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RESSALVA
Atendendo solicitação do(a)
autor(a), o texto completo desta Tese
será disponibilizado somente a partir
de 29/08/2020.
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Faculdade de Ciências e Letras
Campus de Araraquara - SP
FLAVIANA CHRISTINE VALLIM PERES
ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO:
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ARARAQUARA – S.P.
2019
FLAVIANA CHRISTINE VALLIM PERES
ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO:
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Educação Escolar da Faculdade de
Ciências e Letras – UNESP/Araraquara, como
requisito para obtenção do título de Doutor em
Educação Escolar.
Linha de pesquisa: Política e Gestão Educacional
Orientador: Dr. Sebastião de Souza Lemes
ARARAQUARA – S.P.
2019
Àqueles que sempre acreditaram que eu seria capaz,
Marcelo, Alice Helena e Maria Beatriz.
AGRADECIMENTOS
Foram muitas as pessoas que estiveram ao meu lado nessa caminhada, familiares,
amigos, colegas de trabalho, colegas da turma doutorado, a vocês o meu muito obrigada de
coração.
Gostaria de agradecer especialmente àqueles que contribuíram de forma direta na
realização dessa Tese:
A Profª Sonia Maria Duarte Grego por me aceitar como orientanda, o meu respeito e
gratidão.
A Profª Drª Joana Corrêa Goulart, que iniciou essa trajetória comigo em 2015, pela
amizade. Minha gratidão.
Ao Profº Drº Silvio Henrique Fiscarelli por aceitar o convite para fazer parte de minha
banca e pelas valorosas observações. Muito obrigada.
A Profª Drª Raquel Gonçalves Octávio, pela parceria além dos muros da escola.
Obrigada pela amizade, carinho e parceria de anos, na luta pela educação de qualidade.
De modo especial ao meu orientador Prof. Dr. Sebastião Souza Lemes, obrigada por me
orientar nessa caminhada, me incentivando e amparando nos momentos de maior desânimo. A
você todo meu respeito, amizade e admiração.
Aos meus pais Valdemir e Maria Helena, pelo exemplo de caráter e fortaleza, pelo
incentivo e preces.
Amigos são irmãos que Deus colocou em nossas vidas, obrigada queridas Patrícia,
Selma, Zélia, Sílvia, Maria do Carmo, Ritinha, Alessandra, Vera e Adriano.
In Memorian de Sandra Marina Machado de Mello, Terezinha Vidolim Vasconcelos,
Nair Faria, Olga Menezes, José Aparecido Soriano, João Maurício Nogueira e Beatriz Morelli,
exemplos de professores. A vocês todo o meu respeito e admiração.
A Deus.
O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas
não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram.
ABRAHAM LINCOLN
19 de novembro de 1863
Pensilvânia, Estados Unidos
RESUMO
Esta Tese tem como objeto de estudo os instrumentos utilizados pelo estado de São Paulo, em
atendimento o que determina a legislação oficial, para regular e medir a qualidade da educação
básica pública. Esses instrumentos passam pela avaliação de desempenho, também chamada de
larga escala, e fluxo escolar que fornece dados, para compor os indicadores educacionais, de
forma a se transformarem em informações que possibilitem compreender o processo como um
todo e tomar decisões na perspectiva da política educacional. Foram analisadas as políticas
públicas educacionais que trazem em seu texto a necessidade de qualificar a educação básica.
Foram elaboradas as seguintes questões para esta pesquisa: Os instrumentos utilizados pelo
Estado definem a qualidade da educação básica pública paulista? Os resultados da avaliação de
desempenho fornecem os dados essenciais para medir a qualidade da educação básica paulista?
O estado de São Paulo utiliza as avaliações de desempenho e fluxo escolar para regular a
educação básica. A aplicação dos instrumentos, avaliação de desempenho e fluxo escolar,
utilizados para medir a qualidade da educação, impactam na política educativa do estado de São
Paulo? Para responder a essas questões apresenta-se os seguintes objetivos: analisar os
resultados das avaliações de desempenhos dos estudantes do ensino fundamental e médio e
como (ou se) estes são utilizados na formulação de políticas públicas para a educação básica no
estado de São Paulo; Identificar experiências internacionais que influenciaram a formulação
das avaliações de desempenho no país e consequentemente no estado de São Paulo; Identificar
os programas para a educação básica formulados pelo estado de São Paulo e que almejam a
qualidade da educação pública; Analisar os instrumentos de políticas educacionais do estado de
São Paulo. Foi realizado em um estudo bibliográfico com aprofundamento teórico sobre a
concepção de Estado Avaliador, regulação, concepção de sistemas de avaliação de desempenho
e conceito de qualidade na educação. A abordagem da pesquisa é qualitativa e caracteriza-se
como pesquisa documental com a análise da legislação, decretos e resoluções que tratam da
regulação da educação pelo Estado. O papel regulador do Estado, tem início na década de 1990,
seguindo uma tendência mundial de diminuição dos gastos públicos e fortalecimento de sua
função fiscalizadora. Dessa forma o Estado deixa de ser responsável direto pelo
desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-
se na função de promotor e regulador. Os documentos que orientam a análise dos instrumentos
estudados, tratam da regulação na educação básica pública, pelo Estado.
Palavras-Chave: Educação Básica; Instrumentos; Avaliação de Desempenho; Qualidade da
Educação.
