RESUMO DA PROVA II MODULO I - 3 SEMESTRE.docx

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PUBERDADE: A puberdade é um estagio onde há crescimento dos órgãos sexuais e desenvolvimento das características sexuais secundarias, há um aumento da estatura devido ao estirão que ocorre nesse período (ganho de 20% da estatura final) e um ganho de peso (50% do peso final), com aumento da massa corpórea mais evidente nos homens e tecido adiposo, principalmente nas mulheres. Precoce: Surgimento de características sexuais secundárias antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos meninos. Atraso puberal: meninas há ausência da telarca após os 13 anos; pubarca após os 14 anos; menarca após os 16 anos. Nos meninos, quando há ausência de pubarca ou de volume testicular após os 14 anos. Exames: Radiografia da mão e do punho esquerdo onde analisam-se os centros de ossificação, espaços e formatos dos ossos, permitindo a determinação da idade óssea. Exames de dosagem do ICF-1, TSH (T3 e T4), testosterona, progesterona e estrogênio. Fases: HORMÔNIOS: GH – Hormônio do Crescimento: tem secreção pulsátil e controlada por dois fatores secretados pelo hipotálamo, o hormônio liberador de GH (GHRH), e o hormônio inibidor de GH (somatostatina). Aumenta o transporte de aminoácidos para dentro das células, aumenta a tradução do RNA e transcrição do DNA, resultando em uma maior produção de proteínas Estimula o catabolismo de ácidos graxos, originando substratos que serão reutilizados como fonte de energia, e diminui o catabolismo de proteínas e carboidratos, gerando uma maior massa muscular. Diminui a captação de glicose pelas células, gerando uma maior concentração desta no sangue o que leva a um aumento da secreção de insulina (resistência a insulina). Estimula a conversão de osteoblastos em células osteogênicas e estimulam os osteoblastos, permitindo o crescimento adequado dos ossos. Estimula o fígado a produzir IGF-1 que juntamente com o GH promove o crescimento e desenvolvimento dos órgãos. GHRH Estimula a hipófise anterior a secretar LH e FSH LH estimula a produção de testosterona nos testículos e estrogênio nos ovários FSH estimula a espermatogênese e a produção de estrogênio e progesterona nos ovários Hormonio inibidor de GH Esteroides gonadais, estimulam o hormônio inibidor do GH, prolongando os efeitos de crescimento durante os picos de GH.

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PUBERDADE:

A puberdade é um estagio onde há crescimento dos órgãos sexuais e desenvolvimento das características sexuais secundarias, há um aumento da estatura devido ao estirão que ocorre nesse período (ganho de 20% da estatura final) e um ganho de peso (50% do peso final), com aumento da massa corpórea mais evidente nos homens e tecido adiposo, principalmente nas mulheres.

Precoce: Surgimento de características sexuais secundárias antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos meninos. Atraso puberal: meninas há ausência da telarca após os 13 anos; pubarca após os 14 anos; menarca após os 16

anos. Nos meninos, quando há ausência de pubarca ou de volume testicular após os 14 anos.

Exames: Radiografia da mão e do punho esquerdo onde analisam-se os centros de ossificação, espaços e formatos dos ossos, permitindo a determinação da idade óssea. Exames de dosagem do ICF-1, TSH (T3 e T4), testosterona, progesterona e estrogênio.

Fases:

HORMÔNIOS:

GH – Hormônio do Crescimento: tem secreção pulsátil e controlada por dois fatores secretados pelo hipotálamo, o hormônio liberador de GH (GHRH), e o hormônio inibidor de GH (somatostatina).

Aumenta o transporte de aminoácidos para dentro das células, aumenta a tradução do RNA e transcrição do DNA, resultando em uma maior produção de proteínas

Estimula o catabolismo de ácidos graxos, originando substratos que serão reutilizados como fonte de energia, e diminui o catabolismo de proteínas e carboidratos, gerando uma maior massa muscular.

Diminui a captação de glicose pelas células, gerando uma maior concentração desta no sangue o que leva a um aumento da secreção de insulina (resistência a insulina).

Estimula a conversão de osteoblastos em células osteogênicas e estimulam os osteoblastos, permitindo o crescimento adequado dos ossos.

Estimula o fígado a produzir IGF-1 que juntamente com o GH promove o crescimento e desenvolvimento dos órgãos.

