Representações sociais da has nutrição

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  • 1. 19 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR0-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO CENTRO DE CINCIAS DA SADE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM MARIA ENOIA DANTAS DA COSTA E SILVA S REPRESENTAES SOCIAIS DA HIPERTENSO ARTERIAL TERESINA (PI), 2010 REPRESENTAES SOCIAIS DA HIPERTENSO ARTERIAL ELABORADAS POR PORTADORAS E PROFISSIONAIS DE SADE: uma contribuio para a Enfermagem

2. 20 FICHA CATALOGRFICA Servio de Processamento Tcnico da Universidade Federal do Piau Biblioteca Comunitria Jornalista Carlos Castelo Branco S586r Silva, Maria Enoia Dantas da Costa e. Representaes sociais da hipertenso arterial elaboradas por portadoras e profissionais de sade [manuscrito]: uma contribuio para a enfermagem / Maria Enoia Dantas da Costa e Silva. 2010. 153 f. Impresso por computador (printout). Dissertao (mestrado) Programa de Ps-Graduao Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Piau, 2010. Orientadora: Prof. Dr. Maria Elite Batista Moura 1. Hipertenso. 2. Enfermagem-Mulher-Representaes Sociais. 3. Sade Ateno Bsica. I. Ttulo. CDD 616.132 3. 21 MARIA ENOIA DANTAS DA COSTA E SILVA REPRESENTAES SOCIAIS DA HIPERTENSO ARTERIAL ELABORADAS POR PORTADORAS E PROFISSIONAIS DE SADE: uma contribuio para a Enfermagem Dissertao apresentada ao Programa de Ps- Graduao Mestrado em Enfermagem, da Universidade Federal do Piau, como parte dos requisitos necessrios obteno do ttulo de Mestre em Enfermagem. Orientadora: PROF.DR. Maria Elite Batista Moura rea de Concentrao: Enfermagem no Contexto Social Brasileiro Linha de Pesquisa: Processo de Cuidar em Sade e Enfermagem TERESINA (PI), 2010 4. 22 MARIA ENOIA DANTAS DA COSTA E SILVA REPRESENTAES SOCIAIS DA HIPERTENSO ARTERIAL ELABORADAS POR PORTADORAS E PROFISSIONAIS DE SADE: uma contribuio para a Enfermagem Dissertao apresentada ao Programa de Ps- Graduao Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Piau, como parte dos requisitos necessrios obteno do ttulo de Mestre em Enfermagem. Aprovada em 25 / 02 / 2010 Prof. Dr. Maria Elite Batista Moura - Presidente Universidade Federal do Piau-UFPI Prof . Dr. Antnia Oliveira Silva 1 Examinadora Universidade Federal da Paraba UFPB Prof. Dr. Inez Sampaio Nery - 2 Examinadora Universidade Federal do Piau - UFP Suplente: _______________________________________ Prof. Dr. Maria do Livramento Fortes Figueiredo Universidade Federal do Piau UFPI 5. 23 A Deus, pelo amor infinito. Aos que me cercam com carinho especialmente, ao meu esposo Joo da Costa e Silva, pela pacincia, fora e companheirismo. Aos meus filhos Elayna, Liana, Fabrcio e aos genros Renato e Caetano, pelo apoio e colaborao na realizao desta pesquisa. s mulheres portadoras de hipertenso arterial e aos profissionais de sade por terem aceito ser sujeitos deste estudo. Aos meus pais que sempre confiaram em mim, no enfrentamento aos desafios que surgiram em minha vida. 6. 24 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, a Deus, por fortalecer em mim a f, o equilbrio, a emoo e sabedoria para conservar firme o propsito de prosseguir a caminhada. Universidade Federal do Piau, pela oportunidade mpar na oferta do programa de mestrado, estimulando o crescimento cientfico. Ao Magnfico reitor Prof. Dr. Luis Santos Junior, pela dedicao e entusiasmo em favor do desenvolvimento da Universidade Federal do Piau. minha orientadora Prof.Dr. Maria Elite Batista Moura, de quem serei sempre admiradora, pela orientao indispensvel ao xito desta caminhada e pelas palavras de incentivo e confiana para que eu prossiga na busca de novos desafios. Muito obrigada. Prof. Dr. Antnia Oliveira Silva, primeira examinadora pelo apoio fundamental a este estudo, em especial, por incentivar-me a conhecer um campo terico apaixonante como o das representaes sociais, que corresponde aos meus anseios para a compreenso da minha realidade profissional. Muito obrigada. Prof. Dr. Inez Sampaio Nery, segunda examinadora, pela disponibilidade e cooperao de grande importncia nesse momento. Prof. Dr. Maria do Livramento Figueiredo, suplente, pela energia positiva e satisfao em colaborar para o desenvolvimento cientfico. Ao Prof. Dr. Brgido Vizeu Camargo, pela contribuio indispensvel ao processamento e anlise dos dados desta pesquisa atravs do programa informatizado Alceste. primeira coordenadora do Programa Mestrado em Enfermagem da UFPI, Prof. Dr. Claudete Monteiro de Sousa, pela capacidade que conduziu o programa na sua gesto. coordenadora atual do Programa Mestrado em Enfermagem da UFPI, Prof. Dr. Telma Maria Evangelista de Arajo, pela determinao, organizao e firmeza com que vem conduzindo o Programa . A todas as docentes do Mestrado de Enfermagem, pelo muito que me estimularam na construo deste conhecimento que me orientar para melhor conduo da minha vida profissional. s colegas do Mestrado pelo apoio e agradvel convvio nessa longa jornada, em especial, a colega e amiga Sandra Marina, Tnia Melo, Conceio Franco, Eronice, Laurimary, Jaqueline, Leidinar, Eliane, Amlia, Edileusa, Isabel, pela capacidade de amizade fraterna e colaborao. Aos meus caros colegas das Equipes Sade da Famlia que aceitaram participar do estudo, em especial os da minha equipe, Dr. Eliane Janine Edwirgem Aboin, por ter me apoiado, assumindo em alguns momentos, toda responsabilidade do trabalho da equipe, para que eu pudesse participar das atividades pedaggicas do Mestrado. Aos Agentes Comunitrios de Sade Josiele, Cleiton, Slvia, Adriano, Ftima, Ruth pelo apoio no levantamento dos dados para caracterizao dos sujeitos desta pesquisa. Auxiliar de Enfermagem Socorro Oliveira, que, embora no participasse mais dessa equipe no hesitou em ajudar-me na fase de coleta e transcrio dos dados. Muito abrigada, a todos. Dra . Amariles Borba, por ter me apoiado, assumindo meu afastamento de minhas atividades profissionais, em alguns momentos do curso. Extensivo aos 7. 25 demais coordenadores da Fundao Municipal de Sade, que direta ou indiretamente, contriburam comigo nesta jornada. Ao meu especial colaborador Joilson Oliveira que no hesitou em ajudar-me na construo das ilustraes, digitao e formatao final deste trabalho. 8. 26 Tudo flui. Tudo est em movimento e nada dura para sempre. Por esta razo, no podemos entrar duas vezes no mesmo rio. Isto porque quando entro pela segunda vez no rio tanto eu quanto ele j estamos mudados (HERCLITO, c. 540-480 a.C.). 9. 27 SILVA, M.E.D.C. Representaes Sociais da Hipertenso Arterial elaboradas por portadoras e profissionais de sade: uma contribuio para a Enfermagem. Teresina. 2010-153p. Dissertao (Mestrado em Enfermagem) - Departamento de Enfermagem - Universidade Federal do Piau. RESUMO A Hipertenso Arterial constitui grave problema de Sade Pblica por afetar grande parte da populao mundial, especialmente jovens e mulheres, elevando o nmero de portadores e de mortes prematuras. Seu tratamento e controle representam desafios s autoridades governamentais e profissionais de sade face s dificuldades biolgicas, psicossociais, econmicas e culturais que envolvem seus portadores. Teve como objetivos apreender as representaes sociais da Hipertenso Arterial elaboradas pelas portadoras e profissionais de sade e explorar os aspectos subjetivos da doena capazes de influenciar as prticas de sade. um estudo descritivo, de campo, orientado pela Teoria das Representaes Sociais de Moscovici, realizado em Teresina, Pi, com 25 portadoras e 19 profissionais de sade do Programa Sade da Famlia que assistem hipertensos no Centro de Sade Cecy Fortes. Os dados foram coletados a partir dos grupos focais, e submetidos a uma anlise auxiliada pelo software Alceste 4.5. A Anlise Hierrquica Descendente mostrou classes de palavras organizadas em eixos e subeixos que evidenciaram as representaes sociais dos sujeitos: Eixo 1: Conhecimento da Hipertenso Arterial e das medidas de controle: Subeixo 1.1, as Classes 1 e 3, evidenciando o conhecimento das portadoras sobre a doena e suas formas de controle; Subeixo 1.2, a Classe 2, revelando o conhecimento dos profissionais sobre a doena; Eixo 2: Convivncia das portadoras e dos profissionais de sade com a Hipertenso Arterial: Subeixo 2.1, as Classes 1, 5 e 7, evidenciando o conhecimento dos profissionais sobre o controle da doena, mudanas no estilo de vida, controle dos fatores de riscos; Subeixo 2.2, as Classes 2 e 6 evidenciaram o conhecimento das portadoras sobre o tratamento e controle da doena, sua convivncia no mbito familiar; Subeixo 2.3, a Classe 4, mostrando os sentimentos das portadoras por adoecerem de Hipertenso Arterial; e, Subeixo 2.4, a Classe 3, revelando os hbitos alimentares para o controle da doena hipertensiva. Estas classes trazem evidncias de que as mulheres associam a Hipertenso Arterial presso alta, como doena decorrente de causa emocional, assumindo ou no a condio de doentes, abandonando ou aderindo ao tratamento frente aos valores pressricos normais. Manifestaram apreenso, insegurana, sofrimento, medo da morte e das incapacidades produzidas pelo derrame, valorizando o tratamento medicamentoso em detrimento das mudanas no estilo de vida, hbitos alimentares, pelas dificuldades econmicas, perda de pequenos prazeres, no compreenderem a doena e pautadas em experincias anteriores por elas vivenciadas. Os profissionais buscam o controle da doena de forma descontextualizada e sem acreditar nos resultados. A Teoria das Representaes Sociais contribui para o entendimento psicossocial da doena no mbito da adoo de medidas preventivas pelas portadoras e profissionais de sade. PALAVRAS-CHAVE: Hipertenso. Representaes Sociais. Sade-Ateno Bsica. 