Resumão Filosofia - Humanas 12

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8/20/2019 Resumão Filosofia - Humanas 12 http://slidepdf.com/reader/full/resumao-filosofia-humanas-12 1/6 ww.resumao.com.br Resumão HUMANAS-l 2 FILOSOFIA > > .* ♦* » ÉTICA O conjunto das regras morais. Definiç ões preliminares Moral - Conjunto de normas de conduta adotado como universalmente válido por uma comu nidade humana ou cultura, num lugar e num tempo determinados. Ética - Conjunto das regras morais, que se cons titui em um importante ramo da filosofia que procura entender a natureza, a finalidade, a justi ficativa e os princípios fundamentais das normas morais e dos seus sistemas relacionais no con texto de dada sociedade. Escolhas morais - As escolhas morais podem caracterizar-se como oriundas de fatores sub jetiv os ou or iundas de fato res objetiv os. Fatores objetivos - Estão relacionados às nor mas e costumes estabelecidos previamente. Fatores subjetivos - Estão relacionados às prefe rênci as pessoais . De igual modo, estão ligados aos princípios da liberdade e da res ponsa bilidade . Só podem ser falsos se houver desonestidade ou intenção de enganar por par te de quem faz a escolha. Não se espera que os outros tenham as mesmas preferências. Julgamentos morais - Geralmente relacio nados a temas objetivos de avaliação de com portamento. Espera-se que as pessoas este ja m de acor do com as conv icç ões mora is do tecido social. A falta de conformidade e/ou violação resultam normalmente na penaliza- ção de quem viola determinado princípio de conduta social. A pessoa que passa por essa situação em geral sofre a censura moral, a condenação e o escárnio. ÉTICA NÃO NORMATIVA C ientífica / Desc ritiva 1. Investigação factual do comportamento moral Abordagem adotada pelas ciências sociais, especialmente pela antropologia e pela psi co log ia. 2. Absolutismo ético Padrão moral único, universal, eterno e está tico. Há apenas um padrão moral verdadeiro, mas ainda não foi descoberto. 3. Relativismo ético simples Não há um único p adrão moral objetivo que se aplique a todos os comportamentos humanos. A moral está sempre relacionada à época, ao espaço e ao grupo social. O que um grupo social julga correto, é correto (em um determinado tempo e lugar). 4. Relativismo ético-funcional O que uma sociedade considera bom e correto decorre da sua experiência histórica. A aceita ção mútua e a obediência a esses códigos mo rais se estabelecem de forma benéfica, contri buindo para a bo a re soluç ão do c orpo social e propic iando a ordem, a estabi lidade, a c oexis tência pacífica e o bem -estar social. Alguns comportamentos perderam eficácia funcional ao longo do tempo. São erronea mente considerados "bons” baseados em pre cedentes históricos e atualmente se tornaram anacronismos (retrógrados). 5. Objetivismo Uma teoria objetivista defende que: a) os "julgamentos éticos” são verdadeiros ou falsos, mas nunca os dois juntos; b) os “jul gamentos éticos” são detentores de valores verdadeiros que nascem a partir da experiên cia, portanto não são originários de psico- logismos subjetivos. Estabelecem-se a partir da livre transação do valor para benefício mútuo, consistindo justamente na realização de um valor positivo sem o sacrifício dos va lores superiores e completamente de acordo com o caráter de cada personalidade (conf. Max Scheler). 6. Subjetivismo O que é normalmente chamado de julgamen to ético não possui valor verdadeiro, pois não é nem verdadeiro nem falso, pois que ligado aos conceitos de liberdade e respon sabilidade pessoal. Julgamentos éticos são verdadeiros ou falsos e apenas dizem respeito à responsabilidade da pess oa que o exprime. Mefaética Campo da filosofia destinado à pesquisa do significado “da linguagem da ética” ou dos ter mos éticos que examina criticamente as condi ções referentes para a sua comprovação. 1. Análise conceituai Explica conceitos pela formulação de condi ções necessárias e suficientes para a sua apli cabilidade, mais precisamente na chamada “linguagem moral”. E a “ferramenta” pela qual as investigações a respeito das formulações dos termos no cam po filosófico config uram -se como pres criti - vas, fugindo-se, assim, das análises indicati vas e formativas. 2. Naturalismo As questões da liberdade e da vontade se defrontaram com as faces do determinismo da natureza e da relação entre lei moral e lei da natureza durante os séculos XVII e XVIII. Originou-se, assim, a corrente ética do naturalismo. Os julgamentos morais são verdadeiros ou falsos, e esses julgamentos estão ligados a alguma ciência natural, por exemplo, a psicologia. Caracteriza-se pelas declarações prescritivas éticas que podem ser traduzidas por declarações descritivas não éticas. 3. Não naturalismo Declarações éticas possuem valor verdadeiro e no final não podem ser reduzidas a declarações não éticas. Alguns termos éticos apenas podem ser de finidos via outros termos éticos. Isso gera o problem a de como se determ ina a veracida de de julgamentos éticos se não há recurso para fatores não éticos. 4. Não cognitivismo/emotivismo Os julgamentos morais não podem ser postos nas categorias de verdadeiros ou falsos. São, antes, meras manifestações verbais dos senti mentos daqueles que os expressam e evocativo dos sentimentos daqueles que os escutam. As declarações éticas são usadas para evo car uma reação predeterminada ou para en corajar um comportamento predeterminado. Declarações éticas não podem ser reduzidas a problemas de psicologia ou outras declara ções não éticas. Naturali sta: declara ções éticas são subjetiva e variáveis. Emotivista: declarações éticas são subjetivas não variáveis. ÉTICA NORMATIVA Procura determinar quais são os padrões mo rais a serem seguidos pelos indivíduos para qu sua conduta seja moralmente correta. Ética normativa aplicada 1. Procura explicar e justificar problemas morai específicos, pretendendo ser ao mesmo temp uma ciência natural. 2. A aplicação de uma ética normativa dá-se pel consideração da expressão “deve” no arcabou ço de uma preferência moral. Por exemplo “você deve ser bom para as pessoas”. A razã dessa argumentação, afirma-se, é que não teri sentido formular uma norma m oral se uma va loração não a apoiasse. Ética normativa geral 1. Estuda criticamente os principais preceitos mo rais (por exemplo: o que é bom? Que atitude são corretas? Quais obrigações são genuínas?) 2. De igual modo, determina os princípios mo rais corretos para todos os indivíduos racionai autônomos. TEORIAS TELEOLÓGICAS / CONSEQUENCIAIS Os referenciais de certo e errado presentes na estruturas'das ações dependem das consequência ou dos efeitos destas mesmas ações. Egoísmo ético A atitude é correta enquanto ela de algum forma aumenta, beneficia ou promove o interess próprio de seu agente em prazo indistinto. Ess perspec tiva filosófica está presen te na obra d Thomas Hobbes. O “interesse próprio”, característica crucial d egoísmo ético, pode ser interpretado como pra zer, poder, riqueza, conhecimento ou qualque outra combinação desses fatores. O efeito nos outros é irrelevante, a meno que esses efeitos tenham alguma consequênci nos interesses pessoais do que manifesta se próprio interesse. Altruísmo ético A atitude é correta enquanto ela de algum forma aumenta, beneficia ou promove por temp indeterminado o interesse de todas as pessoa envolvidas ou grupo social, podendo ou não bene ficiar o agente. O interesse de todas as pessoas é relevante mo ralmente; o interesse próprio do agente é irrele vante, a menos que o efeito altere as consequên cias dos interesses das outras pessoas. Utilitarismo Teoria do “interesse” em que interesse d indivíduo coincide com interesse da comun dade. Assim, se uma pessoa X faz algo mora mente correto ou incorreto, as consequência dessas ações, sejam elas boas ou más, coin cjdirão com os interesses de todas as outra pes so as envol vidas . i

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ResumãoH U M A N A S - l 2

FILOSOFIA> >

.* ♦* »

ÉTICAO conjunto das regras morais.

