Resumo - Ciclos Biogeoquimicos (Final)
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: CIÊNCIAS DO AMBIENTE
PROFESSORA: MARIA DE FÁTIMA NUNESMAIA
ALUNOS:
ANTONIO RIBEIRO SANTOS JUNIOR
MANUELLA VIEIRA SANTOS
RESUMO DO ARTIGO:
IMPORTÂNCIA DA COMPREENSÃO DOS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS PARA O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
FEIRA DE SANTANA
2012
Ecologia significa ciência do ambiente, o que mais amplamente pode ser
entendida com a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o
ambiente em que estão inseridos. Atualmente o termo tem sido mais utilizado
como ciência que estuda os ecossistemas. A ocorrência de grandes desastres
ecológicos em diferentes partes do mundo tem feito com que a ecologia
passasse a ser um dos temas de maior destaques nos meio de divulgação e
que a humanidade tomasse mais consciência ao que se refere ao meio
ambiente.
A biosfera compreende todos os lugares do planeta onde existe vida. A
sua sobrevivência e de todos os seres vivos que a compõe, com um pequeno
numero de exceções, depende do processo de fotossíntese realizado pelos
organismos clorofilados.
Populações de diferentes espécies devem viver em constante interação,
formando biocenose (comunidades bióticas); esta, por sua vez, depende do
conjunto de fatores físicos e químicos do meio (biótopo). A biocenose
interagindo com o biótopo é o que chamamos de ecossistema.
Em qualquer ecossistema os representantes do componente biótico
podem ser divididos em dois grupos: os autótrofos e heterótrofos. Os autótrofos
são os seres fotossintetizantes, e são ditos produtores do sistema; já os
heterótrofos utilizam o alimento produzido pelos autótrofos para sobreviver, e
são ditos consumidores. Dentre os heterótrofos há os decompositores, seres
que se alimentam de matéria orgânica morta, que tem importância na
devolução de muitos nutrientes ao meio ambiente.
Os fatores abióticos são subdivididos em físicos e químicos. Dentre os
fatores físicos há temperatura, umidades e radiação solar, de forma que esse
ultimo é o fator de maior importância, pois, além de afetar outros fatores,
provém dele toda a energia necessária para a sobrevivência dos seres vivos.
Em termos de fatores químicos, tem-se como exemplo a presença de água e
sais minerais no solo.
A energia solar, sais minerais e matéria orgânica são transferidos e
utilizados por todos os seres vivos a partir da ingestão dos seres entre si; isso
que é chamado de cadeia alimentar, e inerente a esse conceito esta o conceito
de nível trófico. Os organismos de determinado ecossistema podem ser
agrupados de acordo com seus hábitos alimentares, e cada grupo em particular
constitui com nível trófico.
Do total de energia armazenada pelo autótrofo na matéria orgânica
produzida pela fotossíntese, parte é consumida por ele mesmo na respiração, o
que lhe mantém vivo. Portanto só é passado para o nível trófico seguinte aquilo
que o produtor não consumiu, e desse, uma parte é eliminada pelos
excrementos e uma parcela considerável de energia do alimento é consumida
como forma de energia de movimento. As sobras são incorporadas aos tecidos
permanecendo à disposição do nível trófico seguinte. Assim, a cada nível
trófico, vai ocorrendo uma perda de energia, principalmente em forma de calor,
forma que os seres vivos não tem condições de reaproveitas. Dessa forma, a
energia flui de um nível trófico a outro sem possibilidade de retrocesso, numa
única direção; daí vem a denominação de que o fluxo de energia é
unidirecional.
Contrario da energia, a matéria orgânica realiza um caminho cíclico. Os
produtores transformam energia radiante do sol em alimento, inicialmente para
si, e depois para os demais organismos vivos que compõem os níveis tróficos
superiores através da alimentação. Assim que qualquer um desses seres
morre, a matéria orgânica é absorvida pelos microrganismos decompositores
que trazem de volta ao solo os sais minerais e outros elementos, tornando-os
disponíveis para serem reaproveitados novamente por outros organismos.
Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais que por diversos
meios reciclam vários elementos em diferentes formas químicas do meio
ambiente para os organismos, e depois, fazem o processo contrário , ou seja,
trazem esses elementos dos organismos para o meio ambiente. Dessa forma,
a água, o carbono, o oxigênio, o nitrogênio, o fósforo, o cálcio, entre outros
elementos, percorrem esses ciclos, unindo todos os componentes vivos e não
vivos da Terra. O estudo desses ciclos se torna cada vez mais importante
como, por exemplo, para avaliar o impacto ambiental que um material
potencialmente perigoso, possa vir a causar no meio ambiente e nos seres
vivos que dependem direta ou indiretamente desse meio para garantir a sua
sobrevivência.
No ciclo da água o vapor desse liquido, proveniente da
evapotranspiração, forma as nuvens na atmosfera. Quando estas nuvens ficam
sobrecarregadas e atingem altitudes elevadas ocorrem as precipitações. Esta
água que cai nas chuvas (neves ou chuvas de granizo) vai parar nos oceanos,
rios e lagos. Depois, a água vai evapotranspirar novamente, formando assim o
ciclo da água mais uma vez.
O ciclo das rochas inicia-se com a destruição das rochas que estão na
superfície, pela ação de agente externos (físicos ou químicos), ação essa
conhecida como intemperismo. Os sedimentos, são transportados por diversos
fluidos, passando a circular sobre a superfície terrestre por ação do calor ou da
gravidade; quando cessa a energia que os fazem circular, eles se depositam
nas regiões mais baixas, formando-se então as rochas sedimentares. Com os
passar do tempo, as rochas são sepultadas a grandes profundidades, sendo
expostas a condições que a tornam rochas metamórficas. A temperatura
aumenta de tal forma que as rochas sofrem fusão, transformando-se em
ígneas. Por fim, devido à intensa atividade que ocorre no interior do planeta,
ocorre o levantamento dessas rochas e elas chegam novamente a superfície.
No ciclo do carbono, o CO2 é removido da atmosfera pelos produtores,
após isso o carbono pode seguir três caminhos: pela respiração é devolvida na
forma de CO2, passa pelos animais superiores via cadeia alimentar e pela
morte e decomposição dos vegetais volta a ser CO2. Quando o destino do
carbono é o segundo caminho apresentado, passas para outros animais, o
composto vai ter como futuro um dos três caminhos apresentados
anteriormente também. Outro mecanismo de retorno ao ambiente é a
combustão de combustíveis fosseis e de florestas.
O mecanismo que rege o ciclo do cálcio segue mais ou menos os
seguintes passos: Inicialmente o CO2 atmosférico dissolve-se na água na água
da chuva, produzindo H2CO3, esse, nas águas superficiais ou subterrâneas,
facilita a erosão das rochas silicatadas e provoca a liberação de Ca+2 e HCO3-
que podem ser lixiviados para o oceano, la eles são absorvidos pelos animais.
Como a morte desses organismos, seus esqueletos se depositam no fundo do
mar e originam uma rocha sedimentar. Essa rocha pode migrar para uma zona
de pressão e temperatura mais elevadas, fundindo parcialmente os carbonatos.
As mudanças da crosta terrestre podem fazer com que essas rochas
sedimentares alcancem a superfície, completando o ciclo. Outra forma do Ca
circular é através da retirada desse composto, dos produtores, do solo, e assim
ela seguir a cadeia alimentar como já foi comentado.
No que se refere ao fosfato, o principal reservatório do seu íon na
natureza são as rochas, com o passar dos anos as rochas sofrem uma
degradação através do intemperismo, e assim, o íon fosfato é liberado,
voltando ao ecossistema. Por ser um composto solúvel, esse íon é falcimente
carregado pelas chuvas até os mares e rios (a alta solubilidade do composto
pode ocasionar o fenômeno de eutrofização nesse ambientes). O íon fosfato é,
então, absorvido pelos vegetais através do solo ou de soluções aquosas e
utilizam-no para formar compostos orgânicos essenciais à vida, daí o íon passa
de fosfato inorgânico para fosfato orgânico. Os animais, através da água e da
cadeia alimentar também obtêm o íon. As aves marinhas, por exemplo,
desempenham um importante papel na manutenção desse ciclo, pois são
consumidoras de peixes marinhos e ao expelirem as fezes no solo, trazem o
fosfato novamente ao meio terrestre.Com a decomposição da matéria orgânica
feita por bactérias fosfolizantes, o íon fosfato presente na estrutura dos seres
vivos é devolvido ao solo e à água sob a forma inorgânica, formando outro
reservatório desse nutriente na natureza. A partir daí, o fosfato é novamente
incorporado às rochas, retomando o seu ciclo.