ABSTRACT
This thesis has as its object of study the instruments used by the state of São Paulo, in
compliance with what is determined by official legislation, to regulate and measure the quality
of public basic education. These instruments include performance assessment, also called large-
scale, and school flow that provides data to compose educational indicators, to become
information that enables understanding the process as a whole and making decisions from the
perspective of educational policy. We analyzed the educational public policies that bring in
their text the need to qualify basic education. The following questions were elaborated for this
research: Do the instruments used by the state define the quality of public basic education in
São Paulo? Do the results of the performance evaluation provide the essential data to measure
the quality of São Paulo basic education? The state of São Paulo uses performance and school
flow assessments to regulate basic education. The application of the instruments, performance
evaluation and school flow, used to measure the quality of education, does it affect the
educational policy of the state of São Paulo? To answer these questions, the following
objectives are presented: analyzing the results of the performance evaluations of elementary
and high school students and how (or if) they are used in the formulation of public policies for
basic education in the state of São Paulo. Identifying international experiences that influenced
the formulation of performance evaluations in the country and consequently in the state of São
Paulo. Identifying the programs for basic education formulated by the state of São Paulo that
aim for the quality of public education. Analyzing the educational policy instruments of the
state of São Paulo. It was carried out in a bibliographical study with theoretical deepening about
the conception of Evaluator State, regulation, conception of performance evaluation systems
and quality concept in education. The research approach is qualitative and characterized as a
documentary research with the analysis of legislation, decrees and resolutions dealing with the
regulation of education by the state. The regulatory role of the state begins in the 1990s,
following a worldwide trend of decreasing public spending and strengthening its oversight
function. In this way, the State is no longer directly responsible for economic and social
development through the production of goods and services, but for strengthening itself as
promoter and regulator. The documents that guide the analysis of the studied instruments deal
with the regulation in public basic education, by the State.
Keywords: Basic Education; Instruments; Performance evaluation; Quality of education.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Modelo pós-burocrático (BARROSO, 2005)......................................................... 49
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Estágios e ciclos de Políticas Públicas .................................................................. 32
Quadro 2 - Sistemas de Avaliação de desempenho nos estados brasileiros............................ 70
Quadro 3 - Rede educacional pública do estado de São Paulo. .............................................. 99
Quadro 4 - Resultados Finais SARESP/2003. ...................................................................... 119
Quadro 5 - Médias de proficiência SARESP 2007. .............................................................. 123
Quadro 6 - Médias de Proficiência do SAEB 2007 para o estado de São Paulo. ................. 124
Quadro 7 - Série histórica de matrículas de 2007 a 2017. ..................................................... 129
Quadro 8 - Distribuição de estudantes por nível de proficiência. ......................................... 132
Quadro 9 - Níveis de desempenho e escala do SARESP. ..................................................... 137
Quadro 10 - Escala de desempenho dos estudantes do 5º ano EF em Língua Portuguesa. .. 138
Quadro 11 - Escala de desempenho dos estudantes do 5º ano EF em Matemática. .............. 138
Quadro 12 - Médias de proficiência em Língua Portuguesa 9º ano EF. ............................... 139
Quadro 13 - Médias de proficiência em matemática 9º ano EF. ........................................... 140
Quadro 14 - Proficiência em Língua Portuguesa 3º EM. ...................................................... 141
Quadro 15 - Proficiência em Matemática – 3EM. ................................................................ 141
Quadro 16 - IDESP de 2008 a 2017. ..................................................................................... 148
Quadro 17 - Série Histórica de Matriculas. ........................................................................... 149
Quadro 18 - Fluxo Escolar 5º ano. ........................................................................................ 150
Quadro 19 - Fluxo Escolar 9º ano EF.................................................................................... 152
Quadro 20 - Fluxo Escolar do 3º ano do EM. ....................................................................... 153
Quadro 21 - Dados SAEB de 1995 a 2005 do estado de São Paulo. .................................... 161
Quadro 22 - Relatório de 2008 (PISA).................................................................................. 173
Quadro 23 - Relatório de 2009 (PISA).................................................................................. 174
Quadro 24 - Relatório de 2012 (PISA).................................................................................. 175
Quadro 25 - Relatório de 2015 (PISA).................................................................................. 177
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Médias do SAEB 2007 do estado de São Paulo ................................................. 324
Gráfico 2 – Série histórica de matrículas de 2007 a 2017. ...................................................... 70
Gráfico 3 – Médias de Proficiência 5º ano EF ....................................................................... 99
Gráfico 4 – Médias de Proficiência 9º ano EF...................................................................... 119
Gráfico 5 - Médias de Proficiência 3º ano EM ..................................................................... 123
Gráfico 6 – Série Histórica – IDESP de 2008 a 2017........................................................... 124
Gráfico 7 - Série Histórica de Matrículas ............................................................................. 129
Gráfico 8 – Fluxo Escolar 5º ano EF .................................................................................... 132
Gráfico 9 – Fluxo Escolar 9º ano EF. ................................................................................... 137
Gráfico 10 – Fluxo Escolar 3º ano EM. ................................................................................ 138
Gráfico 11 – Proficiência estudantes da 4ª série das escolas públicas paulistas. ................. 138
Gráfico 12 – Proficiência estudantes da 8ª série das escolas públicas paulistas. .................. 139
Gráfico 13 – Proficiência estudantes da 3ª série do EM das escolas públicas paulistas. ...... 140
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANEB Avaliação Nacional da Educação Básica
ANRESC Avaliação Nacional do Rendimento Escolar
CAQ Custo-Aluno-Qualidade
CEE Conselho Estadual de Educação
CENP Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas
CF Constituição Federal do Brasil
CIPP Contexto, Insumo, Processo, Produto
CNE Conselho Nacional de Educação
EDURURAL Programa de Expansão e Melhoria da Educação no Meio Rural
EF Ensino Fundamental
EJA Educação de Jovens e Adultos
EM Ensino Médio
FDE Fundação para o Desenvolvimento da Educação
HTPC Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo
IAEP International Assessment of Educational Progress
