Resposta ao Diário de Notícias Fatos Provam: Jânio é … · permanecem do"outro lado das...

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João Dantas contestar os comw- nistas. Mas, a prova dos nove do *jue Jânio é mesmo entreguista está not fatos. E eles mostram, do forma esma- gadora, que o «irretratável» demago- go é amigo do peito de Nelson Rock- feller, é inimigo da Petrobrás, é pro- tetor da light, da Bond and Share o outras empresas imperialistas, é advo- gado da «livre iniciativa» o adversário rancoroso de toda intervenção Estado na vida econômica, é partidário da reforma cambial exigida pelo FMI» Jânio é entreguista, sem salvação. (Reportagem na pág. 3 do V caderno). Padre mÊ^^È^i.y^ Sob o cerco inimiso Cuba faz justiça CRESCE a campanha Imperíalista contra Cuba. Um avião levanta vôo na Flórida é abatido na província de Matanzas quando se preparava para levar para oi Estados Unidos um ex-chefe de policia de Batis- Ia. Ot dois pilotos, presos por soldados revolucionários cubanos, eram norte- americanos. Neste momento é de grau- de interesse a leitura do artigo escrito pelo padre Inaki de Aspiazu, que vé« mos na foto quando «ra recebido pelo Papa Pio XII, em junho de 1958. Leia reportagem na 7* pág. do Io caderno. Depois da palestra um sorriso bonito atrás dos portões SE essas duas garotas estivessem realmente encarceradas, como o leitor pode pensar, elas não es- toriam assim tão sorridentes. As duas belas jovens que aparecem na foto são tecelãs da Fábrica Nova América. Du- rante oito horas, em cada dia, elas permanecem do"outro lado das grades, trabalhando muito para os ricos Be- bianos, donos da empresa. O nosso fotógrafo as suspreendeu logo após a reunião que houve no portão da fábrica, onde o líder têxtil Hércules Correia dos Reis fêz uma palestra sobre. a III Convenção Sindical dos Trabalha- dores do Distrito Federal, a ser reali- zoda de ó a 1 ] de obril próximo. Leia reportagem na 2' página do V caderno. 20 MIL PESSOAS APLAUDIRAM (MG) LOTT E JANGO NA cidade mineira de Poços de Caldas (perante 20 mil pessoas, com a presença de delegações de dezenas de municípios vizinhos, in- clusive alguns de São Paulo), Lott e Jango receberam verdadeira consagra- ção. Foi o maior comício realizado na cidade em todos os tempos. E as ma- infestações tinhan começado bem cedo, com ai or<_da que despertou toda a por ' rão, qfande recepção no aero- porto (desfile de mais de 100 veí- culcs) e verdadeira festa à passagem r cândida'"'; nacionalistas pelas ruas de Poços. As homenagens se esten- t. c,sr. Tancredo Neves, c ¦•.'-. n '•--'ir do Estado. (Leia na46- página do V caderno). llliW mnm Li 'WiYé!'l mit\ H ¦W*- 1 "¦-:¦- ¦' - ¦ Ê I I Bi I n BI H f. -v li ü M'I p i ¦ V ;.,.-'¦¦".-!¦' Legalidade Para o P.C.B. LUIZ CARLOS PRESTES A CLASSE operária e o povo brasileiro comemoram mais um aniversário do Partido Comunista do Brasil. A data tem significação nacional. Marci o reflexo em nosso pais da vitória da Grande Revolução Socialista de Outubro, que abriu uma nova em na história da humanidade. Assinala também o cresci- mento da classe operária em nosso pais, assim como o amadurecimento político de sua vanguarda, que dirigira as grandes lutas grevistas de 1917 e 18 em Sáo Paulo, no Rio e em outros pontos do pais. Além disto, a história do PCB é parte integrante e inseparável de toda a história de nosso povo nos últimos 38 anos. Vitórias c derrotas dos comunistas foram sempre vitórias e derrotas do povo brasileiro. ¦•"M 1935, a derrota na insurreição de novembro (oi fm também urna derrota do povo brasileiro. Impedi- ka mos i verdade a fascistizaçáo do Brasil, nosso sacrifício na luta armada e nos cárceres da reaçáo náo foi inútil, mas nosso povo teve rie passar pela humi- lhaçâo da noite negra do Estado Novo. Mais tarde, foram os comunistas os primeiros a exigir do governo brasileiro a rutura de relaçóes com a Alemanha hitlcrista e a paru- cipaçào do Brasil na guerra contra o nazi-fascismo. E o êxito dos comunistas foi igualmente uma vitória do povo brasileiro que acompanhou com entusiasmo a luta de nossos praclnhas na Itália e festejou com alegria a vitória sobre o fascismo em 1945. FOI entáo que, pela primeira vez, após 23 anos de vida clandestina, marcada pela perseguição policial slste- mática à menor atividade dos comunistas, sujeitos ao cárcere, a torturas e ao assassinato pelos bclcgulns a serviço dos monopólios Imperialistaii, conquistou o PCB o direito à vida legal. As leis anticomunistas do Estado Novo eram de fato postas de lado e, mesmo sem a revo- gaçao formal, nada mais valiam diante do ascenso de- mocrático das massas populares que se sentiam vitoriosa.; com a derrota do nazi-fascismo. EM 1947, Inicia-se, porém, a < guerra fria», que os rc.i- clonários do mundo inteiro pretendiam transformar rapidamente em guerra de verdade. A derrota do povo brasileiro exigia a prévia derrota dos comu- nistas em nosso pais. Era indispensável afastar os comu- nistas da arena política. O PCB perde seu registro elíi- toral e os mandatos dos representantes populares eleitos sob a legenda comunista foram arbitrariamente cass.-.doi. Graças, no entanto, à força crescente do mundo socialista, á política leninista de coexistência pacifica do govér.io da União Soviétida e ao movimento popular im defesa, da paz que ganhou o mundo inteiro, a política dos provocado- res de guerra foi derrotada. Apesar de todas a* perse- guiçóes, participamos ativamente das lutas de nosso pove e conquistamos novas vitórias que foram igualmente vitó- rias do povo brasileiro, ao defender o petróleo brasileira da pilhagem impcrialista, ao impedir que soldadoa brasi- leitos fossem participar da guerra na Coréia, ao derrotar as tentativas golpistas de 1955. SE bem que formalmente fora da lei, os comunlstae náo deixaram Jamais de participar das lutas de nosso povo pela completa emancipação nacional, pela paz e a democracia, pelo progresso social. Sabemos que enfrentamos um Inimigo forte t oruel que náo cederá sem luta e que ser* derrotado pelo esforce unido de todos os patriotas, de todos os democratas, de todas as pessoas esclarecidas t partidárias do progresso social. A discriminação contra os comunistas nio é ape- nas injusta, mas contrária aos interesses de nosso povo. E' um anacronismo histórico que nada justifica a nio ser um caduco formalismo jurídico que pode ser defendido pela minoria reacionária e entreguista, AS MEDIDAS antidemocráticas ainda vigentes nio cairão, porém, sem luta. A luta pela legalidade do PCB nao i do Interesse apenas dos comunistas, mas de todos os patriotas, de todos ea demoora- tas, de todos os que se Interessam pelo progreseo eeolai e cultural do país. E' a luta contra o explorador eetrari- gciro, que não pode sar vitoriosa sem a participação aberta da classe operária e de seu partido de vanguarda. E' a luta pela ampliação e consolidaçfo da demooraola, que exige a revogação de todas as discriminações injusta* contra o proletariado e seu partido revolucionário. E' a necessidade do estudo cientifico da realidade brasileira que exige a contribuição inestimável da ciência do prole- tariado, do marxlsmo-leninismo, base de todos oa grandes êxitos de nosso século, tanto no terreno das relações sociais como no da luta pelo domínio da natureza. A LUTA pela legalidade do PCB é, assim, parte Inte- grante de toda a açSo política das forgae naclo- nalistas e democràtioas. Saibamos nós comunls- tas, organizar a impulsionar essa atividade poli- tica, leva-la à vitória e ao ascenso democrático que per- mita, como em 1945. a completa revogaçüo dos preceitos legais em que se apoia o anticomunismo em nosso pais E, mais uma vez, a vitória dos comunistas será uma'nova vitoii.1 rio povo brasileiro. ^mMM.^,1llir''[|r-rT|[iirM -\.»i:L,,::X:<:i: *.* \,-\~-

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/. :o ii Rio de Janeiro, semana de 25 a 31 demarco de 1960 H> 56

Diretor — Mário Alves

PROFESSORES OPINAM ATRAVÉS DE NR

Projeto de Diretrizesmina as bases

da Escola PúblicaReportagem na 3' pág. do T caderno

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Redator-Chefe — Orlando Bomfim Jr. Gerente — Guttemberg Cavalcanti

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esforço enorme, mas inútil, o«Diário de Noticias» procuroufazer de Jânio um nacionalista

e um democrata. Pretendia o jornaldo sr. João Dantas contestar os comw-nistas. Mas, a prova dos nove do *jueJânio é mesmo entreguista está notfatos. E eles mostram, do forma esma-gadora, que o «irretratável» demago-go é amigo do peito de Nelson Rock-feller, é inimigo da Petrobrás, é pro-tetor da light, da Bond and Share ooutras empresas imperialistas, é advo-gado da «livre iniciativa» o adversáriorancoroso de toda intervenção d»Estado na vida econômica, é partidárioda reforma cambial exigida pelo FMI»Jânio é entreguista, sem salvação.(Reportagem na pág. 3 do V caderno).

Padre mÊ^^È^i.y^Sob o cerco inimisoCuba faz justiça

CRESCE

a campanha Imperíalistacontra Cuba. Um avião levantavôo na Flórida • é abatido

na província de Matanzas quando sepreparava para levar para oi EstadosUnidos um ex-chefe de policia de Batis-Ia. Ot dois pilotos, presos por soldadosrevolucionários cubanos, eram norte-americanos. Neste momento é de grau-de interesse a leitura do artigo escritopelo padre Inaki de Aspiazu, que vé«mos na foto quando «ra recebido peloPapa Pio XII, em junho de 1958. Leiareportagem na 7* pág. do Io caderno.

Depois da palestraum sorriso bonitoatrás dos portões

SE

essas duas garotas estivessemrealmente encarceradas, como oleitor pode pensar, elas não es-

toriam assim tão sorridentes. As duasbelas jovens que aparecem na foto sãotecelãs da Fábrica Nova América. Du-rante oito horas, em cada dia, elaspermanecem do"outro lado das grades,trabalhando muito para os ricos Be-bianos, donos da empresa. O nossofotógrafo as suspreendeu logo apósa reunião que houve no portão dafábrica, onde o líder têxtil HérculesCorreia dos Reis fêz uma palestra sobre.a III Convenção Sindical dos Trabalha-dores do Distrito Federal, a ser reali-zoda de ó a 1 ] de obril próximo. Leiareportagem na 2' página do V caderno.

20 MIL PESSOASAPLAUDIRAM (MG)LOTT E JANGO

NA

cidade mineira de Poços deCaldas (perante 20 mil pessoas,com a presença de delegações

de dezenas de municípios vizinhos, in-clusive alguns de São Paulo), Lott eJango receberam verdadeira consagra-

ção. Foi o maior comício realizado nacidade em todos os tempos. E as ma-infestações tinhan começado bem cedo,com ai or<_da que despertou toda a

por ' rão, qfande recepção no aero-

porto (desfile de mais de 100 veí-

culcs) e verdadeira festa à passagemr cândida'"'; nacionalistas pelas ruas

de Poços. As homenagens se esten-

t. c, sr. Tancredo Neves,

c ¦•.'-. n '•- -'ir do Estado.

(Leia na46- página do V caderno).

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Legalidade Para o P.C.B.LUIZ CARLOS PRESTES

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CLASSE operária e o povo brasileiro comemorammais um aniversário do Partido Comunista doBrasil. A data tem significação nacional. Marcio reflexo em nosso pais da vitória da Grande

Revolução Socialista de Outubro, que abriu uma nova emna história da humanidade. Assinala também o cresci-mento da classe operária em nosso pais, assim como oamadurecimento político de sua vanguarda, que já dirigiraas grandes lutas grevistas de 1917 e 18 em Sáo Paulo, noRio e em outros pontos do pais. Além disto, a históriado PCB é parte integrante e inseparável de toda a históriade nosso povo nos últimos 38 anos. Vitórias c derrotasdos comunistas foram sempre vitórias e derrotas do povobrasileiro.

¦•"M 1935, a derrota na insurreição de novembro (oi

fm também urna derrota do povo brasileiro. Impedi-ka mos — i verdade — a fascistizaçáo do Brasil, nosso

sacrifício na luta armada e nos cárceres da reaçáonáo foi inútil, mas nosso povo teve rie passar pela humi-lhaçâo da noite negra do Estado Novo. Mais tarde, foramos comunistas os primeiros a exigir do governo brasileiroa rutura de relaçóes com a Alemanha hitlcrista e a paru-cipaçào do Brasil na guerra contra o nazi-fascismo. E oêxito dos comunistas foi igualmente uma vitória do povobrasileiro que acompanhou com entusiasmo a luta denossos praclnhas na Itália e festejou com alegria a vitóriasobre o fascismo em 1945.

FOI

entáo que, pela primeira vez, após 23 anos de vidaclandestina, marcada pela perseguição policial slste-mática à menor atividade dos comunistas, sujeitos aocárcere, a torturas e ao assassinato pelos bclcgulns

a serviço dos monopólios Imperialistaii, conquistou o PCBo direito à vida legal. As leis anticomunistas do EstadoNovo eram de fato postas de lado e, mesmo sem a revo-gaçao formal, já nada mais valiam diante do ascenso de-mocrático das massas populares que se sentiam vitoriosa.;com a derrota do nazi-fascismo.

EM

1947, Inicia-se, porém, a < guerra fria», que os rc.i-clonários do mundo inteiro pretendiam transformarrapidamente em guerra de verdade. A derrota dopovo brasileiro exigia a prévia derrota dos comu-

nistas em nosso pais. Era indispensável afastar os comu-nistas da arena política. O PCB perde seu registro elíi-toral e os mandatos dos representantes populares eleitossob a legenda comunista foram arbitrariamente cass.-.doi.Graças, no entanto, à força crescente do mundo socialista,á política leninista de coexistência pacifica do govér.io

da União Soviétida e ao movimento popular im defesa, dapaz que ganhou o mundo inteiro, a política dos provocado-res de guerra foi derrotada. Apesar de todas a* perse-guiçóes, participamos ativamente das lutas de nosso povee conquistamos novas vitórias que foram igualmente vitó-rias do povo brasileiro, ao defender o petróleo brasileirada pilhagem impcrialista, ao impedir que soldadoa brasi-leitos fossem participar da guerra na Coréia, ao derrotaras tentativas golpistas de 1955.

SE

bem que formalmente fora da lei, os comunlstaenáo deixaram Jamais de participar das lutas denosso povo pela completa emancipação nacional,pela paz e a democracia, pelo progresso social.

Sabemos que enfrentamos um Inimigo forte t oruel quenáo cederá sem luta e que só ser* derrotado pelo esforceunido de todos os patriotas, de todos os democratas, detodas as pessoas esclarecidas t partidárias do progressosocial. A discriminação contra os comunistas nio é ape-nas injusta, mas contrária aos interesses de nosso povo.E' um anacronismo histórico que nada justifica a nio serum caduco formalismo jurídico que só pode ser defendidopela minoria reacionária e entreguista,

AS

MEDIDAS antidemocráticas ainda vigentes niocairão, porém, sem luta. A luta pela legalidadedo PCB nao i do Interesse apenas dos comunistas,mas de todos os patriotas, de todos ea demoora-

tas, de todos os que se Interessam pelo progreseo eeolai ecultural do país. E' a luta contra o explorador eetrari-gciro, que não pode sar vitoriosa sem a participação abertada classe operária e de seu partido de vanguarda. E' aluta pela ampliação e consolidaçfo da demooraola, queexige a revogação de todas as discriminações injusta*contra o proletariado e seu partido revolucionário. E' anecessidade do estudo cientifico da realidade brasileiraque exige a contribuição inestimável da ciência do prole-tariado, do marxlsmo-leninismo, base de todos oa grandesêxitos de nosso século, tanto no terreno das relações sociaiscomo no da luta pelo domínio da natureza.

A

LUTA pela legalidade do PCB é, assim, parte Inte-grante de toda a açSo política das forgae naclo-nalistas e democràtioas. Saibamos nós comunls-tas, organizar a impulsionar essa atividade poli-tica, leva-la à vitória e ao ascenso democrático que per-mita, como em 1945. a completa revogaçüo dos preceitoslegais em que se apoia o anticomunismo em nosso paisE, mais uma vez, a vitória dos comunistas será uma'novavitoii.1 rio povo brasileiro.

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GAÚCHOS PROTESTAM CONTRA A CARESTIA

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no C^C^ cisniMilhares de trabalhadores gaúchos

cessaram completamente todas as suas

otlvidades durante 24 horcs, numa un-

pressiononle manifestação de protestoconlra a carestia > em favor da aprova-

cão da Lei Orgânica da Previdênc-a

Social c da regulamentação do Direito

de Greve. A paralisação o.ingiu a tôcla

a Viação Férrea cio Rio Giande do Sul,

o serviço de bondes, energia elétrica e

o porto da Capital. Iniciando-se a

zero hoin do ciia 18, terminou a zeio

hora do dia seguinte.

Santa Maria, denominada a Cidade

Ferroviária, parou completamente, sen-

do atendidos apenas, por ordem Io

comando grevista, os serviços csscn-

ciais, incluindo-se a distribuição de enei-

gia domiciliar, leite e pão. A Câmara

de Vereadores, logo que se iniciou o

movimento, transferiu se para a sede

do comando da gieve, onde permane-ceu reunida.

Passeata

Grande multidão em passeata, sciii-do da sede do comando gievisla, re-

conduziu os vereadores ao edificio ^a

Câmara, após haverem os mesmos per-manecido-ao lado dos trabalhadoresdurante todo o período da gieve. Os

estudantes secundários e univor;iláiio»de Santa Maria adeiiicim e paiticip.i-

ram ativamente do movimento de pio-testo. O comércio hipotecou toda u

solidariedade aos grevistas e inúmero;

estabelecimentos não abriram os suas

portas.

Em Porto Alegre

GREVE DE AüPiOHAUTAS

Continua Fora do Ara Cruzeiro do Sul

O Grupo tio Vôo da Cruzeirodei Sul continiiíi firme rui greve ini-cinda a zero hora do dia cinco do cor-rente, exigindo o cumprimento daportaria interministerial que regu-lamentou a profissão do aeronauta.

Ferroviáriono Conselhoda Rede

Os grevistas mantêm-se com digni-dade, enfrentando a intransigênciado testa de ferro Bento RibeiroDantas, presidente da Cruzeiro, queassumiu a liderança d.ts empresasrefratárias ao cumprimento da re-ferida portaria. Enquanto isso. ostrabalhadores do ar de todo o paispreparam-se para a deflagraçãoda greve-tferal de .solidariedade

O Ministério da Aeronáutica,embora signatário do documentopelo qual lutam os aeronautas, aoinvés de defender o seu próprio a Io,punindo a empresa faltosa, fazendocumprir a portaria, prefere ficarao lado da Cruzeiro do Sul, cujoproprietário, Bento Ribeiro Dantas,é um homem de recursos. De lati-los recursos que chegou a declararna Comissão Parlamentar de lu-quérito para investigar as causasda crise na aviação comercial, quea sua empresa, só no primeiro tii-mestre de 19.19, gastara uma mó-dia mensal de seis milhões de cru-zeiros em publicidade, ftsse homemafirma que não dispõe de meios pa-ra atendet» a gpquenas despesas de-terminadas pela portaria que regu-lamentou a profissão do aeronauta.

Enconfrocom

Álvaro David, ex-presidente do Sitl-

dicato dos Ferroviários da Leopoldino,

foi eleito representante dos trabalho-

dotes ao Conselho Consultivo da Rede

Ferroviária Federal S. A. A eleição :e

processou na ultima sexta-feira, enlie

os 18 delegados representantes dos fer-

roviários das empresas que compõem

a Rede. O candidato icniista da Sa.i-

tos-Jundiai, Emani Rego de Barros, ini-

migo declarado dos trabalhadores, ape-

lar de contar com a simpatia da Dire-

toria da Rode, foi fragoiosamonle der-

rolado. O Conselho Consultivo da

RFFSA é composto de representantes das

«desses conservadoras , dos ministérios,

e de um ferroviário.

a natureza

ceMarque um encontro com a na-tureza na rmântiea praia de Muriqui

e passe um domingo diferente dançan-

do, tomando banho de mar, e passe-ando nos mais belos recantos» daquela

cidade fluminense, é o que diz o con-

vite para a grande festa que será rea-

lizada no dia 27 próximo, das 8 às

16 horas, em Muriqui.

O trem especial partirá da Estação

de D. Pedro II (Central), às 6:20 ho-

ras, parando em Engenho de Dentio,

Cascadura e Deodoro. O regresso está

previsto para às 18 horas.Os convites podem ser adquiridos

na Gerência de NOVOS RUMOS.

Em Porto Alegre ç> movimento Iam-bem obteve êxito completo. O Sindi-cato dos Trabalhadores em EnergiaE!é'rica, que vem lutando para que oseu pessoal conlinui regido pela Con-sohdaçáo das Leis Trabalhistas, oicienou'jue apenas as casas residenciais e cshospitais fossem servidos de energia elé-liica. O presidente da entidade c'eciente, Jorge Alberto Campezzato, des-baou as chaves de luz e forca da Capi-tal a zero hora do dia 18. Os !r:i-balhadores em carris urbanos, uma

hora antes, já haviam deixado o Ira-belho, paralisando lodo o serviço de

bendes. Os portuários fizeiam uma

greve cLj cinco minutos, juntando-se ao

movimento comandado pela ComissãoIntersindical de Defesa dos Seguradosda CAPFESP e pela Comissão Executivado IV Congresso dos Trabalhadores

Gaúchos.

Fa<o de maior importância é que a

greve foi lealmente um movimento de

protesto contra a coreslia e de repudio

as manobras prolelatórias dos parla-menlares que até hoje não votaram as

leis de interesse dos trabalhadores, en!re

at quais a Lei Orgânica da Previdência

Social, e legulamentaçáo do Direito de

Gieve, o Plano de Classificação, e a

lim loção de remessa de lucros para o

exterior. Os ferroviários, que pararamos trens em todo o Estado, e os demais

trabalhadores que . permaneceiam em

greve na Capital, não reclamavam au-

mento de salário. Reclamavam solu-

çóes mais altas, do interesse de lòda

a população do país.

No manifesto lançado ao público, a

Intersindical dos Segurados da CAPFESP

salienta:

Encerramos hoje uma vil i-iosa

jornada de protesto. Temos certeza• de que sua repercussão foi de a! mon-

to que teve a validade de representar

um movimento1 de trabalhadores de .!&•das as categorias».

Recife reúne

portuários detodo o Brasil

NotaSindical

As GrevesFerroviários

O ferroviário, homem que vive eni luta contra o atraso na sua atividade

profissional, vem-se empenhando nestes últimos meses, na b.itallia contra o atraso

de sua própria vida, que corre cheia de dificuldades pelos 37 mil quilômetros das

6'tradas de ferro nacionais. Mais de 60 mil trabalhadores fizeram silenciar as lo-

cõmotivas de seis importantes ferrovias, reclamando «ajustamento salarial e

outras medidas destinadas a melhorar as suas condições ele vida e etc trabalho.

A« greves foram vitoriosas, estimularam o prosseguimento de novas lutas c

levaram esperança a trabalhadores ele centenas de cidades do interior que. mer-

gulhados na miséria e desorganizados, parecem descrer de suas próprias forças.

Os ferroviários nestes últimos meses paralisaram completamente a atl-

vidade da Rede Ferroviária do Nordeste, Viaçáo Férrea Leste Brasileiro, Leo-

poldlna, Paulista, Santos-Jundiai, c Rede de Viaçáo Férrea do Rio grande do

Sul A característica geral de todos esses movimentos foi a unanimidade.

As greves foram totais. Um líder ferroviário ele Santa Maria, referindo-se ao

êxito da paralisação na V. F. do Rio Grande do Sul, acentuou: - nossa grevenao tem carneiros. E náo teve mesmo. Nenhum ferroviário baixa mais a

cabeça Os 200 mil homens que movimentam as 42 ferrovias elo pais lutam

para recuperar o atraso de uma longa inatividade, que permitiu o rebaixamento

tio seu nível de vida, Na Paulista, onde desde 1905 náo se fazia nenhum mo-

vimenio grevista, foi realizada uma parede no ano passado e outra nos últimos

dias Esta ultima plenamente vitoriosa, apesar das inomináveis violências pra-ticarias pela polllcia do governador Carvalho Pinto que, sem trocadilho, dá a

pinta do que seria o governo Janista cm face das reivindicações dos trabalhadores.

Ni Leste Brasileiro, que se estende pelos Estados ela Bahia, Sergipe,

Alagoas' Pernambuco e Piauí, os seus 10 mil ferroviários quebraram urna tra-

diçáo, fazendo a chamada greve proibida — a greve dos trabalhadores autar-

quicos O seu movimento foi plenamente vitorioso, c ninguém foi punido porter rompido as amarras do Estatuto elo Funcionalismo.

O ferroviário luta decididamente contra a queria do seu nível de vida,

que cm alguns lugares continua sendo calamitosa. Na edição passada rienun-

ciamos o quadro de miséria que se desnvolve ao longo tia Estrada de Ferro

Mossoró-Souza. onde 80";, elos filhos dos trabalhadores morrem ele fome nos

primeiros meses de idade. Aqui, na Central do Brasil, ainda há trabalhadores

ganhando salários de Cr» 3.800 mensais.

A vitória dos ferroviário! tem sido maior onde melhor é a sua organl-

zaçáo. Na ultima greve da Santos-Jundiai ficou estabelecido um acordo paraaumento de 2.500 cruzeiros sobre salários ate Cr$ 11.000,00 : 2 mil cruzeiros sobre

salários de Cr$ 11.001.00 até Cr$ 14.500,00; o

1.500 cruzeiros para os salários acima de

CrS 14.500; sem prejuízo dos aumentos percen-

tuals ^jue venham a ser determinados pelo Plano

de Classificação.

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Convençãodá o que pensar

Com o dedo no queixo, a jovem tecelá da Nova América (foto), pensa na III Con-vonçáo Sindical dos Trabalhadores do Distrito Federal. Hércules, secretário do Sin-elicato, que aparece falando, alcançou seu objetivo. Levou o temário do conclave

para dentro da fábrica, onde os operários o estào discutindo.

onvenção Sindical1 Sair Das Fábricas

Representantes dos tiabalhadores

portuários de todo o pais estão reuni-dos no Recife, no seu I Congresso Na-eional. O conclave foi instalado no dia21 do corrente e se estenderá até o

próximo dia 27. No seu temário está

prevista a discussão de todos os assun-los telacionados com o tiabalho e avida do pertuário, entre os quais seincluem: 1 I legislação única pata todosOi trabalhadores portuários; 21 nacio-nalização e encampação dos poilos na-cionais; 3) saláiio por piodução; 4)direito de sindicalização para os aulár-

quicos; 5) criação de uma comissão

paritária paia fiscalizar a aplicaçãodas tarifas portuárias e taxas de cober-tura; 61 Lei Orgânica da PrevidênciaSocial; 7) Direito de greve; 8) proble-mas nacionais.

O tempo é pouco. A III ConvençãoSindical dos Tiabalhadores Cariocasserá realizada de 6 a 1 I de abril pro-xi. o, no Sindicato dos Têxteis. Mjs

justamente por isso, por ser escasso otempo, é que Iodos os ativistas sindi-ccis da cidade estão voltados p,ar:iaquilo que eles acham no momento, a

.sua mah importantes tarefa — eleger

os delegados nos locais de trabalho e

promover o debate dos lemas da Gon-

venção.

