do mundo 1.929,7 225,9 2.256,8 167,5 1.711,7 148,7Total 20.845,3 385,00 20.376,6 330,6 18.080,3 289,5

19 Custo líquido apurado no período provocado exclusivamente pelas taxas de juros contraídas com os fornecedores de financiamento bancários e não bancários.20 Estes valores incluem os investimentos destinados a acções de responsabilidade empresarial realizadas nas comunidades onde a CEPSA opera. Para mais informação, ver o capítulo “Parte da

Comunidade”, secção “Projectos de interesse social”.

05Empregados

O nosso compromisso I 23Marcos 2007 / Desafios 2008 I 23Capital humano e diversidade I 24Igualdade de oportunidades e planos de igualdade I 24Atracção e retenção do talento I 25Sistemas de avaliação do desempenho profissional na CEPSA I 26Negociação colectiva I 26Formação I 27Segurança e saúde laboral I 28Caso prático: Aula Aberta: Comunidade de Aprendizagem Permanente I 29


Marcos 2007 Desafios 2008• Implementação de um procedimento de actuação para a

investigação de denúncias de assédio sexual ou moral.

• Assinatura de um convénio de colaboração com o Ministériodo Trabalho para promover a sensibilização social sobre aviolência de género e a inserção laboral das vítimas.

• Acordo de colaboração com a Fundação ADECCO parapromover iniciativas conjuntas voltadas para a integraçãosocial e laboral das pessoas com incapacidade.

• Execução do projecto de implantação da gestão porcompetências.

• Obtenção do certificado OHSAS 18001 em DETEN (Brasil).

• O índice de frequência de acidentes próprio e contratadodesceu 0,72 pontos relativamente ao ano de 2006.

• Apresentada a proposta de critérios de aceitação de risco,baseada nas práticas levadas a cabo em todo o mundo dossectores: petrolífero, químico e do gás e na legislação vigen-te, a fim de unificar os níveis de risco (tecnológico) nas suasactividades.

• Melhoria na qualificação da inspecção de segurança porparte dos engenheiros dos seguros na refinaria “Gibraltar-San Roque”, PETRESA (San Roque), INTERQUISA (SanRoque) e na refinaria “Tenerife”.

• Impulsionar o princípio da igualdade de oportunidades.

• Elaborar um plano de igualdade.

• Impulsionar os planos de relevo.

• Implementar o projecto-piloto para a gestão por competências.

• Implementar e desenvolver o Projecto INNOVAC.

• Manter o índice de frequência de acidentes com baixa, dopessoal próprio e contratado, abaixo de 5,27.

• Incidir na investigação dos acidentes industriais e melhorar adivulgação das lições aprendidas.

• Aplicar a análise dos níveis de segurança e de camadas pro-tectoras aos estudos de riscos dos novos projectos e insta-lações existentes.

A CEPSA ambiciona tornar-se numa das companhias preferidas para trabalhar entre os profissionais do sector pela sua cultura,baseada na inovação, na excelência e no compromisso com o desenvolvimento e a segurança dos seus empregados.

O nosso compromisso

As políticas de recursos humanos têmpor missão reforçar o capital humano eintelectual da Companhia e proporcionarum ambiente laboral atractivo, umacarreira profissional estimulante e umambiente de trabalho saudável eseguro.

Atrair e reter os profissionais é um dosaspectos mais relevantes em qualquersector de actividade. Questões como alealdade, a satisfação e o compromisso

dos empregados constituemactivos incorpóreos chave para odesenvolvimento e crescimento daCompanhia e são benéficas paraestabelecer relações de confiança comos empregados, aspecto que constituiuma fonte de vantagens distintas.

Uma questão fundamental, colhidadas políticas de Recursos Humanos,é a que decorre dos compromissosda CEPSA a favor do respeito pelos

direitos das pessoas e pelos princípiosbásicos, como a dignidade, a renúnciaà exploração infantil e à nãodiscriminação em virtude do sexo,raça, convicções, religião e origem.

Em 2007, a CEPSA aumentou o seupessoal em 302 pessoas, graçasbasicamente à abertura de novasestações de serviço tanto em Espanhacomo em Portugal, ao aumento da figurados reformados parciais, à crescenteactividade das áreas de exploração eprodução com a abertura de novosnegócios no Peru e na Marinha eAviação, resultantes do início deactividades na Península Ibérica e nasCanárias, e a ampliação realizada narefinaria “La Rábida”.

O aumento do pessoal foi superior noconjunto das mulheres e deveu-se aofacto de a sua qualificação estar maisrelacionada com as actividades daCEPSA.

Empregados05

Capital humanoe diversidade

Pessoal activo21 2007 2006 2005

N.º de empregados 11.398 11.096 10.783% de empregados estrangeiros 9 9 9Idade média 41 41 41Antiguidade média 12 12 11

21 Empregados activos em 31 de Dezembro de 2007, excepto CEDIPSA (100% CEPSA) que é o pessoal activo médio de 2007, cuja actividade, caracterizada pela estacionaridade, é a exploração e ainstalação de estações de serviço.

Distribuição por categoriaprofissional e sexo 2007 2006 2005

Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens

Directores e chefes de departamento 68 601 65 621 57 625Técnicos superiores 306 1.252 278 1.244 254 1.180Técnicos médios 368 1.252 394 1.181 340 1.288Especialistas 2.543 4.283 2.309 4.288 2.172 4.155Ajudantes 403 322 409 307 363 349Total 3.688 7.710 3.455 7.641 3.186 7.597% sobre o total do pessoal 32 68 31 69 30 70

Igualdade de oportunidadese planos de igualdadeComo resultado das negociaçõeslevadas a cabo na CEPSA ao longo doano de 2007 para a nova ConvençãoColectiva 2007-2010, a direcção da empresa e os representantes

das organizações sindicaiscomprometeram-se a elaborar um plano de igualdade na empresa,entendido como um conjunto ordenadode medidas, adoptadas depois de

se ter feito um diagnóstico da situação, tendentes a fazer com que o direito de igualdade detratamento e de oportunidades sejacada vez mais efectivo.

A atracção do talento é um aspectofundamental para o desenvolvimento donegócio, especialmente no contexto deuma forte concorrência, devida, em certasocasiões, ao grau de especializaçãorequerido pelo sector.

O delineamento de um sistema deretribuição justo, a formação, odesenvolvimento e a execução deestratégias para fazer com que aCompanhia seja entendida como um valoracrescentado são peças-chave paraconseguir a retenção do talento. Nestesentido, a CEPSA tem estabelecidos canaisde comunicação com os seus empregados

para que estes, com as suas experiências econhecimentos, contribuam com as suasideias para os projectos e objectivos daempresa, assim como para o fortalecimentoda cultura da organização.

Desde há vários anos que a Companhia temvindo a consolidar actividades relacionadascom os estágios de estudantes, além de

desenvolver programas de formação paralicenciados sem experiência profissional ouestudantes de pós-graduações. Estasactividades são de primordial importância,pois permitem identificar o talento, aomesmo tempo que reforçam as relaçõesinstitucionais com os centros de formação,materializando-se simultaneamente emprojectos de acentuado interesse social.


Atracção e retençãodo talento

N.º de admissões, cessação de funções e rotação 2007 2006 2005

Número de pessoas Admissões22 1.204 1.156 848Cessação de funções22 1.173 914 670Rotação23 517 458 359

Rotação 2007 Por sexo Por grupo de idadeMulheres Homens < 30 anos 30-50 anos > 50 anos

Em termos absolutos 172 345 130 210 177Taxa de rotação24 (%) 10 6 12 5 8

Procedimento de actuação para a investigaçãode denúncias de assédio sexual ou moralA fim de velar pela existência de umambiente de trabalho positivo, livre decomportamentos e situações constitutivasde assédio sexual ou moral e no âmbitoda responsabilidade corporativa, a CEPSAconsidera prioritário o estabelecimento decanais específicos e adequados para a

sua denúncia e posterior tramitação, com o objectivo de esclarecer os factosdenunciados e de delimitar, nesse caso, asresponsabilidades que deram lugar àqueles.

Para tal, estabeleceu-se um procedimentoque prevê as acções que a Direcção se

compromete levar a cabo para garantirque, no caso da apresentação de umadenúncia com base em assédio sexualou moral dentro do Grupo CEPSA, estaserá tratada de forma adequada,objectiva e confidencial, adoptando-seas medidas necessárias em cada caso.

22 Tanto no caso da admissão como no da cessação de funções, fica excluída a CEDIPSA (100% CEPSA), cuja actividade, caracterizada pela estacionaridade, é a exploração e instalação de estaçõesde serviço.

23 Inclui os empregados que deixam a organização por incapacidade, despedimento voluntário, morte, aposentação ou despedimento.24 Para o cálculo da “taxa de rotação” utilizou-se a seguinte fórmula:

Taxa de rotação = n.º de empregados que deixam a organização / n.º total de empregados x 100.Para o cálculo do “n.º de empregados que deixam a organização” consideraram-se os seguintes motivos: incapacidade, despedimento voluntário, morte, aposentação e despedimento.O número de empregados refere-se ao número total de trabalhadores englobados nos diferentes grupos de idade e sexo, no final de cada período.

A CEPSA tem vindo a levar a cabo umprojecto de gestão por competências,que pretende gerir as pessoas do pontode vista da suas competências pessoaise profissionais, em consonância com aestratégia da companhia. O novo modelode gestão virá a proporcionar informaçãorelevante dos postos de trabalho, e a suaclassificação levará à obtenção de umamelhor tomada de decisões, integrarátodos os processos de recursoshumanos (selecção, recrutamento,formação, etc.), avançando para sistemasmais flexíveis e ágeis que permitirão umprocesso de melhoria contínua naplanificação dos recursos humanos.

A fim de proporcionar aos seus empregadosretribuições competitivas, a CEPSA baseia asua política de remunerações no mercadolaboral em que se inscreve a actividadedesenvolvida, no valor acrescentado trazido

à empresa e no mérito pessoal através daconsecução de objectivos individuais ecolectivos. A Companhia também colocaà disposição do seu pessoal diferentestipos de benefícios adicionais.

Empregados05

Sistemas de avaliação dodesempenho profissional na CEPSAA Companhia considera que os sistemasde avaliação facultam uma melhorinformação aos responsáveis sobre osméritos individuais e sobre o grau decumprimento dos objectivos da área,garantindo um processo equitativo,capaz de proporcionar a melhorcompensação pelo trabalho realizado.

Avaliação dodesempenho profissional 2007 2006 2005

Número total de empregados (a) 11.398 11.096 10.783Número de empregados que recebem uma avaliação formal do desempenho e revisão durante o período (b) 6.853 6.525 6.060Percentagem de empregados que recebem uma avaliaçãoformal do desempenho 60,12 58,80 56,20

Negociação colectivaO diálogo e a confiança social são asbases fundamentais do modelo dasrelações laborais da CEPSA. Neste sentido,a política nesta matéria desenvolve-seem consonância com os princípiosfundamentais da Organização Internacionaldo Trabalho, como é demonstrado pelosdados da representação sindical na CEPSAe pelo facto de não se terem perdido

horas de trabalho em virtude de conflitoslaborais durante o ano de 2007.

É de 40% o número de trabalhadoresabrangido por um Acordo de Empresa,isto é, negociado directamente pelosrepresentantes eleitos por aqueles. Os demais estão sujeitos a acordos deâmbito superior ao da empresa, onde as

representações são designadas de formaindirecta, apesar de contarem com aparticipação dos sindicatos.

No mês de Abril de 2007, teve início anegociação do Acordo Colectivo daCEPSA, cuja assinatura teve lugar no mêsde Abril de 2008 com um período devigência de quatro anos.

Cobertura dosBenefícios Sociais

Total da Total doSim Não empresa empregado

Plano de pensões X X XSeguro de acidentes X X XSeguro de vida X X XSeguro de saúde X X XAjuda escolar X XBolsas de estudo X XTítulos de refeição X X

Exigido Tipo de responsabilidade por Lei dos custos


FormaçãoUm dos aspectos básicos para aretenção do talento é o desenvolvimentoprofissional, que não seria possível semum processo adequado e contínuo deadaptação dos empregados àsmudanças, através da formação. Domesmo modo, a formação incrementa a

capacidade profissional, aperfeiçoa asexperiências e constitui um importantecaminho de sensibilização para temas tãorelevantes como a segurança, a qualidadee o meio ambiente, pelo que a CEPSAconsagra cada vez mais recursos a estaactividade.

Em 2007, o número total de horasatribuídas à formação aproximou-se domeio milhão. De entre estas, 85%correspondem a cursos e semináriosinternos.