10. 28 SILVA, M.E.D.C. Social representations of the arterial hypertension: Uma contribuio para a Enfermagem. Teresina. 2010-153p. Dissertation (Masters degree in Nursing) - Nursing Department Universidad Federal does Piau. ABSTRACT The study care for the social representations of the Arterial Hypertension elaborated by carriers of the disease and health professionals, being the choice of the justified theme because this disease constitutes a serious problem of Public Health for it affects a great part of the world population, especially the young population and the women, elevating the number of bearers and of premature deaths. Its treatment and control represent a challenge to the government authorities and side health professionals to the biological, psychosocial, economic and cultural difficulties that involve its bearers. Trying to understand this difficulty is important, to articulate them with the knowledge production of terms in the social imaginary. It had as objectives: apprehend the social representations of the Arterial Hypertension elaborated by the carriers and professionals and to explore the psychosocial aspects of the able disease of influence the practices of these subject. It is a field descriptive study, guided by the Theory of the Social Representations of Moscovici (1978), in Teresina PI, whose subjects were 25 carriers and 19 health professionals, who belonged to the Family Health Program and that care for hypertension at the Center of Health Cecy Fortes. The data collected in focal groups with discussions about what is Arterial Hypertension and what is to be bearer of the disease; they were submitted to the analysis assisted by the software ALCESTE 4.5. The Descending Hierarchical Analysis showed 10 parts of speech organized in two axes and six subaxes that evidenced the social representations of the subjects: Axis 1: social representations of the Arterial Hypertension: subaxe 1.1, the classes 1 and 3 evidencing the knowledge of the carriers of the disease and its control forms; subaxe 1.2, the class 2 revealing professionals' manifestations of the disease; Axis 2: social representations of the bearer being of the disease: subaxe 2.1, the Classes 1, 5 and 7 evidencing professionals' manifestations on the control of the disease / changes in the lifestyle / control of the risk factors; subaxe 2.2, the Classes 2 and 5 evidenced the manifestations of the treatment and control of the disease / company of the carriers in the family scope; subaxe 2.3, the class 4 showing the feeling of the carriers for getting sick of Arterial Hypertension; and, subaxe 2.4, the class 3 revealing the manifestations on the alimentary habits / control of the hipertensive disease. The classes revealed that the women represent the Arterial Hypertension as disease of emotional cause, by the arterial pressure vocables, taking over or not the patients condition, abandoning or adhering to front treatment to the normal pressure values. They manifested apprehension, insecurity, suffering, fear of the death and of the inabilities produced by stroke, valorizing the drug treatment in detriment of the changes in the lifestyle / alimentary habits, by the economic difficulties, small pleasures loss, do not comprehend the disease and, anchored in previous experiences they faced. The professionals seek the control of disease in an uncontextual way and to believe in the results. The Theory of the Social Representations contributes for the psychosocial understanding of the disease in the scope of the adoption of preventive measures by the carriers and health professionals. Key-Words: Hypertension. Social representations. Sade- Basic attention 11. 29 LISTA DE GRFICOS Grfico 1 Dendograma das classes do Corpus I............................................... 59 Grfico 2 Dendograma das classes do Corpus II ............................................. 60 12. 30 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Classificao da presso arterial em adultos > de 18 anos III Consenso Brasileiro de H A S -2001 29 Quadro 2 Classificao da presso arterial (> de 18 anos) IV Diretrizes Brasileiras de Hipertenso Arterial (2002) 29 Quadro 3 - Classificao da Hipertenso Arterial segundo gravidade das Leses nos rgos alvo 30 Quadro 4 Caractersticas scio-demogrficas dos sujeitos 51 Quadro 5 Banco de Dados para a Codificao das Variveis Fixas 56 Quadro 6 Dados significativos fornecidos pelo Software Alceste 57 Quadro 7 Unidades de Contexto Elementar sobre o conhecimento das portadoras de Hipertenso Arterial relativo doena, Classe 1, Corpus I 125 Quadro 8 Unidades de Contexto Elementar sobre o conhecimento das portadoras de Hipertenso Arterial relativo ao controle da doena, Classe 3, Corpus I 127 Quadro 9 - Unidades de Contexto Elementar relacionada ao conhecimento dos profissionais de sade sobre a Hipertenso Arterial, Classe II, Corpus II 129 Quadro 10 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas ao conhecimento dos profissionais de sade sobre o controle da Hipertenso Arterial, Classe 1, Corpus II 131 Quadro 11 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas ao conhecimento dos profissionais de sade sobre o controle da Hipertenso Arterial associado s mudanas no estilo de vida, Classe 5, Corpus II 134 Quadro 12 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas ao conhecimento dos profissionais de sade sobre o controle dos fatores de risco da Hipertenso Arterial, Classe 7, Corpus II 136 Quadro 13 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas convivncia familiar das portadoras de Hipertenso Arterial, Classe 6, Corpus II 139 Quadro 14 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas ao Conhecimento das portadoras sobre o tratamento e controle da Hipertenso Arterial, Classe2, Corpus II 142 13. 31 Quadro 15 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas aos hbitos Alimentares das portadoras para o tratamento e controle da Hipertenso Arterial, Classe3, Corpus I 144 Quadro 16 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas aos sentimentos das portadoras relativo Hipertenso Arterial, Classe 4, Corpus II 147 14. 32 LISTA DE TABELAS Tabela 1-Palavras em suas formas reduzidas e completas, com 124 maior freqncia e valor de 2. significativamente associadas classe 1, Corpus I. Tabela 2 -Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 3, Corpus I. 126 Tabela 3 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com 128 maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 2, Corpus I. , Tabela 4 -Palavras em suas formas reduzidas e completas, com 130 maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 1, Corpus II. Tabela 5 Palavras em suas formas reduzidas e completas, com 133 maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas classe 5, Corpus II . Tabela 6 Palavras em suas formas reduzidas e completas, com 135 maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas classe 7, Corpus II. Tabela 7 Palavras em suas formas reduzidas e completas, com 138 maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 6, Corpus II. Tabela 8 Palavras em suas formas reduzidas, com maior freqncia 141 e valor de K2 significativamente associadas classe 2, Corpus II Tabela 9 Palavras em suas formas reduzidas, com maior freqncia 143 e valor de 2 significativamente associadas classe 3, Corpus II Tabela 10 Palavras em suas formas reduzidas, com maior freqncia 146 e valor de 2 significativamente associadas Classe 4, Corpus II 15. 