RESENHA DO FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO. GALdoc

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QUANTO VALE OU É POR QUILO? Um filme que desde as primeiras cenas nos mostra semelhanças entre a época da escravidão e os dias de hoje. Uma escravidão camuflada que o povo não percebe ou às vezes não quer enxergar devido às circunstâncias do meio onde vive ou trabalha. O filme mostra a relação entre o passado e o presente, entre os mais necessitados e aqueles que detém o poder. Da mesma forma aqueles que tiram proveito de situações para se promover ou se beneficiar financeiramente como as ONGs mostradas no filme. Nos leva a perceber e refletir a semelhança entre os dois períodos. A seguir vemos uma negra com uma máscara de ferro sendo castigada ou privada de ingerir bebida, logo em seguida aparece uma festa e as pessoas bebendo a vontade, apresentando uma falsa liberdade vivenciada nos dias de hoje. Outra situação que chama a atenção é a dos escravos fugitivos, onde os capitães do mato recebiam recompensas para capturá-los, recompensas para suprir suas necessidades e dar melhores condições às suas famílias. No mesmo instante observamos o caso de uma família onde o rapaz não encontra serviço, e a pressão capitalista imposta pela mídia obriga ele resolver a situação praticando um crime, matar dois adolescentes a mando de um comerciante. Mais uma vez refletimos sobre tais atos, e o modo como o interesse capitalista influencia na vida das pessoas. A exploração também é colocada em pauta no filme, quando uma ONG usa as crianças pobres para fazer propaganda, afinal elas seriam premiadas com computadores. A ganância, e o interesse por trás disso nos entristece, aquele gesto que parecia nobre, não passa de puro capitalismo e ganância por parte das ONGs que não pensam em melhorar a situação daquelas crianças e sim no dinheiro que arrecadam através delas.

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QUANTO VALE OU É POR QUILO?

Um filme que desde as primeiras cenas nos mostra semelhanças entre a época da escravidão e os dias de hoje. Uma escravidão camuflada que o povo não percebe ou às vezes não quer enxergar devido às circunstâncias do meio onde vive ou trabalha. O filme mostra a relação entre o passado e o presente, entre os mais necessitados e aqueles que detém o poder. Da mesma forma aqueles que tiram proveito de situações para se promover ou se beneficiar financeiramente como as ONGs mostradas no filme. Nos leva a perceber e refletir a semelhança entre os dois períodos. A seguir vemos uma negra com uma máscara de ferro sendo castigada ou privada de ingerir bebida, logo em seguida aparece uma festa e as pessoas bebendo a vontade, apresentando uma falsa liberdade vivenciada nos dias de hoje.

Outra situação que chama a atenção é a dos escravos fugitivos, onde os capitães do mato recebiam recompensas para capturá-los, recompensas para suprir suas necessidades e dar melhores condições às suas famílias. No mesmo instante observamos o caso de uma família onde o rapaz não encontra serviço, e a pressão capitalista imposta pela mídia obriga ele resolver a situação praticando um crime, matar dois adolescentes a mando de um comerciante. Mais uma vez refletimos sobre tais atos, e o modo como o interesse capitalista influencia na vida das pessoas.

A exploração também é colocada em pauta no filme, quando uma ONG usa as crianças pobres para fazer propaganda, afinal elas seriam premiadas com computadores. A ganância, e o interesse por trás disso nos entristece, aquele gesto que parecia nobre, não passa de puro capitalismo e ganância por parte das ONGs que não pensam em melhorar a situação daquelas crianças e sim no dinheiro que arrecadam através delas.

O nosso Brasil hoje tem muitas semelhanças com o Brasil do filme como, por exemplo, o empréstimo consignado em folha para aposentados e pensionistas parece àquela parte do filme onde se pode comprar a carta de alforria de uma pessoa. A sociedade democrática meio que aprisiona o povo numa democracia lúdica e não se dá conta do que está por trás de lindos discursos, exemplo disto é a solidariedade que antes era um gesto de humanidade hoje se tornou um produto de visibilidade. Outro ponto importante do filme é quando retratou a cruel realidade do período colonial onde os negros eram explorados e discriminados, onde se pode fazer uma conexão com o Brasil atual, o racismo ainda é muito grande, contudo “as pessoas caridosas” hoje estão muito mais ativas, mas o Brasil não precisa dessa população caridosa e sim de políticas públicas eficientes. A sociedade precisa refletir sobre como pensa, age, e tudo mais que tenha a ver como social, pois, a responsabilidade de um Brasil descente e igual é de cada um de nós.

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Devemos como cidadãos, observar e mudar começando nós mesmos antes de cobrar dos outros, atitudes para acabar com as desigualdades e explorações tão comum nos dias de hoje.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANADEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTEDISCIPLINA: FILOSOFIA E EDUCAÇÃODOCENTE: MALENADISCENTE: MARIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA

RESENHA DO FILME: “QUANTO VALE OU É POR QUILO?”

FEIRA DE SANTANADEZEMBRO/2012