Empregados abrangidos por acordoDiscriminação por unidades de negócio 2007 2006 2005

Total % Total % Total %

Refinação 8.672 77 8.322 76 8.048 76Petroquímica 1.494 13 1.519 14 1.504 14Exploração e produção 170 2 155 1 152 1Corporação, tecnologia, centro deinvestigação e serviços gerais 923 8 934 9 928 9Total 11.259 100 10.930 100 10.632 100

Distribuição do pessoalpor representação sindical 2007 2006 2005

Pessoas % Pessoas % Pessoas %

Com representantes 10.239 90 9.911 89 9.580 89Sem representantes 1.159 10 1.185 11 1.203 11Total 11.398 100 11.096 100 10.783 100

Formação25 2007 2006 2005Internas Externas Totais Internas Externas Totais Internas Externas Totais

Horas de formação 402.082 70.955 473.038 370.731 96.563 467.294 323.501 138.643 462.144Horas de formação em meio ambiente 6.601 3.959 --Horas de formação em segurança 102.366 80.113 52.027Média por empregado 45,86 46,15 47,13

25 As horas de formação por empregado calculam-se tendo em conta os empregados que a CEPSA tem registados na sua base de dados “HR ACCESS” (90,35% da totalidade do pessoal quecorresponde às filiais espanholas).

A CEPSA considera essencial desenvolveruma política de segurança e saúde laboralmediante a prevenção dos riscosdecorrentes do trabalho e ajustada aoestabelecido pela Lei de Prevenção deRiscos Laborais. A prevenção deacidentes é um dos objectivos prioritáriosda política da companhia, tendo para oefeito estabelecidos procedimentos,programas de formação e sistemas deacompanhamento (OHSAS 18001).

As comissões de segurança e saúdeparticipam na elaboração, execução eavaliação dos planos e programas deprevenção de riscos da companhia.

A CEPSA dispõe de um sistema decoordenação com as empresas deserviços com o objectivo de aplicar asnormas relativas à segurança, higiene esaúde e de trocar experiências a essenível. Leva também a cabo um conjuntode acções destinadas a desenvolver acultura da segurança.

Neste sentido, na refinaria “La Rábida”,realizou-se uma campanha parafomentar a consciencialização sobre asegurança, tendo-se incluído as trêsrefinarias no programa de auditoriascruzadas TOTAL, que consiste naavaliação das instalações e dasmedidas de segurança, assim comona realização se simulacros erecomendações.

Empregados05

Segurança esaúde laboral26

Empregados representados emComissões de segurança e saúde 2007 2006 2005

Número total de empregados (a) 11.398 11.096 10.783Número de empregados representados em comissõesde segurança e saúde conjuntos (b) 8.981 8.620 8.492Percentagem total de trabalhadores representados emcomissões de segurança e saúde conjuntos (b/a) 78,79% 77,68% 78,75%

Índice de sinistralidadee absentismo27 deempregados próprios28 2007 2006 2005

Número de acidentes de trabalho com baixaou que conduzem à cessação de funções29 112 127 167Índice de frequência de acidentes30 5,40 6,33 8,58Índice de gravidade de acidentes31 0,10 0,14 0,8Índice de absentismo por doença comum32 (%) 3,66 3,78 3,58Absentismo laboral (%) 4,82 5,08 4,66

Índices de gravidade efrequência de acidentes deempregados próprios28

Índice de gravidade Índice de frequência 2007 2006 2005 2007 2006 2005

Refinação 0,12 0,19 0,40 4,51 2,50 2,85Petroquímica 0,12 0,07 0,06 4,99 4,16 1,97COASHIQ33 0,21 0,27 0,26 8,47 8,31 9,17

2005 2006 2007

7,908,58

5,616,33

4,895,40

Evolução do índice defrequência de acidentes

� Empregados próprios� Empregados próprios + contratados

26 Nas informações correspondentes à área de Segurança, não se incluem dados dos departamentos comerciais internacionais nem das sociedades: CEPSA Panamá, ECANSA e AMARCO, por nãodispor de um sistema de registo das mesmas.

27 Os dados de absentismo correspondem às sociedades com sede em Espanha.28 Os dados incluem as companhias onde a CEPSA detém uma participação superior a 50%, à excepção da ASESA e da NGS. Também não se incluem os dados da área de exploração e produção.29 É o acidente que provoca a incapacidade laboral temporária ou a incapacidade permanente ou morte.30 Número de acidentes com baixa ou que conduzem à cessação de funções por cada milhão de horas trabalhadas.31 Número de dias (incluindo sábados e domingos) perdidos por acidentes com baixa ou que conduzem à cessação de funções por cada mil horas trabalhadas.32 Número de horas de ausência do trabalho durante a jornada laboral anual teórica.33 Comissão Autónoma de Segurança e Higiene no Trabalho de Indústrias Químicas e afins.


Formação em segurança e saúde laboral

A evolução das condições de mercado e o constante progresso do mundo dainvestigação e das tecnologias, fazemcom que a adaptação contínua dosempregados a esta nova situação setorne uma necessidade se as empresasquiserem assegurar a sua competitividadee a sua sobrevivência no futuro.

Face a esta problemática, a atomização ea especialização das organizações tornamdifícil a todos aqueles que fazem parte deuma companhia conhecerem o trabalhorealizado pelos demais, minimizandoassim o desenvolvimento de sinergiasinternas e, no fundo, a produtividade eeficiência da mesma.

A fim de romper estas barreiras, aunidade de formação da Direcção de Recursos Humanos e a Direcção de Sistemas de Informação (DSI) daCEPSA definiram um novo modelo deaprendizagem baseado naquilo que se denominou “Comunidades deConhecimento”. Estes espaços, queforam concebidos como enquadramentos

de colaboração, aprendizagem etransferência de conhecimento entrepessoas com uma actividade profissionalem comum, foram a base do projecto:“Aula Aberta: Comunidade deAprendizagem Permanente”.

Segundo uma perspectiva prática, a AulaAberta colocou à disposição dos membrosda DSI conteúdos que combinavam formaçãoe informação naquilo que foi denominado“Áreas de Conhecimento”. Actualmente,existem treze áreas e alguns exemplosreferem-se a bases de dados, sistemasgerais de informação, gestão de projectosou gestão documental, entre outros.

Neste sentido, e com o objectivo de criare fomentar uma nova cultura para partilharconhecimento de forma estruturada, foram criadas redes sociais internasdenominadas “Comunidades de Práticas”.Nelas, conjugam-se cursos presenciaiscom conteúdos on-line. A formação foipreparada por peritos da DSI nestas áreasprofissionais de sistemas de operação deoutras empresas.

Nestes espaços, para além de seabordarem temas especializados,também se discutem melhorias quepoderão ser introduzidas para facilitaro desempenho das suas funções.

Os conteúdos on-line são recolhidosna Aula Aberta virtual e a partir daqui

poder-se-á aceder, entre outros, aosseminários, artigos, apresentações oumanuais criados para cada uma dasáreas de conhecimento.

Cada “Comunidade de Práticas”dispõe igualmente de um ambiente decolaboração, no qual se podem trocarexperiências, procurar melhoresestágios e obter soluções.

O projecto “Aula Aberta: Comunidadede Aprendizagem Permanente”pressupôs uma mudança noprocesso de transferência deconhecimento e aprendizagem daDSI e foi a primeira experiênciasistemática de gestão do conhecimentointerno na CEPSA.

Objectivos da comunidadede conhecimento

Transferênciado conhecimento

Aprendizagempermanente

Competitividade docapital humano

Caso prático

Aula Aberta: Comunidade deAprendizagem Permanente

Dada a natureza das actividadesdesenvolvidas nos seus centros deprodução, a CEPSA tem comoprioridade a formação como uminstrumento para a melhoria da saúde e

da segurança dos seus trabalhadores.Para tal, são levadas a cabo asseguintes actividades: avaliação dosriscos no local de trabalho; actualizaçãode conhecimentos; informação sobre

produtos químicos; sinalizaçãoadequada das zonas de trabalho;análise e planificação das tarefascríticas e simulacros de emergência.

06Clientes



Compromisso com a qualidade e satisfação do cliente I 31

A segurança dos produtos I 32

A segurança na informação I 32

Comunicações comerciais e protecção de dados I 32

Caso prático:O mercado do fornecimento decombustível à aviação em Espanha I 33

Os derivados do petróleo são produtosde primeira necessidade, pelo que têmum forte impacto social. A CEPSA,através da sua actividade comercial,dirige-se praticamente a toda a

sociedade. Nas suas relações com osclientes, a Companhia esforça-se, antesde mais, por satisfazer com o seuserviço e o seu produto.

O plano estratégico da CEPSA, naprossecução dos seus objectivos,aposta num serviço de qualidade. A Companhia coloca diariamente nomercado uma vasta gama de produtose serviços adaptados às necessidadese expectativas dos seus clientes. A oferta está sempre orientada parapromover uma utilização racional esegura e, no caso dos carburantes,para a eficiência energética e para aminimização do impacto ambiental.

A sua abordagem, baseada nosprocessos propostos pela norma ISO9001:200034, permite à CEPSAidentificar aqueles que contribuemcom mais valor para o cliente e queproporcionam maior satisfação. Atravésda medida deste grau de satisfação,avalia a eficácia do processo e adoptaas acções correctivas ou preventivasque se incluem no ciclo de melhoriacontínua.


• Identificação de oportunidades de melhoria da qualidade degestão nas refinarias, tomando como referência o modeloEFQM.

• Subida no índice de cumprimento de compromisso paracom os clientes, atingindo 99,88%.

• Aumento da percentagem de clientes de combustíveis marí-timos fiéis e satisfeitos de 46% para 63%.

• Início da comercialização do aditivo AdBlue.

• Desenvolvimento do projecto “Orientação para o cliente”,criando mais de 3.000 acções de melhoria.

• Implementar as oportunidades de melhoria da qualidade degestão identificadas nas refinarias.

• Execução de um sistema de inquérito a clientes, como se setratasse de um barómetro, com realização periódica e comuma amostra representativa.

• Avançar nas novas aplicações dos gases liquefeitosdo petróleo, solicitadas pelos clientes, tal como o uso emmotores de combustão.

• Oferecer mais produtos de maior rendimento e menorconsumo.

• Implementar o “Projecto Via Rápida”, possibilidade de realizaro pagamento a partir do abastecedor da estação de serviço.

A CEPSA considera que o seu compromisso com os clientes gira em torno da qualidade dos produtos e dos serviços que proporcio-na, assim como a sua capacidade para garantir um fornecimento ágil e competitivo que satisfaça as necessidades e expectativas.


O nosso compromisso

Compromisso com a qualidade e a satisfação do cliente

* Índice médio sobre actividades da CEPSA que contamcom certificados de qualidade. Medido pelo rácio entrereclamações recebidas e pedidos atendidos.

2004 20072006

99,91 99,89 99,88

2005

99,85

Índice de cumprimento docompromisso com clientes*(%)

34 Relação completa de certificados dos Sistemas de Gestão da Qualidade (ISSO 9001) e certificações de laboratórios (ISO17025) em www.cepsa.com, onde podem ser visualizados e impressos.

A CEPSA está consciente de quegarantir a segurança dos produtos e dosserviços constitui um aspecto de vitalimportância. Para tal, conta com umadisposição normativa interna nesta

Segurança na Informação, de aplicaçãoobrigatória em todos os processos.

A Companhia deu prioridade a estatarefa para garantir a estabilidade dassuas operações e a protecção de dadosdos seus clientes, partindo da duplaperspectiva do custo que representapara uma empresa o facto de poder vera sua reputação afectada negativamente

devido a uma falha na segurança,com a perda da confiança dos seusinvestidores ou da fidelidade dosseus clientes, e pelo valor, comovantagem competitiva, querepresenta a capacidade deproporcionar acesso e serviçoseguros através de uma rede decomunicação aberta.

Clientes06

A segurançados produtos

Entendendo a preocupação dosclientes relativamente à protecçãoda sua identidade e privacidade,e antecipando-se às disposiçõesnormativas reguladoras daAdministração, cada vez mais exigentes,a CEPSA estabeleceu uma política desegurança na informação, baseadanas melhores práticas, que tem oseu reflexo na Norma Básica de

A segurançana informação

A CEPSA é membro de diversasorganizações e associações quepromovem um compromisso responsávele ético na comunicação publicitária ecomercial. Neste sentido, é membro daAssociação para a Autoregulação daComunicação, fazendo também parte da

Comunicações comerciaise protecção de dados

matéria, destinando importantes recursospara conseguir que estes sejaminovadores em termos de segurançae, simultaneamente, respeitadores domeio ambiente.

A Companhia também dispõe de umprocedimento que garante a segurançados seus produtos.

“Confiança On-line” e é membro activodas Associações de Anunciantes, tantode Espanha como de Portugal.

Em todas as comunicações comerciais epromoções, a Companhia dedica especialatenção às mensagens dirigidas aos

clientes actuais e potenciais, e facultaos meios para o exercício dos direitosde acesso, rectificação e cancelamentodos dados registados.