GHRH

Estimula a hipófise anterior a secretar LH e FSH LH estimula a produção de testosterona nos testículos e estrogênio nos ovários FSH estimula a espermatogênese e a produção de estrogênio e progesterona nos ovários

Hormonio inibidor de GH

Esteroides gonadais, estimulam o hormônio inibidor do GH, prolongando os efeitos de crescimento durante os picos de GH.

Insulina

Aumenta o transporte de aminoácidos para dentro das células, gerando uma maior síntese proteica. Diminui a catabolismo de proteínas e carboidratos

Hormônio Tireoidiano:

Aumenta o numero de mitocôndrias e atividade mitocondrial, proporcionando um maior metabolismo basal Aumenta o metabolismo de proteínas e carboidratos

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Glicocorticoides:

Aumento da gliconeogenese Menor captação de glicose pelas células, devido a diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina

Testosterona

Aumento do deposito de proteínas no corpo Aumento da retenção de cálcio Formacao dos pelos pubianos, axilares e barba Aparecimento de acne Mudança no timbre da voz masculina que passa a ser cada vez mais grossa Crescimento dos testículos, escroto e pênis

Estrogenio

Inibem a atividade osteoclastica dos ossos Causam a união das epífises com as hastes dos ossos longos Estimulam a deposição de gordura nas regiões do quadril, coxas e mamas, nas mulheres. Estimulam o desenvolvimento das trompas, ovários, vagina e útero.

Fatores que influenciam a puberdade

O início e a evolução da puberdade são influenciados por fatores genéticos (genes e história familiar) e ambientais (condições geográficas, estrato socioeconômico, estado nutricional, condições de saúde, atividade física).

Alterações do apetite ou da absorção de nutrientes, disfunções hormonais, aumento do consumo de oxigênio ou do gasto energético e acúmulo de substâncias tóxicas são fatores que limitam a expressão puberal.

Os fatores psicossociais: o estresse emocional é capaz de provocar a produção deficiente dos hormônios hipofisários ou promover a resistência periférica aos fatores promotores do crescimento.

A prática desportiva vigorosa é um fator que contribui para o atraso puberal; O uso de esteróides anabolizantes e os regimes alimentares.

Já a altitude elevada parece retardar a puberdade por causa da menor disponibilidade de oxigênio.

7. SISTEMA IMUNE:

Células mesenquimais totipotentes presentes no saco vitelino na 3a semana de gestação, migram para o fígado durante a 5a semana onde darão origem a uma célula pluripotente que por sua vez originara as linhagem mieloide e linfoide. A linhagem mieloide sera constituída de macrófagos, neutrófilos, eosinófilos e outros; ja a linhagem linfoide migrara para a medula onde dará origem a células pro-B e células T imaturas. Estas migram para o timo onde farão seleção positiva resultando na diferenciação em TCD8 e TCD4 no córtex: algumas células T se ligarão ao MHC classe I, caso tenham afinidade com CD8 e outras células T se ligarão ao MHC classe II, caso tenham afinidade com CD4. Uma vez diferenciadas, as células T migram para a medula onde passaram por um seleção negativa, ou seja, serão apresentadas à antígenos próprios e caso reconheçam esses antígenos, sofrerão apoptose. As células pro-B na medula, se diferenciam em pre-pre-B, pre-B, célula B imatura e finalmente em célula B madura a qual migra para os órgãos linfoides periféricos onde encontraram antígenos e fazem a resposta humoral. As células natural killer tem como função básica a lise de células infectadas por microrganismos e células tumorais.

Imunidade Humoral

A resposta imune humoral específica é mediada por imunoglobulinas produzidas por linfócitos B maduros e plasmócitos.

A produção de anticorpos em resposta a antígenos T-independentes por linfócitos B é levemente reduzida no período neonatal, provavelmente imaturidade dos linfócitos B ou da deficiência funcional de APC.

Células Natural Killer(NK)

Sua função básica é a lise de células infectadas por microrganismos e células tumorais. A função citolítica das células NK aumenta progressivamente durante a vida fetal e atinge sua função completa

com cerca de 1 ano de vida.

Timo

O timo origina-se da porção ventral das 3a e 4a bolsas faríngeas/arcos faringeos É composto por 2 lobos constituídos por lóbulos compartimentalizados em córtex, com células T imaturas, e

medula, para onde migram as células T maduras. A celularidade do timo aumenta drasticamente durante o 2o e o 3o trimestres. O timo de RN passa por uma

involução tímica transitória no final do 3o trimestre, devido a elevação dos níveis de glicocorticóides que acontece no final da gravidez, mas a recuperação torna-se evidente 1 mês após o nascimento.

