Resultado do Concurso Público do TRE-MG - Comentários
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AZEVEDO CONSULTORIA E PROJETOS LTDA Comentários sobre o Resultado de Concurso Público do TRE‐MG
J. Azevedo [email protected] Pág. 1 de 20
1. Objetivo do documento
Recentemente, o TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS (TRE‐MG) promoveu um concurso público para o provimento de vagas no cargo de técnico judiciário. Foram abertas 100 vagas, distribuídas conforme ilustrado na Tabela 1 – Distribuição e demanda das vagas no concurso do TRE‐MG. As provas foram realizadas em meados de março de 2009, e o resultado divulgado poucos dias depois. O objetivo deste documento é tecer algumas considerações sobre o resultado com base na aplicação de técnicas de análise estatística.
ÁREA PÓLO / SEDE CANDIDATOS VAGAS CAND/VAGA
Administrativa Central (Sede BH) / MG 13330 2 6665,00
Administrativa Governador Valadares / MG 9799 10 979,90 Administrativa Juiz de Fora / MG 9708 6 1618,00
Administrativa Montes Claros / MG 7700 9 855,56
Administrativa Passos / MG 5470 8 683,75
Administrativa Patos de Minas / MG 2109 2 1054,50
Administrativa Pouso Alegre / MG 11503 13 884,85
Administrativa Teófilo Otoni / MG 7986 10 798,60
Administrativa Uberlândia / MG 11653 12 971,08
Administrativa Varginha / MG g / 5640 6 940,00
Contabilidade Secretaria do TRE / MG 3460 10 346,00
Enfermagem Secretaria do TRE / MG 938 1 938,00
Programação Secretaria do TRE / MG 2121 11 192,82
TOTAL 91417 100 914,17 Tabela 1 – Distribuição e demanda das vagas no concurso do TRE‐MG
2. Resultado do concurso
O resultado do concurso foi divulgado na forma de um arquivo PDF que continha a relação dos candidatos classificados, por área e por pólo/sede. O critério de classificação foi obter nota igual ou maior que 6,00 (seis) em uma prova objetiva com 60 questões, sendo 40 de conhecimentos gerais e 20 de conhecimento específico. As questões de conhecimentos gerais tinham peso 1 e as de conhecimento específico peso 3.
Cumpre observar que, por determinação legal, em todo concurso público um certo número de vagas é reservado aos candidatos portadores de deficiência, que concorrem em igualdade de condições com os demais. No caso deste concurso, a alocação de vagas para os candidatos portadores de deficiência foi feita conforme mostrado na Tabela 2 – Alocação de vagas para candidatos portadores de deficiência.
Assim, o arquivo PDF listava separadamente, para cada área e pólo/sede, os candidatos não portadores de deficiência e os candidatos portadores de deficiência. A relação continha o número de inscrição (8 dígitos), o nome completo e a nota do candidato, separados por vírgulas; as informações de cada candidato eram separadas por barras (/).
O arquivo PDF foi salvo como um arquivo TXT (texto) e a seguir uma rotina em Visual Basic extraiu do arquivo texto as informações relativas a cada candidato, armazenando‐as em um segundo arquivo TXT, denominado RESULTADO_TRE.
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ÁREA PÓLO / SEDE VAGAS PORT. DEFIC.
Administrativa Central (Sede BH) / MG 2 1
Administrativa Governador Valadares / MG 10 1 Administrativa Juiz de Fora / MG 6 1
Administrativa Montes Claros / MG 9 1
Administrativa Passos / MG 8 1
Administrativa Patos de Minas / MG 2 1
Administrativa Pouso Alegre / MG 13 1
Administrativa Teófilo Otoni / MG 10 1
Administrativa Uberlândia / MG 12 1
Administrativa Varginha / MG g / 6 1
Contabilidade Secretaria do TRE / MG 10 1
Enfermagem Secretaria do TRE / MG 1 0
Programação Secretaria do TRE / MG 11 1
TOTAL 100 12 Tabela 2 – Alocação de vagas para candidatos portadores de deficiência
3. Análise preliminar
O arquivo RESULTADO_TRE.TXT foi importado como uma planilha Excel com 6 colunas e 14740 linhas, sendo a primeira linha o cabeçalho. As 6 colunas contém, na seqüência:
1. ID = número de inscrição do candidato
2. NOME = nome do candidato
3. NOTA = nota obtida
4. ÁREA = área (Administrativa, Contabilidade, Enfermagem, Programação)
5. PÓLO = pólo / sede para o qual o candidato foi inscrito
6. PD = portador de deficiência (Sim / Não)
A primeira constatação é de que houve 14739 candidatos classificados (média ≥ 6,00), de um total de 91417 inscritos, o que representa um percentual de apenas 16,12% dos inscritos. Isto sugere que uma parcela considerável dos candidatos não se preparou adequadamente e/ou simplesmente deixou de fazer a prova.