O aumento dos preços dos produtospetrolíferos e a forte concorrênciaexistente no mercado da aviação emEspanha requerem, para manter aliderança, uma supremacia na qualidadedo serviço. Neste sentido, a CEPSAorientou o seu plano de acção para a melhoria dos processos. Com oobjectivo de melhorar a qualidade doserviço prestado aos clientes, tem vindo atrabalhar fundamentalmente nos aspectosque mais directamente os afectam:

• Melhorar a coordenação com osoperadores de abastecimento decombustível para a aviação, atravésde uma maior agilidade na satisfaçãodos pedidos e de uma melhoria dotempo de resposta peranteocorrências e reclamações.

• Optimização da informação enviadamensalmente aos clientes, implantandoa facturação electrónica, por exemplo.

• Automatização dos processos que nopassado eram efectuados de formamanual, como acontecia com asnomeações aos operadores e olançamento da facturação de guiasde remessa.

A fim de dar seguimento às melhoriasintroduzidas, procedeu-se à definiçãode indicadores que reflectem a sua

evolução, para além de confrontarregularmente com os clientes o impactodas mesmas, através de reuniões einquéritos de satisfação.

De entre os resultados obtidos, podemdestacar-se os seguintes:

• Diminuir as reclamações de formaaberta em 80%, com a consequenteredução dos tempos de resposta.

• Melhorar a estrutura da informaçãoenviada relativamente aos preçosmensais, tornando mais fácil a suacompreensão.

• Nos casos em que se optou pelaimplementação da facturaçãoelectrónica, conseguiu-se diminuirsubstancialmente o volume detrabalho dos clientes no tratamentodas facturas. Em alguns casosatingiu-se os 90%.

• Reduzir o número de erros dos dadosidentificativos, mediante a integraçãoelectrónica com os operadores deabastecimento de combustível para a aviação.

Graças a este planeamento, tem vindoa reforçar-se a cultura da melhoriacontínua na unidade de aviação e,sobretudo, a qualidade do atendimentodos clientes da CEPSA.

Caso prático

O mercado do fornecimento decombustível à aviação em Espanha

07Fornecedores



Sistema de avaliaçãoe homologação de fornecedores e contratados I 36

Criação de valor para fornecedores emzonas onde a CEPSA se encontra presente I 36

Caso prático: Sistema de registo de fornecedores RePro I 37


• Homologação de 90% dos fornecedores activos em 2007.

• Aprovisionamentos através de fornecedores locais: 49% dototal (excluindo os de serviços bancários, crudes e produtospetrolíferos).

• Rever os parâmetros relacionados com a responsabilidadecorporativa contemplados no sistema de avaliação e homo-logação de fornecedores a fim de incrementar o seu pesoespecífico.

• Rever as condições gerais de compras e contratação paraincluir como requisito o cumprimento das disposições daOrganização Mundial do Trabalho (OIT) e os princípios doPacto Mundial das Nações Unidas.

O estabelecimento de relações de confiança com os fornecedores e empresas de serviços representa uma parte essencial para ocumprimento dos objectivos da CEPSA e contribui para aproximar a Companhia das comunidades onde se encontra presente.O esforço realizado pela CEPSA neste âmbito tem como objectivo ser reconhecida como uma das melhores empresas do sectorrelativamente ao mérito nos seus processos de aprovisionamento e na gestão das suas relações com estes grupos de interesse.


O nosso compromisso

Os fornecedores e contratados são umelo fundamental na cadeia de valor daCEPSA, ao fornecer bens e serviçosnecessários para que esta possadesenvolver a sua actividade. Trata-seigualmente de um grupo de interessecom quem há que estabelecer uma

relação ética e responsável,e na qual devem convergir critériosde gestão respeitadores do meioambiente, comprometidos socialmentee que sejam viáveis de um pontode vista económico.

A CEPSA tem constituída uma políticacorporativa de compras e contrataçãoque busca a transparência, a máximaobjectividade, a eficiência no processoe o lucro para os envolvidos ao longoda cadeia de valor.

Integrado na política de compras econtratação, e para seleccionar os seusfornecedores e contratados, a CEPSAdispõe de um sistema de avaliação ehomologação de fornecedores queambiciona atingir os seguintes objectivos:

• Garantir que o processo de selecção,comparação e adjudicação de propostasé realizado segundo os princípios daneutralidade, da equidade e da igualdadede oportunidades.

• Assegurar, ao longo da cadeia de valor, a qualidade, a protecção ambiental, asegurança e saúde laborais e os demaisaspectos relacionados com aresponsabilidade corporativa (RC)

• Assegurar que apenas os fornecedores e contratados que cumpriram com osrequisitos legalmente exigíveis, queultrapassam os critérios de RC e quecontam com a adequada capacidadeprodutiva, técnica, financeira e comercialpossam fornecer a CEPSA.

• Assegurar que os requisitos para aavaliação e homologação dosfornecedores e contratados sãohomogéneos em todo o âmbito dacompanhia.

Fornecedores07

Sistema de avaliaçãoe homologação defornecedores e contratados

Os principais fornecedores da CEPSA sãoos de crude e produtos petrolíferos. Naactividade comercial de aprovisionamento35,a Companhia trabalha com fornecedoresde prestígio e solvência, bem conhecidosnum mercado tão especializado, seguindosempre as disposições e as regulaçõesemitidas pelos organismos internacionais

relativamente a embargos, sanções ouqualquer outro tipo de acções de restriçãodo comércio que sejam aplicáveis.

Relativamente aos fornecedores nasregiões onde a CEPSA opera, de entreos quais não se incluem os de serviçosbancários, crudes e produtos, de

destacar que o incremento do volumede compras em Madrid, 174% superiorao do ano de 2006, se deveprincipalmente à compra de tecnologiapara as novas instalações que irão serefectuadas na refinaria “La Rábida”.

Criação de valor para fornecedores naszonas onde a CEPSA se encontra presente

Compras realizadaspor região 2007 2006

Total Local Total LocalMilhões de euros % Milhões de euros %

Cádiz 201.833 88.863 44,03 191.651 78.092 40,75Canárias 50.045 13.875 27,73 46.956 13.878 29,56Huelva 105.147 48.650 46,27 103.899 51.653 49,71Madrid 689.446 395.132 57,31 251.392 138.488 55,09Argélia36 164.351 48.021 29,21 51.989 10.365 19,94Total 1.210.822 594.541 49,10 645.887 292.476 45,28

35 Abastecimento de crude para as refinarias, venda da produção de crude-equity, e compra e venda dos desequilíbrios de produtos energéticos do sistema de refinação CEPSA.36 No ano de 2005, as compras totais ascenderam a 48.371 milhares de euros e as compras locais a 8.598 milhares de euros, o que representa 17,7%.


Algumas das principais empresasespanholas e portuguesas que operamno sector da energia, com o objectivode dispor de uma ferramenta quepermita registar os seus fornecedorese contratados de forma rápida,permanentemente actualizada, objectivae não discriminatória, acordaramparticipar num sistema comum: a basede dados do registo de fornecedoresRePro pertencente ao Grupo Achilles,principal fornecedor de gestão dainformação.

Com este sistema de registo comum, a CEPSA tem acesso a uma base dedados com informação completa eactualizada, baseada na apresentaçãoanual realizada por cada fornecedoratravés de um simples questionárioinformatizado. Deste modo, ainformação dada pelo fornecedor ficaestruturada e actualizada, para além deser a mesma para todos.

No ano de 2007, a fim de tornarextensível o compromisso com aresponsabilidade corporativa aosfornecedores e empresas de serviços,organizou-se um grupo de trabalho, no qual participou a CEPSA, com o objectivo de incluir critérios deResponsabilidade Social Corporativa(RSC) no registo de fornecedores

Repro. Neste sentido, incluíram-se osseguintes conteúdos relacionados comos direitos humanos e a ética:

• Pessoa de contacto do fornecedorpara matérias de RSC.

• Saber se dispõe de um sistema degarantia da RSC certificado por umterceiro.

• Em caso de não possuir essecertificado, se tem previsto obtê-lonos próximos doze meses.

• Saber se subscreveu algum padrão oudirectriz reconhecido, social, laboral ouético (por exemplo, Global Compact).

• Saber se dispõe de uma memória deresponsabilidade corporativa.

• Saber se pode demonstrar que assuas práticas laborais têm emconsideração as condições laboraisreconhecidas internacionalmente(prevenção do trabalho forçado,discriminação, jornada laboral, etc.).

• Saber se pode demonstrar queimplantou práticas laborais paraprevenir qualquer forma de subornoou corrupção.

• Saber se exige aos seus fornecedorese contratados que apliquem práticaslaborais em matéria de RSCde acordo com os padrõesinternacionais, e que disponhamde medidas internas que previnamo suborno e a corrupção.

Caso prático

Sistema de registo de fornecedores RePro

08Parte daComunidade



Gestão do impacto nas comunidades onde opera I 40

Caso prático: Comissão de moradores da refinaria “Gibraltar-San Roque” I 41

Contributo para a realização de projectos de interesse social I 42

Caso prático:Actividades para crianças durante as férias de Natal I 43



O nosso compromisso

• Criação de uma comissão de moradores na refinaria“Gibraltar-San Roque”.

• Redução do número de queixas relativas a odores naINTERQUISA Canadá.

• Lançamento da primeira edição dos Prémios CEPSA peloValor Social em Madrid.

• Projectos sociais que beneficiam mais de 11.000 pessoas naárea da exploração e produção.

• Realizar um inquérito de percepção externa no Campo deGibraltar com o objectivo de definir um plano de acção.

• Nomear um representante dos moradores de uma novazona residencial em construção, na INTERQUISA Canadá.

• Organizar pela primeira vez os Prémios CEPSA pelo ValorSocial em Portugal e Tenerife.

• Reforçar na área de exploração e produção os requisitosexigidos aos fornecedores e empresas de serviços relativosao respeito dos direitos humanos através da inclusão de umacláusula nos contratos (Pacto Mundial, cumprimento dosprincípios da OIT).

• Seleccionar programas de acção na comunidade onde aCEPSA opera, tendo em conta os Objectivos do Milénio.�

• Definir um novo programa de acção de responsabilidadeempresarial na refinaria “La Rábida”.

Construir, através do diálogo, o conhecimento mútuo e a participação em projectos das comunidades onde se desenvolve a activida-de, um quadro de actuação tendente a estabelecer relações de qualidade baseadas na confiança, na proximidade e na transparência.

� Os Objectivos do Desenvolvimento ou do Milénio em www.un.org.

A CEPSA está consciente de que assuas actuações, tanto ao nível operativocomo de apoio à comunidade, devemter em conta as expectativas e aspretensões das sociedades onde seencontra presente. Para tal, nasdiferentes instalações onde a Companhiadesenvolve a sua actividade, temestabelecidos certos mecanismos dediálogo com os seus principais gruposde interesse a fim de: conhecer as suasopiniões e solicitações; dar a conhecer aactividade desenvolvida pela CEPSA emantê-los informados sobre os avanços,mudanças, etc., e criar uma plataformade aprendizagem e de conhecimentoque ajude a construir relações deconfiança. Eis alguns exemplos:

• A PETRESA Canadá faz parte de uma comissão consultiva comunitária.No ano de 2007 organizaram-sequatro reuniões. De entre os temastratados, destaca-se a petição dosmoradores da comunidade àsindústrias do parque empresarialsobre as medidas que irão levar a cabo para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. No caso da PETRESA Canadá,ficaram satisfeitos com os projectosque foram postos em prática parareduzir o consumo de energia e o seuimpacto na emissão destes gases.

• A INTERQUISA Canadá conta desde a sua constituição com uma comissão. Ao longo do anoorganizaram-se cinco reuniões.Atendendo ao grau de impacto daincidência, algumas foram incluídas noPlano de Gestão do Meio Ambiente,tal como a provocada pelos odoresde compostos orgânicos. O resultadofoi a diminuição significativa donúmero de queixas relacionadas comos odores nos anos de 2006 e 2007.

• A gestão global da refinaria “LaRábida” tem vindo a desenvolver-seseguindo o modelo europeu EFQM,em que se contemplam as relaçõescom o exterior. De dois em dois anos,realiza-se um inquérito tanto àpopulação como aos meios decomunicação a fim de conhecera percepção dos habitantes daszonas vizinhas.

• A instalação que a CEPSA tem noBrasil, a DETEN Química, faz parte do Comité de Fomento Industrial deCamaçari (COFIC), que juntamentecom as comunidades de moradorescriaram o Conselho ComunitárioConsultivo, cuja missão é pôr emcomum assuntos de interesse tantopara as indústrias como para ascomunidades de moradores.

• Na refinaria “Tenerife” realizam-setodos os anos jornadas de portasabertas, que permitiram a mais de400 pessoas (moradores eassociações) e 1.200 alunos visitaras instalações em 2007.