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC Ministério da Educação e Cultura
OCDE Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
PISA Programme for International Student Assessment
PNE Plano Nacional de Educação
PNLD Programa Nacional do Livro Didático
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
RE Resolução da Secretaria de Educação
SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica
SAEP Sistema de Avaliação da Educação Primária
SARESP Sistema de Avaliação do Rendimento do estado de São Paulo
SEE Secretaria da Educação do estado de São Paulo
SP São Paulo
TCT Teoria Clássica dos Testes
TRI Teoria de Resposta ao Item
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
USAID United States Agency for International Development
WEI World Education Indicator
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17
2 ASPECTOS DA POLÍTICA PÚBLICA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA..................... 26
2.1 Dimensões relevantes da política pública para a educação básica ............................... 29
2.2 Extratos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: alguns elementos
históricos necessários .............................................................................................................. 34
2.3 Consideração sobre o Estado Avaliador ......................................................................... 40
2.3.1 Regulação em Educação ............................................................................................... 46
2.3.2 Da prestação de contas-accountability.......................................................................... 50
3 ASPECTOS DA REGULAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA
.................................................................................................................................................. 57
3.1 Avaliação de desempenho como instrumentos de responsabilização ........................ 59
3.2 O Plano Nacional de Educação - PNE.......................................................................... 75
3.2.1 Dimensões da qualidade da educação ........................................................................... 80
4 POLÍTICA PÚBLICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE SÃO
PAULO.....................................................................................................................................98
4.1 Reorganização do Ensino Fundamental .................................................................... 100
4.2 Fluxo Escolar e Classe de Aceleração ........................................................................ 102
4.3 Jornada única e reorganização das escolas estaduais paulistas............................... 106
4.4 Escola Padrão ............................................................................................................... 107
4.5 Programa de Formação Continuada – Teia do Saber .............................................. 111
5 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO .............................. 114
5.1 Programa de Qualidade da Escola – PQE ................................................................. 133
5.2 Resultados do SAEB no estado de São Paulo ............................................................ 154
5.3 A influência das políticas educacionais internacionais na educação pública
paulista...................................................................................................................................165
5.3.1 Programme for Intenational Student Assessment-PISA ............................................. 170
CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 178
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 183
APÊNDICES ......................................................................................................................... 199
APÊNDICE A - DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE
DESENVOLVIMENTO ESTADUAIS ............................................................................... 199
APÊNDICE B- PROGRAMAS E PLANOS PROVENIENTES DA ESFERA FEDERAL
................................................................................................................................................ 203
APÊNDICE C - PLANO NACIONAL E PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ....... 205
APÊNDICE D: NÍVEIS DE DESEMPENHO LEITURA E MATEMÁTICA ............... 211
APÊNDICE E - AGRUPAMENTOS SARESP.................................................................. 233
APÊNDICE F - MATRIZ DE COMPETÊNCIA SARESP- LEITURA ......................... 237
APÊNDICE G - NÍVEIS DE DESEMPENHO E VALORES DE REFERÊNCIA, NAS
DISCIPLINAS AVALIADAS PELA ESCALA DO SARESP. ........................................ 240
APÊNDICE H - COMPETÊNCIAS AVALIADAS PELO PISA EM 2006, COM
ENFOQUE NO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS. ...................................................... 241
ANEXOS................................................................................................................................ 245
ANEXO 1 - RESOLUÇÃO SE Nº 27, DE 29 DE MARÇO DE 1996 ............................... 245
ANEXO 2 - RESOLUÇÃO SE N º74, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2008 ........................ 247
ANEXO 4 - DECRETO Nº 57.571, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2011 ............................. 249
17
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita de Filho”, vincula-se a linha de Pesquisa
Política e Gestão Educacional.
A investigação tem como objeto os instrumentos utilizados pelo estado de São Paulo
para esclarecer a qualidade do sistema educacional, que está vinculado as determinações e
orientações do MEC, por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB,
vigente desde 2007.
O sistema público educacional, na atualidade, é um campo de estudo formado por
teorias, métodos e processos abrangentes, que comporta subáreas como a avaliação de
desempenho, avaliação de sistemas educacionais, avaliação de programas e autoavaliação
O estudo versa sobre os instrumentos utilizados nas avaliações de desempenho e analisa
se esses, influenciam a tomada de decisão ao se formular uma política educacional.
A discussão sobre instrumentos de avaliação de desempenho e se esses são utilizados
como medida de regulação do Estado, faz-se presente na atualidade, visto que está inscrito em
um cenário no qual o Estado exerce a função de Avaliador e regulador, e traz para si a
responsabilidade pela avaliação e se incumbe de prestar contas, da qualidade da educação
básica, à sociedade.
A análise da qualidade da educação deve dar-se em uma perspectiva polissêmica, e
conforme Dourado; Oliveira; Santos (2007, p. 7) essa categoria traz múltiplas significações, já
que
[...] o exame da realidade educacional, sobretudo em vários países da Cúpula das
Américas, com seus diferentes atores individuais e institucionais, evidencia que são
diversos os elementos para qualificar, avaliar e precisar a natureza, as propriedades e
os atributos desejáveis ao processo educativo, tendo em vista a produção, organização,
gestão e disseminação de saberes e conhecimentos fundamentais ao exercício da
cidadania.
A educação escolar é objeto de políticas públicas educacionais, e de acordo com
Dourado; Oliveira; Santos (2007, p.8) cumpre “[...] destacado papel nos processos formativos
por meio dos diferentes níveis, ciclos e modalidades educativas”. Na educação básica, são
diversas as finalidades educacionais estabelecidas, assim como são distintos os “[...] princípios
que orientam o processo ensino-aprendizagem, pois cada país, com sua trajetória histórico-
cultural e com seu projeto de nação, estabelece diretrizes e bases para o seu sistema educacional.
18
Na perspectiva das políticas públicas educacionais, muitos países têm desenvolvido,
estratégias para medir a qualidade de seus sistemas de ensino1 , uma delas é a adoção de
instrumentos e indicadores.