De fato, o índice de abstenção foi bastante alto, conforme informado pela Coordenadoria de Comunicação Social do TRE‐MG, em 17/03/2009:
“Realizou‐se no último domingo, 15, concurso público para provimento de 100 cargos de nível médio no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. As provas foram aplicadas em diversas cidades do Estado e, de acordo com o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/Unb), instituição responsável pela realização do certame, o índice geral de abstenção foi de 35,3% ‐ de um total de 91.417 inscritos, compareceram 59.125 candidatos.
Para a Capital foram oferecidas 22 vagas de Técnico Judiciário, sendo 11 para a especialidade Programação de Sistemas, 10 para Contabilidade e uma vaga para Enfermagem. Dos 6.519 inscritos, 4.439 compareceram.
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Já para o interior, as 78 vagas de Técnico Judiciário Administrativo foram disputadas por 54.686 candidatos, já que dos 84.898 inscritos, 30.212 (35,6%) não compareceram.”
A Tabela 3 – Percentual de classificados por inscritos mostra o percentual de classificados em relação ao número de inscritos por área e pólo. Este percentual varia de 2,64% a 20,04%, provavelmente indicando diferentes graus de preparo para o concurso entre as diferentes áreas e/ou índices de abstenção significativamente diferentes entre os diversos pólos.
ÁREA PÓLO / SEDE CLASSIF INSCR PCT
Administrativa Central / MG 1855 13330 13,92%
Administrativa Governador Valadares / MG 1685 9799 17,20%
Administrativa Juiz de Fora / MG 1945 9708 20,04%
Administrativa Montes Claros / MG 1328 7700 17,25%
Administrativa Passos / MG 982 5470 17,95%
Administrativa Patos de Minas / MG 373 2109 17,69%
Administrativa Pouso Alegre / MG 1844 11503 16,03%
Administrativa Teófilo Otoni / MG 1299 7986 16,27%
Administrativa Uberlândia / MG 1854 11653 15,91%
Administrativa Varginha / MG 909 5640 16,12%
Contabilidade Secretaria do TRE / MG 537 3460 15,52%
Enfermagem Secretaria do TRE / MG 72 938 7,68%
Programação Secretaria do TRE / MG 56 2121 2,64%
TOTAL 14739 91417 16,12%
Tabela 3 – Percentual de classificados por inscritos
A Tabela 4 – Média das notas por área / pólor apresenta as notas médias dos candidatos classificados, por área e pólo / sede, indicando separadamente os valores correspondentes aos candidatos portadores e não‐portadores de deficiência, e a média geral. Para as 78 vagas de técnico judiciário (área Administrativa), a maior média geral foi registrada no pólo Patos de Minas (7,29) e a menor no pólo Uberlândia (7,16).
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NOTA MÉDIA
ÁREA / PÓLO Não PD PD GERAL
Adm 7,21 7,12 7,21
Central 7,18 7,26 7,19
Gov Valadares
7,26 7,07 7,25
Juiz de Fora 7,22 7,03 7,21
Montes Claros
7,21 7,02 7,21
Passos 7,20 7,80 7,20
Patos de Minas
7,29 7,31 7,29
Pouso Alegre
7,18 7,13 7,18
Teofilo Ottoni
7,27 6,90 7,26
Uberlandia 7,16 6,87 7,16
Varginha 7,17 7,29 7,17
Contabilidade 7,07 7,13 7,07
Sec TRE 7,07 7,13 7,07
Enfermagem 6,71 6,71
Sec TRE 6,71 6,71
Programação 6,51 6,51
Sec TRE 6,51 6,51
Grand Total 7,20 7,12 7,20
Tabela 4 – Média das notas por área / pólo
A Tabela 5 – Melhores notas na área Administrativa (78 vagas), por pólo mostra as melhores notas alcançadas na área Administrativa, pelos candidatos não portadores de deficiência, por pólo. Mostra também o número de candidatos, até o inteiro igual ou maior que o número de vagas destinado àquele pólo, que atingiram as melhores notas. Por exemplo, no pólo de Juiz de Fora havia 6 vagas; em princípio, as cinco primeiras seriam preenchidas pelos candidatos com notas 9,69 e 9,75, mas na sexta vaga houve empate entre três candidatos que alcançaram a nota 9,56.