33 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Plano de Anlise e Tratamento dos Dados 55 Figura 2 Dendograma das Classes de Representaes Sociais da Hipertenso Arterial, Eixo 1, Teresina, 2005. 65 Figura 3 Conhecimento das portadoras sobre a Hipertenso Arterial 66 Figura 4 Efeitos das medidas de controle da Hipertenso Arterial na vida das portadoras 71 Figura 5 Conhecimento dos profissionais sobre a Hipertenso Arterial 75 Figura 6 Dendograma das Classes de Representaes Sociais sobre a convivncia das portadoras de Hipertenso Arterial e dos profissionais de sade -Eixo II 77 Figura 7 Descrio da Hipertenso Arterial pelos Profissionais de Sade 79 Figura 8 Efeitos da Hipertenso Arterial na vida das portadoras 84 Figura 9 Descrio dos Fatores de Risco da Hipertenso Arterial 88 Figura 10 Tratamento e estilo de vida para o controle da Hipertenso Arterial 92 Figura 11 Impacto da Hipertenso Arterial na dinmica Familiar 95 Figura 12 Hbitos Alimentares para o controle da Hipertenso Arterial 98 Figura 13 Hbitos Alimentares para o controle da Hipertenso Arterial 101 16. 34 LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS AVC Acidente Vascular Cerebral / AVE Acidente Vascular Enceflico BR Brasil CHA Classificao Hierrquica Ascendente CHD - Classificao Hierrquica Descendente CONASS Conselho Nacional de Secretrios de Sade CONASEMS Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade DASH - Dietary Approachs to Stop Hypertension HA Hipertenso Arterial HAD Hipertenso Arterial Diastlica HAS Hipertenso Arterial Sistlica MS Ministrio da Sade OMS Organizao Mundial de Sade OPAS Organizao Pan Americana de Sade PI Piau PNCHA Programa Nacional de Controle da Hipertenso Arterial PSF Programa Sade da Famlia SUS Sistema nico de Sade SIAB Sistema de Informao de Ateno Bsica SIM Sistema de Informao de Mortalidade UCE Unidade de Contexto Elementar UCI Unidade de Contexto Inicial UFPI Universidade Federal do Piau UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFSC Universidade Federal de Santa Catarina 17. 35 SUMRIO APRESENTAO 18 1 INTRODUO 19 1.1 Delimitao do Problema e Construo do Objeto de Estudo 19 2 A HIPERTENSO ARTERIAL NO CONTEXTO DAS POLTICAS DE SADE E DA TEORIA DAS REPRESENTAES SOCIAIS 28 2.1 Aspectos conceituais, etiolgicos epidemiolgicos da HA 28 2.2 A Hipertenso Arterial no Contexto das Polticas de Sade 37 2.3 A Hipertenso Arterial no mbito das Representaes Sociais 42 3 ABORDAGEM METODOLGICA 48 3.1 Tipo de Estudo 48 3.2 Cenrio do Estudo 48 3.3 Sujeitos do Estudo 49 3.4 Instrumentos e Procedimentos de Coleta dos Dados 51 3.5 Procedimentos de Tratamento e Anlise dos Dados 54 4 DIMENSES PSICOSSOCIAIS DA HIPERTENSO ARTERIAL 63 CONSIDERAES FINAIS 104 REFERNCIAS 115 APNDICES 122 ANEXOS 152 18. 36 APRESENTAO O estudo na rea da sade com enfoque na Hipertenso Arterial (HA) e sustentao na Teoria das Representaes Sociais (TRS) de Moscovici, tem como objeto as representaes sociais da doena elaboradas por suas portadoras e por profissionais de sade que as assistem, a partir de suas vivncias, sentimentos e crenas existentes nos grupos aos quais pertencem. Realizado em uma Unidade Bsica de Sade, em Teresina-PI, no perodo de 2009 a 2010, com as portadoras de Hipertenso Arterial e com os profissionais de sade responsveis pelo controle da doena. Est constitui-se de cinco partes: Na primeira, a introduo na qual se faz as consideraes temticas iniciais que contextualizam o problema, evoluindo com a construo do objeto do estudo, questes norteadoras e faz meno aos objetivos a serem alcanados. Esto includas tambm, a justificativa e relevncia do estudo. Na segunda parte, o estudo traz uma reviso temtica e terica sobre o fenmeno estudado com nfase na Hipertenso Arterial inserida no contexto das Polticas de Sade e da Teoria das Representaes Sociais. Mostra ainda, os aspectos conceituais, etiolgicos e epidemiolgicos da doena e finalmente as dimenses psicossociais da Hipertenso Arterial. Na terceira parte, a metodologia utilizada para realizao da investigao, onde esto caracterizados: tipo de estudo, cenrio, sujeitos do estudo, critrios de incluso e instrumento de produo dos dados. Esta parte faz referncia ao programa informatizado que deu suporte para processamento dos dados, software Alceste 4.5, que produziu classes semnticas que foram descritas interpretadas e discutidas com base em dois amplos eixos: As representaes sociais da Hipertenso Arterial e da convivncia dos sujeitos portadores da doena. Na quarta parte, o trabalho apresenta as dimenses psicossociais da doena e as correspondentes representaes sociais das portadoras e dos profissionais de sade. Por fim, a quinta parte desse estudo constitui as consideraes finais. O presente estudo, ao tempo em que revela os pressupostos construdos, contextualiza a temtica da Hipertenso Arterial no mbito das Representaes Sociais, o que orientar implementao de melhorias no cotidiano de trabalho e, certamente, ter espao no acervo de referencial desta temtica. 19. 19 1 INTRODUO 1.1 Delimitao do Problema e Construo do Objeto de Estudo Abordar a Hipertenso Arterial (H.A.) como grave problema de Sade Pblica que afeta grande parte da populao mundial implica em se procurar conhecer as dificuldades de cunho psicossocial, econmico, biolgico e cultural que envolvem os seus portadores. Entender estas dificuldades torna-se relevante, principalmente ao articul-las s condies de produo de conhecimento sobre a doena no imaginrio social. Esse conhecimento possibilita a identificao de experincias vivenciadas pelos portadores, familiares e profissionais de sade em relao doena. A Hipertenso Arterial considerada grave problema de Sade Pblica, por estar associada ao aparecimento de outras doenas crnico-degenerativas que trazem repercusses negativas qualidade de vida. Dentre os agravos salientam-se as doenas cardiovasculares e cerebrais como o Acidente Vascular Enceflico (AVE), uma das principais causas de morte originria da Hipertenso Arterial no controlada (BRASIL, 2001; SARAIVA. et al., 2007). Estima-se que na realidade brasileira so encontrados cerca de 17 milhes de portadores de hipertenso arterial, 35% da populao a partir dos 40 anos de idade, e esse nmero crescente, sendo que o seu aparecimento est cada vez mais precoce. Estima-se que cerca de 4% das crianas e adolescentes tambm sejam portadoras. A carga de doenas representada pela morbimortalidade devido doena muito alta e por isso a Hipertenso Arterial um problema grave de sade pblica no Brasil e no mundo (BRASIL, 2006). Ainda na dcada de 90, Martins (1993) j ressaltava que mais jovens e mulheres seriam acometidas pela doena, configurando-se em um dos quadros mrbidos da chamada sociedade moderna. Nesse contexto, esses grupos contribuem para o aumento de portadores da doena e de mortes prematuras, sendo que a mulher brasileira corre risco de morrer em decorrncia das doenas cardiovasculares, estando esse risco situado entre os mais elevados do mundo. De acordo com a Organizao Mundial de Sade (OMS), a Hipertenso Arterial, em conjunto com essas doenas, nas prximas duas dcadas, ocupar a 20. 20 liderana das causas de incapacidades. Associadas maior longevidade da populao e s modificaes ocorridas no estilo de vida abrangero um contingente populacional reconhecido pelo convvio com a cronicidade decorrente de seus agravos. No grupo dessas doenas, a hipertenso arterial se destaca por ter uma histria natural prolongada, multiplicidade de complexos fatores de risco, interao de causas etiolgicas e biolgicas conhecidas e desconhecidas, marcada por longos perodos de latncia. Apresenta curso clnico em geral assintomtico, constante, para toda a vida, com perodos de manifestaes clnicas estveis e outros de exacerbao, evoluindo para graus variados de incapacidades ou para a morte (LESSA, 1998; BRUM, 2006). Esta doena, embora reconhecida como problema de relevante agravo, o seu tratamento e controle parecem continuar inadequados, mesmo que os avanos cientficos e tecnolgicos das ltimas dcadas venham facilitando a identificao de seus fatores de risco, o diagnstico precoce de seus agravos, o emprego de uma vasta teraputica medicamentosa e das aes educativas para as mudanas no estilo de vida. Observa-se ainda, que apenas parte dos portadores mantm valores satisfatrios da presso arterial (PA. Acesso em 10 de julho de 2003. 