A inscrição de delegados será feiia

até o dia 6 vindouro, através dos seus

icspectivos sindicatos. Cada entidadeterá direito a um voto, mas a sua dele-

gação poderá ler muitos membros, e

todos com direito a voz.

Os tiabalhadores de cada empresa

se esforçam por mandar um seu repre-

sei.tante ao conclave, porque sabe queali Iodas as discussões estarão relacio-

nadas com as suas condições de vida e

de trabalho. O temário da Convençãoinclui debate sobre: 1) as organizaçõessindicais em face da mudança da Caoí-tal parei Brasília; 2) medidas de ação

contra a carestia, pela aprovação dos

piojetos de Lei Orgânica da Previdência

Social, Regulamentação do Direito de

Greve, Classificação do Funcionalismo,

o pela fi:eação de justas Diretrizes e

Bases para a Educação,- 3) CongressoNacional dos Trabalhadores; 4) Proble-mas nacionais; 5) criação de um ór-

gão central dos trabalhadores do Dis-trito Federal e eleição de seus membrosdiietores.

Debates nas fábricas

O debate desses pontos vem sendofeilo em inúmeras empresas desta Ca-

pilai. Nossa reportagem participou de

dois debates: um, em frente aos por-ttfes da Fábrica de Tecidos Nova Amé-

rica, em Del Castilho; outro, na Mela-fúrgica Ferro**Malerjvel, em Marici da

Graça, Nesta última a discussão foi

realizada dentro da empresa, na hora

do almoço. Os metalúrgicos, após de-

baterem alguns aspectos do lemário,

elegr am seus representantes à Conven-

ção os operários Ulisses Lopes e Juve-nal José dos Santos, e como suplentes

Tobias Fernandes e Jakson de Souza.

Na Nova América, onde se concen-trem cerca de três mil trabalhadores, o

debate foi aberto na porta da fábrica,

no hora do almoço, pelos diretores vlo

Sindicato Hércules Correia e Aidê de

Almeida. Hércules, que tem em me.ite

dirigir-se, pessoalmente, a mais de trinta

empresas alé o dia da Convenção, de-

clarou à nossa reportagem que no se-

tor lêxtil os delegados estão sendo

eL-ilor por duas formas: através de

abaixo-assinado e de eleição direta nas

reuniões de fábrica ou seção cie Ira-

balho.

Nos demais setores cia indústria, co-

mércio e transporte lambem vêm sendo

utilizados esses dois métodos de eleição

de delegados à III Convenção Sindical

dos Trabalhadores do Distrito Fedeni.

Além disso, alguns sindicatos estão

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Debatena hora do a!moco

Na metalúrgica Ferro Maleável, situada no bairro Maria da Graça, os trabalhadores

debateram os temas da III Convenção dentro ela própria fábrica (fotol. aprovei-

t.mdo a hora do almoço. O debate continua r.endo feito, mas os operários já elegeramns delegados, que seráo os seus autênticos representantes no conclave a rcunir-sc ele

6 a" 11 de abril nesta Capu<ei

4 -

convocando assembléias, onde elegemos representantes da categoria ao con-clave. Desse modo, elegendo os seuidelegados nas assembléias sindicais nasreu does de fábrica, ou credenciando-otatravés de un, abaixo-assinado, dirigidoá sua entidade, os trabalhadores ca-riocas for- ni representar na sua IIIConvém ai

Espanhaé cárcerede trabalhadores

A Federação Sindical Mundial lançotíuma proclamação aos trabalhadores •sindicatos de lodo o mundo, conda-mando-os a unirem suas vozes em de-fesa da libertação dos trabalhadorese democratas presos nos cárceres daEspanha.

O documento salienta que centenasde operários e intelectuais continuam;cndo pre.los e torturados pela policiafr. nquisla, sob pretexto de exercerem

atividades subveisivas quando, naverdade, são autênticos intérpretes dodescontentamento popular que aumen-teu com a aplicação do chamado planode estabilização econômica, posto emexecução em benefício dos monopóliosimperialistas. As massas trabalhadrasespanholas tiveram, em muitos casos,os salários e as horas de trabalho re-duzidos.

A Federação Sindical Mundial denun-cia os projetos de um acordo entieAdenauer e Franco, visando á insta-laçâo de bases militares alemãs na Es-

p a n li a, tentando transformar aquele

pais num trampolim para a realização

dos objetivos agressivos dos provocado-

res de guerra. O documento da FSM

termina lealcando a necessidade do

apoio internacional dos trabalhadores

às vítimas da ditadura franquisla

Reunidos

,. os bancáriosbrasileiros

Instala-se hoje, quinta-feira, na sede

do Sindicato dos Empregados em Esta-

belecimentos de Crédito desta Capital,

a I Convenção Nacional dos Bancários,

que se reunirá até o dia 28 próximo,discutindo os problemas da corporação.A CONTEC, que convocou o ato, pro-move também o Encontro Fraternal dosBancários das Américas.

Para êsse encontro, que se realizaráde 26 a 30 do corrente, já chegarama esla Capital delegações do Uruguai,Venezuela, Paiaguai, Chile, Cuba, Ar-

genlina, República Dominicana, alemda Diruloria cia Coníedeiaçáo America-na de Bancáiios ,

,*V'1*

\

Page 3: Resposta ao Diário de Notícias Fatos Provam: Jânio é … · permanecem do"outro lado das grades, ... cipaçào do Brasil na guerra contra o nazi-fascismo. ... de Santa Maria adeiiicim

+*mMmii& 25 a 31 de março de 1960 -

RESPOSTA flO «DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Os Fatos Provam:anio é Entreguista

O -Diário rie Noticias» pretendiamanter silêncio em torno do du-cumento publicado na última edi-Ção cie NOVOS RUMOS em que osliomunislas brasileiros definem asua posição dc apoio às candidatai-ras Teixeira Lol-l e João Goulartc eaVacterizájti o conteúdo entre-gt^Ua e. antidemocrático da candi-cv.ittira Jânio Quadros. Durante ai-guns dias, o jornal Co sr. João Dan-Ias manteve absoluto silêncio sobreo pronunciamento dos comunistas

Em lace, porém, ria enorme re-percussão alcançada pelo documen-Io entre os círculos políticos, a im-prérisü e a opinião pública, o Diá-r.o de Notícias» chegou à conelu-são de que a «tática do silêncio- erainútil. Preferiu então contestar o.sargumentos apresentados pelos co-nniilistas. E em sua edição de do-mingo último, sob o titulo «Prestesatribui a Lott posições de Jánio>,faz o «Diário» um esforço tremeu-do, mas inteiramente inútil, paraprovar cjuv Jânio não é um entre-gllista. Nada pode conseguir o«Diário de Nolicias- por um moti-vo muito simples: os fetos valemmuito mais do que qualquer mala-barismo eleitoral, K o.s fatos estãoaqui, expostos nesla página,

Jânio, ami^o de Rockeíeller

No dia ! de julho de 1939; o «Cor-rcio da Manhã» 11 I ¦ pág. do 1" ca-derno). ,o Jornal» 11 e ?¦> págs.)CO próprio Diário de Noticias (Iapág. ) publicaram a seguinte decla-ração, feita em Roma por JânioQuadros â 'United Press»: «O go-vernador Nelson Rockefeller, que éum bom amigo do Brasil, convidou-me nara visitar Nova Iorque, an-tos de meu regresso ao Brasil». Emais aniante, referindo-se a Rock-follcr: «Eu conhece bem os nossosproblemas, as^m como nós conhe-centos os seus».

A amizade, alát , é de ll0jePi\l9.g3eJQJGgn/ 154, quandoJânio visitou os- t>s Unidos etoi hóspede do magnata da «Stan-dard Oil».

Dois anos depois, vindo ao Bra-sil, foi Nelson Rockfeller recebidopor Jânio em São Paulo como nós-pede oficial do Estado. O fato pro-vocou protestos generalizados, umavez que Rockfeller, que não exer-cia então qualquer posto de relê-vo no Governo norte-americano,não tinha direito a tal tratamento.A propósito, o deputado SilveiraBueno apresentou um requerimen-to á Assembléia Legislativa, em 15de abril de 1956, perguntando se«é permitido ao Senhor Governa-dor do Estado declarar hóspedeoficial do Estado qualquer comer-ciante ou essa distinção só pode ser

conferida a altas personalidadespolíticas ou estadistas»?

, Que é velha e sólida a amizade,e o próprio Rockfeller quem o con-lirma, «O Estado dé São Paulo» de8 de maio de 1959 publica uma en-revista concedida por Nelson Rock-Mer ao. seu correspondente nosEstados Unidos, José Quiroga, emque o inimigo n" 1 da Petrobrásdiz que «gostaria.de ver Jânio Qua-dros eleito presidente da Repúbli-ca». Trata-se — acrescentou — fi<-yclho amigo meu, que honrou mi-nha casa em Nova Iorque e de quemlenho a melhor das impressões».

^ Jânio é, portanto, o candidato deRockfeller. As revistas norte-ame-rieanas «Time» e «Life», assim co-mo a «Hanson's Letter», já mani-festa ram também o seu apoio aber-to à candidatura do amigo daStandard Oil».

— «Esse negócio de Petrobrás,no século da energia atômica, vai-nos levar ao mesmo estado da In-glaterra com o carvão. Eu não memanifesto porque não serei candi-dato à Presidência da República.Se eu fosse presidente, a primeiracoisa que faria seria rever a Petro-brás». A reportagem foi confirma-da pelo «Correio da Manhã» de 17

do Brasil, poderá muito bem haverpossibilidades para novos investi-mentos diretos americanos, na ex-tensão de cerca de um bilhão dedólares em 24 meses... Isto se ba-seia na confiança de que Quadrosserá capaz de ditar termos atraen-tes e adequados para induzir ao in-vestimento de meio bilhão de dó-lares em mineração, GRANDES

tência das fôrças nacionalistas epopulares, Jânio concedeu á Lighltodos os aumentos de tarifas piei-teados pelo truste, enquanto era go-vernador de São Paulo.

5) Mais uma vez, Jânio Quadrosse pronunciou em reuniões contrao ato do governador Leonel Brizzo-Ia encampando a filial da «Bondand Share» em Porto Alegre.

¦«¦nsieiii

Correio da ManhãJANIÕ Q Ü A D R O $7 "O ESTADO £ UM MAU PÀTRáSrlJííh^',0r,)Ííl,,Í^ia Íípe8i<|to « inm.ouraçãocle umForumdo"Correi1,1 ™Tl,^m^^^ da Petrobrás-

""tti

Inimigo da Petrobrás1) Num artigo publicado em 3

de agosto de 1955 na «Tirbuna daImprensa», dizia Carlos Lacerda:«No próprio campo do general Jua-rez Távora quem dá a nota é Jà-nio Quadros — que, em Nova Ior-que, em discurso diante de nume-rosos americanos e brasileiros, ba-teu no peito, literalmente, dizendo:«Penitencio-me de ter sido a favorda Petrobrás».

2) A «Folha da Manhã» de SãoPaulo, edição de 4 de maio de 1958,publicou, sem qualquer' contesta-Ção, a notícia de uma reunião doslideres pró-candidatura CarvalhoPinto em que se achavam presen-tes Jânio Quadros, Carvalho Pin-to, Abreu Sodré, Germinal Feijó,Miguel Lcuzzi, Franze Carlos, Fa-ria Lima, Alceu Assis, Cãssio Cos-ta, Jair de Carvalho Monteiro, Emi-

de agosto de 1958, que escreve:«Disse o sr. Jânio Quadros que sefosse presidente da República aca-baria logo com a Petbrobrás».

3) Dois dos participantes nessareunião, os deputados Germinal Fei-jó e Miguel Leuzzi confirmaram, emcartas ao «Semanário» (20-6-59 e27-7-59) a autenticidade das decla-rações de Jânio publicadas pela«Folha da Manhã». Em sua cartaacrescenta o deputado GerminalFeijó que não só na referida reu-nião, mas «também em outras opor-tunidades» Jânio Quadros se pro-nunciara contra a Petrobrás.

3) «Petroleum Week», órgão dotruste norte-americano, em artigopublicado ma edição de 19 de ju-nho de 1957, escreve o seguinte:

«O «Correio da Manhã» — omaior matutino do Rio — tem ver-gastado o governo Kubitschek e emparticular certos setores do govêr-no como a Petrobrás. Esse jornalpublicou uma lista crescente de no-

QUANTIAS EM PETRÓLEO, oque, tudo junto, teria um efeitomultiplicador em outros campos deinvestimentos».

7) Numa entrevista radiofônicaconcedida recentemente em Belémdo Pará, Jânio desferiu desmorali-zantes ataques contra a Petrobrás.Em carta dirigida a Jânio, o ma-jor Jarbas Passarinho («UltimaHora», de 22-1-60) denuncia os ob-jetivos entreguistas de Jânio: «Comefeito, diminuindo o número de son-das e triplicando a área em que elasoperam, o esforço de pesquisa tor-nar-se-ia quase ridículo. Dai parachegarmos à conclusão de que a Pe-trobrás náo tem capacidade, sòzi-nha, de resolver o problema da pes-quisa, é um passo...»

Protetor da Light

^ 1) Quando governador de SãoPaulo, Jânio Quadros, contrariamdo a opinião dos renomados téeni-

'POLITICAL

BASIS OFIlmíSfV? S

9? "6 UP the SewJjaltout for Brazll on a purelyEiUll^i ba 13 a so is looking ahead ?T?nTpreàidential o.ocUon in»hich tho-rola 0f U.S. capital and the potentlal of trade with thein a deterioratlng=TO»'S

«—,., blo= .m ri^r. p™.r„„u a', ,DECIS10N Quadros to be the only candidate capable of opening the doora for f reign

Jiake that move if elected. Glven the exlstlng «nthnsia^.Jg-*

lio Carlos, Olavo Fontoura e VitorCosta. Nessa reunião, referindo-se â Petrobrás, afirmou Jânio:— «Se houvesse um plebiscito,elit (a Petrobrás) seria repelida emdez minutos, e pelo proletariado,desde que êle fosse esclarecido. Da-ria quinze dias para que os dema-gogós fossem sustentar o crime dea nação exportar óleo bruto áscustas do café.» E adiante:

Panorama Sepultado o"Terceiro Homem1'

Parece definitivamente sepultada a manobra do «lercclrn homem»¦Apormulo r,, aparência os choques e contradições q„(; desagregam a baseoütlcii de Jfinlo Quadros, os articuladores do «terceiro homem» o qu! Isavam, no fundo, era à recomposição de todo o quadro sucessório, retirando iosescombros a ôrmula da «união nacional» e, desse modo, afastando acándida'tura nacionalista do marechal Teixeira Lott. Uma simples rendição no «,««dos inúmeros golpes tentados anteriormente, senwe com a'XaTnárUeínâèânda cúpula reacionária do PSD. sempre com a ama participaçãoAs circunstâncias em que surgiu esta última manobra silo entretantobem diferentes. Graças sobretudo aos esforços empreendidos pelas forcaspopulares e a tirnieza dos melhores núcleos d» PTB o do PSD a candidaturaLott pode vencer as (llfculdndes criais i dos entrevistes eÍJ|ftS 1adquirir uma solidez cada dia mais difícil de ser abaíí A* ndeSSq.iemuitos setores revelavam - c que constituía um caldo de cultura para as . â-.....ras contaminas ou d(- «união nacional. - ro. sendo gradualmente SubsMtu «Ia pela confiança na vitória q„e tft se refHe no entusiasmo com q, eesta sendo conduzida a campanha eleitoral pró-LottNesse quadro, o golpe do «terceiro homem» ja náo encontrou ressonânciaentre as fôrças políticas congregadas em torno da candidatura . meio nalistaFoi estimulada apenas pela renltèncla de um reduzido grupoZSdores antl Lott, ao qual não é estranho o ministro Armando PalcV.ÓEmbora nao se podendo desprezar a possibilidade de surgirem novosardis conlra I.otf e as eleições, são cada dia mais claras as perSlvns defortalecimento e vitória da candidatura nacionalista. i^v-unas «it

* *Afonso Arinos revelou uma face qUe era pouco conhecida em sua berso-na idade dc vestal: a de alcaguete. Em entrevista ao «Jornal| do . Brwficonfessou, com o maior desplante, que se propusera denunciar ao marechalLott, várias vezes, os nomes do .militares comunistas,. Lott não quis ouvi-loE Arinos completa a sua indignidade: se o marechal Denys quiser, está nronto â

democrata8 * qU0 t>le PrÓPr'° ^'^^ E é m pul,la dâs^Suese %

* *• A: v0ll8«'e Carlos Lacerda vai ser um novo fator de crise para a UDN eo lanismo O lider da Lanterna ameaça desencadear uma campanha de vidan de morte contra o presidente da l!DN. Magalhães Pinto, e o cand ato amc. Leandro Maciel Lacerda pretende apropriar-se da candidatura Sinto

JrZSSfrã. 8 SUr,'SSÍV,,s fracassos *<,ÍTM<>* «'«"'o demagogo

Ao mesmo tempo, articula-se o anlilacerdismo na UDN.,Duas irrandesvaias eslarlam sendo preparadas para receber o louco da Lanterna : ra BahiaQuadros0"

" '" ¦"" ('nfrn'll"!c,!n(l0 n!i bnsPS •»» candidatura de Jânio» * *

Segundo tudo indica, a sucessão governamental na Paraíba terá comom-Mendores Pedro Gondlm, apoiado nela UDN e o PL, e Janduí Carneiro emtorno de quem se congregarão o PSD, o PTB e as fôrças nacionalistas' emg"ral, Embora tenha chegad > a anunciarc -ou apoio ao marechal Lott, o ex-go-v¦•i-n.-r!-,;• Pedro Gondlm, caso venha a secoMsolirlar o sistema do forças UDN-PL, fi-e;v;i ç>itHKdo no campo do lanisr.io, 0.< et-og-.n:',í!i'Cn são, assim, francamente íavorá-vuis j Crtü.jiíUiUiia de Jandui.

Ii.

W&ê ,;'r vf? ;'¦¦ mS^i

mes de economistas, senadores,deputados, dirigentes de associa-ções comerciais e de indústria, quese associaram em seus ataques àintervenção do governo no negócioprivado.

«Um dos grandes canhões desseataque é Jânio Quadros, presiden-te do poderoso Estado de SãoPaulo.

«Jânio disse que não pode con-denar os esforços da Petrobrás co-mo empresa governamental, masQue o monopólio estatal do petró-'co nao anda suficientemente de-pressa para resolver os problemaseconômicos do Brasil. Quadros foio primeiro homem público a criti-car abertamente a Petrobrás, comexceção do embaixador Chateau-bnand».

, ~1J^ Slla edi(;ão dc 5 de abrilcie 1959, o «Correio Paulistano» relata um encontro havido entre Jãmo Quadros e o diretor de «O Es-tado de São Paulo», Júlio de Mes-quita Filho. Nesse, encontro Júlio-de Mesquita declarou que «sua or-ganizaçao pretendia dar cobertura

jornalística ao sr. Jânio Quadro^em sua campanha presidencial tudo dependendo da posição do' sr¦Janto Quadros em relação ao pio-'blema do petróleo». Resposta de,'Janto: *Eu não tenho nada a acres-centar ou a tirar do ponto-de-vis-ta do seu jornal («O Estado de SãoPaulo»), Endosso-o inteiramenteDevo acrescentar que, eleito presi-dente da República, uma das mi-nhas primeiras preocupações seráa liquidação do estatuto da Petro-brás».

io-n ? nT0V0 de 25 de 3'ulho de1959 da «Hanson's Latin AmericanLetter», publicação do «big busi-ness» norte-americano, afirma comIoda clareza: «Em termos práticosWashington considera Jânio Qua-dros como o único candidato capazde abrir as portas à Ia Frondizi pa-ra as companhias petrolíferas es-trangeiras, e o único candidato in»teiramente apto a dar esse passo sefor eleito».

6) Ainda a «Hanson's Letter»edição de 29 de agosto de 1959, re-veiando praticamente os termos dabarganha entre Jânio e os trusl -samericanos: «Washington esperacnm confiança que se, e quando, .lã-mo Quadros fôr eleito presidente

eos Saturnino de Brito e Plínio Whi-laker, colocou todo o sistema deabastecimento d'água da capital deSão Paulo e do ABC (Santo André,São Bernardo e São Caetano) nadependência das represas da Light.

2) Arquivando justas pretensõesda Companhia Paulista de Estradade Ferro e da E F Sorocabana, Jâ-nio resolveu a favor da Light o pro-blema do aproveitamento do rioCapivari. Isto náo só assegurou âLight a possibilidade de maiores lu-cros (ainda mais porque o canal foiconstruído pelo próprio Eslado),como reforçou o seu monopólio.

3) Jânio realizou todo tipo depressões junto ao governo federalpara assegurar â Light o crimino-so empréstimo de 1 bilhão e 300milhões de cruzeiros para a cons-trução de uma usina próxima aSanto Amaro e destinada a suprirSão Paulo e assegurar lucros ain-da mais fabulosos ao truste estran-geiro.

4) Enfrentando sempre a resis-

Advogado da "livre empresa"Em várias oportunidade/, Jânio

tem-se confessado um advogado da«livro empresa»: em entrevistasconcedidas durante sua última < via-gem maravilhosa», num encontroque teve com os jornalistas no «Co-pacábana Pálace» ao voltar dessaaventura turística e, mais recente-mente, na entrevista dada â tele-visão carioca. Disse-o também nodiscurso que pronunciou na Con-venção da UDN.

Mas a posição de Jânio a esserespeito não c nova. Foi fixada emsua entrevista ao «Correio da Ma-nhã», em 2,3 de junho de 1957, épo-ca em que esse jornal realizava umafuriosa campanha contra o «esta-tismo», paga pela Standard Oil eoutros trustes estrangeiros. DisseJânio então:

— «Eu tenho verdadeiro pavorde todo empreendimento industriaique o Estado dirija. O Estado é ummau patrão. E' desinteressado dosresultados econômicos e demagógi-co na administração da empresa».

Nessa entrevista — que o «Cor-rcio da Manhã» considerou «uma co-rajosa profissão de fé contra o es-tatismo» — Jânio lança o descré-dito sobre a Petrobrás, dizendo (pie«em breve todos nós teremos deexaminar bem de perto o problemado combustível» e defende, aberta-mente, a entrega da indústria deenergia elétrica à iniciatica priva-da, isto : à Light e à Bond andShare.

Partidário da reformacambial (FMI)

Jânio não tem escondido a suaposição favorável a uma completareforma cambial, que elimine o queainda resta de nacional e progres-sisla no sistema cambial brasileiro.Tem sido insistentes as suas decla-rações a favor da eliminação dochamado «confisco cambial», o quecorresponde aos interesses riosgrandes latifundiários e monopó-lios exportadores, especialmente osnorte-americanos.

Logo ao voltar da Europa, l'á-lando ã imprensa, Jânio afirmouque o seu pensamento em relaçãoà reforma cambial era o mesmo dosr. José Maria Whitaker que, co-mo se sabe, é fervoroso partidárioda reforma campleta csegundo exige o FundoInternacional.

imediata,Monetário

Fora de Rumo

BXillrll*!

O sr. Jua-rez Távora«I i s s c cmPorto Alenrc <|iie osr. .1 â li i oQuadros <! ofi.. i (' o lio-III O III C IIIcondições deaIIorar com-o o in pie-lamente asnormas, con-coitos e pós-lidados sociais vigentes. Km l!i,')(l,o sr. Távora, um dos chefes inili-lares do movimento de :t de Outu-l.ro, chegou a Vlcc-Rcl do Norte oas alterações (|.ie conseguiu Itnprl-mir deixaram multo a desejar. Quepoder sobrenatural descobre o sr.•Ttiarcz Távora no sr. Jflnio Qua-dros

»»x«<

No Diário Carioca . o professorMirakotf e outros astrólogos nãoii!"ikis consideráveis localizaram nosr, .lânin o poder sobrenatural ded.-it peso, Diariamente em grifode primeira |i&<>iii:( oilarn o\om-plus dignos du exume. Mas u pró

prio o.vgovernador do São Paulo,numa de suas constantes viagens,desembarcou no Santos Dumom ¦>declarou aos jornalistas, cum certaênfase: ¦ Não dou ir/ar . Logo aseguir, porém, emendava a mãnpara esclarecer: • Só dou azar cmmeus adversários .

xIMainos portanto em taco dcum problema complicado. Com

quem eslara a razão? Com o pro.fessor Mlrakoff o sons colegas do«Diário Carioca»? Com o sr. Jânio,quando diz que «não dá azar»?Com o mesmo JAnio, quando dizque «só dá azar» nos adversários?

No elevador da Câmara pergun-taram ao sr. Pedro Alelxo, sôbrcJAnlo: ¦ Ktitão. o homem acreditaoni azar?». O sr, Pedro Alei.xo'respondeu: n homem é um vou-luroso. Quanto ao azar, quem tivermedo, então não fique conlra eleMá doutrinas opostas. HA opiniões.O difícil 6 acertar com o verdnrHrotitulo do candidato da 1-Innson's,\'V|", , ¦;,„ t nllnj , ,|;,„j0 0 Vcilttl-roso? Jânio, o A/,arunl<

De segunda para terça-feira houve momentos de pá-nico entre os maiorais janistasnesta capital. O amigo deRokefeller devia encontrar-secom Leandro Maciel c outrosmembros de sua caravana nacidade de Bom Jardim no Es-lado do Rio, onde haveria umbanquete, seguindo daí paraCuntagalo e Cordeiro.

Tudo se achava preparado,mas nada de, Jânio chegar. Asprovidências tomadas foraminúteis. Ninguém sabia de Já-nio, nenhuma informação eledeixara. Começaram então, em"leio ao nervosismo muito ti-pico do udcno-lacerdismo, asurgir as mais desencontra-das h ipól e. s e L Atribui-se aLeandro Maciel a perguntaaflita:

— Será que êle desistiude tudo e resolveu renunciardc uma vez?

Só na manhã de terça-feiraa questão foi esclarecida. Já-nio não quisera empreender aviagem, alegando cansaço edificuldades de trânsito nasestradas enlameadas, preferia-do voltar ao Rio, onde, ao quese sabe, leve uma noite dasdivertidas...

E sem nenhum aviso, se-fjiiiu de avião para Itaperuna.

—oOo—

Jânio não guarda segredode suas diferenças com a di-reção da UDN. Onde quer queesteja, desde que alguém pro-toque a discussão, Jânio ex-plode em diatribes contra a«eterna vigilância». Nos últi-mos tempos, mostra-se parti-cularmenle irritado com a pre-sença do que chama os «fiscaisda UDN» em seus comícios.Soo os «olheiros», encarrega-dos de anotar o que Jânio diz,com quem anda, como se refere,aos dirigentes udenistas, etc

Há dias, num grupo de dt-mocrtitns cristãos e «sodalts-tas» dc São Paulo, Jânio per*guntaua:

— Por que eles não mun-dum fiscalizar as bobagensque o coronel Leandro andadizendo nos comícios?.

—oOo—

liste episódio é autêntko.Ocorreu em Belém do Pará,durante a fracassada «tour-nee» do circo janista pelo Nor-le e Nordeste.

Jânio passava numa rimc um cego, na porta da igreja,pediu humildemente uma es-mola. Jânio deu uma cédulade o cruzeiros. O cego se des-manchou em agradecimentos <?fez o voto de costume:

Que Deus atenda a to-dos os seus desejos.'I in dos acompanhantes

de Janto teve então a idéia defalar ao cego:Sabe quem lhe deu esla(imola? Foi o futuro presiden-te. da República.. .

fio que o cego, muitosatisfeito, respondeu pronta-mente:

Alt, muito obrigado ma-rechal!...