Na realidade, de acordo com as regras do concurso, esta sexta vaga seria, também em princípio, preenchida pelo candidato melhor classificado entre aqueles portadores de deficiência.
Da tabela depreende‐se que a nota de corte para que o candidato tivesse alguma chance de nomeação foi nada menos do que 9,19.
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NOTA
Pólo / Sede 9,88 9,75 9,69 9,63 9,56 9,50 9,44 9,38 9,31 9,25 9,19 Total Vagas
Central 1 1 2 2
Gov Valadares 3 1 2 4 10 10
Juiz de Fora 2 3 3 8 6
Montes Claros 2 1 4 1 6 14 9
Passos 1 1 1 2 5 10 8
Patos de Minas 2 2 2
Pouso Alegre 1 2 2 2 4 4 15 13
Teofilo Ottoni 1 3 2 1 3 10 10
Uberlandia 2 2 3 2 2 6 17 12
Varginha 1 2 1 1 1 6 6
TOTAL 1 3 11 2 16 10 8 22 7 8 6 94 78
Tabela 5 – Melhores notas na área Administrativa (78 vagas), por pólo
Considerando a ponderação mencionada anteriormente, a Tabela 6 – Acertos requeridos nas provas 1 e 2 para obter as notas indicadas mostra o número de acertos requeridos em cada uma das provas para atingir as notas mostradas na Tabela 5 – Melhores notas na área Administrativa (78 vagas), por pólo. Na Tabela 6, PROVA_1 representa a prova de conhecimentos gerais, com 40 questões e peso 1, e PROVA_2 representa a prova de conhecimento específico, com 20 questões e peso 3; NOTA_1 é a nota na PROVA_1, NOTA_2 é a nota na PROVA_2 e NOTA é a média ponderada das duas, vale dizer o resultado final.
Vê‐se que o candidato melhor colocado (nota = 9,88) acertou 38 das 40 questões da PROVA_1 e 20 das 20 questões da PROVA_2, uma realização notável sob qualquer aspecto. Mesmo os mais “fracos” (nota = 9,19) deste grupo de 94 candidatos acertaram 39 questões da PROVA_1 e 18 questões de PROVA_2.
PROVA_1 PROVA_2 NOTA_1 NOTA_2 NOTA
38 20 9,50 10,00 9,88
37 20 9,25 10,00 9,81
36 20 9,00 10,00 9,75
35 20 8,75 10,00 9,69
40 19 10,00 9,50 9,63
39 19 9,75 9,50 9,56
38 19 9,50 9,50 9,50
37 19 9,25 9,50 9,44
36 19 9,00 9,50 9,38
35 19 8,75 9,50 9,31
40 18 10,00 9,00 9,25
39 18 9,75 9,00 9,19
Tabela 6 – Acertos requeridos nas provas 1 e 2 para obter as notas indicadas
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A Constituição Federal, Artigo 37, II estabelece que:
“II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Com o passar dos anos, ingressar no serviço público tornou‐se um dos objetivos de vida mais importantes para muitos brasileiros. A estabilidade, a aposentadoria integral e, em muitos casos, um salário compensador, tornam o serviço público uma opção prioritária para profissionais com excelente capacitação e grande potencial.
Em 1936, portanto há mais de setenta anos, Sérgio Buarque de Holanda1 escreveu: “Não era fácil aos detentores das posições públicas de responsabilidade, formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre os domínios do privado e do público. Assim, eles se caracterizam justamente pelo que separa o funcionário “patrimonialista” do puro burocrata conforme a definição de Max Weber. Para o funcionário “patrimonial”, a própria gestão política apresenta‐se como assunto de seu interesse particular; as funções, os empregos e os benefícios que deles aufere relacionam‐se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado burocrático, em que prevalecem a especialização das funções e o esforço para se assegurarem garantias jurídicas aos cidadãos. A escolha dos homens que irão exercer funções públicas faz‐se de acordo com a confiança pessoal que mereçam os candidatos, e muito menos de acordo com as suas capacidades próprias. Falta a tudo a ordenação impessoal que caracteriza a vida no Estado burocrático.”