Definições preliminares

Moral - Conjunto de normas de conduta adotadocomo universalmente válido por uma comunidade humana ou cultura, num lugar e numtempo determinados.

Ética - Conjunto das regras morais, que se constitui em um importante ramo da filosofia que

procura entender a natureza, a finalidade, a justificativa e os princípios fundamentais das normasmorais e dos seus sistemas relacionais no contexto de dada sociedade.

Escolhas morais - As escolhas morais podemcaracterizar-se como oriundas de fatores sub

jetivos ou oriundas de fatores objetivos.Fatores objetivos - Estão relacionados às normas e costumes estabelecidos previamente.

Fatores subjetivos - Estão relacionados às preferências pessoais . De igual modo, estãoligados aos princípios da liberdade e da res

ponsabilidade. Só podem ser falsos se houverdesonestidade ou intenção de enganar por parte de quem faz a escolha. Não se espera que osoutros tenham as mesmas preferências.

J ulgamentos morais - Geralmente relacionados a temas objetivos de avaliação de com

portamento. Espera-se que as pessoas este jam de acordo com as convicções mora is dotecido social. A falta de conformidade e/ouviolação resultam normalmente na penaliza-ção de quem viola determinado princípio deconduta social. A pessoa que passa por essasituação em geral sofre a censura moral, acondenação e o escárnio.

ÉTICA NÃO NORMATIVA

Científica / Descritiva1. Investigação factual do comportamento moral

Abordagem adotada pelas ciências sociais,especialmente pela antropologia e pela

psico logia.2. Absolutismo ético

Padrão moral único, universal, eterno e estático. Há apenas um padrão moral verdadeiro,mas ainda não foi descoberto.

3. Relativismo ético simples Não há um único padrão moral objetivo que seaplique a todos os comportamentos humanos.A moral está sempre relacionada à época, aoespaço e ao grupo social.O que um grupo social julga correto, é correto(em um determinado tempo e lugar).

4. Relativismo ético-funcionalO que uma sociedade considera bom e corretodecorre da sua experiência histórica. A aceitação mútua e a obediência a esses códigos morais se estabelecem de forma benéfica, contri

buindo para a boa resolução do corpo social e propiciando a ordem, a estabilidade, a coexistência pacífica e o bem-estar social.Alguns comportamentos perderam eficáciafuncional ao longo do tempo. São erroneamente considerados "bons” baseados em precedentes históricos e atualmente se tornaramanacronismos (retrógrados).

5. ObjetivismoUma teoria objetivista defende que: a) os"julgamentos éticos” são verdadeiros oufalsos, mas nunca os dois juntos; b) os “julgamentos éticos” são detentores de valoresverdadeiros que nascem a partir da experiência, portanto não são originários de psico-logismos subjetivos. Estabelecem-se a partirda livre transação do valor para benefíciomútuo, consistindo justamente na realizaçãode um valor positivo sem o sacrifício dos valores superiores e completamente de acordocom o caráter de cada personalidade (conf.Max Scheler).

6. SubjetivismoO que é normalmente chamado de julgamento ético não possui valor verdadeiro, poisnão é nem verdadeiro nem falso, pois queligado aos conceitos de liberdade e responsabilidade pessoal.

Julgamentos éticos são verdadeiros ou falsose apenas dizem respeito à responsabilidade da pessoa que o exprime.

MefaéticaCampo da filosofia destinado à pesquisa do

significado “da linguagem da ética” ou dos termos éticos que examina criticamente as condições referentes para a sua comprovação.1. Análise conceituai

Explica conceitos pela formulação de condições necessárias e suficientes para a sua aplicabilidade, mais precisamente na chamada“linguagem moral”.E a “ferramenta” pela qual as investigações arespeito das formulações dos termos no cam

po filosófico configuram-se como prescriti -vas, fugindo-se, assim, das análises indicativas e formativas.

2. NaturalismoAs questões da liberdade e da vontade sedefrontaram com as faces do determinismoda natureza e da relação entre lei moral elei da natureza durante os séculos XVII eXVIII. Originou-se, assim, a corrente éticado naturalismo. Os julgamentos morais sãoverdadeiros ou falsos, e esses julgamentosestão ligados a alguma ciência natural, porexemplo, a psicologia. Caracteriza-se pelasdeclarações prescritivas éticas que podemser traduzidas por declarações descritivasnão éticas.

3. Não naturalismo

Declarações éticas possuem valor verdadeiro eno final não podem ser reduzidas a declaraçõesnão éticas.Alguns termos éticos apenas podem ser definidos via outros termos éticos. Isso gera o

problema de como se determina a veracidadede julgamentos éticos se não há recurso parafatores não éticos.

4. Não cognitivismo/emotivismoOs julgamentos morais não podem ser postosnas categorias de verdadeiros ou falsos. São,antes, meras manifestações verbais dos sentimentos daqueles que os expressam e evocativodos sentimentos daqueles que os escutam.As declarações éticas são usadas para evocar uma reação predeterminada ou para encorajar um comportamento predeterminado.Declarações éticas não podem ser reduzidasa problemas de psicologia ou outras declarações não éticas.

Naturalista: declarações éticas são subjetivae variáveis.Emotivista: declarações éticas são subjetivas não variáveis.

ÉTICA NORMATIVAProcura determinar quais são os padrões mo

rais a serem seguidos pelos indivíduos para qusua conduta seja moralmente correta.

Ética normativa aplicada1. Procura explicar e justificar problemas morai

específicos, pretendendo ser ao mesmo tempuma ciência natural.

2. A aplicação de uma ética normativa dá-se pelconsideração da expressão “deve” no arcabouço de uma preferência moral. Por exemplo“você deve ser bom para as pessoas”. A razãdessa argumentação, afirma-se, é que não teri

sentido formular uma norma moral se uma valoração não a apoiasse.

Ética normativa geral1. Estuda criticamente os principais preceitos mo

rais (por exemplo: o que é bom? Que atitudesão corretas? Quais obrigações são genuínas?)

2. De igual modo, determina os princípios morais corretos para todos os indivíduos racionaiautônomos.

TEORIAS TELEOLÓGICAS / CONSEQUENCIAIS

Os referenciais de certo e errado presentes naestruturas'das ações dependem das consequênciaou dos efeitos destas mesmas ações.

Egoísmo éticoA atitude é correta enquanto ela de algum

forma aumenta, beneficia ou promove o interess próprio de seu agente em prazo indistinto. Ess perspectiva filosófica está presente na obra dThomas Hobbes.

O “interesse próprio”, característica crucial degoísmo ético, pode ser interpretado como prazer, poder, riqueza, conhecimento ou qualqueoutra combinação desses fatores.