^foulo Motta Limo

Ainda havia rostos Ai- gás nosdesvãos do Hospital Souza Aguiar,quando o novo embaixador da Suí-'.», tu. barafunos do Cais do Porto,declarou á imprensa, não se sabea propósito de que: «Os russosnunca experimenlarani a prática(Ia liberdade o por isso não pc-oci«'in a diferença enire os rcglmensda Suíça, do Brasil e da próprial nlao Soviética». J

>VX<r.<

H,i realmente diferenças com.;,.,;,s na vida dos povos, o co<medido embaixador suíço, que sechama Dominicc conversando corrios estudantes da Faculdades de1'u'oiio o com o Ministro do Gássr. Armando Falcão, poderá vir -í

compreender melhor nossas peculia*i Idados, ainda que nfio tenha amall,,|il tle um Talloyrand. Quanto;-|;;s

russos, há co|sas q(1c devem•'« vi-los. na verdade, perplexos.,•";•. quo a parti,- da RevoluçãoI' >muhro. aboliram os pogrons"jamais comprenderflo esse maisrecente massacro da África doai.i; .ii negros chacinados porqueV> ¦;• oavain o direito de andar nas

É uniipeciaguyn.u

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NOVOS RUMOS25 a 31 cia, março ciei 1960 -

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NORDESTE 1960 (III)

Criança de Sergipenão aprende o bê-a-bá:faltam escolas!

AveJc rapina

A greve dos universitários brasileiros contra a permanência do sr. Armando Falcãono Ministério da Justiça, contou com o apoio unanime dos estudantes paulibtas. EmSáo Paulo e importantes cidades do interior, os estudantes realizaram passeatasr comícios rie protesto contra as violências da policia. Na foto, aspecto do >cn-

tèrro» de Falcão quando passava pela rua Direita.

ESTUDANTES MI8EIR0S COMTRA 0 MINISTRO DA JUSTIÇA

FALCÃO ASSISTIUDO CAIXÃO DE DEFUNTOÀ CONVENÇÃO DO PR

IVAN QTERO RIBEIRO*>- (Correspondência especial para NR)

tf *

Os esludonles mineiros realizaram,com todas as honras, o enterro- do sr.Armando Falcão, levando seu caixão atodas as faculdades de Belo Horizonle.O velório realizou-se na Faculdade deArquitetura no mesmo dia em que alideveria comparecer o sr, Clovis Salg;i-do, ministro da Educação, para prei-

' dir à aula inaugural. La ncio compa-receu, porém, o Ministro da Educação,temendo as manifestações estudantis.

Dispostos, de qualquer maneira, a

deixar bem claro ao sr. Clovis Salgadoa repulsa que causaram as agressões

i feitas contra seus colegas tio Rio de

Janeiro, resolveram os estudantes 'evcn

o caixão do Ministro da Justiça até a

Secretaria de Saúde e Assistência, onde'

se realizava a Convenção Regional doPartido Republicano com a presen.;'i do

sr. Clovis Salgado.

Com faixas e cartazes, além tio

ataúde do Ministro da Justiça, os ostu-

dantes entraram alé o meio do nnplo

salão onde se enconttavani reunidos os

convencionais, quando foi observadoum minuto de silêncio em memória do

¦ ilustre morto . . . Após isso, o rena-dor Bernardes Filho falou hipotecandosolidariedade, em nome do PR, ao mo-vimento dos estudantes e solicitandoaos jovens que não realizassem mor.i-festações no interior do recinto.

Pioneiros

Os estudantes mineiros foram os pri-ivoiros a responder às violências prali-cadas contra seus colegas do Rio (leJaneiro.

Tomondo conhecimento dos espanca-mentos e prisões realizados na noitede domingo, os estudantes de BeloHorizonte já na segunda feira à tardeiniciaram um movimento de protestoque culminou com o ato público, reali-zado na sede do Diretório Central ueEstudante? -que teve suas dependên :iostotalmente ocupadas pelo povo. Du-rante a realização deste ato, organi-

Carta do SertãoCuinpade -liisr- Gôveia:Eu 1'lscrevo, cum sodnde,Fra conta h vasmlcêO fresco das umidade.

Veio üa Merca dn Nor tuO Prlsidento de láKssa stimniiB passada,Passo no. Briisi centra...Brasla fot bntisada,

Meu cumpade, eu num-a vi,U'a Rwite tüo metlrosa.Truvcro Hkln a ptlJIcaB as nt-ais slpiiras introsaPensando qui a gente iõssi!Gente muito pirigosa!

Ante do honie chega,3Vo cumeço da sunian a.O Rio tavu Ini u lildoDe imllça americana.No dia do alvoroçoSe britasse a mão no borcoO sujeito tava im cana!

Eu vi o liome de luni;Juntinho do J.K.,A gente deferençavapelo brio dos meto.

O prisidente falavaNu língua dos ingúilés.

i in cnbôquim UitroncadoPassava pru purtuguôs.

file parece sê liiintCondena o cramô da guerra!K vem lulanda na paz.Os habitante da terra

.lá não podem briga mais.

Não bebeu de nossa água.Num piso no nosso chão.Forra ro a saída deleDo carro pru avião.No Catete não intròCumedo de traição!

lira guarda do palaçoUm Generfi brasiiêro:— O palaço (á siguro!

Kispondeu pru mensagem.H sumo nós qui guardamo!Purisso num percisamoJ)e sordado do istrnngêro!

São essas as niividnde<i'en guardei pia li conta.Seu cumpade, Zé Piaxcdio puéta potigua.

zou-se uma comissão para procurar adireção local da C.N.T.I., — reunidanaquele momento —, onde foi apre-sentado aos lideres sindicais o quadroda situação criado na Capital da Repú-blica.

O apoio dss lideres sindicais foi ime-dioto e unânime; estudantes e opera-rios unidos, resolveram, então, realizorainda naquela noite uma passeata, se-

guida de um comício de protesto, raPraça Sete, no centro da cidade. A

grande multidão que compareceu nocomido manifestava-se a lodo instante,aplaudindo os estudantes e gritando«Abaixo Armando Falcão»;.

Milhares de pessoasno "séquito fúnebre"

Desde os dezoito horas começou acot centração popular em frente à se ledo D.C.E., coberta de crepe negro e

com uma faixa com os seguintes dize-res: «Abaixo Armando Falcão». Alto-falantes informavam das medidas derepressão policial ordenadas pelo mi-nistro da Justiça. As 20:30 hs. já era

grande a massa popular, igual a docomício pró-encampação da Cia. Forçae Luz de Minas Gerais, realizado em1959, e que foi a maior concentração

popular dos últimos tempos em BeloHorizonte.

Sob calorosos aplausos do povo, saiuo ataúde do prédio da entidade máxi-ma dos universitários. Com um acom-

panhamento de 4 a 5 mil pessoas,percorreu as ruas centrais da cidadeindo até a Faculdade de Direito, ondese realizou outro comício, cujos orado-res condenaram as atrocidades pratico-dos pelos policiais do sr. ArmandoFalcão.

Greve-GeralNo dia 10 pela manhã, voltou-se a

reunir o Conselho Deliberativo do D.C E. que engloba todos os presidentese vice-presidpentes dos Diretórios Aca-dêmicos das faculdades. Os dirigentesestudantis aprovaram, por unanimidade,a deflagração da greve-geral dos uni-versilários pela saida do sr. ArmandoFalcão do Ministério da Justiça e puni-ção dos responsáveis pelos sangrentosacontecimentos do Rio.

Atendendo à proclamação do D. C.E., já no dia 11 duas faculdades a deCiências Econômicas da U. M. G. e ade Filosofia da U. M. G. entraram em

greve No decorrer dos dias seguintesos outras faculdades, duas de cadavez, segundo o esquema elaborado peloD.CE., deverão reunir suas assembléias-gerais para homologar a sua participa-ção no movimento grevista, conforme

. exigem os estatutos dos DiretóriosAcadêmicos.

Apesar de tudo o que se diz sobreos riiales da economia do Nordeste se-rir equívoco negar a existência, isolada,de uma mentalidade desenvolvimentis-ta. Alguns agricultores e industriaisjá compreenderam a necessidade deavançar-se na modernização dos meto-de de produção, equ'pando moderna-mente fábricas e usinas. Urge, porém,que acompanhando a melhoria do pro-cesso produtivo sejam aadas condiçicsdignas de trabalho e assistência aooperário e ao camponês, bem comoinstrução e proteção à sua família.

Quem viaja pelo sertão, como nós ofizemos, vai encontrar tm cada cidjdedezenas de crianças descalças, sujas,por vezes, com a barriga inchada e apele descobrida. São as pequenasvitimas da verminos; apanhadas nosbanhos nos riachos e córregos. Serãoamanhã os portadores da terrível xistos-somose que lira o ânimo para o troba-llio e ceifa vidas jovens. Antes de maisiioda são as vitimas da miséria.

Um exemplo ilustrativoNa cidade de Delmiro Gouveia (an-

tiga Pedra), quando em caminho paraMaceió, passamos um dia inteiro emvisita. Delmiro figura, sem nenhumfavor, entre as cidades mais importan-tes do oeste do Estado de Alagoas.Desde 1915 tem energia elétrica insta-lada pelo pioneiro a quem deve seunome atual e construtor de uma fábricade linhas (depois comprada pelos in-gleses que jogaram as máquinas ao rio).Hoje a cidade tem luz de Paulo Afonsoe a antiga fábrica de linhas foi trans-formada numa moderna fábrica detecidos trabalhando as 24 horas do dia.

Pois bem, em conversa com um mé-dico da Comissão do Vale do São Fren-cisco e do Serviço Especial de SaúdePública ficamos conhecendo uma esta-tislica sanitária de Delmiro Gouveia.Os dados obtidos são os seguintes i

População 5400Residências 1500Privadas 940Filtros 180Mortalidade infantil .. 252/1000(Idade entre 0 e 1 ano)População entre 0 e 1ano 192

Numa cidade considerada progressis-to e de nível sanitário acima da média,constata-se que nem todas as casas tâni

privadas (a estatística não procurouindagar que tipo de instalação sanitá-ria existe), que openas 180 possuemfiltros è só há 192 crianças vivas entre

E I ESPADA

DicLLOCíO

Da vassoura *. Cspaca.$*

A Vassoura e a EspadaSe encontraram, certo dia,cm uma sala fechadade uma bela moradia...Em cima de uma cadeira,uma espada brasileira,calada estava a pensar,quando a vassoura, assanhada,na parede, recostada,começou a conversar:

— Então, você, como vai?!.,nunca mais nos encontramos!Será que você não saiNão anda por onde andamos!.Sou agora uma granfinaO meu nome já domina,as «manchetes» dos jornais.,O meu lema 6 a limpezamas trabalho com espertezapara quem me pagar mais.

Eu já fui bem pobrezinhanáo tinha nem um tostãohoje sou a granfininha,com fortuna e projeção..Viajei o mundo inteiro,sou querida do estrangeiro

Reportagem de GENNYS0N AZEVEDO,enviado especial de NOVOS RUMOS

0 e 1 ano de idade. O mais brutal éexatamente o que toca a mortalidaaeinfantil — 25,2% das crianças morremantes de completar 1 ano I

0 analfabetismoQuando a criança escapa da morte

e ating a idade escolar nem sempretem uma escola para freqüentar. Namelhor das hipóteses chegará aos ba.i-o-s escolares com a idade de 10 ou 12anos e aprenderá as primeiras letrassem chegar a ultrapassar a 2.' ou a 3Jsérie do curso. Vejamos o que dizemos estatísticas sobre o ensino primárioem Sergipe i

Alunos matriculados em 1958 66.2J2Concluíram o Curso em 1958 2.441Freqüência Efetiva 64.160Neste mesmo ano somente 2.441

obtiveram o diploma de conclusão riocurso primário. Isto dá um aproveita-mente de 3,6% o que quer dizer —96,4% dos alunos matriculados nasescolas de Sergipe não chegam ao fimde seus cursos.

Atualmente, há no Estado cerca de11 80 escolas das quais : 538 estaduais,461 municipais, 180 particulares e 1federal. As escolas públicas atendem53.021 alunos e os particulares 11.139.Por aí se conclui que as crianças ser-gipanas ainda não gozam dos benefi-cio. do artigo 168 da Constituição, quereza — -rO ensino primário é obriga-lório e só será dado na lingua nacio-nr,K

Por que isto acontece ?1. ) O número de escolas é insufici-

ente.2.°) Para muitas famílias, mandar um

filho à escolq é um luxo capaz de in-fluir na própria subsistência.

*3.°) Os baixos salários e a falta deconforto levam o professorado a nãoquerer residir no interior.

Resolver este problema é uma neces-sidade inadiável. A responsabilidadedo governo federal é tão grande nestesetor quanto a dos governos estaduais.O analfabetismo tem de ser enfrentadoe vencido para acelerar o progresso ge-rol do pais, é solução do presente e nãodo futuro.

No momento em que se vota o pro-jeto de Diretrizes e Bases do Ensino ébom lembrar aos legisladores um falo— se a escola primária deixar de -cr

pública o índice de analfabetos dupli-cará em futuro próximo. Ensinar sig-nifica investir um capital que só dáfrutos a longo prazo e só o governopode arcar com êsle ônus. Nenhum

dos litrustes» sou esperança..Que importa a PETROBRASnem tâo pouco a ELETROBRASse não enchem a minha pança!

Sou disposta, sou valente,que digam os bandeirantes,mandei prender muita gentemandei matar estudantesPra fazer espalhafatomandei jogar muito asfaltesobre o barro das estradaso paulista hoje é quem dizque apelidei o que fizde estradas pavimentadas...

No tempo que governeinem um pobre enriqueceuaos «trustes» eu ajudeio Estado empobreceu...P'ra melhor me definirconsegui me expandirpois jamais eu fui otária...Iniciei na pobrezaporém usei da espertezaterminei milionária.

Rockefellcr, meu amigo,é agora quem me diz:

Vassoura, conte comigo,p'ra governar seu pais...Gastarei muito dinheiro,meu agente «lanterneiroílhe dará muito cartaz...Mas exijo, quando eleita,uma vitória perfeita,acabando a PETROBRAS.

Depois de muito falar,a vassoura perguntou,á espada, que a pensartoda história lhe escutou:

E você o que é que faz?parece que seu cartazcom o meu não se coaduna?Deixe de tanta moleza,garanta minha espertezaque eu lhe garanto a fortuna.

E a espada, sem saberfazer discursos bonitos,porém, que sabe entenderos aflitos, pelos gritos.. .A espada corajosa,que não topa muita prosa,respondeu num tom amável

não preciso tle riquezamas respondo com nobreza:

PETROBRAS É INTOCÁVEL.

comerciante do ensino pensará em *a-<

zôes sentimentais ao estabelecer ospreços de seu estabelecimento. Ora,quem '.ão possui o indispensável paraviver cogitará menos ainda de dar ins-liução aos filhos.

Respostaao LeitorPadres e socialismo

O leitor Carlos, de Diamantina(MG), comunica-nos a ótima reper-

cussào alcançada naquela cidade pelareportagem de nosso companheiroOrlando Bomfim Jr. sobre o apoiodos apdres católicos da Tchecoslová-quia ao socialismo. Obrigado.

Agradecemos, também, o pedido deaumento do número de exemplaresde NR destinados a essa cidade.

Unidade de Ação«Um denominador comum existe,

objetivo, claro e insofismável paraque se unam todos os brasileiros,acima de quaisquer diferenças poli-ticas, ideológicas ou filosóficas, aci-ma de quaisquer preconceitos de sexoou de còr. Êsse denominador comumé a luta pela libertação econômicade nossa pátria das garras do «npe- '

riallsmo norte-americano», Jlí ° 'ei-tor Arlindo Lucena, de Sa-lto» (SP),em artigo que nos envio111

Desse mesmo leite1'' reoebemostambém um artiao ¦"'"re «A espolia-ção do Brasil, ? 'Peraçào Pan-Ameri-cana c a rei"ao de Havana». Cjbri-gado. /. c

Pedir," amigo enviar-nos re-portagr Prj2lS™3AJ<>*. *¦*»•balhadv". , -^ cidade — suai con-diçôes tle vki.í, de trabalho, etc.

\A vassoura e a espada

Do leitor Flósculo Correia (Rcoi-fe-PE), recebemos o folheto de Agri-mar Montenegro — «Diálogo da vas-soura X espada» — que tomamosa liberdade de publicar em outro lo-cal desta edição.

Direinzes e Bases«O nosso Sindicato não podia dei-

, xar de dar todo o seu apoio a essaimportante campanha, a qual vemdefender o direito para que todos osfilhos da classe trabalhadora possamadquirir educação, fator indispensá-vel para o progresso e engrandeci-mento de nossa pátria», é o que diza diretoria do Sindicato dos Condu-tores de Veículos à Tração Animalde Campo Grande (Mt), em oficiodirigido á União Brasileira de Estu-dantes Secundários, e cuja oópia nosfoi remetida.

Vale a penaAo leitor Irineu de Morais (Ribel-

rão Preto-SP) agradecemos a su-gestão que nos envluou sobre a pu-blicação de charges em nosso Jornal.Esperamos, em breve, poder torná-lauma realidade.

O noticiário, enviado pelo amigo,sobre as comemorações do aniversá-rio de Prestes, ai realizadas, e ásquais compareceram numerosas per-sonalidades como o Prefeito, vice--prefeito c presidente da Câmara deVereadores, entre outras, não foi pu-blicado por ter chegado com muitoatrazo.

Esperamos que o amigo continula nos enviar reportagens sobre as-suntos de interesse da populaçãodessa cidade. Vale a pena.

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário AlvesGerente — Gnttcmberg Cavalcanti

Redator-cheíe — OrlandoBomfim -Jr.

Secretário — Enigmou BorgesREDATORES

Almir Mulos. Rui Facó, PauloMota Lirria, Maria da Graça, LuísGhilardini.

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Número avulso CrS 5,00.Numero atrasado » 8,00

JÍ.Ko,U,^,il*ua

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•— 25 a 31 de março de 1960

JOVENSDO PARÁ

da Unlüo AcadêmicaiPÍw*ffi%3^1fâ n° "".V\oio, Te 0H ««dantes

bom Í^K^ Procuro cola-

do passado, uma mocidado mm.» i„fa„;.i„ „„ * '""«-'"'ade estudamas lut»« dó vnVSBJ^^ *"* em todasdia em que se escrever uni» históriaTi, .S . '•> 1 ' a e (0ra»sa. Noos estudai*» vão"aparecei ein piinu „ í ÍL

°.„ 1^' "a ,idade <lfl "d'1'»-

com o povo à rua, Inlmiros de Uéu« Hr-nU. "''l «>m o povo, salrido

(isso aconteceu dezenas do vezes So) Tonhee„ !LCSt'r"°,r de "0,n,'Hdaou da mulher m«s perguntam por ÚSe 6e ( i. H ,

" a °bra do hom,,,n

lado mau da política brasileira '" ÔSle OU u'""'lc <IUe «dcrlu aoCriticam com segurança e sem exageros: não são fnmwi™. „„ . .por aquilo, mas são conscientemente nacionalistas « aníein»,TJ T is!" ""

de nosso nacionalismo com o vigor de con c -I nunto* S™„' V"*0 de í!'rtado muito distante, sempre chegaratal- de a âs m,'ict 1° f?"os,",n Es'«gora, uma espécie de revolução se oi erou A aviaeflo ««l* !,,<,,r6')ol,,. »>«.

SKBrasi.ia mesmo comecaíS n^Tu^^^TZ,^^

Pernas sociais, em todo8 os »?«& „a S™ ^S&Z deTPassei dez dias em Belém, minha cidade muito amada N-w. ouvi n

rr»«T?^ n'"ÍTím 'a,ar de «Juv™tude transvlada" nêm «"utíi as Iebmfrases tão envida» por todos nós do nascimento à morte: «Brasil está nalera do abismo», «estamos numa encruzilhada», «somos um pa" de anal abetos», etc. Não ouvi nenhuma dessas frases Ò ou.. f>«<i7/«i „ f »na»»'partUhei entre os jovens de Belém foi nm. "° q"e com'entusiasmo enorme pelo Brasil, pela inde-pendência econômica de nosso povo pelaliberdade do ser e de pensar. A grande von-lade do saber para bem viver. Volto or-gulhosa com os meus jovens conterrâneos,A Amazônia não estíl mais dormindo.

NOVOS RUMOS 5 —"A Raposa e as Uvas" na URSSLEONID GRIGÓRIEV(dramaturgo soviético)

Fneida

m 1957, num dos números dalevista soviética «Teatro» foi publi-cada pela primeira vez a versãoi ussa de «A Raposa e as Uvas» -peça do dramaturgo brasileiro Gui-inerme Figueiredo.

Naquele mesmo ano tivemos aestreia de «A Raposa e as Uvas»nos melhores teatros do país: emMoscou, no Teatro de Arte Gorkie em Leningrado, no Grande Tea-ti-o Dramático Gorki. A nobre idéiadessa peça, que poderia ser chama-da de poema à liberdade, empolgouos espectadores soviéticos.

Assim se iniciou a marcha triun-fal desse espetáculo, devido a umdestacado escritor do Brasil e daAmerica Latina de nossos dias, pe-Ias cidades da União Soviética.

Os leitores, naturalmente, terãointeresse em saber que, sem contarMoscou e Leningrado, a peça «ARaposa e as Uvas» foi apresentadaem algumas dezenas de teatros so-vteticos, Ela obteve grande exilona longínqua Kamtchátka, onde foirepresentada no teatro dramáticoda cidade de Petropávlovsk L> nãofoi menor seu sucesso no outro ex-tremo do pais, nas cidades de Minske Lvov, situadas a uma distância demais de dez mil quilômetros umada outra. Infelizmente, num arti-

BJFíTjsS^rBJ BEÍ^^S^mP^^^WB^^ PfPSflíflIÉlIi Üi feBi Mm' ^^^^^Ê^^SSÊmmtmB^^^i91 BE 4* y"''á^ WSÊm\\\m\\m

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drieva — representante da jovemgeração que pouco tempo antes ha-via Ingressado no Teatro de Arte,mas que já havia conquistado apopularidade.

O desempenho rie V Toporkóvempolga-nos de tal forma que, atéo fim do espetáculo, o espectadornao deixa escapar nem uma pala-vra nem um gesto. Quando o atorpronuncia as primeiras palavrasda parábola rie Lsopo «A Ra-posa viu o leão», sua voz é calma,mas, quanta força oculta, quantaprofunda sabedoria de vida senti-mos nessa calma. O espectador vêque o escravo Esopo — um dosmaiores poetas ria Grécia — nãoquer ser um homem-coisa, que êletem sede de liberdade. A aspiraçãoa liberdade o a paixão única de suavida. Toporkóv nos convence dasimplicidade, do humanismo e dacalma olímpica de seu herói. Nãovemos nenhuma explosão de colo-ra, nenhum gesto brusco de indig-nação. Não se trata porém de in-diferença ou conformismo. Pelo

contrário, atrás disso tudo, oculta-se unia enorme força de sentimen-tos, uma grande resistência inter-na, uma coragem amadurecida euma grande força rie vontade'. E aação dessa paixão profundamenteoculta que se sente em Toporkóv,é tanto mais forte quanto mais ia-rainente se manifesta. Suas pala-vras sobre a vida livre ressoam co-mo um canto inspirado. A últimacena do espetáculo é muito tempo-ramental. Ai se revela até o fim,diante do espectador, a beleza es-piritual de Esopo.

Petker para mostrar como é gran-de nele o desejo pouco inteligenterie tudo açambarcar, de gozar gu-losa e rudemente dos bens da vidaO talentoso desempenho de Petkermostra-nos Xantós lal como êle é-repugnante, fátuo, covarde e vil Asensualidade é erigida por êle nosentido mesmo da vida. Que signi-licação têm para um tal «filósofo»o homem, a liberdade, a verdadei-ra beleza?

A figura criada pelo artista Pet-Ker e engraçada, excêntrica e, decerto modo, autêntica em sua nuli-dacie humana e em sua falta de in-leligência.

A esposa de Xantós, Cléia, na in-terpretaçao encantadora de A An-dreieva, é uma mulher inteligenteifonica e, ao mesmo tempo, pérfi-da. Ao esposar Xantós, ela trocousua liberdade pelas honras e pelariqueza. Ela tem consciência da nu-Hclado de seu esposo, náo o ama oo despreza. Conquistada pela inte-igencia e pela coragem de Esopo,Um lhe lorcce seu amor mas in-felizmente! o escravo rejeita-a.

Opõe-se diametralmente a Esopoa figura fútil e presunçosa do rica-ço Xantós, na brilhante interpreta-ção de B. Petker. Temos diante cienós um escravocrata arrogante, hi-pócrita e rie apoucada inteligência,encerrado em seu pequeno mundode «desejos satisfeitos», Intelec-tualmente impotente, mas orgulho-so, Xantós, em suas palestra comEsopo, procura constantemente m-contrar um tom «digno» e decidi-do. Mas, quanto maiores são seusesforços, tanto mais evidente se tor-na o paradoxo encerrado no falode um filósofo com alma de escra- .vo querer rebaixar até seu próprionivel o escravo com alma de verda-deiro filósofo. A continua agitaçãofebril de Xantós é acentuaria por

Durante o espetáculo, Andréievarevela com mestria o comportamen-jo de Cléia, No inicio, a feitura deüsopo causa-lhe horror e ela pedeque o levem de sua casa. Depois-pouco a pouco, deixando-se vencei'por sua inteligência, ela se admirapois nunca antes havia visto ho-mens assim. Essa reação vai-setransformando em paixão impetuo-sa Rejeitada pelo escravo, ela re-solve vingar-se. Coloca o vaso de'juro do templo rie Apoio no sacode Lsopo. Mas logo se arrependeLxorta Esopo a se declarar escra-vo, salvando assim a vida em no-me do amor. Ela está pronta aacompanhá-lo mas, todos os esfor-

ços são baldados. Esopo escolhe aliberdade e, portanto, a morte.

Andréieva,'artista de grande ta-lento o encanto, obtém um sucessoquase completo na interpretação dafigura complexa o contraditória deCleia, Dificilmente podemos con-cordar apenas com o fato dc a artis-Ia trazer para o palc0 a harmoniado equilíbrio. Na realidade, a li-gura de Cléia é fria apenas no ini-cio da peça. Depois do encontrocom Esopo um tumultuoso ímpetode sentimentos abala sua alma

Permanece na memória a figurado capitão da guarda Agnostos, cujopapel é desempenhado pelo conhe-cido ator de teatro e cinema M.,Nazvánov. Figura extraordinária-mente grotesca, baseada numa com-binação muito cômica da pompaexterna e ria extrema pobreza doconteúdo interno.

O Teatro de Arte revela integral-mente o caráter nitidamente polé-mico da poça e a variedade rie gé-neros que engloba. O diretir P.,Lesli encontrou o estilo que corres-ponde ao seu espirito, Nesse espe-táculo unem-se orgânicamente ce-nas de um grotesco muito vivo e umsimbolismo muito transparente, ac-cessivel a todos os espectadores.Cenas com um caráter nítido defarsa sá0 seguidas por outras degrande elevação trágica, uma iro-nia sábia e triste é substituída porcenas patético-heróicas ou líricas,de um lirismo vibrante;

Em 1959 o dramaturgo brasilei-ro visitou a União Soviética. Se an-teriormente Guilherme Figueiredosoubera da apresentação de sua pe-ça em Moscou e Leningrado porconterrâneos seus que aqui estive-ram, êle pôde agora assistir aos es-petáculos e palestrar com os atõ-res e diretores.

/— O que eu vi no palc0 do Tea-Iro de Arte — disse Figueiredo aocorrespondente do jornal «CulturaSoviética» — ultrapassou todas asexpectativas, apesar de o teatro serfamoso em todos os recantos rioglobo. O espetáculo criado pelosatores, pelo diretor e pelo encerre-gado dos cenários d0 Teatro de Ar-te de Moscou é sincero e nobre. Is-so tornou-se possível graças à gran-de força interna dos atores, à suacapacidade de penetração na idéiaencerrada na peça.

Essa obra do dramaturgo brasi-loiro encontrou na União Soviéticaum público enorme, constituído porespectadores e leitores. Esse públi-("o, educado nas gloriosas tradiçõesde Tolsloi, Dostoiévski, Tchécov eGorki é receptivo às obras verda-deiramente talentosas e progressis-tas. E1 exatamente nisso que, pon-so eu, está o segredo da populari-dade ria poça rie Figueiredo naUnião Soviética.