Os instrumentos são utilizados para medir o desempenho dos estudantes e a qualidade
do sistema educacional. Esses instrumentos passam pela avaliação de desempenho, também
chamada de larga escala, e fluxo escolar que fornecem dados, para compor os indicadores
educacionais, de forma a se transformarem em informações que possibilitem compreender o
processo como um todo e tomar decisões na perspectiva da política educacional. Conforme
Horta Neto (2013) é necessária uma análise desses instrumentos, que possibilite identificar os
processos e os resultados obtidos nas avaliações de desempenho, pelos estudantes da educação
básica.
O processo de avaliação de desempenho e a busca por instrumentos que qualifiquem a
escola e a educação, não é algo novo dentro do sistema educacional, conforme Horta Neto (2013)
está instituído e presente no cotidiano escolar, assim como seus conceitos e objetivos, que são
revistos e alterados de acordo com as transformações políticas e econômicas da sociedade.
Essas transformações sociais, influenciaram a partir do final dos anos 1980 e início dos
anos de 1990, os programas de avaliação do sistema educativo, conhecido como avaliação
educacional externa ou avaliação de desempenho. Conforme Horta Neto (2013) a partir de
instrumentos como avaliação e fluxo, o teste passa a ser padronizado e aplicado aos estudantes,
para se obter informações sobre o desempenho das escolas e dos sistemas de ensino, com o
objetivo de subsidiar uma política educacional que assegure a qualidade da educação.
Nessa perspectiva de mudança de políticas educacionais, para que a qualidade da
educação seja alcançada, Dourado; Oliveira; Santos (2007), apontam a necessidade do
estabelecimento de parâmetros de referência de aprendizagem e a indicação de padrões eficazes
que permitam que os estudantes avancem nas avaliações de desempenho.
Diante dessas perspectivas de mudança, os resultados observados após a aplicação
desses instrumentos, de acordo com Lemes (2001, p.112) tem mostrado as carências e
necessidades do contexto até então desconhecidas enquanto realidades mutáveis; ou conhecidas,
1 Para Libâneo (2012) o Brasil ainda não possui um sistema de ensino, fortalecido, em razão da falta de articulação
entre os vários sistemas de ensino existentes nas esferas administrativas federal, estadual e municipal. A tese de
Libâneo é a de que o Brasil não possui um sistema de ensino, mas estruturas administrativas referenciadas na
LDBEN/1996.
19
mas distorcidas em sua amplitude e profundidade. Essas “realidades” contextuais em suas
dimensões de amplitude
[...] deverão (re)orientar tomadas de decisão, (re)definir ações públicas, priorizar
demandas e, possivelmente chegar a evidenciar “velhos problemas” de forma
indiscutível e inquestionável como: a desescolarização e a pobreza alimentando-se
mutuamente. Assim ao que parece, nesse momento da vida educacional do país, e
diante do quadro que se delineia a partir dos resultados avaliativos; as avaliações
educacional e escolar começam a se revelar mais como dimensão formuladora de
políticas públicas para a educação nacional do que como instrumentos dessas políticas
(LEMES 2001, p.112).
A utilização dos instrumentos para delinear uma política educacional, e a utilização da
avaliação de desempenho, conforme Horta Neto (2013) têm sua elaboração e aplicação
realizada por uma instituição externa à escola, não contando, normalmente, com a participação
dos docentes, das equipes gestoras das escolas e das estruturas de ensino, em nenhuma de suas
fases. Além das avaliações, normalmente utilizam-se questionários aplicados aos estudantes,
docentes e à equipe gestora, com o objetivo de obter informações que expliquem os diferentes
desempenhos da escola. A necessidade de uma explicação gera por parte do Estado, propostas
de ações e políticas educacionais, que modifiquem a realidade da escola.
Ao propor ações e políticas educacionais, o Estado analisa o desempenho de seu sistema
educacional e das escolas, a partir das avaliações aplicadas, o que para Horta Neto (2013) exige
clareza de seu papel de regulador.
O papel regulador do Estado, tem início na década de 1990, seguindo uma tendência
mundial de diminuição dos gastos públicos e fortalecimento de sua função fiscalizadora. Dessa
forma o Estado “[...] deixa de ser responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social
pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de promotor e regulador
desse desenvolvimento” (BRASIL, 1995, p.12).
O modo como o Estado reduz seu papel de executor ou prestador de serviços, “[...]
mantendo-se entretanto no papel de regulador e provedor ou promotor destes, principalmente
dos serviços sociais como educação”, fortalece seu controle social direto, na medida em que
investe em capital humano, como garantia de “[...] uma distribuição de renda mais justa”, pela
perspectiva de especialização de mão de obra (BRASIL, 1995, p.13).
Nesta perspectiva, o Estado busca o fortalecimento das funções de regulação e
coordenação das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais, como educação,
20
que são coordenadas “particularmente no nível federal”, com a “[...] progressiva
descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal” (BRASIL, 1995, p.13).
A descentralização do nível federal para o estadual e municipal, permite que esses entes
organizem seus sistemas de ensino e desenvolvam políticas que conciliem os diferentes níveis
e modalidades de ensino, de modo que predomine a qualidade da educação. A busca pelo
predomínio da qualidade, faz com que os entes federados busquem instrumentos de medida,
sendo um deles a avaliação de desempenho.
O ato de avaliar o desempenho de um estudante, de uma escola ou de um sistema, é em
si mesmo polissêmico e algumas vezes passa a ser confundido com os instrumentos utilizados
para medir o resultado, geralmente por testes. A avaliação, nesta análise, vai além das medições
e envolve a definição das políticas educacionais e estratégias de governo para estabelecer o que
seja a qualidade, proposta na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional de 1996 e presente nos atos normativos2 , publicados pelo executivo do
estado de São Paulo.
