Resumo ACPS

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Resumo ACPS Possíveis soluções para o problema de contaminação do solo: Remoção da fonte de poluição Bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área) Remoção dos indivíduos ou bens ameaçados Valor de referência de qualidade (VRQ): é a concentração de determinada substancia no solo ou na água subterrânea, que indica as condições de um solo considerado limpo ou de águas subterrâneas em seu estado natural. São usados na prevenção e no controle da contaminação para o monitoramento de áreas contaminadas Valor de prevenção (VP): indica a qualidade de um solo capaz de sustentar as suas funções primárias, protegendo-se os seres humanos e os animais e a qualidade das águas subterrâneas. Indica uma possível alteração da qualidade natural dos solos. Valor de intervenção (VI): indica o limite de contaminação do solo e das águas subterrâneas acima do qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana. - Gerenciamento de áreas contaminadas: conjunto de medidas tomadas com o intuito de minimizar o risco proveniente da existência de áreas contaminadas à população e ao meio ambiente, proporcionando os instrumentos necessários à tomada de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas. Etapas de gerenciamento conforme a Resolução CONAMA 420/09: Identificação – Diagnóstico – Intervenção – Monitoramento Identificação: serão identificadas áreas suspeitas de contaminação com base na avaliação preliminar, e para aquelas em que houver indícios de contaminação, deve ser realizada uma investigação confirmatória. Diagnóstico: inclui a investigação detalhada e avaliação de risco, com objetivo de subsidiar a etapa de intervenção, após a investigação confirmatória que tenha identificado substancias químicas em concentrações acima do valor de investigação.

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Avaliação e controle da poluição do solo

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Resumo ACPS

Possíveis soluções para o problema de contaminação do solo:

Remoção da fonte de poluição Bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área) Remoção dos indivíduos ou bens ameaçados

Valor de referência de qualidade (VRQ): é a concentração de determinada substancia no solo ou na água subterrânea, que indica as condições de um solo considerado limpo ou de águas subterrâneas em seu estado natural. São usados na prevenção e no controle da contaminação para o monitoramento de áreas contaminadas

Valor de prevenção (VP): indica a qualidade de um solo capaz de sustentar as suas funções primárias, protegendo-se os seres humanos e os animais e a qualidade das águas subterrâneas. Indica uma possível alteração da qualidade natural dos solos.

Valor de intervenção (VI): indica o limite de contaminação do solo e das águas subterrâneas acima do qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana.

- Gerenciamento de áreas contaminadas: conjunto de medidas tomadas com o intuito de minimizar o risco proveniente da existência de áreas contaminadas à população e ao meio ambiente, proporcionando os instrumentos necessários à tomada de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas.

Etapas de gerenciamento conforme a Resolução CONAMA 420/09:

Identificação – Diagnóstico – Intervenção – Monitoramento

Identificação: serão identificadas áreas suspeitas de contaminação com base na avaliação preliminar, e para aquelas em que houver indícios de contaminação, deve ser realizada uma investigação confirmatória.

Diagnóstico: inclui a investigação detalhada e avaliação de risco, com objetivo de subsidiar a etapa de intervenção, após a investigação confirmatória que tenha identificado substancias químicas em concentrações acima do valor de investigação.

Intervenção: execução de ações de controle para a eliminação do perigo ou dedução a níveis toleráveis dos riscos identificados na etapa de diagnóstico, considerando o uso atual e futuro da área.

Monitoramento: Acompanhamento e verificação da eficácia das ações executadas.

Ações a serem seguidas nas fases de identificação de áreas contaminadas

Avaliação preliminar (fase 1):

Levantamento do histórico da utilização da área (documentação, dados internos e externos).

Inspeção de campo e entrevistas Análise dos dados e resultado desta fase 1

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Investigação confirmatória (fase 2):

Sondagem e amostragem do solo e água subterrânea Realização de análise química Análise dos resultados

Levantamentos (Resultados) Planejamento e execução das investigações (Métodos diretos e Métodos indiretos).