• Na área de Exploração e Produção,antes de iniciar qualquer projecto,organizam-se entrevistas e reuniõescom as comunidades da zona ondese passará a operar, informando-assobre o projecto e as empresas queirão trabalhar no mesmo; sobre osaspectos técnicos, ambientais esociais e os níveis de comunicação e informação que serão mantidoscom as comunidades e com asautoridades em todas as fases doprojecto, atendendo-se às sugestõesdos implicados.

Parte daComunidade08

Gestão do impactonas comunidadesonde opera


Consciente da necessidade deestabelecer relações baseadas nodiálogo e na informação transparente, arefinaria “Gibraltar-San Roque” encetouuma série de contactos com osmoradores da zona, representados poruma comissão de moradores, quetiveram início com uma reunião emJulho de 2007.

A importância desta iniciativa,enquadrada nos acordos alcançadoscom a Consejería de Medio Ambiente(Secretaria do Meio Ambiente) da Juntada Andaluzia, em Maio de 2007, resideno facto de todas as pessoas que vivemna proximidade destas instalaçõespoderão obter informação em primeiramão sobre a actividade da refinaria.

Deste modo, a comissão de moradores converte-se no elo deligação entre a refinaria e os demaiscidadãos, para que conheçam o melhorpossível não só esta indústria mastambém a importância que tem para odesenvolvimento do Campo de Gibraltar.

A comissão de moradores é constituídapor quatro associações de moradores,um representante do comércio local, um técnico da Consejería de MedioAmbiente del Consistorio (Secretaria doMeio Ambiente do Conselho Municipal),um técnico da Delegação do MeioAmbiente e o seu máximo representante,para além de representantes da refinaria“Gibraltar-San Roque”.

De dois em dois meses têm lugarreuniões informativas, em que seabordam os temas de maior interesse

para os moradores, além de se reveremos indicadores ambientais da refinaria e de se exporem as acções que sãolevadas a cabo no âmbito da mesma.Por outro lado, os membros desteórgão poderão pôr-se em contacto deforma directa com o chefe da fábricapara responder às perguntas quepossam surgir sobre qualquer factorelacionado com a instalação.Incluem-se também os telefones dosmembros da comissão de moradoresnos protocolos de telefonemas, como objectivo de os manter informadosem caso de incidente.

Por último, como actividadecomplementar, são programadas visitas

aos diferentes pontos-chave darefinaria, de modo a que osrepresentantes dos moradores tenhamum maior conhecimento da actividadeque é realizada junto da sua zona deresidência e possam informar osdemais cidadãos.

No total, no ano de 2007, foramrealizadas três reuniões com acomissão de moradores cujo resultadotem vindo a materializar-se nainstalação de um painel informativosobre a qualidade do ar em PuenteMayorga e um projecto de engenhariapara injectar oxigénio na unidade deáguas residuais da refinaria a fim demitigar os odores.

Caso prático

Comissão de moradores da refinaria“Gibraltar-San Roque”

Refinaria Comissãode moradores

Resto dapopulação

Chefe da fábrica

Em casode acidente

Informaros demaiscidadãos

Em casode dúvidaou consulta

Em casode dúvidaou consulta

A comissão demoradoresé constituída por

AssociaçõesPuente RomanoMUDECABenalifeCarteia

Comércio LocalJunta da Andaluzia(Delegación Provincial de la Consejería de Medio Ambiente -Delegação Provincial da Secretaria do Meio Ambiente)Ayuntamiento San Roque(Câmara Municipal de San Roque),(Concejalía de Medio Ambiente - Secretaria do Meio Ambiente)

O envolvimento no impulso dos projectosenquadrados nos âmbitos social,cultural, ambiental e desportivo40 ajudaa CEPSA a integrar-se e a conhecer acomunidade onde desenvolve a suaactividade. Ano após ano, a Companhiatem vindo a comprometer-se e acolaborar em diferentes actuações.

De assinalar que o incremento no âmbitodesportivo é resultado do patrocínio daequipa paralímpica espanhola que iráparticipar nos Jogos Paralímpicos dePequim 2008.

Compromissocom ascomunidadesNo âmbito social, a CEPSA canaliza osseus esforços para acções que beneficiamas comunidades mais necessitadas eestimula os seus empregados a realizaracções de voluntariado.

Neste sentido, a DETEN Química contacom um coro composto por empregados,que no âmbito do programa “ArteSolidária” realiza actuações em instituiçõesda comunidade que acolhem pessoasdesfavorecidas. A CEPSA Portuguesaenvolveu-se com a Associação de Pais e

Amigos de Crianças com Cancro(ACREDITAR), colaborando na recolha dehaveres e envolvendo os empregadosque assim o desejem na participação daassociação para que contribuam com asua experiência profissional. Tambémcolabora com a instituição BancoAlimentar contra a Fome (BACF). Asacções de voluntariado realizam-se duasvezes por ano e centram-se na recolha eno peditório de alimentos nas grandessuperfícies de Lisboa e do Grande Porto.

Em Huelva, na sua terceira edição, e em Madrid, pela primeira vez, foramatribuídos os Prémios CEPSA pelo ValorSocial, iniciativa que contribui paramelhorar a qualidade de vida dascomunidades mais desfavorecidas.

Promoção dacultura e daeducaçãoComo membro da comunidade, aCEPSA, com a colaboração, entreoutros, de universidades, municípios,escolas e fundações, contribui para apreservação da cultura e do patrimóniopopular, bem como para impulsionar aeducação das pessoas mediante oapoio de actividades culturais, educativase científicas.

Parte daComunidade08

Contribuição para arealização de projectos de interesse social

Investimento em acções de responsabilidade empresarial 2007 % 2006 % 2005 %(Euros)

Sociais 723. 330 22 1.163.010 37 432.654 19Culturais 1.050.972 33 1.268.774 40 1.268.494 55Ambientais 376.890 12 205.136 6 184.783 8Desportivas 1.058.426 33 541.519 17 411.871 18Total 3.209.618 100 3.178.439 100 2.297.802 100

Neste sentido, iniciaram-se os contactoscom a Escola Superior de EngenheirosIndustriais da Universidade de Sevilhapara a formalização de um convénio decolaboração, mediante o qual virá a sercriada a Cátedra CEPSA.

No âmbito da recuperação do património,cabe destacar que, com a finalizaçãodo restauro de dez telas situadas noMosteiro de Santa Maria de La Rábida,em Huelva, foi levado a cabo um dosprojectos culturais mais interessantes daprovíncia nos últimos anos.

Respeito pelomeio ambienteFomentar a sensibilização e o respeitopelo meio ambiente, sobretudo entre osmais jovens, juntamente com o apoio dediferentes projectos de protecção danatureza, são os eixos em torno dosquais giram as acções da companhiano âmbito ambiental.

Em relação às associações deconsciencialização e sensibilizaçãoambiental, a CEPSA ofereceu a criançasdas escolas de Campo de Gibraltar apossibilidade de assistir à representaçãoteatral “Gaia”, que aborda o tema dofuncionamento do planeta e asconsequências das acções quotidianasdo ser humano. Em Tenerife teve inícioo projecto “Aula de Cetáceos” ena Colômbia o projecto “PetrolitoEducativo Viva”.

Com o desportode baseA fim de promover o desporto,sobretudo entre os mais jovens, aCEPSA apoia actividades dirigidas parao seu desenvolvimento através declubes desportivos locais e escolasde desporto, entre outros.

Para fomentar a vela ligeira entre ascrianças e jovens de Tenerife, a CEPSAcolabora na promoção do entusiasmodestes por aquela modalidade,melhorando o nível dos desportistas,inclusivamente através da manutençãodas instalações desportivas.

A Companhia patrocinou o programa“Desporto na Rua” em San Roque, como objectivo de incentivar as crianças apraticarem desporto enquanto brincamna rua, e em Huelva colaborou naorganização da Meia Maratona de Palos,uma corrida popular de 21 km, quepercorre os lugares colombianos.

Na Colômbia, de destacar o apoio aosprimeiros jogos desportivos municipais,na zona de actividade da CEPSA, assimcomo a colaboração na organização docampeonato de mini-futebol infantilcomunitário.


As férias escolares de Natal representampara os pais e mães de crianças de todasas idades uma das épocas em que é maisdifícil conciliar a vida laboral com a familiar.

Para proporcionar mais uma alternativa, a CEPSA, através da refinaria “Tenerife”,instalou na Praça de Tomé Cano umatenda para albergar até 80 crianças emidade escolar ou pré-escolar. Esta iniciativapermitiu à população vizinha levar até lá os seus filhos, que puderam desfrutar de inúmeras actividades lúdicas e deaprendizagem, enquanto os seus paistrabalhavam.

Esta iniciativa, destinada às crianças entreos 4 e os 13 anos, ofereceu um serviço de vigilância durante horas totalmentegratuito, desde o dia 18 de Dezembro até5 de Janeiro, num horário compreendidoentre as 09:00h e as 21:00h. Monitoresprofissionais ocuparam-se continuamentedo entretenimento e da segurança detodos quantos estiveram presentes.

A tenda foi dividida em zonas distintas paraseparar as crianças por grupos de idades,adequando, deste modo, as actividades e os ateliês. De entre as actividadesdestacaram-se: uma ludoteca para osmais pequenos, com jogos didácticos etrabalhos manuais; uma área de ciências,com ateliês do meio ambiente, saúde, etc.,sessões de musicoterapia e ateliês demaquilhagem, entre outros.

O projecto contou com uma grandeaceitação por parte da população deTenerife. Mais de 3.000 crianças visitarama Tenda de Natal da CEPSA, ondepassaram horas de diversão eaprendizagem.

Caso prático

Actividadespara criançasdurante as fériasde Natal

09A aposta naTecnologia



Investimentos em I+D+I (Investigação, Desenvolvimento, Inovação I 45

As tecnologias da informação I 46

O Centro de Investigação I 46

Principais linhas de investigação em biocombustíveis I 46

Caso prático: Maximização daProdução do propileno nas refinarias da CEPSA I 47

É de extrema importância para a CEPSAdesenvolver uma estratégia que lhepermita manter a sua rentabilidade eo seu crescimento. Neste processo,são factores-chave a tecnologia ea inovação.

A Companhia canalizou em 2007cerca de 500 milhões de euros paraactividades relacionadas com a I+D+I,14% a mais do que no ano de 2006.

Estes investimentos dirigiram-se,principalmente, para os seguintestrabalhos:

• Projecto de aumento da capacidadede destilados médios na refinaria“La Rábida”.

• Colocação em funcionamento, narefinaria “Gibraltar-San Roque”, deuma nova unidade de produçãode metaxileno.

• Novas unidades de vácuo e dehidrogénio na refinaria “Gibraltar-San Roque”.

• Colocação em funcionamentode uma nova unidade de fenolna ERTISA.

• Diversas actividades na área deexploração e produção de crude,a fim de manter a produção dasjazidas e explorar novas zonas.


• Execução na refinaria “Gibraltar-San Roque” do projecto“Mx-SORBEX”, uma unidade de 50.000 toneladas demetaxileno, utilizado como matéria-prima para o fabrico deprodutos petroquímicos.

• Nova unidade de fenol na unidade petroquímica da CEPSAem Palos de la Frontera.

• Ensaios de hidrogenação de óleos vegetais para a produçãode biodiesel.

• Colocar em funcionamento na refinaria “Gibraltar-SanRoque” duas novas unidades: destilação sob vácuo eunidade de hidrogénio.

• Continuar a avançar no projecto de ampliação da capacidadede destilados médios na refinaria “La Rábida”.

Para a CEPSA, a I+D+I é uma alavanca de crescimento sustentável e de criação de valor, que ajuda a Companhia a optimizaros seus processos de produção e a qualidade dos seus produtos, dando também resposta aos desafios do sector, assim como amelhorar a sua capacidade tecnológica e a sua reputação.


O nosso compromisso

Investimentos em I+D+I(Investigação, Desenvolvimento, Inovação)

Acções e investimentosem actividades de I+D+I 2007 2006 2005(Milhões de euros)

Investigação e desenvolvimento 17 16 12Acções de inovação para a segurançae a redução do impacto ambiental 49 32 43Actividades de inovação no fabrico deprodutos e no projecto de melhorias nosprocessos, assim como a expansão de actividades 415 381 251Outros (novo Centro de Investigação) 8 - -Total 489 429 306

A Companhia tem estabelecido umprocesso de inovação tecnológica relevante,que lhe permite aumentar a eficiênciados custos, dando-lhe a possibilidadede reinvestir na melhoria de processos;de garantir a segurança dos activos deinformação e desenvolver acçõesinovadoras e projectos que contribuemcom maior valor para os negócios.

A CEPSA tem vindo a trabalhar nasseguintes actividades que considerafulcrais para o futuro:

• Inteligência de negócio.• Contextos de colaboração.• Tecnologia para a gestão de

processos de acordo com umaplanificação de sistemas abertos.

