Resenha - O Corpo Fala

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PÓS-GRADUAÇÃO - ESPECIALIZAÇÃOENGENHARIA DA QUALIDADE LEAN SEIS

SIGMA GREEN BELT

Aluno: Helton Mota PereiraMatéria: Fator HumanoProfessor: Prof. Álvaro Azevedo Cardoso, PhDData: 04/04/2014Turma: nº 13

RESENHA:

Livro: O Corpo Fala

Pierre Weil e Roland Tompakow

Pela linguagem do corpo dizemos muitas coisas aos outros. E eles tem muitas coisas para dizer para nós.

Antes de tudo, nosso corpo é um centro de informações para nós mesmos. É uma linguagem que não mente.

Aspecto do comportamento humano que não pode ser transmitido satisfatoriamente por meras palavras – ainda que, depois de escritas, fossem complementadas por ilustrações em paralelo.

Símbolos, ferramentas da mente. - um símbolo antigo dá-nos a estrutura psicossomática do homem e da linguagem do nosso corpo.

Desde os tempos imemoriais, usam - se símbolos – mensagens sintéticas de significado convencional.

Usando um símbolo, pode - se comparar o corpo humano a uma esfinge; àquela esfinge dos egípcios ou dos assírios. A esfinge era composta por quatro partes: corpo de boi, tórax de leão, asas de águia; e cabeça de homem.

O corpo de boi representa a vida instintiva e vegetativa humana, o tórax de leão a emocional e a águia, a mental (intelectual e espiritual). E finalmente, a face de homem consciência e domínio dos três inconscientes anteriores, nada mais é do que a soma dos três juntos.

O Boi, em evidência na nossa expressão corporal, tende a traduzir por uma acentuação do abdômen. A pessoa avança o abdômen; isto se encontra em pessoas que gostam de boas refeições, que se senta à vontade diante de uma farta mesa de jantar. No plano sexual temos o famoso requebrar das mulheres brasileiras e havaianas; é uma provocação para os homens.

O Leão se evidência pelo tórax onde reside o coração; é o centro da emoção. Os especialistas em expressão corporal, sobretudo os coreógrafos, o

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consideram como o centro do EU. São pessoas vaidosas, egocêntricas e extremamente narcisistas; ou naquele momento querem se impor. Ao contrário, quando o tórax está encolhido, estamos em presença de uma pessoa cujo EU está diminuído; são pessoas tímidas, submissas ou que naquele momento se sentem dominadas pela situação. Um tórax em postura normal significa um EU equilibrado.

A Águia, representada pela cabeça, nos indica o estado de controle do corpo pela mente:

Cabeça erguida significa hipertrofia do controle mental. Ao contrário, cabeça baixa significa que o indivíduo é controlado pelos estímulos externos e em posição normal indica um controle normal da mente.

A cabeça. - A imensa importância da região ocular.

Na própria cabeça temos representados os três animais: o boi, representando pela boca por onde entram os alimentos. O leão, representado pelo nariz onde entra o oxigênio para os pulmões. E a águia, representada pelos olhos que são o espelho da mente.

O ser humano está fisiologicamente "afinado" para distinguir entre harmonia e desarmonia.

Harmonia é disposição bem ordenada entre as partes de um todo; concórdia; concordância. E desarmonia é má disposição das partes de um todo; discordância.

O QUE HA DE COMUM ENTRE AS PESSOAS? Sua individualidade, personalidade que lhe é própria.

Há um número imenso de ações – reações programadas no nosso sistema nervoso – que é ele próprio, nosso sistema de percepção. Muitas percepções são inconscientes, anteriores até a própria espécie, como, por exemplo, os que governam os nossos movimentos intestinais.

Outros são tão recentes como a sensibilização do leitor às posturas dos corpos dos seus amigos, durante um coquetel, e que ainda estão na fase da aprendizagem.

O homem é programado para discernir, mas o hábito de atentar para as ferramentas-símbolos, chamadas palavras, afastou-o da percepção consciente total imediata do "aqui e agora ". - Simpatia e antipatia, uma possível capacidade residual deste tipo de percepção.