No Brasil, após a promulgação da Constituição Federal em 1988 e da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional em 1996, tem início a aplicação de avaliação de desempenho
por governos estaduais, com o intuito de medir a qualidade da educação escolar. Com o
resultado obtido pelos estudantes, nas avaliações, os governos definem políticas públicas para
em uma métrica estabelecida, definir a qualidade da escola.
A definição da qualidade, pelo estabelecimento de uma medida, tem início na década de
1990, com os primeiros estudos para a aplicação do Sistema de Avaliação da Educação Básica
(SAEB). Com o início do SAEB, aumenta a quantidade de avaliações de desempenho aplicados
no país, assim como o número de estudantes avaliados. Em outras partes do mundo, ocorre a
mesma dinâmica, de aumento das avaliações, utilizadas com frequência tanto pelos governos
nacionais quanto por organizações internacionais ou transnacionais (HORTA NETO, 2013).
A emergência para encontrar um modelo de avaliação que medisse a qualidade da
educação, teve origem na década de 1980, com os primeiros desenhos de um projeto de sistema
nacional de avaliação, a partir de uma demanda do Banco Mundial e das determinações de
organizações internacionais sobre as políticas educacionais, no Brasil. Iniciativas de avaliação
da educação básica, que fossem coerentes com os pressupostos do Estado Avaliador, de acordo
2 Atos normativos são aqueles que têm efeitos gerais, atingindo todos os que se encontram na mesma situação por
ele regulada. Por exemplo: decretos regulamentares, regimentos, resoluções, deliberações e portarias.
21
com Horta Neto (2013) começaram a ser desenvolvidas por estados e municípios brasileiros
ao longo dos anos de 1990, como os programas de avaliação criados pelos estados de
Pernambuco (1991), Minas Gerais e Ceará (1992) e São Paulo (1996).
Com o objetivo de construir um instrumento de qualidade educacional, tem início uma
busca pelos sistemas educacionais no Brasil, por reformas educacionais desenvolvidas em
outros países, por intermédio de acordos e convênios firmados com agências multilaterais, os
quais trazem projetos de monitoramento e avaliação das políticas implantadas nas redes
escolares públicas, como forma de medir a qualidade (CAMPOS, 2000).
Esses projetos de monitoramento são analisados na perspectiva da construção e busca
da qualidade por meio de instrumentos que podem gerar dados estatísticos para o
estabelecimento de indicadores de qualidade. Esses indicadores passam pelo acesso e oferta da
educação, fluxo escolar (diferença entre aprovação, retenção e abandono) e aferição do
desempenho mediante avaliação de desempenho.
Os programas de avaliação nacionais e internacionais, utilizam como instrumento dados
estatísticos, para produzir informações objetivas sobre um sistema educacional. Para Villani
(2018), esses dados desenvolvem uma relação com a política pública, que não é linear, mas um
instrumento técnico que pode servir como controle social e político.
Os dados originados pelas avaliações de desempenho, tornam-se nessa perspectiva,
ferramentas de poder, na medida em que direcionam a adoção de currículos e matrizes de
competência, utilizados para medir o conhecimento dos estudantes.
O recorte dessa pesquisa tem início com os resultados dos instrumentos Sistema de
Avaliação do Rendimento do Estado de São Paulo (SARESP) e do Fluxo Escolar (Censo
Escolar), de 2008 ano da publicação do Programa Qualidade da Escola a 2017. Os resultados
analisados são os provenientes dos instrumentos de avaliação de desempenho obtidos pelo
SARESP, SAEB e Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).
Pelas razões apresentadas e com a necessidade de analisar os instrumentos que medem
a qualidade, elaboram-se as seguintes questões para esta pesquisa: Os instrumentos utilizados
pelo Estado determinam a qualidade da educação básica pública paulista? O estado de São
Paulo utiliza as avaliações de desempenho e fluxo escolar para regular a educação básica? A
análise da aplicação dos instrumentos, avaliação de desempenho e fluxo escolar, utilizados para
medir a qualidade da educação, impactam na política educativa do estado de São Paulo?
22
Considerando a avaliação de desempenho, como um instrumento utilizado pelo estado
de São Paulo, para a verificação da qualidade do sistema educacional, propõem-se a Tese de
que os resultados das avaliações de desempenho, influenciam as políticas educacionais
voltadas para o ensino fundamental e médio ao mesmo tempo que servem para a
regulação das escolas públicas.
A proposta da tese se justifica, pelas orientações legais e institucionais, que na atualidade,
de acordo com Lemes (2001, p.112) “estabelecem obrigações, diretrizes e parâmetros, para os
sistemas de ensino e para o poder público”. Para cumprir com as determinações e diretrizes,
foram criados instrumentos como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), Censo
Escolar, Padrões de Qualidade, Diretrizes Curriculares, Parâmetros Curriculares Nacionais e no
caso específico de alguns estados, foram criados seus próprios instrumentos de avaliação para
seus sistemas de ensino, como exemplo o estado de São Paulo, criou em 1996 o Sistema de
Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, SARESP.
Para explicar e defender a Tese tem-se os seguintes objetivos:
Objetivo geral: analisar os resultados das avaliações de desempenho dos estudantes do
ensino fundamental e médio e como (ou se) estes são utilizados na formulação de políticas
públicas para a educação básica no estado de São Paulo.
Os objetivos específicos dão divididos em partes que se relacionam entre si e juntas
ajudam a compreender o objeto analisado. Foram assim definidos:
✓ Identificar experiências internacionais que influenciaram a formulação das
avaliações de desempenho no país e consequentemente no estado de São Paulo;
✓ Identificar os programas para a educação básica formulados pelo estado de São
Paulo e que almejam a qualidade da educação pública;
✓ Analisar os instrumentos de políticas educacionais do estado de São Paulo.
A metodologia escolhida para esta análise foi a pesquisa bibliográfica com os eixos do
aprofundamento teórico organizados com foco nos Atos Normativos da Secretaria da Educação
do estado de São Paulo, políticas públicas educacionais, Estado Avaliador, regulação e
concepção de avaliação de desempenho.
Ao definir quais documentos e atos normativos serão pesquisados, foi definida uma
amostra representativa do que se deseja investigar. Conforme Fick (2009), é importante
considerar documentos que fazem referência a outros documentos, buscando observar a
23
conexão entre eles e no modo como documentam e constroem a realidade investigada. Ao
escolher os documentos, foi considerado o contexto, a utilização e a sua função, uma vez que
são meios para compreender o objeto investigado.
A função, o contexto e a utilização dos documentos, conforme Flick (2009) define o
ponto de partida para a análise e interpretação de documentos é a compreensão do texto que
possibilitará realizar inferências válidas para a pesquisa. O objetivo, consiste em compreender
e comparar abordagens, com base em critérios, seleção e verificação dos documentos analisados.
Empreendeu-se, também, a análise dos dados do SARESP, dos estudantes do 5º e 9º ano
do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio e do SAEB e PISA do estado de São Paulo.
Os dados do SAEB e PISA do estado de São Paulo foram comparados com o do Brasil e
Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico - OCDE. Com a escolha dos
documentos a serem analisados, e que tratam dos instrumentos como medida para a qualidade
da educação, os objetos foram escolhidos entre aqueles comparáveis e que possuam fronteiras
delimitadas e coerentes entre si.
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, visto que esta se constitui como
apropriada para descobrir os significados e contradições dos instrumentos utilizados para medir
a qualidade da educação básica. Na abordagem qualitativa, de acordo com Severino (2007), o
objetivo da amostra é a produção de informações aprofundadas, com enfoque na interpretação
do objeto pesquisado. Nessa abordagem, há uma proximidade do pesquisador com o objeto
estudado.
Os objetos, foram definidos em critérios para a comparação, sendo eles a periodicidade
da avaliação; a sua abrangência; a forma de apresentação dos resultados e os instrumentos
utilizados como regulação da escola pública paulista.
Entre regulação e regulamentação das ações do Estado, conforme Barroso (2005) há
uma diferença, a regulação é flexível na definição dos processos e rígida na avaliação da
eficiência e eficácia e a regulamentação é definida como procedimento e é relativamente
indiferente a qualidade e eficácia dos resultados. A regulação passa a ser essencial para o
equilíbrio de um sistema, físico ou social, e está associada a um processo de retroação que
identifica, analisa e trata informações por um conjunto de ordens coerentes dos órgãos
executores.
Esta proposta de Tese está estruturada em seções, a saber. Na primeira seção apresentou-
se a introdução geral da pesquisa, com a justificativa da escolha do tema, fundamentação teórica,
24
as questões que orientam a pesquisa, os objetivos tratados ao longo da pesquisa, uma breve
apresentação da metodologia, instrumentos e procedimentos utilizados e considerações sobre o
tema.
Na segunda seção encontram-se as definições de Política Pública Educacional, que
utiliza como referência o direito público e subjetivo a educação, especialmente o ensino
fundamental e médio, constante da Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional de 1996. São discutidos os programas e planos provenientes da esfera
federal, utilizados como soluções para o estabelecimento da qualidade da educação básica e
analisa o percurso das políticas públicas educacionais no Brasil e sua relação entre política
pública, Estado e sociedade.
Na segunda seção encontram-se as discussões sobre o Estado Avaliador, na configuração
do sistema público educacional, quando o Estado utiliza como discurso a construção da
qualidade por meio de práticas pedagógicas. Essa seção discute também as práticas de prestação
de contas (accountability) nas ações do Estado e na emergência da avaliação de desempenho
como interpretação da qualidade da escola.
Na terceira seção encontram-se a discussão sobre a avaliação de desempenho no Brasil
e a influência dessa na formulação da política pública educacional no estado de São Paulo. Essa
seção analisa o currículo nacional como controle dos resultados, que dizem respeito a uma
emergência do Estado Avaliador, em encontrar uma forma de avaliação que atenda aos
pressupostos subjacentes ao mercado educacional.
Na quarta seção são analisadas as políticas públicas educacionais do estado de São Paulo
e as ações desenvolvidas pela Secretaria da Educação, para garantir a qualidade das e nas
escolas públicas de ensino fundamental e médio. No início da seção foi feita uma caracterização
da Secretaria de Educação com número de unidades de ensino, docentes e uma série histórica
de matriculas de 2007 a 2017, com os dados descritos no Censo Escolar. Foram analisados os
primeiros programas que tiveram como objetivo central a garantia de qualidade da educação
pública como a Reorganização do Ensino Fundamental com a criação do Ciclo Básico; a
Reforma Curricular – Proposta Curricular, inclusive para o Ensino Médio; a Jornada única para
o Ciclo Básico I; a Escola Padrão; a Reorganização da rede física; o Programa de
municipalização do ensino fundamental; a Progressão Continuada; o Programa de educação
continuada, Teia do Saber; o Programa Ler e Escrever e o Programa de Qualidade da Escola.
25
Os resultados desses programas foram analisados dentro da série histórica de 2007 a 2017 e
comparados com o SAEB e PISA, do mesmo período.
A seção posterior destinou-se as conclusões a pesquisa sobre os instrumentos e dos
resultados da avaliação de desempenho como medida de qualidade da educação pública paulista.
178
CONCLUSÃO
Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar os resultados das avaliações de
desempenho dos estudantes do ensino fundamental e médio e como (ou se) estes são utilizados
na formulação de políticas públicas para a educação básica no estado de São Paulo. Para
responder esse objetivo foi necessário distinguir os programas para a educação básica
formulados pelo Estado, que almejam a qualidade da educação pública. O destaque incidiu
sobre a análise dos instrumentos de políticas educacionais do Estado e como a avaliação de
desempenho é utilizada para compor os indicadores educacionais.