0 escravofilósofo

fsopo (V> sei,'""«>- Artista do Povo ,1» URSS) ,'- |„.ln „

',„„,„, ."<» ...«fundo sentimento «le lltardade que nas,,,, com a ,, >n T'*'"so.. a ameaça de morte por crime i „a„ Lc£„,VX n X' Jí•le sobrevivência se se submetesse à e.seravl.lflo. proclamo,, ^'SS!r Sliberdade a viver sem <•!«.

Notas Sobre Livrosaqui aSioímiílft^f^"1, ° R:ran<,,, ewritor l»'1"'"'» » <!"•¦',. me referi

SasiSS^¦ *•==•• m: ssss ,::=;;:í^SSSiF k r?'J=^'»s «r sm :rtZTãc d e^rít^;n£^.1^r,:i0ntt(,° de "T,l,'",is,n" " W»»tInJ*mo

:SSS?KSS:Stt'íinlíípretcs , a Si¦ ° * °l,rft ,U^'ári.a e "«*»«glca tle um dos mais lúcidoshisto -*Í í.h ., ¦ Peruana, analisada em suas conexões com a conjunturamwle£ .fc S Io,"°"S(! »'» '"«tre, um gui., „,„ animado IS"a« crhid, f . w, 'i "L'rilulltt;, A moHo cortou prematuramente a suaft^asasíi a s«ss,,,,,a obra ,,c -m ^^feeiil «rTBaíndln?n!f1'eensflü llail PersP«*t!vas históricas do sc. tempo. Marlá-It&Tein^ZZ^T^1^ próprias '"• um imis s"!amc?lca„o, do-^te^seir^iío^rsii::Era ,,m *Kuer,eiro do pensa,"en,oi

O ensaísta cubano Juan Marinello referiu-se :\ posição de MarlAteimlS esK°arílLeôd0 r\?r '""• *a ar,t',,ao '• "»ia «SSJ&ÍSífK11 aL i W,° ° Mar,á'Wn: o artista, o escritor, o pensador, que sentiua recHriaa7,,Uf,,T,inaS "fi° *" """"^ a ««nalRiiá-las «objetivai cnleJol SSSaU8- . ní "r ?°.V« c,n Ml mtsmo> °" a ««"Hmá-las cm antoflaffelalilertar o Ío E^aZ^

~~,empenho",s« a funüo "» ,a,efa I"in»ordial deo „V us (,0I7S ,lw% P,)(I,,,,, wr eliminadas, porque suo dores produzi-das por desajuslamentos sociais e não Inerentes í, condiçilo hiBnanafNum dos ensaios recolhidos no sc, primeiro livro La Escena Contem-

poránea, em que aborda precisamente o problema das relações entreos int-lé lí i«8«' °.S P0l,t,c™' Mari^e«»l afirmava que en, certos «períodos quietos»nolit£] V^i! f PildeS,lC j"8t,,,Car ° (,Psrt«'»1 "° "'"i<os Intelectuais ,"„Eíi„ f"i ! Sd,',n lhe pareola ""'efensAvel durante os períodos revo-™J í

°"vcm "' as e"tran',as Pa",ita o Kenne de um novo estado soe a -«ma nova forma de ordenação política. «Nestes períodos» - escrevia - --,L.i. s Xa d<' ¥* ofirio ,l0 III1,a rotineira casta profissional. (.. ) UmaLnW "I)resfn,,a »m »í'*a"«|e e vasto Interesse humano. Ao triunfo p-vluclonário desse interesse superior só se opõem os preconceitos e os priv I - < sa neaçados de uma^oística minoria. Nenhum espírito livre, „, £l.dade sensível pode quedar-se Indiferente em face de semelhante conflito»O ensaísta reconhece, entretanto, que não são us os exemplos dcintelectuais que manifestam «renuirndncia estética» pela ação política Masporquê . Manátefiui explica! «Por trás do uma aparente repugnância est.:--tira pela política se dissimula e se esconde, às ve/.es, um vulgar sentimentoconservador. O escritor e o artista não gostam de se confessarem aberta .-explicitamente reacionários. Permanece neles um certo pudor intelectual dese mostrarem solidários com o velho e o caduco. .Mas a realidade .'• oue osintelectuais nao são menos dóceis nem menos acessíveis do que os homenscomuns aos preconceitos e aos Interesses conservadores», E mais- «O iut..iectual como qualquer imbecil, esta sujeito à Influência do seu ambiente dasua educação e do seu interesse. Sua inteligência não funciona livrementePossui uma natural inclinação para adaptar-se i\s Idéias mais cômodas nãoas idéias mais justas. Em suma, o reaclonn- ' '

rismo de um intelectual nasce dos mcsmlísmóveis e raízes que o reacionarismo de umleiidelro. A linguagem 6 diferente; masidêntico v o mecanismo da atitude».

listamos do acordo.

go relativamente pequeno, não so-i'a possível talarmos de Iodas asapresentações rie «A Raposa o asUvas» na União Soviética; para tan-to, seria necessário escrever u'amonografia de respeitáveis propor-coes. Assim sendo, 0 autor se vê«brigado a referir-se apenas aos cs-petáculos rio Teatro de Arte de-Moscou e do Grande Teatro Drama-tico de Leningrado.

Existe ai uma coincidência pro-Ilindamente simbólica — os doisprimeiros teatros que apresentaram'A Raposa e as Uvas» no pais le-vam o nome do grande escritor rus-so Máximo Gorki.

«A liberdade, custe o que custar-assim definiu 0 grande St anis-lavski a ênfase ideológica das obrasrie Gorki. A graciosa tragi-comé-dia filosófica de Figueiredo mos-trou-se consoante com o orgulhosoapelo de Gorki à liberdade e à luz.

Nada poderá conter a aspiraçãodo povo à felicidade o á liberdadeeis a idéia principal encerrariana peça «A Raposa e as Uvas,-. (>satores e diretores soviéticos tinhamdiante de si a tarefa de fazer che-gar até o espectador o sentido so-ciai dessa obra e parece-me emeelos se desincumbiram brilhante-mente dessa missão.

Ao se erguer o pano rio Teatrorie Moscou, ornado com o emblemaria gaivola de Tchécovi, os especta-dores se viram diante de uma casaria Grécia antiga, na ensolaradailha rie Samos, Havia muita coisafora rio comum nesse espetáculo,como por exemplo, a forma e asestrutura dos diálogos, o caráteraforismático, Pela primeira veznos palcos soviéticos era apresen-tada uma peça de autor brasileiro. () [JjAAo lado do concentuado arlisla riopovo da URSS A, Toporkóv, di ei-pulo de Slanislávki, via-se A. An- CSCraVLStil

¦W iHbI km\ ¦flflflVjB I w "$ fim) VI «flflMMMDwBBjmflMMM^MfflMÍ^iBBRrlH ^mWmf •'^1 BffHS mmWr fflt «8 flflfll Jfll BHrf^^ivrv^^^T^iÉ?»fK^^ ' j

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osofo l)"puls dü sucumbir nus encantos e carinhos dci i-ça n desesperar-se com n nuséiicín -le suamm escrava•mic fmrlrali npo. ( ousejfiilndo, eom a prisão deste Ira/er (-«-«*ü.,ri.ta. e volta as i.s,,,^", '1 " " '"'

• ,a*"""l nu, ,|,is iilmniisjums de amor c a seus apelos sensuais.

Xantósil Irás decom -l:iás suas

-••¦|..'.,-i'ri::.-..,.utii.peaaguyisu P..

¦mitiiriiaiÉTitwrii '

Page 6: Resposta ao Diário de Notícias Fatos Provam: Jânio é … · permanecem do"outro lado das grades, ... cipaçào do Brasil na guerra contra o nazi-fascismo. ... de Santa Maria adeiiicim

¦....¦» /^/rra>Mi^t\,tf)it^ ¦\(®>j«* ..«;*-•?"*»*•¦"**' "

_ 6 -NOVOS RUMOS 25 a 31 de março de 1V6U —¦

Poços de CaldasOiliCipi

tnao(Maisi#orn

POÇOS DE CALDAS — MG (DoCorrespsinclent?) — lott e Jcinçio ieei -

lizarcim nesla cidade, dia 19, o pri-meiro comicio eleitoral em que apare-cercint juntos. Falo cunoso- também

participaram do comício o ministro Cio-vis Salgado e o deputado SantiagoDantas, ambos candidatos a vicc-cjo-vernador de Minas, respectivamente pe-Io PR e pelo PT3. Outro orador foi osr. Tant^.-do Neves, candidato a gover-nador do Estado pela coligação ii-tuacionisla, com apoio das forcas popu-lares. A manifestação prestada aos can-didatos nacionalistas (mais de 10 nil

pessoas reuniram-se a noite ria prino-pai praça da cidade, com a presenç.ide 20 delegações dc municípios próxí-mos, incluídos 3 de São Paulo) foi con-siderada a maioi demonstração polui-ca jamais registrada aqui.

Começou com alvorada

Uma alvoiada, que despertou todaa população assinalou o início do pro-grama de homenagens. A recepção noaeroporto, que dista 13 quilômetros docentro, foi entusiástica, seguindo oscandidatos para a cidade acompanha-dos de um cotejo de cê; ca de duzentosveículos. E a entrada em Focos de Cal-das foi verdadeiramente triunfal.

No comicio, o^ discursos tiveram

como temas principais os problemas na-cionalistas, tendo o marechal Lott rea-

firmado seu apoio aos pontos do pro-giama de base do PTB. O sr. JoãoGoulart acusou Jânio de caloteiro da

previdência social, quando prefeito de

São Paulo, deixou de recolher as con-Iribuicões descontadas dos salários dos

trabalhadores da C/A1C.

Na preparação e na realização das

manifestações, destacou-se a atividade

Concurso da

Rádio Moscou

A Rádio Moscou transmite diária-

mente para o Brasil, de 19 às 21 horas

(hora do Rio de Janeito), na faixa de

25 metros, nas freqüências e compri--mentos de ondas de

11,75 mcgaciclos (25,53 metros)

11,87 megaciclos (25,27 metros)

11,92 megaciclos (25,17 metros)

• no faixa de 31 metros, nas frequêa-

cias • comprimentos de ondas de

9,63 megaciclos (31,15 metros)

9,80 megaciclos (30,61 metros)

ConcursoTodas as quartas-feiras, às 20,30 ho-

rat, é transmitido um programa especial

(Rádio Universidade), com interessante

concurso e distribuição de prêmios.*****

20leaim "Eu Sou

õ Espetáculo"

OS)

dos membros da Fietile DemoctálicaNacionalista do Sul de Minas, que temsua sede nesta cidade.

Antes da mudançaEm leunião de que pci riicipor«..,..

representantes do PSD e do PIB, o sr.João Goulart afirmou que os projetosda previdência social e de requlamen-tação do direito de greve seião apro-vados antes da mudança da capital daRepública paia Brasília.

Comitê sindicalBELO HORIZONTE (Do Correspon-

dente) — Dirigentes sindicais e liderestrabalhistas representando a quase to-talidacle dos sindicatos da capital, emreunião recentemente realizada, orga-nizaram o Comitê Sindical dos Traba-Ihadoies pró-Lott-Jango-Tancredo, ele-

gendo sua diretoria e diversas comis-soes como as de propaganda, finanças,organização de comitês de empresas,

etc. Sua ação terá possivelmente cará-ter estadual, já participando de suascomissões líderes sindicais do interior. OComitê deverá ser instalado solenemen-te em grande ato público. E a seguin-te a direção do Comitê: presidente dehonra: Clodsmith Riani; presidente: Faus-to Drumond; vice-presidente: João Lu-zia; 1" secretário: João Carlos Júnior;2" secretário: Sinval Bambirra; 1" tesou-reiro: Delmi Vilela; 2'' tesoureiro: AlmirLeal.

O Judas Falcão@imado

a AleluiaVai Ser QuSábado c:

'Falcão será queimado sábadoda Aleluia- — esta foi a sentençaa que o Tribunal de Abutreberg oréu era um abutreI, instalado na sedeac, UNE às 21 horas de terça-feiraúilin-a, condenou o ministro da Justicei.O julgamento foi realizado em mov,-neetada sessão do FAL KLUX CAü.Dez jurados, todos com capuzes pretos,votaram a sentença por unanimidade.Tiverem ainda papel destacado nos tra-ballios : o vogai, o esciivão, o pr>motor, o auxiliar de acusação, o advo-

gado de defesa e o juiz, estes de ca-puzes brancos. O «juiz», solicitandoaos jurados .isenção de ânimo», deu

por aberta a sessão sob a 'íproleçoo

de Deus e do movimento democráticodo povo brasileiros. O espirito doministro da Justiça esteve presente uo

julgamento cpós um autêntico ritual demacumba que trouxe o dito cujo das

profundezas do inferno para onde foralevado pelo ódio dos esludr.ntes e do

povo do Distrito Federal. Pôde, poi-tanto, ouvir «pessoalmente» a leitura riaviolenta ata de acusação lida peio«juiz» na qual Falcão foi acusadode homicídio, tentativa de homicidio,calúnia, violação de domicílio, roubo,lesão corporal, e outros crimes. A as-sistência emocionada aplaudia ininter-ruptamente. Falaram ainda o represei-tante do «Miristério Estudantil», o au-xiliar de acusação e, por fim, o advo-

gado de defesa. O Conselho de Sen-tença declarou o réu culpado, e o juizpôde, já altas horas da noite, ler asentença tão esperada : condena ;ãode Falcão a morrer queimado em praça

pública no dia 16 de abril próximo.

Numerosas coroas foram deposi-

tadas aos pés do caixão do «morto»,

algumas com inscrições bem suges'i-

ves, tais como t «Que a terra lhe seja

|eve — do IAPM»; «Eterníssimas saj-

dades da Orquima»; «Com as saudades

do Zica.v,

OUTRAS REALIZAÇÕES

Esse julgamento encerrou uma sériede iniciativas realizadas em diversos

poi tos do pais dentro da campanha

pela demissão do ministro da Justiçae em defesa da Escola Pública. A grevenacional dos estudantes cot.stituiu gran-de êxito. Foi apoiada pela totalidadedas UU.EE., atingindo S. Paulo, Bahia,Minas, Distrito Federal, Alagoas, RioGrande do Sul, Goiás, Pará, Ceatá,Miianhão, Amazonas, Paraíba Pernam-buco, Sla. Catarina e Sergipe. O Esta-do do Rio decretou luto por 3 dias erc.nri realizados enterros do ministrocm São Paulo e Minas Gerais.

CONCENTRAÇÃO E PASSEATA

Promovida pela UNE, UBES, UME,Sindicatos e Servidores Públicos foi rea-lizada na semana passada uma grande

concentração na Câmara Federal. Du-rante, o ato usaram da palavra csdeputados federais Lycio Hauer, sal-vudor Losacco, Sérgio Magalhães, oconselheiro metropolitano Aron Abend,

o secretário-geral da UME AntôiioEstevam, o presidente em exercício daUNE, Paulo Totti, o presidente da UBES,Rcimundo Nonato.

No dia 19, promovida pelo CACO,foi realizada uma passeata tendo àfrente a sua diretoria, um representante

da UNE, o secretário-geral da UME.Saindo da Fa:uldade Nacional de Di-reito, a passaeta dirigiu-se ao Catete,tendo sido entregue a um representantedo presidente da República um mani-festo exigindo a demissão do ninistioespar.cador.

«A luta. prosseguirá» — anunciamos estudantes, até que o governo sejasaneado de um dos seus piores ele-mentos.

Os primeiros meses do ano são de marasmo, no ambiente teatral. Torna-sedifícil fazer um comentário atualizado, pois não há estréias e as peças em cartazjá estão-se despedindo. Para a semana entrante há vários lançamentos em pers-pectiva. Portanto, resolvemos assistir, para informar aos leitores, ao espetáculoque oferece maiores possibilidades de permanência.

«EU SOU O ESPETÁCULO» está no teatro Rival há oito meses, parece.José Vasconcelos, o cômico e imitador, é autor, empresário, ator, produtor. Tudoenfim. Trabalha quase sempre só, algumas vezes apenas, acompanhado de seusmúsicos. Artista de muitos recursos, se desempenha muito bem, nas extenuan-tes duas horas em que mantém constantemente interessado o público, bastantenumeroso ainda depois de oito meses. Suas imitações são perfeitas, tanto noreferente à voz e sotaque, como às características raciais ou profissionais, dosimitados. As vozes inconfundíveis dos narradores dos jornais cinematográficos,a «bossa» c os diversos «estilos» dos locutores de futebol, a ironia ferina eimpiedosa do nosso Ary Barroso na sua Hora do Calouro, as músicas popularesde diversos países: tangos, mambos, flamengas, francesas (cm uma ótima imi-taçáo do grande Maurice Chevalier) número em que José de Vasconcelos dc-monstra também suas possibilidades dramáticas, com voz e máscara muitoexpressivas, seu número de «toureiro» toureando um animal imaginário e con-versando com a Vaca Risoleta, as anedotas e fatos verídicos ocorridos em suasandanças profissionais... tudo é apresentado de maneira correta, limpa, vivac de molde a fazer de «EU SOU O ESPETÁCULO», uma diversão recomendávela jovens e vc-lhos.

E já que tanto se fala em higiene mental e a melliar maneira <ie fazê-laé exatamente esquecer durante algum tempo, as terríveis preotupacões e osinumeráveis problemas que nos sobrecarregam a mente, é sempre recomendávelescolhermos alguma coisa que nos faça rir um pouco. Pena é que o preço nãoseja mais popular.

DIVERSAS

...c por falar em popular: não seria possível às PIONEIRAS SOCIAISdedicarem uns dois ou três espetáculos àqueles que mais apreciam o gênerocirco — que são os trabalhadores e suas famílias — desse fabuloso CIRCO DEMOSCOU — com preços à altura dos que ganham apenas... salário mínimo ?

...os jovens do Teatro de Arena em grandes atividades. Grandes esérias. Vera Gertel ensaiando arduamente e atuando em TV, Vianinha visi-tando morros e sindicatos, pesquisando para uma nova peça.

. . .as noticias muito contraditórias quanto ao que estaria acontecendo emPortugal com a Cia. Maria Delia Costa. Uma coisa, entretanto, parece clara:

que as manifestações contrárias à belíssima obra de B. Bercht «A ALMA BOADE TSE-TSUAN» são provocação de elementos salazaristas, orientados e aco-bertados por gente das próprias esferas oficiais.

...consta que a situação econômica das duas companhias que se averfuraram a temporadas no exterior — a de n,Maria Delia Costa e a de Cacilda Becker —é bastante difícil. Ambas estão bastante des-falcadas, com a volta de inúmeros elementos,-o Brasil.

Beatriz Bandeira

Palavras CruzadasHORIZONTAIS

AMES (verdadeira)continua na UNE

1 — Forma arcaica do artigo «o». 3 —Nome próprio masculino. 5 — Estabeleci-mento sucursal ou dependente de outro. 7

O que na Idade Média divertia os prin-cipes com os seus ditos chocarreiros e mo-mices. 8 — Sinal gráfico. 10 — Intimo. 11

Vivenda. 12 — Terraço; cobertura pia-na do edifício. 14 — Opera de Verdi. 15 —Rio da França.

F. Lemos

ou coisas, deve ser considerada separa-damente, nos indivíduos que a compõem,ou em grupos. 13 — Esteiro ou braço derio, próprio para a navegação.

VERTICAIS

Em nota pública, a UBES acabade esclarecer que não reconhece a dire-toria eleita no pseudo-Congresso se-cundarista realizado no MEC. Ao mesmotempo, prestigia o estudante MauroFonseca Pinto, presidente da Associa-

ção Metropolitana de Estudantes Se-cundários, legalmente reconhecido.

A verdadeira diretoria da AMESacaba de realizar um Conselho de re-

presentantes ao qual comparecerammais de 30 colégios.

O conselho elaborou um Manifeo-to que tem como itens principais : Con-siderar W. Cordeiro de Miranda per-

sona non grata dos secundaristjscariocas. Ratificar que a sede da AMEScontinua funcionando na Praia do Fia-mengo, 132. Convocar um CongressoExtraordinário para 9 e 10 de abril,a fim de julgar os diretores e donos decolégio, responsáveis pela tentativa dedivisão do movimento estudantil se-cundarista. Hipotecar irrestrita solida-riedade ao presidente da AMES, Mau-ro Fonseca Pinto.

O Conselho ainda aprovou umvolo de repúdio aos responsáveis dire-tos pela campanha de desmoralizaçãodas entidades estudantis.

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O Campeão de Jlu-JItsuConto de RENATO MAZZE LUCAS

Tu vai bater com pau im mim. Bate forte. Mim vaitirar pau de tua mão.

Trajando um alvissimo quimono de seda, o treinador ja-ponès que pronunciara estas palavras oferecia uma pesadatranca de porta ao canhestro sertanejo.

Oie, seu moço — replicou este hesitando cm tomara arma das mãos do amarelo — cum cacete num se brinca.

Olhou em volta como à procura dc alguém capaz de dis-suadir o nipõnico daquela aventura.

A sala da Secretaria de Segurança estava repleta deinvestigadores, oficiais e sargentos da Policia Militar, aiémdos funcionários que haviam deixado suas carteiras para as-sistir àquela luta improvisada, lam-se defrontar ali a destrezado jiu-jitsu e a contundência do porrete, a astúcia nipônicac a negaça do jagunço, enfim, a inteligência do super-hometriversus a bronca estupidez do sertanejo rude.

Corria o ano de 1936. Os regimens totalitários brotavamno solo de vários paises, com a ferocidade das ervas daninhas.Para garanti-los, surgiam por toda parte as polícias especiais,super-alimentadas e especialmente treinadas em espancamentosc torturas dos povos privados das suas liberdades. Tambémem alguns Estados do Brasil foram aparecendo as PE-zinhaslocais. O governo da Bahia, interessado em criar a sua, haviaimportado aquele japonês que viera a Salvador dizendo-secampeão de jiu-jitsu c com o cartaz de já haver treinado apolícia de São Paulo.

O homem acabara de fazer uma explanação teórica decomo impotenciar um adversário armado a cacete, peranteaquela assistência ávida em requintar sua capacidade de re-iduzir a espécie humana a um molho de fato...

E' claro que nem todos os presentes haviam compre-endido a algaravia pela qual o oriental se expressava. Nemera preciso. A tradicional luta japonesa já possuía um con-ceito universalmente firmado. Ali estava falando um campeãoe, como se tal não bastasse, um lídimo representante dc umadas três nações privilegiadas que dentro em breve, a ferroc fogo, iriam dominar os mestiços inferiores.

Ao concluir sua primeira aula, o campeão anunciou urnademonstração. A seu pedido trouxeram uma maciça trancade porta dc pau d'arco e com um sorriso êle convidou umqualquer dos assistentes para adversário. Ninguém se moveude dentro da massa de tiras que lotava o recinto. Cessaramas conversas e um silêncio de expectativa dominou o ambiente.

Apenas um tenente da Policia, comandante de urna dasvolantes que dava caça aos bandos de Lampeào, contemplavaa cena com um sorriso irônico. A certa altura irritou-se comaquela covardia.

Zé Francisco! chamou êle rompendo o silêncio,Inhô, meu tenente ? — respondeu uma voz do fundo

da sala.

— Venha resolver esta parada aqui...A assistência em peso voltou-se para ver o adversário

ao campeão. Ouviram-se algumas risadas.

Um sertanejo desengonçado levantou-se a custo, como seo achatasse o reumatismo, da posição de cócoras cm que es-tava e encaminhou-se para o seu superior com visivel má-vontade.

Era um contratado do Destacamento do Nordeste da policiabaiana. Nascido nas cercanias de Canudos, seus avós haviamparticipado da guerra sertaneja, um deles fora dos últimos atombar na defesa do povoado heróico. Em 32, batido pela seca,fora dos últimos também a abandonar o sertão e seguir para olitoral, relutância que lhe custara perder o único auxílio queo governo da época dava aos flagelados: combater a revo-luçáo de Sâo Paulo. Quando atingiu a Bahia, ela terminara.Sem dinheiro, passando fome, aceitou o lugar de contratadona volante. Era um meio de voltar ao sertão. Durante qua-tro anos palmilhou os rasos e as caatingas no encalço dosbandos de Zé Baiano, Lampeão, Ângelo Roque e outros. Era-lhe indiferente aquela luta, da qual participava porque lhepagavam, da mesma forma que estaria em qualquer um da-

queles bandos se as circunstâncias o houvessem determina-do. A vida no sertão é assim mesmo, uma luta de morte pelavida.

Agora estava ali todo enleado, no meio daquela gentonatoda. Tava mesmo de urucubaca. Já não bastavam os dias deaborrecimentos no Hospital Militar, onde baixara para tiraruma bala na coxa, resultado do último encontro com o bandode Corisco. Também que idéia besta dera na cabeça do Te-nente Zé Rufino. Na hora da saida intentara de passar naSecretaria pra cie conhecer o chefe de policia. Pra quê? Oresultado tava aí... Metido no meio daquela gente toda e

ainda mais um diabo de amarelo querendo bancar o bicho pracima dele. Não tava vendo que aquilo náo ia dar certo? Aquè-

le cotóco de gente ia lá agüentar uma paulada dada de jeito ?

Sentia-se mal. Gotas dc suor brotavam-lhe da fronte. Não

que tivesse medo do sujeito, ao contrário. Tinha a impressão

dc que êle homem feito, ia bater numa criança. O que lhe

azucrinava, isto sim, era o ambiente. Ora veja! até umas

pizétas dumas sirlgaitas, pintadas que nem uma caretas de

«intruido» tinham largado de catar milho nas máquinas de

ecrever rira vir olhar èle estrebuchar nas mãos do amarelo.

Pois fum! Tinha graça! Deixar èle lhe desautorizar na vista de

tanta gente. Home, esses brancos tem cada uma...

E como cochichavam. Na certa mangavam dele, da sua

roupa de mescla azul. cias alpercatas e do chapéu de couro

que um arrenegado lhe tinha tirado da cabeça, sem sua li-

1 _ Vento forte. 2 — Preceito que derUva do, poder legislativo. 3 — Grando ser-pente'da família dos Boídeos. 4 — Gradede ripas, varas ou canas para sustentarparreiras ou outra qualquer planta sar-mentosa. 5 — Grande apetite de comer.6 — Que tem a superfície plana ou semasperezas. 7 — Prefixo que designa re-

petição ou duplicação. 9 — Símbolo qui-mico do Latánio. 11 — Palavra indicati-va de que uma coletividade de pessoas

RESPOSTA DO PROBLEMA N' 2HORIZONTAIS — 1 — Relevar ; 8 — Levar ; 10 — A. C; 12 — Rei ; 13 —

Pá ; 14 — Nau ; 16 — Lei ; 17 — Assassino ; 18 — Não : 19 — Sal ; 20 —Ao ; 21Eva ; 23 — La ; 24 — Umari : 26 — Brasido. VERTICAIS — 2 — El ; 3 — Ler j

4 — Eversivas ; 5 — Vai ; 6 — Ar ; 7 — Bananas ; 9 — Gaiolas ; 11 — Casão ; 13Penal ; 15 — Uso ; 16 — L is ; 21 — Ema ; 22 — Ari ; 24 — Ur ; 25 — Id.

cença, quando todo atrapalhado entrara na sala do chefe. Que»ria ver, era um pitimeto daqueles dentro da caatinga, debaixodo tiroteio da carabina. Não dava nem fumaça. Mas ali, ta-va tudo afiado pra mangar dos outros.