Ao longo de toda a infância, a celularidade tímica aumenta progressivamente e o timo atinge o seu tamanho máximo aos 10 anos de vida. Após a puberdade, ele involui gradualmente e ocorre substituição do córtex e da medula por tecido gorduroso.

Linfocitos T:

Nos neonatos, predomina a produção de citocinas com perfil Th2, evoluindo com redução progressiva e atingindo o equilíbrio na relação Th1/Th2 em torno dos 5 anos de idade. Nas crianças atópicas, o padrão

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predominante Th2 persistirá na vida adulta. A menor produção de citocinas, citocinas que desempenham um papel crítico na resposta imune celular,

acarreta maior vulnerabilidade e gravidade para as infecções por patógenos intracelulares. Os linfócitos T helper (CD4) de recém-nascidos e lactentes são menos capazes do que os de adultos de

providenciar o auxílio necessário para a ativação de linfócitos B. Isso gera um resposta mais lenta de recém-nascidos e lactentes a agentes infecciosos e imunizações.

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

Ao nascer: BCG dose única e Hepatite B, de preferencia nas primeiras 12 horas, com 2 dose aos 2 meses e 3 dose aos 6 meses.

A tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche), Hib., poliomielite, pneumocócica conjugada tem a primeira dose administrada no 2 mês; 2 dose no 4 mês; 3 dose no 6 mês.

A tríplice bacteriana, Hib. e pólio devem ser reforçadas 2 vezes. A primeira entre os 15 e 18 meses, e a segunda, entre os 4 e 6 anos. A pneumocócica tem reforço durante os 12 e 15 meses.

Vacina rotavírus monovalente: 2 mes e 4 meses de idade. Meningocócica conjugada 3 mês e 5 meses, com reforço durante os 12 e 15 meses e depois novamente entre os 5 e

6 anos. Influenza é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. Poliomielite oral (vírus vivos atenuados) administradas durante os dias anuais de vacinação estabelecidos pelo

projeto nacional de imunização. Febre amarela: Crianças vacinadas aos 9 meses devem ser revacinadas aos 4 anos de idade. Hepatite A: 1 dose aos 12 meses e 2 dose aos 18 meses. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e Varicela: 1 dose ao 1 ano e 2 dose ate completar 2 anos. HPV: 3 doses para meninas meninas menores de 14 anos (doses: 0, 2, 6 meses).

Quando a criança é pequena a formação de células de memoria a partir do reconhecimento e da apresentação de antígenos demora cerca de 15 dias. Portanto, para uma melhor otimização da resposta imune é necessário o intervalo de 15 dias entre uma vacina e outra.

ADOLESCÊNCIA

É uma etapa que tem início em torno dos 12 e perdura ate os 18 anos. Didaticamente, podem se dividir os diversos momentos do adolescente em três fases distintas:

a) uma etapa inicial, que ocorre em geral dos 12 aos 14 anos, quando o interesse pela família diminui consideravelmente, e há uma identificação com o grupo social e amigos, em geral do mesmo sexo. Tornam-se mais reservados e a privacidade passa a ser uma atitude característica dessa fase; b) nessa etapa intermediária, que vai em geral até os 17 anos, existe uma identificação máxima com o grupo social e os amigos são de ambos os sexos. Iniciam-se as experiências sexuais e existe uma grande modificação corporal. c) a adolescência tardia traz o surgimento de valores e comportamento de adulto e, com isso, uma reaproximação da família.

TDAH

TDAH é uma síndrome neuropsiquiátrica cujas manifestações principais são três: 1) desatenção; 2) impulsividade; e 3) hiperatividade.

Sintomas de desatenção: Dificuldade de prestar atenção no que se esta fazendo e em detalhes, constantemente não consegue terminar atividades, dificuldades para se organizar e esquecimento de tarefas diárias.

Sintomas de hiperatividade e impulsividade: mexe as mãos e os pés quando parado, se levanta da cadeira em situações que deve estar sentado, fala muito, faz barulho, tem dificuldade de esperar sua vez e interrompe os outros.

Diagnostico é clinico; 6 de 9 sintomas de desatenção e 6 a 9 sintomas de hiperatividade. (DMS-IV) Pode ser de 3 subtipos: com predominância de hiperatividade ou de desatenção ou ainda dos dois. As mães de crianças com TDAH têm mais probabilidade de apresentar complicações de parto, como toxemia,

trabalho de parto demorado e parto complicado. O uso de drogas, álcool e tabagismo pela mãe durante a gestação são fatores de risco.