A análise dos instrumentos possibilitou compreender a relação entre a teoria, a prática
e as políticas que instituíram a avaliação de desempenho como forma de medir a qualidade da
educação pública paulista. Nessa perspectiva, verifica-se que o SARESP e SAEB propõem o
uso das avaliações de desempenho tanto para a regulação das escolas quanto para elaborar
programas que almejam a qualidade da educação pública.
O Estado por intermédio das avaliações de desempenho, fomenta uma ação reguladora
da educação. Essa ação reguladora, atua na educação escolar, na promoção de mudanças na
organização da gestão, no currículo e na prática docente. Essa mudança é percebida nos
programas instituitos em cada ano letivo, e na descontinuidade de muitos, e que estão
vinculados aos resultados apresentados pelas escolas demonstrados pelos índices de
desempenho e qualidade.
A partir do levantamento dos programas implantados pela SEE/SP, que se destinam a
regular a educação, e que estão em concordância com a CF/1988 e LDBEN/1996, foram
analisados os documentos oficiais publicados pelos órgãos centrais federal e estadual,
demonstrados em dados estatísticos. Foi levado em consideração, nessa análise, os dados
relativos ao estado de São Paulo no PISA, quanto instrumento de regulação internacional.
A utilização de instrumentos como avaliação de desempenho e monitoramento do fluxo
escolar, tem início na década de 1990, quando as concepções de qualidade passam a ser
pesquisadas na perspectiva de programas que integram as reformas educacionais influenciadas
pelos acordos e convênios firmados entre agências multilaterais, projetos de monitoramento e
avaliação das políticas públicas educacionais, implantadas nas redes escolares, com a
preocupação de observar o custo-benefício-aluno e subsidiar as reformas e regulação
educacional pelo Estado.
179
Esses instrumentos, entretanto, deveriam considerar, na equação, um indicador
socioeconômico dos estudantes que poderia ser obtido a partir do Número de Identificação
Social das famílias e/ou responsáveis. Esse indicador poderia ser multiplicado por 3, para
famílias com renda até 1 salário mínimo, por 2 para 2 salários mínimos, por 1 para 3 salários
mínimos e por zero para acima de 3,5 salários mínimos. O Estado também deveria ter um
indicador para vulnerabilidade dos estudantes e das escolas, que poderia ser observado pelo
Registro de Ocorrência Escolar – ROE75, com isso a rede pública teria um perfil, dos estudantes
e escolas, que poderia ser determinado não apenas pela avaliação de desempenho e fluxo, mas
pelo perfil sócio-ecônimo- cultural do público alvo da educação pública paulista.
A regulação realizada pelo Estado, passa pela dimensão e abrangência da avaliação de
desempenho e controle do fluxo escolar. A adesão a esta categoria de avaliação não é
espontânea, mas sim uma imposição da legislação vigente, necessária para a investigação da
qualidade, de uma unidade de ensino ou sistema educacional.
Nessa perspectiva de regulação e responsabilização, compete a gestão escolar e docentes
informar a sociedade sobre os resultados demonstrados pelos estudantes, nas avaliações de
desempenho, ao mesmo tempo em que propõem ações para atingir as metas de qualidade,
projetas pelo Estado. Essa informação, e responsabilização, é feita por programas como Gestão
em Foco e pelas plataformas Secretaria Escolar Digital e Foco Aprendizagem. Gestores,
docentes, estudantes e responsáveis tem acessos diferentes às plataformas, mas todos podem
observar os resultados obtidos pelos estudantes nas avaliações de desempenho, bem como as
correções e comentários de cada item que compõem a avaliação. É possível verificar que as
avaliações são padronizadas e que não levam em consideração a localização geográfica da
unidade escolar, perfil socioeconômico de estudantes e docentes, formação continuada dos
docentes e vulnerabilidade dos estudantes e responsáveis.
Essas avaliações e os índices alcançados pelas escolas, são temas de debates políticos e
educacionais, que influenciam os modos de regulação do poder público no sistema educacional.
Esse modo passa pela condução das políticas públicas educacionais que pretendem demarcar
novas propostas de eficácia e eficiência dos resultados. A eficácia e eficiência perpassa a
organização da escola e refere-se ao favorecimento do ensino e da aprendizagem, sem contudo,
caracterizar os perfis já tratados nessa pesquisa.
75 O diretor da unidade escolar é o responsável por registrar as ocorrências, que são feitas com perfil de gestor no
PortalNet, disponível em: http://portalnet.educacao.sp.gov.br/
180
Esta pesquisa bibliográfica propôs a realização de uma análise dos instrumentos de
regulação, com uma abordagem qualitativa por considerar necessário conceituar a qualidade da
educação, conforme fomentada pela legislação. Os dados demonstrados contribuíram para
entender as contradições existente entre a regulação, o currículo e o trabalho docente.
A primeira questão proposta nesse estudo sobre os instrumentos utilizados pelo Estado
para determinar a qualidade, pela perspectiva dos dados estatísticos da avaliação de
desempenho e fluxo escolar, tem sua resposta pela utilidade dos resultados, para o
estabelecimento de metas para a escola. Contudo mesmo observando apenas a proficiência e o
fluxo, os pesquisadores da área educacional mostram a necessidade de estender a análise aos
aspectos socioeconômicos e culturais dos estudantes. As reflexões produzidas, oferecem
elementos para debates necessários sobre a utilização desses resultados para determinar a
qualidade de uma unidade escolar ou sistema de ensino.
A perspectiva dos processos de ensino e de aprendizagem, que colaborem para a
qualidade da educação, deveria passar pelo enfrentamento dos problemas que ocorrem no
espaço social, econômico e cultural dos atores da escola.