A raiva estourava dentro dele. E agora, ainda por cima,o amarelo rindo também, à espera que èle se decidisse. Ca-chorro! Dava-lhe vontade de dar era mesmo uma cacetadade abrir as bandas da cabeça dele, pra ver se o miolo dodisgra era amarelo também. E se matasse a misura do ja-ponês? Sei lá... Esses trancalhos vinham das terras dêleapra qui com toda a proteção do governo. Diz que vinhampras roças, mas quando chegavam sempre eram campeão denão sei que peste de luta e iam ficando pelas cidades, debarriga cheia. A gente não... Quando a malvada da secatorrava tudo, se roia era os pés nas caminhadas infinitas pelapiçarra e as mãos cavando cova pra enterrar os filhos mor-tos de fome e de «caminheira». Na volta (quando se voltava),as terras já tinham outros donos, o jeito era se trabalhar alu-gado ou ir deixar os ossos no Sul. .

Seu olhar cruzou com o do oficial, como a pedir-lheopinião.

— Pode marretar com força. O homem sabe se defender.Se èle lhe desarmar, corto um mês de soldo.

Zé Francisco sentiu uma onda de vibração percorrer-lheos nervos. Sua musculatura desenovelou o arcabouço fazendosurgir uma compleição de atleta, camuflada aos olhos do ni-pônico pela mal forjada roupa de brim mescla. Bruscamentetirou-lhe das mãos o pau d'arco.

Foi apenas um instante aquela transformação. Displicen-temente, deu dois passos à retaguarda, fazendo campo. Co-locou o cacete, seguro nas duas mãos, pelo lado direito e portrás da cabeça que parecia repousar sobre elas, como quodormindo na pontaria...

Quase nada lembrava o lutador na iminência do combate.Quebrava apenas a imobilidade, quando o adversário negace-ando tentava-se aproximar. Mas um observador que atentas-se para os seus pés notaria que as grosseiras alpercatas maltocavam o solo, como que transfiguradas nos sapatos de umrude dançarino de «ballet» prestes a levar o dono ao espaço,em um salto libertador. Do balandrau de mescla azul, grotes-ca confecção de alguma costureira sertaneja, emergia um ros-to de ossatura rígida e saliente, mal coberta pelos músculos»m trisma e por uma pele bronzeada dc mestiço, mas ondebrilhavam dois olhos plenos de ódio e que não se desprendiamda cabeça do inimigo, somente da cabeça...

Ninguém viu o movimento. Ouviu-se apenas um estaloseco como o deflagrar de um raio e o ruído surdo da queda dcum corpo.

A primeira martelada fora desferida na cabeça d*serpente...

Aracaju, outubro de 1956.

ANUM BRANCO c o nome c/e um /firo c/c contos, a sereditado ainda èste ano, c/c autoria do dr. Renato Mazze Lucas,médico psiquiatra sergipano, Contista jú consagrado cm sua terra— numerosas dc suas criações literárias têm sido publicados naimprensa dc Aracaju — somente aaora deverá sair cm livro, noqual serão enfeixados alguns dos seus melhores contos inéditos.Não temos dúvidas de que CSSC primeiro livro do dr. Renato'Lucas receberá da critica e do público a acolhida merecida. Sen-tim - rios, por isso. honrados em poder divi luar, cm primeira mão,um dus trublilltos que coinpóan "ANUM URANLV',

.._!- ÃMMiaáESaraírgaS» ,

Page 7: Resposta ao Diário de Notícias Fatos Provam: Jânio é … · permanecem do"outro lado das grades, ... cipaçào do Brasil na guerra contra o nazi-fascismo. ... de Santa Maria adeiiicim

— 25 a 31 de março de 1960NOVOS RUMOS 7 —

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brigona na rcüA0 governador Leonel Briz/ola,

quando de sua recente visita a He-pública Democrática Alemã, per-correu a Feira de Lcipzig e entrouem contato com altos funcionáriosda KDA. Falando à Agência ADN,disse o governador do Rio Grandedo Sul que «teve a possibilidade delevar a cabo conversações muito in-teressantes com os vice-ministros

do Comércio Exterior, GerhardWeis e Kurt Enkelnianu. «Espera-mos que as relações comerciais en-tre o Brasil e a KDA, que .se têmdesenvolvido de forma bastante sa-tislatórla, experimentem nova as-censão, disse o governador gaúcho.A Feira da Primavera de Leipzigé magnífica. Pude convencer-mede que a produção e as necessida-

des, tanto do Brasil como da KDAse complementam de modo lavorá-vel» U governador Leonel Bri/zo-Ia, na loto (à esquerda) com o vi-ce-ministro do Comércio da KDA,G. Weis, tratou da possibilidade deimportar equipamentos e instala-ções industriais para u Kio Grandedo Sul

UGANDA: RETRATO DA ÁFRICA COLONIAL

Na Terra Das Belas Montanhasum Povo Acorda Para a LutaUganda è n retrato dn África colonial: uniu região de vastos recursos, um povoscquio.su de liberdade e de progresso, oprimido pelas cadeias da "opressãoestrangeira. AbuÜUyanJa, ex-sceretário do Congresso Nacional tle Uganda, retratano artigo que abaixo publicamos a vida e ns anseio» da gente da sua terra.

iO nacionalismo africano em Uganda

nao tem nada de misterioso, Somos na-cionalistas em parle porque estamosdescontentes com o e.statlo de coisasatual, em parle porque é enorme a nossaesperança de realizar grandes progres-sos quando formos senhores de nossopróprio pais.

listamos descontentes com nosso ni-vel cie vida, cm nada superior ao mi-niino vital. Somos pobres; muitos cienós sâo doentas; tle cem crianças quenascem em nosso pais, quarenta nãoatingem o.s quin/e anos; temos pouquis-simas escolas e elas não são boas; osimpostos são pesados; sofremos as Im-milhaçôes da discriminação racial; nãonos é possível exprimir livremente nos-.so pensamento sob pena tle sermos pre-sos ou exilados. Toda nossa economiaeslá estreitamente ligada às necessida-ries da Inglaterra; nossas colheitas sãovendidas a preços vis; duas vezes do-pois do inicio do século nossos homenstiveram que lutar em guerras terríveis,com as quais nada tínhamos a ver; nãosomos iguais diante da lei; não temosbandeira para desfraldar, ou hino na-cional para cantar; e, acima tle tudo.

somos governados por estrangeiros quenão têm nem compreensão, nem respei-to, oem simpatia por nosso modo devida. nossos pensamentos, nossos sen-limenlos. .Será que Deus ou a Nalure-za quiseram isso?

Devemos responder, sem dúvida ai-guina: «Não!» Somos homens o nãocavalos que podem ser obrigados a obc-decer a qualquer ordem. Nosso pais 6um dos mais belos do mundo, ensola-ratlo, cheio tle lagos e de florestas.Nosso solo c rico. E' lambem amplo

quase 130 mil quilômetros quadra-dos de terra arável - - e somos bastantenumerosos — mais de '•> milhões — pa-ra nele viver, trabalhar, desenvolvê-loc ser feliz. Pode-se colher praticamentetôclas as plantas tropicais em Ugandae cultivamos muitas delas; algodão, ca-fé. chá, açúcar e tabaco. Temos gran-tles lagos e podemos utilizar suas águaspara nos fornecer energia e irrigar asregiões tio nosso pais que não recebemchuvas suficientes,

Uma represa já foi construída noNilo e fornece mais eletricidade do queos senhores coloniais podem utilizar

ABU MAYANJA

porque a enviam para o Quênia, em-hora a maioria de nós tenha ainda quequeimar madeira como faziam nossosancestrais para cozfnhártlQSSÒs altfrfSn-*ios e Iluminar nossas casas. Não se ava-liou ainda completamente os recursosminerais da Uganda, mas o que.já seconhece revela vastas reservas mine-rais de forro e de cobre, Nossa popu-lação 6 inteligente, trabalhadora, pro-gresslsta • - já nos chamaram «rjapo-i.éses da África — e nosso clima nosconvém,

Nestas condições a com nossas coll-nas e montanhas tão grandes e belas,do alto das quais pudemos contemplaras estréias do céu, chegamos à conclit-são rie que náo somente nosso destinoé o de sermos livres e orgulhosos, musainda que possuímos os recursos, imitohumanos como naturais, que nos per-mltem construir uma vida melhor emais elevada.

Kruschiov na Franca

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AH li A; -Mi! mil quilômetrosquadrados, quase igual à do Esta-do de São Paulo.

POPULAÇÃO: 5.767.000 liabltaii-tes, igual â da liiiliin.

ORGANIZAÇÃO: Uganda, pro-tetonulo britânico, está divididoem quatro províncias: Biiganda,Oriental, Ocidental e Norte. O paísé dirigido por uni governador co-lonlal, assistido por um ConselhoExecutivo, cujos oito membros sãonomeados por ele, o um ConselhoLegislativo, com 2H membros no-meados e ~$ eleitos, dos quais ape-nas 14 são africanos.

CAPITAL: Entehe; cidades prln-cipuis: Kampala, Jlnja.

ECONOMIA: a principal prodii-çilo, desenvolvida 0 a de algodão,responsável por 'l/ã da expor-tuçào; produz-se também café, chá,cana de açúcar e tabaco; Ugandapossui grandes reservas tle ener-glu hidroelétrica, cobre, volfrámlo,salficagema, estanho e outros mine-rais.

Ora, o c... Ha quanto tempo que a gentejá conhecia êsse truque.

África do Sul:

governo fascistachacina negros

Quase cem mortos, várias centenasrie feridos, Inclusive mulheres o criamçáas, foi o balanço da repressão sangremta do governo da África do Sul á ma-nifeslaçáo Inicialmente pacífica dos ne-gros que protestavam contra o infameregime de «passes» a que estão sub-metidos, Na África do Sul, a populaçãonegra, que constitui a maioria esma-gadora, além de ter que viver confinadanos lugares Impostos pelo governo bran-co, é obrigada a solicitar '•passes-' quaivtio quiser entrar nos lugares reservadosnos brancos.

O primeiro ministro tia África do Sul,llendrlk Venvoerl, que até o fim dapuerra publicava um jornal hitlerlsta,mobilizou até aviões a jato para cha-elnàr os manifestantes que atenderamá convocação do Congresso NacionalAfricano. Vale assinalar que alguns diasantes o fascista Venvoerl havia decla-rado que a população negra africana.em sua linensn ri aiorla, náo estava In-iprwwRhVria Independência. De fato, foio que se viu,.

Sob Cerco InimigoCuba Faz Justiça

Padre AnAKI DE ASPIAZU(Serviço Especial de PRENSA LATINA)

Reproduzimos a seguir um artigodo Padre Inaki de Aspiazu sobre asituação existente em Cuba. O pa-dre Aspiazu é de origem basca, ten-do sido expulso da Espanha peloditador Franco em 1937. Viveu vá-rios anos na França e na Itália, in-do depois da guerra para a Argen-tina, naturalizando-se cidadão da-quele país. O padre Aspiazu é ochefe^ da. assistência espiritual daspenitências argentinas e realizou,em fins do ano passado, uma via-gem por toda a América para en-trar em contato com o sistemajudiciário e penitenciário dos pai-ses americanos.

Voltei de novo a Cuba. Pela se-gunda vez tive' a impressão de querompi o cerco, que rodeia a ilha.Cerco invisível e impalpável, semsentinelas e sem exércitos; mas fe-chado por todos os pontos cardeais.E' o cerco formado pelas notícias,que impedem ver de fora a verdadecubana. Atrás dele, em toda aAmérica Latina, deixei amigos, quereceberam com alvoroço a vitóriada revolução e hoje adotam paracom ela uma atitude de dúvidae de receio, quando não de hostili-dade. -

São as vítimas da propagandacontra-revolucionária .

Compreendo sua posição. Tam-bém sofri durante muitos meses obombardeio das notícias interna-cuMiais. Confesso que tive de man-ter alerta o espírito crítico, paraque meu entusiasmo inicial não searrefecesse.

Primeiro foi o caso da justiça fi-delista, que era qualificada demonstruosa; depois veio a campa-nha contra a reforma agrária, daqual se dizia que era comunista; euestava na Colômbia, quando veio aofensiva da depuração ideológica,por motivo da detenção e julgamen-to de Rubert Matos; difundiram-semais tarde as notícias alarmantesde que o Governo de Cuba procura-va criar uma Igreja Nacional; hojeandam dizendo, que na Ilha as mi-lícias armada* semeiam o terror.

Tenho larga experiência das jus-tiças revolucionárias. Vi-as e tam-bém as padeci na zona governamen-tal e rebelde da Espanha durante aguerra civil; na França, sob a opres-são hitlerista e depois da liberta-cão; na Itália e em outro* paisestia Europa. Sem esquecer Nurem-berg. Essas justiças comparadascom a realizada pela revolução, quesaiu de Sierra Maestra, são umamonstruosa iniqüidade. Nenhumarevolução ou após-guerra na Euro-pa deste século pode apresentar alista completa de condenados esuas respectivas sentenças, tal co-mo o pode fazer o Governo Revolu-cionário de Cuba, E lembre-se quenão eram muito favoráveis as con-dições psicológicas do país. Da noi-te para o dia, Cuba ficou sem auto-ridades. sem polícia, sem exército,sem administração. Desceram dasmontanhas os revolucionários, saí-ram de seus esconderijos os per-seguidos de Batistas, assaltaram arua as mães, esposas e filhos devinte mil assassinados pela ditaduramais cruel da América Latina. Erade se temer que as vítimas se con-vertessem em verdugos. Gragas àsensata campanha dirigida de Sier-ra Maestra por Fidel e secundadapelos seus nas aldeias e nas cidades,o povo cubano deu a mais alta liçãode civismo — incompraràvelmentesuperior à dos povos europeus.Deixou que os tribunais fizessemjustiça. Houve quase setecentòsfuzilados e há na atualidade cêr-ca de dois mil e quinhentos presos,nenhum dos quais foi maltratadoe cujo número diminui vertiginosa-mente à medida que os condenados

Eisenhoweresqueceu-sede Jânio

O Congresso tle Torto Rico votouuma moção de censura ao presidenteKlsenhower. Motivos durante sua estadanaquele pais «associado» aos EstadosUnidos, Eisenhower eonrltou os porto-riquenlios a votarem no sr. Luta Kerré,candidato do Partido Republicano dePorto Rico às próximas eleições pre-hidenciuis. Diante das criticas (Ios de-mocralas e da reação da opinião públl-ca, um porta-voj! do presidente norte-americano di**' <!»•' Kisenhower «ape-mis recomendara um candidato de seupartido».

Dizem que o sr. Janto Quadros ficoumulto aborrecido com Eisenhower pornão ter feito a mesma cotaa no Brasil.Dn mesma forma que o presidente dosEstados Unidos recomendou o sr. Per-ré em Porto Rico, esperava-se que elefizesse propaganda janista em sua vi-sita ao Brasil. Seria por Isso que ilftirloresolveu ir a Cuba, numa pirraça nosm-iis amigos que não cumpriram o tra-

vão cumprindo suas penas. Dentrode quatro anos, não passarão detrezentos os mantidos em prisão.

Tive a oportunidade de assistirao julgameno de Hubert Matos.Presenciei as duas sessões mais im-portantes desse julgamento. Naprimeira, deu seu testemunho o Co-mandante das Forças Armadas,Raul Castro Ruz; na segunda, foiapresentado como testemunha doMinistério Público o Primeiro-Mi-nistro, Dr. Fidel Castro. O tribunalfoi presidido por um militar inte-gro: os advogados de defesa goza-vam da mais ampla liberdade parainquirir e ressaltar as atenuantes;as testemunhas, nem uma só vez serefugiaram em sua alta condiçãorevolucionária e aceitaram a.s Ire-quentes interrupções dos advoga-dos e dos acusados; estes, contratodos os hábitos nesses casos, pedi-ram e obtiveram o uso da palavra,não só para expor seu pensamento.como também para dialogar, às vê-/es ampla e acaloradamente comtão destacadas testemunhas. Hou-ve momentos de grande dramatici-dade. Aquele, por exemplo, em queFidel consentiu em que Hubert Ma-tos, que pedia em tom excitado lhefosse permitido replicar, subisse àtribuna. O diálogo entre o Primeiro-Ministro e Matos foi vivo e tambémesclarecedor. Durou a contendaverbal quarenta e dois minutos.Sua argumentação contundente, ex-posta com abundância de pormeno-res durante quase oito horas.

Percorri quase Iodos os cárceresde Cuba. Falei livremente, sem vi-gilantes, com os presos políticos, aquem se chama de crimino.so.s deguerra, porque todo.s os condenadossofreram punições impostas por do-litos de sangue, ou por enriqueci-mento ilícito. O fato de ter sido mi-litante batisliano, não acrescido decrime, não é motivo para prisão emCuba. A qualificação de criminosode guerra poderá parecer duvidosafora de Cuba. Aqui, não o é. Por-que é inquestionável que o perigo

NotaInternacional

de agressão externa, agravado pelacolaboração dos contra-revolucioná-rios, é real, Foi julgada a inten-tona de agosto último : que tevaseu ponto de partida em Santo Do-míngo e fortes ligações no interiorde Cuba-

Assisti ao julgamento, Ninguémnega em Cuba os fatos que são jul-gados: que vários aviões trujillistasaterrissaram em território cubano,que um grupo de mais de uma cen-tena de contra-revolucionários foisurpreendido no momento em queiam lançar a ofensiva armada. Fa-lei com os advogados da defesa.,Também com o promotor. A instm-ção primária durou três meses. Adefesa teve acesso ao sumário e aosacusados dentro da máxima liber-dade. Se forem condenados, osacusados irão para a penitenciária,e não serão maltratados. E eisonde eu queria chegar. Falei comcentenas de presos políticos, • ne-nhum se queixou de maus tratos.Existem, realmente, em algumasprisões, condições precárias. Ê omal geral das prisões na AméricaLatina, contra o qual luta o govêr-no de Cuba com leis para diminui?as penas e com modernas instala*ções |>enitenciárias.

Ao encerrar este comentáriopenso na doutrina de Pio XII sô-bre a justiça e a delinqüência poli*1 ica. Seria melhor se existisse umDireito Penal Internacional • Tri-bunais com juizes neutros. A istose opõem, principalmente os dita-dores, que, por cruel ironia doatempos, ao invés de serem julga-dos, se sentam na mesa dos le-gisladores da terra. A Isto seopõem também muitos governan-tes, que em virtude de um pragma-tismo repudiável, apoiam aos dita-dores, quando estes estão mandan-do, e os repudiam quando caem. Ajustiça sofre por isto, e se tornaminevitáveis as justiças nacionais r«-volucionárias que, por não seremponderadas como em Cuba, ofere-cem graveB inconveniente». (Copy«right Prensa Latina),

Com a Palavrao Ocidente

Duas iniciativas (ornadas pela União Soviética em Genebra concentrarama nleiicAo da opinião pública mundial nestes últimos dias. A primeira (oi naceitação por Semioii Tsarapkln, chefe du delegação soviética nas conversa-çoes sobre o desarmamento nuclear e a proibição das experiências atômicas,do plano anteriormente apresentado pelos listados Unidos e Inglaterra. Srgiiii-do êsse plano, seriam proibidas as experiências nn terra, no ar e no mar e. umsubterrâneas acima tle certa Intensidade. Do acordo com a proposta de Tsa.rapkln, esta proibição seria complementada por mu compromisso formal rienão realizar experiências subterrâneas de pequena intensidade até que sepossa conseguir um mecanismo para delectã-las, quando então seriam prol-bidas. A proposta soviética fui Imediatamente qualificada como «extrema-mente importante», lauto pelos Estados Unidos como pela Inglaterra.

Chegamos, diste modo, a um ponto em que não há mais motivo algumpara adiar a assinatura de um acordo de proibição das experiênciasatômicas, primeiro passo pura o desarmamento nuclear. Os EstadosInidos vinham opondo resistência ã proibição das experiências siilifer-ranças sob a alegarão de que elas facilmente poderlani ser contundidas comabalos sísmicos, o que tornaria difícil a fiscalização, Com a nova proposta,esta objeção é afastada. O compromisso de não realizar explosões atômicassubterrâneas só não será aceito pelos paises capitalistas se eles não estãodispostos a acabar com as experiências atômicas, contrariamente ás suas re-petidas afirmações. Também a França não poderá escapar á rondenaçãnmundial caso não aceite a proibição. Qualquer recuo nas posições do Ocidenteserá o reconhecimento aberto de quu não deseja acabar com a guerra friae o perigo de uma nova guerra.

A outra Iniciativa soviética foi Imunda na subcomissão de desarmamentoda ONU, atualmente reunida em Genebra com a presença de cinco paísescapitalistas <• cinco socialistas, <> representante soviético Valerian Zoriudeixou claro na conferência que seu Governo, como o próprio Kruschiov aftr-niou na ONU, é Inteiramente favorável á fiscalização internacional do dosar-niiimenlo. Zorln afastou, desse modo, n especulação feita pelos governantese as agências capitalistas de que a União Soviética não aceita o controledo desarmamento. O que a União Soviética não aceita, e nem podo açoitar,é a insistência ocidental em iludir a opinião pública mundial, exigindo ocontrole de Imediato o adiando o desarmamento para as cnlendiis gregas, comoo faz o plano ocidental. O que é inaceitável ó quo as discussões sobre o de>sarmamento sejam aproveitadas pelos paisesimperialistas exclusivamente para intensificarsua espionagem nos paises socialistas, comoo confessa o coronel Legliorn, ospoclalislnnorte-ainerlcauo em recoiiliei iim nio aéreo.Controle, sim; mas controlo do desarmamen-to efetivo, e náo csnlnnae-pm.

Fausto Cupertino

Argentinosvotarão (em branco)contra Frondiii

Depois dos comunistas o peronistas,anunciava-se em Buenos Aires que Iam-bém o.s socialistas iriam votar em bran-co nas próximas eleições do dia 21,para renovação da metade do Conures-so argentino. A atitude dos socialistas,que ainda não decidiram entre votaroni branco ou se absterem, so deve Iam-bém ao fato tio que a.s eleições serãorealizadas num ambiente de repressãoo perseguição polillea, não permitindoqualquer pronunciamento democrática,

a medida quo se aproximam as ciei-ções, o governo de Frontllz.l aumentaainda mais a.s medidas policiais, Soma aprovação do Congresso] o governopôs cm execução o chamado PlanoConlnter» (Conmoción Interna). Os se-torea democráticos e nacionalistas res-ponderam Imediatamente que não exls-te qualquer comoção, a não ser a provo-cada polo próprio regime de Krondi/i,que se serve da ditadura para defenderos monopólios Ianques!

mÊ *. unnpeaaçjuy'1-" p_.

Enfim,o que queremos EUA?

Antes da visita do presidente Kíso-nltowor ao Brasil o outros países latino-•americano, os círculos políticos norte-americanos comentavam abertamenteque o Governo dos KUA queriam quo o«problema cubanos (Isto é, a interven-çáo dos Estados Unidos em Cuba) fossoresolvido dentro da Organização doslistados Americanos. O presidente F.ise-nhovvcr iria discutir a questão com osgovernantes daqueles paises, ouvindosuns sugestões.

Pouco tempo depoi*. o sr. JuscelinoKiiliilscliek sugeriu, numa entrevista.'!> Brasil poderia servir de mediadorentro Cuba o os Estados Unidos, parauma solução pacifica e amistosa. Ime-dialninento, a Casa Branca rejeitou amediação o afirmou que o «problema)ora apenas entre Cuba o o* EstadosUnidos e seria resolvido bilnteralmente.Nesse qillproquo uma coisa é certa:aos EUA o que interessa não é nem nsiilmâo bilateral, nem B ninltilalonil.OjlBlquer solução serve... iles.l» olli)iiciioflclc os monopólios

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Mãos de Candango; ,. (

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Texto e fotos de JOSUÉ ALMEIDAenviado especial de NOVOS RUMOS

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— Bela é Brasília, mas empolgante é a epopéia cio candango, de cujas mãos estácrescendo a capital. Ainda ontem, conhecia apenas rudimentares instrumentos detrabalho, constituía parte deste imenso exercito de camponeses brasileiros sem terra,sem direitos, sem assistência, a outra face do Brasil. Assimilando em prazos bre-visslmos a mais avançada técnica da construção, o candango transforma audazes pro-jetos em realizações de rara beleza plástica, como ésse Palácio dos Despachos (foto).

Brasília -¦¦¦¦¦ -"'-'fes *?•"• ;->v* ¦^¦^ír^~ svmm*?' ¦¦< fe m<*^^Candangos -^^^^^TTIiâllORSem Flashes ^tfe^cTíO' ta)t ifjSvCiVlL^,^——-fe :

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CEARENSE de nascença, com 22 anosde idade, Francisco Alves Ferreira

é hoje vigia de um jardim de infância,depois de ter sido servente de pedreiro.Trabalha agora 12 horas por dia, comoservente trabalhava até 14 e 15. Pa-

gam-lhe 17 cruzeiros por hora, acres-cidos de 20 por cento depois das uri-meiras oito horas. Êle ainda se lem-bra do seu primeiro ordenado: três mil e

poucos cruzeiros por uma quinzena detrabalho. E' dos que ganham menos.

E' verdade que no Ceará, para ga-nhar a mesma coisa, teria que trabalharseis meses. Porque, conforme nos disse,ainda hoje um trabalhador rural no seuEstado recebe apenas 15 ou 20 cruzei-ros por dia. À primeira vista, pareceque a situação de Francisco melhoroumuito. Mas, não é lanto assim. Con-vém não esquecer que antes êle era

um camponês sem direito e hoje é um

operário construtor de Brasília. Além

disso, o custo da vida em Brasília éigual ao do Rio, ou mais elevado.Aqui, o salário mínimo é de 25 cruzeiros

por hora e todo mundo sabe que é

muito pouco. Essa, aliás, a razão por

que uma das reivindicações principaisdos operários de Brasília é a equipara-

ção do salário-mínimo de lá, hoje fixadoem 3 200 cruzeiros mensais (tão baixo

que até a Novacap paga mais), ao do

Rio de Janeiro.Francisco Alves Ferreira, antigo cam-

ponês sem direitos, hoje operário da

construção, não pensa em voltar aoseu Ceará, senão para rever os pais.A tanto se resumem também os seus

planos para o futuro imedato. Comoa esmagadora maioria dos operáriosde Brasília, Francisco não sabe ler. |Eaqui vai uma pequena retificação: em

Brasília, há hoje de dez a doze escolas

primárias e não três, como saiu na últi-ma reportagem, por um lapso de revi-são). Francisco não se queixa de do-enças, ao contrário sente-se com sus-

tança.Os candangos de Brasília são cal-

cuia 'os em 50 mil.

Os mais enérgicosGeralmente vêm dos campos do Nor-

deste — da Bahia ao Piau! —, mastambém são muitos os que chegaram deMinas, de S. Paulo, Estado do Rio,Distrito Federal, ou lá do Extremo Nor-te, do Pará. Consigo, trazem apenasa roupa do corpo e um saco: farinha,rapadura e raramente carne seca. Ali-mento para dez ou vinte dias de via-

gem, amontoados nos paus-de-ararcQuando têm família deixam para trazè-a depois. Quase todos estão na faixa

dos 15 aos 30 anos, mais para os vintee poucos. Pertencem, os do Nordeste,

KiA MONTAGEM das estruturas meta-licas do anexo ao Palácio do Con-

grosso, nada menos de oito operáriosperderam a vida ao cair de andareselevados. E' muito alto o número deacidentei no trabalho. Segundo dadosdo Sindicato, entre janeiro e dezembrode 1959 verificaram-se 4.100 aciden-tts, isto é, quase um para cada dezoperários. Brasília está sendo erigidatambém com o sangue p ~ vida dostrebalhadores.

A Caixa Econômica de Brasília —

cujo movimento supera o de qualqueroutro banco de Goiás — tem 16 milcontas-correntes, muitas das quais decandangos. Em dezembro, muitos delesforam passar as festas com a família.Houve uma verdadeira corrida à Caixa,

que não contava com o impado. . .

Eis o Sindicato dos Trabalhadores daConstrução Civil em números: fundadoem agosto de 1958, com 154 membros,como Associação Profissional, tem hojecerca de cinco mil sócios. E' maior do

que todos os outros órgãos da classeoperária de Goiás, tomados em con-íunto. Seu prestígio é cada vez maior.

xxx

O cuscuz e o cuscuzeiro — é comoalguns nordestinos chamam a conchae a cúpula do belo Palácio do Con-

gresso, transportando para um planofamiliar a concepção monumental deNiemeyer. Quando terminou o revés-timento. da cúpula, num gesto espontâ-neo de entusiasmo pela obra, os ope-rários cercaram-na com uma enormecoroa feit'* com galhos de árvores. Oarquiteto ficou profundamente emocio-nado.