Talvez se possa inferir que a prática dos concursos como única forma de provimento para os cargos efetivos do serviço público, aliada à seleção de candidatos através de concursos com altíssimo nível de concorrência, resultem em uma burocracia formada majoritariamente por pessoas com bom preparo intelectual e que, ao menos em princípio, sejam capazes de compreender perfeitamente a distinção mencionada pelo grande historiador.
A demanda por cargos no serviço público ocasionou o crescimento explosivo da oferta de treinamentos voltados especificamente para a preparação de candidatos aos concursos. Estes serviços oferecem cursos presenciais e à distância, material didático (livros, apostilas, CD’s, etc) e acesso a sites da internet (milhares de provas de concursos anteriores, apostilas on‐line, etc).
De fato, é possível que a aprovação em concursos, principalmente aqueles na esfera do governo federal, requeira uma preparação que ultrapassa a capacidade de aprendizado e/ou a disponibilidade de tempo da média dos indivíduos, ou seja, em muitos casos, vende‐se uma ilusão (“Seja aprovado em Concurso Público!!! Compre isto ou aquilo!!!”).
1 HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 145
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É provável que os compradores saibam que “é difícil passar”, mas possivelmente ignoram o verdadeiro grau de dificuldade. De certa forma, trata‐se de uma situação análoga à de produtos que prometem emagrecimento sem dieta ou um corpo de atleta com 10 minutos de exercícios diários...
4. Análise detalhada
Nesta análise considerou‐se NOTA como variável dependente, ou resultado; as variáveis nominais PD (Sim / Não), ÁREA (Administrativa / Contabilidade / Enfermagem / Computação) e PÓLO (Central / Governador Valadares / Juiz de Fora / Montes Claros / Patos de Minas / Passos / Pouso Alegre / Teófilo Ottoni / Uberlândia / Varginha / Sec TRE) foram consideradas como as variáveis independentes, ou fatores.
O objetivo desta análise foi verificar o efeito destes fatores sobre a variável NOTA. Para tanto foi utilizado o programa MINITAB.
A Figura 1 – Sumário Gráfico para NOTA mostra diversas estatísticas para a variável NOTA, considerando os 14739 candidatos classificados.
9,909,358,808,257,707,156,606,05
Median
Mean
7,2007,1757,1507,1257,1007,0757,050
1st Q uartile 6,5000Median 7,06003rd Q uartile 7,8100Maximum 9,8800
7,1827 7,2103
7,0600 7,0600
0,8449 0,8644
A -Squared 202,85P-V alue < 0,005
Mean 7,1965StDev 0,8545V ariance 0,7302Skewness 0,555660Kurtosis -0,575990N 14739
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev95 % Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (todas as áreas, todos os candidatos)
Figura 1 ‐ Sumário Gráfico para NOTA
É bastante provavel que o histograma das notas de todos os candidatos (classificados e não classificados) tenha uma distribuição aproximadamente normal; o gráfico da Figura 1 ‐ Sumário Gráfico para NOTA seria, portanto, a parte desta distribuição que está acima do valor 6,00.
A Figura 2 ‐ Sumário gráfico para NOTA (candidatos não portadores de deficiência) e a Figura 3 ‐ Sumário gráfico para NOTA (candidatos portadores de deficiência) mostram estatísticas para a variável NOTA, considerando separadamente os candidatos não portadores de deficiência e os portadores de deficiência.
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9,909,358,808,257,707,156,606,05
Median
Mean
7,2007,1757,1507,1257,1007,0757,050
1st Q uartile 6,5000Median 7,06003rd Q uartile 7,8100Maximum 9,8800
7,1834 7,2112
7,0600 7,0600
0,8455 0,8651
A -Squared 200,40P-V alue < 0,005
Mean 7,1973StDev 0,8552V ariance 0,7313Skewness 0,554284Kurtosis -0,579088N 14569
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (candidatos não portadores de deficiência)PD = Não
Figura 2 ‐ Sumário gráfico para NOTA (candidatos não portadores de deficiência)
9,909,358,808,257,707,156,606,05
Median
Mean
7,37,27,17,06,96,8
1st Q uartile 6,4400Median 7,06003rd Q uartile 7,6900Maximum 9,4400
7,0025 7,2437
6,8100 7,1900
0,7200 0,8917
A -Squared 2,64P-V alue < 0,005
Mean 7,1231StDev 0,7966V ariance 0,6346Skewness 0,668147Kurtosis -0,267072N 170
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (candidatos portadores de deficiência)PD = Sim
Figura 3 ‐ Sumário gráfico para NOTA (candidatos portadores de deficiência)
A análise da variância (ANOVA) mostra que não há diferença estatisticamente significativa entre as médias dos dois grupos.
