RESPIRAÇÃO- Velocimetro Da Alma

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RESPIRAÇÃO – VELOCÍMETRO DA ALMA Não há quem duvide da grandeza e da magnitude do processo de respirar para a sobrevivência do ser humano. A respiração vai muito além das meras trocas gasosas de oxigênio por carbônico esta é apenas uma das etapas que constituem esse meticulo estado responsável pela preservação da vida sim! ela "instala# a vi ser humano ao nascimento com a $% inspiração e "recolhe# a vida! no momento da morte! com a &ltima expiração. 'ela respiração entramos e sa(mos do mundo terreno) *e observarmos as três etapas do p respirat+rio, inspiração -o / troca -sangue/ expiração -0o /! pod imaginar que o processo de vida e morte se repetem continua indicando que a nossa vida também teria o caráter de uma grande respiração, começa com inspiração e termina com expiração e tudo que acontece entre o $1 e o &ltimo movimento são as "trocas#) A respiraçã maneira que o homem tem de manter o contato do seu mundo interno com o mundo externo e é isso que o mantém vivo) 2 3ato de ele poder se relacionar -trocar/ com a natureza e os outros seres vivos sinequanon para a vida e para um desenvolvimento caracteristicamente humano) 4xplico, todos n+s temos um mundo interno! ou se5a! uma alma que nos a capacidade de 'ensar! de *entir e de Agir s+ n+s conh dominamos este mundo que é singular! &nico para cada um. 'orém ele s+ tem razão de ser e de evoluir se encontrar6se! con3rontar6se! relacio com o mundo que está 3ora de n+s os outros seres! a natureza! os acontecimentos! o clima etc.7 nesse processoque todos n+s nos desenvolvemos e elevamos a nossa pr+pria condição humana) 7 daquilo que entra em n+s do mundo externo que podemos elaborar "diá internos#! que depois se exteriorizam novamente para compor o mundo externo! impregnado de uma parte de cada um. 'odemos supor então que o ar! representante do mundo externo! se comp de um pouco de cada um de n+s e um pouco de tudo que existe na natureza! desde os elementos vis(veis! ponderáveis até os mais imponderáveis demandados pelases3eras c+smicas. 9ssotudo a que chamamos :undo 4xterno! penetra no ser humano de maneira mais ou menos pro3unda! segundo um consentimento e uma preparação de cada um! e está traduzido claramente no modo como cada pessoa respira) *e tivermos abertura! liberdade e coragem para receber o mundo extern nossa inspiração é grande! ampla! pro3unda; se tivermos inseg ansiedade! medo de contato!essa inspiração se encurta! <ca super<cial conseguindo preencher $==> dos pulm8es. 4ssa condição obriga a pessoa respirar mais vezes para compensar as necessidades gasosas e! portant essa respiração se torna mais rápida. 9sso di<culta <sicamente uma bo oxigenação e! ao mesmo tempo! impede uma verdadeira percepção desse mundo externo! o que produz uma sensação an(mica desagradável como

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Respiração como método de busca para saúde

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RESPIRAO VELOCMETRO DA ALMA

No h quem duvide da grandeza e da magnitude do processo de respirar para a sobrevivncia do ser humano.

A respirao vai muito alm das meras trocas gasosas de oxignio por gs carbnico esta apenas uma das etapas que constituem esse meticuloso estado responsvel pela preservao da vida sim, ela instala a vida no ser humano ao nascimento com a 1 inspirao e recolhe a vida, no momento da morte, com a ltima expirao. Pela respirao entramos e samos do mundo terreno! Se observarmos as trs etapas do processo respiratrio: inspirao (o2) troca (sangue) expirao (Co2), podemos imaginar que o processo de vida e morte se repetem continuamente indicando que a nossa vida tambm teria o carter de uma grande respirao: comea com inspirao e termina com expirao e tudo que acontece entre o 1 e o ltimo movimento so as trocas! A respirao a maneira que o homem tem de manter o contato do seu mundo interno com o mundo externo e isso que o mantm vivo! O fato de ele poder se relacionar (trocar) com a natureza e os outros seres vivos condio sinequanon para a vida e para um desenvolvimento caracteristicamente humano!Explico: todos ns temos um mundo interno, ou seja, uma alma que nos d a capacidade de Pensar, de Sentir e de Agir s ns conhecemos e dominamos este mundo que singular, nico para cada um. Porm ele s tem razo de ser e de evoluir se encontrar-se, confrontar-se, relacionar-se com o mundo que est fora de ns os outros seres, a natureza, os acontecimentos, o clima etc. nesse processo que todos ns nos desenvolvemos e elevamos a nossa prpria condio humana! daquilo que entra em ns do mundo externo que podemos elaborar dilogos internos, que depois se exteriorizam novamente para compor o mundo externo, impregnado de uma parte de cada um.