O efeito nos outros é irrelevante, a menoque esses efeitos tenham alguma consequêncinos interesses pessoais do que manifesta se

próprio interesse.

Altruísmo éticoA atitude é correta enquanto ela de algum

forma aumenta, beneficia ou promove por tempindeterminado o interesse de todas as pessoaenvolvidas ou grupo social, podendo ou não beneficiar o agente.

O interesse de todas as pessoas é relevante moralmente; o interesse próprio do agente é irrelevante, a menos que o efeito altere as consequências dos interesses das outras pessoas.

UtilitarismoTeoria do “interesse” em que interesse d

indivíduo coincide com interesse da comundade. Assim, se uma pessoa X faz algo moramente correto ou incorreto, as consequênciadessas ações, sejam elas boas ou más, coincjdirão com os interesses de todas as outra

pessoas envolvidas .

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Resumão

O interesse das outras pessoas, nesta teoria, éfundamental e relevante, ou seja, possui um mesmo nível de importância.

♦ Teoria pragmática: instrumentalismo(John Dewey 1859-1952)

Baseia-se na forma como, em seu entender, o pensamento humano aprecia e avalia o mundo.Apreciar e avaliar: nós apreciamos, queremos,desejamos e gostamos das coisas e atividades.Entretanto, elas apresentam fa cto value (valor

de fato) simplesmente porque as queremos.Por outro lado, trata-se de determinar se ascoisas que apresentam fa cto value devem sertão apreciadas e desejadas. Se a resposta for positiva, afirmamos que apresentam o ju re value (valor de juízo) - ou seja, almejamos ascoisas que queremos.A avaliação é o processo pelo qual determinamos se as coisas que desejamos devemmesmo ser desejadas.Ética e o método científico: o processo deavaliação é em última análise a aplicação dométodo científico em julgamentos morais. Ahipótese a ser testada é se o que possui facto value também apresenta ju re value. Falibilismo moral: em virtude do princípio daconsequência, todas as valorações estão sujeitas ao princípio do falibilismo.Todos os fins morais seguem uma continuidade moral que sempre está sujeita a revisão e modificação. Não há moral absoluta.Assim, “os fins não justificam os meios”.Criticismo: o conceito de moralidade fundadano imperativo categórico (Kant) se estabelecena própria forma da razão em seu uso prático.

TEORIA DEONTOLÓGICA / NÃO CONSEQUENCIAL

Nega que as consequências de uma ação ounorma são o único critério para a determinaçãoda moral dessa ação ou norma. Ramo das ciências normativas, isto é, as que perguntam “qualdeve ser o ente para que seja perfeito”, cujo ápiceé a perspectiva ética.

É dividida em quatro classificações:1. Extrema: as consequências boas ou más

intrínsecas a uma ação são totalmente irrelevantes para determinar se a ação é correta ouincorreta.

2. Moderada: as consequências boas ou másintrínsecas a uma ação não são os únicos fatores observados para determinar se uma açãoé correta ou incorreta; em alguns casos, essasconsequências não têm grande importância.

3. Ato: cada situação em particular que requeira uma decisão moral deve ser julgada caso acaso. Não há regras eficazes para guiar o com

portamento ético.4. Regra: há uma ou mais regras que servemcomo padrões, morais. As consequências boasque possam ter a violação de uma regra nãoimportam. Alguns atos sempre estão errados.

Intuicionismo

♦ Teoria Ética de Moore -Principia Ethica (George Edward Moore 1873-1958)

Conceito de “bom”: trata-se de uma qualidade simples, não somente possuída por umaúnica coisa, mas por muitas. O caráter não ana-lisável, não redutível e não natural de “bom” éa única coisa que, segundo Moore, pode darum fundamento à ética.O ideal (bens intrínsecos): conduta universalmente associada ao que é bom. Dessa forma, aconduta produz mais bem do que mal ao mundo.

Como o bem depende de consequêcias, o conhecimento do que é corretonão pode ser intuído imediatamente.O que é correto com relação ao dever e a obrigação: o correto promoveum bem máximo, ao passo que odever e a obrigação promovemo bem máximo. Muitos atos podem produzir omesmo bem, e portanto são igualmente corretos, mas a obrigação vai produzir apenas um desses bens. Ao passo que no caso de um ato errado proíbe-se cometertodos os atos desse tipo.Crítica: é difícil explicar imparcial e pondera

damente como as pessoas podem ter intuiçõesdiametralmente opostas sobre um mesmo direito herdado como, por exemplo, o aborto.

♦ Teoria da Obrigação Moral(Harold Arthur Prichard 1871-1947)

Irredutibilidade de conceitos morais: o ju sto e a obrigação são tão únicos e intuitivos comoo bem, e não podem ser determinados apenasem termos dobem.Justificativa para a obrigação: como as obrigações morais são evidentes por si só, a busca

pelas razões são ilegítimas; e na verdade a filosofia moral no senso comum não é possível.Crítica: como se explica a divergência entre os

julgamentos morais de pessoas e grupos diferentes? Uma forma de explicar o assunto é afirmarque alguns indivíduos possuem um senso deobrigação moral mais desenvolvido que outros.

♦ Ética “Intuicionista”(David Ross 1877-1971)

Os deveres prima fac ie são os deveres básicos. Ointuicionismo refere-se aos deveres autoevidentes.O bem: uma qualidade simples, irredutívelúnica e indefinível.O bem moral: um senso especial do bemque se aplica a ações, desejos, motivações ecaráter - que desobriga o raciocínio sobre princípios morais básicos.O correto e o devido: a “adequação"de umato a um conjunto de circunstâncias e situaçõesnão pode entender-se como uma propriedade deações, mas sim como algo relativo aos agentes. Ocorreto e o devido de um ato são condições paraum sujeito atuar ou deixar de atuar. Não é correto dizer que um ato deveria realizar-se, por outrolado, um sujeito tem a obrigação de realizá-lo.O correto, o devido e o conceito de prima fad e : o correto prima fac ie é a tendência que umato tem de estar correto. O conhecimento docorreto prima fac ie é imediato e intuitivo mesmo que ele seja ocasionado por circunstâncias

particulares. Ocorreto total geralmente envolve cálculo e é menos exato.Dever e obrigação: diferencia-se de “correto”

principalmente porque o direito envolve alternativas ou ações que não necessariamente de

vem ser feitas.Crítica: classificar valores morais em níveiscomo obrigações, deveres, direitos e até níveis para o bem, é, no final das contas, tão complexo que a teoria acaba sendo impraticável.

METAFÍSICA - PARTE IPrincípios universais

Ciência do ser enquanto ser, que se ocu pa da natureza última do que existe, a Metafísica questiona o mundo natural “de fora",

por assim dizer, e suas questões que não podem ser abordadas pelos métodos da ciência.Apresentou-se em sua história sob três formas fundamentais, a saber: como teologia;como ontologia; como gnosiología.

TRÊS QUESTÕES QUE PROBLEMATIZAM A METAFISICATodas estão conectadas pela lógica e se

apoiam ou se anulam reciprocamente:1. A questão ontológica - “O que existe na

lidade que se ajusta aos conceitos univer“Os princípios universais existem?

2. A questão psicológica - “Como os conceuniversais são formados na nossa mente

3. A questão epistemológica - “Como pomos “conhecer/saber” qualquer coisa s

realidade?”

