Resenha Critica - Economia Popular Cicero Pericles

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INTRODUÇÃO Quando se fala de pobreza vem logo à crença de que ela é causada pela falta de dinheiro, pela carência de acesso a bens materiais e imateriais vitais à existência humana. Porém, a pobreza pode ser entendida para além desses fatores econômicos, correspondendo a uma situação social que impedi o indivíduo de desenvolver plenamente as suas potencialidades (FRANCO, apud NOBRE, ALVES E SOUZA, 2002). Diante do que foi mencionado, quando se fala em pobreza, o primeiro estado que vem à cabeça das pessoas é o de Alagoas. As condições socioeconômicas do Estado fazem com que ele seja o menos favorecido em relação aos outros estados da federação, onde é manchete constante nos telejornais como região-problema, no qual se mostra como a unidade federativa com maiores índices de homicídios, e Maceió como a capital mais violenta do país. Infelizmente, Alagoas ainda ocupa o primeiro posto das maiores taxas de analfabetismo e mortalidade infantil e a menor expectativa de vida do país. De acordo com (NOBRE, ALVES e SOUZA, 2009) o quadro socioeconômico alagoano é fruto de um padrão de desenvolvimento adotado pela sua elite patronal. Tal quadro acaba por contribuir para que Alagoas seja um dos estados mais atrasados do Brasil. Neste sentido, o objetivo deste trabalho consiste em apresentar algumas reflexões do autor sobre a dinâmica socioeconômica de Alagoas, levando em consideração e caracterizando a atual situação econômica e social de Alagoas. RESENHA CRÍTICA BIBLIOGRAFIA: CARVALHO, Cícero Péricles de. Economia popular: uma via de modernização para Alagoas. 5. Ed. Maceió: Edufal, 2012 Para (Cícero Péricles, 2012) o estado de Alagoas apesar de ser reconhecido nacionalmente pelo atraso em tudo, mostra-se em evolução desde a segunda metade dos anos 90. De acordo com ele ainda, o estado foi o que mais avançou em termos relativos nas áreas de educação (31%) e de saúde (16%), tendo a maior variação positiva entre todos, quase 20%.

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INTRODUOQuando se fala de pobreza vem logo crena de que ela causada pela falta de dinheiro, pela carncia de acesso a bens materiais e imateriais vitais existncia humana. Porm, a pobreza pode ser entendida para alm desses fatores econmicos, correspondendo a uma situao social que impedi o indivduo de desenvolver plenamente as suas potencialidades (FRANCO, apud NOBRE, ALVES E SOUZA, 2002).Diante do que foi mencionado, quando se fala em pobreza, o primeiro estado que vem cabea das pessoas o de Alagoas. As condies socioeconmicas do Estado fazem com que ele seja o menos favorecido em relao aos outros estados da federao, onde manchete constante nos telejornais como regio-problema, no qual se mostra como a unidade federativa com maiores ndices de homicdios, e Macei como a capital mais violenta do pas. Infelizmente, Alagoas ainda ocupa o primeiro posto das maiores taxas de analfabetismo e mortalidade infantil e a menor expectativa de vida do pas.De acordo com (NOBRE, ALVES e SOUZA, 2009) o quadro socioeconmico alagoano fruto de um padro de desenvolvimento adotado pela sua elite patronal. Tal quadro acaba por contribuir para que Alagoas seja um dos estados mais atrasados do Brasil.Neste sentido, o objetivo deste trabalho consiste em apresentar algumas reflexes do autor sobre a dinmica socioeconmica de Alagoas, levando em considerao e caracterizando a atual situao econmica e social de Alagoas.RESENHA CRTICABIBLIOGRAFIA: CARVALHO, Ccero Pricles de. Economia popular: uma via de modernizao para Alagoas. 