A vida é um fluxo constante de energia e a linguagem do corpo é a linguagem da vida; logo temos que conhecer a energia em nós. A energia assume todas as formas possíveis. Comparável àquele animal que se "transforma" ou "renova", ao mudar a pele (a sua forma externa), também a energia se transforma: qualquer gesto do corpo vivo, desde o levantar de um peso até o

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mero ato de raciocinar, gasta energia; o estudo bioquímico do metabolismo mede-lhe a intensidade e o ritmo. Força, por definição, é energia aplicada!

O boi é um grande consumidor de corrente, desde o trabalho constante dos músculos que não estão sujeitos à vontade consciente até as demais operações puramente instintivas: respiração, digestão e distribuição dos próprios produtos energéticos da mesma, funcionamento do sistema reprodutor da espécie desde a cópula até a amamentação.

O leão, a emoção pode consumir uma "parte de leão" mesmo, contagiando boi e águia com sua preocupação. Há desde a respiração e o pulso mais acelerados até as mudanças na voz, no olhar, no tônus muscular e na direção tomada pelas partes do corpo. Observemos sobretudo as extremidades dos membros que passam a expressar nitidamente o tipo de ação imediato desejado pelo leão.

A águia, perturbada pelo inconsciente, talvez aprovando o que o homem fume um cigarro atrás do outro, num desafio totalmente inconsciente à querida falecida.

Esta divisão da energia provavelmente explica por que, nos mais diversos cultos, o jejum e a abstenção sexual são levados em tão alta conta. Desliguem-se as chaves de ignição do boi e do leão e a mente pode receber mais energia.

A inclinação do corpo fala sempre, se a inclinação do corpo de uma pessoa está para trás; pode significar que está simplesmente relaxando, confortavelmente descansado. Mas se está com os músculos tensos, pode significar resistência ou rejeição.

Braços protegendo o "Leão" (identidade emotiva), objetos defendendo o "boi" (sobrevivência).

A boca é sensível ao prazer, à satisfação, pois o seio materno – ou a mamadeira - satisfaz os anseios de todo ser humano em sua fase de lactente.

Quando uma das mãos, perto da boca, "diz": PRECISO SATISFAZER O "EU", procure perceber o que dizem as outras extremidades do corpo, mais o peito encolhido ou estufado.

O corpo fala o que a mente contém, por exemplo, uma pessoa que te encara com firmeza mostra interesse amável em você e o olhar que te evita com o sorriso que não chega a firmar - se mostra a fraqueza.

Muitas vezes acontece que, numa conversa, não podemos ou não queremos exprimir nossos sentimentos. Isto também é expresso pelo corpo.

É comum um homem fazer um gesto inconsciente de proteção qualquer à sua companheira, quando algum possível rival se aproxima.

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O Amor e sua Expressão Corporal:

A Águia ama o raciocínio, o saber, a satisfação da sua curiosidade. É realista, foge da ilusão; procura enxergar o longe. Quer o “certo”, “usa a cabeça”...

O Leão ama o sentimento, música, cores, poesia e forma. Distingue entre as lágrimas e o riso. Não raciocina, é impulsivo. Quer o “belo”, o “bondoso”...

O Boi ama os prazeres simples, aqueles que são importantes para a sobrevivência do ser humano: respirar o bom ar, beber e comer bem, dormir comodamente, etc.

Podemos Dominar a Linguagem do nosso Corpo?

A plena consciência. O homem não consegue esconder sua linguagem inconsciente de um observador avisado... e nem mesmo dele mesmo!

Nossos estádios:

ESTÁGIO 1: "o homem-boi". Nele, a satisfação dos instintos prepondera. Não é só o "comilão", o "farrista" ou o "brigão", que o homem n. 2 ou 3 assim classifica com desdém ante tal desequilíbrio malsão de personalidade.

ESTÁGIO 2: " homem-leão". O EU vem em primeiro lugar. É emocional, vive em busca da afirmação da sua identidade e a procura estabelecer por comparação com os outros. Manuseia avidamente seu fichário interior, sentindo ora intensa alegria, ora profundo desespero.

ESTÁGIO 3: " homem-águia". Nele manda a razão. O pensamento na sua opinião é superior ao sentimento, e este melhor que os instintos. O que até certo ponto é indiscutível.