DIVISÕES TEÓRICAS

RealismoOs princípios universais existiriam mes

não houvesse mentes para compreendê-losAs coisas são chamadas de x porque são ,r.

ConceitualismoOs conceitos universais existem na medi

que existem mentes para compreendê-los.As coisas são chamadas de x porque são c

sideradas x.Problema: os conceitos universais e

riam se houvesse pensamento não verballinguístico?Nominalismo

Os conceitos universais existem porquelógica na doutrina das palavras.

Não existiriam conceitos universais se sociações mentais ocorressem, mesmo comsência da linguagem.

As coisas são x porque são chamadas embora sob o ponto de vista positivo, o nlismo admita que o universal ou conceitosinal dotado da capacidade de ser predicamais coisas.

OBJETOS DE EXEMPLIFICAÇ ÃO MÚLTIPLA

Conceito universalObjetos de exemplificação múltipla; ta

ções como propriedade, ação, relação e e pressupõem uma ontologia de objetos de plificação múltipla.

Realismo metafísico platônicoObjetos diferentes de uma lista podem

em uma e na mesma relação:1. Objetos diferentes podem possu ir uma

mesma propriedade.2. Pessoas diferentes podemter a mesma atit3. Coisas diferentes podem pertence r a uma

mesma espécie.Todos esses casos podem ser consid

como exemplificação múltipla; o que é ctamente possuído, apresentado, parte ou cente é um conceito universal.

DEFESAS DO REALISMO BASEADO EMTERMOS SINGULARES ABSTRATOSAs expressões (“humanidade”, “azul”

termos singulares abstratos, ocupam umespecífico e seus referentes parecem ser ctos universais.

Contextos que contêm termos singularetratos podem ser transformados sem peconteúdo em contextos nos quais termos sres abstratos são trocados por termos predcorrespondentes; ex. “sábio” —> “sabedori

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Resumão

Resposta: transformação do conceito de necessariamente X a “necessariamente todas ascoisas X” não é plausível, pois não há contradição decorrente da negação “de todas as coisas X”. O esquema não funciona para todos ostermos abstratos e éincompleto.

Objeção da teoria do “objeto explodido”Embora termos singulares abstratos não devam

er elimináveis via esquemas de transformaçãointática, eles devem ser reduzidos aos seus pró

prios referentes que não são conceitos universais.Tal referente seria um “objeto explodido”, cujo

objeto seria uma partícula global com características e que foi distribuída numa região espaço-temporal descontínua do mundo que é composta porodas essas propriedades que o termo indica.

• Resposta: essa visão é deficiente pois,a prio ri, exclui-se a possibilidade de entidadesnão especiais abstratas.

Objeção da referência aos tiposTermos singulares abstratos se referem a tipos

de objetos e não se referem a objetos metafísicoschamados universais.

• Resposta: isto resultaria em tipos estendidos que seriam referidos por termos abstratos idênticos.a) Claramente falso: termos singulares abs

tratos como “ter um coração” e “ter umrim” têm predicados (“tem um coração”e “tem um rim”, respectivamente) que seaplicam a tipos estendidos, mas termosabstratos correspondentes não se referemao mesmo objeto (pois coração e rim nãosão o mesmo órgão!).

Objeção dos tipos de indivíduosReinterpreta termos singulares abstratos como

ipos de propriedades individuais.• Resposta: a reinterpretação acima é sufi

ciente apenas em alguns casos, ou seja, permanecem as exceções:a) Esvaziamento dos termos predicados: é o

caso das entidades fictícias (ex: dragão, unicórnio, anjo, etc); trata-se, outrossim, de umaentidade abstrata simples que corresponde atodos os predicados vazios. Portanto, “serum demônio” e “ser um anjo” possuem umreferente idêntico - mas isso é falso.

b)Predicados plenos: no que se refere aos predicados plenos surgem dificuldades análogas(duais), por exemplo: "estar no universo”.

DEFESAS DO REALISMO BASEADAS NA SEMELHANÇ A

Afirmações do tipo “X se assemelham a Y” eestão sempre incompletas à medida que não apresentam um senso determinante definido.

Quando se objetiva chegar ao senso, deve-se expli

car em que os objetos similares se parecem; isto só sealcança propondo algum conceito universal que corresponda ao que o objeto conjuntamente exemplifica.

• Resposta: a Suposta universalidade da relação de semelhança não supõe a imperfeiçãodas reivindicações da semelhança.

DEFESAS LINGUÍSTICAS DO REALISMO

Discussão da predicaçãoExpressões predicativas de proposições verda

deiras possuem referência e seu referente deveser identificado com conceitos universais.

Mediante um termo predicado X que pode seraplicado a uma classe de objetos {a, b, c, ... n¡,decorre-se outras possibilidades que indicarão umconceito universal, “U”, o qual a, b, c , ... n podemse apresentar como demonstração ou exemplos.

Objeções e respostas

A incoerência da exemplificaçãoa) O universo é mostrado e identificado por

objetos físicos diferentes e diversos, e ainda é uma entidade singular unificada - oque sugere que o universo existe em lugares diferentes ao mesmo tempo, emboranão seja possível a comprovação dessa argumentação ou do fato.

b)Resposta: isso apenas demonstra que osconceitos universais não são espaciais massuas infinidades de aplicações e concretosão espaciais; em segundo lugar, os conceitos universais podem ser compreendidoscomo algo que subexiste em um modelo d ividido espacialmente.

A objeção de regressão (remontagem dosefeitos às causas)a) Dado um conjunto de objetos e os conceitos

universais que eles exemplificam, a relaçãode “exemplificação” regressa a uma relaçãointermediária chamada "similaridade”, masa conexão entre essa predicação intermediária entre os efeitos e as causas precisa serestabelecida através da apresentação de umintermediário de ordem maior. Esse processo poderia ser repetido infinitamente, culminando numa regressão viciosa.

bjResposta: esse regresso não é vicioso nemreal porque como o predicado repetido é produzível sintaticamente, o con teúdo semântico de cada predicado é indistinguível dentro dessas repetições - portantonão se inicia nenhum regresso que apresente significado.

A objeção da circularidadea) Realista: termos predicados aplicam-se a

objetos diferentes porque cada um exemplifica um objeto e um mesmo conceito universal. A forma realista deve identificar oconceito universal supondo a aplicabilidadedo termo predicado sem referência reversaao termo predicado respectivo. Dizer que ascoisas são chamadas X porque demonstramconceitos universais X é circular.

b) Resposta: a critica confunde o uso e a menção de uma palavra, e portanto não há circularidade na definição.

A objeção à teoria de grupo(Ludiwig W. Wittgenstein 1889-1951 )a) Certos termos gerais não possuem um nú

cleo referente ou um denominador semântico comum.

b) Resposta: a crítica não se aplica a todas asexpressões predicativas.

c) Em última instância, todas as expressões predicativas culminam em predicados básicos que devem ser fundamentados em umaontologia formada por objetos de exemplificação múltipla.

METAFÍSICA - PARTE IIParticulares

O PROBLEMA DA INDIVIDUAÇÃO

É o problema da constituição da individualidade a partir de uma substância ou naturezacomum.

Quantidades e agrupamentosRealista: o objeto não é mais do que o total de

características associadas a ele.1. O objeto não é mais do que uma quantidade

ou agrupamento de propriedades.2. Pela lógica é impossível que dois ou mais particulares possuam exatamente as mesmas

propriedades.