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One-way ANOVA: NOTA versus PD Source DF SS MS F P PD 1 0,93 0,93 1,27 0,260 Error 14737 10761,14 0,73 Total 14738 10762,07 S = 0,8545 R-Sq = 0,01% R-Sq(adj) = 0,00% Individual 95% CIs For Mean Based on Pooled StDev Level N Mean StDev -+---------+---------+---------+-------- Não 14569 7,1973 0,8552 (-*-) Sim 170 7,1231 0,7966 (------------------*-----------------) -+---------+---------+---------+-------- 7,000 7,070 7,140 7,210 Pooled StDev = 0,8545
Essencialmente, esta ANOVA consiste em testar a hipótese (comumente denominada hipótese nula):
H0: A média de NOTA quando PD=Não é igual a média de NOTA quando PD=Sim
Este teste é realizado estimando a variância da população através de dois processos distintos e calculando a razão entre as duas estimativas (denominada razão F). Se o valor da razão F estiver acima de um determinado limite, que depende do tamanho das amostras e do grau de confiança que se deseja ter no resultado do teste, a hipótese nula é rejeitada, o que equivale a dizer que aceita‐se uma hipótese alternativa:
H1: A média de NOTA quando PD=Não é diferente da média de NOTA quando PD=Sim
Uma outra maneira de apresentar o resultado do teste é fornecer o valor de p, que representa a probabilidade de que o resultado observado tivesse sido obtido por puro acaso se a hipótese nula fosse verdadeira. Dito de outra maneira, quanto menor o valor de p menor a chance de que H0 seja verdadeira; em geral, rejeita‐se H0 quando p=0,05 ou menor. O valor p=0,26 significa que H0 não pode ser rejeitada.
Se a variável estudada não segue uma distribuição normal, a análise da variância pode conduzir a conclusões incorretas. Considerando que este é o caso da variável NOTA, foi também realizado um teste não paramétrico, denominado Kruskal‐Wallis, que confirma a inexistência de uma diferença estatisticamente significativa entre as medianas das notas dos dois grupos.
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Kruskal-Wallis Test: NOTA versus PD Kruskal-Wallis Test on NOTA PD N Median Ave Rank Z Não 14569 7,060 7373,5 0,92 Sim 170 7,060 7072,6 -0,92 Overall 14739 7370,0 H = 0,84 DF = 1 P = 0,359 H = 0,84 DF = 1 P = 0,359 (adjusted for ties)
O teste de Kruskal‐Wallis não requer que a população amostrada tenha uma distribuição normal ou aproximadamente normal. A hipótese nula é:
H0: A mediana de NOTA quando PD=Não é igual a mediana de NOTA quando PD=Sim
O teste se baseia na ordenação de todos os valores observados e na atribuição de um grau (1, 2, 3, ....) a cada valor; este processo se denomina “ranking”. A seguir, calcula‐se a média dos graus dos valores de cada amostra, e calcula‐se um valor de H baseado nestas médias. Com base neste valor toma‐se a decisão de aceitar ou rejeitar H0. O valor de p (=0,359) mostra que não é possível rejeitar a hipótese nula.
Os resultados da ANOVA e do teste de Kruskal‐Wallis, aliás já esperados, simplesmente corroboram o acerto das ações que visam incorporar as pessoas portadoras de deficiência ao mercado de trabalho. A reserva de vagas para cidadãos portadores de deficiência é justa no aspecto social e não implica em qualquer redução na produtividade ou na qualidade dos serviços executados, desde que, é evidente, tais serviços sejam compatíveis com a deficiência do indivíduo.
A Figura 4 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Administrativa), a Figura 5 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Contabilidade), a Figura 6 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Enfermagem) e a Figura 7 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Programação) mostram estatísticas para a variável NOTA, considerando separadamente as áreas de trabalho para as quais foram abertas as vagas.