• Consolidação e virtualização de infra-estruturas de processo earmazenamento.

unidades e optimizar a qualidade dosprodutos comercializados.

Durante o último ano, a CEPSA trabalhouno desenvolvimento de catalizadoresheterogéneos para o processo deprodução de fenol, mediante a oxidaçãode cumeno, assim como nodesenvolvimento de um novo processo

para melhorar as propriedades dasparafinas como carburante. No âmbitointernacional, foi finalizado o projecto“CONCORDE”, destinado ao estudo de óxidos metálicos nanocristalinos(utilizados como catalizadores emreacções de oxidação dehidrocarbonetos).

A aposta na Tecnologia09

As tecnologiasda informação

Durante o ano de 2007, o Centro deInvestigação da CEPSA continuou adesenvolver as actividades solicitadaspelas principais áreas de negócio dacompanhia: refinação, petroquímica e exploração e produção dehidrocarbonetos. Os seus objectivosprincipais são: melhorar os processos de produção, maximizar a eficiência das

O centro de investigação

de bioetanol no gasóleo; lidera umprojecto de investigação destinadoa melhorar o controlo de qualidadedo biodiesel. No âmbito internacional,participa no projecto Biosynergycujo objectivo é criar combustíveise produtos químicos a partir dabiomassa e de outras substânciasnaturais de resíduos.

A CEPSA prevê que as futuras linhasde investigação serão dirigidas para osprocessos e produtos baseados emcomponentes agrícolas renováveis.

O Centro continua a desenvolver umainovadora linha de investigação paraobter componentes do gasóleo,combustível deficitário em toda a Europa,de origem biológica e de escasso efeitorelativamente a emissões líquidas degases com efeito de estufa. Participatambém no projecto I+DEA, vocacionadopara o estudo da possível incorporação

Principais linhas deinvestigação em biocombustíveis


A refinaria “La Rábida” tem umaunidade de FCC (sigla em inglês deCracking Catalítico de Fluidos) queprocessa por ano um milhão detoneladas de gasóleo de vazio,parcialmente hidrotratado.

O objectivo principal desta unidade é produzir compostos ligeiros e, emparticular, maximizar a produção depropileno, já que a instalaçãopetroquímica de Palos de la Frontera,dedicada ao fabrico de fenol, temnecessidade deste como matéria-primapara os seus processos. Uma vez quea refinaria é deficitária na sua produção,a CEPSA vê-se obrigada a adquiri-lo no mercado livre, em alguns casos apreços elevados.

A forma mais comum para incrementara produção de propileno é utilizaraditivos baseados em zeólito (ZSM5)para o catalizador da unidade de FCC.A limitação deste processo reside nofacto de diluir o catalizador, fazendodescer a actividade e a conversão.

Com o objectivo de obviar a estalimitação e às suas consequências,bem como de reduzir os níveis degás e de carbono, maximizando a

produção de propileno, o Centro deInvestigação realizou um estudo paraseleccionar um catalizador que seajustasse melhor às necessidadesenunciadas.

Em conclusão, a CEPSA chegou a umacordo com a empresa Grace Davison,líder no sector de catalizadores, paraensaiar uma nova tecnologia,denominada ProtAgon, através docatalizador “ProtAgon 20C”. Os ensaiosrealizaram-se em primeiro lugar naunidade de laboratório e os resultadosforam confirmados numa instalaçãopiloto a trabalhar continuamente.Ambos os ensaios foram realizados no Centro de Investigação.

O estudo concluiu que, com estatecnologia, não só é possível aumentara produção de propileno à mesmatemperatura de reacção como

quando se opera com aditivos deZSM-5, mas também é possívelmanter os níveis de produção comuma diminuição de temperatura doreactor entre 10º a 15ºC. Além disso,neste último caso, reduz-se a produçãode carbono e gás, factores que limitama operação da unidade, permitindo,

como tal, aumentar a sua carga e aprodução líquida de propileno.

O lucro económico para as plantasdeste novo catalizador, inicialmenteestimado em 11.000-14.000 euros/dia,foi ultrapassado: o emprego deProtAgon 20C está a gerar umganho de 15.000 euros/dia.

Actualmente, as refinarias “Gibraltar-SanRoque” e “La Rábida” utilizamcatalizadores da família ProtAgon,após a reformulação realizada peloCentro de Investigação que optimizao seu funcionamento.

Caso prático

Maximização da produçãode propileno nas refinarias da CEPSA

10Gases comEfeito de Estufa



A gestão dos GEE I 49

Inventário das emissões de GEE I 50

A melhoria dos processos e dos produtos I 50

Riscos e desafios decorrentes da legislação sobre GEE I 51

Caso prático: Redução de emissõesde CO2 na unidade de CADU2 na refinaria “Tenerife” I 51

Os combustíveis fósseis, como o gás,o petróleo ou o carvão são a principalfonte de energia em todo o mundo. Noentanto, a sua combustão provoca cercade dois terços das emissões de gasescom efeito de estufa.

A preocupação mundial com as alteraçõesclimáticas e o princípio da prevenção sãomotivos relevantes relativamente aosquais a CEPSA tenta dar uma respostaatravés de uma série de medidas, taiscomo a optimização dos seus processosde produção, a poupança energética nassuas instalações e o controlo da energiaconsumida.

A Companhia também tem apossibilidade de intervir nas iniciativaslevadas a cabo pelas administrações,pelos governos e pela União Europeia,entre as quais a participação nosmercados de compra e venda dedireitos de emissão e nos projectosde desenvolvimento limpo.

A gestão dos GEE é uma actividade derelevo na CEPSA. Existem unidadescom responsabilidades sobre a gestãoe controlo destas emissões:

• O Comité de CO2 tem como objectivocontrolar o cumprimento da legalidadevigente em matéria de GEE e planearas acções relativas aos mecanismosde flexibilidade, como por exemplo aparticipação no Fundo Espanhol deCarbono37 (FEC) ou no Mecanismo deDesenvolvimento Limpo (MDL)38.

• O departamento de gestão de GEEsupervisiona o cumprimento dasdirectrizes do Protocolo de Quioto edas normativas europeias e nacionais,estabelecendo sistemas de controlodas emissões de CO2. Além disso,define e gere as estratégiasnecessárias para a consecução dosobjectivos fixados pela Companhiapara reduzir as suas emissões, entreas quais se inclui a participação nomercado de CO2.


• Manutenção do nível de emissões, apesar da colocação emfuncionamento de duas importantes unidades.

• Início de projectos para comprovar a viabilidade do armaze-namento de CO2 em aquíferos salinos.

• Avançar no objectivo de redução de 1% das emissõesde CO2.

• Realizar estudos para o armazenamento do CO2 em aquíferossalinos.

• Continuar com o estudo de implantação de energias renováveis.

A CEPSA está empenhada na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE). A Companhia considera que o melhorcaminho para o conseguir é aplicar medidas de poupança e de eficiência energética.


O nosso compromisso

A gestão dos GEE

37 Criado em 2005 com uma dotação de 170 milhões de euros, o Fundo é gerido pelo Banco Mundial. Os seus recursos destinam-se à compra de reduções de emissões a partir de projectos doMecanismo de Desenvolvimento Limpo.

38 O mecanismo de Desenvolvimento Limpo é um acordo subscrito no Protocolo de Quioto que permite às empresas assinar acordos para cumprir com metas de redução de gases com efeito de estufano primeiro período do compromisso compreendido entre os anos 2008-2012, investindo em projectos de redução de emissões em países em vais de desenvolvimento, como uma alternativa paraadquirir reduções certificadas de emissões a custos menores do que nos seus países.

Apesar das medidas de poupançae optimização levadas a cabo pelacompanhia, o total de emissões aumentounas instalações operadas pela CEPSAincluídas no Plano Nacional de Atribuiçãode Licenças de Emissão.

As causas principais foram:

• A entrada em actividade durante todoo ano da instalação de Reformadode Naftas Leves (RNL) na refinaria“La Rábida”.

Gases com Efeitode Estufa (GEE)10

Inventário deemissões de GEE

Um dos compromissos da Companhia éoptimizar os seus processos, buscando apoupança e a eficiência energética comoobjectivos fundamentais para a minimizaçãodos GEE. Em 2007, as principais linhas deactuação foram as seguintes:

Melhorias na emissão de CO2:• Melhorias na eficiência energética da

unidade de crude da refinaria “Tenerife”.• Implementação de um sistema de

controlo de combustão no forno decrude na refinaria “La Rábida”.

• Melhorias na eficiência energética naPETRESA San Roque.

Redução do consumo energéticoe melhorias no rendimento deequipamentos:• Reengenharia de processos na

PETRESA San Roque.• Unidade de cogeração na refinaria

“La Rábida”.

A CEPSA também contribui para a reduçãodos GEE mediante o fabrico de produtosmais eficientes. Entre outras:• A adição às gasolinas de 125.000 m3 de

ETBE, obtido a partir de etanol de origemagrícola e da mistura de biodiesel.

• Gama de carburantes Óptima, DIESELÓPTIMA e ÓPTIMA 98.

A melhoria dosprocessos edos produtos

Emissões poráreas de negócio 2007 2006 2005

CO2 CO2eq* CO2 CO2eq CO2 CO2eq(Quilotoneladas)

Refinação 3.316 3.329 3.319 3.341 3.392 3.447Petroquímica 843 862 779 782 970 1.059Exploração e Produção 206 217 271 317 243 285Cogeração 885 893 863 870 1.197 1.206Ciclo combinado misto 755 773 744 751 769 776Total 6.005 6.074 5.976 6.061 6.571 6.773

Emissões por áreasde negócio 2007 2006 2005Refinação(t de CO2 equivalente / t de crude tratado) 0,147 0,150 0,155Petroquímica(t de CO2 equivalente / t de produto obtido) 0,226 0,209 0,272Exploração e Produção(t de CO2 equivalente / petróleo líquido) 0,044 0,065 0,061Cogeração(t de CO2 equivalente / MWh de total aproveitado) 0,236 0,241 0,241Ciclo combinado misto(t de CO2 equivalente / MWh de electricidadelíquida produzida) 0,398 0,406 0,385

• A colocação em funcionamento daunidade de Fenol III na ERTISA.

• O aumento da produção nascogerações.

* CO2eq: soma de CO2 emitido mais as toneladas de metano e óxido nitroso, multiplicadas pelo seu potencial de aquecimento global.

O projecto de contenção dos GEE, noqual a União Europeia participou deforma activa, representa um importantedesafio para as empresas. Em Espanha,a Administração tomou medidasurgentes para assegurar o cumprimentodo Protocolo de Quioto. Entre elas,encontram-se os planos de energiarenovável, medidas de poupançaenergética, de apoio ao transporte porcaminho-de-ferro e a modificação doPlano Nacional de Atribuição. Por outrolado, a Comissão Europeia propôs umalegislação, com entrada em vigorprevista para 2013, que potencia odesaparecimento das atribuições e asua substituição pela adjudicação, peloque é possível que as atribuiçõesbaixem de forma significativa a partir de2013 e desapareçam em 2020.

Perante esta situação, a CEPSA levou acabo diversas acções com o objectivode reduzir as suas emissões,relacionadas com a operacionalidadeeficaz das suas plantas e com medidasde controlo e de poupança energética.

A CADU2 é uma unidade de destilaçãoatmosférica de crude. Os cortes que se obtêm são: gás unidade, gasesliquefeitos do petróleo (GLP), nafta leve (NL), nafta pesada (NP), gasóleoleve (GOL), gasóleo médio (GOM),gasóleo pesado (GOP) e fuelóleo ouresíduo atmosférico (RSD). A proporçãorelativa que se obtém dos mesmos édeterminada pelas características docrude de carga à unidade, assim comopelas condições de operação.

Entre os objectivos ambientais previstosna Declaração Ambiental da Refinaria,encontra-se a redução das emissõesde dióxido de enxofre (SO2) e dedióxido de carbono (CO2). Paraconseguir este objectivo foi posto emexecução o projecto Revamping daCADU2, fase 1.

O projecto, implementado na paragemde Março de 2007, consistiu namodificação dos circuitos do trem deintercâmbio de calor, de acordo com os princípios da tecnologia Pinch39.

Após a colocação em funcionamento daunidade, conseguiu-se uma melhoria doponto de vista da poupança de combustíveise, consequentemente, uma redução nastoneladas de CO2 e SO2 emitidas no forno.

O investimento realizado foi de 3,5milhões de euros e os resultados obtidos,comparando os dados de 2006 e 2007,40

foram os seguintes:

• Redução das emissões de CO2: 2.961t/ano, redução de 2,1% da emissãoglobal da refinaria.

• Incremento do movimento na unidade:429.3210 t/ano, com um aumento de11,9%.

• Redução das emissões de CO2 portonelada de carga processada: 12,5%.

• Redução das emissões de SO2 portonelada de carga processada: 10,6%.