119. 119 MARTINS, I.S. et al. Doenas cardiovasculares arterosclerticas, dislipidemias, hipertenso, obesidade e diabetes mellitus em populao da rea metropolitana de regio sudeste do Brasil: metodologia da pesquisa, 1. Rev. Sade Pblica, So Paulo, v.27, n. 4. 1993. p.250-61. MECALISTER, F.A.; STRAUS, S.E. Measurement blood pressure: na evidence based review. BMJ 2001; 322: 908-11. MINAYO, M.C.S. Pesquisa Social. Teoria, Mtodo e Criatividade. Petrpolis, Vozes, 2002. MORIN, M. Entre representaions et pratiques: l sida, la prvention et ls jeunes. In: ABRIC, J.C. (org). Pratiques Sociales et representations. Paris, PUF, 1994. p.109- 44. MOREIRA, A. S. P. A epilepsia e a Aids na concepo do conhecimento cotidiano. 1998, 228p. Tese (Doutorado). Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto, Universidade de So Paulo. Ribeiro Preto. MORGAN, D.L. Focus groups as qualitative research. Newburg Park, Sage Publication, 1988. 83p. MOSCOVICI, S. 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(Consigo mesma?); (Com os outros?); (Como enfrenta a Hipertenso Arterial?); (A Hipertenso arterial interfere na vida da portadora?) 124. 124 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE B - Tabela 1 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2. significativamente associadas classe 1, Corpus I FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS 2 FREQ. presso tom+ remdio+ fica+ dia+ alta sei diss+ deu+ ano+ sent+ sinto doutor+ filha+ hospit+ morr+ negcio acontec+ fiqu+ vizinh+ marido exame+ fazendo repent+ mand+ Variveis associadas classe: *catg_02 *gruf_ 04 *gruf_ 05 *gruf_ 06 *gruf_ 07 Presso tomo, tomava, tomaram, tome, tomando, tomar, tomado, tomou. remdio, remdios; fico, ficou, fica, ficam, ficar, ficava; dia, dias; alta sei disse, disseram, disso; deu, deus; ano, anos; sentia, sentada, senti, sente; sinto; doutor, doutora; filha, filho, filhos; hospital, hospitais; morre, morreu, morria, morrido, morrer, morrendo, morri; negcio acontece, acontecendo, aconteceu; fiquei; vizinha vizinhana; marido; exame, exames; Fazendo; Repente; Mandaram, mandei, mando, mandou; 9,90 12,08 16,48 7,24 13,12 13,84 24,55 6,89 20,53 4,74 5,36 15,44 16,42 17,76 16,50 12,71 7,64 5,62 7,23 4,67 14,49 5,16 5,16 5,16 10,79 132,86 34,11 13,50 5,33 20,87 81 57 52 44 40 42 32 29 27 26 21 21 20 17 16 15 14 12 12 12 11 10 10 10 10 167 80 30 28 29 125. 125 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE B1 - Quadro 7 - Unidades de Contexto Elementar sobre o Conhecimento das portadoras sobre a HA, da Classe 1, Corpus I Manifestaes/Descrio das portadoras sobre a Hipertenso Arterial EfeitosBiolgicos Surgimento inesperado Diagnstico em urgncia Tratamento medicamentoso e tratamento no-medicamentoso Causas emocionais: Solido Insegurana Apreenso Causas orgnicas: Idade No sei como comeou, foi de repente. Em mim, ela comeou a presso alta, em mim, quando era nova ainda, (...) quando eu recebia remdio, era atendida na Primavera, depois foi que me botaram para c, eu fiquei recebendo o remdio aqui. (...) a o rapaz, o doutor disse que meu exame j tinha dado 100/70, e disse que eu j estava com comeo de diabetes. A, da, eu fiquei fazendo meu tratamento para diabetes l no hospital, eu nunca deixei j esta com mais de quarenta anos que eu tomo remdio para presso. Fiquei internada um dia no hospital da Primavera, me levaram sem falar mesmo, sabe? Botaram-me no balo de oxignio, chegou l, era presso e colesterol que estava muito alto e da comeou. (...) o doutor no tinha detectado que eu tinha presso alta, eu fui para operar, mesmo no consultrio dele, l me deu azia, porque eu j estava com a presso em 22. Marquei, mas no esperei chegar, quando a doutora mediu minha presso, a disse que eu podia ir logo, urgente, para o hospital l da Primavera, foi assim que eu comecei a receber remdio l, a, estava em falta os remdios, a... mas tambm, da para c, nunca mais faltou. (...) a, no vi mais nada. Levaram-me para a Primavera e passei l quatro dias internada, a foi que eu vim saber que eu tinha problema de presso alta. (...) vamos ver, ento tem que diminuir esse negcio de acar, essas coisas assim, at para eu me sentir assim. (...) s vezes eu ficava s, meu marido, quando me mudei para c, vivia mais s, a, eu descontrolada, ia para casa da vizinha, ficava conversando, e graas a Deus, at agora estou vivendo, estou com sessenta e cinco anos. (...), mas, quando entrei na data dos sessenta anos, comecei sentir aquela fraqueza, a, fui me consultar no posto de sade com a doutora, quando me consultei pela primeira vez, ela me mandou fazer uns exames. (...) s vezes eu bato na porta dele. Um dia ele foi at para o hospital, o meu filho tambm, pois , e a eu s fico tenho aumento de presso (...). EfeitosSocioculturais Efeitos Negativos: Instabilidade dos efeitos Preocupao geral Medo da morte Conflitos pessoais Modo de enfrentamento: Automedicao Situaes urgentes (...) tem dias que eu me aborreo, tem dia que eu no me aborreo e hoje mesmo (..) sentada, de repente eu sinto daqui at l eu sinto (...) a presso mata, ento voc tem que tomar este remdio at morrer, sendo que hoje eu estou tomando, que j est bem com quarenta anos, que tenho a presso alta (...). (...) mas, o que me preocupa mesmo de tudo, a, eu tenho muito medo desse negcio dessa presso, com o que eu vejo nos hospitais, vejo nos vizinhos, tudo acontece a uma s vez. (...) agora mesmo (...). Domingo fui visitar meu irmo l no Bairro Satlite, quando eu cheguei l eu vi o meu irmo caminhando de basto. (...) s aquele medo de comer tudo, um cafezinho e fico (...) e ela j chega com o remdio. A eu disse quem foi que prescreveu para voc? Ningum. porque a minha vizinha toma e quando eu comeo a me sentir mal ela me d, a passa. EfeitosOrgnico/Fsicos Efeito negativo sobre o corpo: Tontura Rodando Presso alta Fadiga Quentura (...) eu sentia dor de cabea de repente, uma fadiga no meu corpo, a comecei a tomar remdio controlado, vitamina que tomava (...). (...) a presso sentia assim, quando ela est alta, eu no posso levantar a cabea, fico tonta, rodando, no sinto dor de cabea, sentia muito, mas depois passou, no sei com qual remdio, agora no sinto mais dor de cabea, quando ela est alterando eu sinto assim uma quentura. (...) sentia muita dor de cabea, mas agora no sinto dor de cabea. E a, quando ela aumenta um pouquinho, quando chego l que ela mede a presso est um poucochinho alto, mas no sinto dor de cabea de jeito nenhum, graas a Deus. (...) estava impressionada, porque a dor de cabea, meus olhos ficam, isso aqui fica tudo roxo, quando eu estou, hoje eu comecei a sentir, hoje eu estou aqui e ela esta perturbando. 126. 126 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE C - Tabela 2 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2 . significativamente associadas Classe 3, Corpus I FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS X 2 FREQ Tom+ faz+ sal+ remdio+ gordur+ control+ comida+ com+ cabea+ fa+ dieta+ quer+ Variveis Associadas Classe *catg_02 *gruf_ 04 *gruf_ 05 *gruf_ 06 tomo, tomava, tomaram, tome, tomando, tomar, tomado, tomou, tomar; faz, fazer, fazemos, fazia, fazes fazermos; sal; remdio, remdios; gordura, gordurosa; controla, controlado, controlada, controlamos, controlou, controle, controlas; comida, comes, come; comia; cabea; fao, faa; dieta; quer, querem, queria, quero; 22,33 24,37 101,66 16,0 95,67 15,20 44.82 24,64 6,35 31,56 26,86 5,11 26,76 3,03 3,20 13,44 28 25 23 23 22 20 13 12 12 11 10 10 54 23 10 15 127. 