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9,909,358,808,257,707,156,606,05
Median
Mean
7,207,157,107,05
1st Q uartile 6,5000Median 7,06003rd Q uartile 7,8100Maximum 9,8800
7,1923 7,2208
7,0600 7,0600
0,8498 0,8699
A -Squared 193,79P-V alue < 0,005
Mean 7,2066StDev 0,8597V ariance 0,7391Skewness 0,541039Kurtosis -0,611940N 14074
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por área)ÁREA = Adm
Figura 4 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Administrativa)
9,909,358,808,257,707,156,606,05
Median
Mean
7,157,107,057,006,956,90
1st Q uartile 6,5000Median 7,00003rd Q uartile 7,5000Maximum 9,7500
7,0074 7,1301
6,8800 7,0600
0,6828 0,7698
A -Squared 4,45P-V alue < 0,005
Mean 7,0688StDev 0,7237V ariance 0,5237Skewness 0,646711Kurtosis 0,165891N 537
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por área)ÁREA = Contabilidade
Figura 5 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Contabilidade)
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9,909,358,808,257,707,156,606,05
Median
Mean
6,96,86,76,66,5
1st Q uartile 6,2050Median 6,69003rd Q uartile 7,1125Maximum 7,8100
6,5945 6,8338
6,5000 6,9114
0,4374 0,6091
A -Squared 1,25P-V alue < 0,005
Mean 6,7142StDev 0,5091V ariance 0,2592Skewness 0,404819Kurtosis -0,886895N 72
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por área)ÁREA = Enfermagem
Figura 6 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Enfermagem)
9,909,358,808,257,707,156,606,05
Median
Mean
6,606,556,506,456,406,356,30
1st Q uartile 6,1900Median 6,50003rd Q uartile 6,8100Maximum 7,5600
6,4018 6,6082
6,3100 6,6157
0,3248 0,4735
A -Squared 0,88P-V alue 0,022
Mean 6,5050StDev 0,3852V ariance 0,1484Skewness 0,537581Kurtosis -0,421588N 56
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por área)ÁREA = Programação
Figura 7 ‐ Sumário gráfico para NOTA (área Programação)
Tanto a ANOVA como o teste de Kruskal‐Wallis indicam a existência de uma diferença estatisticamente significativa entre as médias (ou medianas) das notas das quatro áreas. Isto significa que pelo menos uma das áreas tem a nota média (ou mediana) diferente das demais, e que esta diferença ultrapassa o que se poderia considerar uma variação casual.
Realmente, é possível constatar até graficamente que os intervalos de confiança das médias e medianas das dferentes áreas não se sobrepõe, o que é uma indicação da diferença nos valores. Vê‐se que as médias das
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notas nas áreas de Contabilidade, Enfermagem e Programação, especialmente das duas últimas, estão abaixo da média da área Administrativa. Talvez se possa especular que estas áreas estão muito afastadas da atividade fim do TRE, o que reduz o interesse por elas.
One-way ANOVA: NOTA versus ÁREA Source DF SS MS F P ÁREA 3 53,71 17,90 24,64 0,000 Error 14735 10708,36 0,73 Total 14738 10762,07 S = 0,8525 R-Sq = 0,50% R-Sq(adj) = 0,48% Individual 95% CIs For Mean Based on Pooled StDev Level N Mean StDev ---------+---------+---------+---------+ Adm 14074 7,2066 0,8597 *) Contabilidade 537 7,0688 0,7237 (--*--) Enfermagem 72 6,7142 0,5091 (-------*------) Programação 56 6,5050 0,3852 (--------*--------) ---------+---------+---------+---------+ 6,50 6,75 7,00 7,25 Pooled StDev = 0,8525
Kruskal-Wallis Test: NOTA versus ÁREA Kruskal-Wallis Test on NOTA ÁREA N Median Ave Rank Z Adm 14074 7,060 7414,9 5,90 Contabilidade 537 7,000 6884,1 -2,70 Enfermagem 72 6,690 5022,7 -4,69 Programação 56 6,500 3758,2 -6,36 Overall 14739 7370,0 H = 70,83 DF = 3 P = 0,000 H = 70,88 DF = 3 P = 0,000 (adjusted for ties)
Da Figura 8 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Central) até a Figura 17 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Varginha) são mostradas as estatísticas para a variável NOTA, da área Administrativa. considerando separadamente cada um dos 10 pólos.