Está previsto aplicar em 2009 a mesmatecnologia, Pinch, na unidade deVisbreaker, com um investimento estimadode 2,2 milhões de euros, e está emprocesso de estudo alargá-la a outrasunidades da refinaria.


Caso prático

Redução de emissões de CO2 na unidade CADU2 na refinaria “Tenerife”

39 A tecnologia Pinch é uma metodologia para optimizar a recuperação energética em qualquer instalação industrial, que ao aproveitar as correntes quentes, que necessitam de ser arrefecidas, eas frias, que necessitam de ser aquecidas, as analisa e determina o melhor intercâmbio de calor que permita alcançar o critério fixado de máxima aproximação, Pinch.

40 A implantação do projecto realizou-se em Março de 2007, pelo que os dados fornecidos desse ano referem-se a Março 2007 / Março 2008, comparativamente a 2006.

Riscos e desafiosdecorrentesda legislaçãosobre GEE

Dados financeiros relacionados com os GEE 2007 2006(Milhares de euros)

Investimento em I+D 283,5 266Mecanismos de desenvolvimento limpo (quantidade ingressada no FEC) 534,8 --

Investimento em projectos de poupança energética e redução de emissões de CO2

Refinação 5.457 4.184Petroquímica 255 1.710

11GestãoAmbientalO nosso compromisso I 53Marcos 2007 / Desafios 2008 I 53Sistemas de gestão ambiental I 53Investimento ambiental I 54Evolução dos indicadores de consumo de recursos I 54Emissões para a atmosfera I 56Consumo e reutilização de água I 56Gestão das descargas controladas e dos resíduos I 57Gestão do transporte de produtos I 58Multas significativas e sançõesnão monetárias por incumprimento das normas ambientais I 59Situação da CEPSA relativamente às normas de aplicação recente I 60A CEPSA e o REACH em 2007 I 61Protecção da biodiversidade I 61Caso prático: Redução de emissões de benzeno na refinaria “Gibraltar-San Roque” I 63

O meio ambiente tornou-se num dostemas mais debatidos, legislados e depreocupação dos últimos dez anos,sobretudo nos países maisdesenvolvidos. Os governos, os gruposecologistas e a sociedade em geralexigem políticas e actuações que travemou impeçam a deterioração dos recursosnaturais.

A CEPSA desenvolveu uma estratégiaorientada para a redução, na origem,das possíveis causas de deterioraçãodo meio ambiente. Essa estratégiatem como base fundamental aeficiência energética que se traduznuma diminuição do uso de matérias-primas e em menores emissões paraa atmosfera.

Com o objectivo de actuar de formahomogénea em todos os seus centros e instalações, a Companhia tem umanorma básica do meio ambiente queestabelece as políticas e os princípiosbásicos de comportamento ambientalpara todas as operações.

Trata-se de um instrumento quepermite materializar os compromissosde cumprimento legal, de melhoriacontínua e de prevenção dacontaminação, estabelecidosnas políticas ambientais.

A implantação destes sistemas implicaum compromisso que se renova todosos anos e que se concretiza noprograma anual de gestão, onde seestabelecem e documentam osobjectivos e metas orientados para ocumprimento da política ambiental.


• Obtenção das Autorizações Ambientais Integradas (AAI) narefinaria “Gibraltar-San Roque” e INTERQUISA San Roque.

• Realização dos relatórios preliminares de situação de todas asinstalações da CEPSA para as Secretarias do Meio Ambientedas respectivas Comunidades Autónomas.

• Avanço dos programas de detecção e correcção de fugas(LDAR) para valorizar e quantificar os compostos orgânicosvoláteis (COV) nas instalações industriais.

• Análise e valoração com o Ministério da Indústria para oestabelecimento dos valores limite das instalações da CEPSA,em relação com o Plano Nacional de Redução de Emissões.

A CEPSA assume que pela natureza das suas actividades tem uma responsabilidade sobre o ambiente em que opera.

A Companhia está comprometida em reduzir ao máximo os seus impactos ambientais, pondo em prática diversos mecanismos paracumprir com este compromisso.

• Obter a AAI para a refinaria “Tenerife”.

• Colocar em funcionamento a actualização da planta detratamento de águas da refinaria “Tenerife”.

• Optimizar os parâmetros ambientais para todas as instalaçõesda CEPSA.

• Continuar com os planos de acção postos em funcionamentocomo consequência de novos valores limite para as emissões.

• Estabelecer a política e o plano de acção geral da CEPSAem matéria de protecção da biodiversidade.


O nosso compromisso

Sistemas degestão ambiental

Os investimentos no meio ambiente sãoum reflexo do compromisso assumidoatravés dos objectivos ambientais.

Na área de Refinação, os principaisinvestimentos foram canalizados para aredução das emissões atmosféricas,

GestãoAmbiental11

Investimentoambiental

entre as quais a captação de partículas e os avanços na recuperação de gasesácidos. Também se procedeu a umamelhoria das instalações de tratamentode águas residuais, no caso da refinaria“Tenerife”, e à sua ampliação, na refinaria“La Rábida”.

Ao longo deste relatório pormenoriza-sea evolução dos principais indicadores derecursos consumidos pelas instalaçõesda CEPSA. É proporcionada umaexplicação quando a variação anual ésignificativa ou obedece a algum projecto

Na área da Petroquímica, convergirampara medidas de poupança energética e para a mudança dos combustíveisutilizados por outros de menor cargacontaminante, como é o caso do gásnatural.

produção que incidiram na maior partedos indicadores deste capítulo: aunidade de Reformado de Naftas Levesna refinaria “La Rábida” e a de Fenol IIIna ERTISA.

Evolução dos indicadoresde consumo de recursos

41 Não disponível o dado correspondente aos anos 2005 e 2006.

relevante. Nos outros casos, asvariações correspondem às habituaispelas operações das plantas.

Em 2007, foram colocadas emfuncionamento duas unidades de

Investimento ambientalAspecto ambiental 2007 2006 2005

Despesa41 Investimento Investimento Investimento

€ % € % € % € %

Águas 25,86 43,8 5,36 13,5 6,0 21,7 4,7 19,0Atmosfera 18,02 30,5 29,44 74,3 10,6 38,3 8,9 35,9Resíduos 6,85 11,6 0,05 0,1 2,5 9,0 2,8 11,3COV 0,00 0,0 1,57 4,0 0,4 1,3 0,7 2,8Solos e águas subterrâneas 3,98 6,7 1,98 5,0 4,9 17,7 3,6 14,5Ruídos e outros 4,30 7,3 1,22 3,1 3,3 12,0 4,1 16,5

Investimento ambientalUnidades de negócio 2007 2006 2005

Milhões € % Milhões € % Milhões € %

Refinação 29,6 74,8 15,8 57,0 10,3 41,6Petroquímica 4,1 10,3 3,9 14,1 4,7 18,9Exploração e Produção - - 2,7 9,7 3,7 15,0Comercialização e logística 5,9 14,9 5,3 19,2 6,0 24,2Outros - - - - 0,1 0,3Total 39,6 100 27,7 100 24,8 100

A CEPSA utiliza como energia directa ocrude e os seus derivados. A indirectarefere-se à consumida através de fontesintermédias. No caso da companhia, é aenergia que se consome em forma devapor e electricidade. A energia directa eindirecta consumida pela CEPSA provémde fontes primárias não renováveis,fundamentalmente gás natural, gáscombustível, fuelóleo e gasóleo.

A energia directa consumida em 2007representou mais 4,3% do que em 2006.O aumento deveu-se à colocação emfuncionamento de novas unidades deprodução, ao passo que a indirectarepresentou uma diminuição de 0,5%relativamente ao ano anterior.

EficiênciaenergéticaEste indicador permite relacionar aevolução do consumo energético como volume de actividade das áreas.

Consumo dematérias-primasNa CEPSA, a principal matéria-prima éo petróleo. Durante 2007, a Companhiautilizou 21,8 milhões de toneladas decrude para destilar nas suas refinarias.Integra as suas actividades com asunidades petroquímicas.


Consumode energia:directa e indirecta

Consumo de energia directoDiscriminação por fontes primárias 2007 2006 2005(Milhares de Gigajoules)

Gás combustível 55.406,79 56.886,93 58.835,94Gás natural 45.405,98 37.442,95 38.277,92Outros (coque, querosene, gasóleo) 5.200,03 7.268,92 7.173,72Total 106.012,80 101.598,80 104.287,58

42 Em 2007, foram modificados os dados de consumo de energia indirecta dos anos anteriores, já que em 2005 e 2006 se tinham incluído os de consumo de vapor, sendo esta uma energia criada naspróprias refinarias, mediante os combustíveis já incluídos no consumo de energia directa.

43 A variação nos dados deste indicador, referidos à área de refinação, deve-se ao facto de nos anos anteriores a 2007 se terem considerado também como matérias-primas os produtos finais e osintermédios descarregados nas refinarias, pelo que não se devem realizar comparações.

Consumo de energia indirectoDiscriminação por fontes primárias42 2007 2006 2005(Milhares de Gigajoules)

Electricidade 7.823,84 7.657,66 7.408,43Vapor -- -- --Outros -- 206,63 203,08Total 7.823,84 7.864,29 7.611,51

Consumo de energia directo e indirectopor volume de actividadeDiscriminação por áreas de negócio 2007 2006 2005

Directo Indirecto Directo Indirecto Directo Indirecto

Refinação (Gigajoule/t tratada) 2,83 0,18 2,82 0,17 2,88 0,17Petroquímica (Gigajoule/t produzida) 5,36 0,86 4,60 0,91 4,91 0,86

Consumo de matérias-primas 2007 2006 2005(Milhares de toneladas)

Refinação43 21.776 25.928 25.878Petroquímica 3.539 3.425 3.574

O consumo de combustíveis nasinstalações da CEPSA provoca emissõespara a atmosfera. A Companhia tem a suaredução entre os seus objectivos, tendocomo principais iniciativas em 2007:

Refinaria “La Rábida”: diminuição geraldo consumo de combustível (gáscombustível, fuelóleo e gás natural);redução do conteúdo médio de enxofrenos combustíveis e inclusão de fasesSuperclaus nas unidades de enxofre.

Refinaria “Gibraltar-San Roque”: melhoriada qualidade dos combustíveis (fabrico defuelóleos com menor conteúdo emenxofre); melhorias implementadas nas

unidades de enxofre e de aminas, comum combustível (gás combustível)praticamente isento de sulfídrico eimplantação de um programa de detecçãoe reparação de fugas (Programa LDAR).

PETRESA San Roque: adaptação dosfornos para o consumo de gás natural,

a partir de Junho de 2007. É de 97%o consumo total deste combustívelnesta instalação.

Outras actividades: substituiçõesna frota de camiões por veículoscom menores consumos e emissões.

GestãoAmbiental11

Emissões para a atmosfera

Durante 2007, incrementou-se areutilização de água com o duploobjectivo de reduzir o seu consumo e aquantidade de efluentes líquidos queposteriormente deverão ser tratadosantes da sua descarga final.

O consumo de água da CEPSA em2007 foi superior em 4,6% ao de 2006,devido fundamentalmente às novasunidades de produção e à maiorquantidade injectada nos poços decrude a área da exploração e produção.

De salientar que apesar de o total daágua consumida ter aumentado, areutilizada sofreu um acréscimo de 50%relativamente ao ano de 2006, devido aoaproveitamento da água expelida pelaplanta de osmose.

Consumo e reutilização de água

Emissões atmosféricasPor tipo de composto44 2007 2006 2005(Toneladas)

NOX 9.585,30 18.169,25 17.022,29SO2 21.360,84 19.419,61 24.729,25Compostos orgânicos voláteis45 (COV) ----- 6.702,01 5.575,70Partículas 573,05 610,58 872,65

44 Nas emissões de 2007, recolhem-se pela primeira vez dados de Exploração e Produção, tendo levado, desse modo, a modificar os valores dos anos anteriores.45 As medições dos COV não se realizam por centros, mas por focos de emissão, pelo que a CEPSA decidiu não apresentar dados para 2007, uma vez que não é possível a sua comparação com anos

e magnitudes anteriores.46 Para o cálculo do volume de água reciclada/reutilizada considera-se o número de ciclos produtivos em que foi possível utilizar uma mesma carga de água. Por exemplo, se são necessários 20 m3 de água

para um ciclo e depois é reutilizada para outros três ciclos adicionais, o volume total reciclado/reutilizado para esse processo é de 60 m3 de água.Procede-se à ampliação do seu alcance, incluindo a ASESA na refinação, a NGS e o Centro de Investigação em Outros e a AMARCO, CECOMASA E ECANSA em Comercialização e logística.