Embora o nitrogênio esteja presente em grande porcentagem no ar
atmosférico, na forma de N2, poucos são os organismos que o assimilam nessa
forma. Apenas certas bactérias e algas cianofíceas podem retirá-lo do ar na
forma de N2 e incorporá-lo às suas moléculas orgânicas. Como consequência,
os demais seres vivos dependem daqueles organismos para a fixação do
nitrogênio ambiental. As bactérias que fixam o nitrogênio diretamente da
atmosfera vivem próximo à superfície do solo. Ao morrer e ser degradadas,
essas bactérias liberam seu nitrogênio no solo, na forma de moléculas de
amônia. Outros tipos de bactérias transformam a amônia em nitratos e é, nessa
forma, que as plantas absorvem o nitrogênio do solo, por meio de suas raízes.
Os herbívoros obterão nitrogênio ao comerem as plantas. Certas bactérias
fixadoras de nitrogênio atmosférico, ao invés de viverem livres no solo, vivem
no interior dos nódulos formados em raízes de plantas leguminosas, como a
soja e o feijão. Ao fixarem o nitrogênio do ar, essas bactérias fornecem parte
dele às plantas. A rotação de culturas é uma prática recomendável, porque as
plantas leguminosas colocam em disponibilidade o nitrogênio para outras
culturas. A devolução do nitrogênio à atmosfera, na forma de N2, é feita graças
à ação de outras bactérias, chamadas denitrificantes. Elas podem transformar
os nitratos do solo em N2, que volta à atmosfera, fechando o ciclo.
No ciclo do enxofre, os microrganismos realizam oxidação ou redução
química, e dessas resulta a recuperação do enxofre dos sedimentos mais
profundos. Na crosta e na atmosfera, paralelamente, ocorrem processos
geoquímicos e meteorológicos, além de processos biológicos de produção e
decomposição. Os SO4- constituem a forma mais oxidada, sendo incorporada
pelos organismos autótrofos para fazerem parte da constituição das proteínas.
O sistema apresenta, superficialmente, uma dependência menor do enxofre do
que de outros componentes, porem a interdependência entres os ciclos
biogeoquímicos faz com que um desequilíbrio nesse ciclo acarrete em outras
serias mudanças. Um exemplo de desequilíbrio nesse ciclo é o rapido aumento
de SO2 na atmosfera, devido a emissões industriais, concentração de
automóveis e queima de carvão nas termoelétricas; uma das maneiras de
diminuir essas emissões é o uso de energia oriunda do alcool, como vem
sendo utilizada pelo Brasil.
A natureza apresenta um equilíbrio que foi alcançado através de um
lento e gradual processo de ajuste entre os seres vivos e o ambiente; mas é
preciso que se tenha um bom senso e pensamento crítico de que ela aceita as
mudanças impostas pelo homem até um certo ponto, e a partir desse ela
começa a sua reação. A visão errônea de uma natureza de recursos
inesgotáveis e capacidade permanente de renovação é a provável causa de o
homem lançar tantas substancias poluente no ecossistema. Tais substancias
são aquelas que, quando lançadas no meio ambiente, representam perigo em
potencial à saúde dos organismos vivos e são classificados em poluentes
quantitativos (já existem na natureza, mas são liberadas no meio em grande
quantidade) e qualitativos (substâncias sintéticas).