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9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,257,207,157,107,057,00
1st Q uartile 6,5000Median 7,06003rd Q uartile 7,7500Maximum 9,7500
7,1475 7,2236
7,0000 7,1300
0,8096 0,8634
A -Squared 23,01P-V alue < 0,005
Mean 7,1856StDev 0,8357V ariance 0,6983Skewness 0,582385Kurtosis -0,451644N 1855
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Central
Figura 8 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Central)
9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,307,257,207,157,107,05
1st Q uartile 6,5000Median 7,13003rd Q uartile 7,8800Maximum 9,6900
7,2098 7,2948
7,0600 7,1900
0,8606 0,9207
A -Squared 22,46P-V alue < 0,005
Mean 7,2523StDev 0,8896V ariance 0,7914Skewness 0,492121Kurtosis -0,706980N 1685
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Gov Valadares
Figura 9 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Governador Valadares)
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9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,257,207,157,107,057,00
1st Q uartile 6,5000Median 7,06003rd Q uartile 7,8100Maximum 9,7500
7,1748 7,2527
7,0000 7,1300
0,8488 0,9038
A -Squared 29,28P-V alue < 0,005
Mean 7,2138StDev 0,8754V ariance 0,7664Skewness 0,585830Kurtosis -0,551604N 1945
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Juiz de Fora
Figura 10 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Juiz de Fora)
9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,257,207,157,107,057,00
1st Q uartile 6,4400Median 7,06003rd Q uartile 7,8800Maximum 9,5600
7,1616 7,2552
7,0000 7,1900
0,8381 0,9044
A -Squared 19,45P-V alue < 0,005
Mean 7,2084StDev 0,8700V ariance 0,7569Skewness 0,484486Kurtosis -0,753501N 1328
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Montes Claros
Figura 11 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Montes Claros)
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9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,37,27,17,06,9
1st Q uartile 6,4400Median 7,00003rd Q uartile 7,8800Maximum 9,6300
7,1483 7,2595
6,9400 7,1300
0,8499 0,9286
A -Squared 17,17P-V alue < 0,005
Mean 7,2039StDev 0,8875V ariance 0,7876Skewness 0,567274Kurtosis -0,660704N 982
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Passos
Figura 12 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Passos)
9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,407,357,307,257,207,157,10
1st Q uartile 6,5600Median 7,25003rd Q uartile 7,9400Maximum 9,3800
7,2007 7,3821
7,1300 7,3100
0,8309 0,9595
A -Squared 3,56P-V alue < 0,005
Mean 7,2914StDev 0,8905V ariance 0,7931Skewness 0,399174Kurtosis -0,744789N 373
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Patos de Minas
Figura 13 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Patos de Minas)
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9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,257,207,157,107,057,00
1st Q uartile 6,5000Median 7,06003rd Q uartile 7,7500Maximum 9,6900
7,1454 7,2218
7,0000 7,1300
0,8096 0,8636
A -Squared 24,05P-V alue < 0,005
Mean 7,1836StDev 0,8358V ariance 0,6985Skewness 0,542495Kurtosis -0,575444N 1844
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Pouso Alegre
Figura 14 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Pouso Alegre)
9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,307,257,207,157,107,05
1st Q uartile 6,5600Median 7,13003rd Q uartile 7,9400Maximum 9,6900
7,2176 7,3117
7,0600 7,1900
0,8321 0,8987
A -Squared 16,59P-V alue < 0,005
Mean 7,2646StDev 0,8641V ariance 0,7467Skewness 0,471146Kurtosis -0,727636N 1299
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Teofilo Ottoni
Figura 15 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Teófilo Ottoni)
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9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,207,157,107,057,006,95
1st Q uartile 6,4400Median 7,00003rd Q uartile 7,7500Maximum 9,5600
7,1217 7,1969
6,9400 7,0600
0,7999 0,8531
A -Squared 26,52P-V alue < 0,005
Mean 7,1593StDev 0,8257V ariance 0,6817Skewness 0,561630Kurtosis -0,588590N 1854
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Uberlandia
Figura 16 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Uberlândia)
9,69,08,47,87,26,66,0
Median
Mean
7,207,157,107,057,006,956,90
1st Q uartile 6,4400Median 7,06003rd Q uartile 7,7500Maximum 9,8800
7,1182 7,2304
6,9400 7,1300
0,8240 0,9034
A -Squared 14,03P-V alue < 0,005
Mean 7,1743StDev 0,8619V ariance 0,7428Skewness 0,585599Kurtosis -0,538772N 909
Minimum 6,0000
A nderson-Darling Normality Test
95% C onfidence Interv al for Mean
95% C onfidence Interv al for Median
95% C onfidence Interv al for StDev9 5% Confidence Intervals
Sumário Gráfico para NOTA (por pólo)POLO = Varginha
Figura 17 ‐ Sumário gráfico para NOTA (pólo Varginha)
Tanto a ANOVA como o teste de Kruskal‐Wallis indicam a existência de uma diferença estatisticamente significativa entre as médias (ou medianas) das notas dos dez pólos. Isto significa que pelo menos um dos pólos tem a nota média (ou mediana) diferente dos demais, e que esta diferença ultrapassa o que se poderia considerar uma variação casual.