127 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE C1- Quadro 8 - Unidades de Contexto Elementar sobre - Efeitos das medidas de controle da HA na vida das portadoras, Classe 3, Corpus I Manifestaes/Descrio das portadoras sobre o Controle da Hipertenso Arterial Culturais/Scio/familiares Mudanas nos hbitos alimentares: Conflitos familiares Situao de estresses a que so submetidas: Preocupaes com morte de familiares Associao de medidas de controle: Atividades fsicas Dietas apropriadas O povo reclama, quer comer tudo salgado, em casa eu e mame ns fazermos dieta, j comemos mesmo sem o sal e sem a gordura. (...) que o sal ruim, no presta, tem dia que sai sem gosto, e quando est sem gosto o pessoal reclama. Eu vou separar minha comida, uma lata de leo no dura nada. que a menina s sabe fazer minando, o macarro dela mesmo que espelho, a eu digo para ela, faz isso a no. (...) arroz s se faz sem gosto, eu vou separar, no, a dieta uma s, Ela esta dizendo aqui que o povo reclama quando a dieta no tem sal. (...) voc me acaba, ainda quero durar uns dias menina, eu vou separar a minha comida, ainda no separei meu arroz no tem gosto e ela bota sal no macarro, bota sal na carne de caldo, bota sal no arroz. (...) amanheo ruim demais, no posso perder sono, a, eu tento que tomar o remdio direto, porque se faltar... Eu fao caminhada, eu fao, faz tempo que venho fazendo caminhada, me dou muito bem com a caminhada. A gente deve deixar de comer gordura e sal em primeiro lugar, ela faz isso ai, ela nunca gostou mesmo de comida salgada, ela no faz caminhada, ela vem de nibus, da Santa Maria. A viagem dela e essa, A presso boa. E a eu no como muita coisa, de noite eu no janto, s tomo leite, um mingau, fao mingau, tomo de noite, que eu tenho medo de comer comidas pesadas, meio-dia s como mais laranja com feijo. (...) preocupao tambm, eu posso est com minha dieta sempre controlada, mas, se eu tiver preocupao a minha presso sobe, porque a gente preocupada, a gente tem falta de sono e o sono muito importante. (...) eu fiquei doente de hipertenso porque morreu minha me, morreu meu pai, a eu fiquei preocupada. (...) e no dormir, no comer, no andar, muitas vezes eu no ando, no porque eu no goste, eu fao ch de ervacidreira, para lhe dizer que o maior controle que encontrei foi o ch da folha da cana. EfeitosPsicossociais Efeitos negativos: Perda do prazer alimentar Modos de enfretamento: Autocontrole Outros hbitos alimentares (...) ento eu acho que a presso no tem cura mesmo no, eu tomo remdio tambm controlado, de manh, de noite, mas, por dia, minha presso desse jeito, no posso ter preocupao demais. A gente tem que no comer coisa gordurosa, nem comer muito sal, controlar a comida, fazer caminhada de vez enquanto.E, algumas comidas que eu comia antigamente, no como mais, como panelada, mo-de-vaca, a gente fazia muito cozido, aquele cozido, comia, achava bom, no como mais assim, mais no. (...) Eu no gosto de arroz de panela, o que gosto mais feijo misturado com arroz, sem sal e sem gordura, porque a sei que no me faz mal, e s. Eu acho que seja porque quando eu estou com a vida calma, to sossegada, minha presso est normal. Contudo, se me agito minha presso altera. E para isso preciso a pessoa se controlar, se alimentar direito, deve no comer sal, nem gordura, refrigerante, essas coisas com coca-cola. (...) eu procuro ocupar, para no ficar aquele vazio na cabea, no me preocupar, porque a preocupao a nica coisa que faz a minha presso aumentar, eu posso tomar o tanto de remdio que quiser por dia, mas, se eu tiver preocupado a tendncia dela subir, a, fao o possvel, quando estou assim preocupada. E gordura no como tambm. 128. 128 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE D - Tabela 3 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 2, Corpus I FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS 2 FREQ. Uma+ hipertens+ pesso+ gente+ pod+ problema+ ach+ vida+ fal+ aliment+ arteri+ idade mulher+ caus+ vem+ paciente+ sintoma+ fatores+ part+ estress+ aparec+ exist+ principal+ importante+ famlia+ coloc+ cronic+ descobr+ elev+ fat+ maior+ quest+ homem+ Variveis Associadas Classe: *catg_01 *gruf_01 *gruf_02 *gruf_03 uma, umas; hipertensa, hipertenso, hipertensas, hipertenso; pessoal, pessoa, pessoas; gente; pode, podem, podemos, podia; problema, problemas; acho, acham, achando, acha; vida; fala, falando, falado, falam, falamos, falado, falar; alimentao, alimentaes, alimentares, alimentos; artria, arterial, artrias; idade; mulher, mulheres; causa, caus, causada, causar, causados; vem; pacientes, pacientes; sintomatologia, sintomas, sintoma; fatores; parte, partes, partir, parto; estresse; aparece, aparecem, apareceu, aparecer; existir, existe, existe, existncia; principalmente, principal; importante, importantes; famlia; colocar, colocando, colocado, coloca, colocaram; crnico, crnica; descobrir, descobrindo, descobrem, descobre; eleva, elevao, elevada, elevar; fatal, fato, fator; maioria, maior; questo, questiona, questes; homem; 18,24 55,03 39,04 8,52 18,65 9,60 4,46 33,47 6,65 15,71 23,44 20,30 17,87 10,63 16,33 16,33 22,60 24,30 13,98 14,84 6,84 19,30 16,00 7,69 4,91 12,78 12,78 4,99 8,09 12,78 12,78 12,78 14,37 242,01 46,45 71,24 50,36 70 65 49 44 34 34 33 32 26 23 23 21 18 18 17 17 16 15 14 13 12 12 12 11 11 10 22 22 10 10 10 10 9 146 45 43 58 129. 129 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE D1 - Quadro 9 - Unidades de Contexto Elementar relacionada ao conhecimento dos profissionais de sade sobre a Hipertenso Arterial, Classe 2, Corpus I Manifestaes/Descrio dos profissionais sobre a Hipertenso Arterial EfeitosBiolgicos Causas: Genticas/hereditrias como idade, sexo, cor; Sedentarismo; Hbitos alimentares; Estresse; Desconhecimento da doena; Sociais/educacionais; Desconhecimento dos fatores de risco; Complicaes: Derrame cerebral, insuficincia renal, problemas de viso; Diagnstico mais tardio; Prevalncia: Mulheres mais preocupadas com famlia, condio econmica, alteraes orgnicas hormonais, gravidez; Procuram mais os servios de sade; Menopausa. A hipertenso arterial para mim, eu acho que uma doena comum a todos, principalmente quando chega a idade e independente de cor, sexo, raa, at porque a gente v que no sexo feminino em maior quantidade o nmero de pessoas portadoras de hipertenso arterial. (...) de est procurando a assistncia mdica. Ento, a hipertenso uma doena crnica, sistmica, que tem vrias causas, quer dizer, existem vrias causas que podem complicar a doena como o sedentarismo, os hbitos de vida e problemas relacionados alimentao tambm, (...). (...) sociais, tipo assim, costumes, certos hbitos alimentares que aquelas pessoas tm, educacional tambm, j relacionados com isso, como o desconhecimento do que uma hipertenso, como ela funciona, e os seus agravantes, (...). (...) que pode vir a predispor ao filho a ter a hipertenso. Foi colocado o estresse, a obesidade, a idade, que outros fatores ainda, podem predispor a doena? os fatores sociais e educacionais. Somando a tudo que os outros falaram em termo de estresse, da falta de atividade fsica, da alimentao, so componentes extremamente importantes ao aparecimento e cada vez ela vai realmente aparecer mais cedo. (...) ento, os nveis pressricos, acima disso, os indivduos j so considerados hipertensos e esto associados a vrios fatores outros, a, que vm aquela diviso da hipertenso em essencial e secundaria. A hipertenso secundria tem vrias causas, a essencial aquela hipertenso que ningum define precisamente a causa e que a maioria dos casos, (...). A hipertenso primria agrava, eu acho que tinha falado mais ou menos assim, o que a hipertenso, que tipo de hipertenso que tem, os fatores predisponentes, os fatores principalmente, (...) acidente vascular cerebral, insuficincia renal, problemas de viso, cegueira, tudo isso pode decorrer de problemas de presso alta em pessoas que no so devidamente cuidadas, colocando que a hipertenso considerada uma doena de sade pblica porque ela acomete um grande nmero de pessoas e como se colocou, muitas pessoas no tm conhecimento da elevao de sua presso e ento facilmente, (...) E, tambm para mim, acho que o maior nmero, a incidncia de hipertenso arterial ser no sexo feminino, que as mulheres tm uma tendncia, acho que natural, de se preocuparem mais com a famlia, questo financeira, (...). (...) vem a adolescncia, a, a mulher vem a gravidez, em toda gravidez vm as alteraes e depois volta, outra gravidez, volta, a, vem gravidez, o parto e o puerprio e tudo isso so alteraes hormonais que mexem com todo o sistema e muito comum na gravidez uma hipertenso e a voc vai com ela para o resto da vida. Ento, se voc s olhar o quantitativo, como a percepo do colega, principalmente por isso, porque ele v mais mulheres, no porque elas venham mais ao servio de sade, porque uma populao maior do que a masculina. (...) a vai trazer alteraes hormonais que ela passa em todas as fases da vida, principalmente, a da menopausa que a, por isso, que no homem s se descobre bem mais tarde porque a andropausa s vem bem mais tarde. Efeitos Psicossociais Efeitos negativos: Descrena nas medidas de controle; Dependncia de controle nos portadores; A gente, na grande maioria dos pacientes, a gente no tem esse retorno no trabalho que a gente faz, voc ver que a questo do tratamento que vai depender da histria do estilo de vida e mudar estilo de vida coisa complicada e tudo depende tambm da forma que a gente raciocina e pensa, de como a gente encara a vida. (...) a forma de vida, a alimentao, as preocupaes que as pessoas tm hoje, como ela se comporta, o sedentarismo, e tambm a questo de ser hipertensa, a dificuldade do tratamento, porque essas pessoas, nem sempre esto dispostas a fazer o tratamento correto que no caso seria a medicao, (...). 