Componente genético no TDAH, lesōes traumáticas graves e anormalidades estruturais são outras causas. Estressares psicossociais familiares também podem contribuir para os sintomas de TDAH ou exacerbá·los. Diagnostico diferenciado: Epilepsia, transtorno bipolar, transtorno de conduta e tiques, transtorno de ansiedade

de separação e dificuldade de aprendizagem.

EXTRAS

período ideal para a introdução de outros alimentos complementares é após o sexto mês de vida:

1. antes disso, o leite materno é capaz de suprir todas as necessidades nutricionais da criança. 2. a criança já tem desenvolvidos os reflexos necessários para a deglutição, como o reflexo lingual3. já manifesta excitação à visão do alimento4. já sustenta a cabeça, facilitando a alimentação oferecida por colher5. erupção dos primeiros dentes, o que facilita na mastigação. 6. desenvolve ainda mais o paladar e começa a estabelecer preferências alimentares

De 6 a 7 meses De 8 a 12 meses A partir de 12 meses

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Aleitamento materno sob livre demanda

1 papa de frutas no meio da manhã

1 papa salgada no final da manhã

1 papa de frutas no meio da tarde

• Aleitamento materno sob livre demanda

• 1 papa de frutas no meio da manhã

• 1 papa salgada no final da manhã

• 1 papa de frutas no meio da tarde

• 1 papa salgada no final da tarde

• Aleitamento materno sob livre demanda

• 1 refeição pela manhã (mingau ou leite batido com fruta)

• 1 fruta

• 1 refeição básica da família no final da manhã

• 1 fruta

• 1 refeição básica da família no final da tarde

Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF):

Ministério da Saúde desenvolve o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, que se destina à suplementação preventiva de todas as crianças de 6 a 18 meses com sulfato ferro.

Alimentos: Carnes, ovos, beterraba e feijao. A anemia causa prejuízos e atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo em criança. Entre os quatro e seis

meses de idade, ocorre gradualmente o esgotamento das reservas de ferro, e a alimentação passa a ter papel predominante no atendimento às necessidades desse nutriente.

Vitamina A:

Para prevenir e controlar a deficiência de vitamina A, desde 1983 o Ministério da Saúde distribui cápsulas de 100.000UI dessa vitamina para crianças de seis a 11 meses de idade e de 200.000UI para crianças de 12 meses a 5 anos de idade nos Estados da Região Nordeste e no Estado de Minas Gerais.

Importancia: atua no bom funcionamento do sistema visual; participa dos processos de defesa do organismo

Iodo:

Esta carência pode contribuir para o aumento na mortalidade infantil, além das situações de hipotireoidismo, bócio, retardo do desenvolvimento e do crescimento físico

Função: promove o crescimento e o desenvolvimento normal do organismo, mantendo em equilíbrio assuas funçoes; melhora a capacidade física e mental

Registro de Peso/Idade:

Para o acompanhamento do crescimento de uma criança é o registrado periódicamente o peso no Gráfico Peso/Idade do Cartão da Criança. Neste, o eixo vertical corresponde ao peso (kg) e o eixo horizontal corresponde à idade da criança (meses).

acima do percentil 97: classificar como sobrepeso; entre os percentis 97 e 3: faixa de normalidade nutricional; entre os percentis 10 e 3: classificar como risco nutricional; entre os percentis 3 e 0,1: classificar como peso

baixo;

Estatura/idade:

Pode ser expresso na forma de percentil e deve ser utilizado para: o acompanhamento do crescimento linear da criança, identificação das deficiências de estatura, quando relacionado ao peso (peso para estatura), tornando-se um índice para avaliar desnutrição aguda e sobrepeso.

Peso/estatura:

A relação entre peso e estatura é um índice de desnutrição aguda e também de sobrepeso. Seus pontos de corte são os percentis 97 (sobrepeso) e 3 (desnutrição).

Escore Z:

Representa a distância, medida em unidades de desvio padrão, que os vários valores daquele parâmetro podem assumir na população em relação ao valor médio que a mesma apresenta. Escore z = (valor observado para o indivíduo) - (valor da média do referencial) / desvio padrão do referencial

Desenvolvimento: É o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas”. Desenvolvimento é um conceito amplo que se refere a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e

progressiva, que inclui, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais.