REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação

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Olá! Meu nome é Gabriele Maris Pereira Fenerick. Sou Mestre em Ciência, Tecnologia e Sociedade pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Possuo graduação em Ciências da Informação e da Documentação e Biblioteconomia pela Faculdade de Filosofia, Ciên-cias e Letras (FFCLRP) da Universidade de São Paulo (USP). Academica-mente, durante o mestrado, abordei a questão do acesso à Informação Científica e, durante a graduação, trabalhei com a temática Bibliotecas Digitais. Tenho experiência em Biblioteconomia no setor público e tra-balho, atualmente, como tutora nos cursos de graduação e pós-gra-duação EaD do Claretiano – Centro Universitário, no polo de Curitiba. E-mail: [email protected]

Claretiano – Centro UniversitárioRua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP [email protected]: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006claretiano.edu.br/batatais

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Gabriele Maris Pereira Fenerick

BatataisClaretiano

2018

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© Ação Educacional Claretiana, 2018 – Batatais (SP)Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana.

CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL

Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves

Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira

Revisão: Eduardo Henrique Marinheiro • Filipi Andrade de Deus Silveira • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Vanessa Vergani Machado

Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami

Videoaula: André Luís Menari Pereira • Bruna Giovanaz • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso

Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

025.32 F377r Fenerick, Gabriele Maris Pereira

Representação descritiva : catalogação / Gabriele Maris Pereira Fenerick – Batatais, SP : Claretiano, 2018.

138 p.

ISBN: 978-85-8377-552-2

1. Representação descritiva. 2. Catalogação. 3. Descrição bibliográfica. 4. International Standard Bibliographic Description. 5. Anglo American Cataloguing Rules. I. Representação descritiva : catalogação.

CDD 025.32

INFORMAÇÕES GERAISCursos: GraduaçãoTítulo: Representação Descritiva: CatalogaçãoVersão: fev./20178Formato: 15x21 cmPáginas: 138 páginas

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SUMÁRIO

CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 92. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 163. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 174. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 185. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 18

UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 212. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 21

2.1. BREVE HISTÓRIA GERAL DA CATALOGAÇÃO ........................................ 212.2. OS DIFERENTES TIPOS DE CATÁLOGOS ................................................. 32

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 433.1. BREVE HISTÓRIA GERAL DA CATALOGAÇÃO ......................................... 433.2. A CATALOGAÇÃO NO BRASIL ................................................................. 453.3. OS DIFERENTES TIPOS DE CATÁLOGOS ................................................. 46

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 465. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 486. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 497. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 49

UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 532. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 54

2.1. PARTE I: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................... 542.2. PARTE II: PONTOS DE ACESSO E REMISSIVAS ....................................... 69

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 783.1. DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................... 78

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3.2. PONTOS DE ACESSO E REMISSIVAS ....................................................... 794. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 805. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 826. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 827. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 83

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 872. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 87

2.1. FORMATOS DE METADADOS .................................................................. 872.2. CODIFICAÇÕES ......................................................................................... 101

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 1093.1. FORMATOS DE METADADOS .................................................................. 1093.2. CODIFICAÇÕES ......................................................................................... 110

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 1115. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 1136. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 1137. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 114

UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1172. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 117

2.1. FRBR ......................................................................................................... 1172.2. FRAD ......................................................................................................... 126

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 1333.1. FRBR ......................................................................................................... 1333.2. FRAD ........................................................................................................ 134

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 1345. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 1366. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 1377. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 1378. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 138

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Conteúdo –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––Fundamentos teóricos da catalogação. O processo de catalogação e as fun-ções do catálogo. Diferentes tipos de catálogos. Regras internacionais para a descrição bibliográfica: ISBDs e AACR. Descrição bibliográfica. Estudo dos pontos de acesso e das remissivas. Estudo e aplicação dos códigos de cata-logação. Padronização no intercâmbio de registros bibliográficos. Estudo dos modelos conceituais do tipo entidade-relacionamento. Controle de autoridade e pontos de acesso autorizados. Aplicação dos códigos de catalogação. Des-crição de documentos arquivísticos e museais.––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Bibliografia BásicaTHE AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION ET AL. Código de catalogação anglo–americano. 2. ed. São Paulo: FEBAB, 2005.

MEY, E. S. A. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.

RIBEIRO, A. M. C. M. AACR2r em marc 21: catalogação de recursos bibliográficos. 3. ed. [autor independente], 2008.

Bibliografia ComplementarIFLA. Declaração de princípios internacionais de catalogação. 2009. Disponível em: <http://www.ifla.org/files/cataloguing/icp/icp_2009-pt.pdf>. Acesso em: 30 out. 2017.

FUSCO, E. Aplicação dos FRBR na modelagem de catálogos bibliográficos digitais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. 180 p.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

MENDES, M. T. R. Cabeçalhos para entidades coletivas. Rio de Janeiro: Interciência, 2002. 142 p.

MEY, E. S. A. Não brigue com a catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 2003. 186 p.

ZAFALON, Z. R. Formato MARC 21 Bibliográfico. São Carlos: Edufscar, 2009. X p.

É importante saberEsta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber.Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-rios, para efeito de avaliação.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

1. INTRODUÇÃO

Estimado aluno, seja bem-vindo!

Neste material, estudaremos sobre o tema Representação Descritiva: Catalogação, por meio do qual você obterá as infor-mações necessárias para o embasamento teórico e prático do processo de catalogação, uma das áreas de estudo mais relevan-tes da Biblioteconomia.

Sabe-se que a Biblioteconomia se expressa, de maneira sin-gela, na organização e disseminação da informação. No cenário atual, a informação não é mais compartilhada restritamente pela oralidade ou por livros e/ou materiais impressos. Com o avanço das tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) e com o advento da internet, a informação está, hoje, nos mais diversos suportes e formatos. É possível se informar ao assistir a um ví-deo, ao ouvir uma música, ao analisar um mapa, ao admirar uma escultura ou uma pintura, ao ler um livro – impresso ou digital –, ao fazer uma pesquisa on-line sobre um tema, ao acessar um site, entre outros. Com tantos caminhos que nos levam até a in-formação, organizá-la assumiu certa indispensabilidade, já que, na mesma proporção da quantidade de conteúdo disponível, a precisão de sua recuperação tornou-se mais complexa. Situação que não exclui a catalogação do presente, mas sim a reinventa e a fortalece constantemente.

O que é catalogação?

Catalogar tem como sentido direto individualizar um item por meio da identificação de informações que correspondam a este. Entretanto, é de fundamental importância que o bibliotecá-rio saiba que catalogar não se limita a tal prática.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Como se tornaria impossível aos usuários das bibliotecas, para escolha do mais conveniente, folhear todos os livros, ouvir to-dos os discos, manusear ou acessar todas as outras formas de registro disponíveis nos acervos reais ou ciberespaciais, mes-mo que os materiais estivessem ampla e corretamente ‘arru-mados’, nós, bibliotecários, elaboramos representações desses registros, de forma a simplificar a busca. Isto é, elaboramos conjuntos de informações codificadas para representar cada um dos registros do conhecimento existentes em acervos (MEY; SILVEIRA, 2009, p. 2).

Tais representações, denominadas representações biblio-gráficas, trazem à tona o processo de catalogação. Catalogar, ou o processo de catalogação, não se restringe à criação de uma lista ou criação de um catálogo. Como muito bem esclarecido por Mey e Silveira (2009), a catalogação permite ao usuário con-seguir a informação de que precisa – seja por título, por assun-to, por autor, por ano etc. – e possibilita que as representações bibliográficas de tais registros se relacionem e se agrupem por semelhanças com a intenção de ampliar o campo de pesquisa do usuário.

Como é o processo de catalogação?

Com o propósito de permitir a recuperação de registros bi-bliográficos, o processo de catalogação se fraciona, de acordo com o manual de Mey e Silveira (2009), em sete etapas:

1) Análise preliminar do recurso bibliográfico.2) Leitura técnica do recurso bibliográfico.3) Descrição do recurso bibliográfico.4) Determinação dos pontos de acesso e sua forma.5) Determinação dos dados de localização.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

6) Registro (tombo).7) Preparo do registro bibliográfico e dos catálogos.

Neste ponto da leitura, sugerimos que você leia o tópico Esquema dos conceitos-chave e atente-se para as definições dos conceitos: representação descritiva, catalogação, classificação, descrição bibliográfica, pontos de acesso, formatos de metada-dos, codificações de intercâmbio e modelos conceituais.

Antes de elucidar cada uma das etapas do processo de ca-talogação, destaca-se ainda que, na Unidade 1, trabalharemos os fundamentos teóricos e os princípios da catalogação, que, como resultados de um interessante percurso histórico, são os que sustentam a aplicabilidade das etapas que iremos explorar no decorrer deste estudo.

De antemão, as etapas 1, 2, 6 e 7 da catalogação não ca-recem, neste momento, de maior investigação, em razão da sua objetividade, e serão desenvolvidas apenas na introdução, a fim de destacar as fases de descrição do recurso bibliográfico e de-terminação dos pontos de acesso e sua forma nas próximas uni-dades, que demandam maior estudo. No que se refere à etapa 5, determinação dos dados de localização, essa também será bre-vemente desenvolvida apenas na introdução, mas não por ser concisa, e sim por necessitar de um aprofundamento mais inten-so em outro momento, já que possui normas extensas e distintas das utilizadas na elaboração do registro bibliográfico. Vamos lá?

Análise preliminar do recurso bibliográfico

Confere-se, nesta primeira etapa, se a obra é um segundo exemplar ou item de uma manifestação ou, ainda, se diz respeito a uma nova edição, manifestação ou obra. Além disso, se há al-

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

gum registro bibliográfico pronto da manifestação em, inclusive, bancos de dados externos que utilizem a catalogação cooperati-va. A saber, a catalogação cooperativa consiste em um conjunto de registros bibliográficos que são organizados em uma rede coo-perativa de bibliotecas e disponibilizados para intercâmbio, com a intenção de padronizar e facilitar a representação descritiva.

Leitura técnica do recurso bibliográfico

A leitura técnica se refere ao levantamento de informações necessárias para compor a representação bibliográfica. Nesta etapa, o bibliotecário analisa o recurso bibliográfico, ou seja, o material físico ou digital em si, para buscar tais informações. Todavia, há partes específicas do recurso bibliográfico para se obter tais informações, denominadas de fonte de informação, sendo a parte mais importante a fonte principal de informação. Como cada tipologia de material manifesta fontes de informação distintas, o Quadro 1 a seguir ilustra quais são elas:

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Quadro 1 Fontes de informação por tipo de materialTIPO DE MATERIAL FONTE DE INFORMAÇÃO

Monografias impressas (livros, folhetos etc.)

Para o levantamento de informações básicas, que servem à descrição biblio-gráfica:• Página de rosto, também denominada

folha de rosto;• Verso da página de rosto, identificado

como “outras [páginas] preliminares”;• Outras páginas que antecedem a

página de rosto, também identificadas como “outras preliminares”;

• Capa, também identificada como “outras preliminares”;

• Colofão;• Encartes, bolsos ou pastas, se houver;• Apêndices e anexos, se houver;• Glossários, bibliografias e índices, se

houver (muitas vezes a bibliografia aparece no final dos capítulos ou em notas de rodapé);

• Orelha (s);• Prefácio;• Sumário, isto é, a lista dos capítulos e

partes na ordem em que aparecem no livro (às vezes, erroneamente, o sumá-rio é denominado ‘índice’);

• Introdução;• Dados biográficos em partes específi-

cas (alguns editores os posicionam na última página do livro).

Recursos eletrônicos (disquetes, CDs, discos rígidos internos ou externos,

coleções digitais e páginas da rede mun-dial)

• Título da tela;• Menus principais;• Páginas iniciais (home pages);• Material interno do próprio recurso

bibliográfico.Para descrição e assunto:• Manuais;• Folhetos;• Caixas (contêineres).

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

TIPO DE MATERIAL FONTE DE INFORMAÇÃO

Imagens em movimento (filmes dos mais variados suportes: DVDs, video-cassetes, materiais de televisão, entre

outros)

• Créditos do próprio filme;• Película do material;• Contêiner.

Gravações de som (materiais destinados exclusivamente a serem ouvidos)

• Selo junto à gravação;• Encartes;• Capas;• Outros contêineres.

Fonte: adaptado de Mey e Silveira (2009).

Descrição do recurso bibliográfico

Esta etapa consiste na elaboração da descrição bibliográfi-ca. O bibliotecário retira as informações que sejam de interesse do usuário do recurso bibliográfico, com a intenção de indivi-dualizá-lo, identificando as singularidades que o diferenciam dos demais. Caso o bibliotecário esteja catalogando vários itens de uma mesma manifestação, deve-se registrar uma única descri-ção bibliográfica. Por ser uma etapa mais complexa e detalhista, a estudaremos na Unidade 2, onde serão aprofundados os de-talhes das normas para a elaboração da descrição bibliográfica da International Standard Bibliographic Description (ISBD), que estão presentes no Anglo-American Cataloguing Rules (AACR2).

Determinação dos pontos de acesso e sua forma

Pontos de acesso são a chave para o acesso do usuário à representação descritiva de um recurso bibliográfico. O objetivo do catalogador ao definir os pontos de acesso é reunir todos os recursos bibliográficos que apresentem determinada semelhan-ça. São determinados pelo catalogador, que não deve finalizar a etapa com dúvidas ou ambiguidades no registro. Existem normas

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

e regras para a determinação dos pontos de acesso, que estuda-remos na segunda Unidade.

Determinação dos dados de localização

Permitir a localização de um item no acervo também é parte da representação descritiva. Nesta etapa de determina-ção dos dados de localização, o bibliotecário catalogador precisa ter conhecimento sobre a inserção do código da biblioteca, do número de chamada e sobre a notação de assunto, que traba-lha com os sistemas de classificação que distinguem assuntos identificando-os por códigos numéricos, como, por exemplo, as conhecidas Classificação Decimal de Dewey e Classificação De-cimal Universal.

Registro (tombo)

Consiste simplesmente em registrar no item em si, com um carimbo, o número da ordem de entrada na biblioteca, identifi-cando tal numeração também no registro bibliográfico.

Preparo do recurso bibliográfico e dos catálogos

Esta etapa dependerá do tipo de catálogo utilizado pela bi-blioteca. Catálogos manuais em fichas se organizam de maneira distinta aos catálogos em linha, ou automatizados. Nos catálogos em fichas é necessário, muitas vezes, a duplicação de registros bibliográficos para determinação de múltiplos pontos de acesso, que consiste, nesta fase, na preparação dos catálogos. Já nos ca-tálogos automatizados, a descrição bibliográfica completa é feita exclusivamente uma vez e permite diferentes tipos de acesso.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

No cumprimento de tais etapas, ainda enfatizando as eta-pas 3 e 4, entraremos em contato com as novas tecnologias desenvolvidas para adequar o processo de catalogação às ne-cessidades dos usuários do século 21. Entre elas, estudaremos, na Unidade 3, os formatos Machine Readable Cataloging 21 (Marc21) e Dublin Core, e as codificações International Organi-zation for Standardization 2709 (ISO 2709) e Machine Readable Cataloging Extensible Markup Language (MARCXML). A Unida-de 4 abordará os modelos conceituais Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR) e Functional Requirements for Authority Data (FRAD), que tratam das relações entre entidades de um registro bibliográfico. Está pronto para esse desafio?

Convido você a percorrer este material, lembrando-o da responsabilidade do bibliotecário em um cenário que carece, cada vez mais, de confiabilidade e interoperabilidade, para per-mitir o acesso às informações que formam a nossa história e realçam nossas escolhas.

2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS

O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-mento dos temas tratados.

1) Catalogação: “[...] é o estudo, preparação e organi-zação de mensagens codificadas, com base em itens existentes ou passíveis de inclusão em um ou vários acervos, de forma a permitir intersecção entre as men-sagens contidas nos itens e as mensagens internas dos usuários” (MEY, 1995, p. 7).

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

2) Catálogo: lista de materiais de biblioteca que fazem parte de uma coleção, biblioteca ou grupo de bibliote-cas, ordenadas de acordo com um plano definido. Em sentido mais amplo, lista de materiais preparada para uma finalidade específica. (CÓDIGO, 2004, s/p.)

3) Classificação bibliográfica: ferramenta para a repre-sentação temática de documentos.

4) Codificações de intercâmbio: um conjunto de códigos responsável pela definição da disposição das informa-ções na estrutura do registro.

5) Descrição bibliográfica: é a parte da catalogação res-ponsável pela caracterização do recurso bibliográfico. Refere-se à manifestação, podendo incluir alguma pe-culiaridade do item.

6) Formatos de metadados: dados descritivos codifica-dos de um recurso bibliográfico.

7) Modelos conceituais: representam conceitos sobre a sistematização e aplicação de teorias.

8) Pontos de acesso: são a parte pela qual os usuários po-dem buscar e acessar a representação de um recurso bibliográfico no catálogo.

9) Representação descritiva: trata-se da área de investi-gação e prática que estuda e desenvolve parâmetros e normas. É também um processo de descrição de dados extrínsecos.

3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE

O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos concei-tos mais importantes deste estudo.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Representação Descritiva: Catalogação.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCÓDIGO de catalogação anglo-americano. 2. ed., rev. 2002. São Paulo: FEBAB, 2004.

MEY, E. S. A. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.

MEY, E. S. A.; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.

5. E-REFERÊNCIAIFLA. Declaração de princípios internacionais de catalogação. 2009. Disponível em: <http://www.ifla.org/files/cataloguing/icp/icp_2009-pt.pdf>. Acesso em: 31 out. 2017.

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UNIDADE 1FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

Objetivos• Compreender os fundamentos teóricos da representação descritiva.• Compreender os princípios e objetivos da representação descritiva e

dos catálogos.• Conhecer os diferentes tipos de catálogos.

Conteúdos • História da catalogação.• Os diferentes tipos de catálogos.

Orientações para o estudo da unidadeAntes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:

1) Exploraremos, nesta unidade, uma breve história da catalogação. Procure se atentar a como os fatos e decisões pertinentes à evolução da represen-tação descritiva se relacionam e busque uma atitude reflexiva em como o contexto econômico, tecnológico, político e social interferiram nesse percurso.

2) Caso surja alguma dúvida sobre determinado conceito, busque identificá--lo no Glossário de Conceitos e no Esquema dos Conceitos-Chave.

3) Ao terminar o estudo dos tópicos, leia os materiais complementares des-critos no Conteúdo Digital Integrador.

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Nesta primeira unidade, estudaremos como a elaboração de registros bibliográficos se aprimorou com o passar do tempo. Você perceberá, durante a leitura, que o aperfeiçoamento dos tipos de suporte influenciou no volume de informações dispo-níveis e, consequentemente, no nível de complexidade do pro-cesso de catalogação. Além do mais, notará ao final que, mesmo com novas tecnologias, muitos tipos de suporte não entraram em desuso e geraram, assim, uma grande multiplicidade de ma-teriais em unidades de informação e bibliotecas que passaram a ter um acervo diversificado.

No Tópico 2. 2, Os diferentes tipos de catálogos, explora-remos dois tipos distintos de catálogos: o catálogo manual, em ficha; e o catálogo em linha, o automatizado. Repare que, apesar de terem grandes diferenças, o catálogo em linha é uma versão aprimorada do catálogo em ficha. Para compreender melhor os catálogos atuais, é preciso se aprofundar nos seus conceitos mais básicos.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA

O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-do Digital Integrador.

2.1. BREVE HISTÓRIA GERAL DA CATALOGAÇÃO

A catalogação é, atualmente, uma prática estruturada com padrões complexos e específicos que são acompanhados e atua-

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

lizados regularmente por respeitáveis entidades, associações e especialistas da área de Biblioteconomia e da Ciência da Infor-mação. Porém, para alcançar o atual formato, essa prática tri-lhou um importante e longo percurso histórico, de conhecimen-to indispensável na formação de bibliotecários conscientes de sua utilidade e relevância.

Desde o início da escrita, o homem busca organizar e des-crever as transcrições de suas descobertas e pensamentos. Uma missão arqueológica italiana encontrou tábulas de argila datadas do terceiro milênio antes de Cristo, que pertenciam à Biblioteca de Ebla, atual Síria. Tais tábulas, de escrita cuneiforme, eram or-ganizadas por temas e distribuídas em estantes. Algumas traziam a descrição de outros documentos. Outras, descobertas mais tar-de no Egito, já apontavam, em linguagem babilônica, títulos de obras. As informações bibliográficas mais antigas já encontradas datam de 1300 a.C. e são de origem turca. As tábulas de argila que continham tais informações traziam descrições físicas do do-cumento e identificação de título e autor.

Mais tarde, novos suportes começaram a substituir as tá-bulas de argila, como o papiro e o pergaminho, por exemplo, que eram utilizados respectivamente pela Biblioteca de Alexandria e pela Biblioteca de Pérgamo. Localizada no Egito, entre os séculos 3º a.C. e 5º d.C., a Biblioteca de Alexandria reuniu estudiosos e sábios de diferentes culturas e crenças para sistematizar o acer-vo, que continha cerca de 400 mil rolos de papiros. Segundo Mey e Silveira (2009), Calímaco, um notável bibliotecário alexandrino, utilizou a classificação aristotélica do conhecimento para organi-zar os volumes em estantes e mesas especificadas por assunto, elaborando um catálogo, denominado pinakoi, que possibilitava a identificação dos papiros por autor e título (Obra X de Fulano) em ordem alfabética.

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

Eternizada pelo pergaminho, a Biblioteca de Pérgamo, fundada em II a.C. na atual Turquia, foi a principal “concorrente” da Biblioteca de Alexandria. O pergaminho, suporte fabricado a partir de pele animal, foi desenvolvido pela Biblioteca de Pérga-mo como consequência da tentativa da Biblioteca de Alexandria de “frear a concorrência”. O suporte teve um uso intenso por aproximadamente um milênio, dada sua alta durabilidade e ca-pacidade de reutilização.

Já nos primeiros séculos da Idade Média, o clero foi o res-ponsável por produzir, preservar, copiar e catalogar as obras de bibliotecas medievais. O papel, inventado pelos chineses e disseminado pelos árabes, chegou ao Ocidente. Segundo Vieira (2014), em 1150 d.C., árabes instalaram as primeiras fábricas de papel na Espanha, o que contribuiu para ampliar a distribuição do material. Cresceu, nesse período, o interesse pela organiza-ção de catálogos, visto que o acervo de importantes mosteiros expandiu-se significativamente entre os séculos 10 e 14, tornan-do o acesso à informação um fator preocupante. Os catálogos, mesmo que ainda utilizados como um inventário de coleção, co-meçaram a indicar, aos poucos, outras informações, como con-teúdo e número do volume, mas foram os frades agostinianos, em 1389, na Inglaterra, que produziram o primeiro catálogo co-nhecido como a lista do convento de Saint Martin.

Dividia-se em três seções. A primeira, organizada pelo número de localização do volume na estante, incluía um título breve, o número da página do documento em que o número de localiza-ção foi registrado, as primeiras palavras do texto nesta página, o número de páginas do documento e o número de obras conti-das no volume. A segunda, também organizada pelo número de localização, registrava o conteúdo de cada volume, com a pagi-nação e as palavras iniciais de cada obra. A terceira é um marco na catalogação: incluía análise das partes (entradas analíticas) e

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uma lista alfabética, às vezes de autor, outras de título e autor e outras, ainda, de palavras genéricas, como ‘livro’, ‘parte’ ou ‘códice’ (MEY; SILVEIRA, 2009, p. 65).

Conforme as obras de Mey e Silveira (2009) e de Vieira (2014), grandes bibliotecas privadas passaram a ser estruturadas a partir do século 15, graças à influência das feiras comerciais específicas de livros que se instauraram na Alemanha depois da tipografia de Gutenberg. Desenvolvida por Johannes Gutenberg, que apresentou a impressão de uma bíblia com dois volumes na feira de Frankfurt, a prensa de tipos móveis impulsionou a pro-dução de livros a partir do século 15. Bibliógrafos, que já com-pilavam as bibliografias da época, passaram então a utilizar o que seria a ideia inicial das remissivas (as quais estudaremos na Unidade 2), a organizar suas compilações em ordem cronológi-ca e a identificar o sobrenome do autor como ponto de acesso. Essas mudanças impulsionaram a criação dos primeiros códigos de catalogação, como as obras do livreiro Andrew Maunsell; do professor Sir Thomas Bodley, que elaborou um código de cata-logação para a Universidade de Oxford; e do francês Fredéric Rostgaard.

No século 17, quando a comunidade científica e, conse-quentemente, a pesquisa científica progrediam, bibliotecas pri-vadas foram confiscadas durante a Revolução Francesa e pas-saram a ser de uso público. Fato que obrigou, por necessidade, a criação do primeiro código nacional de catalogação, o código francês, que passou a detalhar, entre outros, os registros físicos.

A partir de 1800 d.C., a catalogação foi influenciada por diversos e importantes episódios. Em 1836, uma comissão, no-meada pela House of Commons, investigou a situação do British Museum e aprovou, para utilização no catálogo da biblioteca do

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museu, as 91 regras de Anthony Panizzi, as quais serviram como base para a criação, em 1850, do código utilizado no catálogo da Smithsonian Institution, criado por Charles C. Jewett. Nesse sé-culo surgiram diversos códigos distintos, como o código de Mu-nique, Instruções para a Universidade de Breslau, por Dziatzko, a Classificação Decimal de Dewey (CDD), a Declaração de Prin-cípios de Cutter, a tabela de sobrenome de Cutter, entre outros.

Paul Otlet e La Fontaine, dois grandes nomes que influen-ciaram diretamente o campo da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, fundaram, em 1895, o Institut Internacional de Bi-bliographie (IIB), cujo objetivo era criar uma bibliografia univer-sal. A ideia de uma bibliografia universal não era exclusiva deles, contudo, os dois se diferenciavam dos demais por acreditar que a bibliografia universal poderia ser a base para a paz. O IIB aca-bou gerando a Classificação Decimal Universal (CDU) e, depois de uma longa história com notáveis momentos, fechou as portas em 2002, quando já era denominado Federação Internacional de Informação e Documentação (FID). Otlet, como visionário que foi, era também advogado, assim como La Fontaine, que ga-nhou o prêmio Nobel da Paz em 1913.

Em 1901, a venda de fichas já padronizadas pela Library of Congress (LC) influenciou diretamente a padronização do catálo-go em fichas, o que fez com que a American Library Association (ALA) criasse uma comissão para estudar as regras adotadas pela LC. Dessa forma, utilizando as principais regras de catalogação já criadas (Panizzi; Cutter; Jewett e LC.), a ALA publicou Regras de catalogação: entradas de autores e títulos. Apesar de as regras da ALA terem sido utilizadas nesse período por países como os EUA e a Inglaterra, outros, como a Alemanha e a Itália, desenvol-viam e atualizavam suas próprias regras de catalogação, que re-percutiam em toda a Europa. Vale a pena ressaltar que em 1927,

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de acordo com o manual de Mey e Silveira (2009), foi fundada na Escócia a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), uma organização não governamental que, ainda hoje, promove e influencia a cooperação internacional en-tre todos os campos da biblioteconomia.

O principal evento destinado à catalogação, de esfera in-ternacional, foi a Conferência de Paris ou Conferência Interna-cional sobre Princípios de Catalogação, em 1961. A conferência estabeleceu a Declaração de Princípios Internacionais de Cata-logação, a qual instituiu os princípios que integram a descrição bibliográfica. Posteriormente à publicação do documento, vários dos códigos vigentes da época foram modificados com o propó-sito de adequar as regras de catalogação nacionais à declaração.

Além da Conferência de Paris, na década de 1960, mais especificamente em 1969, ocorreu a Reunião Internacional de Especialistas em Catalogação (RIEC), realizada pela IFLA, que in-fluenciou diretamente a padronização internacional de controle bibliográfico devido à apresentação da Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada (ISBD). Em busca de iniciativas que visavam disseminar o conhecimento, em 1970, a UNESCO criou o Controle Bibliográfico Universal (CBU), que teve como pon-to principal reunir iniciativas de controle bibliográfico nacionais, com o propósito de incentivar o controle universal de informa-ções bibliográficas. Diante disso, o CBU determinou a ISBD como norma básica para o desenvolvimento de padrões para descri-ção bibliográficas nacionais. Em 1971, foi publicada, pela IFLA, a ISBD (M), que reconheceu a proposta do especialista em catalo-gação Michael Gorman, responsável pela apresentação da ISBD na RIEC.

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Em 1967, a ALA, a Canadian Library Association e a Library Association publicaram, em conjunto, o Anglo-American Catalo-ging Rules (AACR) ou Código de Catalogação Anglo-Americano, fundamentado na Declaração de Paris. O AACR ganhou uma se-gunda edição em 1978, denominada AACR2, que passou a tratar a descrição bibliográfica de acordo com a ISBD. A proposta de revisão da edição de 1988 (AACR2r) em 2005 fez surgir o Resour-ce Description and Acess (RDA), um novo código de catalogação que está de acordo com o Functional Requires for Bibliographic Records (FRBR) e com o FRAD. O RDA teve sua primeira publica-ção em 2010 e já está sendo implantado na América Latina. Ele é discutido no Brasil por importantes pesquisadores da área da Biblioteconomia, como Fabrício Assumpção e Marcelo Votto.

Você já pôde observar que a década de 1960 trouxe mui-tas modificações para o campo da Biblioteconomia, não é? Mas ainda é preciso ressaltar outro marco importante: os projetos MARC (1965) e MARCII (1968).

O Machine Readable Catalog, conhecido como MARC, é o resultado de um projeto elaborado por um estudo iniciado em 1964 que visava à leitura das fichas de catalogação da Library of Congress por máquinas. A tecnologia computacional estava em crescente avanço e foi preciso adequar a catalogação ao cenário. De acordo com a definição de Vieira (2014, p. 113), o projeto foi desenvolvido “com o objetivo de organizar e disseminar dados bibliográficos num determinado formato, de forma que possam ser legíveis por máquinas”. Trata-se, assim, de um formato pa-drão de entrada para registros bibliográficos que permite a in-serção de todos os tipos de materiais e produz diferentes tipos de catálogos. Em síntese, a descrição bibliográfica passou a ser legível por máquina.

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Já na década de 1990, o advento da internet fez com que surgissem novas preocupações no processo de elaboração de re-gistros bibliográficos. Nesse cenário, a recessão impulsionou a catalogação cooperativa, já que esse procedimento minimiza os custos com o processamento, o que intensificou a necessidade de uma nova discussão sobre a padronização internacional de registros bibliográficos. Dessa forma, em 1990 ocorreu, em Es-tocolmo, o Seminário sobre Registros Bibliográficos, quando foi formado um grupo de estudos para definir requisitos funcionais para os registros bibliográficos.

A catalogação de materiais eletrônicos passou a ser um de-safio para o AACR II, situação que resultou na criação do padrão Dublin Core, que trata da descrição bibliográfica para recursos eletrônicos. Segundo Mey e Silveira (2009), o Dublin Core foi re-sultado de um seminário realizado na cidade de Dublin em 1995, que reuniu cerca de 52 pesquisadores de áreas distintas como a biblioteconomia, a museologia e a computação.

Em 1997, durante a 63ª Conferência Geral da IFLA, o gru-po de estudos para definir requisitos funcionais para os registros bibliográficos apresentou um relatório denominado Functional Requires for Bibliographic Records (FRBR), que foi aprovado pela IFLA e publicado em 1998, o qual estudaremos mais profun-damente na Unidade 4.

Mais recentemente, desde o início do século 21, a IFLA continuou promovendo discussões a respeito de compartilha-mento de dados bibliográficos. Em 2003, num encontro de espe-cialistas para discutir um Código Internacional de Catalogação, em Frankfurt, foi aprovada a atualização dos Princípios de Pa-ris, agora denominada Declaração de Frankfurt. Cada encontro posterior apresentou uma atualização da declaração, cuja mais recente é de 2009.

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Com as leituras propostas no Tópico 3. 1, você acompa-nhará os principais assuntos discutidos atualmente sobre o in-tercâmbio de registros bibliográficos. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

A catalogação no Brasil

Assim como a Inglaterra e a Alemanha buscavam o desen-volvimento do próprio Código Nacional de Catalogação, no Brasil não foi diferente. De acordo com o trabalho de Modesto (2007), já em 1934, Jorge Duarte Ribeiro publicou o trabalho intitulado Regras bibliográficas: ensaios de consolidação, o qual se baseava nas regras da ALA.

O curso de Biblioteconomia oferecido pelo Mackenzie, de início em 1929, utilizava o código da ALA no ensino da disciplina de catalogação, enquanto o curso de Biblioteconomia da Biblio-teca Nacional (BN) instruía o uso do Código da Vaticana, utiliza-do em muitas bibliotecas brasileiras até a década de 1980. São Paulo se consagrou na época como a cidade pioneira no ensino de catalogação, o que resultou na fundação da Associação Pau-lista de Bibliotecários (APB) em 1938, que trouxe importantes contribuições para a catalogação nacional, como a publicação de Regras Gerais de catalogação e redação de fichas, em 1941. Foi também na década de 1940 que o Departamento Administra-tivo do Serviço Público (DASP), sob a experiência de Lydia de Queiroz Sambaquy, bibliotecária chefe da biblioteca da DASP, instituiu o Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC).

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Na próxima década, em 1954, foi criado o Instituto Brasi-leiro de Biblioteconomia e Documentação (IBBD), órgão centra-lizador das atividades biblioteconômicas nacionais. Atualmente, o IBBD passou a ser o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), agora como gerente e suporte téc-nico nacional responsável, entre outras funções, pela Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, pelo Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas e pela atribuição do ISSN (In-ternational Standard Serial Number), destinado a periódicos.

A década de 1950 trouxe ainda novos ares para o campo da Biblioteconomia Nacional. Em 1954, o IBBD passou a ser o responsável pelo SIC. No mesmo ano, o Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação (CBBD) finalizou sua primeira edição com três recomendações finais:

• A criação de um código de catalogação brasileiro;

• A criação no Instituto Nacional do Livro (INL) de uma co-missão de especialistas em catalogação composta de pro-fessores e profissionais;

• A escolha de entradas para nomes brasileiros e portugue-ses, com base em critérios universalmente aceitos no res-peito à vontade do autor, ao uso local e à tradição literária (MODESTO, 2007, p. 4).

Como Mey e Silveira (2009) e Modesto (2007) muito bem descrevem, houve diversas tentativas de criação de um código de catalogação para países de língua portuguesa entre os anos de 1934 e 1963, as quais, por fim, resultaram mais tarde em nor-mas para cabeçalhos de nomes, anexadas às duas atualizações do AACR. Entretanto, um importante episódio brasileiro, no que se refere à representação descritiva, merece citação: o projeto CALCO.

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Em 1972, quando o AACR já era adotado pelos brasileiros, Alice Príncipe Barbosa, então responsável pelo SIC, apresentou como dissertação de mestrado o Projeto Catalogação Legível por Máquina, o chamado CALCO, baseado no MARCII. O CALCO foi o formato adotado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) três anos após a BN divulgar suas instruções de uso, em 1977. A par-tir da década de 1980, o CALCO passou a se chamar Bibliodata/CALCO e foi utilizado pela BN até 1996, quando foi substituído pelo USMARC.

Nesse cenário, os grupos de estudos das principais institui-ções brasileiras, como a BN e o IBICT, estavam voltados para pro-por iniciativas que contribuíssem para o intercâmbio de registros bibliográficos entre instituições nacionais e internacionais. Além disso, o Instituto Nacional do Livro (INL), criado no governo Var-gas, integrou-se à BN em 1990 e foi o responsável pela criação do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), de 1992. Com o objetivo de auxiliar as bibliotecas públicas brasileiras, o SNBP passou a disponibilizar dois programas para a automação de bi-bliotecas: o BIBLIVRE e o programa Biblioteca Livro Aberto. Os dois programas permitiam o compartilhamento de registros bi-bliográficos, o que diminuiu significativamente o tempo e o custo do processo de catalogação no Brasil (MEY; SILVEIRA, 2009).

Já no ano de 1990, o impacto da internet afetou muito a catalogação cooperativa internacional e fez com que o processo sofresse inúmeras alterações. Agora, o usuário passava a ter a possibilidade de pesquisar, identificar e referenciar o material. O Bibliodata se tornou uma rede nacional de catalogação coo-perativa, utilizada até hoje, e deu lugar, na BN, ao USMARC, que alguns anos depois seria substituído pelo MARC21. A cataloga-ção cooperativa se fortaleceu, e as bibliotecas brasileiras se asso-

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ciaram à Online Computer Library Center (OCLC), que, de acor-do com Modesto (2007), já tinha, em 1996, cerca de 96 países associados.

A segunda edição do MARC21 foi traduzida para o portu-guês em 2000, assim como a segunda edição do AACR, revisa-da em 2002. Ambos são utilizados pela maioria das bibliotecas brasileiras e ensinados nos cursos de biblioteconomia até hoje. Apesar de a primeira publicação do RDA ser de 2010, ele come-çou a ser utilizado pela LC apenas em 2013. No Brasil, a adoção do padrão ainda é recente, tendo como instituição pioneira a bi-blioteca universitária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que passou a utilizar o RDA em 2016.

As leituras indicadas no Tópico 3. 2 abordam de forma mais detalhada a evolução e os deveres dos principais respon-sáveis pela introdução das normas e padrões de catalogação internacionais no Brasil. Neste momento, você deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado.

2.2. OS DIFERENTES TIPOS DE CATÁLOGOS

Agora que você já sabe como chegamos até o atual mo-mento da catalogação, aprofundaremos o estudo sobre os dois tipos resultantes desse percurso histórico: os catálogos manuais e os catálogos automatizados.

Mas, antes de tudo, o que é afinal um catálogo? Para Mey e Silveira (2009, p. 12):

Catálogo é um meio de comunicação que veicula mensagens sobre os registros do conhecimento, de um ou vários acervos,

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reais ou ciberespaciais, apresentando-as com sintaxe e semân-tica próprias e reunindo os registros do conhecimento por se-melhanças para os usuários desses acervos. O catálogo expli-cita, por meio das mensagens, os atributos das entidades e os relacionamentos entre elas.

A elaboração da Declaração de Princípios Internacionais de Catalogação (2009), que passou a substituir a Declaração de Pa-ris, atualizou ainda os objetivos e funções do catálogo, que são:

4.1 Encontrar recursos bibliográficos numa coleção como re-sultado de uma pesquisa, utilizando atributos e relações entre recursos:

4.1.1 Para encontrar um determinado recurso.

4.1.2 Para encontrar conjuntos de recursos representando to-dos os recursos que pertencem à mesma obra; todos os recur-sos que representam a mesma expressão; todos os recursos que exemplificam a mesma manifestação; todos os recursos associados a determinada pessoa, família ou coletividade (enti-dade); todos os recursos sobre um determinado assunto; todos os recursos definidos por outros critérios (língua, lugar de pu-blicação, data de publicação, tipo de conteúdo, tipo de suporte, etc.), normalmente como uma delimitação secundária de um resultado de pesquisa.

4.2 Identificar um recurso bibliográfico ou agente (ou seja, con-firmar que a entidade descrita corresponde à entidade procu-rada ou distinguir entre duas ou mais entidades com caracterís-ticas similares);

4.3 Selecionar um recurso bibliográfico que seja apropriado às necessidades do utilizador (usuário), ou seja, escolher um recurso que esteja de acordo com as necessidades do utiliza-dor (usuário), no que diz respeito ao conteúdo, suporte, etc. ou rejeitar um recurso que seja inadequado às necessidades do utilizador (usuário);

4.4 Adquirir ou obter acesso a um item descrito (ou seja, for-necer informação que permitirá ao utilizador (usuário) adqui-

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rir um item por meio de compra, empréstimo, etc. ou aceder [acessar] eletronicamente a um item por meio de uma ligação em linha a uma fonte remota); ou acessar (aceder), adquirir ou obter dados bibliográficos ou de autoridade;

4.5 Navegar num catálogo ou para além dele (quer dizer, através da organização lógica dos dados bibliográficos e de autoridade e da apresentação de formas claras de se navegar, incluindo a apresentação de relações entre obras, expressões, manifesta-ções, itens, pessoas, famílias, entidades [coletividades], concei-tos, objetos, eventos e lugares) (DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO, 2009, p. 3)

É possível perceber neste ponto que um catálogo hoje já não se assemelha a um simples inventário das obras de deter-minada instituição. Um catálogo permite a interoperabilidade, a pesquisa e o acesso aos mais diversos registros do conhecimen-to. Apesar das diferenças entre os dois tipos de catálogos, ainda é de grande importância o aprendizado sobre os catálogos ma-nuais, pois entendê-los permite que se compreenda quase por completo a estrutura dos automatizados.

Catálogos manuais

Os catálogos manuais em fichas são divididos entre dois tipos: externos, para acesso do usuário; e internos, para uso dos bibliotecários.

Os catálogos externos compõem-se do registro bibliográ-fico completo de cada unidade do acervo. São organizados para permitir que o usuário pesquise de acordo com o ponto de aces-so escolhido, o qual, para esse tipo de catálogo, pode ser por responsabilidade, título e assunto.

Você provavelmente deve estar se perguntando o que são pontos de acesso? De acordo com a Declaração dos Princípios

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Internacionais de Catalogação (2009, p. 9), ponto de acesso é “um nome, termo, código, etc. por meio do qual, dados biblio-gráficos ou de autoridades são procurados e identificados”. Ou seja, é o nome ou termo que o usuário e/ou o bibliotecário utili-zam para pesquisar e identificar o material desejado.

No que se refere ao catálogo externo, há três tipos de pon-tos de acesso:

• Responsabilidade: autoria (pessoal e entidade coletiva) e outros tipos de responsabilidade.

• Título (título principal, título da série e outros tipos de títulos relacionados com o material).

• Assuntos (termos, classificação, entre outros).

Esse tipo de catálogo conta com dois tipos de organização: alfabética e sistemática, como você pode observar nas Figuras 1, 2, 3 e 4.

1) Organização alfabética: o catálogo manual em fichas organizado alfabeticamente pode estar disposto como catálogo-dicionário, que intercala as entradas de res-ponsabilidade, título e assunto, ou se apresentar como três catálogos distintos, um por responsabilidade, um por título e outro por assunto. Utilizaremos, para os exemplos de catálogos externos, o registro do livro 1822, de Laurentino Gomes.

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1822 981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 1 Ficha com ponto de acesso por título.

981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 2 Ficha com ponto de acesso por responsabilidade.

Brasil – História – Império, 1822 - 1889 981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 1 Ficha com ponto de acesso por título.

1822 981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 1 Ficha com ponto de acesso por título.

981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 2 Ficha com ponto de acesso por responsabilidade.

Brasil – História – Império, 1822 - 1889 981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 2 Ficha com ponto de acesso por responsabilidade.

1822 981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 1 Ficha com ponto de acesso por título.

981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 2 Ficha com ponto de acesso por responsabilidade.

Brasil – História – Império, 1822 - 1889 981.05 G612m Gomes, Laurentino

1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado / Laurentino Gomes. – Rio de Janeiro :Nova Fronteira, 2010. – 351 p. : il. – Sequência de: 1808. – Acompanhado de três cadernos de imagens. – Inclui bibliografias e índice. – ISBN 978-85-209-2775-5

1. BRASIL – HISTÓRIA – IMPÉRIO, 1822 – 1889. 2. PEDRO II, IMPERADOR DO BRASIL, 1925-1891. I. Título

Figura 3 Ficha com ponto de acesso por assunto.

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Figura 4 Catálogo-dicionário.

2) Organização sistemática: os catálogos externos que são organizados sistematicamente necessitam de um sistema de classificação, pois utilizam entrada de as-suntos, disposta pelo número de classificação. Segun-do Mey e Silveira (2009), esse tipo de catálogo está em desuso, pois, além dos símbolos de classificação serem mais difíceis em ambientes informatizados, a supera-ção das barreiras linguísticas, que é a grande vantagem da organização sistemática, hoje é alcançada por meio de recursos computacionais.

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Já os catálogos internos, para uso dos bibliotecários, apre-sentam características bem diferentes. Esses são responsáveis por auxiliar nas atividades da biblioteca, garantindo uma padro-nização constante do acervo. Os catálogos internos, também chamados de catálogos auxiliares, são subdivididos em:

• Catálogo de identidade.• Catálogo de assuntos.• Catálogo de número de classificação.• Catálogo de títulos.• Catálogo decisório.• Catálogo de registro.• Catálogo oficial.• Catálogo topográfico.

Vejamos as características de cada um deles:1) Catálogo de identidade: o catálogo de identidade con-

tém as formas de nomes autorizadas e, consequente-mente, padronizadas para nomes de pessoas, entida-des coletivas e famílias.

2) Catálogo de assuntos: o catálogo de assuntos apresen-ta os termos ou símbolos utilizados e autorizados para a representação dos assuntos no registro bibliográfico. Nesse catálogo, também é possível encontrar as fontes pesquisadas, termos não utilizados, Termo Específico (TE); Termo Geral (TG); Termo Relacionado (TR) e o número de classificação condizente com o termo.

3) Catálogo de número de classificação: esse catálogo é organizado na ordem dos números de classificação. Nele consta a notação da classificação, o assunto, ex-plicações sobre o número e fonte, como a Classifica-

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ção Decimal de Dewey (CDD) ou a Classificação Deci-mal Universal (CDU), por exemplo.

4) Catálogo de títulos: os catálogos de títulos somam dois outros catálogos: o catálogo de séries e o catálogo de títulos uniformes. Como muitas vezes o título da série pode sofrer pequenas alterações, é necessário um ca-tálogo de títulos para padroniza-los a fim de garantir a recuperação do registro de tais itens. Para isso, o catá-logo traz o título padronizado da série e as remissivas dos outros títulos relacionados.

5) No que se refere ao catálogo de títulos uniformes, cabe aqui uma observação feita por Mey e Silveira (2009, p. 201):

O catálogo de títulos uniformes é importantíssimo, pois contro-la o título padronizado para diversos tipos de obras que podem variar em seus títulos de expressões e manifestações. Torna--se indispensável para a legislação, música, filmes e obras com diferentes traduções, por vezes em mais de um idioma. Cada entrada se constitui do nome do autor e/ou do próprio título uniforme, indicado de remissivas e explicações sobre seu uso, quando cabíveis.

6) Catálogo decisório: como um dos principais catálogos que compõem o catálogo interno, o catálogo decisório é utilizado tanto em bibliotecas que utilizam catálogos manuais quanto as que utilizam catálogos automatiza-dos. Trata-se de um catálogo, em ordem alfabética, das decisões tomadas durante o processo de catalogação, assim como suas justificativas.

7) Catálogo de registro: em substituição ao livro de regis-tro, o catálogo de registro contém o número de patri-mônio do livro, ou seja, o número de tombo. Os ma-teriais impressos adquiridos pela biblioteca passam a

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ter um número de registro para cada volume do item, assim como uma ficha específica. O número do regis-tro é atribuído aos itens por ordem de chegada.

8) Catálogo oficial: o catálogo oficial auxilia a manutenção do catálogo externo e os bibliotecários catalogadores, que, ao receberem uma nova obra para catalogação, buscam, antes de tudo, por registros de exemplares ou edições do item em questão no catálogo oficial. Para realizar tais funções, o catálogo oficial é uma réplica do catálogo externo, organizado, porém, por apenas um ponto de acesso principal.

9) Catálogo topográfico: este último, que exerce a função de inventário, tem como finalidade permitir o acesso à localização do item no acervo. É organizado por re-gistros bibliográficos completos, identificando os volu-mes ou exemplares de cada item.

Catálogos automatizados

Como principal formato para padronização na entrada de dados bibliográficos, o MARC21 permitiu a automatização dos catálogos antes mesmo da internet. Com a eclosão do meio di-gital, a automatização dos catálogos se intensificou ainda mais, permitindo a expansão da catalogação cooperativa, o que tornou o processo de catalogação mais rápido e ágil. A internet possibili-tou ainda o acesso aos catálogos fora da biblioteca, na hora e no local escolhidos pelo usuário, desde que estivessem disponíveis um computador e uma conexão em rede.

Como o MARC21 nem sempre foi compreendido pelos usuários, os comitês internacionais de catalogação estabelece-ram um padrão para a apresentação do registro bibliográfico

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on-line, nos chamados On-line Public Acess Catalogs (OPAC’s), conhecidos também como catálogo em linha. Os usuários que acessam hoje os OPAC’s se deparam com uma apresentação do item, como no exemplo da Tabela 1, retirado do catálogo on-line da Biblioteca Pública do Paraná:

Tabela 1- Tabela Registro bibliográfico on-line.

Tabela 1- Tabela Registro bibliográfico on-line. Número de Chamada 823.74 A933 NOR PARANAGUÁ - Biblioteca Mário

Marcondes Lobo (ML) Autor Principal Austen, Jane, Detalhes 1775-1817 Detalhes Título Uniforme/Original [Northanger Abbey. Português] Título Principal A abadia de Northanger / Jane Austen ; tradução de

Rodrigo Breunig ; apresentação de Ivo Barroso Publicação Porto Alegre, RS : L&PM, 2011. Descrição Física 268 p. ; 18 cm Série (L&PM pocket ; 978) Notas Tradução de: Northanger Abbey ISBN ISBN : 9788525424648 Assuntos Ficção inglesa Fonte: Biblioteca Pública do Paraná

Repare que é possível notar a pontuação utilizada, fazendo referência ao uso do ISBN. Agora veja este mesmo registro apresentado no formato MARC21(Tabela 2):

Formatado: Normal

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná

Repare que é possível notar a pontuação utilizada, fazendo referência ao uso do ISBN. Agora veja este mesmo registro apre-sentado no formato MARC21(Tabela 2):

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

Tabela 2 Registro no formato MARC21.Tabela 2 Registro no formato MARC21. 001 596689 003 BR-CuBPP 005 20130518121400.0 008 120522s2011 rsb# ### #000 1#por#d 020 $a 9788525424648 040 $a BR-CuBPP $c BR-CuBPP 041 1 $a por $h eng 082 0 4 $a 823.74 090 $a 823.74 $b A933 $c NOR $8 2 100 1 $a Austen, Jane, $d 1775-1817 240 1 0 $a Northanger Abbey. $l Português 245 1 2 $a A abadia de Northanger / $c Jane Austen ; tradução de Rodrigo

Breunig ; apresentação de Ivo Barroso 260 $a Porto Alegre, RS : $b L&PM, $c 2011. 300 $a 268p. ; $c 18cm 490 1 $a L&PM pocket ; $v 978 500 $a Tradução de : Northanger Abbey 650 0 4 $a Ficção inglesa 830 0 $a L&PM pocket $v 978

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná

Nota-se na primeira e na segunda coluna, respectivamente, os campos e subcampos do MARC21. Na terceira coluna estão as informações sobre o item em questão, entre os símbolos designadores de conteúdo, que aprenderemos na Unidade 3.

Ao utilizar o MARC21, os catálogos manuais são quase inteiramente substituídos, com exceção apenas do catálogo topográfico, que se torna obsoleto, e do catálogo decisório, que continua em fichas ou em simples bases de dados locais. INÍCIO DESTAQUE

Realize as leituras recomendadas no Tópico 3. 3 para aprofundar seu aprendizado sobre a disposição e elaboração dos diferentes tipos de catálogos. Lembre-se de que compreender os

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná

Nota-se na primeira e na segunda coluna, respectivamen-te, os campos e subcampos do MARC21. Na terceira coluna estão as informações sobre o item em questão, entre os símbolos de-signadores de conteúdo, que aprenderemos na Unidade 3.

Ao utilizar o MARC21, os catálogos manuais são quase in-teiramente substituídos, com exceção apenas do catálogo topo-gráfico, que se torna obsoleto, e do catálogo decisório, que con-tinua em fichas ou em simples bases de dados locais.

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

Realize as leituras recomendadas no Tópico 3. 3 para aprofundar seu aprendizado sobre a disposição e elaboração dos diferentes tipos de catálogos. Lembre-se de que compreen-der os catálogos manuais em fichas é essencial para aprimorar sua percepção sobre a estrutura de catálogos automatizados.

Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.

• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Vi-deoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.

• Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e sele-cione: Representação Descritiva: Catalogação – Vídeos Complemen-tares – Complementar 1.

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR

O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmen-te os conteúdos apresentados nesta unidade.

3.1. BREVE HISTÓRIA GERAL DA CATALOGAÇÃO

A evolução dos suportes e da tecnologia incentivou modi-ficações e, consequentemente, o aumento da complexidade no processo de catalogação. Diante disso, associações e entidades da área promovem discussões e estudos sobre quais normas e procedimentos devem ser repensados e padronizados.

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Como resultado de tais discussões, o intercâmbio de re-gistros bibliográficos ganha destaque nas principais pesquisas sobre catalogação, considerando que tal intercâmbio, além de expandir a padronização desses registros, facilita o trabalho do bibliotecário catalogador.

Nessa perspectiva, os textos a seguir abordam questões e experiências na interoperabilidade promovida pelo intercâmbio de registros bibliográficos.

• GODINHO, F. M. A.; FARIA, F. M. S.; FARIA, M. S. Catalogação cooperativa: história, vantagens e desvantagens. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, v. 4, n. 2, 2014. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/moci/article/view/2556>. Acesso em: 7 nov. 2017.

• ASSUMPÇÃO, F. S.; SANTOS, P. L. V. A. C. Representação do domínio bibliográfico: um olhar sobre os formatos MARC21. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 20, n. 1, p. 54-74, jan./mar. 2015. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/2054/1582>. Acesso em: 7 nov. 2017.

• SILVA, M. W. P.; SOUZA, O. C. Catalogação cooperativa: CALCO e rede BIBLIODATA. In: XIV Encontro Regional de Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação. Anais eletrônicos... Belém: UFPA, 2011. Disponível em: <http://rabci.org/rabci/sites/default/files/CATALOGA%C3%87%C3%83O%20COOPERATIVA%20CALCO%20E%20Rede%20BIBLIODATA.pdf>. Acesso em 7 nov. 2017.

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

3.2. A CATALOGAÇÃO NO BRASIL

Conhecer o atual cenário nacional no que concerne à ca-talogação e estudar sobre como chegamos a ele têm grande influência no desenvolvimento do senso crítico do profissional bibliotecário, percepção primordial para orientá-lo a tomar de-cisões sobre a condução do processo de catalogação. A partir do conteúdo referenciado aqui, você poderá ampliar sua compreen-são sobre tópicos como a catalogação cooperativa e o papel das entidades nacionais da área da biblioteconomia (a Biblioteca Na-cional e o IBICT, por exemplo).

• FERREIRA, J. R. Os 45 anos do IBICT. Ci. Inf., Brasilia, v. 28, n. 1, p. 5-6, jan. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651999000100001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 7 nov. 2017.

• KRZYZANOWSKI, R. F. Cooperação em bibliotecas no Brasil: um panorama da década de 50 até os nossos dias. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – RBBR, v.3, n.1, 2007. Disponível em: <https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/27> Acesso em: 7 nov. 2017.

• PEDRÃO, G. Fala bibliotecária: História da Biblioteca Nacional por Gabriela Pedrão (vídeo). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QXdetZWR8KQ>. Acesso em: 7 nov. 2017.

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

3.3. OS DIFERENTES TIPOS DE CATÁLOGOS

Nesta unidade discutimos os diferentes tipos de catálo-gos, destacando a importância do aprendizado sobre os catá-logos manuais para a compreensão da estrutura dos catálogos automatizados. Apresentamos, a seguir, alguns textos essenciais para que você possa aprofundar seu conhecimento sobre os ca-tálogos manuais e interpretar melhor as bases que compõem o catálogo automatizado, bases nas quais nos aprofundaremos na Unidade 3.

• FIUZA, M. M. Funções e desenvolvimento do catálogo: uma visão retrospectiva. R. Esc. Bibliotecon. UFMG: Belo Horizonte, v. 9, n. 2, p. 139-58, set. 1980. Disponível em: <http://basessibi.c3sl.ufpr.br/brapci/index.php/article/download_view/16038>. Acesso em: 7 nov. 2017.

• FERRAZ, I. M. C. Uso do catálogo de biblioteca: uma abordagem histórica. Transinformação, v. 3, n. 1/2/3, p. 90-114, 1991. Disponível em: < http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/view/1662/1633 >. Acesso em: 24 jul. 2017.

• QUEIROZ, N. G.; ARAÚJO, S. A. Catálogos on-line: um breve estudo dos catálogos on-line de acesso público. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, v. 3, n. 2, 2013. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/moci/article/view/2132/1328> Acesso em: 7 nov. 2017.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS

A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-dos estudados para sanar as suas dúvidas.

1) A Conferência Internacional sobre Princípios da Catalogação, de 1961, foi responsável pela elaboração da:a) Declaração de Frankfurt.b) Declaração de Princípios Internacionais de Catalogação.c) ISBD.

d) AACR2.

2) Pode-se definir a ISBD como:a) Um padrão desenvolvido para a criação de descrições bibliográficas.b) Um conjunto de códigos e designações de conteúdo definido para co-

dificar registros legíveis por máquina. É uma linguagem padrão inter-nacional para intercâmbio de informações bibliográficas.

c) Um compêndio de regras para a criação de descrições bibliográficas e para a escolha, a construção e a atribuição dos pontos de acesso (ca-beçalhos) representando pessoas, localizações geográficas e entidades coletivas, além de títulos uniformes representando obras e expressões.

d) Um formato legível por máquinas.

3) O Instituto Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação (IBBD) sofreu inúmeras denominações, de acordo com as modificações em funções e responsabilidades que lhe eram e são atribuídas. Hoje o IBBD é nominado:a) Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias

- IFLA.b) Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas - SNBP.c) Online Computer Library Center - OCLC.d) Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT

4) No que se refere ao catálogo em ficha, o catálogo externo tem como pon-tos de acesso:a) Responsabilidade, título e assunto.b) Responsabilidade apenas.c) Título apenas.d) Assunto e responsabilidade.

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

5) Entre estas, as redes de catalogação cooperativa são:a) Bibliodata e AACR2.b) CALCO e MARC21.c) Bibliodata e OCLC.d) OCLC e CALCO.

Gabarito

Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-toavaliativas propostas:

1) b.

2) a.

3) d.

4) a.

5) c.

5. CONSIDERAÇÕES

Finalizamos, então, a primeira unidade deste material. Neste estudo, você pôde aprender sobre a história da cataloga-ção e sobre a evolução dos diferentes tipos de catálogos. Além disso, conheceu as principais entidades da área da Biblioteco-nomia responsáveis pela elaboração e implantação dos padrões utilizados na representação descritiva.

Como se trata de um estudo amplo, é importante o apro-fundamento dos materiais indicados no Conteúdo Digital Integra-dor, que acrescentarão ainda mais conhecimento a sua formação profissional. Na próxima unidade, trataremos sobre os padrões

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRINCÍPIOS DA CATALOGAÇÃO

de descrição bibliográfica e os tão mencionados pontos de aces-so e remissivas.

6. E-REFERÊNCIASDeclaração de princípios internacionais de catalogação. 2009. Disponível em: <http://www.ifla.org/files/cataloguing/icp/icp_2009-pt.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2017.

Declaração de princípios internacionais de catalogação. In: 1º Encontro de peritos sobre um código de catalogação internacional, 2003, Frankfurt. Disponível em: <https://www.ifla.org/files/assets/cataloguing/IMEICC/IMEICC1/statement_2003_portugese.pdf> . Acesso em: 7 nov. 2017.

STROUT, R. F. The development of catalog and cataloguing codes. Library Quaterly, v. 26, n. 4, p. 254-275, oct. 1956. Disponível em: <https://bsf.org.br/wp-content/uploads/2017/05/STROUT-THE-DEVELOPMENT-OF-CATALOG-AND-THE-CATALOGUING-CODES.pdf> Acesso em: 7 nov. 2017.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASMEY, E. S. A.; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.

MODESTO, F. Panorama da catalogação no Brasil: da década de 1930 aos primeiros anos do Século XXI. In: Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação. 2007.

VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da biblioteconomia. Interciência, 2014.

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A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Objetivos• Compreender o estabelecimento de pontos de acesso aos registros

do conhecimento.• Conhecer e utilizar regras internacionais de representação

bibliográfica.

Conteúdos• Descrição bibliográfica.• Pontos de acesso e remissivas.

Orientações para o estudo da unidadeAntes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:

1) Você estudará, as regras para criar um registro bibliográfico. Procure, de-pois da leitura, elaborar uma ficha catalográfica de um livro de sua escolha de acordo com o AACR2. Isso permitirá que você identifique as possíveis dúvidas e dificuldades sobre o assunto durante o processo.

2) Caso surja alguma dúvida sobre determinado conceito, busque identificá--lo no Glossário de Conceitos e no Esquema dos Conceitos-Chave.

3) Ao terminar o estudo dos tópicos, leia os materiais complementares des-critos no Conteúdo Digital Integrador.

UNIDADE 2

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

1. INTRODUÇÃO

Você está pronto para iniciar nossa segunda unidade de estudo? Nesta unidade, trataremos especificamente das regras distribuídas no AACR2. Para que você compreenda tais regras, destacaremos alguns pontos importantes.

Como já estudamos, com a RIEC foi estabelecido um pa-drão para a descrição bibliográfica, a ISBD, pela qual os códigos de catalogação passaram a se orientar. A partir disso, foram cria-das ISBD’s distintas para cada tipo de material, como a ISBD (G) – para materiais em geral; ISBD (A) – para obras raras; ISBD (CM) – para materiais cartográficos; ISBD (CR) – para recursos contí-nuos; ISBD (ER) – para recursos eletrônicos; ISBD (M) – para mo-nografias; entre outras. A última atualização da ISBD publicada, denominada de ISBD consolidated, ou ISBD consolidada, reuniu todos os tipos de materiais em uma única norma. Assim como a ISBD original, a ISBD consolidada se estrutura pela divisão de oito áreas:

1) Título e responsabilidade.2) Edição.3) Detalhes específicos do material.4) Dados de publicação.5) Descrição física.6) Série.7) Notas.8) Número internacional normalizado.

A ISBD indica a pontuação e a posição que as áreas e seus elementos devem ter na descrição bibliográfica. Com base nas áreas que estruturam a ISBD, o AACR2 se subdivide nas partes

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

I e II. De acordo com o Código de Catalogação Anglo-Americano (2002, p. 1), a primeira parte “se refere às instruções relativas às informações para descrição do item que está sendo cataloga-do”, ou seja, à descrição bibliográfica, enquanto a segunda par-te aborda a elaboração de pontos de acesso e remissivas. Nesta unidade, você terá a oportunidade de compreender a utilização de ambas as partes do AACR2, assim como a importância desse código para a recuperação e disseminação da informação. Fique atento e bons estudos!

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA

O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-do Digital Integrador.

2.1. PARTE I: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA

O AACR2 é o código de catalogação mais utilizado e ensi-nado no Brasil atualmente. Apesar de ser um material extenso e detalhista, compreender seu manuseio é de imprescindível ne-cessidade para os atuais e futuros bibliotecários, inclusive para os que trabalharão futuramente com o RDA. Tentaremos, de iní-cio, esclarecer como se estrutura a Parte I do AACR2. Vamos lá?

A divisão do AACR2 se dá em 13 capítulos, que são:1) Regras gerais de descrição.2) Livros, folhetos e folhas impressas.3) Materiais cartográficos.4) Manuscritos (incluindo coleções manuscritas).

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

5) Música.6) Gravações de som.7) Filmes cinematográficos e gravações de vídeo.8) Materiais gráficos.9) Recursos eletrônicos.10) Artefatos tridimensionais e Realia.11) Microformas.12) Recursos contínuos.13) Análise.

Cada capítulo possui um conjunto de regras de descrição bibliográfica para determinado tipo de suporte, que é represen-tada por dois dígitos (1.0; 1.1; 1.2; etc.). O primeiro dígito corres-ponde ao capítulo do AACR2 em questão, ou seja, corresponde ao tipo de suporte, e o segundo dígito refere-se à área da ISBD a qual a regra se associa. Observe as Figuras 1 e 2:

Fonte: Adaptado de Código (2002, s/p.).Figura 1 Sumário Capítulo 1 do AACR2

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Fonte: adaptado de Código (2002, s/p.).Figura 2 Sumário Capítulo 2 do AACR2

É importante ressaltar que a primeira regra (.0) dos 12 pri-meiros capítulos se refere às fontes para retirada de informações sobre determinado item, e que os dois primeiros capítulos ultra-passam a oitava área da ISBD e apresentam regras extras para casos específicos. Além disso, cada regra se subdivide (2.1A; 2.1B etc.), a fim de possibilitar a descrição bibliográfica de itens que se encontram em situações distintas, mesmo que tenham o mes-mo tipo de suporte.

Para que você, futuro catalogador, possa compreender o AACR2 de maneira mais ampla, destacaremos as Regras Gerais para Descrição e os elementos da descrição bibliográfica de cada área da ISBD e, posteriormente, a disposição final das informa-ções de uma descrição bibliográfica.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Regras Gerais para Descrição Bibliográfica

R. 1.1 Área do título e indicação de responsabilidade

A primeira área que estudaremos trata da indicação do título e da indicação de responsabilidade para todos os tipos de suporte. Esta é a mesma regra utilizada para todas as regras N.1 do capítulo 2 até o capítulo 12 da AACR2. De acordo com o AACR2, a área do título e indicação de responsabilidade tem nove elementos: Título ou título principal; Título alternativo; Designação geral do material (DGM); Título equivalente; Sub-título ou outras informações sobre o título; Autor; Coautores; Tradutor; e outros responsáveis.

Nesta área:• Todos os elementos devem ser retirados da fonte de in-

formação principal.• O título, ou título principal, é o primeiro elemento da

descrição e, por isso, não é anteposta nenhuma pon-tuação. Este deve ser transcrito na forma constante na fonte de informação principal.

• O título alternativo deve ser inserido posteriormente de vírgula, espaço, a palavra “ou”, vírgula e espaço [, ou,].

• A inserção de DGM é opcional.• Se inserida, a DGM deve estar entre colchetes “[]”, assim

como qualquer informação acrescida pelo catalogador.• O título equivalente deve ser inserido depois de espaço,

sinal de igualdade, espaço [ = ].• O subtítulo deve ser inserido depois de espaço, sinal de

dois pontos, espaço [ : ].

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• Como indicação de responsabilidade, o autor deve estar disposto depois de espaço, barra diagonal, espaço [ / ].

• Coautores devem ser registrados se forem até três, se-parados por vírgula e espaço [, ]. Caso sejam quatro ou mais, deve ser registrado o primeiro autor e em seguida espaço, reticências, espaço e “et al.” entre colchetes ([ ... et al.]). É importante ressaltar que, quando uma obra é produzida por mais de um autor, todos os autores são considerados coautores.

• A indicação de tradutor deve ser posposta à indicação de autor, com espaço, ponto e vírgula, espaço [ ; ] an-tepostos. Caso seja necessária a indicação de mais de um tradutor, segue-se a ‘regra de três coautores’ do ele-mento coautor.

• Outros responsáveis só devem ser descritos na área de título e indicação de responsabilidade se seus nomes constarem da fonte principal de informação. Desde que não apareçam, podem ser ignorados ou indicados em notas próprias.

• Outros responsáveis devem constar da ordem que es-tão na fonte principal de informação.

R. 1.2 Área da edição

A regra 1.2, que corresponde à edição, é utilizada para to-das as regras N.2 do capítulo 2 até o capítulo 12 da AACR2. De acordo com o AACR2, a área da edição possui dois elementos: Edição e Responsabilidade pela edição.

Nesta área:

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• Todos os elementos podem ser retirados tanto da fon-te principal de informação quanto de outras fontes prescritas.

• A descrição da área da edição deve constar, posterior-mente, de ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ].

• Deve-se indicar o número da edição em algarismo arábi-co, seguido de ponto, espaço e da abreviação da palavra edição [2. ed.] ou da palavra equivalente, no caso de outras línguas.

• A indicação de responsabilidade pela edição deve ser posposta a espaço, barra diagonal, espaço [ / ].

R. 1.3 Área dos detalhes específicos do material (ou do tipo de publicação)

A área dos detalhes específicos do material só é aplicada a materiais cartográficos, música, recursos eletrônicos e publica-ções seriadas. A fonte de informação pode variar, pois depende do tipo de conteúdo.

Os elementos para materiais cartográficos são: Dados ma-temáticos e Outros detalhes específicos do material.

No que se refere a materiais cartográficos, nesta área:• Os detalhes específicos de materiais cartográficos de-

vem constar, posteriormente, de ponto, espaço, traves-são e espaço [. ― ], sendo repetidos a cada repetição desta área.

• Indicar projeção posposta a ponto e vírgula [;].• Indicar coordenadas e equinócios entre parênteses.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• A descrição de época deve ser posposta a uma vírgula [,] e a descrição do tipo de objeto, a espaço, dois pontos, espaço [ : ].

• Utilizar palavras e abreviaturas em português.• A escala de um item cartográfico deve ser registrada em

uma fração representativa expressa com uma propor-ção (1: ), posposta à palavra Escala.

O único elemento para música é Representação musical. No que se refere à música, nesta área:

• Os detalhes específicos devem constar, posteriormente, de ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ], sendo re-petidos a cada repetição desta área. Ressalta-se que o AACR2 se refere apenas à música publicada.

• Deve-se transcrever a indicação de apresentação musi-cal encontrada na fonte principal de informação refe-rente à apresentação física da música. Se tal informação estiver em duas ou mais línguas, transcrever a que está na língua do título principal. Se houver dúvida se é ou não uma indicação de apresentação musical, deve-se tratar como se não fosse.

• Se uma indicação de apresentação musical for parte in-separável de outra área, não se deve repetir a informa-ção nesta área.

O único elemento para recursos eletrônicos é Extensão do recurso. No que se refere aos recursos eletrônicos, nesta área:

• Os detalhes específicos devem constar, posteriormente, de ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ].

• A indicação de cada extensão deve estar entre parênteses.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• Quando a indicação de registros, instruções etc. seguir uma indicação do número de arquivos, antepor dois pontos [:].

• Utilizar um dos termos: dados eletrônicos, programa (s) eletrônico (s) ou dados eletrônicos e programa (s) eletrônico (s), para indicar o tipo de recurso eletrônico que está sendo catalogado.

• Registrar o número de arquivos ou número aproximado de arquivos entre parênteses, se esta informação esti-ver facilmente disponível.

O único elemento para publicações seriadas é Numeração. No que se refere às publicações seriadas, nesta área:

• Os detalhes específicos de publicações seriadas devem constar, posteriormente, de ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ].

• Inserir um hífen ( - ) depois da indicação de primeira edição ou parte de uma publicação seriada. Inserir um hífen antes da numeração quando for fornecida somen-te a numeração da última edição ou parte de uma pu-blicação seriada.

• Registrar a designação numérica ou alfabética da pri-meira e/ou última edição ou parte de uma publicação seriada. Caso esteja em mais de uma língua ou alfabeto, indicar a que está de acordo com o título principal. Re-gistrar designação cronológica nestes mesmos termos. Se a fonte principal constar dos dois tipos de designa-ção, registrar primeiro a designação numérica e/ou alfa-bética e posteriormente a cronológica.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

R. 1.4 Área de publicação, distribuição etc.

A área 4 refere-se ao registro do local de publicação, do editor, da data de publicação e de outras informações comple-mentares. É a mesma regra para quase todos os outros capítulos, exceto manuscritos, que não possuem local e área de publica-ção. Neste caso, a data de publicação segue a R. 1.4.

De acordo com o AACR2, a área de publicação, distribui-ção, etc. tem como elementos: Local de publicação; editor; e Data de produção, publicação, distribuição ou manufatura.

Nesta área:• Todos os elementos podem ser retirados tanto da fon-

te principal de informação quanto de outras fontes prescritas.

• O local de publicação deve constar, posteriormente, de ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ]. Caso este não exista, registrar estado ou país.

• Deve-se transcrever o nome do editor ou produtor res-ponsável de maneira com que possam ser reconheci-dos. Inserir espaço, dois pontos, espaço [ : ] antes deste.

• Quando não há data de publicação, transcrever a data de copyright com a letra c anteposta. No caso de grava-ções, antepor a letra p.

• Inserir a data depois de vírgula e espaço [, ].

R. 1.5 Área da descrição física

A área de descrição física, 1.5, tem a mesma regra utiliza-da para todas as regras N.5 do capítulo 1 até o capítulo 12 da

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63© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

AACR2. Essa área é composta por três elementos: extensão do recurso; outros detalhes físicos; e dimensões.

Nesta área:• A fonte de informação é o item em si, como um todo.• A extensão do recurso deve constar, posteriormente, de

ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ] ou em um novo parágrafo. No caso de livro com mais de um volume, registra-se o número de volumes seguido de espaço, v e ponto [n v.], enquanto que, para monografias publica-das, o número de unidades físicas deve ser registrado seguido de espaço, p e ponto [n p.].

• Para indicar outros detalhes físicos (ilustrações; tipo de material; cor; tipo de gravação; velocidade da projeção; etc.) se deve antepor espaço, dois pontos espaço [ : ]. No caso de ilustrações, utilizar espaço, dois pontos, es-paço, il e ponto [ : il.]

• Para inserir dimensões, estas devem estar em centíme-tros. E, quando houver números quebrados, arredondar.

• O registro de dimensões deve ser inserido depois de es-paço, ponto e vírgula e espaço [ ; ].

R. 1.6 Área da série

A regra 1.6, que corresponde à série, é utilizada para todas as regras N.6 dos demais tipos de materiais. Registram-se aqui os elementos: título da série; número da série; subsérie; responsa-bilidade pela série; e ISSN da série.

Nesta área:• A fonte de informação é o item em si, como um todo.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• O registro de título da série deve ser feito entre parên-teses, depois de ponto, espaço, travessão e espaço, [. ― (Título da série)] logo após a descrição física.

• Quando constar o número de série, registram-se as abreviaturas n. ou v. para, respectivamente, número ou volume. A escolha entre os dois termos depende do re-gistro na fonte de informação.

• Registrar o número de série depois de espaço, ponto e vírgula, espaço [ ; ].

• A subsérie, quando houver, deve ser inserida depois do título da série, com um ponto e espaço antepostos [. ― (Título da série. Subsérie ; número de série)].

• Só se registra a responsabilidade pela série quando esta é necessária ser identificada. Ela é registrada depois de espaço, barra diagonal, espaço [ / ].

• Inserir o registro de ISSN após o registro de título da série, com uma vírgula e espaço [, ] antepostos.

R. 1.7 Área das notas

A regra 1.7, que se refere às notas, corresponde às regras N.7 também dos capítulos 2 a 12. Os elementos dessa área são: nota de periodicidade; nota de requisitos do sistema; nota de modo de acesso; nota de tradução; nota de fonte do título prin-cipal; nota de natureza, forma literária ou artística, objetivo ou idioma do recurso; nota de edição e histórico do recurso; nota de conteúdo; nota de resumo; e nota sobre o exemplar.

Nesta área:• Podem ser retiradas de qualquer fonte de informação.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• As notas devem constar posteriormente ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ] ou em um novo parágrafo para cada uma delas.

• A nota de periodicidade (mensal; bimestral; semestral, etc.) é obrigatória para recursos contínuos.

• A nota de requisitos do sistema é obrigatória para re-cursos eletrônicos. Deve ser inserida a expressão ‘requi-sitos do sistema’ com dois pontos e espaço pospostos [: ], seguida das especificações técnicas separadas por ponto e vírgula e espaço [; ].

• A nota de requisitos do sistema deve seguir a ordem: marca, modelo ou número da máquina; capacidade de memória; nome do sistema operacional; requisitos do programa; periféricos; modificações do hardware; e có-digo de caractere.

• A nota de modo de acesso é obrigatória para recursos de acesso remoto e deve ter anteposta à expressão ‘modo de acesso’ seguida de dois pontos [:].

• A nota de tradução deve ser registrada depois da ex-pressão ‘tradução de’, seguida de dois pontos, espaço e o título-base da tradução [tradução de: título-base da tradução].

• A nota de fonte do título principal é obrigatória para recursos eletrônicos. O registro da data de acesso é opcional.

• A nota de responsabilidade não é obrigatória.• A nota de natureza, abrangência, forma literária ou ar-

tística, objetivo ou idioma do recurso; a nota de respon-sabilidade; a nota de edição e histórico do recurso; a

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

nota de conteúdo; e a nota sobre o exemplar não são obrigatórias.

• A nota de resumo é obrigatória para artigos de periódi-cos e filmes.

R. 1.8 Área do número internacional normalizado

A regra 1.8 corresponde às regras N.8 também dos capítu-los 2, 5 e 12. Indicam-se aqui os elementos: ISBD; ISSN; ISMN; ISRC; ISWC; ISAN; ou o DOI.

Nesta área:• Registra-se a informação de qualquer fonte, até mesmo

externa.• O número internacional normalizado deve constar após

o registro das notas, com ponto, espaço, travessão e es-paço [. ― ] antepostos.

• No caso de um livro possuir dois ISBNS para duas edições distintas (uma em brochura e outra encadernada, por exemplo), registrar os dois números separados entre si por ponto, espaço, travessão e espaço [. ― ]. Inserir en-tre parênteses as abreviaturas enc. e broch., que indi-cam as qualificações para os números correspondentes.

Apresentação da descrição bibliográfica

Veja a seguir um exemplo da apresentação final do registro bibliográfico ao seguir as regras do AACR2 em um catálogo em fichas.

Título / responsabilidade. ― Edição. ― Local : Editor, Data. ― Extensão. ― (Série). ― Nota 1. ― Nota 2. ― Nota n. ― Número internacional normalizado

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Descrição bibliográfica de livro:

O nome da rosa / Umberto Eco; tradução de Aurora F. Ber-nardini e Homero Freitas de Andrade. ― 8ª. ed. ― Rio de Janeiro : Record, 2015. ― 559 p. ― Tradução de: II nome dela Rosa. ― ISBN 978-85-01-08140-7

Descrição bibliográfica de música:

Invenciones a dos vocês para piano [partitura] / Johann Sebastian Bach. ― Buenos Aires : Ricord, c1952. ― 1 partitura (35 p.). ― ISMN 979-00-06-20526-4

Descrição bibliográfica de material cartográfico:

Colômbia: população e território [mapa] / Raúl Velez Pala-cio, cartógrafo. ― Escala 1 : 20x10. ― Bogotá: Instituto Geográfico Augutin Codazzi, 1990. ― 1 mapa: 23x22 cm. ― (Conhecendo a Colombia ; n. 4). ― Inclui censo 1973.

Repare na diferença entre este tipo de apresentação e o registro apresentado em catálogos automatizados, que seguem o formato MARC21:

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Invenciones a dos vocês para piano [partitura] / Johann Sebastian Bach. ― Buenos Aires : Ricord, c1952. ― 1 partitura (35 p.). ― ISMN 979-00-06-20526-4

Descrição bibliográfica de material cartográfico: Colômbia: população e território [mapa] / Raúl Velez Palacio, cartógrafo. ― Escala 1 : 20x10. ― Bogotá: Instituto Geográfico Augutin Codazzi, 1990. ― 1 mapa: 23x22 cm. ― (Conhecendo a Colombia ; n. 4). ― Inclui censo 1973.

Repare na diferença entre este tipo de apresentação e o registro apresentado em catálogos automatizados, que seguem o formato MARC21: 001 596689 003 BR-CuBPP 005 20130518121400.0 008 120522s2011 rsb# ### #000 1#por#d 020 $a 9788525424648 040 $a BR-CuBPP $c BR-CuBPP 041 1 $a por $h eng 082 0 4 $a 823.74 090 $a 823.74 $b A933 $c NOR $8 2 100 1 $a Austen, Jane, $d 1775-1817 240 1 0 $a Northanger Abbey. $l Português 245 1 2 $a A abadia de Northanger / $c Jane Austen ; tradução de Rodrigo Breunig

; apresentação de Ivo Barroso 260 $a Porto Alegre, RS : $b L&PM, $c 2011. 300 $a 268 p. ; $c 18 cm 490 1 $a L&PM pocket ; $v 978 500 $a Tradução de: Northanger Abbey 650 0 4 $a Ficção inglesa 830 0 $a L&PM pocket $v 978

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná.

Figura 3 Exemplo de registro bibliográfico de acordo com MARC21.

É importante ressaltar que, apesar da diferença de apresentação, utiliza-se o AACR2 para a elaboração de registros

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná.Figura 3 Exemplo de registro bibliográfico de acordo com MARC21.

É importante ressaltar que, apesar da diferença de apre-sentação, utiliza-se o AACR2 para a elaboração de registros bi-bliográficos no MARC21. O conjunto de tais regras e normas garante que seja possível a interoperabilidade de dados e, con-sequentemente, a catalogação cooperativa, importantíssimas no auxílio à recuperação de informação. Você entenderá melhor tal relação na próxima unidade de estudo, entretanto, estudaremos agora a Parte II do AACR2: os pontos de acesso e as remissivas.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Com as leituras propostas no Tópico 3. 1, você irá conhe-cer um pouco mais sobre a prática na utilização das regras do AACR2 para descrição bibliográfica. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.2. PARTE II: PONTOS DE ACESSO E REMISSIVAS

Enquanto a descrição bibliográfica tem a intenção de in-dividualizar um registro, a escolha dos pontos de acesso busca reunir todos os recursos bibliográficos que apresentem alguma semelhança. Dessa forma, ao pesquisar um item no acervo, é possível recuperar outros que possam ser de interesse do usuá-rio. Por essa razão, a escolha dos pontos de acesso é uma etapa importantíssima do processo de catalogação.

A princípio, destacam-se as diferenças entre três termos que em diversas situações são entendidos como semelhantes: pontos de acesso, cabeçalho e entrada.

• Ponto de acesso: é o termo ou palavra por meio da qual dados bibliográficos são pesquisados, como um nome, um título etc.

• Cabeçalho: assemelha-se a pontos de acesso, porém, a utilização de tal termo refere-se, geralmente, aos pon-tos de acesso de catálogos em fichas, uma vez que são o termo que “encabeça” o documento.

• Entrada: é, de acordo com o Apêndice D do AACR2, o “registro de um item no catálogo”. Alguns pesquisado-res, como Fabrício Assumpção (2012), definem entra-da como um novo registro bibliográfico que tem como

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

ponto de acesso principal um dos pontos de acessos secundários de um registro bibliográfico completo, no caso de um registro bibliográfico em ficha. Entretanto, utilizaremos entrada neste material de acordo com a definição do termo no AACR2.

De acordo com Assumpção (2012, s/p), os pontos de aces-so (Figura 4) são constituídos na seguinte hierarquia:

Fonte: Assumpção (2012, s/p).Figura 4 Divisão dos tipos de pontos de acesso.

Além desta segmentação, os pontos de acesso podem ser divididos em pontos de acesso principal e pontos de acesso se-cundário; e, estes dois, subdivididos conforme o que represen-tam no registro, como pontos de acesso para pessoas; pontos de acesso para títulos; pontos de acesso para entidades coleti-vas; e remissivas.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Ponto de acesso principal e secundário

A segunda parte do AACR2 trata da padronização de pon-tos de acesso, intitulada Cabeçalhos, Títulos Uniformes e Remis-sivas. Organiza-se também por capítulos da seguinte maneira:

20. Introdução

21. Escolha dos pontos de acesso

22. Cabeçalhos para pessoas

23. Nomes geográficos

24. Cabeçalhos para entidades

25. Títulos uniformes

26. Remissivas

Outro ponto importante sobre os pontos de acesso é que eles se distinguem entre dois: ponto de acesso principal e ponto de acesso secundário.

Ponto de acesso principal

Define-se como ponto de acesso principal a primeira in-formação da ficha catalográfica. As pesquisadoras Mey e Silveira (2009, p. 151) apresentam de maneira sucinta algumas regras descritas no capítulo 21 do AACR2, que versa sobre a escolha dos pontos de acesso. Segundo as autoras, o ponto de acesso principal de uma obra será:

• O nome do seu autor ou criador, sempre, quando há ape-nas um autor ou criador responsável por ela;

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• O nome do primeiro autor ou criador citado quando há três autores ou criadores (a ‘regra dos três’);

• O nome do autor ou criador indicado como principal, quan-do há quatro ou mais autores ou criadores;

• O título da obra quando há quatro ou mais autores ou cria-dores e nenhum deles é indicado como principal (a deno-minada autoria difusa);

• O título da obra, quando esta for anônima, isto é, não apre-sentar autor ou criador;

• O título da obra, quando esta contiver várias obras inde-pendentes, de vários autores ou criadores, reunidas sob um título geral ou coletivo (isto é, quando se tratar de uma coletânea com título comum).

Ponto de acesso secundário

Os pontos de acesso secundário são os demais pontos de acesso inseridos no registro bibliográfico. Estão dispostos na parte inferior da ficha, na chamada pista, após a descrição bibliográfica.

Mey e Silveira (2009, p. 152) destacam que os pontos de acesso secundários devem ser criados:

• Para o título, sempre, exceto, obviamente, quando o título for ponto de acesso principal;

• Para os outros autores ou criadores, se houver até três;

• Para o primeiro autor ou criador citado, havendo quatro ou mais autores ou criadores e nenhum indicado como principal;

• Para os coordenadores, organizadores ou editores respon-sáveis por uma coletânea de obras com título coletivo, se forem até três; havendo mais de três, apenas para o pri-meiro citado; de nome-título e título para as obras incluí-

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

das na coletânea, se forem até três, ou para seus autores, se forem até três e houver mais de três obras;

• Para o título da série, se o livro pertencer a uma série.

• De assuntos. Não há limites para o número de pontos de acesso de assunto.

Ainda segundo as autoras, em anuência a AACR2, os pon-tos de acesso secundários devem seguir a seguinte ordem: de assunto; de nomes pessoais de autores; de nomes pessoais de outros responsáveis; de nome-título para nomes pessoais; de nomes de entidade coletivas; de nome/título para entidades coletivas; de títulos; e de séries. O AACR2 não apresenta regras para o estabelecimento de pontos de acesso de assunto, pois, ta-manha a complexidade, tal escolha deve ser feita com base nos códigos de classificação de assuntos, como a CDD e a CDU, entre outros. É importante lembrar que não há limites para o número de pontos de acesso secundários. Repare, visualmente na Figura 5, como esses elementos são dispostos em uma ficha catalográ-fica de um livro impresso, por exemplo:

Figura 5 Ponto de acesso secundário desdobrado (ou entrada)

Pontos de acesso para pessoas

De acordo com a revisão de 2002 do AACR2, ao escolher um ponto de acesso para pessoas:

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• Deve-se escolher o nome do autor como é conhecido, seja seu nome real ou pseudônimo.

• Preferir o nome dominante quando manifestações do mesmo autor apresentar formas distintas de nomes. Quando não houver a opção de predominar uma única forma, preferir a mais recente.

• Quando um pseudônimo for utilizado por autores dis-tintos, escolher o pseudônimo.

• Em nomes da língua portuguesa, inserir Sobrenome, Nome., com a exceção de Júnior, Neto e congêneres (o AACR2 conta com um anexo específico para pontos de acesso de nomes em português).

• Em nomes de língua francesa, inserir Sobrenome, Nome. Se o sobrenome vier acompanhado de artigo, inicia-se pelo artigo. Caso acompanhe sobrenome com-posto, iniciar pelo primeiro sobrenome deste.

• Em nomes da língua espanhola, inserir Penúltimo Nome, Sobrenome, Nome. Se o penúltimo sobrenome vier acompanhado de artigo, inicia-se pelo artigo.

• Em nomes da língua inglesa, inserir Sobrenome, Nome. Desconsiderar o nome Junior. Se o sobrenome vier acompanhado de artigo, inicia-se pelo artigo.

• Em nomes que só contenham como sobrenome Junior, Neto e congêneres, inserir o nome de forma direta: Nome Sobrenome.

Pontos de acesso para títulos

De acordo com a revisão de 2002 do AACR2, ao escolher um ponto de acesso para títulos principais; para títulos varian-

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

tes; e para séries, quando várias obras tiverem um título princi-pal em comum, proceder da seguinte forma:

• Para pontos de acesso de títulos, registra-se o título principal apenas.

• Não registrar subtítulo como ponto de acesso secundário.

• Se o título da série tiver variações entre as obras, padronizá-lo.

• Para pontos de acesso de série, registrar o título da série.

• O número do item na série pode ser registrado no pon-to de entrada, com espaço, ponto e vírgula, espaço [ ; ] antepostos.

• Títulos uniformes devem ser registrados entre colchetes.• Títulos uniformes devem ser registrados entre a descri-

ção bibliográfica e o ponto de acesso principal.

Pontos de acesso para entidades coletivas

De acordo com a revisão de 2002 do AACR2, ao escolher um ponto de acesso para entidades coletivas:

• Inserir diretamente o nome pela qual a entidade é identificada.

• Inserir o nome na forma utilizada pela entidade.• Registrar nomes que contenham iniciais de acordo com

o uso da entidade.• Quando uma entidade alterar o nome, inserir o novo

nome e fazer remissivas “ver também” para os demais.

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76 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

• Nomes para entidades religiosas devem ser inseridos na forma mais conhecida, ou, caso não seja possível, inse-ridos em português.

• Acrescentar após o nome da entidade, entre parênte-ses, o nome do país, se a entidade é de caráter nacional; ou a sigla do nome do estado, se é de caráter estadual, porém, não inserir essas informações quando a entida-de a possuir em seu próprio nome. Entrar por siglas; ou por seus próprios nomes, exceto quando houver duas entidades com o mesmo nome.

• Quando necessitar localizar por cidade, inserir entre parênteses o nome da cidade, vírgula, espaço, sigla do estado [(Cidade, ES)].

• No caso de ONGs, entrar diretamente pelo seu nome.• Entrar diretamente pelo nome para o registro de pontos

de acesso de entidades governamentais e oficiais.

Remissivas

São chamados de remissivas os pontos de acesso que remetem a outros pontos de acesso. Existem três tipos de re-missivas: ver, ver também e remissivas explicativas. Podem ser utilizadas tanto em catálogos manuais quanto em catálogos automatizados.

As remissivas ver indicam o caminho de um cabeçalho que não está em acordo com as regras utilizadas para um cabeçalho que está. Por exemplo:

Umberto Eco verEco, Umberto

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77© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Já as remissivas ver também devem cruzar os registros en-tre pontos de acesso autorizados. Vamos supor que um autor tenha dois pseudônimos, como Machado de Assis. Ao utilizar re-missivas, o registro fica na seguinte disposição:

Assis, Machado de ver tambémPaula, Victor deRegras, João das

Repare que os demais pontos de acesso de nomes pessoais de autores estão de acordo com as regras do AAACR2, Sobreno-me, Nome. Ou seja, os registros cruzados estão padronizados e existem no acervo. Ademais, remissivas podem ser explicativas. Por exemplo:

Assis, Machado de para obras deste autor descritas com seu pseudônimo, verPaula, Victor de

Paula, Victor depara obras deste autor descritas com seu nome verdadeiro, ver

Assis, Machado de

Em catálogos manuais, ao incluir remissivas é necessária uma nova ficha, que é inserida no catálogo de identidade. Nos catálogos automatizados, as remissivas aparecem na tela junto às demais informações sobre a obra, organizadas de acordo com os campos do MARC21, que estudaremos na próxima unidade.

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78 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Realize as leituras recomendadas no Tópico 3. 2, que apresentam outras especificidades sobre os pontos de acesso e remissivas e ainda podem indicar e introduzir alguns concei-tos que estudaremos na próxima unidade.

Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.

• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Vi-deoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.

• Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e sele-cione: Representação Descritiva: Catalogação – Vídeos Complemen-tares – Complementar 2.

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR

O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmen-te os conteúdos apresentados nesta unidade.

3.1. DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA

A descrição bibliográfica é um dos principais campos de estudo dominados por bibliotecários. Por isso, sua plena com-preensão é o resultado de muito estudo. Além disso, é um cam-po constantemente discutido pelas entidades responsáveis pela elaboração dos códigos de catalogação, o que faz com que nós, profissionais da área, estejamos em permanente atualização. Os

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79© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

materiais indicados a seguir podem aprofundar seu conhecimen-to sobre o assunto e sanar possíveis dúvidas.

• PEDRÃO, G. Fala bibliotecária: AACR2 X ISBD X RDA X MARC X FRBR, por Gabriela Pedrão (vídeo). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KmXYPx_0-bI&t=15s>. Acesso em: 10 nov. 2017.

• MOSTAFA, S. P.; SEGUNDO, J. E. S.; SABBAG, D. M. A. Descrição Bibliográfica na era da Web Semântica: por uma nova noção de documento. Inf. & Soc.: Est: João Pessoa, v. 26, n. 2, p. 25-35, maio/ago. 2016. Disponível em: <http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/29354/16194> Acesso em: 10 nov. 2017.

• ASSUMPÇÃO, F. S.; SANTOS, P. L. V A. C. A utilização do Resource Description and Acess (RDA) na criação de registros de autoridade para pessoas, famílias e entidades coletivas. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, v. 18, n. 37, p. 203-262, mai./ago., 2013. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/147/14729734011/>. Acesso em: 10 nov. 2017.

3.2. PONTOS DE ACESSO E REMISSIVAS

Outro importante assunto abordado nesta unidade é a de-finição dos pontos de acesso e remissivas. Trata-se de um conhe-cimento construído com base no estudo e nas práticas bibliote-conômicas. Conheça mais sobre os pontos de acesso e remissivas nas leituras indicadas a seguir.

• RODRIGUES, M. C. Nomes de família como pontos de acesso autorizados de um registro bibliográfico. Biblos, v.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

27, n. 1, p. 71-91, jan./ jun. 2013. Disponível em: <https://furg.emnuvens.com.br/biblos/article/view/3231/2381>. Acesso em: 10 nov. 2017.

• GRINGS, L. Controle de autoridades na Biblioteca Nacional do Brasil: breve histórico e práticas atuais. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação: São Paulo, v. 11, n. 2, p. 139-154, jul./dez. 2015. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/sites/default/files/documentos/producao/artigo/2015/controle-autoridades-biblioteca-nacional-brasil-breve.pdf> Acesso em: 10 nov. 2017.

• SILVEIRA, N. C.; TÁLAMO, M. F. G. M. Os FRBR e a escolha do ponto de acesso pessoal. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 14, n. 2, p. 108-120, maio./ago. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pci/v14n2/v14n2a08.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS

A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-dos estudados para sanar as suas dúvidas.

1) As regras do AACR2 para a descrição bibliográfica seguem a norma:a) FRBR.b) ISBN.c) ISBD.d) AACR2.

2) Um ponto de acesso controlado preferido para uma entidade é chamado de:

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

a) Ponto de acesso padrão.b) Ponto de acesso não autorizado.c) Ponto de acesso autorizado.d) Remissiva.

3) Ponto de acesso pode ser definido como:a) O termo ou palavra pela qual dados bibliográficos são pesquisados,

como um nome, um título etc.b) O registro de um item no catálogo.c) Um termo que remete a outros termos relacionados.d) Um padrão para descrição bibliográfica.

4) Cada um dos capítulos da AACR2 é organizado de acordo com as áreas da ISBD, que são:a) Título e responsabilidade, edição, detalhes específicos do material, da-

dos de publicação, descrição física, série, notas e número internacional normalizado.

b) Título e responsabilidade, edição, detalhes específicos do material, da-dos de publicação, descrição física, série e notas.

c) Edição, detalhes específicos do material, dados de publicação, descri-ção física, série e notas.

d) Título e responsabilidade, edição, detalhes específicos do material, da-dos de publicação, série, notas e número internacional normalizado.

5) A Parte I e a Parte II do AACR2 indicam, respectivamente:a) Pontos de acesso e Remissivas e Descrição Bibliográfica.b) Descrição bibliográfica e indicação de assunto.c) A ISBD e área de títulos e responsabilidades.d) Descrição Bibliográfica e Pontos de acesso e Remissivas.

Gabarito

Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-toavaliativas propostas:

1) c.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

2) c.

3) a.

4) a.

5) d.

5. CONSIDERAÇÕES

Como uma das mais importantes do nosso estudo, esta unidade abordou a ISBD e o AACR2. O conhecimento sobre tais códigos e normas pode – e deve – ser aperfeiçoado com a prática e a pesquisa, já que tratamos aqui de temas que são habitual-mente discutidos pelos profissionais da área.

Como se trata de um estudo amplo, lembre-se de aces-sar os materiais indicados no Conteúdo Digital Integrador, que acrescentarão ainda mais conhecimento à sua formação profis-sional. Na próxima unidade, estudaremos os formatos de meta-dados, MARC21 e Dublin Core, e as codificações aplicáveis ao in-tercâmbio de registros bibliográficos. Entraremos, assim, na era da tecnologia computacional.

6. E-REFERÊNCIAS

Lista de figuraFigura 4 Divisão dos tipos de pontos de acesso. Disponível em: http://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html> Acesso em: 07 ago. 2017.

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UNIDADE 2 – A ELABORAÇÃO DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO: DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E PONTOS DE ACESSO

Sites pesquisadosASSUMPÇÃO, F. Pontos de acesso: controlados, não controlados, autorizados e formas variantes. Disponível em: <http://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html>. Acesso em: 10 nov. 2017

IFLA. Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para as Publicações Monográficas – ISBD (M). Revisão de 2002. 77 p. Disponível em: <https://www.ifla.org/archive/ubcim/nd1/isbdM-pt.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.

lSTROUT, R. F. The development of catalog and cataloguing codes. Library Quaterly, v. 26, n. 4, p. 254-275, oct. 1956. Disponível em: <https://bsf.org.br/wp-content/uploads/2017/05/STROUT-THE-DEVELOPMENT-OF-CATALOG-AND-THE-CATALOGUING-CODES.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCÓDIGO de catalogação anglo-americano. 2. ed., rev. 2002. São Paulo: FEBAB, 2004.

MEY, E. S. A.; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.

VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da biblioteconomia. Interciência, 2014.

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FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Objetivos• Conhecer a família MARC21 (Bibliográfico, Autoridade, Comunidade,

Coleção, Classificação). • Compreender a necessidade de adoção de padrões de reconhecimen-

to internacional para a representação bibliográfica e o intercâmbio de dados.

• Compreender e elaborar registros bibliográficos em formato MARC21 Bibliográfico e Dublin Core.

Conteúdos • Formatos de metadados.• Codificações.

Orientações para o estudo da unidadeAntes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:

1) A Unidade 3 aborda os formatos de metadados, MARC21 e Dublin Core, e as codificações para intercâmbio de registros bibliográficos ISO 2709 e MARCXML. Não se limite ao Caderno de Referência de Conteúdo e busque aprofundar seu conhecimento sobre tais temas.

2) Caso surja alguma dúvida sobre determinado conceito, busque identificá--lo no Glossário e no Esquema de Conceitos.

UNIDADE 3

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

3) Ao terminar o estudo de um dos tópicos, leia os materiais complementa-res descritos no Conteúdo Digital Integrador.

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

1. INTRODUÇÃO

Nas unidades anteriores já estudamos que a catalogação segue modelos e princípios (Princípios de Paris e a Declaração dos Princípios Internacionais de Catalogação) e regras designa-das à padronização de conteúdo (ISBD e o AACR2). Entretanto, para que haja a catalogação cooperativa no contexto atual, em que a informação é disseminada principalmente por intermédio de computadores em rede, foi preciso o desenvolvimento de formatos de metadados e codificações. Nesta perspectiva, abor-daremos nesta unidade os formatos de metadados MARC21 e Dublin Core, já citado nas unidades anteriores, e as codificações ISO 2709 e MARCXML.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA

O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-do Digital Integrador.

2.1. FORMATOS DE METADADOS

Popularmente definidos como dados sobre dados, os me-tadados são os dados descritivos codificados de um recurso bi-bliográfico. Ou seja, metadados são dados codificados. Confor-me acompanhamos o avanço da tecnologia computacional nos deparamos também com a inevitabilidade de atualização das formas de produção e de acesso à informação.

Durante a destacada década de 1960, foi realizado um estudo sobre a possibilidade de conversão das fichas catalográ-

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

ficas da LC para um formato legível por máquinas. Tal estudo, financiado pela Council on Library Resources (CLR), originou a Primeira Conferência de Catalogação legível por máquina, que tratou, dentre outros assuntos, da criação de um formato que permitisse tal leitura de registros bibliográficos. Durante a ter-ceira edição da conferência, em 1966 foi iniciado oficialmente o Projeto MARC, que era feito no início com a utilização de fitas magnéticas (ASSUMPÇÃO, 2015).

Com o desenvolvimento da tecnologia computacional, também nos deparamos com a necessidade de estabelecimen-to de novas estruturas de informação. À vista disso, o projeto MARC sofreu modificações das quais derivaram diversas versões ao longo dos anos. O que, como estudamos na Unidade 1, resul-tou na atual versão, o formato MARC21. O MARC21 é um for-mato padrão para metadados que garante um diálogo entre as máquinas no século 21.

Mesmo com as diversas modificações do MARC21, a diver-sidade de suportes e formatos, somada à expansão do acesso à informação em rede, tornou evidente a carência de um formato padrão de metadados para a descrição de recursos disponíveis on-line, como textos, sons, vídeos e sites, que até então contam com especificações do MARC21 que nem sempre descrevem tais recursos com as especificações necessárias. Com essa perspecti-va, a World Wide Web Consortium (W3C) desenvolveu um outro formato de metadados denominado Dublin Core.

Como acervos mistos e outros novos ambientes que lidam com a gestão da informação tornaram-se também, com o passar do tempo, um universo de possibilidades para os profissionais bibliotecários, o conhecimento básico sobre esses dois formatos

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

tornou-se imprescindível. À vista disso, você conhecerá neste tó-pico um pouco mais sobre eles. Está preparado?