5. Ed. Macei: Edufal, 2012Para (Ccero Pricles, 2012) o estado de Alagoas apesar de ser reconhecido nacionalmente pelo atraso em tudo, mostra-se em evoluo desde a segunda metade dos anos 90. De acordo com ele ainda, o estado foi o que mais avanou em termos relativos nas reas de educao (31%) e de sade (16%), tendo a maior variao positiva entre todos, quase 20%.Diante de tal perspectiva, sabe-se, que a economia nordestina na ltima dcada cresceu economicamente acima da taxa mdia do Brasil. De acordo com o IBGE, 2005 o PIB para o Nordeste foi de 5,4%, enquanto o PIB nacional foi de 4,6%. O estado de Alagoas mesmo com a fama de ser miservel, apresentou valores satisfatrios no requesito avanos, como citado anteriormente.Ccero Pricles discute ainda em seu livro que a m distribuio de renda em Alagoas est relacionada diretamente cor da pele. De acordo com ele, a concentrao de renda, a diferenciao salarial, a distribuio desigual da riqueza, por estrato social e cor da pele, e os indicadores sociais negativos ajudam a entender as caractersticas do mercado regional. Dessa forma, a populao excludente, ou seja, que possui renda desigual possui pouco acesso aos bens sociais, no qual a maior concentrao de renda vai corresponder ao nvel educacional.Diante do que foi citado, percebe-se que Alagoas possui srios problemas estruturais. preciso enfrentar esses trs grandes problemas: ausncia de um mercado interno, inexistncia de polos dinmicos e dificuldades financeiras do Estado, para que assim o atraso da economia alagoana seja solucionado.Alagoas acompanha o mesmo desenvolvimento do Nordeste (a regio menos desenvolvida do Pas). Infelizmente o estado produz pouca riqueza e possui uma renda mal distribuda.Outro ponto importante focado pelo autor a fragilidade da economia alagoana, onde a presena do estado muito grande. o poder pblico o maior empregador do estado. De acordo com o IBGE o nmero de funcionrios municipais (administrao direta e indireta) em Alagoas no pra de crescer: 73.000 em 2004; 92.800 em 2005; 109.856 em 2009 e 120.000 em 2011. (Ccero Pricles, pg. 16)Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), O nmero de domiclios existentes no Estado, de 760.130, no qual possui um dficit habitacional de 160.600 domiclios. Servios bsicos, como abastecimento de gua encanada, atinge 64,1% da populao, e apenas a parcela de 30,5% da populao tem acesso a rede de esgoto.O nvel de escolaridade da populao alagoana composto em sua maioria por analfabetos e pessoas com ensino fundamental incompleto, ambos totalizando 71% da populao, sendo que 7% da populao possuem ensino mdio completo e, apenas 3% tem formao superior (Ccero Pricles, 2012).Apesar das dificuldades enfrentadas pelo povo Alagoano, o campo vem aos poucos mudando. Grande parte da populao j tem acesso a energia eltrica, faz uso de fogo a gs, a televiso est presente em grande parte dos lares e a rede social de proteo consegue atender 43 mil unidades.Ccero Pricles discute ainda em seu livro que o mundo rural em Alagoas continua refletindo os traos mais fortes herdados do seu passado colonial: concentrao de terra, ausncia de diversificao produtiva, pobreza e degradao ambiental. Dessa forma, a estagnao social resultado da pesada herana colonial que por no ter sido enfrentada de forma adequada, se revela at os dias atuais nos ndices negativos de qualidade de vida dos alagoanos. O resultado disso a obteno dos piores ndices na educao, pobreza, analfabetismo, sade, habitao, segurana, etc.CONCLUSOO cenrio econmico fragilizado do estado de Alagoas, conforme visto ao longo do trabalho, desperta e demanda ateno especial das autoridades para que as polticas pblicas do pas sejam mais eficientes.Dessa forma, de crucial importncia que a estagnao social, fruto da herana colonial no continue e haja uma mudana desse cenrio. Com isso, necessrio que a distribuio de renda e de terras seja menos desigual e ocorra um aumento no ndice de desenvolvimento humano.Mas, verifica-se que Alagoas mesmo sendo um estado subdesenvolvido e que carrega a fama de ser o mais atrasado do Brasil e com altos nveis de desigualdade social, possui todas as caractersticas para se tornar o estado com o quadro econmico mais favorvel.