Resumo do Plano de Manejo Florestal ES, BA e MG 2014 · RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª...

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FIBRIA / UNIDADE ARACRUZ Regiões dos Estados do Espírito Santo, da Bahia e de Minas Gerais RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 2014

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FIBRIA / UNIDADE ARACRUZRegiões dos Estados do Espírito Santo, da Bahia e de Minas Gerais

RESUMO PÚBLICO DOPLANO DE MANEJO FLORESTAL

6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014

2014

O Resumo Público do Plano de Manejo tem como objetivo disponibilizar para a sociedade uma síntese das operações florestais da Fibria, as estratégias e as ações da Empresa, bem como nossa política social e de sustentabilidade. Este Resumo baseia-se nas principais certificações florestais: FSC® Forest Stewardship Council® (Conselho de Manejo Florestal) e CERFLOR (Certificação Florestal), cada sistema possuindo seus próprios princípios e critérios.

A versão digital deste Resumo Público está disponível no site http://www.fibria.com.br/web/pt/midia/publicacoes.htm, sendo enviadas as partes interessadas no formato digital através de e-mail ou encaminhadas na versão impressa.

Comentários, dúvidas e sugestões a respeito do Resumo Público do Plano de Manejo podem ser enviados para a área de Meio Ambiente Florestal da Fibria Unidade Aracruz, pelo canal de comunicação com as partes interessadas, através do telefone (27) 3270.2122 ou e-mail [email protected]

Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas de celulose, com fábricas localizadas em Aracruz (ES), Três Lagoas (MS), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel, um empreendimento em conjunto com o grupo filandês Stora Enso, do qual a Fibria mantém 50% de participação.

Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel (Aracruz, ES).

Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis, a Fibria trabalha com uma base florestal total de 846.282 mil hectares de áreas localizadas nos Estados do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, dos quais 288.786 mil são destinados à conservação ambiental.

Conta adicionalmente com aproximadamente 108.053 ha

SoBRE o RESUmo SoBRE A FIBRIA

ONDEESTAMOS

NoSSA mISSãoDesenvolver o negócio florestal renovável como fonte sustentável da vida.

NoSSoS VAloRESSolidez, ética, respeito, empreendedorismo e união.

NoSSA VISãoConsolidar a floresta plantada como produtora de valor econômico. Gerar lucro admirado, associado à conservação ambiental, inclusão social e melhoria da qualidade de vida.

plantios de eucalipto de produtores independentes - uma fonte alternativa de madeira para a empresa e de diversificação de renda e uso da terra para o produtor rural.

Atualmente, a empresa emprega aproximadamente 17 mil profissionais, entre diretos e indiretos, e está presente em 242 municípios de sete Estados brasileiros. Com clientes em mais de 40 países, a companhia tem sede em São Paulo e subsidiárias de comercialização e distribuição em Miami (EUA) e Lustenau (Áustria), escritório de representação em Hong Kong (China) e centros de distribuição nos EUA, Holanda, Itália, Malásia e China.

Em outubro de 2012, a Fibria firmou aliança estratégia com a norte-americana Ensyn para investir no segmento de combustíveis renováveis a partir de biomassa.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 03

Os plantios da empresa iniciaram em 1967 na Regional Aracruz, em 1978 na Regional São Mateus, em 1987 na Regional Sul da Bahia e em 2002 no Estado de Minas Gerais. Com uma área total de 345.940 hectares (Base Maio 2014), sendo cerca de 125.432 hectares de áreas destinadas à conservação da biodiversidade, o nosso manejo florestal é realizado de forma a conciliar o cultivo de eucalipto com a conservação dos recursos naturais, o respeito às comunidades e as inovações tecnológicas. Toda nossa produção é baseada em plantios renováveis de eucalipto, com o objetivo de abastecer o complexo industrial localizado em Aracruz, no Espírito Santo, que produz cerca de 2,3 milhões de toneladas anuais de celulose branqueada de eucalipto. As unidades fabris (Fábricas A, B e C) operam dentro de rígidos padrões de controle ambiental, com constantes investimentos em programas e tecnologias para o monitoramento das emissões, da qualidade do ar e da água e com a correta disposição dos resíduos gerados. Para garantir sucesso em todas as fases do processo, a Fibria investe constantemente em pesquisa, tecnologia e capacitação profissional.

As atividades florestais em áreas próprias, arrendadas e parcerias estão localizadas em 33 municípios nos Estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. As áreas do Programa Poupança Florestal distribuem-se por 126 municípios, incluindo também municípios no Estado do Rio de Janeiro. A administração das atividades florestais é dividida em cinco regionais: Aracruz, São Mateus, Posto da Mata, Teixeira de Freitas e Minas Gerais.

FIBRIA: UNIDADE ARACRUZ

REGIÕES DOS ESTADOS DO ESPÍRITO SANTO, BAHIA E MINAS GERAIS

MG

ES

BA

40°0'0"W

41°20'0"W

41°20'0"W

42°40'0"W

16°4

0'0

"S18

°0'0

"S

18°0

'0"S

19°2

0'0

"S

19°2

0'0

"S20

°40

'0"S

40°0

'0"W

16°40'0"S

20°40'0"S

LegendaProjetos AR - Regional - A002Projetos SM - Regional - S003Projetos MG - Regional - G005Projetos PM - Regional - M004Projetos TF - Regional - T006Limites Estaduais

0 20 40 6010Km

Projeção Universal Transversa de Mercator

ÁREA DE ATUAÇÃO

Fonte: Fibria Maio/2014. Todas as áreas próprias foram adquiridas de seus legítimos proprietários e possuem registro em cartório ou estão em processo de regularização imobiliária.

PROPRIEDADES PRÓPRIAS, ARRENDADAS E PARCERIAS DA UNIDADE ARACRUZ POR MUNICÍPIO

Estado Município Plantio (ha)

EspiritoSanto

Bahia

minasGerais

Total

Aracruz

Alcobaça

Caravelas

Mucuri

Prado

Teixeira de Freitas

Vereda

Carlos Chagas

Frei Inocêncio

Nanuque

São José da Safira

Galiléia

Conselheiro Pena

Nova Viçosa

Ibirapuã

Ecoporanga

Ibatiba

Jaguaré

Montanha

Pinheiros

Rio Bananal

São Mateus

Santa Leopoldina

Santa Teresa

Serra

Sooretama

Vila Valério

Ponto Belo

Mucurici

Linhares

Ibiraçu

Fundão

Conceição da Barra

143.602

150.599

236.128

177.476

166.454

115.379

82.870

319.885

46.820

151.537

21.445

72.132

140.802

132.612

78.606

228.323

24.149

65.636

109.892

97.506

64.548

234.325

71.644

69.453

55.325

59.337

46.435

35.616

53.771

350.160

19.982

27.965

118.804

38.916

24.725

23.518

9.638

1.007

2.041

2.830

5.589

-

8.067

-

200.620

-

425

5.283

-

-

20

792

2.639

618

759

20.744

238

15

5.200

810

175

-

-

10.725

-

1.039

34.807

-

1.249

-

-

775

-

-

-

1.080

590

780

22.344

372

388

-

-

835

-

-

4.924

2.404

-

-

-

-

-

-

166

7.874

529

296

81

-

-

8.347

27.764

10.229

8.265

88

3.710

1.315

-

-

-

-

122.975

-

-

25.958

155

-

-

4.594

2.528

1.784

166

14.304

-

-

-

2.619

2.769

-

1.163

4.434

-

-

2.784

26.425

28.077

19.852

11.454

1.022

3.210

1.241

2.434

282

4.215

187

195.426

94

269

17.681

87

305

7

3.255

6.024

2.880

364

23.828

22

9

2.455

2.465

1.769

5.119

986

5.160

50

567

23.633

16.576

21.432

11.594

5.309

694

2.026

2.803

2.866

753

3.982

577

125.432

254

503

11.425

58

458

6

1.704

3.583

1.610

508

8.891

213

5

2.428

734

1.100

2.119

554

9.259

18

384

11.005

4.262

4.229

2.301

1.140

155

514

101

289

46

461

16

25.081

24

41

2.135

9

72

7

426

484

316

52

2.329

4

1

317

230

242

636

152

1.036

14

89

2.952

47.264

53.738

33.747

17.903

1.870

5.750

4.145

5.589

1.080

8.658

780

345.940

372

813

31.241

155

835

20

5.385

10.090

4.806

925

35.048

238

15

5.200

3.429

3.111

7.874

1.692

15.455

81

1.039

37.591

32,91

35,68

14,29

10,09

1,12

4,98

5,00

1,75

2,31

5,71

3,64

0,52

0,58

23,56

0,20

0,37

0,08

8,20

9,18

4,93

1,43

14,96

0,33

0,02

9,40

5,78

6,70

22,11

3,15

4,41

0,41

3,72

31,64

Área Municipio (ha)

Área Própria(ha)

Área Arrendada (ha)

Área Parcerias (ha)

Conservação (ha)

Outras Áreas (ha)

Área Total Ocupada (ha)

Área Total Ocupada (%)

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201404

ÁREA DE ATUAÇÃO

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 05

ÁREAS PRóPRIAS,ARRENDADAS E PARCERIA (ha) ÁREAS DIVERSAS (ha)

Área própria Área de efetivo plantio199.355 184.335

Área parceria Área de conservação121.024 120.620

Área arrendada Outras áreas7.340 22.764

Dados referentes às áreas florestais da Fibria - Unidade Aracruz inclusas no escopo de certificação CERFLOR

ÁREA ToTAl ÁREA ToTAl327.719 327.719

Fonte: Fibria Aracruz, Março de 2014

ÁREAS PRóPRIAS, ARRENDADAS E PARCERIA (ha) ÁREAS DIVERSAS (ha)

Área própria Área de efetivo plantio180.050 163.624

Área parceria Área de conservação103.556 106.517

Área arrendada Outras áreas7.296 20.761

Dados referentes às áreas florestais da Fibria - Unidade Aracruz inclusas no escopo de certificação FSC®

ÁREA ToTAl ÁREA ToTAl 290.902 290.902

Fonte: Fibria Aracruz, Março de 2014

Para garantir o suprimento de madeira, a Fibria criou em 1990 o seu programa de fomento florestal, hoje chamado de Poupança Florestal, que é responsável por cerca de 30% do abastecimento de madeira da Unidade Industrial Aracruz. Atualmente, abrange 2.354 contratos, o que corresponde a aproximadamente 63.112 hectares de eucalipto plantado, alcançando 126 municípios: 69 do Espírito Santo, 32 de Minas Gerais, 13 da Bahia e 12 do Rio de Janeiro (Base Maio/2014). O modelo de fomento praticado pela Empresa incorporou benefícios aos produtores, permitindo-lhes melhor planejamento da propriedade e adequação legal. As áreas de fomento não

POUPANÇA FLORESTAL

Em 2012, teve início o Programa Poupança Florestal na Unidade Aracruz, finalizando, assim, a consolidação de um programa de fomento único para todas as Unidades da Fibria, que resguarda as particularidades sociais e ambientais de cada região onde a empresa atua.

pertencem ao escopo das certificações de manejo florestal FSC® e do CERFLOR/PEFC, mas são auditadas pelo Programa de Verificação, processo que utiliza os critérios do padrão de madeira controlada (Controlled Wood - CW) e Fontes Controversas, respectivamente, contemplando questões legais, ambientais e sociais, condições socioeconômicas e perfil das áreas adjacentes.