Objeção: as declarações acima são compe de difícil resolução - parece não havetradição em que dois ou mais objetos di possuam exatamente as mesmas caracteríentretanto, um objeto material pode sofrerformações com respeito a uma ou mais d propriedades e ainda possuir sua identificadissolução do pressuposto da individuação parece com o princípio da prioridade ontoda substância comum.

Particulares reveladosCaracterísticas secundárias do particula

movem a individuação dos particulares.Objeção: é redundante, já que a localiz

espaço-temporal diferente de cada materiaficiente para garan tir sua diversificação.

Resposta: as diferenças espaço-temp pressupõem mais do que explicam as difee possibilidades múltiplas ou diversificação

Objeção: o particular revelado é epistemgicamente suspeito devido ao fato que ele

possuem características diferenciáveis (conúmeno kantiano) e tampouco podem ser erimentados ou concebidos.

EssencialismoA distinção tem de ser feita entre as ca

rísticas essenciais e acidentais dos particulCaracterística “essencial”: é inconcebíque um particular não tenha algo e ainda

permaneça sendo um e o mesmo objeto.Objeção: o exemplo contrário da tradição da

Filosofia Analítica de Willard Van Orman Quine(1908-2000): defende uma forma de holismmântico que se caracteriza pelo fato de queas teorias (e as proposições derivadas delassubdeterminadas por dados empíricos ou riais justificáveis ou contraditórios. Dessa cdição do essencialismo, surge, por exemplo

. Sl: “eticistas teólogos são necessariateístas, mas não necessariamente bíped

• S2: “corredores são necessariamente des, mas não necessariamente teístas.”

• S3: “Bete é eticista teóloga e corredor• Portánto: 4: "Bete é necessariamente t

e não necessariamente bípede e aindcessariamente bípede e não necessariate teísta.”

E então, a partir do(4) concluímos erromente que Bete não existe porque sua des(3) gera uma contradição!

Resposta: a crítica só permanece se “essenfor interpretado como uma coisa necessártificável; a contradição não se estabelece qocorrer uma constatação do dito necessário

O PROBLEMA MENTE - CORPOQuestões preliminares que se relacionam

tamente ao problema proposto:

1. Como interpretamos a relação entre oe a mente?2. Como é possível existir cognição e sen

se o materialismo estiver correto e apensubstâncias físicas existirem?

3. Como um cérebro - um órgão puramesico - “possui” pensamentos e sensaçõaparentemente são fenômenos mentais?

Doutrinas filosóficas

Dualismo tradicional - mente (alma) e corpoDuas substâncias distintas constituem lidade, sendo que nessa doutrina é pofalar-se de duas categorias distintas - umque cada uma delas é definida justamenexclusão da outra:a) física (temporal e extensão espacial); b) mental (magnitude profunda, temp

sem expansão espacial).

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Dualismo interativo cartesiano - constitui-se no paradigma para todo dualismoA experiência manifesta interação entre ofísico e o mental. Ao se separar completamente a substância pensante da extensa,esta última tica, por assim dizer, “liberada” para ser tratada de modo puramentemecánico. A alma é exatamente o contrário de urna máquina, mas o corpo funcionamecanicamente.

SOLUÇOES PROPOSTASOcasionalismo(Nicolas Malebranche 1638-1715)

O físico e o mental nunca interagem. Aintervenção se dá através da intervenção de Deus em uma ocasião apropriada. Deusfaz com que essa lacuna lógica e transcendente entre o físico e o mental seja uma experiência plausível. Por exemplo: numa “ocasião”em que o telefone esteja tocando perto de umdeterminado sujeito. Deus interfere fazendocom que a sensação simultânea ocorra, estabelecendo o contato com o que ouve. Nocaso, a plausibilidade ao se ouvir o som dotelefone consiste-se em interferência de Deus.

Objeção: não há garantia para a pressu posição de que exis te Deus e que a naturezade Deus apresente capacidades exclusivasmútuas. Ou mesmo que a ideia Deus seja res

ponsável pela interferência em determinadosujeito em dois meios, a saber: o espacial eo não espacial.

Paralelismo(Gottfried Wilhelm Leibniz 1646-1716)

No início dos tempos, os fenómenos mentais e físicos foram postos em ação em sincronia paralela exata: existe apenasuma aparência ilusoria de interação; mas é

essencialmente um perfeito ajuste na sincronia dos fenômenos. Assim, na perspectivada sincronia dos fenómenos, podemos distinguir as verdades de razão e as verdades defato. As primeiras enunciam que uma coisaé, necessária e universalmente, não podendode modo algum ser diferente do que é e decomo é. Portanto, é inata. As segundas de pen dem, necessa riamente, da experiência, pois são oriundas da perce pção, das ide ias eda memória. Com efeito, Leibniz ensina queo mundo consiste só de mónadas (pontos,forças, almas e indivíduos) e suas ideias,e de mais nada. As mónadas juntas constituem o todo harmônico do mundo. Há umamultiplicidade de mónadas, uma ao lado da

outra no espaço.Objeção: isso pressupõe um mecanismoque se torna responsável pela iniciação dassequências causais que regulam e mantêmos fenômenos físicos e mentais sincronizados em pãralelo. Isso se exemplifica

pela contrad içã o que exist e entre a ideia deharmonia preestabelecida, que implica umdeterminismo, já que Deus estabeleceu deantemão o curso de tudo, e o reconhecimentodo livre-arbítrio humano.

Materialismo(Thomas Hobbes 1588-1679)

Apenas substâncias materiais têm exis

tência. Assim, essas qualidades das substâncias ou propriedades da matéria são percebidas de forma dissociadas. Não há interação porque toda a realidade é no final materia lizada; não há problema, pois a interação não

prec isa ser explic ada.

Realismo(George Berkeley 1685-1753)

Aceita o empirismo de John Locke, entretanto não aceita a passagem dos conhecimentos absorvidos pelos dados da experiência

para o co nceito de substânc ia mate rial.Assim, uma substância material não pode

ser conhecida em si mesma. Dessa forma, oque se conhece sintetiza-se nas qualidadesapreendidas durante o processo perceptivo darelação sujeito-objeto.

Fenomenología(Edmund Husserl 1859-1938)

O questionamento da suposta existênciados objetos desvinculada de sua própriaconscientização deve ser desconsiderado.

A busca por uma relação com a “coisa”em uma perspectiva “universal” se apresenta como o desafio da fenomenología. Aimersão nos meandros da experiência possui uma característica irracional.

De fato, os princípios de uma fenomenología nos lançam à caracterização dos modos pelos quais, no âmbito da consciência,nos relacionamos com o “aparecer” da coisa em si.

E é importante frisar que essa consciência se caracteriza como uma relação livrecom a coisa. Assim, o status ontológico deobjetos transcendentes da consciência deveser mantido em suspensão epistêmica.

Devemos manter o foco num esforço descritivo para entender a naturezada consciência por ela mesma como umaconsciência não adulterada (desvinculadada especulação sobre a realidade hipotética dos objetos).

Dualismo não redutivo(Epifenominalismo)

Embora apenas a substância material tenha existência em certas configurações desuficiente complexidade (por exemplo, océrebro humano), essa substância apresentará estados específicos (exemplo: certos

pro cesso s neuroló gicos), que produzemum fenômeno secundário dependente, nãoexplicável ou reduzível a processos físicos(exemplo: sensações, pensamentos).

