RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE HIPÓFISE

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A RM hipófise é um exame rápido, de fácilexecução e que é utilizado para estudo das funçõesneuro-funcionais da glândula hipofisária. Podendoutilizar o contraste para melhor avaliaçãodiagnóstica.diagnóstica.

A ressonância magnética é o método deeleição para o estudo da hipofise. Não se utiliza deR-X e seu contraste não é iodado e éhipoalergênico. Fornece dados anatômicosextremamente precisos em relação tanto àglândula quanto a suas estruturas vizinhas.

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HIPOFISEA hipófise, ou glândula pituitária, é

uma pequena glândula situada na basedo crânio tem forma de pêra e estásituada numa estrutura ósseasituada numa estrutura ósseadenominada sela-turca, localizadadebaixo do cérebro.

A sela turca protege-a, mas

em contrapartida, deixa pouco

espaço para a sua expansão.

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A hipófise controla, em grande parte, o

funcionamento das outras glândulas endócrinas e

é, por sua vez, controlada pelo hipotálamo, uma

região do cérebro que se encontra por cima da

hipófise.hipófise.

A hipófise consta de dois

lobos, o anterior (adeno-hipófise)

e o posterior (neuro-hipófise).

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Como a hipófise controla o funcionamento

da maioria das outras glândulas endócrinas,

com frequência recebe o nome de glândula

principal.

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DOENÇAS DA HIPOFISESegundo Dr. Marcello Bronstein, endocrinologista, em razão

de a hipófise ser responsável por produzir hormônios que

controlam várias outras glândulas, as doenças da hipófise

frequentemente comprometem essas glândulas que dela sãofrequentemente comprometem essas glândulas que dela são

dependentes.

Estes distúrbios podem ser de redução de sua função

(hipopituitarismo), ou de aumento da função. Estas doenças

podem ser de origem tumoral, inflamatória, traumática, ou

mesmo genética.

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Segundo o Dr. Marcello Bronstein,endocrinologista, as doenças da hipófisemais importantes são:

� PROLACTINOMAS

São os tumores hipofisários mais

comuns e produzem excesso de prolactina.comuns e produzem excesso de prolactina.Seu tratamento geralmente se faz

com drogas como a cabergolina e abromocriptina, e menos freqüentementepor cirurgia da hipófise, geralmenteatravés do nariz, sem necessidade deabrir o crânio

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� ADENOMAS PRODUTORES DE HORMÔNIO

DE CRESCIMENTO:

Se ocorrem na infância ou adolescência

levam a uma situação clínica chamada

gigantismo. Se aparecem na idade adulta,gigantismo. Se aparecem na idade adulta,

levam à acromegalia.

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� ADENOMAS PRODUTORES DECORTICOTROFINA

Esta classe de tumores, em geral

microadenomas, produz Hormônio

Adrenocorticotrófico (ACTH) que estimula

as glândulas suprarrenais a produzir

cortisona. Isto provoca um quadro clínicocortisona. Isto provoca um quadro clínico

chamado doença de Cushing, caracterizada

por obesidade central, isto é, que atinge

mais o tronco do que os membros, face

redonda como se fosse uma “lua cheia”,

estrias avermelhadas na pele

principalmente no abdome, pressão alta e

diabetes

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SINONIMOS� Ressonância Magnética da sela turca ou sela

túrcica

� RM do crânio para avaliação da sela turca ou� RM do crânio para avaliação da sela turca ou

para avaliação da hipófise

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INDICACOESSegundo o Manual Merck as principais indicações são:

� Hiperprolactinemia;

� Disfunção hipofisária;

� Hipopituitarismo;

� Hipotireoidismo/hipogonadismo;� Hipotireoidismo/hipogonadismo;

� Distúrbio de crescimento, baixa estatura;

� Puberdade precoce;

� Hamartoma hipotalâmico / crises gelásticas;

� Síndrome de Cushing;

� Microadenoma – controle;

� Macroadenoma / lesões grandes da região;

� Lesões do seio cavernoso;

� Síndrome de Kallmann

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CONTRA INDICAÇÕESAs contra indicações são as mesmas dos demais exames

de Ressonância Magnética:

� Clipes de aneurisma;

� Implantes e aparelhos oculares (exceto lentes intraoculares� Implantes e aparelhos oculares (exceto lentes intraocularespara catarata);

� Implantes cocleares;

� Marca-passo cardíaco;

� Fixadores ortopédicos externos;

� Gestantes com menos de 12 semanas de gestação.

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PREPARO

O preparo do exame de RM de hipófise

dependerá da instituição em que for feito odependerá da instituição em que for feito o

exame, em geral deve-se ter um jejum de 4

horas antes do exame.

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POSICIONAMENTOO paciente é posicionado na mesa

do equipamento em decúbito dorsalinserindo a cabeça do paciente na bobinade RF do tipo quadratura, onde a áreade RF do tipo quadratura, onde a áreade interesse, crânio, ficará no centro domagneto, isocentro.

A Luz de posicionamento sagitalacompanhando a linha média sagital eluz de posicionamento axialacompanhando o centro da bobina.

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PROGRAMAÇÃO DE CORTES

� Axial: Cortes a partir da transição crâniocervicais até a alta convexidade, sendoorientados pela linha entre as comissuras.

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� Sagital: Cortes orientados em paralelo à fissura

sagital, varrendo a região próxima à hipófise.