A Unidade de Manejo da Fibria se encontra em uma região que inclui municípios urbanizados e inseridos na região metropolitana de Vitória, significativos centros regionais, como Teixeira de Freitas, Linhares e São Mateus, pequenos municípios basicamente agrícolas, como Montanha e Vereda. Outros municípios de grande base territorial, que apresentam forte presença da eucaliptocultura são: Conceição da Barra, Mucuri e Alcobaça.

As principais atividades agrícolas realizadas na região são a pecuária, fruticultura (cacau, mamão, maracujá e melancia, entre outros), pesca (nos municípios localizados próximos ao litoral), agricultura familiar e eucaliptocultura.

A atividade industrial está mais presente nos municípios de Aracruz, Serra, Linhares, Teixeira de Freitas, Mucuri e São Mateus.

As regiões da Costa das Baleias (Mucuri, Nova

CONDIÇÕES SOCIOECONOMICAS E PERFIL DAS ÁREAS ADJACENTES

Viçosa, Caravelas, Alcobaça, Prado e Teixeira de Freitas) e do Vale do Cricaré (São Mateus, Conceição da Barra e Pedro Canário) abrigam inúmeras comunidades pequenas, dispersas e desconectadas entre si, que apresentam fragilidades e problemas estruturais, que são fatores de inibição ao seu desenvolvimento.

Nos últimos anos, houve uma redução das taxas de analfabetismo no país para todas as categorias de cor ou raça, porém ainda são encontradas grandes diferenças. Enquanto a taxa nacional de analfabetismo entre pessoas de 15 ou mais anos de idade era de 9,6% em 2010, nos municípios da área de influência direta da Fibria essa taxa é em média de 16,1% variando de 5,6% (Serra - ES) a 30,9% (Vereda - BA).

Em relação ao saneamento básico, embora a proporção de domicílios adequados tenha aumentado de 34,9% em 2000 para 47% em 2010, somente 13 cidades da região possuem índice igual ou superior à média nacional de 61,8%. Na grande maioria das residências rurais o abastecimento de água se dá por poços artesianos ou nascentes.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201406

INDICADORES SOCIOECONÔMICOS POR MUNICÍPIO

1. IFDM - Índice FIRJAM de Desenvolvimento Municipal.2. Índice de desenvolvimento da educação básica - 4ª série/5º ano - 2011.3. Abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e lixo coletado diretamente ou indiretamente - 2010.

MuniCíPiODOMiCíliOs AbAixO

DA linhA DE PObrEzA (%) 2010

Alcobaça

Caravelas

Ibirapuã

Mucuri

Nova Viçosa

Prado

Teixeira de Freitas

Vereda

Aracruz

Conceição da Barra

Ecoporanga

Fundão

Ibatiba

Ibiraçu

Jaguaré

Linhares

Montanha

Mucurici

Pinheiros

Ponto Belo

Rio Bananal

Santa Leopoldina

Santa Teresa

São Mateus

Serra

Sooretama

Vila Valério

Carlos Chagas

Conselheiro Pena

Frei Inocêncio

Galiléia

Nanuque

São José da Safira

13.076

17.391

15.083

26.698

9.297

11.444

9.887

8.335

41.019

16.066

11.723

18.895

9.594

17.879

22.480

25.249

14.795

12.173

16.193

9.151

12.821

10.260

11.889

11.062

32.996

15.719

19.076

11.192

9.393

7.007

7.595

10.620

5.798

52,1

52,8

57

76,3

87

56

93,4

20,3

87,3

79,4

63,7

84,5

59,8

75,7

60,9

86

75,8

63,5

78,3

80,1

38,7

21,4

53,9

77,5

99,3

70,8

36,5

64,6

79,1

75,8

81,9

90,1

72,3

Regular

Regular

Regular

Moderado

Moderado

Regular

Moderado

Regular

Alto

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Alto

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Alto

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Moderado

Regular

Moderado

Regular

4,1

3,5

4,3

4,5

4

3,8

4,2

4,3

5,8

5,4

4,6

5

4,8

5,8

4,7

5,3

5,5

5

5,2

4,6

5,4

5,2

5,5

5,2

4,8

4,9

5,7

5,3

5,8

5,4

4,8

5,3

4,3

51,7

49,5

41

38,8

44,7

50,5

36,6

53,1

24

41,9

42,1

24,9

38,5

25,6

40

25

38,1

45,8

36,4

40,4

32,9

41

24,5

29,9

21,1

40,6

36

44,4

39,3

44,4

38,7

36,5

53,2

22,2

20,5

11,6

12,4

17,2

21,8

36,6

20,4

6,2

13,8

15

6,1

13

5,9

13,9

6,5

11,4

15,8

10

11,3

10,8

14,4

7,2

8,9

4,5

13

12,9

13,5

12.6

15,2

9,4

10,3

19,6

26,8

21,1

44,8

12,6

11,9

63,1

27,3

77,4

30

35,8

41,1

40,9

74

50,5

65,9

18,5

16,9

51,4

72

67

31

8,2

48,1

58,4

82,5

42,3

28,7

61,1

71,4

62,1

64,1

73,4

50,7

23,6

25

23,3

18,3

19

19,9

14,7

30,9

7,4

15,2

20,2

9,5

17,9

8,1

13,7

9,6

17,4

19,9

17,2

21,7

13,3

13,3

9,9

9,8

5,6

14,6

14,1

22

16,2

17,6

19,3

15,5

23,7

Pib PEr CAPiTA(r$) 2011

TAxA DE urbAnizAçãO

(%) 2010

iFDM 2012 AnO bAsE 2010 ClAssiFiCAçãO1

iDEb2 2011

DOMiCíliOs AbAixO DA linhA DE

inDigênCiA (%) 2010

sAnEAMEnTO DOMiCíliOs

ADEquADOs (%)3 2010

TAxA DE AnAlFAbETisMO

(%) 2010

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 07

COMUNIDADES INDÍGENAS

DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS

Atualmente, três terras indígenas - com 18.287 hectares e 12 aldeamentos - são vizinhas da Fibria no Espírito Santo. Os índios da comunidade (cerca de 760 famílias em 2010) são agricultores, prestadores de serviços informais ou assalariados, funcionários da prefeitura, artesãos, pescadores, profissionais liberais (marceneiros, pedreiros, domésticas e outros) e vendedores de eucalipto remanescente.

Buscando apoiar essas populações indígenas no fortalecimento de suas formas de ocupação original da terra, em 2012 a empresa elaborou, juntamente com a consultoria Kambôas Socioambiental, o Programa de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani do Espírito Santo, que busca dar condições para os índios se voltarem para a gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas Tupiniquim, Caieiras Velhas II e Comboios. O objetivo da Fibria com o programa é propiciar um conjunto de ações integradas e de longo prazo que permitam aos Tupiniquins e Guaranis restituírem as condições ambientais necessárias para suas práticas socioculturais, afirmação da identidade étnica e atividades econômicas sustentáveis.

A atuação da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional é baseada em nossos valores, crenças, cultura e estratégia da organização. O objetivo é gerar impacto positivo no clima organizacional, reforçando nossa atratividade, nosso engajamento e a permanência das pessoas em nossas equipes.

EMPREGOS DIRETOS E TERCEIROS PERMANENTES

PRÓPRIOS

3.889 609893

TERCEIROS

13.193 1.116 7.054

TOTAL

17.082 1.725 7.947

Fibria brasilFibria unidade Aracruz - industrialFibria unidade Aracruz - Florestal

Fonte: Fibria Dezembro/2013

O quadro a seguir apresenta programas estruturados que apoiam a execução das estratégias de desenvolvimento. Além das ações de desenvolvimento, a Fibria possui processo estruturado de integração dos novos profissionais e provedores permanentes, que visa facilitar a adaptação ao ambiente de trabalho.

indígenas participam do Programa de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani do ES

Desde outubro 2012,

169 famíliasTiago dos Santos, Tupiniquim de Pau Brasil, maneja em seu quintal 40 colônias de uruçu-amarela, nativas da Mata Atlântica. Depois de formado pelo PSTG, ele é proprietário de 18 caixas.

Claudyo Peralta, engenheiro florestal do PSTG, observa qualidade de mudas, com Deividson da aldeia Irajá

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201408

Programa Fibria de Promoção da saúde e qualidade de VidaO Mais Vida, Programa de Promoção da saúde e qualidade de Vida Fibria, propicia o bem estar de nossos profissionais e de seus familiares. Mais do que transmitir orientações e manter atividades relacionadas aos cuidados com a saúde, este Programa busca a conscientização e a adoção de hábitos saudáveis em todas as questões relacionadas à qualidade de vida, sejam físicas ou emocionais.