àquela categoria de sobreviventes dobrutal processo de seleção a que o lati-fúndio, a seca e a espoliação imperia- ¦

lista submetem as populações brasilsi-ras, principalmente as do campo. Sãohomens de extraordinária vitalidade,capazes de ainda encontrar em si mes-mos forças para rebelarem-se contra amiserável existência que sempre vive- •

ram seus pais e avós. Por serem fortesé que se metem num caminhão, viajam

dias intermináveis quase sem se ali-mentar e ainda chegam vivos a Bra-sília.

Condições de saúdeVeio do Norte ? Então os médicos

do hospital do IAPI já sabem. Pedemo exame e encontram, em arand" |centagem, o de que já suspeitavam : o

amarelão, endêmico no interior do paise, entre a população operária de Bra-

sília, com incidência maior que a esquis-tosomose. Fornecem o medicamento e,

pelo menos até aqui os resultados têm

sido bons. Foi o que me declararamos médicos daquele hospital, tendo um

deles, o dr. Cardoso, acrescentado i— Também são muito comuns os ca-

sos de cotapora, cachumba e sarampo,

o que e explica pelo fato de tratar-se

de populações vindas do campo, sem

defesa orgânica contra os vírus. Mas,sem maiores conseqüências. Passam

uns dias de cama e logo se recuperam.

O pior mesmo são as doenças nas cri-

ancas. Quando nos são trazidos, os

pequenos enfermos já estão quase mor-

tos e geralmente mais nada podemosfazer.

Condições subhumanasEsses humildes construtores de Bra-

lia vivem em condições subhumanas.

Ou moram nos acampamentos das em-

presas de engenharia, em terrível pro-miscuidade, ou. em sórdidas favelas

construídas à beira do lago — a cha-

mada Vila Amauri — e atrás da Cidade

livre. O acampamento é um vasto

barracão de madeira onde são armadas

camas e redes. Higiene, mesmo, não

há : basta dizer que algumas camas

não chegam sequer a esfriar. Quando

um ocupante se levanta, deita-se outro,

que acaba de deixar o turno de tra-

balho.A alimentação fornecida pelas com-

panhias, se bem que vendida a preçosmais baixos do que nos restaurantes

públicos, consiste invariavelmente em

feijão, arroz t carne. As reclamaçõessãi muitas. Todos os operários com

quem falei, das diversas companhias,

disseram-me que a comida é ruim. En-

tretanto, o esforço despendido no tra-

balho o exige, e eles tomam duas dessas

refeições por dia. Diversões não têm

e como a grande maioria não trouxe

família o jeito mesmo é trabalhar dia

e noite, não pensar noutra coisa senão

no trabalho; e quando o corpo já está

rendido pelo cansaço, atirar-se a uma

cam'. e dormir.E assim os candangos vão plasmando

Brasília. .

A vida de antesBrutal é o regime de trabalho, mas

as condições de vida que eles tinham

antes de ir para Brasília, eram ainda

piores. Antes, levavam a existência de

camponeses sem terra, sem direitos,

sem saúde, vivendo à margem da eco-

nomia do pais. Agora, todos andam

vestidos e calçados. Chama a atenção

de quem conhece o interior do Brasi1 i

em nenhuma obra de Brasília vi um

operário descalço. Todos, mesmo

aqueles que antes nunca usaram sequer

uma alpercata, têm agora sua bota de

candango, imposição da segurança do

trabalho. Além disso : de má confec-.

ção, embora, às vezes de qualidadeduvidosa, a alimentação é mais nutri-

Presença dostrabalhadores

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liva do que a rapadura com'farinha quneles chegam comendo a Brasília. E comoo clima é bom e eles já de si são cheiosde energia, ficam até mais fortes apeiarda exploração que sofrem..

Não se pense, porém, que aceitam¦ passivamente as condições impostas pe-Ias empresas que ganham rios de di-nheiro às suas custas. Se assim fôSse,a polícia não seria tão fregüentemeniesolicitada pelos patrões, rvem haveriaos protestos, nem a filiação massiça u.usindicato. Espantaria, ao contrário, senão caracterizasse-a nossa época sócia-lista, a rapidez com que esses homens,recém-chegados do campo,;tomam cons-ciência dos seus direitos e tratam dedefendê-los,

Crime não compensouQuando um destacamento da polícia

local, em fevereiro do ano passado,metralhou covardemente o acampamen-to dos operários da construtdra Pache-cc Fernandes, é possível que o tivessefeito como um escarmento-aos traba-lhadores. Estes apenas protestavamcontra .a qualidade da alimentação.Seja como fôr, apesar do assassinatode pelo menos um operário e de váriosoutros terem sido feridos, a verdade é

que o tiro saiu pela culatra. -Os cri-minosos receberam condenaçãp unâni-me — não só da Justiça... — porparte da opinião pública e, o que éimportante : o sindicato fortaleceu-:econsideravelmente. Ampliaram-se mui-to os seus quadros e sua autoridade.

Hoje, o Sindicato dos 'Trablhadores

de Construção Civil exerce intensa ati-viclade e c uma forca atuante e eficazen, defesa dos interesses dos operáriosde Brasília. Diariamente, de 10 a 15

trabalhadores dirigem-se à sua sede

para reclamar contra a arbitrariedadedas construtoras: dispensas sem aviso

prévio, sonegação de pagamento, re-

tenção de carteiras profissionais, atracode até dois e três meses na assinaturadas carteiras, etc. O recurso à Justiçado Trabalho sofre, porém, uma sérialimitação. E' que todas as questõestrabalhistas são encaminhadas ao juizde Planaltina, dr. Lúcio Batista Aranrese, por maior que seja- o seu esforço,não consegue dar vazão à torrente de

processos que lhe chegam às mãos.Aos homens do Governo 'que estão

à frente do construção de Brasília atri-bui-se esta.frase : h Justiça do Trabalhonão deve atrapalhar a construção...Em outras palavras: não deve haverlimites para a exploração dos trabalha-dores. Essa a razão pela qual a cria-

çâo de uma Junta de Conciliação a

Julgamento é uma das duas principaisreivindicações dos operários de. Brasi-lia. A outra é a equiparação do sala-rio mínimo.

À frente da luta. por estas reivindi-cações coloca-se o ' Sindical^, cujo

prestígio é cada dia maior.

E o futuroE' justa, justíssima a idéia de se erigir

um .monumento ao operário construtorde Brasília. Os arquitetos da equiuede Oscar Niemeyer são entusiastasdessa idéia.

Mas, o principal não é isto, é ofuturo.

Que está reservado aos .operários?Entre os objetivos visados com a trans-ferência da capital há alguns profun-damente reacionários. Os homens pra-gressistas que participam na construçãode Brasília-compreendeni-no bem. Scá

que a lição da história foi esquecida e

que uma nova batalha da borrachaestá em gestação ?

Nunca é demais lembrar que Brasílianunca seria Brasilia, se não fosse ocandango. No máximo, seria um oelosonho. Mas, cidade de pedra e cal,não.

— Não tem sequer dois anos de existência e já i o maior sindicatodo Estado de Goiás. E' bem o símbolo da presença da classe operária,não apcn.is por seus anônimos construtores de uma obra monumental,mas como uma força social organizada, que luta pelos seus direitos

e pela libertação do pais

Crianças que euPor ésse mundo onde andei, por essa vida que tenho vivido, em todos

os cantos desta nossa terra, sempre encontrei crianças sofrendo. No nordeste,morrendo de fome. Morrendo mesmo, no meio das estradas, sem choro e comum pedaço de vela que, às vezes, nem dá para- acompanhar toda a agonia.E' que uma vela serve para muitas mortes... E, quando falta a vela, o solIlumina, sozinho, o transe das árvores, dos bichos e das crianças. Vi criançasrecém-nascidas deitadas em chão de terra batida. As mães fazem um buraco do ta-manho dos corpos dos recém-nascidos, forram dé trapos e ali os guardam atévoltarem das ocupações. Outros levam-nos para debaixo das moitas, enquantooapinam nas proximidades. Se as cobras não os mordem, à noite, volíam paraa cama de chão batido. Vi crianças fugindo, à passagem de estranhos, porqueaos 14 e 15 anos nunca vestiram uma roupa: Vi crianças trabalhando nas fa-zendas, de sol a sol, arrolados no contrato de trabalho do pai. E outros par-tindo pedras, desde os 5 anos de idade, no serviço do governo, quando S4 s^ca,«em horário, sem descanso, para receberem alguns centavos. Vi criança» pe-dindo esmolas, nos mercados, nas feiras, nas portas de igreja, nas estações, nocais do porto, como se pedir, fosse a única forma encoptracla, no mundo, paraalguém sobreviver. Vi, outro dia, perto de minha casa, crianças voltando daporta da escola, porque não encontraram vagas. Irão bater na p^rta da ca-dela? VI crianças chorando com sede no morro do Querozene. Vi centenasde crianças sem assistência médica, sem livros, sem sapatos, sem pai e sem mãe,mais perto do céu e muito distante das alegrias da terra, que elas nem sabemque existem. Já vi crianças dormindo nas calçadas, nos trens da. Central, nosbancos de bonde, em qualquer lugar onde possam encostar o corpo. .Ainda agora,estou sabehdo que várias crianças, que vendiam amendoim, foram

'presas na.

Central. Deverão roubar amendoim? E essas crianças recolhidas à Delegaciade Menores, ao SAM, a todos esses lugares organizados pela nossa 'cristãsociedade, onde a violência, a humilhação, a degradação é instrumento evangélicousado para «educá-los»! Sempre, encontrei crianças sofrendo. Sempre., Mas,n8o Imaginava que as chuvas pudessem enterrar crianças na lama, como nafavela Canindé, em São Paulo. A fotografia mostra um menlninho

'enterrado

até o queixo, parecendo interrogar a natureza e os homens, a respeito de seudestino, carregado pelas águas do rio Tietê. Quando chegará a essas criançaso socorro prometido pelo governo? Talvez quando as águas dos rios tiveremvoltando aos seus leitos e as crianças morrido sem um pedacão dn ««ia, que não

chegará para iluminar tanta miséria ! Anotono meu caderninho de tristezas!

' já vi

crianças enterradas na lama. E ainda: asenchentes no Estado do Rio, em São Paulo,em Minas, na Bahia, no Espírito Santo nãocarregaram o destino de nenhuma criançarica...

-||vAna Mon*enegíó||i

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Ho 38 anos

Registradoo PartidoComunista

Reportagem de AFFONSO CASCON

Os jornais da época não quiseram«u nflo . puderam entender toda a im-porlância do acontecimento. Quando,há 38 anos, precisamente no dia 25 demcrço de 1922 era fundado o PartidoComunista do Brasil, a imprensa dedi-cava manchetes e abria grandes espa-ços às notícias sobre a próxima viagemde Gago Coutinho e Sacadura Cabral.Páginas e páginas davam detalhessobre o reide aéreo tisbôa-Rio. Torrede felém de um lado, do outro o Pãode Açúcar, simbolizando a procedênciae o destino dos arrojados aviadoreslusitanos. Um novo Pero Vaz Caminhafalava em «ares nunca dantes navega-dos»..

• v, iEnquanto isto, o I Congresso do P.

C. B. reunia nove delegados nos dias25, 26 e 27 de marco, em meio àgrande agitação política que marcou osúltimos meses do governo Epitpcio elodo o quatriênio de Artur Bernardes.

Omissão da imprensa

O repórter procura a notícia, nosornais daquele dia, uma notícia mesmobreve, um simples tapa-buraco. «ladosobre o falo histórico. Encontra, sim,protestos contra onda de mosquitos«que domina a cidade», ao lado deviolênciai policiais que, 1como se sabe,lem raízes bem antigas e profundas.No dia 26 de março, o Flamengo ga-ihava o Torneio Início. ..

No entanto, certos jornais davam —na época — boa acolhida ao noticia-rio sindical. A seção trabalhista de«A Pátria» era encimada por umaadaptação nacional da célebre palavra-de-ordem do Manifesto Comunista.-«Trabalhadores do Brasil, uni-vos I»

Os anarquistas, que dominavam omovimento sindical da época, não vi-

ram com bons olhos a formação doPartido. Esse menosprezo à nova forçaque surgia no campo político nacionalinfluiu, sem dúvida, na omissão da im-prensa contemporânea.

A casa da Praia Grande

Ainda existe a velha casa da ruaVisconde do Rio Branco, 651, em Nite-rói. Prédio de dois andares, com qua-tro quartos, ali morava Astrojildo Pe-reira. Só os moradores são outros i omesmo número, a mesma fachada ama-relo-desbotado, o mesmo estilo. Alu-guel raivei, maior : em 1922 era de l 20mil réis. . .

Nessa casa se realizou a sessão deencerramento do I Congresso, no dia27 de março. O Partido, fundadodois dias antes, elegeu ali sua primeiradireção e aprovou seus primeiros esru-tutos. Numa sala de frente, no férrea,Abilio de Nequete (barbeiro), Astro-jildo Pereira ( jornalista ), CristianoCordeiro (professor), Hermogêneo Silva(metalúrgico), João da Costa Pimenta(gráfico), Joaquim Barbosa (alfaiate),José Elias (funcionário público), LuizPeres (vassoureiro), e Manoel Cendor(alfaiate), eis òs nove delegados querepresentaram os grupos comunistas jáexistentes em vários pontos do' país.

*

i"'

Só o Diário Oficial

Os jornais não contam. Ou melhor,quase nenhum, porque o Diário Oficialde 7 de abril de 1922 publica o extratodos estatutos. Assina-os a ComissãoCentral Executiva, eleita a 27 de março:Abilio de Nequete, secretário geral;e Astrojildo Pereira, Antônio GomesCruz Júnior, Luiz Peres.

No mesmo número do D. O., sai oregistro da marca «SOCONY», de gaso-

una, oteos e asfalto, a pedido daStandard Oil Company of New York...

A imprensa não oficial silencia.Uma crise agita o mundo árabe, é des-coberto um complô contra delegadosda URSS em Genebra • o estado deLenin inspira cuidados. Elogios em-bora tímidos — ao grande dirigente daRevolução de Outubro. E a velha •vã esperança, sempre acalentada emcertos círculos, à guiza de preocupa-ção : encontrará a URSS alguém capazde lhe completar a obra ?

V primeira sede

Mos o silêncio da imprensa não im-pediu que o Partido se tornasse, desdecquêle momento, uma realidade. Efuncionasse e crescesse e se tornassetorça ponderável e atuante em todo»os acontecimentos subsequentes.

Seu período de legalidade foi curto.Bemardes já estava eleito e tomariaposse em novembro. Mas já no 5 dejulho era implantado o estado de sitio,a pretexto do movimento armado queabalou o país.

No entanto, logo após sua fundação,o Pcrlido teve a primeira sede.

Parece que o destino foi caprichoso.Derrubaram-se milhares de prédios emtoda a cidade. Mas, a exemplo dacasa de Astrojildo, em Niterói, aindaestá intacto o prédio onde funcionoupela primeira vez. Praça da Repúblican 40, esquina com rua da Constituiçio.Lá está o sobrado histórico, desafiandoo tempo. Do outro lado da rua oArquivo Nacional, outro prédio austeroe incólume às picaretas e às transfor-rr.ações.

Históoria e emoção

Os moradores da casa de Niterói ouos ocupantes do prédio do Campo üeSantana, que se sucederam, talvez inosaibam o que ali se passou há cercade 40 anos.

Em ambos há História, deles há muitoo que contar. À frente dessas facha-das inda sentimos a emoção e o orgu-lho que se transmitia do rosto aparen-temente sereno de Astrojildo, fundadordo Partido, 38 anos depois.

A velha casa da Praia Grdncíè e oprédio da antiga sede, no Rio, guar-dundo todas as suas antigas caracte-risticai, parece que estão à espera deserem tombados pelo Patrimônio Histó-rico. Com mais profundas razões queoutros — não se sabe bem porque —tiansformados em monumentos nacio-nais.

Ali há boa parle de nossa Historio.Ali houve debates, houve lulas, dramasde consciências de antigos anarquistasrompendo com o passado...

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No Campo de Santanairimcira sede

Na praça da República n. 40, esquina com rua da Constituição, está o sobradohistórico (foto) onde funcionou a primeira sede do P;;rtido Comunista do Brasildesde a sua fundação até o estabelecimento do estado de sitio, a 5 de julho de

1922, quando foi fechada.3kinl0' _££lPJ_e o problema estará resolvido.»

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4 velha casada Praia Grande

Nesse prédio, ainda intacto, da rua Visconde do Rio Branco, 651, em Niterói, foirealizada no dia 27 de março de 1922, a sessão de encerramento do I Congressodo Partido Comunista do Brasil. Ali morava Astrojildo Pereira, fundador e Inte-grante da primeira direção do Partido. A janela à direita, no térreo, é da sala

onde se reuniram os delegados.

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-¦;~: askíJüi

No antigoCartório Teffé

O extrato dos primeiros Estatutos do Partido Comunista está registrado em Car-tório. No livro n. 3, das Sociedades Civis, sob número 1.280, do antigo CtrtôrlaTeffé, atualmente 1» Oficio do Registro de Títulos s Dooumentos. O registra,

que estampamos no clichê acima, foi efetuado no dia 31 de mata d» '928

¦ •¦ 1 i I ? 11 § HH * 1 11 I r I •JipMA__1 JL.J.L l"W! ü i 1 I y 1' r^ hP- ÉÉ||W!WMJHBmj||||H^ :-

ANO II * Rio de Janeiro, semana de 25 a 31 de março de 1960 * N" 56aiIIJljtii^fl^—íCj^^^^yenciicio^t-^nso^inDe Professores pensa .iüiiii. anripedagogica por atentíer mal a cas»,

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SZmhSSSI1SEHH0WER FALOU EM PARAÍSO AMERICANO...

>mém>

Das usinas de Porto Ricoaos pardieiros de N. York

Francisco e seus sete filhos aco-tovclam-sc num .sujo e asfixantepardieiro no miserável bairro deLower East Sicie, chamado «Co-réia».

Francisco foi um dos primei-ros com quem palestrei, quando, nomês passado, vim morar nos tugú-rios deste distrito. Meu cômodo de10 dólares por .semana, numa casabarata da rua Farsyth, estava in-festado de ratos.

Todo o edifício — de cinco an-dares — ó, sinVesmente.uma gran-de lixeira; nos corredores amou-toam-se resíduos cobertos de mos-cns; as quatro privadas comunsutilizadas por mais de trinta pes-soas são imundas; terrível pestüôn-c:a nas cozmhas, com os fornoscobertos de baratas. Calor sufocan-te.

A casa onde vivia Francisco, naesquina da rua Eldridge. é mais oumenos igual a todas as demais-Fmbora as condições físicas deFrancisco sejam más, isso pareceinsignificante ao lado de suas tris-tezas particulares. Rodeado por setecri nças dc feições doentias e cie-sanimadas, não pôde conter as lá-grimas quando começou a falar.

Alguém tem que me ajudar.E' preciso que eu faça aigo para ascrianças. Devo sair deste horror.

Há dez anos Francisco abandonouas usinas de açúcar de Porto Ricoe se dirigiu para Nova York, coma mulher e três filhos. Ajrora temsete, de 4 a 12 anos. Durante certotempo ganhou um salário decentecomo operário em construção civil,mas fora despedido no ano anterior.Agora recebe 99 dólares por mês:'omo vigia dc várias casas próxi-mas e 6-1 dólares quinzenais de sub-sídio.

'Passamos muito mal cm todaparte onde temos morado. Há dezaiios solicitei um apartamento no-vo. Seis vezes me dirigi às autorida-des, sem que ninguém me atendes-

se. Estas crianças terão que passaraqui o resto da vida?

Gostaria muito de responder-lhealgo, mas nada tinha a dizer. Seuspesares não terminavam ai. Há doismeses sua mulher fugira com outrohomem.

—¦ Sou forçado a ficar em casaliara cuidar das sete crianças. Comoposso trabalhar ? Ninguém meajuda.

Informei-me de que Francisco éum veterano do exército e que pres-tara serviços no Pacífico. Pergun-tc:-!he, antes de me despedir, porque chamam este bairro de «Co-réia;..

Porque é um campo de bala-lha — respondeu-me. — Temr.s quetomá-lo de assalto. Há brigas nascasas e na rua. A policia intervéme depois se retira. As rixas sãoconstantes.

Ao despedir-me de Francisco es-treitei sua flácida mão e sorri àscrianças. Sete expressões de inocên-cia me fitaram como se eu fora suaúnica esperança.

EmbrutecimentoFrancisco definira a «Coréia»

com acerto. Jovens bêbedos, do dis-trito vizinho, Bowery. fazem ba-gunça nos bares ou dormem nosfossos que servem de latrina. Háconstantes brigas domésticas. Viuma mulher embriagada bater nomarido com um bastão de golfe. Umvelho, depois de ter levado uma sur-ra, jazia todo ensangüentado nacalcada, a espera de ambulância,

Na esquina das ruas Farsyth eRivingston conversei com um poli-ciai que contemplava umas pessoasandrajosas apinhadas nas escadasde incêndio, numa busca infrutífe-ra de ar fresco. Parecia que nada operturbava.Com o tempo o indivíduo seacostuma a tudo — disse-me. — Is-to aqui é uma floresta cheia de fe-ras. Não sei por onde começar. Ve-

ja essas meninas de aspecto agra-dável, que hoje não foram à escola.Podem ficar bonitas, quando crês-cer, mas já estão perdidas. Vendemdrogas e elas mesmas as tomam.

Ouvi, mais dc uma vez, reíerên-cias ao tráfico dc estupefacientesnos cortiços.

Apatia e imundícieConvivendo com meus vizinhos,

pude observar que muitos se dei-xam dominar pela apatia. Umaitaliana ítorducha, inquilina de umpardieiro de dois cômodos num edi-fício de tijolos, falou-me de sua vi-da. No inverno a casa não tem cale-facão. A água quente não sobe peloencanamento. Em todo o edifício,de quatro andares, não há banheironem chuveiro. Fiquei horrorizado.

Como lava as crianças? —perguntei-lhe. — Como você mesmatoma banho?

A mulher encolheu os ombrossem qualquer perturbação, e repli-cou:

Lavo as crianças na tina dacozinha- Passo-me a esponja e lavoos pés numa vasilha de barro.

Mas isso não é banho — ob-jetei.

Mister — retrucou lentamente— há oito anos não tomo um banhode espécie alguma; nem de chuvei-ro,

Quando me refiz da surpresa,mudei a conversa para outro tema:o aluguel.

Há oito anos — disse-me amulher — o apartamento me custa-va 16 dólares e 50 centavos pormês. Agora pago 30 dólares e 50centavos.

A verdadeira tragédia da casanão era a mulher, e sim os três fi-lhos. Falava comigo amistosamente,mas descarregava nos garotos airritação acumulada.

Eh, canalhas, vocês não ser-vem para nada, e me enchem a pa-

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Reportagem de W00DY KLEIN

(3 de uma série)

ciência! Algazarra e gritos a todahora c calças molhadas! Fora da-qui!

As crianças desapareceram c aitaliana continuou;

— Não se [iode dormir na mesma cama com um menino. E' omesmo que dormir com um polvo.Além disso, constantemente correm

pela cama canuindongos e baratas,e, às vezes, uma ratazana. E' poríhso que sempre durmo com a luzacesa.

Perguntei-lhe se saía a passearde vez em quando.

— Não muito — respondeu. Meuvelho me abandonou há quatroanos, deixando-me com estas mal-ditas crianças. Há Ires anos não vouao cinema.

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Onde,a esperança?

Nota

Econômica

Cansado, velho, desesperado, esse rasaijã quase nada pode esperar da vida, asròr(,'i.s estão esmoladas a tal pimto que at Amesmo para lutar por melhores condi-ções já se lhe embotou a capacidade.

25 a 31 de março de 1960 —

DicionárioCAMBIODE CUSTO (I)

A Lei 1 807, que criou em 1053o regime cambial vigente, deixousol. controlo do Estado as importa-ções e exportações de mercadorias,bem como os pagamento» e recebi-mentos leitos a titulo de «serviços»,com exceção das remessas de lucro*das empresas estrangeiras, que tam-liem são oficialmente consideradasno «item» dos serviços. Tanto asmercadorias de exportação como asde Importação foram classificadascm diversas «categorias», de acordocom os respectivos custos do produ-ção e com o interesse que o Govér-no tinha em estimular a sua expor-tação, ou garantir a s.ih importaçãoa preços mais ou menos elevados,pata facilitar ou para dificultar.

Dessa forma, as divisas que nGoverno recolhia, das exportações epagamentos de serviços, eram reniu-necadas a diversas taxas, uma paracada categoria: o preço do dólaroficial, Cr$ IX,00 mais uma «lumi-ficação» variável. O mesmo ocorriadn lado das importações. As divisasrecolhidas pelo Governo eram colo-cadas por este em leilão, para se-rei» adquiridas a um preço tambémvariável, resultante da soma dataxa oficial do dólar mais um«ágios, cujo mínimo era fixadopara cada categoria, Um certonúmero de mercadoriais e serviçoscuja Importação ou pagamento éessencial para a população ou parao desenvolvimento do país, foi en-trelanto deixado fora do regime deleilões, |iara que a.s divisas necessá-rias an seu atendimento fossemvendidas aos Interessados ao seupreço de custo para o Governo, ouseja, a média ponderada das taxaspagas pelo Governo aos exportado-res: dai o nome de «câmbio decusto» dado à taxa cambial válidapara estas importações e pagan.cn-tos. Neste caso foram incluídas asimportações de petróleo e deriva-dos, de fertilizantes, equipamentosliara a industria petrolífera, trigo,ek\. bem como os pagamentos deJuros e amortizações de eniprésti-mos do Governo ou avalizados poreste.

Posteriormente, entretanto, aSUMOC modificou bastante o siste-ma da I,cl 1 807. Sob pressão im-perialisla, através do Fundo Mone-tário Internacional, foram tomadasdiversas medidas no setor cambial,iodas tendentes a eliminar o eon-tróle do Estado sobre o comércioexterior, e a passar para o «mer-cado livre» a compra e venda dedivisas. Uma das conseqüênciasdessas medidas foi a de que aexpressão «câmbio de custo» dei-xou de ter sentido, embora conti-mie sendo usada, unia vez que oGoverno fi hoje obrigado a comprarno «cAmblo livre», a Cr$ 180,00 oumais por dólar, grande parte dasdivisas com que atende aos paga-mentos sob aquele titulo, que or-çani a mais de um bilhão de dó-lares anualmente, e que são feitosà taxa de Cr$ 100,00 por dólar,atualmente.

A Petrobrás é grandemas está crescendoamarrada à Esso

como tenebrosos sãotodos os cômodos dos cortiços novalornuinos.