ESTÁGIO 4: cabeça da esfinge. O Homem começa a tomar consciência, em separado, da estrutura tripla da sua própria unidade. Começa a saber que ele é mais do que um, dois, ou mesmo três bichos em desarmonia, desde que consiga ficar à testa deles. Desperta nele um EU diferente do mero colecionador sentimental de informações que é o leão. O Homem, neste Estágio da sua evolução psicológica, já é realmente um pouco superior aos anteriores. Tornou-se mais modesto, mais realista, e conseqüentemente muito mais inteligente. Nem por isso ficou menos vital, menos amoroso ou menos intelectual. Mas, sobretudo, estará intensamente interessado em adquirir uma unidade mais harmônica - em potencializar harmonicamente a estrutura que acaba de perceber.

ESTÁGIO 5: o Homem, já com plena percepção consciente da ação e interação constantes do que, na prática, representa três "EUS" em conflito, tenta pôr o negócio em ordem.

ESTÁGIO 6: chefe tem que manter certa distância para ter plena consciência objetiva do que se faz, e do que deve ser feito. Percebendo a nossa própria

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harmonia (que é praticamente inexistente na nossa cultura atual), também a sua linguagem do corpo será de harmonia insuspeita. Terá extraordinário vigor controlado, pois a elevada porcentagem de Energia vital desperdiçada nos Estádios inferiores agora fluirá no conjunto harmônico das suas atitudes.

ESTÁGIO 7: Um EU - "Cabeça de Esfinge" número 7 seria, por extrapolação lógica, inabalável. Sua vontade é livre e soberana. Controla alegremente seus três componentes internos como muito bem entende, sem o mais íntimo desperdício energético; por isso seu poder pessoal não é comparável ao do Homem comum.

Da Mudança do Corpo à Mudança da Pessoa.

Se o nosso corpo expressa a nossa personalidade, será que, mudando certos aspectos corporais, poderemos mudar algo no nosso ser mental, emocional e instintivo? Seremos uma "esfinge" diferente? A resposta " sim" é óbvia, nas alterações do equilíbrio quantitativo entre os componentes do nosso corpo.

O espaço social e humano, e a nossa percepção do mesmo; condiz que é o básico para compreendermo

O livro O corpo fala de Pierre Will e Roland Tompakow é dividido em duas partes. A primeira é teórica e a segunda, prática. Tem trezentos e cinquenta ilustrações de expressão corporal, que o torna diferente por se tratar de um aspecto do corpo humano, impossível de ser transmitida somente por palavras. Ao iniciar a leitura, compreendemos que desde tempos primórdios o homem se preocupava em estudar seu comportamento físico e intelectual.

A primeira parte do livro trata de informações teóricas, bem como a origem da esfinge e o significado de cada membro que a compõe. São esses membros: corpo de boi, tórax de leão e cabeça de águia.

A segunda parte, diz respeito a praticidade do livro. Ele é abordado com ilustrações de mensagens repassadas para indivíduos, através da linguagem corporal. Elas são expressadas voluntarias ou involuntariamente, na maioria das vezes as pessoas falam com o corpo, e não se dão conta disso.

Os autores distinguem cada membro do corpo como energemas e as mensagens repassadas por eles, como semantemas que podem ser harmônicas ou discordantes entre si.

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As semantemas harmônicas ocorrem quando os membros estão de acordo com a mensagem passada e as discordantes, quando não existe uma harmonia entre ambas. Por exemplo:

Quando a cabeça consente, mas a face discorda. Temos uma semantema (mensagem) discordante. Quando a cabeça e face discordam, temos uma semantema harmônica.

A explicação do amor faz-se presente na segunda parte do livro, assim como tensão.

A grosso modo, a tensão, ansiedade e stress, ocorrem quando não existe harmonia entre os três elementos que compõem a esfinge. (águia, boi e leão)

No amor, por exemplo, os autores afirmam que para ser completo é necessário a harmonia entre os seis bichos, sendo três de cada individuo. Outros assuntos também são abordados, como amor ao trabalho, ás coisas e ás pessoas.

O livro é indicado, pois através dele, podemos compreender melhor aos outros e a nós mesmos, o que é fundamental para viver bem socialmente.

Lido com interesse torna-se definitivamente um verdadeiro manual do corpo humano.

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