Objeção: é um conceito incoerente afirmar que um processo material possa produzir um fenômeno secundário não explicávelem termos físicos, mesmo que esse mesmofenômeno exista e seja originado em decorrência de uma matéria física.

Dualismo redutivo - materialismo eliminatório( Behavior ismo)

Todos os fenômenos mentais são reduzíveis no final a processos físicos; todos osargumentos da existência dos fenômenosmentais podem ser eliminados pela sim

pli ficação dos argume nto s dos processosfísicos inerentes. Isso significa que, dianteda investigação e a descrição de processos

psíquicos, por exem plo , o uso de qua lqu errecurso como pensamentos, sentimentos,afetos que estão sob a égide da subjetividade seja descartado.

Objeção: duas pessoas podem estar em

uma mesma situação fisiológica e interpretá-la de forma completamente diferente;exemplo: duas pessoas estão passando porsintomas fisiológicos de ansiedade. Umainterpreta isso como “medo” e a outra como“excitação".

Teoria da identidadeFenômenos cerebrais (fenômenos físicos)

são idênticos a estados mentais.Objeção; sentido e referência: dois termos

podem ser coex tensivos (x = y) mas isso nãoimplica que apresentem o mesmo sentido ousignifiquem a mesma coisa.

Objeção: identidade e predicação: se duascoisas são estritamente idênticas, compartemos mesmos conjuntos de predicados. Comesse princípio, as sensações e os estados cerebrais não são idênticos.

Resposta: estados cerebrais causais podem“causar” sensações resultando-se em efeitos. As dificuldades anteriores são eliminadas, pois as sensações e os estados mentaissão respectivamente causas e efeitos, e não amesma coisa.

Objeção: a aceitação inconteste dessateoria pode fazer ressurgir os problemasreferentes ao epifenomenalismo: como um

processo físico pode "ca usar” , “produz ir" ou“suscitar” uma experiência não física?

COMPROMISSOS ONTOLÓGICOS

Finalidade: Quine oferece um critério paraesclarecer os compromissos ontológicos reaisde uma teoria. Entretanto, esse critério não

julga a correção das teor ias rivais .“Ser” significa ser o valor de uma variá

vel: se as pressuposições de uma teoria sãoverdadeiras, então ela deve estar comprometida exclusivamente com as entidades àsquais as variáveis vinculadas da teoria podemtratar efetivamente.

A FILOSOFIA DA LINGUAGEM

Wittgenstein

O TRA C TA TUS

A teoria da imagem do significado: refere-se a uma proposição que se estabelece

por interm édio de uma imagem lógica drealidade ( Isso se dá po r intermédio de sentenças aforismáticas que são alinhavadascom números decimais. Notamos, então, ouso e emprego de conceito s e sinais form aisda lógica matemática). O modelo dessa re presentação lógica é algo que a proposição“mostra” e não “diz”.

Mostrar e dizer: a “sensação" de uma proposi ção se dá atrav és das formas pelas

quais as condições verdadeiras daquela proposi ção são esp ecific adas. Uma proposição mostra o seu sentido - mostra comoas coisas se posicionam se fossem verdadeiras - e diz que elas são assim. A formalógica de uma proposição só pode ser exi

bida, demonstrada ou rev ela da pela pró pria pro posição . Assim , ela não pode ser dit a, podendo-se assim afi rmar que uma pr oposição não pode dizer qual é a sua própria

fo rm a. O que pode ser demo nst rad o não pode ser dito .

Os limites da linguagem e do mundo:"os limites da minha linguagem denotam oslimites do meu mundo". Decorre-se dessaafirmação de Wittgenstein duas perspectivas

de análise: a) A linguagem que se possui émanifestação dos limites do próprio mundo: b) Por outro lado, o mundo não pode ser limitado à linguagem. Doutra forma, não podemos usar a linguagem para definir os limites dá linguagem.

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Resumão

J OGOS DA LINGUAGEM

Aparência: uma palavra não pode ter umsignificado essencial único que possa ser derivado de uma análise lógica. Similaridades,dentro de uma estrutura solta e sobreposta,são o que caracterizam o uso de uma palavra eseu significado correspondente. Por exemplo:na palavra “jogo”, não há nenhuma conotaçãode propriedades que sejam essenciais a todosos jogos, mas sim um conjunto de semelhan

ças em uma continuidade de atividades quenormalmente são chamadas de “jogos”.Significado e uso: não há uso fundamen

tal ou único na linguagem. A linguagemapresenta muitos usos (exemplo: o uso poético, o uso interrogativo, o uso afirmativo, ouso m etafórico, etc.).

Jogos de linguagem: há tantos jogos delinguagem quantos usos de linguagem ouformas para usar sentenças. O uso de umapalavra na estrutura de uma linguagem possuirá um significado próprio. Não se pode“interpretar” diretamente uma sentença sobre qual uso ela represen ta. Assim , para umaampliação da interpretação, o contexto precisa ser conhecido.

Questões empíricas: algumas vezes, o queparece ser uma questão empírica (exemplo:"As máquinas podem pensar?”) é de fato umaquestão que almeja esclarecimento gramatical em relação à frase. Usualmente, não sepode dar definições por causa das inadequações das análises, mas sim porque a definição"real" não é existente (como quando caracterizada pelo uso linguístico).

A autonomia da gramática: a construçãoda linguagem é um produto da atividade humana. A adoção de certa gramática ou regras gramaticais não se dá por causa das regras superiores, mas sim por causa das convenções. As razões para a gramática só podem ser dadas através dos jogos de linguagem. Não podemos

usar a linguagem para sair da linguagem.

EPISTEMOLOGIATeorias do conhecimento

Rac ionalismo(Platão e René Descartes )

Se alguém realmente sabe algo, então elenão pode em última análise estar errado sobre esse algo. O conhecimento empírico estásempre sujeito a erro; nunca pode ser quali

ficado como conhecimento, mas sim comocrença ou opinião.Platão, por exemplo, distingue quatro graus

de conhecimento, que vão do inferior para osuperior: crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual.

Para Descartes, o conhecimento verdadeiro é puramente intelectual, ou seja, parte dasideias inatas e controla as investigações filosóficas, científicas e técnicas. De qualquerforma, a fonte de conhecimento verdadeiroé a razão.

Problema: essa visão faz da ciência algoimpossível. As alegações do conhecimentocientífico empírico são consideradas suspeitas e erradas.

Empirismo(John Locke, Berkeley e David Hume )

Todo conhecimento é derivado da experiência dos sentidos; não existem ideias inatas ou

1. “Verdades” e “verdades evidentes” por si só,como as da geometria e da lógica, precisam

primeiro ser apreendidas através de experiências empíricas, seguindo o princípio da

parcimônia; apenas através das experiênciassensíveis que se dão pela responsabilidadesobre as ideias da razão e pelo controle dotrabalho da própria razão.

2. A diferença entre a verdade analítica esintética de uma proposição não é qualitativa, mas sim observada em graus de

veracidade.3. A diferença em níveis trata de níveis de convicção com relação ao conceito da verdade.

4. Em formulações mais radicais (como as deQuine) essa proposta abandona a distinçãosintético-analítica.Problema: essa visão é questionada pelo

idealismo, pois apenas a realidade reconhecida é a que se estabelece como percepçãoimediata e realidade do mundo externo, seseparando dos dados sensoriais imediatos,constituindo-se como duvidosa.