GESTãO DE DESEMPENHO

CULTURA ORGANIZACIONAL

CLIMA OrgAnIzACIOnAL

CRENÇAS DE GESTão

ASPIRAÇãoDoBRAR DE VAloRATÉ 2025

mISSãoVISãoVAloRES

gEsTãO DE DEsEMPEnhO DE inDiVíDuOs E TiMEs

AvaliaçãoDesempenho

Desenvolvimentode líderes

Atr

ação

Enga

jam

ento

rete

nção

DesenvolvimentoTéc./Profissional

Processosucessório

Carreira

Meritocracia

ESTRATÉGIA

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 09

PRINCIPAIS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DE PROFISSIONAIS FIBRIA - UNIDADE ARACRUZ

PRoGRAmA oBJETIVo

Gestão de Clima

Programa Desenvolvimento da Primeira liderança

Academia de Excelência

Recrutamento Interno

movimenta

Formação e Especialização em Papel e Celulose

Programa Jovem Aprendiz

Gestão de Desempenho

Programa Potenciar

Bolsa de Idiomas

E-learning

Programa de Estagiários

Programa Indica

I9 (Inove)

Bolsa de Estudos

Obter a percepção dos empregados para melhor orientar a definição de ações futuras para melhoria do Clima Organizacional

Capacitar e prover o desenvolvimento em referenciais comportamentais, auxiliares na gestão de pessoas e equipes, para o primeiro nível de liderança

da organização, alinhadas as crenças de gestão da empresa

Promover ações de formação e desenvolvimento das lideranças, bem como aperfeiçoamento técnico dos profissionais, promovendo o

compartilhamento e a evolução do conhecimento na Fibria e a sustentação para os processos de transformação da organização

Promover a ser um estímulo à retenção e crescimento dos empregados da Fibria favorecendo a sinergia e a disseminação de melhores práticas e

permitir que as pessoas realizem seu potencial dentro da empresa

Promover mobilidade dos profissionais, entre as Unidades de negócios do Grupo Votorantim, ampliando as oportunidades de crescimento e aproveitamento das potencialidades dos

profissionais, contribuindo também para o processo de retenção de talentos

Disseminar o conhecimento técnico-científico na área de celulose e papel, preparando e/ou desenvolvendo os profissionais da Fibria para o exercício de atividades técnicas

atuais ou futuras, atendendo ás demandas e desafios dos seus negócios

Proporcionar aos jovens de 14 a 24 anos qualificação profissional na área florestal, viabilizando a formação de operadores e mecânicos de manutenção de máquinas

florestais. Este programa é realizado nos termos dos artigos 402 a 433 do Decreto-Lei nº 5.452 de 01/05/1943 (CLT), alterados pela Lei nº 10.097 de 19/12/2000, Decreto nº 5.598 de 01/12/2005 e Instrução Normativa n° 26 de 20/12/2002. Tendo como

destaque, a priorização de jovens das comunidades rurais onde a empresa disponibiliza o transporte diário, alimentação, seguro de vida e plano de saúde

Processo integrado e dinâmico de Gestão de Pessoas, que visa estimular o desempenho individual, do time e da organização

Promover a aceleração do aprendizado de jovens potenciais internos, possibilitando o desenvolvimento e formação de futuros lÍderes, sustentando nossos valores e Crenças

Investir no desenvolvimento dos empregados em idiomas estrangeiros para melhor atuação em âmbito global, possibilitando crescimento individual e aprendizado organizacional

Intensificar o processo de capacitação dos empregados, por meio de cursos online (treinamento à distância)

Identificar, captar e desenvolver jovens talentos com potencial e competências alinhadas aos valores, crenças e objetivos do negócio, visando

o reforço das portas de entrada na organização

Programa que permite que os empregados indiquem profissionais de sua rede de contatos para trabalhar nas empresas do grupo

Estimular a geração de ideias, o desenvolvimento e a implantação de projetos inovadores na empresa, além de tornar o ambiente de trabalho mais estimulante e empreendedor

Investir na capacitação e desenvolvimento de empregados para o melhor exercício de suas funções

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201410

A Fibria possui alguns direcionadores internos, que visam priorizar a contratação de mão de obra nos municípios com base florestal da empresa (áreas próprias, arrendadas e parcerias) e nas localidades inseridas nas Áreas Diretamente Afetadas pelo manejo (ADA)*.

Priorizar a contratação de mão de obra nos municípios com base florestal da Fibria (áreas próprias, arrendadas e parcerias)

GRÁFICO 1 Origem da mão de obra contratada (%) - Dezembro/2013

GRÁFICO 2 Origem da mão de obra contratada (%) - Dezembro/2013

Municípios com base florestal Localidades inseridas na área diretamente afetada

Municípios sem base florestalLocalidades fora da área diretamente afetada

Priorizar a contratação de mão de obra nas localidades inseridas na Área Diretamente Afetada pelo Manejo (ADA)

(*) Áreas Diretamente Afetadas pelo manejo (ADA) - são áreas diretamente afetadas pelas atividades florestais. As comunidades situadas num raio de três quilômetros em torno das propriedades ou de áreas arrendadas e parcerias para a produção de eucalipto.

Também é prática a formação de mão de obra envolvendo as comunidades rurais, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

ORIGEM DA MãO DE OBRA (MUNICÍPIOS COM BASE FLORESTAL E ADA)

DIRECIONADOR DIRECIONADOR1 2

95% 84%

5% 16%

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 11

MANEJO FLORESTAL

O QUE É MANEJO FLORESTAL?

OBJETIVO

RECURSOS FLORESTAIS MANEJADOS

ATENDIMENTO À LEGISLAÇãO

É a administração dos recursos florestais com o objetivo de obter benefícios econômicos e sociais, respeitando os mecanismos de sustentação do ecossistema.

A longo prazo, o manejo florestal da Fibria tem como objetivo o abastecimento de madeira de eucalipto para a Unidade Industrial de Aracruz, observando-se parâmetros de produtividade, qualidade, baixo custo, responsabilidade ambiental e social de modo a assegurar a sustentabilidade e a competitividade do empreendimento. Para atingir este objetivo, o manejo florestal da empresa é conduzido de forma que os parâmetros descritos a seguir sejam sempre observados a curto e médio prazo.

Disponibilidade e uso racional de áreas para o cultivo de eucalipto por meio de diretrizes e procedimentos para compra e arrendamento de propriedades.

Desenvolvimento de novos materiais genéticos e realização de monitoramentos nutricionais do solo, de pragas e outros definidos em rotinas operacionais e projetos específicos de pesquisa.

Padronização, divulgação e contínua melhoria nos procedimentos relacionados a produção de mudas, implantação, reforma, tratos silviculturais, abertura e manutenção de estradas, colheita e transporte de produto florestal.

Definição de programas voltados ao meio ambiente, à saúde e segurança no trabalho e a aspectos socioambientais, sempre se observando a legislação aplicável.

A Unidade Aracruz iniciou seus plantios no final da década de 1960. A escolha do eucalipto, originário da Austrália e da Indonésia, ocorreu em função do seu alto potencial de produção de madeira para fabricação de celulose, comparado às demais espécies florestais, e por sua adequação às condições ambientais, de solo e de clima da região de atuação do empreendimento. Os plantios da Fibria são formados predominantemente por híbridos de eucalipto clonais obtidos a partir do cruzamento entre as espécies Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla. Estas espécies e seus híbridos foram selecionados por melhor se adaptar às condições locais de clima e solo, após vários ciclos de melhoramentos e pesquisas. Os esforços em pesquisas e melhoramento propiciaram ganhos significativos em produtividade dos plantios (de 6,4 toneladas de celulose/ha/ano na década de 1970 para 11,8 toneladas de celulose/ha/ano atualmente) e qualidade da madeira, com minimização contínua de impactos ambientais. Atualmente, em média, a madeira é colhida aos seis anos, podendo variar entre cinco e sete, sendo o incremento médio anual dos plantios em torno de 40 m³/ha/ano. Após a primeira colheita de árvores, as plantações são manejadas por reforma (novo plantio) ou condução de rebrota.

A Fibria mantém uma rotina de atualização das legislações ambientais, trabalhista e tributária aplicáveis à sua atividade, a partir de levantamento preliminar realizado por empresa de consultoria jurídica ambiental especializada. Cada legislação, seja ela de origem Federal, Estadual ou Municipal, tem sua aplicabilidade analisada e seu atendimento verificado. As Licenças Ambientais e suas condicionantes são registradas e monitoradas por um sistema de gestão de licenciamentos ambientais

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201412

OPERAÇÕES FLORESTAIS

Segurança e SaúdeA Fibria busca as melhores práticas para a gestão eficiente da segurança e da saúde de seus empregados e dos colaboradores. Em 2013, a empresa revitalizou o Movimento Alerta, para conscientização e fortalecimento dos aspectos de segurança em todos os níveis da companhia. A iniciativa envolveu Encontros com o Presidente, a sensibilização de gestores, palestras com especialista, campanha informativa voltada para as famílias dos empregados e treinamento para a primeira liderança, a fim de garantir a própria segurança e a de suas equipes. Com essas e outras medidas específicas aplicadas localmente a Unidade Aracruz vem conseguindo reduzir a taxa de frequências de acidentes com e sem afastamento. Em 2013, a Empresa registrou uma taxa de 5,38 mostrando uma redução de 19% em relação ao ano de 2012.

80

100

60

40

20

0

AS SEGUINTES ATIVIDADES FAZEM PARTE DO MANEJO FLORESTAL DA FIBRIA

ÍNDICE DE DESEMPENHO DE SEGURANÇA

44%

69%

83%90%

2010 2011 2012 2013

Produção de mudas Plantio e manutençãode florestas

Colheita

Transporte demadeira

Planejamento dosuprimento de madeira

ATIVIDADES DOMANEJO FLORESTAL

Tecnologia florestale ambiental

restauração deáreas protegidas

relacionamentocom comunidades

licenciamento, monitoramentoe gestão ambiental

Proteção florestal

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 13

CENTRO DE TECNOLOGIA DESENVOLVIMENTO OPERACIONAL

OPERAÇÕES E SUPRIMENTO DE MADEIRA

O Centro de Tecnologia é responsável pelo desenvolvimento de inovações tecnológicas para definição de modelos de manejo responsável, aumento da produtividade florestal, melhoria dos processos industriais e diferenciação de produtos. O portfólio de projetos de pesquisa do Centro de Tecnologia é definido para atingir excelência operacional, atender demandas de mercado e exigências legais, viabilizando novas tendências, tecnologias e produtos, em sintonia com as estratégias da empresa. O Centro de Tecnologia conta com laboratórios para o desenvolvimento de trabalhos de biotecnologia, biorrefinaria, celulose e papel e proteção florestal, além de uma rede de experimentos de campo em melhoramento genético e manejo florestal. No campo ainda existem microbacias hidrográficas experimentais que funcionam como verdadeiros “laboratórios a céu aberto”. Os projetos são desenvolvidos, na sua maioria, em parceria com universidades e institutos de pesquisa nacionais e internacionais, compreendendo as diferentes áreas do conhecimento em pesquisa florestal.

Também gera novas tecnologias para o processo e desenvolve sistemas operacionais e equipamentos para a melhoria contínua das atividades de plantio, colheita e logística. Atua também na capacitação de pessoas sobre técnicas corretas de operação de máquinas e equipamentos, de modo a promover segurança, qualidade de produtos, alta produtividade, custos adequados para a atividade florestal e conservação do meio ambiente.