A segunda questão dessa pesquisa investiga a utilização da avaliação de desempenho e
fluxo escolar pelo estado de São Paulo como medida de regulação das escolas foi respondida
por meio dos atos normativos publicados, que instituem programas que modificam o currículo
escolar, instituem as classes de aceleração de ciclo, promovem a capacitação docente e institui
a bonificação de resultados, com o objetivo de promover a qualidade da educação pública
paulista.
Conforme a pesquisa realizada os atos normativos, publicados desde a década de 1990,
passam a regular e a integrar o cotidiano da escola e a evidência está na bonificação de
resultados, que ocorre quando a equipe escolar é contemplada, financeiramente, ao atingirem
as metas de qualidade estabelecidas pelo Estado. Quando as metas não são atingidas as unidades
escolares são denominadas “assistidas” e passam a ser acompanhadas pela supervisão e núcleo
pedagógico das Diretorias de Ensino.
A terceira questão, sobre a análise da aplicação dos instrumentos utilizados para medir
a qualidade da educação e o impacto na política educacional paulista foi respondida pela
pesquisa dos resultados demonstrados e como influenciaram as mudanças nas políticas públicas
como: a reorganização da rede física escolar, a instituição de jornada única docente, a instituição
de projetos de recuperação de ciclo, a instituição do Sistema de Avaliação do Rendimento
Escolar do Estado de São Paulo e o estabelecimento do Índice de Desenvolvimento da Educação
do Estado de São Paulo que compara os resultados do SARESP e do SAEB.
181
As questões vinculadas ao desenvolvimento da qualidade da educação, estão
relacionadas com o cenário social e político, que permeiam os debates e discussões sobre o
rumo da educação e as expectativas de acesso, permanência e sucesso dos estudantes. Estudar
e compreender as relações entre qualidade da educação e política pública, é essencial para
encaminhar os processos avaliativos, organizado pelo Estado vinculados a necessidade social
de uma educação que favoreça a aprendizagem na educação básica. Contudo não se pode
determinar a qualidade apenas pelos resultados demonstrados sem que ocorra uma
especificação do público avaliado. O fluxo é observado pelos dados informados pelas unidades
escolares e que compõem o Censo Escolar, já os resultados das avaliações de desempenho como
SARESP e SAEB, retornam para a unidade como um dado estatístico, mas como foi realizado
o processo de correção dessa avaliação e redação, qual o padrão de resposta desse estudante, na
escala da TRI, nem sempre fica claro para a equipe escolar.
A análise dos dados utilizados para a realização dessa pesquisa, ficou limitada ao
conteúdo dos Relatórios do SARESP, SAEB, PISA, IDEB e IDESP demonstrados nas
plataformas digitais específicas e ao material impresso disponibilizado pela SEE/SP e enviados
anualmente a cada unidade escolar.
Os dados apontados pelos gráficos, demonstram que a proficiência dos estudantes da
educação básica pública paulista, apresenta ligeiro aumento nos índices estipulados pelo
Estado, no entanto apenas os resultados da avaliação de desempenho e fluxo escolar não
garantem a qualidade da educação. Faz-se necessário conhecer a cultura escolar, os níveis
socioeconômicos dos estudantes e também das equipes escolares, a qualificação dos gestores e
os recursos pedagógicos disponíveis para o desenvolvimento do processo de ensino e
aprendizagem. Nivelar as escolas da rede, por uma régua de qualidade, atribuindo valores de 0
a 7, pode muitas vezes não demonstrar o cotidiano de estudantes e docentes. Não incluir nos
dados fatores culturais específicos das diferentes regiões do Estado ou o número de docentes
afastados, pode “mascarar” um realidade e demonstrar dados não objetivos sobre a qualidade
da educação pública paulista.
Tem-se a confirmação da tese de que “os resultados das avaliações de desempenho,
influenciam as políticas educacionais voltadas para o ensino fundamental e médio ao mesmo
tempo que regulam as escolas públicas” no decorrer das análises e da interpretação dos dados
demonstrados pelo SARESP, SAEB e PISA. Esta tese foi se confirmando, sustentada pelos
teóricos pesquisados, que consideram a atuação de organismos internacionais na definição de
instrumentos de regulação da qualidade da educação, no Brasil e no estado de São Paulo.
182
Espera-se que este estudo possibilite a reflexão dos tomadores de decisão para que os
instrumentos que definem a qualidade da educação possam ser revistos e que se leve em
consideração características específicas das unidades escolares, estudantes e equipes
educacionais. Os objetivos da pesquisa foram atingidos, uma vez que os instrumentos e
legislação apontam que as escolas e equipes são responsabilizadas pelos resultados
apresentados nas avaliações de desempenho. Entretanto, tem-se a clareza que esses aspectos
não devem ser os únicos para se determinar a qualidade da educação básica, uma vez que há
uma rotatividade de estudantes, docentes e gestores que não entram na equação do índice de
qualidade.
A qualidade da educação, portanto, não pode ser creditada apenas a aferição da
proficiência em determinados componentes curriculares e em um dado momento do processo
educativo, mas configura-se como processo complexo e dinâmico, que envolve um conjunto de
dimensões. Ratifica-se, que qualidade da educação é um conceito polissêmico e multifatorial,
que ultrapassa a definição e a compreensão teórico, conceitual e analítica da situação escolar e
deve considerar as condições socioeconômicas e culturais dos estudantes e da própria escola,
como local que acolhe uma diversidade de práticas sociais e educativas.
Dessa forma, destaca-se que a qualidade da educação e de seus instrumentos como a
avaliação de desempenho, se apresentam como um complexo e grande desafio. Nas últimas
décadas, registram-se um aumento no número de avaliações utilizadas para indicar a qualidade
da educação, assim debater essa questão remete à necessidade de compreender relações sociais
que envolvem questões macroestruturais como desigualdade socioeconômica, análise dos
sistemas educacionais, processos de gestão escolar, currículo escolar e formação docente.
183
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