A Petrobrás está divulgando o relatório de suas ati-i Idades em 1959. O documento, mesmo levando-se em con-Ia as coisas que èle deixou de dizer, è um atestado do acér-to da politica nacionalista adotada no campo do petróleo,ííle mostra que o monopólio estatal caminha acelerada-mente para dar ao pais a tão esperada libertação da de-pendência em relação aos trustes particulares que domi-fiam o mercado petrolífero internacional, li nós dizemosque esta libertação só não está completada, já agora emvirtude das hesitações e recuos na aplicação de uma poli-tica firmemente nacionalista neste terreno do petróleo

No conjunto de suas atividades, a Petrobrás propor-clonou ao pais, em 59, uma economia de divisas superiorh 1.45 milhões de dólares. Êsle é o preço que seria pagol»'los produtos extraídos e refinados pela empresa sefossem Importados, como o eram antes da criação da Pe-tnihrás. Para se ter uma idéia da importância deste fato,basta se levar em conla que, se esla economia não tivesseocorrido, o déficit de nosso balanço de pagamentos com oexterior em 59 teria sido mais que duplicado. .Mesmo li-niitado a 120 milhões de dólares, segundo afirmam ascifras do Governo, este déficit, está levando os governa..-tes brasileiros a postarem-se eni atitudes de suliservièn-.cia, em relação ao Governo norte-americano. Posse fileelevado a 205 milhões de dólares, c certamente não teriasido possível evitar que o Governo brasileiro, na expec-•ativa de empréstimos ianques, já tivesse dobrado o.s joe-lhos até o chão as exigências do imperialismo norte-ame-ricano, transmitidas pelo Fundo Monetário Internacional,no que concerne â nossa politica interna de câmbio, dedesenvolvimento industrial e â própria política de petróleo.

lim apenas 7 anos de atividade, a Petrobrás já assu-min com larga vantagem a dianteira entre as maioresempresas do pais. Ela faturou em 1959 nada menos doque Cr$ HO bilhões, <> que representa quase um terço delodo o orçamento da República. Sua produção de pelró-leo, nos campos baianos, aumentou em 2(5% em 1959, comrelação a 1058, atingindo o total considerável de vM.II mi-Ihões de barris, com uma media daria dc (l"> mil barris;a média diária atual, entretanto, já é de 80 mil barris, e(orna perfeitamente stiperávcl a mela de produção para

presenlam um terço de todas as necessidades de consu-mo do |.aís.No setor de refinação o panorama é igualmente alen-tador. Com o término dos trabalhos de ampliação das re-finai-las de Cubatão, em São Paulo, e de Matarlpe, naBahia, previsto para os meadas e fins do ano corrente, acapacidade instalada de refinação no pais atingirá 220mil barris diários, ou seja cerca de dois terços de todo oconsumo nacional. O terceiro terço será completado emprincípios de 1961, quando entrará em funcionamento aRefinaria de Duque de Caxias. Nessa data, portanto, oliais estará completamente libertado da Importação de de-rivados de petróleo, e estará produzindo em seu terrlló-rio mais de um terço de lodo o petróleo processado emsuas refinarias. Bem poucos paises no mundo consegui-ram esta situação.Embora os êxitos sejam grandes, é preciso entretantodizer que eles poderiam ter sido muito maiores, não fossea politica de conciliação, quando não de submissão do Go-verno e da própria atual direção da Petrobrás O con-trato leonino assinado pela Petrobrás com a Standard Oil,dando a esta última empresa o monopólio do fornecimen-to das nossas importações de óleo cru, impede a Petro-brás tle obter melhores preços para o produto Importado,ao mesmo tempo em que limita as suas possibilidades deprodução na ISalila, porque a impede de procurar outroscompradores para o tipo de petróleo do Recôncavo, cu|oaproveitamento nas refinarias da empresa é proulematl-co. Não fosse isto, a empresa já poderia ler atingido onivel de produção de 100 mil barris diários. O mesmo sepode. dizer do setor de exploração e pesquisa Entreguea um ex-diretor da Standard Oil — que não deixou de serfuncionário deste truste —, Mr. I.ink, — <> Departamen-to de Pesquisa da Petrobrás não conseguiu, e nem po-derla mesmo conseguir localizar uni só campo produtivode petróleo em todo o pais, uma vez que os campos doRecôncavo já estavam descobertos antes da criação da Pe-Irobrás.O relatório da Pe-

Irobrás, portanto reforçaa convicção tle que o na-cionalisiilo é hoin; maisnacionalismo será ainda,incllim-

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— 25 a 31 de março de 19ó0 «OÜOS RUMOS - 3

nMaftKM^J^A>A&jl!i*J 11i* BB i.y[•X*l frni b^b PtTl E^Fm— «Parece-nns que o movimento pa-

rei reforma da educação nacional, olr:i-vés e!u Lei cie Diretrizes e Bases, estás.ndo objeto de várias confusops ema. entendidos desde que, em da Iomoinenlo, houve um aiasiamciito e;os y caráler de satisfação da necessida-e .¦ populai e humana; para atender atnlerôsses de ordem puramenle políii-c:i <. parMculat.

• No momento em que os educado-roi, estudiosos' dos problemas educa-c ), ais, levantam a questão de umai. íOi-nia geral da educação, procuran-cio esclarecer os legisladores, despro-zci-se a opinião e sugestão daquelesc;ue, pelo Conhecimento do assunto,experiência e esiucio sislemálico daI obicrr.Jlica educacional do pais ems.a totalidade, soo capazes de opinarc-m justeza e acêrio. E, como conse-c,..incio dessa irrisão, levanlam-seCiiicslões de ordem parlicular, que náoctiLem na proposição de uma lei gerulae educação e c.ue so trazem coníu-são e tumulto, dificultando a compre-ciucio e desvirtuando seu sentido • ,•

Ressaltando em seejuida c|ue a imã-luiidcide leva a polêmicas a respeitoda competência ou incompetência ciasescolas particulares e públicas, da exi-géncia do concurso para os professo-res nas escolas públicas primárias, sô-bre o direito ou não da família de edu-car cw filhos, prossegue:

Educação democrática— Segundo nossa Constituição,

não há impedimento á iniciativa pri-veida; portanto nenhuma lei que regu-lamenta dispositivo da Constituição,poderá mo lificá-lo sendo comple-lamente estéril a discussão desseponto. Como vivemos num regimeaemociclico, temos o devei de tomara educação cada vez mais demoercitt-ca, estendendo-a a maior número. Nâohá notícia de país democrático que ik,olenha ampliado cada vez mais o en-sino público, dando, no entanto, liber-dade à iniciativa privada, para atenderos classes abastadus que podem custo iros estudos dos fiii.os, mas uma inicia-tiva particular que tenha competênciapara manter-se sem subvenção dos co-fies públicos. Em nenhum desses pai-ses a familia sentiu, sente ou reclamaque, pelo fato de o Estado dar ensi-no público graluito, estejam esbulha-dos nos seus direitos de «educar a pro-

le», E' surpreendente ver como entrenós de repente se tornou uma qu?s-leio de dis,.ussão violenta e apaixona-cio, desviando o exame da reformaeducacional de seus devidos lermos —0 que náo podemos sobei se por inqe-nuidade ou ignorância apenas — aafirmativa de que há no projeto apre-sentado pelo Minisléiio da Educação,intenção de estabelecer um monopólioestatal do ensino, que a piópria Com-tiluiçcio proíbe.

• A « liberdade do ensino» que vemsendo defendida pelo grupo simpáticoa prioridade do ensino privado nãolem a mesma conotação daquela de-tendida pelos educadores que se ba-lem pela educação pública, constiluin-do um sofisma em torno da premissafalsa de que a escola particular é maisdemocrática do que a pública, em pio-no século XX, diante de todas as con-quisias sociais que a humanidade alin-giu no seu processo evolutivo.

-A afirmação ingênua de que aequiparação de direitos decorrentes dafc.-nialura em escola normal pública ouparlicular «decorre do princípio demo-crático de igualdade* expressada hápoucos dias por um de nossos parla-mentores, revela até que ponto se ig-nora o quanto essa determinação é denafuieza regulamentar, portanto, de-vendo ser objeto de resolução local,atendendo à realidade de cada região.Os educadores que orientarem os sis-temas educacionais locais é que deve-rão decidir, de acôrao com 0 conheci-mento que tenham das escolas públi-cas e particulares de que disponham.Uma determinação tão particular, colo-cada nesses termos numa lei geral deeducação, será imposta obrigatória-mente a Iodos os Estados e territóriosdo Brasil, tolhendo a autonomia quea lei de Diretrizes e Bases deve trazerá administração da educação no Bra-sil.

Não é lei«Ficaria muito extenso se nos deti-

véssemos na análise de todos os errospresentes no substitutivo ora em cursono Senado, principalmente porque oerro maior e que nos parece suficien-te para invalidá-lo é o de que nãotem, em absoluto, o caráter de uma leigeral de educação. Tem mais o cará-ter de um regulamento quo «não tra-ça novos rumos para a educação na-

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Educaçãodemocrática

«Como vivemos num regime democrático,temos o dever de tornar a educação maisdemocrática, estendendo-a a maior nume-ro» — afirma a educadora Maria AntoniaRocha e Silva, argumentando em defesa

da escola pública.

..Bayard*—————'

D emana

eional nem liberta o educando da ri-gidez curricular» como se expressouum parlamentar, porque como regula-mento é muito restritiva e parliculari-zcmte>>.

• embora isso revele falta de matu-nelude, cie uma consciência educado-nal autêntica que reclame, exija e pro-picie solução dêíse problema, é mui-to animador sentir que está sendo dis-cutiao, ventilado e a massa popuiar,imediatamente intorersada, está toman-do conhecimento da situação, já se po-dendo pensar em procurar uma solu-ção.

«De qualquer modo, consideramossalutar essa discussão, muit0 mais cons-Iruliva do que o marasmo em que es-fávamos mergulhados há 3 anos alrás,quando nem se discutia o problema.Temos fé em que os nossos legislado-res tenham um «insight» a tempo edêem uma demonstração de maturida-de com o reconhecimento de suas li-milações no campo educacional e pro-curem se apoiar naqueles educadoresque o são na verdadeira acepção dolêrmo, já pelo conhecimento dos pro-blemas de educação em geral, já pelaexperiência e noção da problemáticaeducacional do pais na sua totalidade,na discussão e aprovação do projetoem curso no Senado e sempre que fo-rem levados a formular uma lei de edu-corno»

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da tscola PúbliícaWí$V:

O direito de estudar deve ou não ser assegurado a todo opovo ? O problema da educação no Brasil, com a aprovação dotexto atual do projeto de «Diretrizes e Bases», instrumento legalque ampara a escola particular em detrimento da escola pública,atingiu seu ponto crucial e apaixona setores os mais importat iesdu população, interessados numa selução que atenda aos interês-ses da Nação.

Estudantes e professores, principalmente, através de campa-nha que se desenvolve em todo o território nacional, procuram es-clarecer o povo e reunir forças para impedir a chancela do Se-nado aos poucos artigos já aprovados pela Câmara Federal, eque alentam frontalmente contra a própria existência da escolapública.

NOVOS RUMOS, que desde o primeiro momento se colocou aolado dos que exigem a garantia do ensino gratuito, traz hoje odepoimento de quatro professores, personalidades as mais des-tacadas no campo da educação no Brasil.

^^^ '. ^r ite«Duas correntes perfeitamente

distintas chocam-se na presente con-juntura: a dos defensores da escolapública e a dos partidários da escolaparticular. Os primeiros desejam umaescola democrática, gratuita e laica, aopasso que os segundos querem auferir,geralmente, as polpudas subvenções doEstado, considerando a educação, acultura e a instrução como peças deume organização comercial de fins lu-cativos ou como instrumentos de ideo-Icoics. Defeido intransigentemente aescola pública porque promove, prin-cipalmente, a igualdade social, a igu.il-cadê r-ortunidades e é um- ;-tu,:..o que acompanha de perto o de-se. volvimento do nosso pais. E' pre-ciso frisar que Nacionalismo e escolapública são termos correlatos. Nãoexistirá um sem existir o outro.

'Não - 3u contra a escola .jarti-cular. Mas, sendo uma organizaçãocomercial, deve ser fundada e vivercem seus próprios recursos. O dinheiro

públicas. E, além do mais, a escolado Estado dará, sem sombra de dúvida,melhores condições de vida ao professo-rado, melhores condições de trabalhoe, consequentemente, melhor ensino poisnão tem, en. absoluto, fins comerciais.

Falhas a Combater— «Para felicidade nossa, o ante-

projeto aprovado pela Câmara tem, poseu todo, muita coisa de positivo. Pre-cisamos portanto emendá-lo, não orepudiar in limine, como estão fazendoalguns desavisados. Do lamentávelprojeto Lacerda restam apenas algunsartigos. Vários artigos precisam reremendados, outros suprimidos. Esta é,portanto, nossa atual tarefa.

«Apesar de todas as falhas, o pro-jetc tem características democráticas.Dois princípios fundamentais devem serapreciados nesse projeto: 1) Não en-fraquece a unidade nacional; 2) nãocrie diferenciação de. raças, condição

que a religião é do fórum íntimo decada um, Jevendo ser ministrada ape-nas pela família, nos templos ou nasescolas confessionais mantidas pelosfiéis.

— «A lacuna mais importante doprojeto de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional é, a nosso ver, nâoconter um capítulo que se refira excluii-vãmente ao professor secundário. En-vic.remos, brevemente, aos senadoresestudos para evitar essa lacuna.»

Solidário com as normalistas«Estou inteiramente de acordo com

as alunas do Instituto ,-l Educação edemais escolas normais públicas na 'uraem defesa da escola pública. Reol-mei.te, só devem ingressar no magisré-rio público as alunas formadas porérses estabelecim 35. As portas dês-ses educandários estão abortas a todos.Quem quiser ser profnsçôra pública façaseus vestibulares aliás bastante rigo-

Problema estará resolvido.»

'¦í

0 usodo dinheiro público0 dinheiro publico só deve ser aplicndonas eseiolas núblicas. 0 professor De-na-ria Boytr-ux, presidente do Sinriicato elos

Protcisoies pensa assim.

Em suas declarações, o físico José Leite Lopes assinalou a importância que tem paraos governos, no mundo de hoje. a formação de cientistas e técnicos indispensáveis aa

desenvolvimento econômico. Sem escolas públicas isso não é possível

o$ e Lopes— «Nos países mais avançados,

diante do impacto produzido pelosrecentes descobertas científicas, terna-se uma preocupação primordial dosGovernos a questão da formação dosjovens, dos cientistas e dos técnicosindispensáveis à manutenção do desen-volvimento econômico e da primaziacientífica. Nos Estados Unidos pro-cessa-se uma revisão dos métodoseducacionais, caracterizada pela neces-sidade de uma intervenção maior doEstado na educação e na pesquisacientífica. A Fundação Nacionolda Ciência daquele país procuracoordenar os laboratórios e universida-des para que possam produzir maiornúmero de cientistas e técnicos, pro-curando, assim, responder ao desafiopacífico lançado pela União Soviética.

I •¦ «No Brasil, tradicionalmente, o ensi-

I no oferecido pelas escolas públicas temi sido incomparavelmente superior ao da1 escola particular. Toda medida teu-

dente a diminuir ou anular a primeiraserá, em conseqüência, um passo paia

Irás. No que se refere ao ensino e àpesquisa científicos, a omissão do Es-lado só poderá acarretar conseqüênciasgraves, uma diluição de recursos • umacorrida aos cofres públicos, multiplica-ção de esforços e a implantação de umsistema caótico.• «A tendência no mundo moderno 4a do o Estado oferecer educação gra-luita para todos, instalar laboratórioscentrais, não só nacionais como otiinternacionais, tais como o C.E.R.N. naSuíça e o laboratório de Oubna, naU.R.S.S.

«Para onde irá o progresso do Brasilse nosso país fugir do processo históricodo mundo moderno ?

«Não é, pois, de admirar que as fôr«ças jovens e renovadoras da Nação —•os estudantes, os professores e os ei'entistas — estejam empenhados em que)o Congresso aprove uma Lei de Dlre-tiizes e Bases da Educação, capai dedar ao Brasil os meios de que necessitopara alcançar melhor posição no muivdo científico e cultural dos nossos dias»

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O povo procuraa escola pública

A professóni Mana Elisa Rodrigues Cam.l>os, chefe do Distrito Educaolonal daAndarai, realça a necessidade de aumen-tar-se a rede ele escolas públicas, pois f

i ndn vez maior a procura dos estabeleci»im-ntos ofici.iis pela população.

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— «E' uma campanha meritória onecessária a dos estudantes em defe-sa da escola publica. Todos deviamparticipar dêss.- movimento, pois é ocúmulo pensar-se em acabar com er es-cola que atende realmente ao povoO que se precisa fazejr é aumentar onúmero de escolas existentes, fome-cendo cada ano mais oportunidadesde instrução,

eeNada temos contra as escolas4 par-ticulares e a prova disso está em en-viarmos os excedentes quo. as escola:,públicas não comportam paia as esco-Ias particulares do bairro, pagandosuas anuidades com verba oficial».

Excedentes:— «O problema dos excedentes se

repete todo ono e a soluço d? d:vi-dir o tempo osrnlai em três tt:i éantipedagógica por atender mai. à

criança, reduzir seu tempo de perma*nência na escola, além de cansar maisa professora A procura crescente daoscola pública pela população mostraque é necessário aumentar a rede deescolas públicas e não acabar com elas,como se pretende»,

Equiparação

— «No dia em que todas as norma»listas de escolas particulares puderemler a formação filosófica e a práticade ensino que têm as alunas do Ins-tiluto.de Educação e das Escolas Car-mela Dutra e Sarar. Kubitschek, entãoso poderia pensar em igualá-las. Porenquanto porém, embora haja boas es-calas noimais particulares, nã0 se podocomparar o ensino nslas ministradocom o fornecido pelas escolas públi-cas». ,

Page 12: Resposta ao Diário de Notícias Fatos Provam: Jânio é … · permanecem do"outro lado das grades, ... cipaçào do Brasil na guerra contra o nazi-fascismo. ... de Santa Maria adeiiicim

4I0U0S RUMOS 25 a 31 de março de 1960 -

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Primeiros Osas do Partido

Abraço de«amigo urso»:v

Jorglto, o urso quo só falta falar, é a vedeta Incontestável do Circo do Moscou,atualmente em exibição no Marncanã/.inho. Atualmente com sois anos do idado,Jorgilo vem sondo treinado para o pandeiro desde os sois meses de idade,

por Ivan Rudriavtsov (foto), a quem abraça com carinho e respeito,

0 Congresso do funda ção doPartido não foi coisa realizada deimproviso, mas resultou de um tra-Imlho de preparação quo duroucerca de cinco meses. Por inicia-Uva e soh a direção do Grupo Co-inunista instalado no llio a 7 donovembro de 1921, outros gruposse organizaram, nos centros oporá-rios mais importantes do País, como objetivo nrecipuo do marcharpara a fundação do Partido. Tinha-so om vista estabelecer certos pon-tos de apoio nus regiões onde haviaalguma concentração de massaoperária. Conipreeudia-se, p o routro lado, que o Partido devia lerdesde o inicio um caráter definidode partido político de âmbito na-cional.

O merisário Movimento Comu-nista, editado pelo Grupo do Rio,já om seu nrimeiro número (janei-ro de 1922) explicava claramenteo que se pretendia: «Com referên-cia á organização partidária, doso-jamos o preconizamos a união, so-lidamente baseada num mesmoprograma ideológico, estratégico etático, das camadas mais consciçn-tos do proletariado. As experiênciaspróprias e alheias nos aconselhamunidade e concentração de esfor-cos e energias, tendo em vista co-ordenar, sistematizar, metodiiíar.apropaganda, a organização e a açãodo proletariado». Para melhorcompreendermos o sentido dessaspalavras, >-o momento em queforam escritas, devemos lembrar,,11,. n classe oneraria brasileiranão possuía nenhuma tradição deorganização política om partido >"-dependente, e <:»«' <* sindicato'-onerários do tendência revolucio-nária, em cujo seio nasceu o Parti-do, eram organizações de orienta-ção anarouista, baseadas numa <'s-Irttturação ultrallberal, adversas

a qualquer forma de direção unita-ria e centralizada.

Os Grupos Comunistas eramconstituídos, em sua absoluta maio-ria, por operários ativistas do mo-vimento sindical, e assim desde oinício se constituiu o Partido sobreuma firme base proletária. Eisporque a preparação política eprática para a realização do 1"Congresso se desenvolfeu em es-treita ligação com a atividade deiscomunistas dentro dos sindicatos,com a sua participação nas lutasoperárias e nas ações de massa.Não é demais chamar a atençãopara o que havia de positivo nesteaspecto da formação inicial doPartido.

Simultaneamente, os comunis-tas sustentavam intensa campanhaideológica de esclarecimento o de-finição de princípios, em luta abertae cerrada contra a ideologia anar-quista até então predominante.

A formação do Partido so pro-cessou, de tal sorte, em pleno fogodas lutas do classe o, no mesmotempo, sob o fogo do uma duralutaímeológí^a, quo era o reflexo,no ! 'Màü, e segundo as condiçõesbrasiifiras, da luta ideológica Ira-vada Utíjjg^tjn* ipmidial pela III In-ternacionaí! r

Fundado definitivamente o Par-lido, no l" Congresso, os Grupospassaram a constituir suas organi-/.ações locais, já agora estruturadasom moldes centralizados, isto ó,com a sua subordinação a uma di-reçào nacional única, de acordocom os Estatutos então adotados.O mensário Movimento Comunistapassou a ser editado pela direçãonacional como órgão tio Partido, eem suas páginas podemos encon-Irar algumas indicações sobre avida e a atuação do Partido emseus primeiros meses de existênciacomo tal.

Continuando a orientação já se-guida anteriormente pólos Grupos,os comunistas intensificaram suaatuação dentro dos sindicatosoperários, através de líderes e ati-vistas sindicais que haviam aderi-do ao Partido. Em aplicação dalinha partidária, os comunistasbatiam-se pela unidade sindical,independentemente de diferençasideológicas c políticas, como condi-cão básica para o êxito das açõesde massa. A luta ideológica decritica á orientação anarquista orasobretudo uma luta contra o secta-rismo, fator de divisionismo, isola-mento e impotência. «í: imprescin-dível levar em conta a.s lições dopassado» — lia-se em editorial doMovimento Comunista consagradoao problema de reorganização sin-dical — (M' uão queremos incidirnus mesmas falhas o nos mesmoserros, mio inevitavelmente nos leva-riam às mesmissimas derrotas».

A propaganda das idéias comu-nistas ora realizada não só sohforma impressa, através do meu-sário citado e da difusão de livroso folhei os, como também sob aforma do conferências, palestras,festas, etc. Geralmente, as confe-rôncias e palestras — algumas decaráter polêmico — se efetuavamnas, sedes dos sindicatos operários.No concernente à propaganda im-pressa, acrescentemos que diversosjornais sindicais, quase sempre re-digidos nõr líderes sindicais queeram ao mesmo tempo dirigentesdo Partido, publicavam em suascolunas os nossos materiais —artigos, polêmicas, notas informa-Uvas, e mesmo alguns trabalhosteóricos dos clássicos do marxismo.O Manifesto Comunista, cuja pri-meira edição brasileira data de

ASTROJILDO PEREIRA

1923, foi publicado antes em nú*meros sucessivos da Voz Cosmopo»lita, semanário dos trabalhadoreicm hotéis, restaurantes e cafés.

Os comunistas brasileiros par-ticiparam ativamente da campa-uha mundial em favor de Sacco «Vanzctti: No Kio de Janeiro, acampanha foi dirigida pela Federa-cão dos Trabalhadores do Rio de¦Janeiro, com o ivioio decidido doucomunistas. Houve também, poressa época, uma campanha de âm-bito nacional em favor do marítí-mo brasileiro José Leandro da.Silva, vítima de injusta condenaçãopor parto de tribunais da reação:os comunistas colocaram-se na pri-meira linha do combate.

Nos meios intelectuais, a fun-dação do Partido não teve reper-cussão imediata. Lima Barretoveio a falecer precisamente no anotle U)'Z'i, mas tudo leva a crer quetomaria posição a favor do Parti-tio. Outro escritor e jornalista ca-rioca, que vinha também do anar-quismo o que desde o início formouao lado dos comunistas, foi Domin-gos Ribeiro Filho, durante muitosanos redator-chefe da popular re-vista Careta. Em São Paulo, o ve-terano Afonso Schimidt foi dos pri-moiros a escrever em defesa docomunismo e da Revolução Russa.Ainda em São Paulo, o poeta Rai-mundo Reis, já falecido, e o velhocombatente Everardo Dias, quepermanece firme no seu posto, fo-ram dos primeiros a aderir ao Par-lido. Em Pernambuco devemosmencionar o professor CristianoCordeiro, litler popular de grandeprestígio, (Mie organizou o GrupoComunista do Recife e foi seu dele-gado ao Congresso de fundação dePartido. Rodolfo Coutinho, entãejovem estudante pernambucano,i\v\o ser lembrado entre os primei-ros intelectuais que ingressaram noParlido.

Convém recordar que a forma-ção do Partido se processou duran-te meses de extrema tensão polítí-ca, motivada sobretudo pela cam-punha da sucessão presidencial.Realizada a eleição a 1" de marçode 1922, a luta política, em vez deamainar, cresceu de intensidade evirulência. A 5 de julho, o Forte deCopacabana tomou a palavra. Foivencido, .mas continuou fumegan-no. O governo "decretou o estadode sitio. Com isso, viu-se o Partidojogado na ilegalidade, três meses epouco depois do Congresso de fun-dação. Tudo se complicou enorme-mente dai por diante. Mas o fotomais significativo que devemos aquisalientar é que o Partido não desa-pareceu, nem cessou a sua ativida-de, nas novas e difíceis condiçõescriadas pelo sítio.

Jorgito no PicadeiroDeixa Gente Grandede Água na Boca

Ja viu, alguma vez, um urso an-dar de motocicleta? Ê provável quenão. Pois tem: o urso íGochka»,amestrado pelo domador soviéticoIvan Kudriavtsev, é muito afieio-nado a êsse esporte.

Essa proeza, extraordináriaaté mesmo em animais tem treina-dos, foi há pouco apresentada, pelaprimeira vez, no picadeiro do circode Moscou, e, a partir de então,a «artista» quadrúpede demonstra,üom visível prazer e desembaraço,sua mestria ao público.

Há 9 anos, aos 19 de idade,Ivan Kudriavtsev começou a tra-balhar no circo. Acabava de che-gar a íjevsk, procedente do campo,com o propósito de ingressar na

escola de agronomia. No entanto,dpcidiu de sua sorte na tarde emque pela primeira vez assistiu auma função de circo. Começou atrabalhar como ajudante de umcelebre domador soviético e a assi-mile.r, com grande entusiasmo, suasexperiências.

Dois anos após, encontrando-se na Sibéria, Kudriavtsev com-prou de alguns caçadores um ursi-nho de mês e meio. Ivan gostoumuito do gracioso animalzinho elhe dedicou grand e afeto, nuncadele se separando, e começou aensinar-lhe os truques circensesquando «Gochka» chegou aus 6meses de idade. «:Gochka^ demons-trou ser aluno inteligente e capaz.

Aos Trabalhadoresem Carris

Pcdcm-nos .i publicação da seguinte nota:"Os comunistas, trabalhadores em Car-ris Urbanos do D. I'.. comunicam aos tra-balbadorcs em Carris e •"» po\'i que ossenhores Jo5o de Lima Ribeiro, fiscal debondes chapa MSS. e Manoel José Venân-cio, fiscal chapa 663, nSo mais milltam nasfileiras comunistas.

Manoel José Venâncio, criticado por po-sicôrs aventureiras que vinha tomando, poi^praticava atos incompatíveis com a digni-dade comunista, pediu demiss3o das fileirascomunista.''. Entretanto, procura passar porcomunista

"divergente" a fim de melhorpodrr agir contra os interesses dos traba-Ihadores em Carris.

João de Lima Ribeiro procurou condu:ir

os comunistas da Carris num caminho con-ir.irio aos interesses dos trabalhadores e denossa pátria, procurando dividir os traba-Ihadores e os comunistas, fazendo assim ojogo dos inimigos da classe operária, Nãoaceitou a critica de seus antigos camaradase desertou das fileiras comunistas, tambémprocurando passar por comunista

"divergen-

te" a lim de iludir trabalhadores honestosc tentar organizar um grupo anticomunistaiw i.uii' E hoie êsse senhor o principalcentro de atividades-—-anticomunistas naCarris. procurando cindir a unidade

~3üs~

trabalhadores no setor sindical, o que sóvem beneficiar a empresa Impcrialista Liglit.Por suas atividades anticomunistas e aniioperárias, foi o sr. |oão de Lima Ribeiroexpulso das fileiras comunistas."

Às vezes, é claro, o ursinho setornava caprichoso, ficava indócil,mas Ivan nunca dele se aborreciae nem o castigava. As carícias e obom trato substituíam o chicote.