Mesmo em pequenas quantias no ambiente, os poluentes podem causar
sérios desastres ecológicos, em grande parte devido à capacidade que esses
poluentes têm de se concentrarem ao longo da cadeia alimentar e assim serem
passados a níveis tróficos diferentes, afetando, assim, vários organismos
inclusive o ser humano. Dentre os exemplos mais marcantes tem-se o DDT, os
compostos do ácido fenóxiacético, triazinas, compostos de ureia, compostos de
bipiridilo, piridinas cloradas e dioxinas; todas herbicidas usados, por vezes, de
forma indiscriminada e que apresentam danos comprovados à diversos níveis
tróficos de diversas cadeias alimentares.
Os metais pesados apresentam, além de um grande efeito tóxico, poder
de acumulação altíssimo nos seres humanos; o que os torna uma das formas
mais terríveis de poluição. Dentre os metais pesados mais conhecidos tem-se o
mercúrio e o chumbo.
A toxidade dos sais inorgânicos de mercúrio é proporcional a sua
solubilidade. O calomelano (Hg2Cl2) é um sal pouco solúvel que foi durante
muito tempo utilizado como purgativo. Os íons de mercúrio têm a capacidade
de formaram complexos muito fortes com os grupos -SH de proteínas
(presentes no aminoácido cisténa) e sua toxidade provavelmente se relaciona
com a inativação das proteínas nas membranas celulares. Os compostos
inorgânicos de mercúrio, remédios, fungicidas e bactericidas foram totalmente
substituídos pelos chamados mercuriais orgânicos, como o exemplo do
semeiam, a vantagem de seu uso está na possibilidade de controlar sua
solubilidade, o que aumentou sua utilização para impregnar sementes e
protegê-las no solo do ataque de pragas. O problema é que numerosos
acidentes têm ocorrido quando essas sementes foram usadas por pessoas
desavisadas na preparação de alimentos.
O mercúrio foi usado pela primeira vez no Brasil em meados do ano de
1850, durante o início do ciclo de exploração do ouro; com o acelerado
processo industrial brasileiro em 50, o uso do mercúrio praticamente dobrou,
em particular nos estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os garimpeiros
usam esse metal devido à sua alta capacidade de solubilizar outros metais a
frio, inclusive o ouro, formando amálgamas e permitindo dessa maneira a
separação do ouro do ambiente; depois de mistura-los queima-se o amálgama,
volatilizando o mercúrio e recuperando-se todo o ouro. Esse processo é bem
atraente devido à sua simplicidade e mais ainda pelo seu baixo custo.
O mercúrio pode existir no ambiente em inúmeras formas; quando
emitido na forma de vapor tem um tempo de residência na atmosfera que pode
variar de alguns dias até anos. O mercúrio inorgânico liberado nas formas
metálicas ou gasosa pode originar compostos organometálicos como o
dimetilmercúrio e o íon metilmercúrio, sendo essas as mais danosas formas de
contaminação.
Na Amazônia são produzidos algo em torno de 100 toneladas de ouro
anualmente. O ouro encontrado nessa região ocorre com partículas finas, em
terraços sedimentares e sedimentos ativos de rios, e para obtê-la os
garimpeiros utilizam várias técnicas de pré-concentração gravimétrica e
amalgamação com mercúrio, o amálgama é então queimado e o mercúrio
liberado para a natureza. Como o mercúrio sofre o processo de
biomagnificação, a população ribeirinha fica exposta a riscos de contaminação
por esse metal, pois sua principal fonte de alimento são os pescados retirados
dos rios.
A empresa Nilppon Nitrogen Fertilizer, instalada na cidade de Minamata
desde 1908, utilizava sulfato de mercúrio como catalisador na produção de
ácido acético e de seus derivados, além de cloreto de mercúrio para a catálise
de cloreto de vinila. Durante o processo químico de metilação do acetileno,
parte do mercúrio também era metilado, liberando grandes quantidades do
metal nos efluentes da fábrica e todos os rejeitos dessa eram lançados
diretamente na baía de Minamata. Na época, pouco se sabia acerca das
propriedades maléficas do metal. Em 1956, foi notificado o primeiro de uma
série de casos que se configuraria como o maior desastre evolvendo população
humana e contaminação por metais pesados. Meses depois, foi organizado um
comitê de estudos sobre a doença, e depois de vário hipóteses errôneas,
comprovaram de os rejeitos no fundo da baía apresentam mais de 25 ppm de
mercúrio.