Volume de água reciclada e reutilizada (V. Rec)46

Por áreas de negócio 2007 2006 2005V. Total V. Rec % V. Total V. Rec % V. Total V. Rec %

(Milhares de m3)

Refinação 12.792,36 2.206,46 17,25 12.624,69 725,83 5,75 13.559,90 360,14 2,66

Petroquímica 11.590,23 14,51 0,12 10.339,91 321,77 3,11 11.140,24 348,56 3,13

Exploração e Produção 21.325,60 - - 20.433,26 - - 19.128,29 - -

Comercialização e logística 997,47 0,018 0,002 952,53 23,25 2,44 99,79 25,11 25,2

Outros 1.068,94 - - 1.302,74 - - 1.104,38 - -

Total 47.774,60 2.220,99 4,65 45.653,13 1.070,85 2,35 45.032,61 733,81 1,63

Todas as instalações de produção daCEPSA dispõem de unidades para otratamento dos efluentes e para efectuaras descargas de acordo com os valoreslimite estabelecidos pela disposiçãonormativa de aplicação nas autorizaçõescorrespondentes.

As áreas de negócio da Companhiareduziram o seu volume de descargascontroladas, à excepção da Petroquímica,devido à colocação em funcionamento daunidade de Fenol III.

na unidade de reformado de naftasleves. No caso dos perigosos, deve-se,entre outros motivos, à limpeza de umtanque, operação realizada de quatro

em quatro anos, à gestão do lodo dostanques e a uma maior quantidade desepiolita (mineral utilizado para aglutinaros produtos descarregados).


Gestão das descargas controladas

Dependendo da sua composição ecaracterísticas, os diversos tipos deresíduos são segregados a partir domomento em que são produzidos para serem enviados para tratamento,reciclagem ou depósito. O tipo desegregação é realizado em função daperigosidade do resíduo, sendo alvo deuma gestão distinta consoante se tratede um resíduo perigoso, industrial nãoperigoso ou assimilável a urbano. A sua retirada é efectuada por gestoresexternos autorizados pela Administração.

Em 2007, o aumento da quantidade de resíduos deve-se, entre outrascircunstâncias, ao desmantelamento na refinaria “La Rábida” da unidade de lubrificantes e à criação de umaquantidade de argila superior à prevista

Gestão dos resíduos

Volume de descargas controladasPor áreas de negócio 2007 2006 2005(Milhares de m3)

Refinação 7.649,73 7.983,94 8.216,42Petroquímica 5.004,89 4.575,06 5.052,88Exploração e Produção 25,51 26,29 28,74Comercialização e logística47 996,93 1.032,71 41,91Outros (Centro de Investigação e NGS) 141.629,84 178.446,06 182.300,38Total 155.306,90 192.064,76 195.639,95

47 Não se obtiveram dados da CEDIPSA, Gás Liquefeito e CECOMASA, apesar de não serem representativas relativamente ao total.

Quantidade de resíduos produzidos 2007 2006 2005(Toneladas)

Resíduos perigosos 45.852,78 44.418,4 45.812,77Resíduos não perigosos 23.352,63 20.485,63 30.337,59Total 69.205,41 64.904,03 76.150,36

Resíduos de Exploração e Produção 2007 2006 2005(m3)

Resíduos não perigosos (de perfuração) 4.550 13.164 4.402

Materiais e produtosrecuperáveis no finalda sua vida útil

A CEPSA produz uma grande variedade de produtos que são outransformados em energia ou utilizadoscomo matéria-prima noutros processosprodutivos, sendo na sua maior partedistribuídos a granel. Uma excepção é adistribuição dos lubrificantes, realizadaem parte em embalagens susceptíveis deserem recuperadas, tal como acontececom o lubrificante no final da sua vida útil.A CEPSA Lubrificantes S.A. estáabrangida pelo Sistema Integrado de

Gestão (S.I.G.) de embalagens e dosseus resíduos e pelo Sistema deGestão de Óleos Usados (SIGAUS),posto em prática em 2007, que garantepara todos os lubrificantes embalados

vendidos, mediante o pagamento de uma quota, a recolha selectiva e arecuperação dos óleos usados e assuas embalagens.

GestãoAmbiental11

Lubrificantes, embalagens e materiais de embalagem recuperados48

Ano Produtos Embalagens

Quantidade recuperada (Kg) 2007 62.937.317 499.5862006 5.497.212 898.6232005 5.087.841 977.437

Total de produtos vendidos (Kg) 2007 98.889.437 98.889.4372006 7.430.460 10.397.5902005 7.594.138 11.505.811

% recuperada 2007 63,64 1002006 73,98 1002005 67,00 100

48 Os dados quantitativos apenas fazem referência aos lubrificantes distribuídos pela CEPSA Lubrificantes, S.A. No ano de 2007, faz-se menção aos lubrificantes a nível nacional, e não apenas a nívellocal (âmbito geográfico das Canárias), tal como foi feito nos anos anteriores.

Gestão do transporte de produtosO principal impacto resultante do transportede produtos na CEPSA é o consumo deenergia e a emissão de contaminantes naatmosfera. Em menor medida, é produzidauma alteração sobre o meio ambientederivada dos derrames acidentais doproduto e do ruído provocado.

A CEPSA tem vindo a trabalhar paradiminuir estas alterações, usandocombustíveis mais limpos e eficientes,implementando medidas para aprevenção de fugas, dando formação aostrabalhadores e revendo periodicamente osveículos para assegurar que se adequamaos limites normativos de emissão de ruído.

DerramesA fim de evitar os derrames, a CEPSAestabelece desde medidas preventivas nas zonas de carga e descarga até àmanutenção de infra-estruturas e deequipamentos de descontaminaçãocautelares, assim como acções directassobre os possíveis incidentes que poderãovir a acontecer, através da manutenção eampliação das redes piezométricas e daexecução de análises periódicas.

A Companhia dispõe de inúmerosprocedimentos, tanto gerais comoespecíficos, de inspecções preventivas das

instalações que permitem identificaranomalias que possam dar lugar a acidentes(e, como tal, a derrames em alguns casos)antes que estes possam ocorrer.

No caso dos derrames durante a carga oudescarga de produtos por barco, com oobjectivo de se antecipar à possívelcontaminação, tem-se vindo a trabalhar naimplantação de sistemas preditivos para adetecção e gestão de descargas, taiscomo sistemas de detecção e alarme defugas de hidrocarbonetos em mangueirasflutuantes e submersas das monobóias, ede sistemas de predição de derivas demanchas de petróleo.


Multas significativas e sanções não monetárias por incumprimento das normas ambientaisAs empresas devem tornar compatíveis as suas actividades produtivas com ocumprimento da legislação em todas assuas actuações.

A Assessoria Jurídica da CEPSA trabalhapara que a Companhia tome decisõesconsentâneas com o Direito, assim comopara proceder à defesa jurídica dos seus

interesses perante qualquer litígio quevenha a ocorrer, provocado tanto pelasactuações da empresa como pelasacções externas que a afectem.

A fim de alcançar estes objectivos, realiza-se um trabalho de aconselhamento a partirde uma dupla vertente: uma com carácterpreventivo, que poderá denominar-se

consultiva, e a outra com caráctercorrectivo, que será a parte contenciosa.

Também são mantidos contactos comempresas e associações do sector, bemcomo com as Administrações Públicas,participando com as suas interpretaçõesem anteprojectos ou projectos de lei quesão do seu particular interesse.

Derrames49 no sistema operacional normal das plantas 2007 2006 2005(Nº de descargas)

Crude, fuel 12 41 32Outros 24 49 43Total 36 90 75

49 Não se estabelece o número total dos derrames, uma vez que este dado apenas é registado quando o volume derramado no incidente é superior a um barril de petróleo (159 litros). Todos os derramesproduzidos em 2007 foram inferiores a este volume.

Derrames no transporte de produtos por estrada 2007 2006 2005

Número de Volume Número de Volume Número de Volumedescargas (toneladas) descargas (toneladas) descargas (toneladas)

Crude, fuel 1 12 0 0 0 0Outros 2 9,63 2 2,05 9 30,53Total 3 21,63 2 2,05 9 30,53

Derrames no transporte de produtos por barco 2007 2006 2005

Número de Volume Número de Volume Número de Volumedescargas (toneladas) descargas (toneladas) descargas (toneladas)

Crude, fuel 2 - 1 0,10 2 5,92Outros 1 - 0 0 0 0Total 3 - 1 0,10 2 5,92

Tal como acontece no relatório do anode 2006, e como complemento àinformação sobre o desempenhoambiental, inclui-se de seguidainformação descritiva relativa à situaçãoda CEPSA quanto a temas actuais sobrenormas ambientais.

A Autorização AmbientalIntegrada e previsões deadaptação às melhorestécnicas disponíveis

De acordo com a Lei 16/2002, deprevenção e controlo integrados dacontaminação, os centros da CEPSAque devem dispor da AutorizaçãoAmbiental Integrada (AAI) são as trêsrefinarias: “Gibraltar-San Roque”, “LaRábida” e “Tenerife”; as três unidadespetroquímicas: ERISA, PETRESA SanRoque e INTERQUISA San Roque;ASESA e NUEVA GENERADORA DELSUR (participadas pela CEPSA em50%). Em 31 de Dezembro de 2007,todos os centros dispõem da AAI, àexcepção da refinaria “Tenerife” queapresentou a documentação e o pedido pertinente em Maio de 2006 eaguarda a comunicação por parte daVice-Secretaria do Meio Ambiente doGoverno das Ilhas Canárias.

Nas instalações que dispõem de AAI,foram aplicados valores limite deemissões mais restritivos, emconsonância com as MelhoresTecnologias Disponíveis, aplicando-semedidas de diversa natureza. De entreestas, de salientar:

Refinaria “Gibraltar-San Roque”:implantação de programas LDAR (sigla em inglês de Detecção e Reparaçãode Fugas); estudos para a redução deodores na ETAR (Estação de Tratamentode Águas Residuais); ampliação da Rede de Vigilância e Controlo daQualidade do Ar; plano para a adequaçãodo parque de armazenamento aospadrões internacionais relativos àimpermeabilização dos fundos; consumode combustíveis com muito baixoconteúdo em enxofre, tanto para oslíquidos como para os gasosos.

INTERQUISA San Roque: implementaçãode Melhores Técnicas Disponíveis para adepuração dos compostos orgânicosemitidos em pontos focais de processos,assim como a implementação de sistemasde lavagem para os efluentes dos silos;adaptação do parque de armazenamentomediante a impermeabilização de fundos detanques e sistemas de detecção de fugas.

Adaptação ao Plano Nacionalde Redução de Emissõesdas Grandes Instalações deCombustão

As técnicas de redução de emissões dasGrandes Instalações de Combustão (GIC)centraram-se no uso de combustíveiscom baixo conteúdo de enxofre e noaumento do consumo dos gasosos,como o gás natural e o gás de refinaria;também na instalação de queimadores de baixo conteúdo em óxidos nitrosos(Low NOx); e inclusivamente com aaplicação de técnicas para a optimizaçãoda combustão para melhorar a eficiênciaenergética e reduzir as emissões de CO2 e NOx em fornos e caldeiras.

Previsões para ocumprimento da futura Lei de ResponsabilidadeAmbiental

No ano de 2007, entrou em vigor a Lei 26/2007, de 23 de Outubro, deResponsabilidade Ambiental. Embora hájá algum tempo venha a preparar-se parao cumprimento desta lei, a CEPSA estáconsciente dos possíveis danos que assuas instalações poderão causar devidoa acidentes, pelo que desenvolve umarigorosa política de prevenção.

Para a sua melhor aplicação, tiveramlugar ao longo do ano de 2007 jornadasformativas sobre a repercussão desta lei na companhia, nos seus diversosdepartamentos e em diferentes níveis de responsabilidade.

Elaboração dos relatóriospreliminares decontaminação dos solos:Decreto Real 9/2005

Em Fevereiro de 2007, terminou o prazo de apresentação dos relatóriospreliminares de contaminação dos solospara as instalações incluídas no âmbitoda aplicação do Decreto Real 9/2005.Todas as instalações e as plantas daCEPSA procederam à sua apresentaçãono prazo estabelecido.

A companhia, antecipando-se àlegislação e com o objectivo de prevenire corrigir a contaminação dos solos eáguas subterrâneas, dispõe desde háanos de redes piezométricas em todasas suas instalações industriais.

GestãoAmbiental11

Situação da CEPSA relativamente às normas de aplicação recente

Este regulamento obriga as empresasque fabricam e importam produtosquímicos em quantidades superiores auma tonelada por ano a avaliar os riscosderivados da sua utilização e a adoptaras medidas necessárias para gerirqualquer risco que venha a ocorrer.

A gestão e a execução do REACH exige,entre outras obrigações, a identificaçãodas substâncias, o seu pré-registo, oseu registo na Agência Europeia deSubstâncias e Preparados (EuropeanChemical Agency, ECHA) e a satisfaçãodos eventuais requerimentos dasautoridades competentes.