Podemos supor ento que o ar, representante do mundo externo, se compe de um pouco de cada um de ns e um pouco de tudo que existe na natureza, desde os elementos visveis, ponderveis at os mais imponderveis demandados pelas esferas csmicas. Isso tudo a que chamamos Mundo Externo, penetra no ser humano de maneira mais ou menos profunda, segundo um consentimento e uma preparao de cada um, e est traduzido claramente no modo como cada pessoa respira!

Se tivermos abertura, liberdade e coragem para receber o mundo externo, nossa inspirao grande, ampla, profunda; se tivermos insegurana, ansiedade, medo de contato,essa inspirao se encurta, fica superficial no conseguindo preencher 100% dos pulmes. Essa condio obriga a pessoa a respirar mais vezes para compensar as necessidades gasosas e, portanto essa respirao se torna mais rpida. Isso dificulta fisicamente uma boa oxigenao e, ao mesmo tempo, impede uma verdadeira percepo desse mundo externo, o que produz uma sensao anmica desagradvel como uma incapacidade de lidar com as coisas prticas, reais, levando esses indivduos a viverem num mundo fictcio, com muita dificuldade de viver no presente com tendncia a idias fixas, repeties caracterstica dos ansiosos. Algo semelhante, porm de modo inverso, pode acontecer com a expirao. Alguns indivduos recebem o ar de maneira razoavelmente normal, mas so incapazes de soltar completamente aquela poro de si que est injetada obrigatoriamente no ar expirado. So pessoas com dificuldades de doar-se em todos os sentidos; guardam muitas coisas, tem muitas dificuldades para mudanas tendendo ao conservadorismo caracterstico esse comportamento nos asmticos, onde a dificuldade a sada do ar (expirao) facilmente observada numa crise asmtica, onde o indivduo parece ter que soprar, ou seja, fazer fora para soltar o ar que deveria seguir um caminho passivo. Nesse ponto o leitor j ter condies de perceber que a respirao saudvel em repouso, dever reger um movimento de entrada e sada de ar num ritmo oscilante e harmnico apenas semiconsciente, e sem esforo algum.Ser capaz de intuir que quando o ritmo respiratrio acelerar, assim tambm se encontrar o nosso mundo interno (alma) num susto ou medo extremo, por exemplo, e que quando dormimos esse ritmo, dever ser mais lento.

A respirao evidencia uma parte da alma e participa como causa ou conseqncia em muitas patologias, especialmente aquelas onde est dificultado o contato com o presente.A cura desses processos dever incluir obrigatoriamente um trabalho com a prpria respirao para que esta alcance uma maior profundidade, um ritmo mais harmonioso, trazendo novamente a sensao de pertencimento ao mundo terreno e a re-conexo com o tempo real e com o presente.

Fica implcito ento, o vinculo que a respirao tem diretamente com o nosso mundo interno, aquele que nos guia que nos anima e que, em ltima anlise, detm o controle que regulamenta a velocidade ora acelerando, ora desacelerando todo processo respiratrio. Dizemos que atravs da respirao temos idia do que acontece no mundo interior, ou na alma de uma pessoa podendo mesmo assumir uma caracterstica como se fora o seu prprio velocmetro. Essa uma poderosa ferramenta para mdicos e terapeutas que ao observarem atentamente as caractersticas respiratrias, certamente tero boas informaes sobre o funcionamento do mundo interno e de seus pacientes.

Dra. Elaine Marasca Garcia da Costa mdica Pneumologista com formao em Antroposofia/Biografia Humana. Mestre em Cincias da Educao. Docente/ coordenadora do curso de ps-graduao - Antroposofia na Sade na UNISO.