Nas Diferenças entre a Amazônia e Minamata o CH3Hg+ acumula-se muito
facilmente nos organismos inferiores e depois é passado para os superiores na cadeia
alimentar. Outro agravante que ocorreu em Minamata, foi o fato de que mesmo depois
do aparecimento da primeira vítima, se passaram quase dez anos até a identificação
do agente causador da doença. Já na Amazônia, as autoridades têm pleno
conhecimento do potencial efeito tóxico do CH3Hg+. Há ainda outro terrível agravante.
No caso da baía de Minamata, o efluente industrial já continha o mercúrio sob a forma
metilada, enquanto que na Amazônia, o mercúrio é lançado no ambiente como
mercúrio elementar, líquido ou na forma de vapor.
A dissolução do chumbo é função da dureza da água Entende-se como água
dura aquela com concentração de CaCO3 acima de 50mg/L. Alta concentração de
chumbo pode ser encontrado em água mole e ligeiramente ácida. ele é um metal
tóxico de efeito umulativo, concentrando-se nos ossos. A quantidade de chumbo
utilizada foi estarrecedora: 300.000 toneladas por ano nos EUA e cerca de 50.000
toneladas por ano no Reino Unido. O Brasil foi o primeiro país a abolir o uso do
chumbo na gasolina. As chumbo-tetralquilas são compostos voláteis extremamente
venenosos que afetam diretamente o sistema nervoso central, mas é o chumbo
inorgânico dos produtos de combustão que causa a maior preocupação, pois
partículas finas de chumbo metálico ou de haletos de chumbo são emitidas e chegam
aos pulmões. A poluição causada por partículas transportadas pelo ar, é, portanto, um
fenômeno tipicamente urbano, já que são nos grandes centros industriais que estão a
maioria da frota de veículos automotivos e as grandes indústrias, que também podem,
dependendo do tipo de matéria com que trabalha, ser responsável pela liberação de
fuligem ou algum tipo de efluente não tratado que porventura possa vir a conter
chumbo. De acordo com pesquisas e estudos médicos, a contaminação por chumbo
causa sintomas como anorexia, vômitos, convulsão, dano cerebral permanente e lesão
renal irreversível, caracterizando uma doença chamada saturnismo. A empresa teria
de elaborar um plano de recuperação total das áreas contaminadas, internas e
externas, para diminuir o arraste de poluentes pela ação dos ventos.
Considera-se uma água poluída quando ela deixa de servir para o consumo
humano e quando impossibilita a existência de vida. Como os rios lagos e oceanos
são o destino final do esgoto doméstico é nesses lugares que a matéria orgânica e
toxica dos esgotos se florífera diminuindo drasticamente a quantidade de oxigênio,
dentre outros fatores, causando sua poluição desses ambientes. Essa poluição acaba
sendo adicionada a cadeia alimentar humana. Um caso de drástico de poluição de
água é o derramamento de petróleo no mar. No Brasil o maior problema é poluição de
rios importantes, que chegou a uma situação irreversível, que vem causando grandes
impactos no ecossistema brasileiro.
Com o sucesso da industrialização surgiram grande problemas relacionados à
poluição do ambiente. Um grande problema surgido é o da chuva ácida. O
“envenenamento” da chuva tem causado perdas na produção de peixes, destruído
florestas, monumentos históricos, construções modernas e vários outros impactos
financeiros, culturais e ambientais. Nas grandes cidades a chuva acaba servindo com
meio de transporte para poluentes como dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio que
reagem com o vapor d’água formando ácidos que precipitam na forma de chuva e
causam os problemas citados anteriormente. A chuva ácida é uma causa direta do
desequilíbrio que ocorre no ciclo do enxofre. Com o aumento da poluição, aumenta a
concentração de enxofre no ambiente e, por consequência, o nível de acidez da
chuva. Esse acréscimo no nível de acidez é responsável direto pela lenta e gradual
destruição do meio ambiente de uma forma geral.