� Coronal: Cortes orientados perpendicular à� Coronal: Cortes orientados perpendicular à

fissuras sagitais, orientados pela linha da haste da

hipófise.

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SEQUÊNCIAS UTILIZADAS1. Sagital T1

1. Lobo frontal.

2. corpo caloso.2. corpo caloso.

3. Ventrículo lateral.

4. Cerebelo.

5. glândula pituitária.

6. Seio esfenoidal.

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2. Coronal T1 1. Nasofaringe.

2. Seio esfenoidal.

3. artéria carótida

interna.

4. quiasma óptico.4. quiasma óptico.

5. ventrículo

lateral.

6. Artéria cerebral

anterior.

7. Artéria cerebral

média.

8. lobo temporal.

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3. Coronal T2

1. Seio esfenoidal.

2. Processo clinóide

anterior.

3. ventrículo

lateral.

4. Artéria cerebral

anterior.

5. nervo óptico.

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4. Coronal dinâmico

Utilizado para verificar a

anatomia muscular, óssea e

principalmente os meniscos.principalmente os meniscos.

Gordura fica branca

fornecendo contraste para

tendão e músculo.

Realizado em 4 fases.

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5. Sagital T1 pós-Gd

1. Lobo frontal.

2. corpo caloso

3. ventrículo

lateral.

4. Cerebelo.

5. glândula

pituitária

6. Seio esfenoidal.

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6. Coronal T1 pós-Gd

1. Nasofaringe.

2. Seio esfenoidal.

3. artéria carótida

interna.

4. quiasma óptico.4. quiasma óptico.

5. ventrículo

lateral.

6. Artéria cerebral

anterior.

7. Artéria cerebral

média.

8. lobo temporal.

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GARANTIA DE QUALIDADE

No exame, observa-se a ocorrência de artefatosde movimentos, metálicos e de inconsistência, sendo oúltimo grupo referente a máquina.

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Ainda sobre qualidade observa-se que oposicionamento correto, o uso adequado de campode visualização e resolução são os principais fatoresde qualidade para o estudo.

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DOCUMENTAÇÃOSão fotografadas normalmente todas as

sequências adquiridas, observando a importânciaespecífica para cada uma.

Cuidado ao fotografar o dinâmico.Cuidado ao fotografar o dinâmico.

As imagens devem ser fotografadas agrupadaspela localização (24 ou 36 imagens – blocos de 4 ou6 imagens), e deve-se retirar a identificação dopaciente exceto pelo primeiro bloco de imagens (senãofica muito poluído).

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FILME� Axial: 20 imagens por filme, de baixo para

cima.� Coronal: 09 imagens por filme, de anterior

para posterior.Sagital: 09 imagens por filme, da direita para� Sagital: 09 imagens por filme, da direita paraesquerda.

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OBSERVAÇÕES1. Espessura do corte é fina (3 mm idealmente)

2. Macroadenoma / lesões grandes da região – Fazer também:

• Volume (3D) FSPGR pós-Gd, reformatar no plano axial e fotografar

3. Síndrome de Kallmann – Fazer também:

• Coronal T2 FSE fino (3 mm) desde o globo ocular até o final do quiasma

óptico

• Coronal FIESTA desde o globo ocular até o final do quiasma óptico

• Volume (3D) FSPGR pós-Gd

4. Lesões do seio cavernoso – Fazer também:

• Axial T2 FSE fino (3 mm) do seio cavernoso

• Volume (3D) FSPGR pós-Gd, reformatar no plano axial e fotografar

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Qual o seu diagnostico?Paciente do sexo masculino, pardo, 50 anos de idade, comhipogonadismo e anosmia, foi atendido no Serviço deEndocrinologia do Hospital Universitário Antonio Pedro, onderealizou exame de ressonância magnética de sela turca e crânio(Figuras 1 e 2).

� Figura 1. Ressonância magnética da selaturca no plano sagital ponderada em T1pós-contraste evidencia hipófise e hastehipofisária normais.

� Figura 2. Ressonância magnética em cortecoronal T1 (A) e T2 (B) evidencia ausênciade bulbo olfatório.

� Diagnóstico: Síndrome de Kallmann.Hipogonadismo: deficiência de esteróides gonadais.Anosmia: perda total do olfato

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O paciente, de 39 anos, com a síndrome da imunodeficiênciaadquirida (AIDS) foi admitido no hospital com história de febre, perda depeso, cefaleia, diploplia e confusão mental, de início havia 14 dias. Aúltima contagem de linfócitos CD4+ era de 9 células/mm3. Ao exame físicodescreveram-se linfonodos cervicais, axilares e inguinais aumentados eptose palpebral à esquerda. A ressonância magnética mostrou lesãotumoral no seio cavernoso com deslocamento da artéria carótida internaesquerda (Figura A). A ressonância magnética ainda mostrou lesão cerebralbilateral em torno dos ventrículos laterais sugestiva de leucoencefalopatiamultifocal progressiva (Figura B). A biópsia de um linfonodo cervicalrevelou a presença de estruturas leveduriformes de Paracoccidioidesmultifocal progressiva (Figura B). A biópsia de um linfonodo cervicalrevelou a presença de estruturas leveduriformes de Paracoccidioidesbrasiliensis (Figura C).

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prolactinomasTumores benignos da hipófise produtor de prolactina. É o

tipo mais comum de tumor de hipófise visto clinicamente.

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adenoma

Tumores benignos que podemTumores benignos que podemprovocar sintomas neurológicos eendócrinos