MARC21

Você já sabe que MARC21 é a denominação da versão atual do MARC, um formato padrão de metadados para registros bibliográficos. Mas, afinal, o que é exatamente o MARC? Para responder a essa pergunta, utilizaremos a princípio a definição de Vieira (2014, p. 113):

MARC é a abreviação de Machine Readable Catalog (em por-tuguês, catalogação legível por máquina), utilizada para deno-minar um projeto desenvolvido pela biblioteca do Congresso dos Estados Unidos com o objetivo de organizar e disseminar os dados bibliográficos num determinado formato, de forma que possam ser legíveis por máquinas. Essa iniciativa, que começou há cerca de 40 anos, fornece o mecanismo pelo qual computa-dores interpretam, utilizam e trocam entre si informações bi-bliográficas, e que juntos formam a base da maioria dos catálo-gos de bibliotecas usados atualmente. A sigla MARC tornou-se USMARC na década de 1980 e MARC21 no final de 1990.

O MARC tem como função promover a interoperabilidade entre registros, com a intenção de evitar que a catalogação de uma mesma obra tenha que ser refeita. Esse formato foi estabe-lecido de acordo com a ISO 2709, norma que estrutura o registro bibliográfico estabelecendo um padrão para a disposição dos da-dos. Dessa forma, graças à padronização, softwares de origens distintas que utilizam o MARC podem trocar registros bibliográfi-cos, concretizando a catalogação cooperativa entre instituições.

Para indicação dos dados bibliográficos de um registro, o MARC21 utiliza campos de dados que são representados por

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

tags compostas por três dígitos numéricos e divididos entre os grupos, como você pode observar na Figura 1:

000 Líder

00X Campos de controle

02X - 09X Campos de Números e Códigos

1XX Entrada Principal (ponto de acesso principal)

20X - 24X Título e Título relacionado

25X - 28X Edição, Impressão, etc.

3XX Descrição física, etc.

4XX Séries

5XX Notas

6XX Assuntos

70X - 78X Entrada secundária (ponto de acesso secundário)

80X - 840 Entrada secundária para séries

841 - 88X Coleções, Localização, Gráficos alternados etc.Fonte: Adaptado de PUC Rio (20016, s/p).

Figura 1 Campos MARC21.

O líder, indicado pelo campo 000, é o rótulo do registro que contém informações pertinentes no processo de intercâmbio de registros. Esse elemento é representado no MARC21 pela tag 000 que expõe a estrutura do registro. É seguido por um código composto por 24 posições (00 – 23):

• 00 a 04 – Comprimento do Registro Lógico• 05 – Situação do Registro Bibliográfico• 06 – Tipo de material• 07 – Nível bibliográfico• 08 – Tipo de controle• 09 – Indefinido

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

• 10 – Número de indicadores• 11 – Números de códigos de subcampos• 12 a 16 – Endereço dos campos de dados• 17 – Nível de codificação• 18 – Forma de catalogação descritiva• 19 – Ligação do registro• 20 a 23 – Mapa do diretório

Os Campos de controle (00X), gerados automaticamente, são os campos que contêm informações codificadas que auxi-liam no intercâmbio de registros. Podem ser não repetitivos (NR) ou repetitivos (R). São indicados no formato MARC21 pelas tags:

001 – Número de Controle (NR)

003 – Identificador de Número de Controle (NR)

005 – Data e hora da última transação (NR)

006 – Características do material adicional (NR)

007 – Descrição física (NR)

008 – Informações gerais (NR)

Os campos representados pelas tags 02X, 1XX, 2XX, 3XX, 4XX, 5XX, 6XX, 7XX e 8XX são denominados variáveis. São preen-chidos pelo bibliotecário catalogador com os dados específicos do item. Podem ser não repetitivos (NR) ou repetitivos (R). As informações que podem ser identificadas por esses campos:

02X a 09X – Campos de números e códigos são os campos para identificação de números como ISBN, código da língua etc.:

020 – Número do ISBN (R)

040 – Fonte de catalogação (NR)

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

041 – Código da língua (NR)

043 – Código da Área Geográfica (NR)

045 – Código Cronológico (NR)

080 – Número da CDU (R)

082 – Número da CDD (R)

092 – Localização fixa da obra (R)

1XX – Campos para Entrada principal (ponto de acesso principal):

100 – Entrada principal para nome pessoal (NR)

110 – Entrada principal para entidade coletiva (NR)

111 – Entrada principal para nome de evento (NR)

130 – Entrada principal para título uniforme (NR)

20X a 24X – Campos para Título e título relacionado:

240 – Título uniforme (NR)

243 – Título convencionado para arquivamento (NR)

245 – Título principal da obra (NR)

25X a 28X – Campos de edição, impressão etc.:

250 – Edição (NR)

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

256 – Características de arquivo de computador (NR)

260 – Imprenta (distribuição, publicação, etc.) (R)

3XX – Descrição física:

300 – Descrição física (R)

338 – Tipo de suporte (R)

347 – Características do arquivo digital (R)

4XX – Séries:

490 – Indicações de série (R)

5XX – Notas:

500 – Notas gerais (R)

502 – Notas de dissertação ou tese (R)

504 – Notas de bibliografia (R)

505 – Notas de conteúdo (R)

506 – Notas de acesso restrito (R)

520 – Notas de resumo (R)

546 – Nota de idioma (R)

590 – Notas locais (R)

595 – Notas para inclusão em bibliografia (R)

6XX – Assuntos:

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

600 – Nome pessoal como assunto (R)

610 – Entidade coletiva como assunto (R)

611 – Nome de evento como assunto (R)

630 – Título uniforme como assunto (R)

651 – Nome geográfico como assunto (R)

70X a 78X – Entrada secundária (ponto de acesso secundário):

700 – Entrada secundária nome pessoal (R)

710 – Entrada secundária para entidade coletiva (R)

711 – Entrada secundária para evento (R)

730 – Entrada secundária para título uniforme (R)

740 – Entrada secundária para título adicional (R)

780 – Entrada secundária para título anterior (R)

80X a 840 – Entrada secundária (séries):

800 – Entrada secundária de série para nome pessoal (R)

810 – Entrada secundária de série para entidade (R)

811 – Entrada secundária de série para eventos (R)

830 – Entrada secundária de série para título uniforme (R)

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

841 a 88X - Coleções, Localização, Gráficos alternados etc.

842 – Descrição do suporte físico (NR)

852 – Localização (R)

856 – Localização e acesso eletrônico (R)

As informações podem ainda ter níveis distintos de exigên-cia. Se o nível de exigência para descrição for identificado pela letra A, significa que, se a informação estiver disponível, é de inserção obrigatória. Já quando o nível de exigência for identi-ficado pela letra M, a informação é obrigatória em qualquer si-tuação. Caso a letra indicada for O, é uma informação opcional e sua inclusão não é determinada pelo bibliotecário catalogador. O padrão MARC, além de ser estruturado de acordo com a ISO 2709, utiliza o código de catalogação que estudamos na Unidade 2, o AACR2, para padronizar a descrição bibliográfica.

Agora que você já consegue identificar os campos de um registro em MARC21, observe o exemplo de um registro biblio-gráfico retirado do catálogo da Biblioteca Nacional. Observe as especificações do campo de acordo com o tipo de informação ao qual é destinado. (Figuras 2 e 3).

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Apresentação de um registro bibliográfico em MARC21:

000 00832cam a22002657 4500 001 000077338 003 BR-RjBN 005 20110617153007.2 008 870814s20020000brj 000 1 por d 020 __ |a 8520912869 (broch.) 035 __ |a 2003040214532054med 040 __ |a Br |b por 041 1_ |a por |h eng 082 04 |a 823 |2 21 092 __ |a VI-164,3,41 100 1_ |a Christie, Agatha, |d 1890-1976 240 04 |a The adventure of the Christmas pudding. |l Português 245 12 |a A aventura do pudim de Natal / |c Agatha Christie ; tradução Vania A. Salek. - 250 __ |a 8. ed. - 260 __ |a Rio de Janeiro : |b Nova Fronteira, |c 2002. 300 __ |a 251 p. ; |c 21 cm. - 490 __ |a (Coleção Agatha Christie) 500 __ |a Tradução de: The adventure of the Christmas pudding. 700 1_ |a Salek, Vânia de Almeida, |d 1951- 852 __ |a Obras Gerais

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná. Figura 2 Registro Bibliográfico em MARC21.

Formato de intercâmbio de um registro bibliográfico em MARC21 com a ISO 2709:

00879cam a22002777a 4500001001000000003000800010005001700018008004100035020002400076035002400100040001200124041001300136082001200149092001600161100003300177240005600210245008300266250001300349260004500362300002100407490003200428500005900460700003700519852001700556949002800573-000077338-BR-RjBN-20110617153007.2-870814s20020000brj 000 1 por d--a8520912869 (broch.)-a2003040214532054med-aBrbpor-1 aporheng-04a823221--aVI-164,3,41-1 aChristie, Agatha,d1890-1976-04aThe adventure of the Christmas pudding.lPortuguês-12aA aventura do pudim de Natal /cAgatha Christie ; tradução Vania A. Salek. --a8. ed. --aRio de Janeiro :bNova Fronteira,c2002.-a251p. ;c21cm. --a(Coleção Agatha Christie)-aTradução de: The adventure of the Christmas pudding.-1 aSalek, Vânia de Almeida,d1951--aObras Gerais-a1.064.988 DL 09/04/2003-

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná. Figura 3 Registro Bibliográfico em MARC21.

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná.Figura 2 Registro Bibliográfico em MARC21.

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Formato de intercâmbio de um registro bibliográfico em MARC21 com a ISO

000 00832cam a22002657 4500 001 000077338 003 BR-RjBN 005 20110617153007.2 008 870814s20020000brj 000 1 por d 020 __ |a 8520912869 (broch.) 035 __ |a 2003040214532054med 040 __ |a Br |b por 041 1_ |a por |h eng 082 04 |a 823 |2 21 092 __ |a VI-164,3,41 100 1_ |a Christie, Agatha, |d 1890-1976 240 04 |a The adventure of the Christmas pudding. |l Português 245 12 |a A aventura do pudim de Natal / |c Agatha Christie ; tradução Vania A. Salek. - 250 __ |a 8. ed. - 260 __ |a Rio de Janeiro : |b Nova Fronteira, |c 2002. 300 __ |a 251 p. ; |c 21 cm. - 490 __ |a (Coleção Agatha Christie) 500 __ |a Tradução de: The adventure of the Christmas pudding. 700 1_ |a Salek, Vânia de Almeida, |d 1951- 852 __ |a Obras Gerais

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná. Figura 2 Registro Bibliográfico em MARC21.

Formato de intercâmbio de um registro bibliográfico em MARC21 com a ISO 2709:

00879cam a22002777a 4500001001000000003000800010005001700018008004100035020002400076035002400100040001200124041001300136082001200149092001600161100003300177240005600210245008300266250001300349260004500362300002100407490003200428500005900460700003700519852001700556949002800573-000077338-BR-RjBN-20110617153007.2-870814s20020000brj 000 1 por d--a8520912869 (broch.)-a2003040214532054med-aBrbpor-1 aporheng-04a823221--aVI-164,3,41-1 aChristie, Agatha,d1890-1976-04aThe adventure of the Christmas pudding.lPortuguês-12aA aventura do pudim de Natal /cAgatha Christie ; tradução Vania A. Salek. --a8. ed. --aRio de Janeiro :bNova Fronteira,c2002.-a251p. ;c21cm. --a(Coleção Agatha Christie)-aTradução de: The adventure of the Christmas pudding.-1 aSalek, Vânia de Almeida,d1951--aObras Gerais-a1.064.988 DL 09/04/2003-

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná. Figura 3 Registro Bibliográfico em MARC21. Fonte: Biblioteca Pública do Paraná.

Figura 3 Registro Bibliográfico em MARC21.

Ambos os registos seguem as regras propostas no AACR2. Repare que as tags que vão do campo 02X ao campo 8XX são antepostas a duas colunas. Tais colunas expõem a designação de conteúdo identificada por meio de indicadores que “são as duas primeiras posições no campo de dados variáveis; são represen-tados por um caractere numérico ou alfabético minúsculo” (VIEI-RA, 2014, p. 116).

Cada campo do MARC21 é ainda subdivido em subcampos utilizados de acordo com a especificação de cada material. Se-gundo Vieira (2014, p. 116), os códigos de subcampos:

[...] são representados por dois caracteres que distinguem as informações dentro do campo; apresenta um delimitador ($) e um identificador de dado, que pode ser um caractere numérico ou alfabético minúsculo.

No caso dos registros retirados da BN, a barra vertical ( | ) representa o delimitador do campo. No que se refere aos tipos diferentes de materiais registrados pelo MARC21, estes são:

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98 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

• Material textual;• Material manuscrito; • Arquivo de computador; • Material cartográfico impresso; • Material cartográfico manuscrito; • Música impressa; • Música manuscrita; • Gravação de som não musical; • Gravação de som musical; • Mídia projetável; • Material gráfico não projetável; • Artefatos tridimensionais e objetos da natureza; • Kit; • Material misto. É importante lembrar que o MARC21 é o formato padrão

de metadados mais utilizado atualmente e só pode ser profun-damente compreendido a partir do uso contínuo. Apesar da grande utilidade do Dublin Core, o MARC21 é o principal forma-to responsável pela descrição e padronização de metadados de diversos materiais. Dada a importância da catalogação coopera-tiva, sua aplicabilidade tem mostrado grande eficiência, o que o torna um dos principais temas discutidos na catalogação.

DICA: Visite o formato MARC21 publicado pela Divisão de Bi-bliotecas e Documentação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

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99© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Dublin Core

Composto por 15 elementos, o Dublin Core (DC) é um formato de metadados utilizado para descrever recursos ele-trônicos. Mesmo que seja considerado um formato simples, tal simplicidade não impede que sua estrutura garanta a interopera-bilidade entre registros bibliográficos dessa natureza. O DC per-mite uma compreensão semântica dos elementos e já é utilizado por importantes instituições pelo mundo, como, por exemplo, pela Biblioteca Nacional do Brasil. Ao aplicar o DC na descrição de um registro bibliográfico, descrevem-se os seguintes elemen-tos, como você pode observar no Quadro 1:

Quadro1 Elementos Dublin CoreElementos Descrição

Título Nome dado ao recurso

CriadorEntidade originalmente responsável pela criação do conteúdo do recurso

AssuntoTema do conteúdo do recurso. Pode ser expresso em palavras--chaves e/ou Categoria. Recomenda-se o uso de vocabulários controlados

DescriçãoRelato do conteúdo do recurso. Exemplos: texto livre, sumário e resumo

Publicador Entidade responsável por tornar o recurso disponível

ColaboradorEntidade responsável pela contribuição intelectual ao conteú-do do recurso

Data Data associada a um evento ou ciclo de vida do recurso

TipoNatureza ou gênero do conteúdo do recurso. Exemplos: texto, imagem, som, dados, software

FormatoManifestação física ou digital do recurso. Exemplos: html, pdf, ppt, gif, xls

IdentificadorReferência não-ambígua (localizador) para o recurso dentro de dado contexto

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Elementos Descrição

Fonte Referência a um recurso do qual o presente é derivado

Idioma Língua do conteúdo intelectual do recurso

Relação Referência para um recurso relacionado

CoberturaExtensão ou escopo do conteúdo do recurso; pode ser tempo-ral e espacial

Direitos autoraisInformação sobre os direitos assegurados dentro e sobre o recurso

Fonte: Alves e Souza (2007, p. 25).

Observe o mesmo registro bibliográfico da BN utilizado como último exemplo do tópico anterior no formato de apresen-tação Dublin Core no Quadro 2:

Quadro 2 Registro em formato Dublin Coretitle A aventura do pudim de Natal

title The adventure of the Christmas pudding

creator Christie, Agatha, 1890-1976

contributor Salek, Vânia de Almeida, 1951-

subject 823

description Tradução de: The adventure of the Christmas pudding

publisher Nova Fronteira

date 2002

type Livro

format 251p. ; 21cm.

identifier 8520912869 (broch.)

language Português

language Por

language Eng

relation (Coleção Agatha Christie)Fonte: Biblioteca Pública do Paraná.

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101© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Todos os elementos do Dublin Core podem ser repetidos e são opcionais. Apesar da possibilidade de um elemento Dublin Core ser equivalente a um conjunto de campos específicos do MARC21, há ainda outros mais que ainda não possuem corres-pondência. Trata-se de um formato padrão de metadados espe-cífico e funcional, mas que dificilmente pode ser o único padrão utilizado em ambientes híbridos.

Com as leituras propostas no Tópico 3. 1, você conhe-cerá mais sobre como os padrões de metadados podem auxi-liar na recuperação da informação. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.2. CODIFICAÇÕES

Para que a catalogação cooperativa ocorra, além dos for-matos de metadados (MARC21 e Dublin Core), os registros bi-bliográficos precisam seguir uma codificação, que nada mais é do que um conjunto de códigos responsável pela definição da disposição das informações na estrutura do registro. Você estu-dará neste tópico duas codificações: a ISO 2709 e o MARCXML.

ISO 2709

Na década de 1960, quando o intercâmbio de metadados era feito através de fitas magnéticas, o compartilhamento de re-gistros passou a seguir uma sequência codificada, que resultou na criação de uma norma denominada ISO 2709, utilizada no in-

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

tercâmbio de dados até hoje. A ISO 2709 é a responsável pela de-finição da estrutura do formato de comunicação entre registros.

Conforme Assumpção (2013, p. 29):Apesar das normas para a codificação terem sido atualizadas no decorrer dos anos, nota-se que não houve mudanças substan-ciais na codificação, de modo que os registros nos atuais Forma-tos MARC 21 são, em sua maior parte, codificados quase que da mesma forma com que eram codificados os registros na década de 1960, seja para propósitos de recuperação, por exemplo, via protocolo Z39.50, seja de importação entre sistemas de geren-ciamento de bibliotecas ou de armazenamento em bancos de dados.

O protocolo Z39.50, citado por Assumpção, é um conjunto de regras que auxilia na comunicação e recuperação de dados entre dois sistemas distintos. Por possibilitar a troca de informa-ção entre computadores com o menor número de erros possível, o protocolo Z39.50 contribui diretamente para a interoperabili-dade de dados.

A atualização vigente da ISO 2709 data de 2008. O forma-to de comunicação entre registros estabelecido pela norma é representado a partir de uma estrutura, a qual é a base para a apresentação do registro em MARC21. Um registro bibliográfico em formato MARC é formado por três elementos: líder, diretório e campos variáveis. Essa estrutura de intercâmbio é estabelecida pela norma internacional ISO 2709. Para o intercâmbio de dados, tal estrutura se dispõe da seguinte maneira, como você pode ob-servar na Figura 4:

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103© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

00879cam a22002777a 4500001001000000003000800010005001700018008004100035020002400076035002400100040001200124041001300136082001200149092001600161100003300177240005600210245008300266250001300349260004500362300002100407490003200428500005900460700003700519852001700556949002800573-000077338-BR-RjBN-20110617153007.2-870814s20020000brj 000 1 por d--a8520912869 (broch.)-a2003040214532054med-aBrbpor-1 aporheng-04-a823221-aVI-164,3,41-1 aChristie, Agatha,d1890-1976-04aThe adventure of the Christmas pudding.lPortuguês-12aA aventura do pudim de Natal /-cAgatha Christie ; tradução Vania A. Salek. --a8. ed. --aRio de Janeiro :bNova Fronteira,c2002.-a251p. ;c21cm. --a(Coleção Agatha Christie)-aTradução de: The adventure of the Christmas pudding.-1 aSalek, Vânia de Almeida,-d1951--aObras Gerais-a1.064.988 DL 09/04/2003-

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná. Figura 4 Registro estruturado no formato intercâmbio.

a) Líder Esse elemento corresponde à primeira linha indicada no

registro bibliográfico. As disposições dos dados inseridos, já descritas no tópico 2.1 desta unidade, são geradas automaticamente após o preenchimento das informações pelo bibliotecário.

Líder – contém as informações que permitem o processamento de um registro; apresenta números e códigos identificáveis pela posição; abrange as 24 primeiras posições de um registro (VIEIRA, 2014, p. 116).

b) Diretório O Diretório é uma sequência numérica que está disposta

logo após o Líder. Ele é responsável por transmitir quais campos constam no registro e onde está localizado cada um desses campos. Segundo a definição de Vieira (2014, p.116), o Diretório:

apresenta uma série de entradas de tamanho fixo, uma para cada campo variável do registro. Cada entrada possui 12 posições e apresenta três partes: a tag, ou etiqueta do campo, o tamanho do campo e a posição inicial do campo. O diretório vem após o Líder e fica na posição 24 do registro, sendo gerado automaticamente (VIEIRA, 2014, p. 116).