Durante o ano de 2007 fez-se umaestimativa do número aproximado desubstâncias relevantes para o REACH.Na área de produtos energéticos dasrefinarias, foram detectadas 35substâncias e 55 produtos intermédios. A tudo isto há que acrescentar 25substâncias das restantes áreas(sobretudo produtos químicos). O númerodefinitivo virá a ser conhecido depois determinada a fase de pré-registo.

De igual modo, e durante o ano de2007, finalizou-se o processo, iniciadoem 2006, de implantação da aplicação“ATRION” para a criação de fichas dedados de segurança com um conteúdoconforme com os requisitos legaisvigentes.

De sublinhar que se está a levar a caboum intenso trabalho formativo voltadopara as pessoas que virão a gerir ainformação requerida pelo REACH.

As operações realizadas nas instalaçõespoderão ter um impacto negativo noshabitats naturais das zonas de influênciada CEPSA. Consciente de tal facto, aCompanhia executa todos os anos umvasto programa de acções, cujo principalobjectivo é reduzir os impactos sobre omeio em que actua e, como tal, sobre abiodiversidade.

Os potenciais impactos podem serdirectos ou indirectos, dado que asoperações da Companhia implicam umagrande variedade de processos quepodem incluir o ar, a água, a terra, osrecursos naturais, a flora, a fauna, bemcomo os seres humanos e as suasrelações. A CEPSA confere-lhes umaatenção prioritária e adopta umaperspectiva preventiva baseada noprincípio da melhoria contínua, com oobjectivo de reduzir os referidos impactos.

A Companhia está consciente danecessidade de manter um equilíbrioentre as necessidades energéticas e o respeito e o cuidado pelo ambiente.

Anualmente, dedica recursos a diversos projectos com o objectivo de manter uma boa relação entre odesenvolvimento económico e social. E realiza acções pontuais solicitadaspelas comunidades onde está presente.


Protecção dabiodiversidade

A CEPSA e o REACH em 2007

Área de negócio/espaços protegidos 2007 2006 2005(Nº de terrenos)

Refinação 1 1 1Petroquímica 1 1 1Exploração e Produção 0 0 0Comercialização e logística50 37 48 75Total 39 50 77

50 Tanto em 2007 como em 2006 e 2005 foram considerados, para a área de “comercialização e logística”, as estações de serviço situadas em Espanha e Portugal.

Apesar de na maior parte dos casos as áreas com maior biodiversidadecoincidirem com espaços que contamcom algum tipo de protecção (ParquesNaturais, Parques Nacionais, ReservasNaturais, etc.), nem sempre é assim.

Com o propósito de dar a devidaimportância a todas as espécies e nãoapenas àquelas que se encontram emáreas protegidas, a CEPSA avaliou asituação das suas instalações em zonascom um elevado valor de biodiversidade.Par tal, baseou-se num estudo doDepartamento de Ecologia daUniversidade de Alcalá de Henares51, no qual se analisam os valores dabiodiversidade dos mamíferos, aves,anfíbios e répteis na Península Ibérica e nas Ilhas Baleares.

GestãoAmbiental11

Área de negócio/áreas de elevada biodiversidade de plantas vasculares 2007 2006(Nº de terrenos)

Refinação 2 2Petroquímica 2 2Exploração e Produção 0 0Comercialização e logística 165 157Total 169 161

Área de negócio/áreas de elevada biodiversidade de vertebrados 2007 2006(Nº de terrenos)

Refinação 3 3Petroquímica 3 3Exploração e Produção 0 0Comercialização e logística 119 116Total 125 122

Área de negócio/zonas húmidas 2007 2006 2005(Nº de terrenos)

Refinação 1 1 1Petroquímica 1 1 1Exploração e Produção 0 0 0Comercialização e logística 17 16 35Total 19 18 37

51 Identifying areas of high-value vertebrate diversity for strengthening conservation, 2003. José M. Rey Benayas, Enrique de la Montaña.


O conjunto destas medidas representaráum investimento de 2,3 milhões de euros,acarretando uma melhoria da qualidadeambiental, com uma previsível reduçãodas emissões até valores similares aoscriados mediante o emprego dasMelhores Técnicas Disponíveis.

A redução da emissão de benzeno para a atmosfera constitui um aspectoambiental significativo e prioritário, tanto do ponto de vista do enclavepopulacional contíguo à refinaria comodo da saúde dos trabalhadores. Noinício de 2007, foram dadas a conhecerdiversas informações relacionadas com a qualidade do ar, tendo sidoestabelecidos alguns objectivos a curto emédio prazo para levar a cabo um planode trabalho com duas etapas principais:

• Identificação das diversas fontes de emissão de benzeno.

• Quantificação de emissões.Realização de campanhas demedição no ar e na água.

As possíveis fontes de emissão debenzeno foram classificadas segundoas distintas fases em que estecomposto está presente dentro do ciclo produtivo da refinaria: área deprocessos, planta de tratamento de águas residuais, tanques dearmazenamento, carga e descarga de navios e tratamento de lodos.

Para a sua localização e posterioractuação sobre as diversas fontes de emissão na área de processos,procedeu-se à execução do programa LDAR: Programa deDetecção e Reparação de Fugas

(LDAR, Leak Detection and Repair) que tem como objectivo a redução da contaminação por compostosorgânicos voláteis (COV).

As acções propostas para o seguimentodas emissões de benzeno são:

Caso prático

Redução de emissões de benzeno na refinaria “Gibraltar-San Roque”

Medidas Medidasurgentes a medio plazo

Emissões nas unidades Instalação de juntas e Medidas de vigilância.de produção de benzeno fecho duplo em bombas.

Rede de detectores Sistemas fechados de purga. permanentes de benzeno.

Programas de detecção e reparação de fugas (LDAR)

Emissões no armazenamento Para as emissões por Instalação do ecrã e trasfega de benzeno válvulas de respiração flutuante nos tanques.

dos tanques, instalar Diminui-se em 95% as ecrãs flutuantes nos emissões fugitivas quatro tanques de tecto e de cada tanque.eliminar a armazenagem num esferóide até poder Revisão dos tectos ser substituído por outro flutuantes nos tanques tanque de tecto flutuante. existentes.

Emissões na estação de Diminuição da frequência Cobrir os equipamentos tratamento de águas residuais de purga dos tanques. para minimizar as emissões

para a atmosfera por evaporação de COV.

Emissões nas operações Evitar o derrame de Sistema de recuperação de de carga de navios produto durante vapores nos molhes H e I.

a operação.Plano de minimização deemissões de benzeno nosistema de carga-descargado cais de madeira queentra no mar.

Anexo

Termos do sector:

Bioetanol:Álcool etílico obtido a partir de produtos vegetais,tais como os cereais.

Catalizador:Substância que, em pequena quantidade, altera a velocidade de uma reacção química,geralmente aumentando-a, e que é recuperadasem alterações essenciais no final da reacção.

Cogeração:Sistema de geração eléctrica que produz calor eelectricidade de forma conjunta e simultânea.

Conversão:Processo posterior à destilação na qual sãotransformados os produtos mais pesados, comoo fuel e o gasóleo, noutros mais leves.

Cracking térmico:Ruptura das moléculas mais compridas, pelaacção do calor, para obter outras mais curtas.

Destilação atmosférica:Processo no qual se aquece o crude numacoluna de destilação à pressão atmosférica a fim de o separar em várias fracções dediferentes propriedades. Os produtos maisleves, como os gases (butano e propano) e anafta, sobem e à medida que vai descendo oproduto resultante é mais pesado. No fundo fica o fuel atmosférico.

Destilação em vazio:Destilação, cuja matéria-prima é o fuelatmosférico que é produzido a uma pressãoinferior à atmosférica num sistema de vazioinstalado na parte superior da coluna, para obterasfaltos e bases lubrificantes, entre outrosprodutos.

ETBE:(Etil ter-butil-eter) Composto químico utilizado naformulação de gasolinas para aumentar o númerode octanas.

FCC:Unidade de Cracking Catalítico em leitofluidizado. Planta de conversão que obtémprodutos leves a partir de uma mistura degasóleo pesado, gasóleo de vazio e, em algunscasos, resíduo atmosférico. O processo realiza-se através de um cracking térmico eutiliza, igualmente, um catalizador que permite ter uma maior variedade de produtos.

Fuel atmosférico:Mistura de hidrocarbonetos pesados que, paraser dividida nos diversos produtos que acompõem, necessita de ser destilada a umapressão inferior à atmosférica.

Unidade de alquilação:Unidade na qual se leva a cabo uma reacçãoquímica que produz moléculas de alto índice deoctano para serem utilizadas em gasolinas ounoutras aplicações.

Unidade de enxofre:Unidade de tratamento que recupera esteproduto para ser controlado e comercializado.

Unidade de ETBE:Unidade onde se obtém ETBE a partir debioetanol e o produto do FCC, com o objectivode melhorar a qualidade das gasolinas.

Unidade de hidrossulfuração:Unidade de tratamento que elimina o enxofrecontido nos produtos petrolíferos.

Unidade de isomerização:Unidade de tratamento cujo objectivo é obterprodutos de alto índice de octano para seremutilizados nas gasolinas.

Unidade de tratamento:Grupo de unidades que tem como finalidade éadequar os produtos às especificaçõesrequeridas. É o caso das unidades de ETBE,alquilação e isomerização, que permitem obtergasolinas sem chumbo de alta qualidade.

Expressões e acrónimosutilizados no Relatório:Barril:Medida de volume equivalente a 159 litros.

Biocombustíveis:Qualquer tipo de combustível que derive deorganismos recentemente vivos ou os seusdetritos metabólicos.

Biodiésel:Carburante proveniente de óleos vegetais parauso em motores diesel.

Ciclo combinado:Sistema de geração de energia que combina umciclo de turbina de gás com um ciclo de turbinade vapor obtendo um maior rendimento commenor impacto ambiental.

CO2:Dióxido de carbono.

COASHIQ:Organismo que elabora estatísticas de segurançacom os dados dos seus associados. Em Espanha,é a maior representação da indústria relacionadacom produtos químicos. As refinarias e as trêsunidades petroquímicas da CEPSA situadas emEspanha estão associadas a este organismo.

COV:Compostos orgânicos voláteis.

Direitos de emissão:Autorizações ou créditos outorgados aorganizações que lhes permitem cumprir com osobjectivos do Protocolo de Quioto e queposteriormente podem ser comercializadosdentro de um mercado regulado.

Efluente:Resíduo em forma líquida que costuma originar-se como resultado dos diversos processos deuma unidade produtiva.

GJ:Gigajoule. 109 joules (1.000 milhões de joules). O joule é a unidade de trabalho do sistemainternacional, que equivale ao trabalho produzido poruma força de um newton cujo ponto de aplicaçãose desloca um metro na direcção da força.

IPPC:Directiva europeia que tem por objecto aprevenção e a redução integradas dacontaminação procedente de diversas actividades.

ISO:International Organization for Standarization.

ISO 9001:Norma certificável de gestão de qualidade.

Mecanismos de desenvolvimento limpo(MDL):Projectos de redução de emissões em países menosdesenvolvidos no âmbito do Protocolo de Quioto.

MWh:Megavátios hora. Unidade de medida de energia.

NOx:Óxidos de nitrogénio.

OHSAS 18001:Padrões voluntários internacionais relacionadoscom a gestão da segurança e a saúdeocupacional.

OIT (Organização Internacional do Trabalho):Organismo das Nações Unidas que fomenta ajustiça social e os direitos humanos e de lutacontra a corrupção.

Pacto Mundial das Nações Unidas:Pretende divulgar entre o sector privado aassumpção de compromissos ambientais, laborais,de protecção dos direitos humanos e de lutacontra a corrupção.

Plano Nacional de Atribuição de Licençasde Emissão (PNA):Acto legislativo pelo qual é regulado o regime docomércio de direitos de emissão de gases comefeito de estufa (aprovado pelo Governo emediante o qual se adapta ao nosso ordenamentojurídico a Directiva Europeia 87/2003 sobre estecomércio), que tem por objecto contribuir para aredução de emissões que provocam alteraçõesclimáticas, cumprindo o compromisso assumidopor Espanha com o Protocolo de Quioto.

Protocolo de Quioto:Acordo internacional, de 1997, pelo qual os paísesmais desenvolvidos se comprometem a reduzir assuas emissões de gases com efeito de estufa paraestabilizar as concentrações de gases naatmosfera num nível que impede interferênciasperigosas no sistema climático.

PTA:Ácido Tereftálico Purificado.

REACH:Registration, Evaluation and Authorisation of Chemicals.

SO2:Dióxido de enxofre.

T:Tonelada métrica.

Anexo:Glossários

Design e realizaçãoIMAGIA

FotografiaArquivo fotográfico da CEPSA

Dados de contacto:Agradecemos a todos aqueles que nos queiram enviar perguntas,contributos, sugestões ou comentários sobre o Relatório que o façamchegar através dos seguintes canais:

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RelatórioAnual 2007

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