Métodos Indiretos: métodos geofísicos de investigação (eletrorresistividade, eletromagnéticos, sísmica e radar de penetração do solo - GPR).

Métodos Diretos: execução de sondagens, amostragens e testes (definir as propriedades dos solos, das rochas, outros tipos de materiais e concentrações dos contaminantes).

Exemplo de amostragens de solo: Poços de investigação e furos de sondagens

Transporte e atenuação natural

Para definição da estratégia de modelagem, inicialmente deve ser realizada a avaliação das características das fontes de contaminação e das características dos compostos químicos de interesse que podem afetar o transporte e atenuação natural no meio físico.

Os seguintes aspectos devem ser avaliados para definição da estratégia:

Transporte do contaminante no meio físico; Particionamento do contaminante do meio físico; Transformações químicas do contaminante no meio físico; Transformações biológicas do contaminante no meio físico; Retenção e Retardação do contaminante no meio físico.

Técnicas de remediação e tratamento de solos

Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas:

Definição da região de interesse; Identificação de áreas potencialmente contaminadas; Avaliação preliminar; Investigação confirmatória (caso ainda não haja certeza de contaminação); Avaliação de risco; Investigação para remediação; Projeto de remediação; Remediação propriamente dita; Monitoramento.

Métodos de remediação

In Situ: tratamento do contaminante no próprio solo (sem movimentação do solo). Obs.: São preferíveis, pois não envolvem deslocamento de material contaminado.

Ex Situ:

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Off site – Remoção do material contaminado (escavação do solo e bombeamento de água subterrânea).

On site – O material contaminado é removido, mas tratado em estações instaladas no local.

Bioventing (Bioventilação): é uma tecnologia que estimula a biodegradação natural in-situ dos hidrocarbonetos de petróleo no solo, especialmente o diesel, por meio do fornecimento de oxigênio para os micro-organismos. A diferença de pressão provoca a entrada de ar atmosférico no solo, fornecendo a alimentação de oxigênio necessária.

Air Sparging e Biosparging: ambas as técnicas utilizam a injeção de ar na água subterrânea (zona saturada) no aquífero contaminado produzindo borbulhamento da água, o qual provoca por arraste a remoção dos contaminantes da água subterrânea por volatização.

Encapsulamento Geotécnico (Imobilização): é uma técnica in situ que consiste no confinamento de um local contaminado usando barreiras de baixa permeabilidade, que podem ser – Coberturas, Barreiras Verticais, Barreiras Horizontais – em geral associadas a outras técnicas para contenção da pluma de contaminação.

Coberturas: camadas de solo compactado de baixa permeabilidade que possui a função de impedir a entrada de chuva no material confinado, impedir o escape de gases e evitar o acesso de animais e aguas superficiais.

Barreiras Verticais: impedem o fluxo horizontal de água contaminada e são construídas em todo o perímetro da área contaminada.

Bombeamento e tratamento da água: possui o objetivo de capturar a pluma de contaminação, tratando as águas subterrâneas, para depois descarta-las ou reintroduzi-las no aquífero. O bombeamento em geral não limpa totalmente o solo. A remediação é considerada finalizada quando as concentrações dos contaminantes atingem níveis aceitáveis pela legislação.

Barreira Hidráulica: impedir o avanço da pluma de contaminação, evitando sua chegada a rios e nascentes. Consiste em executar poços ou trincheiras no caminho do fluxo e bombear a água subterrânea contaminada, direcionando-a para o tratamento. A água pode ser descartada ou devolvida ao aquífero.

Extração de vapores: utilizada para retirar compostos orgânicos voláteis. Instalam-se poços na área contaminada com aplicação de vácuo.

Barreiras Reativas: o material reativo permeável é colocado dentro do aquífero de modo a ser atravessado pela água contaminada, que se move pelo gradiente natural. O reator fica no caminho da pluma de contaminação. Ex: no caso de contaminação por solventes clorados utiliza-se o material reativo ferro que age como processo de desalogenação redutiva abiótica degradando o poluente.