Fonte: Biblioteca Pública do Paraná.Figura 4 Registro estruturado no formato intercâmbio.

a) Líder

Esse elemento corresponde à primeira linha indicada no registro bibliográfico. As disposições dos dados inseridos, já des-critas no tópico 2.1 desta unidade, são geradas automaticamen-te após o preenchimento das informações pelo bibliotecário.

Líder – contém as informações que permitem o processamento de um registro; apresenta números e códigos identificáveis pela posição; abrange as 24 primeiras posições de um registro (VIEI-RA, 2014, p. 116).

b) Diretório

O Diretório é uma sequência numérica que está disposta logo após o Líder. Ele é responsável por transmitir quais campos constam no registro e onde está localizado cada um desses cam-pos. Segundo a definição de Vieira (2014, p.116), o Diretório:

apresenta uma série de entradas de tamanho fixo, uma para cada campo variável do registro. Cada entrada possui 12 po-

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104 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

sições e apresenta três partes: a tag, ou etiqueta do campo, o tamanho do campo e a posição inicial do campo. O diretório vem após o Líder e fica na posição 24 do registro, sendo gerado automaticamente (VIEIRA, 2014, p. 116).

c) Campos variáveis

Os campos preenchidos manualmente pelo bibliotecário catalogador, como os campos de títulos e responsabilidades, são chamados de Campos Variáveis. Os dados inseridos nestes cam-pos são indicados por códigos de subcampos e seguem o padrão de descrição bibliográfica AACR2. Os campos variáveis são, de acordo com Vieira (2014, p. 116):

Campos Variáveis – os dados, ou informação do registro, estão organizados em campos variáveis ou de conteúdo variável iden-tificado por uma tag, ou etiqueta, composta por três caracteres numéricos. Existem dois tipos de campos variáveis:

• Campos de controle – são campos que não contêm indi-cadores nem subcampos.

• Campos de dados – são agrupados em blocos de acordo com o primeiro caractere da tag; o tipo de informação no campo é identificado pelos caracteres restantes da tag.

o Indicadores – são as duas primeiras posições no campo de dados variáveis; são representados por um caractere numérico ou alfabético minús-culo;

o Códigos de subcampos – representados por dois caracteres que distinguem as informações den-tro do campo; apresenta um delimitador ($) e um identificador de dado, que pode ser um ca-ractere numérico ou alfabético minúsculo.

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105© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

MARCXML

As atuais tecnologias de informática fazem uso de lingua-gens de marcação, como HTML ou XML. São conjuntos de códi-gos que, aplicados a dados, permitem que outros computado-res e pessoas os leiam. O Extensible Markup Language (XML) é uma linguagem de marcação que padroniza uma sequência de dados que tem sido aplicada frequentemente nos processos de catalogação.

Em 1980 a International Business Machine (IBM) criou a General Markup Language (GML), que mais tarde se tornou a Standard Generalized Language (SGML), uma linguagem que, assim como a ISO 2709, é responsável pela estruturação de do-cumentos. A XML foi criada em 1996 e disponibilizada em 1998 pela W3C para substituir a SGML, tida como muito mais comple-xa. XML é uma linguagem de marcação que permite a criação de novas tags, conforme a necessidade do registro, o que faz com que informações não sejam perdidas durante o processo de con-versão de dados. Veja o exemplo a seguir das linguagens HTML e XML:

Linguagem HTML Linguagem XML

<b> bolsa</b> <autor> Agatha Christie </autor>Figura 5 Linguagens HTML e XML.

Na linguagem HTML, os códigos <b> e </b>, por exemplo, indicam que a palavra, frase ou termo entre eles aparecerá, já na sua apresentação final, entre negrito. A linguagem XML funciona de maneira aproximada, pois também utiliza códigos no mesmo formato (entre <> e </>). Entretanto, os termos que compõem tais códigos da XML são estabelecidos para o compartilhamento de dados, como, por exemplo, os códigos <autor> e </autor>,

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106 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

que em XML indicam que a palavra, frase ou termo indicado en-tre eles deve se referir ao autor. Apesar das estruturas de tais linguagens parecerem previamente semelhantes, a falta de pa-dronização da HTML interfere diretamente na interoperabilidade dos dados. Isso ocorre porque a Hypertext Markup Language, a HTML, não foi projetada para transportar dados entre sistemas distintos, mas sim para expor dados, o que faz com que nave-gadores interpretem tais informações de diferentes formas. En-tende-se assim, em termos simples e rasos, que a XML indica a estrutura e disposição dos dados enquanto a HTML indica, entre outras especificidades, o formato de apresentação dos dados.

Neste contexto, a LC, com a intenção de prolongar o uso do MARC21, desenvolveu uma estrutura que trata metadados em um ambiente que trabalha com a linguagem XML. A princípio, a LC foi responsável pela criação de um Document Type Definition (DTD) para a SGML, que nada mais é do que um documento que trata da gramática padrão que deve ser aplicada à determinada linguagem, no caso a SGML. O próximo passo foi a criação de um DTD para a linguagem XML, o DTD XML. Entretanto, tais DTDs eram ainda muito extensos e complexos, o que fez com que a LC criasse ainda um outroDTD, que tinha como primícias os campos do MARC21, denominado MARCXML.

É possível hoje converter, por exemplo, um registro MARC21 codificado nas linguagens ISO 2709, SGML e XML, como muito bem exposto por Assumpção e Santos (2015, p. 65). Po-rém, entre tais codificações, a XML é a que apresenta menor perda de dados durante a conversão de registros, já que o MAR-CXML possibilita a criação de tags de acordo com a necessidade da catalogação. Observe a Figura 6.

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107© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

É importante considerar ainda que, por ser criado na déca-da de 1960, o MARC teve como alicerce os catálogos em fichas e, por isso, sua utilidade é hoje questionada, já que é preciso nor-mas, linguagens e softwares específicos para aproximar a gestão de registros bibliográficos da tecnologia computacional atual. Al-guns pesquisadores da área defendem que a raiz de tal complexi-dade está nos códigos de catalogação, como o AACR2, outros nos softwares utilizados por bibliotecas e centros de informação. De qualquer modo, apesar do MARCXML, muitas bibliotecas, como a BN, utilizam ainda a ISO 2709 para codificação de dados. Mes-mo que tais recursos sejam substituídos em razão de uma cata-logação menos complexa e mais funcional, o caminho para isso tende a ser longo e desafiador.

Fonte: Assumpção e Santos (2015, p. 65).Figura 6 Codificações desenvolvidas pela LC.

Veja um exemplo de um registro em MARXML:

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108 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

<?xml version=”1.0” encoding=”UTF-8”?>-<marc:collection xsi:schemaLocation=”http://www.loc.gov/MARC21/slimhttp://www.loc.gov/standars/marcxml/schema/MARC21slim.xsd”xmlns:xsi=”http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance”xmlns:marc=”http://www.loc.gov/MARC21/slim”> - <marc:record> <marc:leader>02631cam a2200433 4500</marc:leader> <marc:controfield tag=”001”>158709</marccontrolfield> <marc:controfield tag=”005”>20110119173040.0</marccontrolfield> <marc:controfield tag=”008”>900925s1619 enk|||| 00| || eng d</marc-

controlfield>- <marc:datafield tag=”035” ind2=” “ ind1=” “>

<marc:subfield code=”9”>ESTCS101130</marc:subfield></marc:datafield>

- <marc:datafield tag=”035” ind2=” “ ind1=” “><marc:subfield code=”a”>158709</marc:subfield></

marc:datafield>- <marc:datafield tag=”040” ind2=” “ ind1=” “> <marc:subfield code=”a”>Cu-RivES</marc:subfield> <marc:subfield code=”c”>Cu-RivES</marc:subfield> <marc:subfield code=”d”>CStRLIN</marc:subfield> <marc:subfield code=”e”>dcrb</marc:subfield> <marc:subfield code=”d”>UtOrBLW</marc:subfield> </marc:datafield>- <marc:datafield tag=”245” ind2=”4“ ind1=”0“>

<marc:subfield code=”a”>The actress of the embassage, passed at meaning of the lords and princes of Germany at Naumburg in Thuring, concerning the matters there moued by Pope Pius the .iiii. in the yeare of our Lorde. 1561. And the fifth daie of February. </marc:subfield>

<marc:subfield code=”b”>Item, the aunswere of the same lords & princes, geuen to the Popes Nuntio vpon the eight daye of February. Trans-lated out of Dutche into English by R.W </marc:subfield>

</marc:datafield>Fonte: adaptado de Blake (2014, s/p).

Figura 7 Exemplo de registro em MARCXML.

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109© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas no Tópico 4, você deve fazer as leituras recomendadas no Tó-pico 3. 2, que versam sobre os diferentes tipos de codificações aplicadas à representação descritiva.

Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.

• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Vi-deoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.

• Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e sele-cione: Representação Descritiva: Catalogação – Vídeos Complemen-tares – Complementar 3.

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR

O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmen-te os conteúdos apresentados nesta unidade.

3.1. FORMATOS DE METADADOS

É evidente, neste ponto, que o avanço da tecnologia in-terferiu e interfere diretamente no acesso à informação. Como aprendemos nesta unidade, os formatos de metadados reconhe-cidos internacionalmente são os responsáveis pela padronização de registros bibliográficos em catálogos automatizados, o que os torna peças fundamentais na catalogação cooperativa do século

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110 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

21. No entanto, esses padrões não se limitam a tal função, pois tornaram-se essenciais também na recuperação e preservação da informação. Vale a pena conhecê-los um pouco mais.

• ALVES, R. C. V. Metadados para representação e recuperação da informação em ambiente web (vídeo). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zw0KC29lk0o>. Acesso em: 9 ago. 2017.

• MARCONDES, C. H. Interoperabilidade entre acervos digitais de arquivos, bibliotecas e museus: potencialidades das tecnologias de dados abertos interligados. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 21, n. 2, p. 61-83, abr./jun. 2016. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/2735/1748>. Acesso em: 9 ago. 2017.

• ALVES, M. D. R.; SOUZA, M. I. F. Estudo de correspondência de elementos metadados: Dublin Core e MARC21. Revista Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação, v. 4, n. 2, p. 20-38, 2007. Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/a/7463>. Acesso em: 9 ago. 2017.

3.2. CODIFICAÇÕES

Como pudemos observar, a catalogação se aperfeiçoou para acompanhar o avanço tecnológico, o que gerou uma expan-são no número de informações produzidas nos mais diferentes formatos e tipos de suporte. Nesse cenário, com a intenção de agilizar o processo de catalogação cooperativa, foram desenvol-vidos conjuntos de códigos responsáveis pela definição da dis-posição das informações na estrutura do registro. As leituras

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111© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

indicadas a seguir abordam situações de aplicabilidade das codi-ficações aqui discutidas.

• SOUZA, R. R.; ALVARENGA, L. A Web Semântica e suas contribuições para a ciência da informação. Revista Ciência da Informação, v. 33, n. 1, 2004. Disponível em: <http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/1077/1176>. Acesso em: 9 ago. 2017.

• SIQUEIRA, Marcos Antonio. Extensible Markup Language – XML. In: ______. XML na Ciência da Informação: uma análise do MARC 21. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista. Marília: UNESP, 2003. p. 69-81. Disponível em: <https://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/siqueira_ma_me_mar.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2017.

• SIQUEIRA, Marcos Antonio. MARC 21 em XML. In: ______. XML na Ciência da Informação: uma análise do MARC 21. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista. Marília: UNESP, 2003. p. 82-92. Disponível em: <https://www.mari l ia .unesp.br/Home/Pos-Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/siqueira_ma_me_mar.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2017.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS

A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-dos estudados para sanar as suas dúvidas.

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112 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

1) Dublin Core e MARC21 são:a) Padrões para Descrição Bibliográfica.b) Normas.c) Codificações estruturais.d) Formatos padrões para metadados.

2) O Dublin Core é indicado principalmente para descrever documentos:a) Impressos.b) Digitais.c) Cartográficos.d) Sonoros.

3) A ISO 2709 é a responsável:a) Pela padronização de dados bibliográficos.b) Pela definição das regras para descrição bibliográfica.c) Por padronizar a descrição bibliográfica de materiais digitais.d) pela definição da estrutura do formato de comunicação entre registros.

4) O RDA é a norma que irá substituir:a) O Dublin Core.b) O MARC21.c) O AACR2.d) A ISO 2709

5) O Extensible Markup Language (XML) é uma linguagem de marcação que padroniza uma sequência de dados que tem sido aplicada frequentemen-te nos processos de catalogação. Dentre as alternativas, qual corresponde à outra linguagem de marcação desenvolvida pela LC?a) Dublin Core.b) MARC21.c) DTD XML.d) ABNT.

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113© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Gabarito

Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-toavaliativas propostas:

1) d.

2) b.

3) d.

4) c.

5) c.

5. CONSIDERAÇÕES

Na Unidade 3 deste você conheceu temas relevantes para a área da Biblioteconomia. Aprendemos que o processo de cata-logação é feito de maneira estruturada e segue normas, padrões e formatos, como o MARC21, o Dublin Core, a ISO 2709 e a XML, que especificamos nesta unidade.

Como se trata de um estudo amplo, veja agora os materiais indicados no Conteúdo Digital Integrador, que acrescentarão ain-da mais conhecimento à sua formação profissional. Estudaremos na Unidade 4 a seguir os modelos conceituais FRBR e FRAD.

6. E-REFERÊNCIAS

Lista de figurasFigura 6 Codificações desenvolvidas pela LC. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/2054>. Acesso em: 10 ago. 2017.

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UNIDADE 3 – FORMATO MARC21 E CODIFICAÇÕES DO REGISTRO BIBLIOGRÁFICO

Figura 7 Exemplo de registro em MARCXML. Disponível em: <http://collation.folger.edu/2014/09/folger-tooltips-getting-raw-hamnet-data/>. Acesso em: 10 ago. 2017.

Sites pesquisadosALVES, M. D. R.; SOUZA, M. I. F. Estudo de correspondência de elementos metadados: Dublin Core e MARC 21. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 4, n. 2, p. 20-38, jan./jun. 2007. Disponível em: <https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/viewFile/2019/2140>. Acesso em: 10 ago. 2017.

ASSUMPÇÃO, F. S. Conversão de registros em XML para MARC 21: um modelo baseado em folhas de estilo XSLT. 2013. 135 f. Dissertação (mestrado em Ciência da Informação) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, 2013. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/93658>. Acesso em: 10 ago. 2017.

ASSUMPÇÃO, F. S. Pontos de acesso: controlados, não controlados, autorizados e formas variantes. Fabrício Assumpção. 2012. Disponível em: <http://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html> Acesso em: 10 ago. 2017.

ASSUMPÇÃO, F. S.; SANTOS, P. L. V. A. C. Representação no domínio bibliográfico: um olhar sobre o MARC21. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 20, n.1, 2015. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/2054>. Acesso em: 10 ago. 2017.

ISO 2709:2008. Information and Documentation – Format for information exchange. Disponível em: <https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxtYW9saW5zfGd4OjdkYWRjYTlhOWYyYTk5Yzk>. Acesso em: 10 ago. 2017.

lSTROUT, R. F. The development of catalog and cataloguing codes. Library Quaterly, v. 26, n. 4, p. 254-275, Oct. 1956. Disponível em: <https://bsf.org.br/wp-content/uploads/2017/05/STROUT-THE-DEVELOPMENT-OF-CATALOG-AND-THE-CATALOGUING-CODES.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

MORENO, F. P. BRASCHER, M. MARC, MARXML e FRBR: relações encontradas na literatura. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa, v.17, n.3, p.13-25, set./dez. 2007. Disponível em: <https://www.pergamum.pucpr.br/redepergamum/trabs/2008.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASMEY, E. S. A.; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.

VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da biblioteconomia. Interciência, 2014.

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115

MODELOS CONCEITUAIS

Objetivos• Conhecer e utilizar os modelos conceituais do tipo

entidade-relacionamento.

Conteúdos • FRBR• FRAD

Orientações para o estudo da unidade

Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:

1) Nesta unidade, aprenderemos sobre o FRBR e sobre o FRAD, dois modelos conceituais utilizados atualmente. Não se limite ao Caderno de Referência de Conteúdo e busque aprofundar seu conhecimento sobre tais modelos. Se preciso, faça pesquisas em bancos de dados.

2) Caso surja alguma dúvida sobre determinado conceito, busque identificá--lo no Glossário e no Esquema de Conceitos.

3) Ao terminar o estudo de um dos tópicos, leia os materiais complementa-res descritos no Conteúdo Digital Integrador.

UNIDADE 4

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

1. INTRODUÇÃO

Além de modelos, princípios, regras designadas à padroni-zação de conteúdo, formatos para metadados e codificações, a informação, que no presente tem a tecnologia como o pilar es-trutural, precisa ter um acesso funcional. Nesse contexto, foram desenvolvidos modelos conceituais que estabelecem as relações entre as informações de um registro bibliográfico. Tais modelos têm como principal ponto de partida o comportamento do usuá-rio durante as pesquisas de bancos de dados. Trataremos assim, nesta unidade, os modelos conceituais FRBR e FRAD, que abor-dam respectivamente as relações entre os dados da descrição bibliográfica e as relações para controle de autoridade e pontos de acesso autorizados.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA

O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-do Digital Integrador.

2.1. FRBR

Functional Requirements for Bibliographic Records, tam-bém conhecido pela sigla FRBR, é um modelo conceitual que trata de Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos. Tal modelo não substitui o uso de códigos de catalogação, formatos para metadados ou codificações. Os FRBR têm como função re-presentar conceitos sobre a sistematização de teorias que serão aplicadas, no caso, em um catálogo, que pode ser tanto automa-

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

tizado quanto manual. O modelo conceitual do FRBR é do tipo entidade-relacionamento (E-R).

De acordo com o relatório Requisitos Funcionais para Re-gistros Bibliográficos (2004), publicado pela Federação Interna-cional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), o gru-po de estudos responsável pelo desenvolvimento dos requisitos funcionais desenvolveu o modelo FRBR E-R entre os anos 1992 e 1995. Tal modelo busca, como primeiro objetivo, identificar os dados utilizados por usuários durante os processos de busca, ou seja, trata-se de um modelo conceitual que se baseia no uso que o usuário faz do catálogo da biblioteca. Esse caminho possibili-ta a concretização de um segundo objetivo que, segundo Mey e Silveira (2009), é a recomendação de um nível básico de funcio-nalidade de registros bibliográficos para determinado catálogo.

A concretização dos FRBR é um marco na história dos ca-tálogos e da representação descritiva, pois permite novas de-mandas de informação para os usuários, tornando o processo de busca mais personalizado e hábil. Por exemplo, com o uso dos FRBR, ao pesquisar um livro da Agatha Christie, são relacionados os registros bibliográficos de itens de autoria de Agatha Christie, de itens que apresentem no título o nome Agatha Christie e, ain-da, de itens que se baseiam em obras da autora.

A fim de permitir tais funcionalidades, entre outras, os FRBR estabeleceram:

• As entidades dos registros bibliográficos.• Os atributos de cada entidade do registro bibliográfico.• As relações entre as entidades dos registros

bibliográficos.• As tarefas concedidas aos usuários.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Os FRBRs têm dez entidades que se separam em três grupos:

• Grupo 1: o primeiro grupo corresponde às entidades equivalentes ao produto intelectual/artístico. Nele es-tão contidas as entidades obra, expressão, manifesta-ção e item. Todas as entidades pertencentes a esse gru-po podem ser assunto.

• Grupo 2: o segundo grupo reúne as entidades respon-sáveis pelo conteúdo intelectual/artístico. Nele estão contidas as entidades pessoa e entidade coletiva. To-das as entidades pertencentes a esse grupo podem ser assunto.

• Grupo 3: no terceiro grupo estão as entidades que po-dem ser apenas o assunto das outras entidades. Nele estão contidas as entidades conceito, objetivo, evento e lugar.

Uma grande contribuição dos FRBRs foi a definição de ter-mos, antes muito vagos, para se referir a materiais. Uma obra, por exemplo, é definida nos FRBRs como o conteúdo intelectual, a criação em si. Se um livro impresso tem o mesmo conteúdo em uma versão digital, trata-se como a mesma obra. Entretanto, tal versão digital é uma manifestação da obra. Uma manifestação conceitua-se na materialização da obra, como, por exemplo, os distintos tipos de suportes e formatos que uma obra pode estar contida, como o digital, sonoro, visual etc.