130. 130 EfeitosOrgnico/Fsicos Efeitos negativos para controle: Sem manifestao no corpo; Manifestaes leves; Atribuda a outras doenas. E, ela tem como ser identificada. Que uma vez tratados, os problemas da hipertenso podero desaparecer ser controlados, e a o paciente inclusive, pode sair desse sufoco, em relao aos sintomas de um modo geral, pelo menos, o que a gente observa nos nossos grupos que eles so assintomticos, ou s vezes, um sintoma to discreto, que a pessoa no revela e muitas vezes, vem descobrir que tem uma hipertenso (...). (...) no vai levar para esse lado de que possa ser uma hipertenso ou outra doena mesmo, at hormonal, uma coisa importante que ele coloca. que quando os sintomas aparecem, seguindo o que o colega est dizendo, as pessoas ainda atribuem esses sintomas a outras questes como o clima, (...). Acho que a grande dificuldade da gente avaliar porque primeiro, como ela disse, so sintomas que so comuns a outras doenas e at a no existncia de doenas, mas problemas emocionais, ansiedade, angstia, uma tristeza, outras coisas. E, de um modo geral isso a, voc descobre praticamente por acaso. E que ruim para a pessoa, porque quando voc vem descobrir, voc no sabe o que j foi lesado, o tanto que j comprometeu, porque a gente sabe que tem o comprometimento principalmente arterial, essa parte de artria, (...). MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM PNDICE E - Tabela 4 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 1, Corpus II FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS 2 FREQ. aliment+ hipertens+ da pesso+ vez+ medica+ famili+ maior+ quer+ das jeito fsica atividade Variveis Associadas Classe *catg_01 *gruf_01 *gruf_02 *gruf_03 alimentao, alimentar, alimento; hipertensa, hipertenso, hipertenso; da; pessoa, pessoas; vez, vezes, vezinha; medicao, medicamentos, medicamento; famlia familiar, famlias; maior, maioria; quer, quero, quererem, querem; das; jeito; fsicas, fsica; atividade, atividades; 100,0 25,47 7,50 5,40 4,32 33,62 17,76 28,80 5,73 18,15 7,55 39,08 28,85 95,83 9,14 44,63 22,54 35 34 31 26 18 17 17 15 12 10 10 9 9 89 36 20 33 131. 131 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE E1- Quadro 10 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas descrio da HA pelos Profissionais de Sade, Classe 1, Corpus II Manifestaes/Descrio dos profissionais sobre a Hipertenso Arterial DescriodaHApelosProfissionaisdeSade Conflitos familiares: Rebeldia dos portadores Desobedincia aos mais novos Modificao dos hbitos da famlia No controlam o peso Alimentao inadequada Fazem a prpria alimentao Mantm hbitos de fumar Aceitao da doena: Antes no tomava medicao Mudanas de hbitos do idoso Caractersticas da doena: Silenciosa Descrena que so doentes Sem sintomas Dificuldades econmicas: Compra de remdio Compra de alimentos (...) tambm, outro ponto, que assim, a maioria das pessoas que tem hipertenso agravada que no caso, so mais rebeldes, elas no querem seguir conselhos de uma pessoa mais jovem. (...) que eles no querem obedecer aos familiares. Tem dia que a gente chega na casa deles e pergunta: esto fazendo dieta? A, eles esto a ponto de dizer que esto fazendo, mas, como tem uma pessoa da famlia ao lado, eles no tm jeito (...). (...) eu acho que quando a pessoa descobre que hipertensa h um conflito na famlia. Conflito porque ela tem que fazer uma dieta e o restante da famlia no vai est preocupada com uma dieta sem sal, com essas coisas. (...) coloca que a alimentao no muito problema, o problema maior para ela o controle do peso, no ? J os meninos aqui, acham que a dificuldade maior de ser portador de hipertenso est no convvio familiar, principalmente no que se refere a questo alimentar, no ? (...) a preocupao de no ter condio, de ter uma alimentao adequada. E a preocupao de que tambm, a maioria dos hipertensos, principalmente, no caso dos idosos, que vivem muito s, as pessoas da famlia, que convivem com eles, trabalham durante o dia, ento, nem cuidam da alimentao. (...) tambm a maioria, pelo menos na minha rea, muitos, o vicio continuam o mesmo, principalmente, o fumo. O vcio mais difcil de tirar das pessoas, controlar. (...) no tomava nenhuma medicao e agora, vai ter que tomar. Ento, isso difcil na cabea do paciente, principalmente num paciente idoso, mudar a cabea de um jovem difcil, imagine a cabea de um idoso que j tem muitos conceitos na cabea sobre alimentao. (...) E o outro extremo, a relao das pessoas com a hipertenso arterial, exatamente isso, a chamada doena silenciosa, vai fazendo o malzinho dela. (...) assim, o que a gente descobre o que ? Eles no sentem nada, so assintomticos. A maioria que chega, a gente j descobriu mesmo na rea. So pacientes assintomticos, quando eles descobrem no acreditam que tem hipertenso, eles no sentem nada, a presso vai ser verificada em uma, duas, trs vezes. (...) realmente, como voc vai passar uma dieta para quem s tem isso? Que dieta essa, no ? (...) porque se faltar aqui eles no podem comprar. 132. 132 Efeitosculturais/ familiarese socioeconmicos Efeitos Negativos: Medo da elevao da presso arterial, complicaes e morte Perda do sustento da famlia Preocupaes mltiplas com viso famlia A portadora como se fosse um peso Esto idosas e cansadas (...) o medo de a presso subir e ter uma complicao e vir a morrer. Muitas vezes, uma pessoa que tem uma vida ativa, que ajuda a sustentar a famlia, ento, so preocupaes mltiplas em relao a famlia de paciente hipertenso. (...) Para a famlia, muitas vezes, como-se fosse um peso, no ? Aquela pessoa que tem necessidade tal, mudando porque o paciente que hipertenso tem que est mudando a alimentao dele, mas, muita das vezes, a comida uma s, ento, no vai mudar s o hbito do hipertenso, vai mudar o hbito alimentar da famlia. Posicionamentos Efeitos Positivos: Aceitao da doena pela menor gravidade Adoo de atividades fsicas Incorporao novos hbitos alimentares Uso correto da medicao Efeitos Negativos: Isolamento da famlia Pouco influenciados Efeitos Neutros: Ignoram a doena No se preocupam (...) se eu fosse diabtica, sofreria mais, se eu fosse hipertensa, sei que meu futuro esse, levaria, dentro das limitaes, fazer atividade fsica, cuidar da alimentao e procuraria usar a medicao corretamente. (...) acho que isso mesmo em relao hipertenso, daria para fazer um controle, usaria um medicamento at para manter um nvel satisfatrio, o que interessa a toda clientela para evitar complicaes mais srias. (...) com isso, eu tive que me reeducar. Principalmente, com relao a alimentao. isto saudvel em relao a alimentao, em relao a atividade fsica, no e? At porque a gente sabe que isso a e importante no controle, ento, isso ai. (...) o uso correto da medicao, a dieta e a atividade fsica, mas, engraado, porque assim, a dieta e a atividade fsica s dependem deles e eles sempre, assim, e eles esquecem que no fazem essa parte, agora. (...) o uso correto da medicao, a dieta e a atividade fsica, mas, engraado, porque assim, a dieta e a atividade fsica s dependem deles e eles sempre, assim, e eles esquecem que no fazem essa parte, agora. (...) e, at as pessoas assim se excluem um pouco, j viu? Tm que se destacar um pouco da famlia porque se no est ligando mais para esse lado da hipertenso, porque os outros no fazem dieta, no ? (...) ento, muito complicada a situao da famlia de vocs, quando uma pessoa muito jovem, a famlia influencia, tenta influenciar mais porque, um jovem voc espera ter uma expectativa de vida maior, mas, a pessoa que j mais idosa muito complicada. (...) na minha famlia, a maioria hipertensa e todos levam no mesmo nvel, sem muita preocupao, eu acredito que eu tambm no ia ter essa preocupao, eu acho que s quando tivesse uma crise, quando se tem uma crise todo mundo corre para cima. (...) tem outros que no se preocupam, querem comer mesmo de tudo. No, l na minha rea, s vezes, o paciente no quer vir, ai o filho se preocupa para ele vir, com a alimentao, tambm. 