Decorreram, assim, dois anos:¦ meio de perseverantes ensaios, atéque, finalmente, em 1956, Kudria-vtsev viu realizado seu sonho: es-treou com seu pupilo no picadeiro.O êxito foi grande e merecido.

Em geral, os ursos amestradosfazem somente dois ou três tru-quês. 0 urso de Kudriavtsev rea-liza com toda habilidade, sem ne-cessidade de açoite, até 15 ardisdiferentes. 0 repertório de «Go-chka» é muito variado. Faz pirue-tas e dá cambalhotas no picadeiroe na.barra; com a arena às es-curas faz girar com as patas tra-zeiras, um rolão com tochas; pas-seia de patim e de bicicleta. Comobom corredor, dá voltas pela pistaeni motocicleta com os faróisacesos.

«Gochka» cuida com esmerocios objetos- de trabalho, que élemesmo entrega aos auxiliares. Per-corre a pista apenas com as patasdianteiras. E quando conclui onúmero, «Gochka» se aproxima deseu mestre, abraça-o e faz reverên-cias an núblico como a ressaltar osi ^^^* seu domador no êxitoaluam, ido.

O jovem artista e seu urso-sãe-Jaejn_conhecidos na União So-

viética e TuT-est-rangeiro^ tendoem muitos países

~è~emparle conquistam grande

atuadotoda aêxito.

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— ^^ _ m ng m> r toam *w mmt mO Bsabo Ma© e Ta© Feio...i LehMiig porque etn meu pais temos grande

aumentar nosso intercitmbio coni a RÜA,¦emos comprar máquinas agrícolas, tratores

troca de nossos produtos clássicos, oNossa Intenção é a de incrementar

a KDA ao máximo possível.)Kstas fórum as palavras do sr. Clovis Saltes Santos,

prc.sl-te da Federação das Associações Rurais do Estado de

Paulo (FAKES1'), cm entrevista concedida ;i Al)>.

«Viminteresso cmde quem quie fortilÍ7.iuitcs, eniciilé em particular,nosso intercâmbio com

Di sse »itiiiiiilades brasileiras de

rv.io

todos os cômodos dos cortlços novalornulnns.lorna.. ri,,,

peri,i

1,'iiiiiiicnie Mipenivel a,< um ,.,

nielliII l,..r

de iiroduçáo paru

sr. Sallcs Santos quo a ida de personalltóilas as camadas sociais à Alcmanhioriental e outros paises socialistas é muito útil tpaÉ'que possam ver com seus próprios olhos que as coisa'em oiitnis paises são menos feias que pensavam». Nufoto, o sr. Suites Santos (ú esquerda) quando era recobido no aeroporto de t.eipzig pelo cheio do escritóriicuinerdul da RUA nu Kio. . t|

llilllllinacionalismo serámelhor

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25 a 31 de março de 1960 NOVOS RUMOS

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Uma Nova C omuna Su rgiu

Em setembro de 1959, na região deHsiangyin, na província de Hunan, ....30 000 camponeses que trabalhavam em16 cooperativas agrícolas aprovaram acriação de uma Comuna Popular. Seismeses depois de organizada, ela já co-meça a dar seus frutos, transformandointeiramente a economia da região ccriando novas condições de trabalho evida para os lavradores. As crianças ga-nharam uma nova e melhor esco'a; asmulheres, com a criação cie um rcstnu-rante coletivo, podem dedicar mais tem-po aos labores da comuna.

O velho Fan Peiyuan, que se incorpo-rou à Comuna com sua família, relem-bra os anos difíceis que viveu antes dainstauração do poder podpular. «Por 13gerações meus ancestrais vestiam trapos:

jamais conheceram uma roupa decente».A Comuna, com o algodão que planta,

já dispõe de meios para transformâ-locm tecido para seus habitantes,

A produção de aço na própria Comunapossibilitou, também, a introdução de ins-trumentos mais modernos para o trnba-lho no campo, aumentando assim .i pro-dutlvldade.

«Muitas vezes — ainda é o velho Fan

quem conta — cavávamos a terra comas mãos para plantar o algodão. Hojeisso não acontece mais.

O velho Fan vive hoje na Comuna, su|-tentado, como muitos outros, pelo serviçosocial coletivo. Descansa e conta histó-rias aos netlnhos, histórias dos outrostempos, de opressão e miséria.

At tesas fundamentais sobre oPartido como organização política daclasse operária — seu destacamentode vanguarda — foram pela primeiravez formuladas por Marx e Engels no«Manifesto do Partido Comunista». Aosfundadores do comunismo científico per-tence também este mérito histórico.

Dando continuação e desenvolvi-mento às teses de Marx e Engels só-bre o Partido, Lenin elaborou, em con-dições históricas diversas, a doutrinaacêr:a do partido marxista da classeoperária. Essa doutrina inclui, sobre-tudo, as teses sobre o Partido comodestacamento avançado, consciente «organizado da classe operária, comoforma superior de organização de cias-sr do proletariado, à q u a I incumbeexercer o papel dirigente entre todasas demais organizações e encarnar aligação da vanguarda da classe ope-rária com toda a classe e as massasde milhares de trabalhadores.

O Partido é uma organização.Há, porém, diversos tipos de organi-zação. Nem toda organização conse-

guc congregar estreitamente as suas

fileiras e assegurar a unidade de ação— unidade indispensável ao partidoproletário. Lenin ensina que o Parti-

do, como destacamento de vanguardada classe operária, deve ser «algo o

mali organizado possível». Só com

essa condição pode cimentar as filei-

ras do proletariado, dirigir a sua luta,

inculcar nas massas consciência, fir-

meza e disciplina. Só com essa condi-

ção a sua força e a sua influência po-dem superar centenas e milhares de

vezes o seu valor numérico, graças ao

que uma vanguarda relativamente pe-

quena tem a possibilidade de dirigir

grandes massas. O Partido não conse-

guirá ser a vanguarda da classe ope-

rária, indispensável para a conquista

de relevantes vitórias políticas, se não

fôr êle próprio um exemplo de orga-

nização.«... O Partido deve ser uma

toma — e não uma simples soma

aritmética, mas um complexo — de

organizações. . .>, afirma Lenin. Não

se trata, portanto, de uma união me-

cânica. Empregando o termo «comple-

xo>, Lenin ressaltava que o Partido

não é um mero conglomerado de or-

ganizações, e sim um todo único. "As

organizações partidárias, que em seu

conjunto constituem o Partido, não se

unem mecanicamente, mas sim orgá-

nicamente. Estão vinculadas entre si

por uma profunda conexão interna,

pela unidade de programa e de táti-

ca, completada pela unidade de or-

gonização. Graças a isso é que podem

atuar com vistas a um objetivo deter-

minado e resistir a todos os ataques

desfechados pela reação e seus ideó-

logos. Só possuindo um partido desse

tipo a classe operária poderá alcan-

çar os seus objetivos imediatos e fu-

turos.

O Partido Comunista deve ser uma

organização ativa, dotada de capa-

cidade de iniciativa, democrática e ao

mesmo tempo disciplinada, coesa e mo-

nolitica. E para que atenda a essas

exigências terá o Partido que ser es-

trutuiadó sobre a base do centralis-

mo democrático, cujos traços essen-

ciais podem ser assim expressos i

a) o caráter eletivo dos órgãos

dirigentes; as eleições devem ser de-

rnociáticas e realizadas de baixo

acima;b) Iodas as resoluções e decisões

do Partido são tomadas por maioriade votos ;

c) todos os órgãos dirigentes doPartido são obrigados a prestar con-tas de sua gestão perante as organi-ções correspondentes ;

d) a obrigação de observar a dis-ciplinc partidária e a subordinação daminoria à maioria ;

e) a obrigatoriedade das resolu-ções e diretivas dos órgãos superiores

para os inferiores.

O grande vigor do centralismo de-mocrático está em que êle conjuga asevera centralização e o amplo demo-cratismo interno no Partido; a disci-plina estrita com o estímulo à alivi-dade e à iniciativa das massas parti-darias; o direito imprescritível dos co-munistas de discutir as questões com odever de levar à prática, rigorosa-mente, as decisões adotadas; a respon-sabilidade individual do dirigente e ocaráter coletivo na elaboração da po-litica e sua realização. O centralismodemocrático possibilita, assim, as con-dições para a atuação e o desenvol-vimento do Partido Comunista comopartido de massas, democrático, cria-dor, capaz de revelar iniciativa, com-botivo e disciplinado. Não sufoca, esim faz florescer o dinamismo e a tner-gia dos membros do Partido, não osafasta, e sim os adapta à vida e àdireção partidária, não atenta contraos direitos dos membros do Partido,e sim garante o uso desses direitos. Sóna luta coletiva pelos objetivos eideais comuns à organização é possí-vel revelar Iodas as qualidades domembro do Partido e assegurar a maisampla manifestação de sua indivíduo-lidade.

Desde a sua criação, nos 38 anosde existência já transcorridos, tem oPartido Comunista do Brasil procura-do orientar-se e estruturar-se de acôr-do com os princípios de organizaçãoelaborados por Marx e Lenin. No en-tanto, a nossa fraqueza teórica, o nos-so profundo desconhecimento da rea-lidade, ao lado da influência de ou-tros fatores, dificultaram e ainda difi-cultam o processo de formação do Par-tido e, portanto, a justa aplicação dos

princípios leninistas de organização.Embora fôssemos capazes de compre-ender que os princípios leninistas deorganização têm valor universal e queo centralismo democrático é um princí-pio comum para todos os partidos mar-xistos, não levamos, muitas vezes, emconta que temos de aplicá-los consi-derando as peculiaridades nacionais,as condições concretas existentes ondedesenvolvemos as nossas atividades.

Erros como esses, além dos erros

políticos e da perseguição que sem-

pre nos move a reação, têm levadoa que, em determinados momentos desua existência, o Partido assuma carac-teríslicas acentuadas de uma seita, de'uma organização encerrada em1 si mes-'ma, ao feitio de uma irmandade sa-

grada ou um grupo secreto de cons-

piradores, e não um poderoso partidode massas.

O débil conhecimento da teoriae o empirismo no que se refere à or-

ganização fazem com que o nosso Par-tido não venha desempenhando pie-nomenle o seu papel de combatente devanguarda — papel que, conforme nosensina Lenin, só pode ser cumprido

por um Partido que domina a teoriade vanguarda.

As violações do centralismo de-piocrático eram constantes e, em certamedida, ainda se verificam. A incom-

preensão de que na atividade do Par-

tido o democratismo e o centralismoformam um todo único — uma unidade

rigorosamente indissolúvel —, ao lado

de outros erros, levou no passado ao

esmagamento da democracia interna,

ae desrespeito à autonomia das orga-

nizações e seus respectivos órgãos di-

rigentes, a que a cooptação para as

direções se tornasse uma norma

(quando é uma medida de exceção,

sendo normal a realização de elei-

ções), ao cerceamento da lula de opi-

niões, a usurpação das atribuições do

coletivo pelos órgãos restritos ou porindivíduos, à excessiva centralização, a

castração da iniciativa d a s oiganizci-

çóes e dos militantes do Partido. Al-

gumas das falhas e violações mencio-

nadas, de caráter impositivo e mando-

nista, ainda subsistem, ao lado de fa-

lhas e violações de caráler liberal cde direita, como a falta de planifka-ção e de controle, certa tendência porparte de algumas organizações a con-fundir a autonomia com independênciaem relação ao centro único, assimcomo a incompreensão de que a subor-dinação do indivíduo ao coletivo, daminoria à maioria e das organizaçõesinferiores às superiores é indispensávelpara o êxito do trabalho e o forlole-cimento do Partido.

O princípio da direção coletivacinda é desrespeitado. Alguns cama-radas pensam que o trabalho coleli-vo exclui a responsabilidade individuale que os órgãos restritos ou câmara-das individualmente podem tomar de-cisões importantes. Outros acreditamque Iodas as questões, por menores emenos importantes que sejam, devemser resolvidas coletivamente, em reu-niões intermináveis. O que Lenin ensi-na é que as resoluções sobre todas asquestões importantes sejam adotadaspela coletividade e não por pessoasisoladas.

Utilizando acertadamenle o má-todo de trabalho da crítica e da au-tocritica, temos que ir corrigindo oserros e falhas, tanto de direita como deesquerda, tanto dogmáticos como revi-sionistas, tanto mandonistas como li-berais, tanto o ultrademocratismo deadmite no Partido a livre discussão decorrentes e frações, como o cercea-mento da democracia interna e a dis-criminação contra os camaiadas quedivergem.

Devemos zelar pela disciplina

consciente e voluntária e contra tédatentativa de enfraquecê-la.

Todo o nosso esforço, portanto,piecisa ser orientado no sentido de im-pedir desvios e violações na aplica-çõo dos princípios leninistas de orga-nização, principalmente do centralis-mo democrático, pois a nossa experiên-cia e a dos partidos irmãos tem de-monstrado que o menor desvio contri-bui para enfraquecer o Partido.

As tarefas que temos pela frenteexigem um Partido forte ideológica,politica e orgánicamente. Exige um po-deroso Partido de massas, unitário edemocrático, centralizado e combati-vo. Exigem um Partido revolucionário,que não se atemorize diante da rea-çào nem tenha medo de tratar com osalie dos, por mais vacilantes, instáveisou temporários que sejam.

Em nossos dias, o movimento co-munisla deu um gigantesco passo àfrenle, cresceu enormemente. St antesda Revolução de Outubro havia emlodo o mundo somente um partido re*volucionário marxista-leninista, eontan-do em suas fileiras 400 mil pessoas,e em alguns países apenas se forma*vcim reduzidos grupos de comunistas,já agora existem partidos comunistasem 75 países e o número total de ce*munistas ultrapassa 33 milhões.

Há, pois, tanto no plano interna*cional como em nosso país, posiibili*dades reais de tornar vitoriosos 01 nos-'sos objetivos e de conquistar para aclasse operária e o povo de nossa terraa plena legalidade do seu Partido —'o Partido Comunista do Brasil,

Teoriae Prática

Necessidade

do Partido

O transcurso de mais um aniversário do Partido Comunista do Brasildá-nos a oportunidade rie abordar, nesta coluna, um problema que tem sido su-gerido por alguns leitores em cartas ao nosso jornal. Refere-se à necessidadehistórica ou não da existência rio Partido Comunista em nosso pais e, de medogeral, nos países subdesenvolvidos.

As dúvidas a ésse respeito são suscitadas sobretudo por certot Idtólogoeburgueses e pequeno-burgueses que, na defesa dos Interesses de classe que re-presentam, procuram evitar que o proletariado se. organize em seu própriopartido, conduza até as ultimas conseqüências a luta de libertação nacional tabra o caminho para o socialismo. O principal argumento de que te valemé que a existência de um movimento nacionalista, unificando as clatset quese opõem ao imperialismo, torna dispensável o Partido Comunista, retirando-lht-a justificação histórica.

Este raciocínio é. no entanto, inteiramente falso. Náo só não resisteà critica teórica, mas é desmentido pela experiência histórica dos povos quttomaram o caminho da independência nacional, da democracia e do socialismo.

Os que procuram negar a razão da existência do partido marxista nospaíses subdesenvolvidos confundem a lu ta pelos interesses comuns das diferenteiclasses que, em determinadas circunstâncias, se congregam na frente única na-cionalista, com a lula pelos interesses específicos do proletariado, do campesinatoe demais camadas trabalhadoras da sociedade, que náo pode ser dirigida senãopela vanguarda da classe oneraria — o Partido Comunista — armado com ateoria marxista e a tática revolucionária, Se o proletariado limitasse por acasoa sua luta à participação na frente unici antiimperialista estaria não apenasrenunciando á defesa de seus próprios interesses contra a exploração capitalista,mas ao mesmo tempo rcbalxando-se a condição de uma massa informe, mano-brada ao bel prazer de seus exploradores burgueses. Os que advogam a liqui-dação rio Partido Comunista, em nome da frente única, defendem portanto osinteresses da burguesia, contra os inte rêsses do proletariado e demais classestrabalhadoras.

Mas também em relação à frente única c ao triunfo da luta nacionalista,erram os que pensam ser dispensável a existência do partido independente,marxista, da classe operária. As classes que participam na frente única, em-bora tenham cm comum uma série de reivindicações e objetivos, dlstinguem-sepelo fato de possuir ao mesmo tempo seus interesses particulares e pela con-seqüência, maior ou menor, com que enfrentam o imperialismo. A históriade cada pais comprova — inclusive entre nos — une a burguesia mesmo quandose alia a classe operári.i na frente única, tende á conciliação aos compromlssetcom o imperialismo, não levando às últimas conseqüências a libertação nacional.O proletariado e a classe que. por sua independência, por ter os seus Interesse»totalmente opostos a exploração imperialista pode levar avante com toda flr.meza a luta pela libertação nacional, contribuindo, dentro da frente única, paraencorajar a própria burguesia, afastando-a o mais possível do caminho descompromissos com o imperialismo. E so c possível ao proletariado cumpriresta missão se se orientar pela teoria marxista, pelo Partido Comunista.

Ao contrário do que proclamam certos «sábios», a missão histórica doPartido Comunista é incontestável e intransferível.

História do Movimento Operário - (LVD-

Nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do nossoléculo, começaram a manifestar-se sintomas de que o períodode desenvolvimento relativamente «pacífico» do capitalismoaproximava-se do seu fim. Em 1894-95, feriu-se no Ex-tremo Oriente a guerra sino-japonosa. Em 1898, os EstadosUnidos, invocando a doutrina de Monroe, intervieram nos as-suntos da ilha de Cuba, cujo povo det.de muitos anos vinha lu-tando para llbertar-se da dominação colonial espanhola. Assim,eclodiu a guerra hispano-americana, que Lenin considerou jáuma guerra Imperialista. Vitoriosos em curto prazo, os Esta-dos Unidos assenhorearam-se de Cuba, de Porto Rico e das FUI-pinas. Em 1900, oito potências Imperialistas (Estados Uni-dos, Inglaterrf, Alemanha, Japão, França, Itália, Áustria-Hungria e Rússia) Invadiram a China e afogaram em sangue,em díls meses, a insurreição nacional que ficou conhecidacomo «Insurreição rios boxers» (isto é, dos .jogadores de box»,nome com que os Imperialistas procuravam depreciar os pa-triotas insurretos, oujo símbolo era um punho serrado). Aomesmo tempo, as grandes potências começavam a rosnarumas para as outras e iam-3e dividindo cm blocos militarescada vez mais agressivos: a França e a Rússia; a Alemanha,a Austria-Hungria e a Itália; a Inglaterra e o Japão...

Em 1900-01, começava em vários países capitalistas pro-funda crise econômica. Cresceram rapidamente o desempre-

go, a miséria, o descontentamento nas fileiras do proletariado.Alastravam-se por toda parte as greves. A tendência revo-lucionária no seio do movimento operário começou a acen-tuar-se.

A luta de classes agrava-se particularmente na Rússia,onde o desenvolvimento acelerado do capitalismo nos últimosanos se chocava frontalmente com as sobrevivencias do re-

rvil. do feudalismo. Ali se entrelaçavam a luta entre

A II Internacional contra o revisionismoos latifundiários com a luta contra o czarismo e tambémcontra o imperialismo. O pais era, ao mesmo tempo, uma«prisão de povos» — dezenas de nacionalidades viviam opri-mldas sob o tacão czarista. Amadurecia, na Rússia, umarevolução democrático-burguesa que, — diferentemente doque acontecera com as revoluções democrático-burguesas dosséculos XVIII e XIX nos países da Europa Ocidental e Cen-trai, — e gostava na época do imperialismo e dentro dumpaís que, sendo uma semicolônia, era do mesmo passo élepróprio, uma potência Imperialista. A atuação das leis ob-jetivas do capitalismo fazia, assim, com que, na aurora rie nossoséculo, o centro do movimento operário internacional se trans-ladasse da Alemanha para a Rússia. Em correspondênciacom ésse fato histórico, o Partido Operário Social-Democrá-tico da Rússia, — que se fundara cm 1898 e dentro do qualse feria aguda luta entre a tendência revolucionária, enen-beçada por Plekhanov e Lénin, e as várias correntes oportu-nistas. — passaria, como veremos, a desempenhar papel decrescente Importância no movimento socialista mundial.

Foi no quadro de desenvolvimento da situação interna-cional que acima rapidamente bosquejamos que se realizou,cm agosto de 1904, mais um congresso ordinário da II In-tcrnacional, o Congresso de Amsterdam (Holanda). A élecompareceram 483 delcp.itlos. A orclem-rio-:lia constou dospontos seguiu r>; 1 — Normas internacionais da tática co.ciallsta; 2 — Sobre a unidade dos partidas: 3 — Sobre a

tócs

No debate sobre o primeiro ponto da ordem-do-dla, omarxista francês .lules Guesde apresentou ao plenário umprojeto de resolução anti-revisionista. Nélc se reproduziam,cm suas linhas essenciais, as teses da resolução do Conqresso de Drcsdcn (1903) da social-democracia alemã, (|iir

já conhecemos ívér o Cap. XLIX. em NOVOS RUMOS,n" 49). O revisionismo — encabeçado por Bernsteln, imAlemanha, c com fermentações mais ou menos intensas cmdiferentes países, — era condenado com vigor e, contra aambígua resolução 'de borracha» de Kautsky (vér C.ip. LV.cm NOVOS RUMOS n. 55), condenava-se também .1 ma-nifestaçào revisionista mais torpe e descarada, — o minis-terlalismo. O texto do projeto de Guesde começava com ,ir.seguintes palavras: "O Congresso repele da maneira maisenérgica as tentativas revisionistas orientadas no sentido demodificar nossa tática provada e gloriosa baseada na lutade classe e de sub' f-quicta do poder político pormeio da luta aberta co. turguesia por uma política firconcessões ao regime viübnfe.» X* )

Em seguida se afirmava que o Congresso, contrai iimcn-te às tendências revisionistas existentes, estava convencidode que as contradições de classe não se enfraquecem, mas,ao contrário, tornam-se cuia vez mais aquelas na sociedadecapitalista. A tática da social-democracia é a tática revo-lucionária. Era preciso lutar contra o revisionismo. os par-tidos social-rlmi.--. -áticos náo deviam admitir ri" modo, alguma paHicnpacão rie seus membros nos aowerrth^huraütkes..

Contra o projeto de Guesde foi lançado o rios oportunls-tas, a sinado por Adler 1 Áustria) c Vandervclde (Bélgica)e que, cm essência, era uma ratificação da resolução «de bor-racha de Kautsky.

Depois de brilhante discurso do destacado chefe da so*cial-dcmocracia alemá August Bebei, passou-se à votaçlo. Amaioria repeliu o pi o;eto oportunista e aprovou a resoluçãoproposta poi Guesde.

Eis comu Lenin se referia, em 1905, à histórica resoluçãoanti-revisionista de Amsterdam; A social-democracia ali-má está a frenle de tôdas pcia sua organização, pela Inte-gridade e coesão do ísu movimento, pela r^ncza e conteúdode su.i literatura marxista. E' natural que, dessas condi-ções, também as resoluções rios congressos social-demeerá-ticos alemães adquiram mintas vezes uma signlficaçío qua-se internacional,»... A resolução do Congresso social-de-mccrátlco de Dresden, que confirmou a antiga tática com-provada da social-democracia revolucionária, foi retomadajii-io Congresso socialista internacional de Amsterdam e tor-nou-se agora uma resolução geral de todo o proletariadoconsciente do mundo inteiro.»

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c mimnu priii'in Ni

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A nuujiiu f. tomada, quase literalmente, ao quar-publicado poi Pedro Sambe (Astrojildo Pereira»,-...lu A 11 •Internacional

. na série Colaboração è1!'. passagem, pedimos ao leitor que corrija,nciia r.lrrcnria tcil , a Pedro Sambe (ver Cap. I.n,IVOS RUMOS n. 52), mu erro de responsabilidadetor destas notas: ali se diz que a página sindical daiz cia diiiericla por Almáquio Dlnlz, quando nn reaíf.1 era poi Burundi Hiipòsn, ã época democrata de ea*

pu,iUdàno dUACQaliartiMvicn.n, i

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Três argumentos paranãq votar cm Jânio

Lhe03raenatrpUet:oa'3rrra I T""!! T^r'0" ** ar9Ument°S daC,,,V" pa'ra ° e,eit" "S° -Ur em Jânio: 1 -

^¦a£SS=3S3SSS5Sraí:-£ção das liberdades democráticas,

¦liFlcchandoentreguistas

A «Taba Nacionalista» dos estudantescariocas escolheu um Índio como símbolode sua luta. Flecha armada, uma cons-tante ameaça aos entreguistas, éle oon-vida o povo a votar nos «chefes brancos

Lott e Jango, contra os trustes»

Taba na Cinelândia:Eleger Lott e Jango

«Ei, você aí. . .» _ o possante -fis-

¦ raido volla-se para o jovem qui ochamara tão desabusadamente.

«Não é dinheiro, não. Só queiemosque o senhor venha fumar um pouco nocachimbo nacionalista aqui da taba».

O homem não tem outro jeito. Eentra no território livre da Cinelândia,onde os estudantes instalaram uma ver-dadeira tribuna de debates e atravésda qual procuram esclarecer o povo,

convencendo da necessidade de elegeros candidatos nacionalistas a presidentee vice-presidente da República.

O cidadão é eleitor, naturalmente, elogo confessa que está inclinado a votarno oulro candidato. O debate se esta-belece enquanto vão examinando asestandes com fotografias e gráficosalusivos às realizações que marcam os

passos iniciais do Brasil no caminho Jasua emancipação. Petróleo, sideruigia

e outras obras estão ali representadas.O homem fala em corrupção e vassoura;o jovem em demagogia e nacionalismo.Logo se forma um grupo, os debatesse ampliam.

«Jânio é homem do Rockfeller» —diz um.

que

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'¦':-':'"v .'¦''¦ :¦''-¦¦}

"Foi uma revista americanadisse ¦ — afirma outro.

Não há outro jeito, o homem vai seconvencendo aos poucos. Na hora é'enão confessa. Depois, a caminho decasa, vai pensando no que ouviu.

Diariamente, durante a maior partedas 24 horas do dia, acontece isso nataba. No palanque, falando ao micro-fone, realizando debates com as pes-soas que se agrupam em torno dosestandes, os estudantes cariocas expii-cam ao povo porque apoiam Lott eJango contra o candidato dos lanter-íeiros.

t' '"'ív^'^;v'\ -'*' ^gÊÊ**^ ^ '' ««Sf^^iÉs^ÉÉflflflflfciw^ Mm\ tafírÁr^'*

Ám\ flflk -rfif*^l^^^^^aifl ¦PB5^/W',,':V- ''''v-^JBr^w "^a^*^* W<?xfí%

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Ele quer acabarcom isto

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0 estudante levou o eleitor até o painel com fotografias de Volta Redonda. Ex-plicou então que o candidato lanterneiro quer acabar com a siderurgia nacional^como quer também liquidar a Petrobrás. A batalha dos votos já ganhou as'ruas graças à iniciativa dos estudantes

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Batalha das>Sfrafiaí? _

Os estanrlcs fotográficos montados pebs estudantes naCinelândia, são um constante motivo de atração e meiopara reunir grupos de dehrtcs. Em torno deles estãosempre reunidos grupos, discutindo os temas apresen-tarlos pelas fotos: Petrobrás e siderurgia são atrações,

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Enquanto um estudante falava ao microfone, um grupo se reuniu ao pe do palanque, lotistas c janistas n.fe a taha *democrática. A discussão foi-se tornan rín _,Ha «», ^-.' ... ' ¦.ao cada vez mais acesa, e logo uma peqena multidão participava dela. «o fimgraças aos argumentos irretorquiveis, os inticta^ .y»n^„, x . .' l0"stas venceram e festejaram ruidosamente o acontecimento. A batalha dosMMMMflfli—I—^"^^«^>^———»^^—^^>^—*^^^>**— .__. z:ani».iii il ¦¦¦ i-