O planejamento dos plantios e da colheita para abastecimento de madeira contempla o curto, o médio e o longo prazo, buscando a melhor utilização dos recursos naturais e minimizando eventuais impactos socioambientais. Em curto prazo, indica quais áreas serão reformadas ou conduzidas para receber novas florestas e como será realizada a colheita da madeira. Nas áreas em que o plantio será realizado pela primeira vez, realiza-se um estudo da propriedade identificando e demarcando em mapas as áreas de efetivo plantio, áreas para preservação permanente (APP) e Reserva Legal, de acordo com o exigido pela legislação ambiental. Em longo prazo, atua com planos de manejo para garantir o atendimento da Unidade Industrial de Aracruz.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201414

PRODUÇãO DE MUDAS PLANTIO

MANUTENÇãO FLORESTAL

PROTEÇãO FLORESTAL

Para abastecer as áreas de plantio, o viveiro de Aracruz disponibilizou 58,7 milhões de mudas de eucalipto, das quais 33,0 milhões foram de produção própria e 25,7 milhões adquiridas no mercado. O viveiro de Aracruz possui um sistema de captação de água pluvial para utilização na irrigação de mudas, com reaproveitamento de 100% do efluente gerado para aplicação em plantios de eucalipto. Essas ações trazem impactos positivos para o meio ambiente: aproveitamento da água de chuvas, contenção do efluente gerado no processo de produção de mudas e redução do volume de água captado em poços artesianos e em manancial superficial.

As principais atividades relacionadas à implantação florestal são: limpeza da área manual, química ou mecanizada, preparo de solo manual ou mecanizado, fertilização, plantio manual ou semi mecanizado, molhamento e replantio. O plantio pode ser realizado em áreas de reforma (onde já existia o plantio de eucalipto) ou de implantação (onde não havia plantio de eucalipto). A Fibria somente realiza implantação florestal em áreas que não possuem cobertura florestal nativa, normalmente ocorre em áreas de pastagens degradadas, que não receberam manejo adequado para sua conservação.

No preparo de solo, a Empresa utiliza a técnica do Cultivo Mínimo, que consiste em preparar o solo em faixas na linha de plantio. No restante da área, cerca de 70% do terreno, o solo permanece sem revolvimento, o que favorece a manutenção das características do solo, evitando erosão e perda de matéria orgânica.

Essa etapa consiste em um conjunto de atividades realizadas após a fase de plantio até a fase da colheita (5 a 7 anos) para garantir o bom crescimento e a produtividade florestal. As principais atividades realizadas são: roçada manual ou mecânica, capina química ou mecânica, fertilização, redução da brotação, combate a formigas ou outras pragas e doenças e proteção contra incêndios, entre outras conforme a necessidade.

A empresa realiza o monitoramento contínuo de pragas, doenças e plantas daninhas, fazendo vistorias periódicas em suas áreas. O objetivo é detectar precocemente a ocorrência de focos de pragas e doenças, bem como avaliar o nível de competição do eucalipto com as ervas daninhas. As informações obtidas são utilizadas para a tomada de decisão de controle, bem como para definição do método a ser adotado, buscando o uso racional de defensivos agrícolas. Além disso, a Fibria prioriza o uso do controle biológico para o manejo de pragas ocasionais e a seleção e plantio de clones resistentes às principais doenças da cultura, complementando dessa forma o manejo integrado.

merece destaque o início da produção de mudas do viveiro de Helvécia na Bahia. Com novas instalações e práticas sustentáveis, como o aproveitamento de 100% das águas das chuvas e tratamento de efluentes com aproveitamento na irrigação de plantios no seu entorno, a unidade de produção de mudas contribuirá para gerar emprego e renda para comunidades, confirmando o compromisso da Fibria com as partes interessada.

100%

100%

de contenção do efluente gerado no processo de produção de mudas.

aproveitamento do volume de água proveniente do sistema de captação de chuvas.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 15

INVENTÁRIO FLORESTAL

ABERTURA E MANUTENÇãO DA MALHA VIÁRIA

COLHEITA

TRANSPORTE DE MADEIRA

MANUTENÇãO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

No primeiro ano de vida, a floresta é monitorada por meio do Inventário Qualitativo, que permite inferências sobre a qualidade e a homogeneidade dos plantios. A partir do segundo ano, o monitoramento do estoque de madeira em pé, do crescimento e da dinâmica da floresta plantada é feito por meio do inventário florestal contínuo, que utiliza técnicas de amostragem para obter dados que permitam projetar o volume dos plantios para uma idade desejada. Essa informação subsidia o processo de decisão sobre o momento mais oportuno para a realização da colheita, bem como o planejamento adequado do abastecimento das Unidades Industriais.

A abertura e a manutenção da malha viária (estradas principais, secundárias, aceiros, pontes, bueiros, entre outros) são conduzidas com base no planejamento ambiental. Este sistema viário é utilizado para suportar as atividades de transporte, colheita, silvicultura, monitoramento ambiental e também beneficia as comunidades vizinhas. A malha viária pode ocasionar impactos ambientais, como: erosão, alterações na qualidade da água e danos à flora. Para detectar e mitigar eventuais impactos ao ambiente, a Fibria realiza monitoramentos periódicos.

No microplanejamento das operações florestais é realizada avaliação para identificar possibilidades de redução da malha viária objetivando a ampliação da base de efetivo plantio e preservação.

A colheita na Fibria é realizada por meio de diferentes sistemas, que utilizam as máquinas: harvester e forwarder. O Harvester é responsável por colher e processar a madeira. Ele corta, derruba, desgalha e descasca o eucalipto de uma só vez. Já o Forwader retira a as toras de madeira do interior do plantio e as leva até a beira das estradas internas da fazenda.

A colheita florestal pode ocasionar alguns impactos como: alteração da paisagem, movimentação de animais e aumento do tráfego de veículos pesados. Para reduzir esses efeitos, a Fibria mantêm os fragmentos nativos, usa equipamentos com baixo impacto nos solos e reforça o diálogo com as comunidades vizinhas. Partes da árvore colhida de eucalipto que não são aproveitadas para celulose são mantidas em campo, visando reduzir impactos como erosão e compactação, além de contribuir para a reposição de nutrientes do solo.

O respeito e a valorização dos seus profissionais são prioridades da Fibria. É por isso que saúde e segurança são compromissos constantes da empresa. Foi assim que surgiu o programa Estrada Segura, voltado à segurança no transporte de cargas e pessoas. O Manual Estrada Segura é um conjunto de normativos que servem para guiar os empregados da Fibria e seus terceiros a dirigir da forma mais segura possível, preservando assim as vidas deles mesmos e de outros.

São realizadas manutenções de máquinas e equipamentos da colheita, silvicultura e logística a fim de: assegurar a disponibilidade necessária dos equipamentos em campo de modo a atingir a produtividade planejada; otimizar o uso de recursos naturais e minimizar impactos ambientais como emissão de fumaça preta e vazamentos de óleo hidráulico e minimizar o risco de situações que possam comprometer a segurança dos trabalhadores próprios e terceiros.

O respeito e a valorização dos seus profissionais são prioridades da Fibria. É por isso que saúde e segurança são compromissos constantes da Empresa. Foi assim que surgiu o programa Estrada Segura, voltado à segurança no transporte de cargas e pessoas.

O Manual Estrada Segura é um conjunto de normativos que servem para guiar os empregados da Fibria e seus colaboradores a dirigir da forma mais segura possível, preservando assim as vidas deles mesmos e de outros.

Além do Manual, a empresa também distribui o jornal Fibria na Estrada com Segurança que tem como público específico os motoristas do transporte de madeira, prestadores de serviços, incluindo seus familiares. Seu conteúdo é dedicado principalmente à segurança, educação, responsabilidade social, saúde e qualidade de vida.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201416

PREVENÇãO E CONTROLE DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

A prevenção e o combate aos incêndios florestais recebem grande atenção dos profissionais da Fibria. Para isso, a empresa mantém em constante treinamento as equipes de brigadistas que monitoram as áreas da Fibria e estão aptas a atuar como apoio ao combate a incêndios em áreas próprias e fazendas vizinhas.

A prevenção e o combate a incêndios florestais incluem uma rede para detecção por meio de torres de vigilância, equipamentos como rádios de comunicação, veículos de combate e mão de obra constantemente treinada. A partir deste ano, a Fibria conta também com uma nova tecnologia de monitoramento de florestas à distância por meio de câmeras de vídeo que proporciona mais agilidade na detecção de princípios de incêndio e

furto de madeira. O Sadi, desenvolvido por uma empresa parceira, foi totalmente personalizado para a Fibria para monitorar a área florestal em tempo real. Suas câmeras são capazes de capturar imagens em um raio de 10 a 15 quilômetros de distância, e se não houver obstáculos, pode alcançar 40 quilômetros.

Além disso, equipes preparadas e com veículos especializados avaliam e realizam os primeiros combates, reduzindo o risco de propagação dos incêndios e consequente redução de área queimada por foco. Uma rede de 41 estações meteorológicas automáticas instaladas nas torres de incêndio da empresa monitoram as condições meteorológicas em tempo real. São medidas a temperatura, a umidade relativa do ar, a precipitação pluviométrica, a direção e a velocidade do vento e a radiação solar. Essas informações ajudam nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais.

OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS DE 2008 A 2013

7000

6000

5000

4000

3000

2000

1000

02008

Reserva Legal e APP (ha)

Plantio de eucalipto (ha)

Total (ha)

2009 2010 2011 2012 2013

Destaca-se que as ocorrências em plantios de eucalipto não significam perdas efetivas de madeira, uma vez que a maior parte pode ser aproveitada, após seleção, no processo de produção de celulose ou utilizada na produção de energia na própria Unidade Industrial.

Em caso de incêndios e outras ocorrências florestais, a Fibria disponibiliza o telefone:

CENTRAIS DE RÁDIo

A empresa também realiza o mapeamento de ocorrências relacionadas à presença de lixo, erosão, ocorrências nas estradas, danos ao patrimônio, caça e pesca predatória, presença de gado e espécies invasoras, bem como a presença de áreas especiais para conservação, como locais de importância histórica e cultural. As ocorrências são registradas em um sistema e recebem as devidas tratativas pelas áreas responsáveis.