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One-way ANOVA: NOTA versus PÓLO Source DF SS MS F P PÓLO 9 17,58 1,95 2,65 0,005 Error 14064 10383,50 0,74 Total 14073 10401,08 S = 0,8592 R-Sq = 0,17% R-Sq(adj) = 0,11% Individual 95% CIs For Mean Based on Pooled StDev Level N Mean StDev ---+---------+---------+---------+------ Central 1855 7,1856 0,8357 (-----*----) Gov Valadares 1685 7,2523 0,8896 (-----*-----) Juiz de Fora 1945 7,2138 0,8754 (-----*----) Montes Claros 1328 7,2084 0,8700 (------*-----) Passos 982 7,2039 0,8875 (-------*-------) Patos de Minas 373 7,2914 0,8905 (------------*-----------) Pouso Alegre 1844 7,1836 0,8358 (----*-----) Teofilo Ottoni 1299 7,2646 0,8641 (------*-----) Uberlandia 1854 7,1593 0,8257 (-----*----) Varginha 909 7,1743 0,8619 (-------*-------) ---+---------+---------+---------+------ 7,140 7,210 7,280 7,350 Pooled StDev = 0,8592
Kruskal-Wallis Test: NOTA versus PÓLO
Kruskal-Wallis Test on NOTA PÓLO N Median Ave Rank Z Central 1855 7,060 6970,5 -0,76 Gov Valadares 1685 7,130 7216,5 1,93 Juiz de Fora 1945 7,060 7046,6 0,11 Montes Claros 1328 7,060 7030,9 -0,06 Passos 982 7,000 6976,5 -0,49 Patos de Minas 373 7,250 7410,5 1,80 Pouso Alegre 1844 7,060 6961,1 -0,87 Teofilo Ottoni 1299 7,130 7323,6 2,66 Uberlandia 1854 7,000 6852,7 -2,10 Varginha 909 7,060 6868,3 -1,30 Overall 14074 7037,5 H = 19,66 DF = 9 P = 0,020 H = 19,67 DF = 9 P = 0,020 (adjusted for ties)
O valor de p (0,020) encontrado no teste de Kruskal‐Wallis merece um comentário. Este valor indica que se pode rejeitar a hipótese nula (igualdade das medianas) com, por exemplo, 95% de confiança de ter tomado a decisão correta, mas não se poderia fazê‐lo se fosse necessário ter 98% ou mais de cofiança no acerto da decisão.
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5. Conclusão
As conclusões desta breve análise sobre o resultado do concurso do TRE‐MG são as seguintes:
a) o nível de preparo exigido para que o candidato tivesse alguma chace de conquistar uma das vagas, principalmente da área Administrativa, foi altíssimo;
b) não houve diferença estatisticamente significativa entre a nota média dos candidatos classificados, fossem eles portadores de deficiência ou não portadores de deficiência;
c) houve diferença estatisticamente significativa entre a nota média dos candidatos classificados, dependendo da área (Administrativa, Contabilidade, Enfermagem e Programação);
d) houve diferença estatisticamente significativa entre a nota média dos candidatos classificados, para a área Administrativa, dependendo do pólo onde estavam inscritos.
Além disto foram aventadas duas hipóteses que necessitam maior investigação para que sejam comprovadas:
a) a prática de concursos alltamente seletivos tende a incorporar ao serviço público pessoas bem preparadas, as quais podem contribuir para eliminar os vícios de origem que, infelizmente, ainda afetam o Estado brasileiro;
b) muitas pessoas atraídas pelos concursos públicos ignoram o real preparo exigido para alcançar êxito; esta é uma informação pouco divulgada pelas empresas especializadas em treinamento de candidatos ao serviço público.