O nosso é ar é composto por várias substâncias diferentes, mas contidas a um
bom tempo a uma mesma proporção, uma mudança nessa composição e sua poluição
podem gerar problemas muito preocupantes para a humanidade. A poluição do ar é
mais sentida em grandes cidades e esta relacionada impurezas, poeira e substâncias
toxicas que comprometem a respiração humana e provém das fábricas, carros e
outros fatores resultantes da industrialização. O principal poluente atmosférico é o
dióxido de carbono que produzido pelo homem. No final da década de 1970,
descobriu-se uma nova e perigosa consequência da poluição do ar: a redução da
camada de ozônio que protege a superfície da Terra da incidência de raios ultravioleta.
O Efeito Estufa é um fenômeno ocasionado pela concentração de gases (como
dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e os clorofluorcarbonos - estes últimos
resíduos de produtos industrializados) na atmosfera, formando uma camada que
permite a passagem dos raios solares e que absorve grande parte do calor emitido
pela superfície da Terra. Os clorofluorcarbonos (CFCs) produzidos pela indústria
química, são poderosos gases, com efeito, estufa. Eles também reagem com o ozônio
troposférico, destruindo, dessa forma, a camada de ozônio. Alguns gases da
atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), funcionam como uma capa
protetora que impede que o calor absorvido da irradiação solar escape para o espaço
exterior, mantendo uma situação de equilíbrio térmico sobre o planeta, tanto durante o
dia como noite. Sem o carbono na atmosfera, a superfície da Terra seria coberta de
gelo. O efeito estufa na Terra é garantido pela presença do dióxido de carbono, vapor
de água e outros gases raros. Esses gases são chamados raros porque constituem
uma parcela muito pequena na composição atmosférica, formada em sua maior parte
por nitrogênio (75%) e oxigênio (23%). As consequências do aquecimento global
poderão ser catastróficas. Alterações bruscas na composição da atmosfera poderão
desencadear mudanças dramáticas no clima, o que resultaria em grandes variações
na temperatura e no ritmo de chuvas. Furacões, tormentas e enchentes, de um lado, e
secas graves, de outro, poderão se tornar mais frequentes.
Os solos possuem um papel de grande importância nos ciclos biológicos, a
poluição desse ambiente causa enormes problema, principalmente em longo prazo.
Os solos são resultados, entre outros fatores, de um longo processo de decomposição
de restos animais. Esse material decomposto nos solos é importante para sustentação
do ecossistema, pois é uma grande fonte nutritiva dos vegetais. Esses vegetais são a
base do ciclo biológico, portanto o homem será afeta a longo prazo.Uma das principais
causas da poluição do solo é o acúmulo de lixo sólido. O material sólido do lixo
demora muito tempo para desaparecer no ambiente. A poluição pode causar sérios
danos ao solo, e dessa forma dificultar o cultivo e existe a possibilidade de os
fertilizantes e pesticidas sintéticos podem ser incorporados à cadeia alimentar. O
principal impacto causado pela poluição do solo é o desmatamento, pois isso afeta o
ciclo hidrogeológico da terra, impedindo a retenção de aguda.
Para sustentar os complexos, dinâmicos e importantes ciclos biogeoquímicos
da terra é necessário manter o equilíbrio da terra com relação a nutrientes e poder
suprir as necessidades dos seres vivos. Cada ciclo está interligado, qualquer alteração
em um deles ocasiona desequilíbrios drásticos no outros ciclos. Alterações no ciclo da
água, do fósforo, excesso de gases poluentes, desequilíbrio no ciclo do carbono, uso
crescente de fertilizantes, atividade mineradora e outros interferências são fatores
significativos no desequilíbrio da terra. A vida na terra é graças ao mecanismo dos
ciclos biogeoquímicos responsáveis pela reciclagem da vida para sua manutenção.
Enfim, Caso a sociedade não se conscientize que é possível que haja
desenvolvimento sustentável, ainda será possível presenciar esse quadro de
destruição dos ecossistemas. Espera-se que o trabalho das pessoas que lutam pela
conservação do meio ambiente possa um dia conscientizar a humanidade sobre o
cuidado que o homem deve ter com o meio ambiente.