MONITORAMENTO DE OCORRÊNCIAS SOCIOAMBIENTAIS

0800 283 8383

Barra do RiachoConceição da Barra

Posto da Mata

(27) 3270 2864(27) 3761 4738(27) 3209 8539

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 17

GESTÃO AMBIENTAL

A Fibria tem o compromisso de adotar as melhores práticas ambientais, para sempre inovar na promoção do desenvolvimento sustentável. Por meio da Matriz de Aspectos e Impactos Ambientais, todos os aspectos e impactos dos processos florestais são

identificados e, ações de mitigação e minimização, controles, monitoramentos são definidos para os impactos significativos negativos, bem como ações de potencialização para os impactos benéficos, tais como: geração de emprego, geração própria de energia, conservação do solo, entre outros.

É parte integrante desse compromisso o desenvolvimento de ferramentas e programas ambientais que visam à melhoria de desempenho social e ambiental por meio de capacitações e treinamentos, conservação da biodiversidade e oportunidades de parceria, levando em consideração o desenvolvimento local.

Conscientização e Treinamentos;

Seguir os procedimentos documentados:

- Plantio- Preparo de área e de solo- Manual de silvicultura - Microplanejamento

Operações Florestais- Recomendações

Sócioambientais (RSA)

Conscientização e Treinamentos;

Seguir os procedimentos documentados :

- Manual de colheita florestal

- Microplanejamento Operações Florestais

- Recomendações Sócioambientais (RSA)

Conscientização e Treinamentos;

Seguir o Manual de Estradas

Exigências contratuais para fornecedores que realizam estas atividades.

IMPA

CTO

SA

MB

IEN

TAIS

CON

TRO

LES

ASP

ECTO

S A

MB

IEN

TAIS

Alteração da fauna e flora silvestre

Poluição do arAlteração da

paisagem

Fuga de animais

ExEMPLOS DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS IDENTIFICADOS NO MANEJO FLORESTAL

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201418

ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇãO

As áreas florestais da Unidade Aracruz da Fibria encontram-se no bioma da Mata Atlântica, mais especificamente na região do Corredor Central da Mata Atlântica, uma das áreas mais importantes para a conservação da biodiversidade do planeta. As áreas de preservação formam uma rede de corredores de biodiversidade que favorecem o deslocamento da fauna entre os fragmentos florestais, contribuindo com a estabilidade ambiental das propriedades e com o controle natural de pragas e doenças. Medidas específicas como: vigilância patrimonial, Sistema Integrado de Proteção Florestal, ações de restauração e cuidados

O Plano de Manejo da Fibria contempla também a conservação de áreas especiais, identificadas com um valor significativo para manutenção, e que podem, de acordo com critérios pré estabelecidos, serem eleitas como AAVC (Área de Alto Valor de Conservação).

Área que possua um ou mais dos seguintes atributos:

AVC1

AVC2

AVC3

AVC4

AVC5

AVC6

Diversidade de espécies

Ecossistemas e mosaicos em nível de paisagem

Ecossistemas e habitats

Serviços ambientais críticos

Necessidades das comunidades

Valores culturais

Fotos: Rhea Estudos & Projetos

VALOR DEFINIÇÃO

Área que possua um ou mais dos seguintes atributos notavelmente significativo ou de extrema importância em nível nacional, regional ou global. São esses valores que devem ser protegidos.

Os monitoramentos são conduzidos para avaliar a efetividade do manejo empregado em todos os fragmentos da empresa. Essas ações tem como objetivo consolidar a conservação da biodiversidade e perpetuar os seus benefícios.

de áreas protegidas voltadas à conservação da biodiversidade.

125.432 ha

CONSULTA A PARTES INTERESSADAS - AAVC's

A Fibria consultou as suas partes interessadas em relação aos critérios para identificação dos AVCs e no desenvolvimento de regimes de manejo e monitoramentos para manutenção dos atributos.

CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

operacionais, monitoramento da biodiversidade, entre outros, são realizadas para assegurar a manutenção das áreas de conservação.

Uma primeira parte da consulta foi realizada durante a elaboração do diagnóstico. Pesquisadores e especialistas foram consultados sobre os itens referentes à sua especialidade para que a Fibria tivesse segurança em suas decisões sobre a identificação e manejo adequados para os AVCs. Uma segunda parte do diagnóstico, mais ampla, foi realizada por meio de processos participativos, reuniões direcionadas, fóruns apropriados, por correio eletrônico e internet.

MONITORAMENTO - AAVC's

Desde a identificação em 2012, as AAVCs estão sendo monitoradas com o objetivo de verificar se o manejo está adequado, ou caso contrário, acusar quando o manejo deve ser modificado. Atualmente, os monitoramentos de biodiversidade nas AAVCs, detentoras dos atributos 1, 2 e 3, são feitos nos níveis nos níveis da paisagem e dos ecossistemas a partir de um planejamento de longo prazo integrado à “Iniciativa Mosaicos Florestais Sustentáveis”, que envolve ONGs e empresas florestais atuantes no corredor central da Mata Atlântica. A partir desta iniciativa, os grupos bioindicadores selecionados para serem monitorados foram as aves (avifauna), médios e grandes mamíferos terrestres (mastofauna) e a vegetação lenhosa (flora).

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 19

FLORA O monitoramento iniciou-se em 2012, como a instalação e medição de parcelas permanentes. Em 2014 ocorrerá a segunda medição das parcelas de regeneração natural, não sendo possível somente com os resultados iniciais avaliar se o manejo florestal tem contribuído para a conservação dos fragmentos adjacentes. Porém, resultados de 10 anos de monitoramento em três fragmentos da Fibria, no Estado de Minas Gerais, mostraram que não houve decréscimo populacional das plantas, salvo as flutuações esperada para as espécies decorrentes da sua ecologia. Os dados de regeneração natural e o incremento de indivíduos indica que os processos naturais de crescimento estão ocorrendo, independentemente do manejo florestal. A natureza positiva do impacto (substituição da pecuária pela silvicultura) ocorre porque a floresta de eucalipto, ainda que de forma temporária e periódica, funciona como uma barreira vegetal

nas áreas de borda dos fragmentos, diminuindo a velocidade dos ventos e a incidência solar, fatores esses conhecidos como prejudiciais ao desenvolvimento da vegetação nessas áreas.

FAUNA Os monitoramentos de fauna iniciaram em 2013 e terão uma frequência de 3 anos. Os resultados iniciais já demonstram a significativa biodiversidade presente nas AAVCs. 81 espécies nativas de mastofauna foram registradas nesse primeiro monitoramento, das quais 30 são ameaçadas de extinção e 22 endêmicas da Mata Atlântica, o que representa de 35 a 76% das espécies com distribuição histórica reconhecida para as áreas e é provável que com a continuidade dos monitoramentos esta representatividade aumente. Quanto a avifauna, o número de espécies registradas nas propriedades monitoradas e as recapturas de indivíduos que foram anilhados comprova a efetividade dos remanescentes florestais na manutenção da vida silvestre. Os resultados demostram que o plantio de eucalipto pode atenuar os efeitos de borda e servir como corredor para muitas espécies de aves de hábitos mais generalistas, conectando fragmentos florestais remanescentes.

localidade Área (ha) Principais medidas de proteçãoEstado AVC (Atributo) Principais ações de monitoramento

Complexo rPPn Mutum Preto e recanto das Antas

rPPn restinga de Aracruz

santa leopoldina

Alcoprado

Fazenda Agril

Complexo Aparaju

Complexo rio itanhetinga

inguaí

são Pedro (Mutucas)

sítio são bernardo

Pastinho

nossa senhora das graças

são Domingos

helvécia

novo Destino

helvécia

Apaga Fogo

nova brasília

são Domingos e Angelim ii

APP da bacia nº15

são bento - rio do sul

2.123,26

301,49

148,41

1.648,14

4.726,97

231,81

2.222,92

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

314,81

-

ES

ES

ES

BA

ES

BA

BA

BA

MG

BA

ES

ES

ES

BA

ES

BA

BA

BA

ES

ES

ES

1, 2 e 3

1 e 3

1 e 3

1 e 3

3

1 e 3

1 e 3

5 (captação de água)

5 (captação de água)

5 (captação de água)

6 (igreja e cemitério)

6 (igreja e cemitério)

6 (igreja e cemitério)

6 (cemitério histórico)

6 (cemitério)

6 (cemitério)

6 (cemitério)

6 (cemitério)

5 (extrativismo)

4

5 (captação de água)

Ameaças

Danos operacionais

Incêndio

Perda de biodiversidade

Afugentamento de animais

Atividades ilegais*

Danos operacionais

Incêndio

Disponibilidade Hídrica

Danos operacionais

Degradação

Disponibilidade Hídrica

Escassez de recursos para extração

Danos operacionais

Incêndios

Atividades ilegais

Degradação

Microplanejamento das Operações Florestais

Recomendações Socioambientais

Programa de Formação Ambiental dos colaboradores e comunidades

Treinamento operacional dos operadores

Programa de Controle de Emergência e Combate à Incêndio

Vigilância Patrimonial

Plantio em Mosaico

Restauração Ambiental

Microplanejamento das Operações Florestais

Recomendações Socioambientais

Programa de Formação Ambiental dos colaboradores e comunidades

Treinamento operacional dos operadores

Programa de Controle de Emergência e Combate à Incêndio

Vigilância Patrimonial

Plantio em Mosaico

Restauração Ambiental

Programa de Sobreposição pelo Uso da Água (demanda de partes interessadas)

Microplanejamento das Operações FlorestaisRecomendações SocioambientaisPrograma de Formação Ambiental dos colaboradores e comunidadesTreinamento operacional dos operadoresEventuais manutenções de cacimbas, poços e pontos de captaçãoPlantio em MosaicoRestauração Ambiental

Diagnóstico para avaliar o uso dos recursos pela comunidade

Microplanejamento das Operações Florestais

Recomendações Socioambientais

Programa de Formação Ambiental dos colaboradores e comunidades

Treinamento operacional dos operadores

Programa de Controle de Emergência e Combate à Incêndio

Vigilância Patrimonial

Eventuais manutenções para conservação da área (roçada, manutenção de cerca, limpeza, entre outros)

Monitoramento Pré e Pós Operação

Monitoramento da Biodiversidade (Flora, Ave e Mastofauna),

Sistema Integrado de Proteção Florestal (Monitoramento de ocorrências socioambientais)

Monitoramento Pré e Pós Operação

Sistema Integrado de Proteção Florestal (Monitoramento de ocorrências socioambientais)

Diálogo Operacional

Monitoramento Pré e Pós Operação

Sistema Integrado de Proteção Florestal (Monitoramento de ocorrências socioambientais)

-

Sistema Integrado de Proteção Florestal (Monitoramento de ocorrências socioambientais)

TOTAl 11.717,81

ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO DA FIBRIA - UNIDADE ARACRUZ

(*) Atividades ilegais = Invasão de limite, presença de gado, furto de madeira nativa, exploração de espécies vegetais, caça e pesca predatória, entre outros

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201420

GESTãO DE RESÍDUOS FLORESTAIS

A Fibria possui um Manual de Gestão de Resíduos que estabelece os procedimentos adotados para classificar, segregar, armazenar, coletar, transportar e destinar os resíduos gerados nas atividades e operações florestais, visando:

Prevenir e minimizar a geração de resíduos;

Reaproveitar os resíduos gerados;

Tratar os resíduos adequadamente;

Assegurar uma correta disposição final;

Atendimento legal e requisitos de certificações.

ETAPAS DA GESTÃO DOS RESÍDUOS

segregação TransporteArmazenamento temporário

Tratamento / disposição final: envio para aterro licenciado, reciclagem, descontaminação e outros.

Entre as áreas identificadas estão as RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) da Fibria: Mutum Preto e Recanto das Antas em Linhares (ES) e a Restinga de Aracruz, em Aracruz (ES). As RPPNs são fragmentos representativos de ecossistemas ameaçados que contribuem para a estratégia de conservação do Corredor Central da Mata Atlântica.

As três RPPNs da Fibria, em conjunto com a Reserva Biológica (REBIO) Sooretama, a Floresta Nacional (FLONA) de Goytacazes, a REBIO de Comboios e a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Degredo, fazem parte do Mosaico da Foz do Rio Doce. Reconhecido em 2010, o Mosaico é uma iniciativa para a conservação ambiental integrada da região.

O gerenciamento dos resíduos em áreas da empresa é realizado conforme legislação ambiental vigente. Os resíduos classe I (perigosos) são destinados a aterro classe I licenciado e os resíduos classe II (não-perigosos) são destinados para reciclagem ou para o aterro industrial da Fibria. As embalagens dos defensivos agrícolas utilizados nas operações florestais são gerenciadas e encaminhadas para as Unidades de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos licenciadas. As empresas de defensivos são obrigadas a recolher e encaminhar as embalagens dos produtos.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 21

RESTAURAÇãO AMBIENTAL

PROGRAMA DE FORMAÇãO AMBIENTAL “ÁRVORE DO SABER”

O Programa de Restauração Ambiental da Fibria têm alcançado resultados que mostram a importância da maior iniciativa em curso no país visando à restauração da Mata Atlântica. A empresa é signatária do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, iniciativa que tem como meta restaurar 15 milhões de hectares no país até o ano de 2050.

O Programa contribui com o aumento da biodiversidade e a geração de inúmeros serviços ambientais em sua região de atuação, com a utilização de técnicas como o plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, condução da regeneração natural e controle de espécies exóticas invasoras. Em 2013, foram realizadas ações de restauração em 3.693 ha de áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente nas quatro regionais administrativas da Unidade Aracruz. O Programa atende à legislação vigente, condicionantes das licenças de operação florestal e aos procedimentos internos. Para reforçar esse compromisso, a Fibria assumiu, como uma de suas metas de longo prazo, restaurar 40 mil hectares em áreas protegidas dos cinco estados onde atua (ES, MG, BA, SP e MS), incluindo os Biomas Mata Atlântica e Cerrado.

O Programa de Formação Ambiental (PFA) da Fibria, denominado “Árvore do Saber”, dissemina informações socioambientais com o objetivo de conscientizar seus participantes sobre práticas sustentáveis e melhoria do desempenho ambiental da Empresa. Para atingir os públicos interno e externo, o Programa foi dividido em três processos diferenciados.

A Empresa realizou ações de restauração ambiental em

11.700 ha em áreas deconservação entre 2010 e 2013

PRoCESSo PÚBlICo-AlVo GESTão/PARCERIAS oBJETIVoS

Formação Ambiental Florestal

Formação Ambiental Fomento legal

Formação Ambiental para Comunidades

Escolares

Empregados florestais próprios e das empresas colaboradoras

Produtores florestais participantes do Programa

Poupança Florestal da Fibria

Alunos e professores do ensino fundamental de comunidades

prioritárias e com maior influência das operações de

colheita florestal no ano vigente

Processo interno da Fibria realizado pela área de Meio

Ambiente Florestal

Processo interno da Fibria realizado pelas áreas de

Meio Ambiental Florestal e Poupança Florestal

Fibria -Unidade AracruzParcerias: Secretaria

Municipal de Educação de Aracruz (ES), Conceição da Barra (ES) e Alcobaça (BA)

Disseminar informações sociambientais visando à conscientização dos empregados para

adoção de práticas sustentáveis e melhoria do desempenho ambiental da empresa

Realiza induções ambientais junto aos produtores florestais, transmitindo

informações sobre os requisitos legais e a importância da recomposição ambiental

de Áreas de Preservação Permante (APP), e Reservas Legais (RL) nas propriedades rurais

Disseminar conceitos e práticas ambientais por meio de formação de professores, fornecimento de material didático e acompanhamento técnico nos projetos socioambientais desenvolvido nas escolas. *As experiências pedagógicas estão disponíveis no

site: www.turmadoleleco.com.br

FIQUE POR DENTRO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO AMBIENTAL

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201422

MONITORAMENTOS AMBIENTAIS

FLORA

FAUNA

De modo a melhorar constantemente o seu manejo e minimizar os impactos das atividades, a Fibria desenvolve estudos e monitoramentos de biodiversidade terrestre e marinha, bem como de recursos hídricos.

A Fibria participa da Iniciativa Mosaicos Florestais Sustentáveis, que busca sinergia das ações de monitoramento no extremo sul da Bahia em parceria com outras empresas, ONGs e clientes. O alvo principal dessa integração é avaliar como as alterações no uso do solo afetam a biodiversidade nos fragmentos florestais da região, com o objetivo de subsidiar decisões e ações que impeçam ou mitiguem tais impactos. Esse novo programa unificado de monitoramento permitirá detectar mudanças na biodiversidade ao longo dos anos, por meio de uma rede integrada de estações de monitoramento, distribuídas por uma área de mais de 6 milhões de hectares. Mais detalhes sobre essa iniciativa: www.dialogoflorestal.org.br/publicacoes.

Áreas da empresa, prioritárias para a conservação e representativas em relação a escala e intensidade do manejo florestal, tem os biondicadores flora, avifauna e mastofauna periodicamente monitorados de acordo com o Termo de Referência acordado da Iniciativa Mosaicos Florestais Sustentáveis.

Os tipos de vegetação nativa existentes nas áreas da Empresa são mapeados e caracterizados de acordo com o estágio sucessional da vegetação, a tipologia vegetal e a incidência de fatores de degradação (por exemplo, a presença de espécies invasoras).

Os monitoramentos de avifauna e mastofauna mostraram que as áreas de manejo florestal da Empresa abrigam 21 espécies consideradas vulneráveis ou ameaçadas de extinção pelo Ibama.

A frequente presença de animais nas florestas da Fibria indica que as plantações de eucalipto são utilizadas como habitat para diversas espécies, além de funcionarem como área de trânsito para diferentes organismos e de conexão entre fragmentos de vegetação nativa.

Até 2013, foram registradas 1.943

algum grau de ameaça de extinção.

espécies de plantas (áreas próprias earrendadas), sendo 93 listadas com

652122

75788526

espécies de aves,

mamíferos,

anfíbios,

répteis,

peixes e

crustáceos

Até 2013, foram registradasFoto: Rhea Estudos & Projetos

Foto: Rhea Estudos & ProjetosFoto: Pró-Tapir

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 23

PROJETO MANGUEZAL

Desde 2002, a Fibria apoia o Projeto Manguezal, em Caravelas (BA). No projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste - CEPENE/ICMBio, são realizadas pesquisas de manejo e monitoramento do manguezal para a preservação do ecossistema da região, entre elas, estudos da bioecologia do caranguejo-uçá, muito comum na região e fonte de alimento e renda dos ribeirinhos. Além disso, o projeto também mantém viveiros de mudas e capacita a população ribeirinha para o manejo sustentável do mangue.

16 Projetos

353

16.182

de Experiência Pedagógica em escolas do ES e BA.

multiplicadores ambientais

JornalEco foram distribuídos aos alunos

do 5º ano do ensino fundamental de 71 escolas do ES e BA

Em 2013, foram realizadosComo parte do PFA, a Fibria fornece informativos mensais denominados “EcoCiente” a todos os empregados florestais. Estes informativos servem de guia para o multiplicador ambiental realizar os Diálogos Diretos de Meio Ambiente (DDMAs) que ocorrem mensalmente. Em 2013, os temas abordados foram “Eucalipto e o Meio Ambiente” e “Biodiversidade”.

Foram treinados

PROJETO DE CONSERVAÇãO E MONITORAMENTO DE ANTAS O boto-cinza (Sotalia guianensis) é uma espécie que possui

distribuição restrita a áreas rasas e geralmente próximas da costa, onde diversas atividades têm sido desenvolvidas, como a pesca, a maricultura e o tráfego de embarcações. Tais atividades podem afetar negativamente a sobrevivência das populações desta espécie. Nesse sentido, a Fibria vem realizando o monitoramento do boto-cinza no estuário do Rio Caravelas e adjacências desde 2002, em parceira com o Instituto Baleia Jubarte. Os resultados obtidos até 2013 não evidenciaram impactos diretos das atividades desenvolvidas pela empresa sobre a população de botos da região estudada.

O Projeto Pró-Tapir: O monitoramento e proteção das antas da Mata Atlântica capixaba é uma iniciativa do Instituto Marcos Daniel (IMD) em parceria com a

Fibria. A iniciativa tem estudado a ecologia das antas (Tapirus terrestris) na Reserva Biológica de Sooretama (ICMBio) e RPPN Recanto das Antas, da FIBRIA. Em setembro de 2013, foi realizada a captura da segunda anta (macho adulto) durante a execução do projeto. Esta é a primeira anta monitorada via satélite no Espírito Santo, após a instalação de um colar com GPS no indivíduo. Através deste monitoramento será possível avaliar a área de vida e traçar as rotas de movimento, por exemplo. Essas informações são cruciais para a elaboração do plano de conservação das antas no estado do Espírito Santo.

MONITORAMENTO DO BOTO-CINZA

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201424

RECURSOS HÍDRICOS

A Fibria avalia o efeito de seus plantios sobre a qualidade e quantidade dos recursos hídricos por uma rede de monitoramento de 12 bacias hidrográficas representativas de acordo com a escala e intensidade dos plantios. Os resultados, ao

RECOMENDAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

Os resultados originados dos monitoramentos, estudos e pesquisas ambientais são incorporados ao manejo florestal por meio de uma ferramenta denominada Recomendações Socioambientais (RSAs). As RSAs são elaboradas e enviadas para a área operacional antes do início das atividades numa determinado projeto. São vários os exemplos de práticas que podem ser recomendadas via a RSA a fim de melhorar o desempenho socioambiental das operações:

longo do tempo, mostram que não há impactos negativos ao meio ambiente que possam ser atribuídos aos plantios de eucalipto. Até o momento, não foi constatada contaminação dos cursos d’água por fertilizantes, por sulfluramida e glifosato, princípios ativos dos principais defensivos agrícolas utilizados para controle de formigas cortadeiras e ervas daninhas, respectivamente.

Correção de estradas, pontos de erosão e jazidas;

Definição, em conjunto com órgãos governamentais locais, de soluções para disposição de resíduos sólidos da operação e das comunidades;

Aumento da frequência de vigilância em áreas específicas para coibir as práticas ilegais de pesca, caça e captura de animais silvestres;

Recuo de plantio de residências, escolas, e outras infraestruturas;

Implantação de corredores ecológicos para interligar áreas de vegetação e contribuir para a conservação da biodiversidade local e regional.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 25

GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE

VISãO ESTRATÉGICA

A sustentabilidade na Fibria é um tema integrado ao seu negócio. Na sua missão e visão, a Empresa assume o compromisso de gerar lucro respeitado e reconhecido por todos e de atuar de modo que a floresta plantada, além de produzir valor econômico, também promova desenvolvimento humano, social e ambiental.

A estratégia de sustentabilidade da Fibria tem como fundamentos: o uso responsável dos recursos naturais, o fomento do desenvolvimento local e do bem-estar das comunidades vizinhas e a conservação e recuperação dos ecossistemas nativos. Envolve também o investimento contínuo em inovação e na capacitação e motivação dos profissionais, a transparência na administração e na prestação de contas e a manutenção de canais de comunicação com a sociedade sempre abertos.

As estratégias de sustentabilidade são norteadas por um conjunto de metas de longo prazo, que demonstram os compromissos da Empresa até 2025. Anualmente a Fibria renova seus objetivos e metas de sustentabilidade e presta contas dos resultados alcançados por meio do seu Relatório de Sustentabilidade (disponível em www.fibria.com.br)

OBJETIVOS E METAS DA SUSTENTABILIDADE

oBJETIVo mETAS

Otimizar o uso dos recursos naturais

Contribuir para a mitigação do efeito estufa

Proteger a biodiversidade

Aumentar a ecoeficiência

Fortalecer a interação entre Empresa e sociedade

Reduzir em 1/3 a quantidade de terras necessária para a produção de celulose

Duplicar a absorção de carbono da atmosfera

Promover restauração ambiental em 40 mil hectares de áreas próprias, entre 2012 e 2025

Reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos industriais destinados a aterros

Atingir 80% de aprovação nas comunidades vizinhas

Ajudar a comunidade a tornar autossustentáveis 70% dos projetos de geração de renda apoiados pela Empresa

METAS DE LONGO PRAZO PARA 2025

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201426

GESTãO DO RELACIONAMENTO COM PARTES INTERESSADAS

O objetivo da estratégia de relacionamento da Fibria é assegurar a legitimidade social de seu negócio, por meio do fortalecimento no longo prazo da interação com as comunidades vizinhas, e da integração de seus interesses na condução e gestão do negócio florestal.

A Comissão de Relacionamento Local (CRL), composta por gestores de diferentes áreas da Fibria, é responsável por coordenar e monitorar a operacionalização da estratégia de relacionamento. O relacionamento da Fibria com as comunidades vizinhas às suas operações segue um modelo com quatro tipos de abordagem:

Engajamento: relacionamento estruturado de maior profundidade, inclusivo e contínuo, no qual a Empresa assume papel de parceira do desenvolvimento local. Ocorre nas comunidades mais impactadas pela atuação da Fibria. Em comunidades rurais, esse

Engajamento se dá pelo Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT).

Diálogo Operacional: é um canal de comunicação direta pelo qual a empresa informa previamente os moradores das comunidades vizinhas sobre as operações florestais programadas para a região e discute seus impactos e as formas de atenuá-los. Essa ferramenta permite que essas comunidades participem das decisões da empresa.

Diálogos Construtivos: são instrumentos de diálogo, com objetivo de divulgar as ações da Empresa, incentivando a troca de informações de interesse comum e o fluxo de sugestões. São destinados a todas as partes interessadas nas atividades da Fibria.

Agenda Presencial: é realizada por meio de visitas regulares de representantes da Empresa nas comunidades não contempladas pelo Engajamento e pelo Diálogo Operacional. Tem como objetivo principal a divulgação dos meios de comunicação com a Fibria e o fortalecimento do relacionamento com a comunidade.

Diálogo Operacional na Comunidade Belo Cruzeiro, município Mucuri (BA).

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 27

GESTãO DE IMPACTOS SOCIAIS

Para a Fibria, o “impacto social nas comunidades” é qualquer mudança (prejudicial ou benéfica) que seja causada, total ou parcialmente, por suas operações florestais em um raio de três quilômetros de suas propriedades ou de áreas arrendadas para a produção de eucalipto.

O modelo de gestão de impactos sociais adotados pela Fibria busca eliminar, diminuir ou compensar os impactos negativos por meio de práticas de manejo, de investimentos socioambientais e ações contínuas de controle

Em 2013 os principais impactos das operações florestais identificados pelas comunidades relacionaram-se a poeira, aumento de risco de acidentes, danos a bens públicos e privados e comprometimento da qualidade da malha viária.

e mitigação, que são previstas em procedimentos operacionais no sistema de gestão da empresa.

Apesar de todas as medidas tomadas pela Empresa para prevenir e mitigar seus impactos adversos, perdas e danos imprevisíveis podem ocorrer, com impacto direto nos recursos ou no sustento das comunidades. Neste caso, estas perdas e danos serão compensadas ou mitigadas, em comum acordo e conforme as particularidades de cada caso, de forma justa e equilibrada.

A seguir são apresentados alguns exemplos de impactos sociais adversos do manejo florestal e medidas de prevenção e mitigação.

ExEMPLOS DE IMPACTOS SOCIAIS ADVERSOS SIGNIFICATIVOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO

ATIVIDADE ImPACToS mEDIDAS PREVENTIVAS / mITIGATóRIAS

Transporte de madeira

Colheita florestal

Incômodo causado por deriva* de produto em áreas vizinhas

Aumento do risco de acidentes

Poeira

Comprometimento da qualidade da malha viária

Aumento do risco de acidentes

Alteração da paisagem (visual) e perda de referência

Utilização de produtos autorizados pelos órgãos ambientais

Sinalização do local

Treinamento dos empregados que aplicam os produtos

Manutenção dos equipamentos utilizados para aplicação

Velocidade reduzida e controlada Paradas obrigatórias para checagem e reaperto da carga transportada Campanhas voluntárias de segurança no trânsito

Redução de poeira nas estrada (caminhões-pipa)

Manutenção das estradas durante as operações

Monitoramento e controle de peso das carretas de transporte de madeira

Uso de equipamentos modernos e equipes treinadas e capacitadas

Sinalização e orientação à comunidade para evitar que as pessoas se aproximem de

máquinas em funcionamento

Instalação de placas de sinalização

Aplicação de defensivos e produtos

agrícolas

Foram estabelecidos

324 Planos de Ação. As ações tomadas foram consideradas efetivas pelas comunidades.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201428

INVESTIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS

A partir de processos de engajamento estruturados a Fibria busca compreender a realidade e as demandas dos municípios e das comunidades para direcionar seus investimentos socioambientais. Os investimentos estão alinhados às diretrizes de sustentabilidade da Empresa e têm como princípios:

Transparência e ética;

Alinhamento com o Pacto Global das Metas do Milênio das Nações Unidas, Agenda 21 e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI);

Reconhecimento dos direitos das comunidades (povos) tradicionais;

Promoção do desenvolvimento local;

Geração de valor para a Empresa e para a comunidade.

Para a resolução de conflitos, disputas e compensações que envolvam os direitos de uso, posse e domínio de terra, a Empresa definiu diretrizes que têm por base a priorização da busca de solução amigável e equilibrada junto às partes.

A Fibria prioriza seus investimentos em comunidades presentes nas regiões onde possui unidades industriais, plantios próprios,

centros de operações florestais e em municípios com base significativa do programa de fomento florestal. Os investimentos devem ser originados, preferencialmente, dos processos de relacionamento e de engajamento comunitário. Além disso, devem possuir prazo determinado e estar alinhados às políticas públicas, reforçando a ação de instituições e processos locais.

Os principais projetos de investimento socioambiental da Fibria na Unidade Aracruz em 2013 estão relacionados no quadro a seguir:

PRoGRAmA/PRoJETo ABRANGêNCIA GESTão / PARCERIAS oBJETIVoS

PDRT (Programa de Desenvolvimento Rural Territorial)

Nova Viçosa (Helvécia e Rio do Sul),

Alcobaça (Aparaju, Canabrava, Constelação, Igrejinha, Itaitinga, Novo Destino, Pequi, Pouso Alegre, Rancho Queimado, Ribeirão, Sombra da Tarde (Mocó) e Taquari), Caravelas (Espora Gato (Nova Esperança), Juerana, São Benedito, Braço do Rio, Valha-me-Deus e Volta Miúda)

Conceição da Barra (Angelim I, Angelim II, Córrego Grande, Coxi, Linharinho, Roda D'água e São Domingos).

São Mateus (Córrego do Retiro, Córrego do Sapato, Dilô Barbosa, Morro da Arara, Nova Vista 1, Nova Vista 2, São Geraldo e São Jorge)

Aracruz (Cachoeira do Riacho, Gimuhuna, Assentamento Nova Esperança, Santa Rosa, Brejo Grande e Nova Conquista).

Fibria, Associações Comunitárias, Práxis Consultoria, Polímata, Cabruca e CEDAGRO.

Participar junto às comunidades do desenvolvimento rural local e territorial, apoiando negócios agrícolas e florestais de micro e pequena escala, visando à geração de renda e melhoria da qualidade de vida.

Os projetos são desenvolvidos em áreas de recuo de plantios de eucalipto e nas propriedades dos pequenos agricultores.

PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS

Maria Cristina Florentino, presidente da Associação de Pequenos Agricultores da Comunidade Coxi, município Conceição da Barra (ES) e participante do PDRT - Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 29

PRoGRAmA/PRoJETo ABRANGêNCIA GESTão / PARCERIAS oBJETIVoS

PSTG - Programa de Sustentabilidade

Tupiniquim e Guarani no ES

Assentamentos Rurais Sustentáveis

com Agroflorestas e Biodiversidade

Projeto Colméias

Viveiros Comunitários

EngajamentoHelvécia

EngajamentoBarra do Riacho

EngajamentoCaravelas

Arte mania Araçá

Realizando Sonhos Através da

Educação

Projeto ma'enduara

Projeto Arte em Ação

Projeto na Rota da música

Aldeias: Caieras Velha, Comboios, Olho D’água, Córrego do Ouro, Três Palmeiras, Boa Esperança, Piraquê - Açu, Pau Brasil, Areal, Irajá e Amarelos

Alcobaça, Prado e Teixeira de Freitas

Apicultores do ES, BA e MG

Angelim II (ES) e Ibirapuã (BA)

Helvécia (Nova Viçosa-BA)

Barra do Riacho (ES)

Sede, Ponta de Areia e Barra de Caravelas (BA)

São Mateus (ES)

Pedro Canário (ES)

Aracruz (ES)

Nova Viçosa (Sede), Helvécia e Argolo (BA)

Barra de Caravelas (BA)

Fibria, Consultoria Kamboas Socioambiental e FUNAI

MST, Governo Estadual (BA) e Federal, INCRA, Universidade de São Paulo (ESALQ)

Consultoria Apícola e associações apícolas

Associações de pequenos produtores de mudas de Angelim 2 e Ibirapuã.

Associação Quilombola de Helvécia, Associação da Agricultura Familiar, Sociedade Civil e Prefeitura de Nova Viçosa

Empresas regionais e instituições governamentais, ONGs e sociedade civil

Prefeitura de Caravelas

Colônia de Pesca Z25, Associação Apesca

Associação Ampac

Consultoria: Controller

Centro Cultural Araçá e Instituto Votorantim

Centro Comunitário Franco Rosseti e Instituto Votorantim (Rota da Educação)

Associação Indígena Tupiniquim Guarani (AITG) e Instituto Votorantim (Rota de Cultura)

Associação dos Capoeiristas de Nova Viçosa e Instituto Votorantim (Rota de Esporte)

Filarmônica Lira Imaculada Conceição e Instituto Votorantim (Rota de Cultura)

Tem como principal objetivo propiciar um conjunto de ações integradas e de longo prazo para desenvolvimento do Território Indígena (TI) e se apóia em três eixos principais: a) Uso Sustentável dos Recursos Naturais (envolvendo atividades de restauração florestal, agroecologia e meliponicultura); b) Gestão do conhecimento para fortalecimento dos coletivos (envolvendo formação e assessoria a professores, jovens, mulheres, associações, entre outros); c) Fomento para o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis, operacionalizado pelo FAICI - Fundo de Apoio a Iniciativas Comunitárias.

Criação e implantação de um modelo de estabelecimento de assentamentos, com intensiva ocupação do solo, proporcionando às famílias produção de subsistência e comercial, produção comunitária e criação, conservação e uso sustentável da biodiversidade local.

Contribuir para o aperfeiçoamento da atividade apícola nas unidades florestais da Fibria por meio da implantação de novas tecnologias, fortalecimento das associações e cooperativas de apicultores e fomento, de forma sustentável, da cadeia produtiva do mel.

Oportunizar trabalho e renda para produtores de mudas nas comunidades envolvidas na produção de mudas de espécies nativas.

Fortalecer e apoiar o desenvolvimento comunitário por meio de projetos de valorização da cultura e tradições locais e de agricultura familiar.

Movimento entre empresas, setor público e sociedade civil organizada que visa articular e desenvolver ações integradas para impulsionar o desenvolvimento local. O Saber Viver, projeto de arte-educação desenvolvido com 200 crianças e adolescentes da comunidade no contraturno escolar, é um dos principais projetos viabilizados pelo Engajamento.

Apoiar a estruturação da cadeia produtiva do pescado.

Contribuir para a inclusão social de crianças e adolescentes de São Mateus (ES) por meio do desenvolvimento de habilidades a partir de novas tecnologias e mídias alternativas - jornal, rádio, TV e Internet.

Melhorar a escolaridade de jovens por meio de oficinas complementares: leitura escrita e falada, educomunicação, inclusão digital, educação ambiental, capoeira e dança.

Resgatar as manifestações culturais, transformando-as em linguagens sociais.

Valorização e fortalecimento da cultura indígena por meio da confecção de artesanatos/utensílios, resgate de lendas e mitos e oficinas de foto e filmagem para composição de material a ser utilizado nas próprias aldeias e escolas indígenas.

Promover a inclusão social de jovens e a valorização da cultura negra através do desenvolvimento da Capoeira.

O Projeto "Na Rota da Música" visa à preservação e o desenvolvimento de um patrimônio cultural da comunidade de Barra de Caravelas, que é a banda filarmônica. Para tanto, busca incrementar a formação de jovens músicos que a compõe, por meio de oficinas de formação musical, consertos de instrumentos e técnica e artística.

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 201430

PRoGRAmA/PRoJETo ABRANGêNCIA GESTão / PARCERIAS oBJETIVoS

Parceria Votorantim Pela Educação

Programa REDES

Projeto de artesanato

Projeto Pescador Cidadão

Projeto Formas da Natureza

Conceição da Barra e Aracruz (ES)

Caravelas, Nova Viçosa e Alcobaça (BA)

Conceição da Barra, São Mateus e Vila Valério (ES)

Barra do Riacho (ES), Vila do Riacho (ES) e Santa Cruz (ES)

Barra do Riacho (ES)

Oliveira Costa (BA)

Instituto Votorantim com apoio do MEC, Movimento Todos pela Educação, Prefeituras e Secretarias Municipais de Educação, Sociedade civil

Fibria/Instituto Votorantim/BNDES

SEBRAE/ES

ASPEBR e Colônia Z25

Raízes - Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sensibilizar e mobilizar as comunidades para a melhoria da qualidade da educação básica em escolas públicas, assegurando a todos o direito de aprender.

Fomentar a Geração de Trabalho e renda através de Projetos de desenvolvimento com Cadeias Produtivas Inclusivas nos Territórios do Programa.

Fomentar o artesanato sustentável para geração de renda. A produção do grupo está materializada na Coleção Espírito das Águas, que reúne peças inovadoras que retratam a fauna marinha e a vegetação da região. A Coleção está fundamentada na valorização da cultura capixaba, na profissionalização de artesãos e no estímulo à conservação ambiental.

Oportunizar aos pescadores o acesso a informações e serviços prestados por órgãos governamentais da pesca, impulsionando-os a cumprir a legislação vigente e facilitando o acesso a incentivos e benefícios proporcionados pelas políticas públicas do setor.

Capacitar e incentivar a produção de artesanato em madeira de eucalipto visando geração de renda e redução da extração ilegal de madeira nativa.

Todas as demandas pertinentes às operações florestais, identificadas nos processos de engajamento, diálogo operacional, diálogos construtivos e agenda presencial são analisadas criticamente e validadas com as áreas operacionais de forma a revisar a matriz

ANÁLISE E MONITORAMENTO DOS PROCESSOS DE RELACIONAMENTO COM PARTE INTERESSADAS

de impactos sociais e gerar melhorias no manejo florestal adotado pela Empresa. A efetividade das ações de mitigação dos impactos socioambientais é avaliada junto às partes demandantes. O quadro abaixo apresenta os resultados dos principais indicadores do monitoramento social.

Diálogo Operacional na Comunidade São Paulo de Atalaia, município de Vila Valério (ES).

RESUmo PÚBlICo Do PlANo DE mANEJo 6ª EDIÇÃO | JUNHO 2014 31

ÁREA CATEGoRIA INDICADoRNomE Do moNIToRAmENTo

mETA2013

RESUlTADoS

2011 2012 2013

SocialImpactos Sociais nas Comunidades

Investimento na comunidade (GRI EC1)

Reclamações de danos causados pelo manejo

Diálogo Operacional e Agenda Presencial

Pesquisa de Imagem

Investimentos socioambientais (R$)

Número de reclamações recebidas

Índice de cumprimento do programa anual de diálogo (%)

Índice de cumprimento do programa anual da agenda (%)

Índice de atendimento das demandas operacionais (%)

Índice de efetividade das ações de mitigação

Favorabilidade da Fibria nas comunidades (%)*

-

-

100

100

100

-

60

4.466.984

ND

100

ND

97,1

3 (Bom)

45,8

6.142.043

200

100

100

96,4

2,7 (Bom)

60

10.711.833

560

100

100

95,6

2,8 (Bom)

71,2

Participação de doações no investimento socioambiental (%)

Tempo médio de atendimento de reclamações (dias)

10

30

31,8

ND

14,0

38

8,0

76

Comunidades rurais no PDRT (número)

Índice de satisfação no atendimento à reclamação

38

2,7

24

ND

31

ND

40

2,8 (Bom)

RESULTADOS DOS INDICADORES SOCIAIS 2013

Fábrica da Unidade Aracruz ES

ISO 9001 - desde 1993 para todas as atividadesISO 14001 - desde 1996 para todas as atividadesManejo Florestal (CERFLOR) - Florestal Aracruz (ES/BA/MG) desde 2004, Manejo Florestal (FSC®) - Florestal Aracruz desde 2012Cadeia de Custódia (CERFLOR) - Industrial Aracruz desde 2006Cadeia de Custódia (FSC®) - Industrial Aracruz desde 2012

A versão digital do Resumo Público do Plano de Manejo Florestal da Fibria está disponível no nosso site http://www.fibria.com.br

A Fibria também disponibiliza a versão impressa do Resumo Público do Plano de Manejo Florestal. Caso tenha interesse, solicite a sua versão para o monitor florestal da sua região ou para um profissional da Fibria.

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Resumo Público do Plano de manejo é uma publicação da Diretoria de Operações Florestais e Tecnologia da Fibria, sob coordenação da equipe de Meio Ambiente Florestal e Comunicação.

Edição: 06Fotos: Acervo FibriaDiagramação: BG2M Publicidade

Versão do Resumo Público do Plano de Manejo Florestal de junho de 2014. A revisão deste documento ocorre anualmente em função de resultados de controle e monitoramento ou alterações significativas de atividades, responsabilidades e condições socioeconômicas ou ambientais onde a empresa atua.

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