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Atenuação Natural: resposta natural à contaminação, diferentes processos físicos, químicos e biológicos que tem efeito sem a interferência humana e que em determinadas condições pode levar a uma redução de massa, toxicidade, mobilidade, volume e concentração de poluentes no solo e na água subterrânea. Envolve os processos de (degradação biológica, precipitação, decomposição físico-química, sorção, diluição e evaporação).

Biorremediação: técnica de remediação que utiliza micro-organismos ou suas enzimas, fungos ou plantas verdes na degradação, redução, eliminação ou transformação de poluentes presentes em solos, sedimentos e água.Vantagens: degrada substancias perigosas, baixo custo, possível tratamento in situ, produtos utilizados não apresentam risco ao meio ambiente e não são tóxicos, tratamento de resíduos considerados de difícil degradação.Desvantagens: não é uma solução imediata, acompanhamento durante o processo, muitas moléculas não são biodegradáveis.

Característica Física: Distribuição espacial da contaminação, a origem do resíduo e a geometria da pluma; Hidrogeologia – direção e velocidade do fluxo da água subterrânea, heterogeneidades e

zonas impermeáveis do sedimento; Temperatura

Caracterização Química: Composição da contaminação; Qualidade da água subterrânea, especialmente o potencial redox, receptores de elétrons,

pH e produtos de degradação; Propriedades de adsorção do sedimento

- Xenobióticos: substancias químicas que presentes em pesticidas, inseticidas, defensivos agrícolas e outros produtos artificiais. São estranhas ao nosso organismo.

- Bioestimulação: tem como objetivo aumentar as taxas de biodegradação de populações de microrganismos autóctones. Para utilizar o processo, deve existir no local contaminado uma população natural de microrganismos capazes de biodegradar os contaminantes presentes.

- Bioaumentação: aplicação de microrganismos selecionados para incrementar a população microbiana. É o processo utilizado tanto na remediação de solos, como no tratamento de efluentes com objetivo de melhorar a qualidade ambiental com baixos custos.

Landfarming: método de Biorremediação que consiste na degradação biológica de resíduos em uma camada superior de solo, que é periodicamente revolvida para haver aeração.

Compostagem: decomposição aeróbia em resíduos orgânicos por populações microbianas in situ, que produzem um material parcialmente estabilizado.

Dessorção térmica: consiste em aquecer o solo contaminado por um determinado período de tempo, até uma temperatura suficiente para volatilizar a água e os contaminantes, para posterior tratamento dos gases. Vantagens: custo, reutilização do solo, gasto energético.

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Solidificação e Estabilização: consistem em métodos de remediação que impedem ou retardam a migração dos contaminantes do solo. Geralmente não destroem os compostos, apenas os deixam fortemente indisponíveis a reações físico-químicas em blocos compactos. São adicionados compostos químicos que tornam o contaminante menos prejudicial ou menos móveis no ambiente.

Vitrificação: processo onde os compostos são permanentemente indisponibilizados em um bloco contínuo de solo vitrificado por forças elétricas. Pode ser empregado in situ ou ex situ. A técnica consiste na introdução de quatro eletrodos na área contaminada onde a corrente elétrica é transmitida, derretendo o solo entre eles.

Remediação Eletrocinética: processo que remove metais e compostos de solos com baixa permeabilidade. Utiliza processos eletroquímicos e eletrocinéticos para liberar contaminantes metálicos e orgânicos polares adsorvidos.

Lavagem do solo: injeção ou aplicação de água ou água contendo algum aditivo no solo para melhorar a solubilidade de contaminantes, que serão extraídos e tratados.

Incineração: os olhos submetem-se a altas temperaturas, normalmente em fornos rotativos, para queimar a matéria poluente combustível.

A seleção da técnica apropriada constitui um processo complexo, envolvendo considerações detalhadas das características do local e do poluente, e um estudo da viabilidade técnico-econômica de aplicação das várias alternativas para o local específico.