A escola escocesa: senso comumTese primária: essencialmente se esta

beleceu como reação ao ceticismo de David

Hume. O senso comum restaura a primazia ontológica dos objetos através do apeloconsensual, devolvendo o apelo aos objetos possuidores de ev idência própria e abertos aoentendimento e compreensão de todos.

O status da mente: postu la-se que a menteé um agente ativo para o processamento deuma multiplicidade de associações. Alcança--se essa organização e o seu respectivo processamento pelas várias leis de sugestão comosemelhança, contraste e unidade temporal.

Contribuição primária: com a apresentação da noção da mente como um agente ativode organização e processamento, a Escola Escocesa preparou os primeiros fundamentos para o idealismo transcendental de Kant.

Idealismo transcendental(Immanuel Kant)

Teoria e convicção da precedência dasideias gerais e sua elevada realidade peranteas coisas isoladas. O conhecimento é resultado da interação combinada entre intuição(dados sensoriais primitivos) e categorias deconhecimento (conceitos). As intuições semconceitos seriam cegas, os conceitos sem intuições seriam vazios. Trata-se da capacidadeque o sentido tem de conhecimento. Os sentidos e somente eles, nos fornecem intuições,isto é, representações imediatas de objetosindividuais. Entretanto, os sentidos nos trans

mitem sensações, mas há algo em nós queordena as sensações, e de fato as ordena deum modo bem determinado: em uma unidadeespacial e temporal.

Cepticismo1. Cepticismo epistemológico: se S se sabe

P, então S está absolutamente certo de queS não se engana com respeito a P. Mas então S tem de descartar infinitas formas deque S possa estar enganado. E impossívelque S descarte infinitas séries de possibilidades em um espaço de tempo finito. Portanto, S não pode nunca ter a certeza de queS não está enganado. E então, S nunca podedizer que se sabe P.

2. Alcance do cepticismo:a) Global: aplica-se a todas as proposiçõessupostamente conhecidas ou que possamser conhecidas e a todas as proposições

justificadas ou que possam ser justificadas,e essencialmente o conceito de que nenhu

b ) Moderado: ligeiramente mais reduzido que o cepticismo global. Quase nenhuma proposição é con hec ida ou podeser conhecida e é justificada ou pode ser

just ificada.c) Local: alguns tipos específicos de propo

sições não são conhecidas, ou podem serconhecidas ou justificadas ou podem ser

justif icadas: exem plo, proposições sobreo mundo externo, a existência de outrasmentes, etc.

3. Força do cepticismo:a ) Grande: nenhuma proposição é ou seráum dia conhecida.

b ) Moderada: nenhuma proposição é conhecida de fato (contingência).

c) Fraca: nenhuma proposição é ou seráconhecida com certeza.

Crítica do cepticismoA negação da tese pela própria tese: é ab

surdo dizer que se sabe que nada é sabido (ouconhecido), pois dessa forma se saberia pelo menos que não se sabe nada - uma contradição; ou não se sabe que nada é sabido - umanegação do cepticismo.

A tese inicia uma regressão infinita: o

cepticismo exige que haja o comprometimento a uma série de afirmações metaepis-têmicas do tipo; “5 sabe que S sabe que S sabe... que P". Isso estabelece uma condiçãoimpossível de facto para o conhecimento .

Na verdad e, isso poder ia sus tentar que defato S conhece sempre todos os tipos de P (porque S não está enganado sobre P), mas S não pode afirmar legítimamente conhecer P (porque S não pode eliminar todas as possi

bilidades de que esteja enganad o).Razões para a ruína da tese pela tese:

as mesmas premissas usadas para chegar àsconclusões do cepticismo propriamente ditose tornam suspeitas e duvidosas baseadas na

própria conc lusão em que chegam.

Portanto, paradoxalmente, a força do argumento usado para defender uma tese cép- tica vai variar proporcionalmente de acordo com a própria tese!

FundacionalismoAlgumas proposições não são justificadas

pela inferência. Qua lquer proposição justificada, mas não justificada pela inferência,apresenta pelo menos uma cadeia ancestral de

justificativa de uma proposição a outra p roposição (ou dela mesma) que não é justificada

pela inferência. E por consequência, os tiposde proposições que não são justificadas pelainferência formam o fundamento de todas as

justificativas por inferência (pela forma de

suas cadeias ancestrais).Problema: o fundacionalismo justificacomo proposições não justificadas pela inferência por uma pessoa num determinadotempo. Esse problema depende de comocertezas empíricas são compreendidas, oque é determinado pela maneira como seentende e explica a relação arraigada entrelinguagem e experiência não linguística queela descreve.

Teoria da correspondênciaA verdade da proposição corresponde a um

correlato da realidade empírica. Daí o ditadode Alfred Tarski: “A neve é branca”. Isso éverdade se, e somente se, a neve for branca;

ou seja, uma proposição é verdadeira se, e somente se, ela corresponder à realidade que elaaparenta descrever.

Problema: como se comprova que uma proposição “co rresponde” à realidad e?Como a natureza dessa correspondência

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Resumão

Coerência

A justificativa para uma crença não justificadapela inferência é a crença de que ela tem coesão(em condições de consistência) com outras crenças num sistema de crenças.

Problema: a circularidade na coerência da teoria parece ser uma circularidade complexa: comouma teoria pode evitar ser acusada de teoria vazia?

Resposta: a objeção afirma que é possível, logicamente, que dois sistemas de crença incompatíveis sejam em sua estrutura interna, tanto coerente como consistente. Entretanto, esta é umasuposição falsa, pois seria logicamente possivelapenas em um mundo onde nenhum sistema tivesse correspondência com a realidade. Exemplo: dois sistemas de crença mística . Mas essaargumentação ignora o fato de que a intenção doprojeto epistêmico seja conectar a crença comrealidade numa tentativa de assegurar as afirmações sobre verdade e conhecimento.

Pragmatismo(William James, John Dewey e Charles S. Peirce )

A verdade sobre algo é a opinião que é predestinada a ser aceita por todos os que investigamessa matéria.

O pragmatismo é uma “postura que se abstrai

de coisas primeiras, princípios, categorias e supostas necessidades e se dirige para coisas últimas, frutos, consequências e fatos”.

Problema: o característico no pragmatismo éseu conceito particular de verdade: utilidade, valor e resultado são os critérios da verdade.• Presume que a verdade não pode ser adquiri

da por outros meios diferentes da investigação(exemplo: por critérios “místicos”).

• Ignora a possibilidade de que o consenso entreos pesquisadores possa ser alcançado apenastemporariamente, sendo que posteriormentevenha a desaparecer mediante o surgimento denovas supostas provas.

REALISMO DE SENSO COMUM

Panorama da teoria(G.E. Moore )

As proposições de senso comum: G. E. Moore defende que certas proposições são conhecidascom absoluta clareza - se considerarmos que absoluta clareza apresenta um limite de certeza demonstrado por pessoas comuns na aceitação de alguma verdade ou afirmação. Desse modo, o sensocomum, segundo Moore, aceita a verdade de umaafirmação como “a existência de objetos materiais” e “a existência dos atos de consciência”.

A questão da análise: deve-se fazer uma distinção entre a análise de uma afirmação de conhecimento e uma compreensão comum de tal afir

mação. As dificuldades na primeira situação nãoocorrem, necessariamente, na segunda situação.