133. 133 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE F - Tabela 5 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas classe 5, Corpus II FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS 2 FREQ. ach+ mud+ hipertenso+ vida hbito+ *catg_01 *gruf_02 *gruf_03 acha, acham, acho; muda, mudam, mudando, mudar; hipertenso; vida; hbito, hbitos; 37,37 74,74 7,86 15,78 58,54 40,79 7,96 34,12 23 18 17 13 11 48 8 25 134. 134 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE F1- Quadro 11 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas aos efeitos da HA na vida das portadoras, Classe 5, Corpus II Manifestaes/Descrio dos profissionais de sade sobre o controle pelas mudanas no estilo de vida Dificuldadesparaocontrole Caractersticas da doena: No doe No coa No cega No v No sente nada Altera a rotina: Passam mal Ir ao hospital Maneira de agir Alimentao Ausncia no trabalho Mudam o ritmo de vida Pessoas j idosas Abandono de vcios: Lentamente A abstinncia Desconhecem conviver com qualidade: Doena controlada Descrdito nas mudanas: Ningum muda de repente Mudana frente aos traumas difcil mudar hbitos Frente condio financeira (...) mesmo assim, voc no muda, muito difcil voc mudar. At porque a hipertenso no di, no coa, voc no pega, voc no v, no ? E muitas vezes, de um modo geral, voc no sente nada, ento difcil voc se conscientizar que voc tem que mudar seus hbitos para favorecer (...) por que? Porque eles vo passar mal, vo ter que ir para o hospital j que esto adoecendo mais.Toda mudana passiva de conflitos, indagaes se h necessidade daquilo ali realmente, mudana de hbitos de vida, essas mudanas, voc no consegue mudar a vida de uma pessoa de um momento para outro, uma coisa que tem que ser trabalhada. Ento, a mudana essa, que eu acho que interfere. Interfere, assim, porque eles mudam totalmente na maneira deles agirem no dia-a-dia, a alimentao, como ele falou. (...) isso, sem falar nas faltas, e outras conseqncias que vo ter em relao a ela, por conta de algum pico hipertensivo que ela venha a ter, pela sobrecarga das empresas, no ? (...) exatamente assim para poucos. De um modo geral, para a maioria, realmente, interfere. Eu acho que interfere. Interfere, muda o ritmo das pessoas, muda a vida das pessoas. (...) ento, acho que um transtorno a pessoa ter que mudar muito a sua vida, e as pessoas acabam dizendo, ah! Geralmente j est com certa idade, a, uma pessoa de certa idade j tem as manias dela (...) abstinncia, o que que acontece com a pessoa, o que voc sente, voc acha que fcil, tem que mudar paulatinamente, pouco a pouco? (...) ento, tudo o remdio. Eu acho que isso demonstra bem, assim, a falta de conscincia sobre a doena em si e a possibilidade que tem para melhorar sua qualidade de vida, mesmo sendo os portadores da doena. (...) tudo bem, voc sabe de tudo, mas, a pessoa no tem condio de absorver, de ter. complicado. Para as outras pessoas, acho a mesma coisa, a preocupao, pela minha experincia que tenho aqui, acompanhando hipertensos ou saber de algum, a primeira preocupao deles no faltar remdio (...) acho, que a maioria no adquire esse nvel de conscincia de que possvel viver bem estando com a doena controlada, no ? Eu acho que a volta para aquele primeiro ponto. (...) a mudana de hbito e difcil, mas, voc tem que ver uma coisa, ningum muda de uma hora para outra. Uma pessoa para mudar de uma hora para outra tem que ter um trauma muito grande, escapar por um pouco, ter sua vida por um fio, e voltar novamente. (...) s complementando, como profissional de sade, eu tenho duas preocupaes, primeiro, essa, o quanto difcil voc querer mudar o hbito dessas pessoas, no ? No s com o que ela est acostumada, como pela questo financeira, para aquisio dessas coisas. E a segunda, exatamente o outro extremo. Efeitos Psicossociais Efeitos Positivos: Vivem melhor Desaparecem as dores Dormem melhor Efeitos Negativos: Isolamento social Ficam dentro de casa S no bairro No trabalham Vida scio- familiar alterada E eles relatam que vivem melhor, que dormem melhor, que desapareceram as dores nas pernas, tudo ento. (...) eles vo botando esses empecilhos e terminam mudando a vida radicalmente, assim, no sentido de ficar s dentro de casa, ento s ali no bairro. Eles no trabalham, a vida social e at o familiar ficam alterados. Os familiares j comeam a no contar os problemas, que esto acontecendo (...) Posicionamentos Positivos: Limite prximo ao essencial Mudanas trabalhadas No interfere no trabalho No interfere socialmente Trabalho para convivncia com a doena Favorveis s mudanas Negativos: Difcil trabalhar com portador Interpretam serem normais Dificuldades de mudar hbitos (...) eu ia me limitar ao mximo, eu iria chegar bem prximo do essencial. (...) quero dizer que posso ter uma vida social, ter um trabalho. No modificou nada. No grupo familiar no modificou nada. Acho at um aspecto positivo em relao a ser portador de hipertenso, voc tem que trabalhar com isso. (...) so raras as pessoas que mudam rapidamente. , eu acho tambm que, a partir do momento em que o paciente sabe que portador de hipertenso arterial tem que ter bastantes mudanas, principalmente nos costumes, nos hbitos, nas maneiras de se comportar. (...) a, no se tem interferncia no trabalho, no tem interferncia na vida social, s pessoas geralmente, j no tinham essas dificuldades e a no interfere. No vai interferir porque voc j no tinha aqueles hbitos. E, a gente observa que j tem uns que esto procurando mudar os hbitos (...) difcil trabalhar com o hipertenso, para que a gente possa romper a barreira dessas mudanas que vo acontecer na vida dele. Para mim, eu acho que ia ser muito difcil, eu acho que eu tentaria mudar os hbitos, no ? (...) iria ter mudanas profundas porque tudo que fao o que desejo, sempre fiz. O meu temor no a morte a limitao parcial. Ns sabemos que a hipertenso faz isso, ela sobe descontrolada pela maneira de sua vida, fica sem poder caminhar, sem enxergar, sem poder falar. Na minha viso, seria assim, teria que mudar, mas, no seria fcil mudar de uma hora para outra (...). Acho que eles interpretam ser uma pessoa normal, mas, com grandes dificuldades, a partir de certos momentos, pela dependncia que, na viso deles, vo ter de outras pessoas, a maneira de como eles vo se alimentar, como j foi dito. 135. 135 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE G - Tabela 6 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas classe 7, Corpus II FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS FREQ. Fatores os do obesidade diabet+ genetic+ *catg_01 *gruf_01 fatores; os; do; obesidade; diabetes, diabtico; gentica, gentico; 22,93 20,60 17,87 103,34 25,46 84,18 44,48 126,13 21 17 15 11 10 9 46 45 136. 136 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE G1- Quadro 12 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas Descrio dos Fatores de Risco da HA, Classe 7, Corpus II Manifestaes/Descrio dos profissionais de sade sobre fatores de risco Efeitosculturaisescio/familiares Hbitos alimentares: Mudana da cultura alimentar Desobedincia teraputica Dificuldade de controle dos fatores de risco: Carga gentica Envelhecimento Maior idade Morte de familiares por doenas do corao Aumento da vida mdia Estresse Fumo Mulher fumante Sobrepeso Crianas hipertensas Vida sedentria (...) E um fator de risco. Eu dei um exemplo com os ndios, o aculturamento com o branco o que foi que deu. Na natureza eles no tinham problema de diabetes e de hipertenso e agora passaram a comer macarro, massas, outras coisas, os estresses do dia-a-dia, passaram apresentar hipertenso. (...) A gente tambm precisa de sal. Apesar do mdico dizer para o paciente hipertenso no comer sal ele precisa, o organismo precisa de sal tambm. Agora, o bom seria se ns tivssemos aquele sal natural que tirado da planta que no causa mal nenhum, no ? Aquele que os ndios usam. (...) falar um pouquinho sobre isso ai, esclarece, complementa, esclarece ai. E porque aqui d um branco. A gente estava falando do problema cardaco. Tem casos, eu estou vendo ai que a gente v na literatura. Vamos ver os exemplos, no ? Um caso que eu estou vendo dentro da minha famlia que no tem antecedente gentico, mas, que esto aparecendo os hipertensos e diabticos. (...) carregam os genes com os problemas tambm. No que sejam obrigatrios, mas, tem a predisposio tambm. Por exemplo, o problema cardaco uma coisa interessante, tem