Já uma expressão diz respeito à produção intelectual/ar-tística de determinada obra. Se o mesmo livro impresso, que es-tamos utilizando como exemplo, for traduzido para outra língua ou se for feito um conteúdo visual sobre ele, tais materiais serão

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

uma expressão de uma obra. Ao mesmo tempo, cada unidade de uma manifestação equivale a um item de uma obra. Uma obra com dois livros impressos idênticos possui dois itens de uma mesma obra.

No Grupo 2 constam as entidades pessoa, que se refere aqui ao indivíduo relacionado à obra, como autor, diretor, tradu-tor etc.; e entidade coletiva, tido como um grupo de indivíduos, como a IFLA, o Governo Federal etc. As entidades do Grupo 3, conceito, objeto, evento e lugar, correspondem aos assuntos de uma obra e apresentam o mesmo significado de uso habitual da língua portuguesa. Todas as demais entidades podem ser assun-tos de uma obra, entretanto, como as entidades conceito, obje-to, evento e lugar não estão presentes nos demais grupos, estas compõem o Grupo 3. Observe a Figura 1.

Figura 1 Entidades FRBR.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Quando entidades do Grupo 1 se relacionam entre si, es-sas são chamadas Relações Bibliográficas Primárias. Observe na Figura 6, que mostra tais relações, que uma obra é percebida por meio de uma ou mais expressões, que ganham existência em uma ou mais manifestações, exemplificadas por um ou mais itens. Há também a possibilidade de relações no caminho inver-so. Um ou mais itens podem exemplificar uma manifestação, que pode concretizar uma ou mais expressões, que revelam uma obra.

As relações entre os Grupos 1 e 2 são denominadas Rela-ções de Responsabilidade, demonstradas por meio da Figura 2. Um item é propriedade de uma ou mais pessoas/organizações (entidades coletivas) assim como uma pessoa/entidade coletiva é proprietária de um ou mais itens. Uma ou mais manifestações podem ser produzidas por uma ou mais pessoas/organizações enquanto uma ou mais pessoas/organizações podem produzir uma ou mais manifestações.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Fonte: adaptado de Tillet (2004, p. 2).Figura 2 Relações Bibliográficas Primárias.

Uma ou mais expressões podem ser percebidas por meio de uma ou mais pessoas/organizações à medida que uma ou mais pessoas/organizações podem identificar uma ou mais ex-pressões. O mesmo caminho acontece com a entidade obra. Esta pode ser criada por uma ou mais pessoas/organizações assim como uma ou mais pessoas/organizações podem criar uma ou mais obras. Figuras 3 e 4.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Fonte: adaptado de Tillet (2004, p. 2).Figura 3 Relações de Responsabilidade.

Fonte: adaptado de Tillet (2004, p. 2).Figura 4 Relações de Assuntos.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Já as relações de assuntos se desenvolvem como exposto na Figura 4. A entidade obra destaca-se porque todas as enti-dades do FRBR podem ser definidas como assunto desta. Desse modo, uma ou mais obras, expressões, manifestações, itens, pes-soas, organizações, conceitos, objetos, eventos e lugares podem ser um dos assuntos, ou o assunto, de uma obra.

Cada uma das dez entidades possui atributos, ou seja, pos-sui um grupo de informações que é identificado por meio de de-terminada entidade. Tais atributos são:

Quadro 1 Atributos por entidades do FRBR.ENTIDADES ATRIBUTOS

OBRA Título da obra; forma da obra; data da obra; outra característi-ca distintiva; término previsto; público a que se destina.

EXPRESSÃO

Título da expressão; forma da expressão; data da expressão; idioma da expressão; outra característica distintiva; expansibi-lidade da expressão; capacidade de revisão da expressão; ex-tensão da expressão; sumarização do conteúdo; contexto para expressão; resposta crítica à expressão; restrições de uso da expressão; padrão sequencial (publicação seriada).

MANIFESTAÇÃO

Título da manifestação; indicação de responsabilidade; desig-nação de edição/expressão; lugar de publicação/distribuição; publicador/distribuidor; data da publicação/distribuição; fa-bricante; indicação de série; forma do suporte; extensão do suporte; meio físico; modo de captura; dimensões do suporte; identificador da manifestação; fonte para aquisição/autoriza-ção de acesso; termo de disponibilidade; restrições de uso da manifestação; estilo do tipo (livro impresso); medida do tipo (livro impresso).

ITEM Identificador do item; marca do impressor; procedência do item; marcas/inscrições; histórico de exposições.

PESSOA Nome da pessoa; datas da pessoa.

ENTIDADE COLE-TIVA

Nome da entidade coletiva; número relacionado à entidade coletiva; lugar relacionado à entidade coletiva.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

ENTIDADES ATRIBUTOS

CONCEITO Termo para conceito.

OBJETO Termo para objeto.

EVENTO Termo para registro.

LUGAR Termo para lugar.Fonte: elaboração própria com base em Mey e Silveira (2009).

Como tais relações são estabelecidas com base nas buscas feitas pelos usuários, o FRBR também expressa que essas buscas tenham quatro tarefas, que são:

‘Encontrar‘ envolve o atendimento de algum critério de busca de um usuário através de um atributo ou um relacionamento de uma entidade. Isso pode ser visto como a combinação dos objetivos tradicionais dos catálogos “encontrar” e “arranjar”. ‘Identificar’ permite a um usuário confirmar se encontrou aqui-lo que procurava, distinguindo entre recursos similares. ‘Sele-cionar’ envolve o atendimento das especificações do usuário quanto ao conteúdo, formato físico etc. ou à rejeição de uma entidade que não atende às necessidades do usuário. ‘Obter’ permite a um usuário adquirir uma entidade através da com-pra, empréstimo etc. ou através do acesso eletrônico remoto (TILLETT, 2018).

A criação do FRBR trouxe mudanças significativas na recu-peração da informação. Materiais que poderiam ser de interes-se do usuário passaram a fazer parte dos resultados de buscas em bases de dados, e, com a intenção de melhorar tal proces-so, a IFLA desenvolveu outro modelo conceitual que estabele-ce novas relações de controle de autoridade e pontos de acesso autorizados.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Com as leituras propostas no Tópico 3. 1, é possível ob-servar mais curiosidades e especificidades dos FRBRs. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indi-cadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.2. FRAD

O FRAD é um modelo conceitual desenvolvido com o apro-fundamento das entidades que compõem o primeiro grupo de entidades do FRBR. De acordo com Mey e Silveira (2009, p.38):

A revolução trazida pelo FRBR levou à análise conceitual de ou-tras partes do registro bibliográfico, como os pontos de acesso. Seguiram-se, então, os Functional Requirements and Numbe-ring of Authority Records (FRANAR) e os Functional Require-ments for Subject for Authority Records [Requisitos funcionais para Registros de autoridade de Assunto] (FRSAR), cujo grupo de trabalho instituiu-se em 2005 [...] Em nota de rodapé da já citada Declaração de Princípios Internacionais de Catalogação (2009), os FRSAR passaram a denominar-se Functional Require-ments for Subject Authority Data (FRSAR). Os FRANAR designa-ram-se, posteriormente, como Functional Requirements for Au-thority Records (FRAR) e, em 2007, se tornaram os Functional Requirements for Authority Data [Requisitos Funcionais para Dados de Autoridade] (FRAD), sua denominação atual.

Também fundamentado na E-R, as entidades identificadas nesse modelo também têm como ponto central as buscas fei-tas pelos usuários em determinado catálogo. O FRAD identificou dezesseis entidades e seus atributos, identificadas no Quadro 2.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Quadro 2 Entidade e atributos por entidades do FRAD.ENTIDADE DEFINIÇÃO ATRIBUTOS

Pessoa O mesmo que o FRBR.

Datas associadas à pessoa; título da pessoa; outra designação associada

à pessoa; gênero; lugar de nasci-mento; lugar de falecimento; país; lugar de residência; filiação institu-cional; endereço; idioma da pessoa; campo de atividade; profissão/ocu-

pação; biografia/história.

Família

Duas ou mais pessoas rela-cionadas por nascimento,

casamento, adoção, ou outro estado legal seme-

lhante, ou que se apresen-tem como família.

Tipo de família (clã, dinástica etc.); datas da família; lugares associados

à família; história da família.

Entidade coletiva O mesmo que o FRBR.

Lugar associado à entidade coletiva; data associada à entidade coletiva; outra designação associada à en-tidade coletiva; tipo de entidade

coletiva; idioma da entidade coleti-va; endereço; campo de atividade;

história.

Obra O mesmo que o FRBR.

Forma da obra; data da obra; meio de execução; assunto da obra; desig-nação numérica; tonalidade (músi-

ca); lugar de origem da obra; idioma original da obra; história; outra ca-

racterística distintiva.

Expressão O mesmo que o FRBR.

Forma da expressão; data da expres-são; idioma da expressão; técnica

(imagem gráfica ou em movimento); outra característica distintiva.

Manifestação O mesmo que o FRBR.

Designação de edição/publicação; lugar de publicação/distribuição/

editor/distribuidor; data de publica-ção/distribuição; forma de suporte;

designação numérica.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

ENTIDADE DEFINIÇÃO ATRIBUTOS

Item O mesmo que o FRBR. Localização do item (acervo ou ins-tituição).

Conceito O mesmo que o FRBR. Tipo de conceito.

Objeto O mesmo que o FRBR.Tipo de objeto; data de produção; lugar de produção; produtor/fabri-

cante; meio físico (tipo de material).

Evento O mesmo que o FRBR. Data associada do evento; local associado ao evento.

Lugar O mesmo que o FRBR. Coordenadas; outra informação geográfica.

Nome

Um caractere ou grupo de palavras e, ou, caracteres, pelos quais uma entidade

é conhecida.

Tipo de nome; idioma do nome; escopo do uso; alfabeto do nome; datas de uso; tabela de translitera-

ção do nome.

Identificador

Um número, código, pala-vra, frase, logotipo ou dis-positivo associado a uma

única entidade e que serve para distingui-la de outras entidades no contexto em

que o identificador for designado.

Tipo de identificador; sequência identificadora; sufixo.

Ponto de acesso contro-

lado

Um nome, termo, código, entre outros, sobre o qual um registro bibliográfico

ou de autoridade será controlado.

Tipo de ponto de acesso controlado; situação do ponto de acesso contro-lado; uso indicado para o ponto de acesso controlado; ponto de acesso indiferenciado; idioma do ponto de acesso básico; idioma da cataloga-

ção; alfabeto do ponto de acesso bá-sico; alfabeto da catalogação; tabela de transliteração do ponto de acesso

básico; tabela de transliteração da catalogação; fonte do ponto de

acesso controlado; ponto de acesso básico; adições.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

ENTIDADE DEFINIÇÃO ATRIBUTOS

Regras

Um conjunto de instruções relativas à formulação e,

ou, registro dos pontos de acesso controlados (formas autorizadas ou preferidas,

remissivas etc.).

Citação para as regras; identificador das regras.

Agência

Uma organização respon-sável por criar e modificar um ponto de acesso con-

trolado.

Nome da agência; localização da agência; identificador da agência.

Fonte: adaptado de Mey e Silveira (2009).

Os usuários são, assim, os responsáveis pela estrutura dos relacionamentos entre tais entidades. Assim como o FRBR, o FRAD também estabelece funções aos usuários que, de acordo com Mey e Silveira (2009, p. 39), são:

• encontrar uma entidade ou conjunto de entidades corres-pondentes a um critério determinado, ou explorar o uni-verso de entidades bibliográficas utilizando seus atributos e relações;

• identificar uma entidade ou validar a forma do nome a ser usado como ponto de acesso controlado;

• situar uma pessoa, uma entidade coletiva, uma obra etc. em determinado contexto; esclarecer a relação entre duas ou mais pessoas, entidades coletivas, obras etc. e o nome pelo qual essa pessoa ou entidade coletiva seja conhecida;

• justificar, indicando a fonte na qual se baseia o ponto de acesso controlado e a razão da escolha do nome ou de sua forma pelo criador do dado de autoridade.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Fonte: adaptado de IFLA (2013, p. 4).Figura 5 Base fundamental para o FRAD.

A Figura 5 detalha as relações básicas dos FRADs. Uma das dezesseis entidades bibliográficas é conhecida por um ou mais nomes e/ou identificadores, que são as bases para a escolha de pontos de acesso controlados.

O documento publicado pela IFLA, denominado Functional Requirements for Authority Data (2013), explica e exemplifica os tipos de relações que podem ser estabelecidas de acordo com o FRAD, como mostra a Figura 9, em que os retângulos de linha contínua identificam as entidades e os retângulos com linhas pontilhadas identificam os grupos de entidades.

No FRAD, as entidades de um grupo podem se relacionar entre si ou com entidades de outros grupos. Por exemplo, a en-tidade pessoa pode se relacionar com ela mesma (relação de pseudônimo, colaborativa, paternal etc.); com a entidade família e com a entidade pessoa coletiva. Todas as entidades do Grupo 1, 2 e 3 (pessoa, família, entidade coletiva, obra, expressão, ma-nifestação, item, conceito, objeto, evento, lugar) são conhecidas

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

pelas entidades nome e/ou identificador. O nome pelo qual é co-nhecida a entidade pessoa, por exemplo, torna-se a base para a escolha de um ponto de acesso controlado, que segue regras (como a AACR2), aplicadas por uma agência. O mesmo caminho se repete com as outras entidades coletivas. Veja a Figura 6

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

Fonte: adaptado de IFLA (2013, p. 7).Figura 6 Modelo conceitual para dados de autoridade.

Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas no Tópico 4, você deve fazer as leituras recomendadas no Tó-pico 3. 2 para aprofundar seu aprendizado sobre o contexto contemporâneo na utilização de modelos e ferramentas, como o FRAD, XML etc.

Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.

• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Vi-deoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível

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133© REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.

• Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e sele-cione: Representação Descritiva: Catalogação – Vídeos Complemen-tares – Complementar 4.

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR

O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmen-te os conteúdos apresentados nesta unidade.

3.1. FRBR

Conhecer e compreender os FRBRs fará toda a diferença durante a gestão de um catálogo. Realize as leituras indicadas abaixo e tente refletir sobre as modificações que esse modelo conceitual pode causar no acesso à informação.

• SOUZA, E. G.; BEZERRA, D. A.; COSTA, W. F. C. Descrição de recursos em uma estrutura de metadados pautada no modelo FRBR. Em Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 1, jan./abr. 2016. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/58835>. Acesso em: 10 ago. 2017.

• MORENO, F. P.; LIMA, J. A. O. FRBRização de um catálogo. Biblos, n. 50, 2013. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/2732/1875>. Acesso em: 10 ago. 2017.

• PEREIRA, E. I.; PINHEIRO, E. G. De Panizze ao RDA: um estudo sobre a evolução da catalogação nos cursos de

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134 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

biblioteconomia no Brasil. Biblionline, v. 13, n. 1, 2017. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/index.php/biblio/article/view/34950>. Acesso em: 10 ago. 2017.

3.2. FRAD

Apesar de modelos e padrões para a gestão da informação, a Catalogação e a Biblioteconomia continuam impondo novos desafios aos profissionais da área. Leia os materiais indicados a seguir e reflita sobre as atuais e futuras perspectivas da profissão.

• ARAÚJO, C. A. A. Biblioteconomia: fundamentos e desafios contemporâneos. Folha de Rosto – Revista de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 3, n. 1, 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufca.edu.br/ojs/index.php/folhaderosto/article/view/193>. Acesso em: 10 ago. 2017.

• ASSUMPÇÃO, F. S. Catalogação: práticas e desafios atuais (vídeo). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dwQV_8gYyF8&t=12s>. Acesso em: 10 ago. 2017.

• SATAR, E. A. Expetativas dos Bibliotecários no Século XXI. Prisma.com, n. 15, 2011. Disponível em: <http://pentaho.letras.up.pt/ojs/index.php/prismacom/article/view/1983>Acesso em: 10 ago. 2017.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS

A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-dos estudados para sanar as suas dúvidas.

1) No FRBR, quando uma obra está em diferentes suportes, como o digital, sonoro, visual etc., denomina-se que esta seja uma:a) Manifestação.b) Expressão.c) Item.d) Conceito.

2) No FRBR podem ser indicadas como assunto as entidades:a) Entidades do Grupo 1.b) Entidades do Grupo 2.c) Entidades do Grupo3.d) Todas as entidades.

3) Encontrar, identificar, situar e justificar são as funções do usuário estabe-lecidas pelo:a) FRBR.b) FRAD.c) MARC21.d) RDA.

4) FRAD é a sigla para:a) Functional Requirements for Authority Data.b) Functional Requirements and Numbering of Authority Records.c) Functional Requirements for Bibliographic Records.d) Functional Requirements for Subject Authority Data.

5) Em relação ao FRAD, assinale a alternativa correta:a) Substitui os códigos de catalogação.b) É um modelo conceitual que trata de Requisitos Funcionais para Regis-

tros Bibliográficos.c) Substitui linguagens codificadas.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

d) É um modelo conceitual desenvolvido com o aprofundamento das en-tidades que compõem o primeiro grupo de entidades do FRBR.

Gabarito

Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-toavaliativas propostas:

6) a.

7) d.

8) b.

9) d.

10) d.

5. CONSIDERAÇÕES

Nesta unidade você teve a oportunidade de conhecer os modelos conceituais aplicados a bibliotecas e refletiu sobre a influência do desenvolvimento tecnológico no processo de catalogação.

Chegamos ao final de mais uma importante unidade sobre representação descritiva que nos permite construir opiniões e ponderar sobre o que aprendemos com esse tema. Faça as lei-turas do Conteúdo Digital Integrador e das Considerações Finais.

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UNIDADE 4 – MODELOS CONCEITUAIS

6. E-REFERÊNCIAS

Lista de figurasFigura 2 Relações Bibliográficas Primárias. Disponível em: <https://www.loc.gov/catdir/cpso/o-que-e-frbr.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

Figura 3 Relações de responsabilidade. Disponível em: <https://www.loc.gov/catdir/cpso/o-que-e-frbr.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

Figura 4 Relações entre a entidade Obra e as demais entidades. Disponível em: <https://www.loc.gov/catdir/cpso/o-que-e-frbr.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

Figura 5 Base fundamental para o FRAD. Disponível em: <https://www.ifla.org/files/assets/cataloguing/frad/frad_2013.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

Figura 6 Modelo Conceitual para Dados de Autoridade. Disponível em: <https://www.ifla.org/files/assets/cataloguing/frad/frad_2013.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

Sites visitadosASSUMPÇÃO, F. S. Pontos de acesso: controlados, não controlados, autorizados e formas variantes. Fabrício Assumpção. 2012. Disponível em: <http://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html>. Acesso em: 10 ago. 2017.

IFLA. Functional Requirements for Authority Data. Final Report. 2013. 142 p. Disponível em: <https://www.ifla.org/files/assets/cataloguing/frad/frad_2013.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

IFLA. Functional Requirements For Bibliographic Record. Final Report. 2009. 142 p. Disponível em: <https://www.ifla.org/files/assets/cataloguing/frbr/frbr_2008.pdf>[. ]Acesso em: 10 ago. 2017.

TILLET, B. O que é FRBR? IFLA. Disponível em: <https://www.loc.gov/catdir/cpso/o-que-e-frbr.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASMEY, E. S. A.; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009[.]

VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da biblioteconomia. Interciência, 2014.

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138 © REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: CATALOGAÇÃO

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Representação Descritiva: Catalogação pode parecer um tema complexo, mas seu aprendizado é de intensa necessidade. As especificidades que acompanham o processo de elaboração de registros bibliográficos são constantemente discutidas para que possam ser adaptar a contextos e situações distintas.

Estudamos nesta obra o desenvolvimento do ponto de vista histórico, identificando os principais padrões, ferramentas, formatos e modelos que, juntos, formam os pilares que susten-tam a representação descritiva do século 21.

Foi possível conhecer importantes instituições da área responsáveis pela elaboração de relatórios, de discussões e de grupos de estudo, o que também torna claro o cenário atual da catalogação frente à sociedade da informação. Destaca-se que não se teve a intenção de se esgotar o assunto, mas sim dar a base necessária para que você aprofunde seu conhecimento so-bre o tema.

Resta, finalmente, desejar que você, aluno e futuro biblio-tecário, aproveite as reflexões aqui semeadas e tenha sucesso como profissional.