Crítica da teoria( Wiitgenstein)

Na fundamentação da crença bem fundamentada está a crença não fundamentada:Moore usa a frase “Eu sei que X é verdadeiro”inapropriadamente. As afirmações que o realismo de senso comum aprova não podem ser entendidas pelo sentido normal. Em vez disso, elaspreparam os fundamentos para todas as outrasafirmações da nossa “visão de mundo”.

Sobre a certeza: para questiona r se algu maspro posiçõ es são duv idosas, não se pode duvida rdas outras. Essas proposições anteriores formam o ambiente para que a dúvida exista comopossib ilidade , mas elas não são de form a alguma inalteráveis.

O conjunto de crenças anteriores: essascrenças que são isentas de dúvida (contingência),não são um conjunto de axiomas dedutiveis. Emvez disso, elas formam uma coleção de pressuposições soltas sobre o mundo que gradualmente eao mesmo tempo são aceitas como verdadeiras.

ANÁLISE TRADICIONAL: CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADAUma pessoa, S, conhece uma proposição, Y, se

e somen te se: 1. Y for verdadeiro; 2. Se S acreditaem Y; 3. Se Y é justificado por S. Além disso, 1 e3 são considerados necessários e suficientes paraa proposição “S conhece Y”.

Crítica: o exemplo contrário de Gettier; a análise tradicional é inadequada como revela o seguinteexemplo de Gettier: o agente, Alberto, possui evidência adequada para a seguinte conjuntura:a) “Bete quer que eu me case com ela e ela tem

dez moedas no bolso.” Alberto acredita justificadamente na associação de a porque:

a 1) A mãe de Bete, que é uma pessoa totalmente confiável, disse que a filha quer ser sua esposa.

a2) Alberto contou as moedas que estão no bolsode Bete: dez.

Consequentemente: a) acima faz supor que: b) a mulher que quer ser esposa de Alberto tem

dez moedas no bolso. Alberto vê que a supõeb. a e b fazem sentido, e aceita b. Portanto, jus tifica-se que Alberto acredite em b. Contudo, há um fato que Alberto desconhece:Uma outra mulher chamada Adriana quer secasar seriamente com ele e, coincidentemente, também tem dez moedas no bolso.

Conclusão: embora b seja verdade e Alberto just ificadamente acredite em b, Alberto não conhece b por causa de outras variáveis . Portanto, aanálise puramente tradicional é inadequada.

Objeção: exemplos do tipo de Gettier não seapoiam em princípios plausíveis.

O princípio da dedução para a justificativa: para qualquer proposição, Y, se é justificado S, acreditar em Y, sendo que Y supõe Z, e S deduz Z de V, e aceita Z como resultado de sua dedução, então é

justificável S aceitar Z. O problema é que enquantoY (ou al acima) é verdade para um exemplo específico, Z (ou a2 acima) é uma proposição geral cujascondições verdadeiras podem ser satisfeitas de várias formas (algumas apenas coincidentemente).Portanto o Princípio de Dedução para a Justificativadeve ser rejeitado como princípio, e isso anula osexemplos de oposição de Gettier.

Resposta: a objeção recai no seguinte princípio (P):P: é justificável que uma pessoa S acredite em

uma proposição Y, apenas se S tiver justificativa para acreditar no estado das coisas que realmentefazem, ou fariam Y verdadeiro. O princípio P não

parece mais plaus ível intui tivamente que o Princípio de Dedução para a Justificativa.

Objeção: os comentários acima são tanto fortescomo fracos em relação às exigências necessárias:a) Fortes porque excluiriam qualquer prova indu

tiva e razão baseada nela. b) Fracos porque devem haver inúmeros casos

onde um teorema de lógica estritamente dedu-tível é aceito baseado em prova de um especialista, prova esta errada.Resposta: condição causal: a pessoa S s

que Y somente se for casualmente, ou fisicamente, impossível que a prova de S seja verdadeenquanto Y é falso.

Objeção: essa proposição também é tanto fte como frac a.a) Fraca porque Y pode ser uma lei da física. S

acredita em Y baseado em trabalhos de um ganhador do prêmio Nobel, porém as convicçõesdo físico foram baseadas em provas falsas.Mesmo sendo impossível que S tenha a provaque tem e que Y seja falsa, não se pode dizerque S conhece Y.

b ) Forte porque se Y for uma proposição congente que descreve um tema atual H, então muitos casos onde uma pessoa tem o conhecimento de Y, fatos contrários a essa situação

podem ser induzidos para tornar F falso, aindase as provas que fizeram com que S acreditaem Y continuarem existindo - mesmo que aleis da natureza não sejam violadas.

TEORIAS CAUSAIS

Uma pessoa S pode dizer conhecer Y apenas se forrealmente fato que Y está conectado por uma causa“de maneira apropriada” com a crença de S em Y.

S acredita que Y está conectado por uma causcom o fato de Y, porque a crença de S em Y é csa dependente de ser razão para Y. Se S acrednisso, S não pode chegar a acreditar que Y

pode ter razão para Y.Objeções: esta condição causal não pode acom

dar afirmações universais ou generalizações indutivas. Assim, a condição de que o agente seja capaz dereconstruir com causas o caminho pelo qual ele adquire conhecimento, negaria conhecimento às crianças e aos animais. Por fim, também estaria excluindoo ato de conhecer ou prever o futuro. Ignorar a questão da análise de justificativa por causa indica ignorarum fator primordial de análise de conhecimento.

Barros, Fischer & Associados

FILOSOFIA»

1 1 EPIIAO 2 : ' TIRAGEM -MA IO 2012

ANÁLISES DE RAZÕES CONCLUSIVAS

A pessoa S tem conhecimento de Y se, e apenas se, não for de nenhuma maneira coincidenteou acidental que S esteja certo sobre Y.

Objeção: a afirmação acima deixa em aberto a pergunta sobre o que significa coincidência. Conforme o exemplo da situação anterior, Bete e Adriana podem ter inventado juntas a situação intencionalmente para “enganar” Alberto, mas isso dificilmente faria com que Alberto acreditasse em 2.

Resposta: condição causal: o que é necessário para se ter razões fortes para a conclusão: a

pessoa S sabe que Y com base em prova E, apenas se for logicamente impossível que a prova E seja verdadeira enquanto Y é falso. Se a prova deS garante pela lógica que Y é verdadeiro, dificilmente será acidental que S esteja correto sobre Y. S é verdadeiro não por acidente.

Autores: Albert Lyngzeidetson, Ph.D.Consultoria: Mo isés Abdon C oppe - Mestre em C iência da Religiãopela UFJ F; Tradução: C ássia Girolamo; Edição: Andréa BarrArte: Cláud io Sc alzite; Revisão: Paulo R. Pompêo

Resumão - Filosofia (série de C iências Humana s n.° 12) é uma publicaç ão da Barros, Fisc he r & Associad os Ltda., sob licença ed itorial deSpring Pub lishing G roup, Inc. C opyright © 2012 Barc harts, Inc. USA.

Tod os os direitos desta edição reservad os para Barros, Fische r & Associad os Ltda. A série de Ciências Humanas, devido ao seu formatocond ensado, co ntém os c once itos bá sico s das matérias de que trata,sendo e xcelente ferramenta pa ra estuda ntes e profission a is da área.

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ISBN 978-857711123

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