pessoas que se cuidam, no fumam, no bebem, no comem carnes vermelhas, apresentam problemas de corao e de presso. (...) os fatores tm esses problemas todos, mas, ai, mesmo voc vendo que a pessoa no fuma, no come aquela carne, no come gordura, faz sempre aquele exerccio todo e apresenta um problema de sade. (...) meu irmo jovem com quarenta e poucos anos, com diabetes e com hipertenso associada obesidade porque todo mundo era bem magro, bem magro mesmo, tudo magrinho, jovem magro e quando adultos esto todos com obesidade. (...) E ele tambm no fumavam, nem bebia, mas, comia, no tinha regime, comia a vontade. Todo mundo magro, nunca se preocupou em fazer dieta porque todo mundo era muito magro, mas, que esto aparecendo aos poucos. (...) na famlia do meu pai principalmente, quase todo mundo morre aos quarenta anos, quarenta e cinco com infarto. Na minha famlia tambm tem hipertensos e a hipertenso aparece exatamente depois dos quarenta anos. (...) A gente vai vendo o trabalho que eles fazem com os hipertensos, pelo menos os que chegam at a gente e contando ao agente da rea, tem mais mulher do que homem. (...) quer dizer a carga gentica, porque se ele tivesse predisposio para ele aparecer, pode aparecer com a maior idade, a pessoa vai envelhecendo, ai, tem gente que altamente normal e de uma hora para outra morreu do corao e hoje em dia a gente v que no precisa voc est doente do corao para morrer do corao.(...) tem no, cura no, tem controle com a medicao, tambm do estresse, da alimentao, do peso, ai tem o controle, mas, curar mesmo! No tem no. Agora, tem uns casos, vi tambm na revista veja, que tem a obesidade, aquela obesidade mrbida, eles eram hipertensos, mas, diminuram o peso, voltaram ao peso normal, fizeram uma dieta, os exerccios e deixam de ser hipertensos. (...) da televiso. E s comer e ficar parado. Ento, para levar a uma hipertenso mais cedo nas crianas. Esto detectando hipertenso nas crianas. Est havendo um estudo de diabetes tipo dois, no ? Os cinqenta por cento dos diabticos tipos dois aparecem por conta do aumento de peso da pessoa e trinta por cento por conta da falta de exerccio. (...) antes a gente tinha tudo assim, presso baixa, em torno de onze por seis, s vezes, dez por cinco e, de repente, depois dos quarenta anos apareceu. Agora isso, a gente tem que questionar se foi o hbito de vida. A gente era tudo magrinho e aumentou de peso tambm, teve mais estresses, ento, tudo isso vai contribuindo, os fatores todos. (...) um exemplo disso voc olhar para a comida indgena, que continua no hbito dela, natural, de caas, de pesca, de fazerem sua prpria comida. O ndio no tem problemas de obesidade, no tem diabetes, no tem hipertenso. O ndio se acultura com o homem branco e passa a comer a mesma coisa que o homem branco come, ento, ele acaba com esses problemas. (...) tem estudos mostrando realmente que hoje o nmero de mulheres cresce mais do que o dos homens, at pela questo da vida mdia, da mulher. Tem isso ai e tem tambm outros fatores, por exemplo: a mulher antigamente no fumava, hoje a mulher fuma, a mulher antigamente no tinha o estresse que ela tem hoje, hoje ela tem carga de trabalho dobrada. (...) tambm a criana no tem regime nenhum com relao dieta, come tudo, no tem regime nenhum, no tem dieta nenhuma. Saiu numa veja que as crianas esto apresentando a hipertenso porque quase todas esto com sobrepeso, so crianas com obesidade, so crianas que no fazem nenhum tipo 137. 137 Posicionamentos Negativos: Relao com o organismo-biolgico Fatores biolgico- sociais de difcil controle Positivos: Mudanas no estilo de vida Eliminar excesso de gordura Reduzir presso com tratamento de exerccio, passam o tempo na frente do computador, do videogame. (...) ento, est tudo relacionado ao organismo. Fica tudo relacionado uma coisa com a outra, no e? E assim, a literatura at mostra que dentre os fatores biolgicos esto os sociais que so os mais difceis at de serem controlados. (...) E que a me tambm, minha me apareceu, ela tem assim, hipertenso emocional, no ? Mas, tem diabetes ps-maternidade, mas, foi levada tambm pela obesidade porque ela era magrinha, uma pessoa com dezenove anos, com quarenta e trs quilos. (...) E, nesses casos, eles voltam at a serem, a deixarem de ser hipertensos, no ? Deixam de ser hipertensos, porque mudaram o estilo de vida, tiraram o excesso da gordura deles, at da obesidade e a presso deles voltou ao normal, mas, fazendo exerccios regulares e uma dieta para no aumentar mais o peso. 138. 138 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE H - Tabela 7 - Palavras em suas formas reduzidas e completas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 6, Corpus II FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS FREQ. cas+ filh+ deu+ filhos sab+ *catg_02 *gruf_05 *gruf_07 casa, casado, casada, casou; filha, filho, filhos; deu, deus; filhos; sabe, sabem, sabemos, saber; 57,31 36,39 30,39 66,50 4,48 34,01 48,86 22,11 27 12 12 11 10 44 23 19 139. 139 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE H1- Quadro 13 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas ao Impacto da HA na dinmica Familiar, Classe 6, Corpus II Manifestaes/Descrio das portadoras sobre a convivncia familiar Efeitosscio/familiares Convvio Familiar: Conflitos Dificuldades de tratamento no mbito familiar Problemas dos filhos Filhos drogados Tarefas domiciliais Apoio familiar: Consideram doena No fazem raiva Preocupao de andar sozinha Filhos ajudam no controle (...) ela est at l em casa agora, l, com vontade de ir embora. Estou pedindo a deus que ela saia. Tenho um filho que mora no planalto Uruguai e ele sempre me telefonam. (...) s o metr. Ele aquele que meu filho. o mais velho. Ele casado. Este o que resolve tudo dentro de casa. Ele ajeita tudo, fez minha casa, tudo ele vai comigo, recebe meu dinheiro, quando no , manda o filho dele, o filho. (...) mas, s vezes, elas perguntam como eu estou. E os meninos brigam porque eu gosto de sair para a casa de uma filha que mora na nova Teresina. (...) a, ele vm e a minha nora vai quase todo dia medir a presso dele e a minha. Em casa, sou s eu e ele e um neto que eu crio, um rapaz, mas, ele compreende que ns somos doentes. (...) l em casa eu moro s, meu marido morreu est com dois anos, duas filhas moram perto de mim, uma dum lado, outra no outro e eu bem no meio. (...) tem semanas que eu caminho trs dias, tem semanas que eu caminho quatro, cinco. Agora, esse ano tem um menino, meu neto, que o pai mora no Mocambinho e ele est comigo, mas, no final do ano ele vai para a casa dele. (...) eu fao caf bem cedo. essa que mora bem pertinho de mim, eu fao caf para ela, para o marido dela, o meninozinho e a filha. Fao o caf volto caminhando. ai, ela vai deixar o menino no colgio, quando eu chego l ela j vem chegando do colgio. (...) cuida mais do marido. Ai, sai de quitanda em quitanda, onde ele tem o costume de ir, para os quitandeiros no venderem bebidas para ele. S que ela j deu AVC uma vez e em vez de cuidar de si, no, de jeito nenhum. E os filhos trazem problemas para dentro de casa: brigam drogados e terminou ela se saindo e o marido esta ai. (...) meu marido tambm considera muito a minha doena. Ele compreende que uma doena mesmo e no me faz raiva, graas a Deus. Eu quase uma vez morri l em casa, eu sa assim. Eu estou sempre vindo aqui. Se ele sair eu fao tudo para ningum dizer nada porque se eu sair e a pessoa dizer ao menos desse tantinho, eu me perco. (...) ela quem se preocupa mais. Todo dia ela vai l em casa, porque uma calada s, quase, no ? Ai, ela vai e perguntar como que est velha? Eu digo: estou boa, estou melhor. (...) os meus filhos todos compreendem que eu tenho a doena. s vezes, eles brigam, porque eu gosto de sair. Quem se preocupa mais comigo a dona Nair, que mora parede e meia comigo. (...) tudo ele l em casa. Mas, se no ele, Jeov que me de dois filhos. Esse ai o mais velho dos dela e tem dois gmeos. (...) a, eles tm o maior cuidado comigo. Principalmente o mais velho que, ave Maria! Adoram-me, mas, o mais novo j casou, nem se preocupa porque vive para l. Mas, o mais velho se preocupa comigo demais. O marido e as filhas me ajudam no controle da doena. EfeitosPsicossociais Efeitos Positivos: F em Deus Nada acontece Filhos no trazem preocupao Efeitos Negativos: No pode discutir No pode ter raiva Descrena das pessoas (...) enquanto eu puder andar eu vou s. S no me preocupo muito porque a gente tem f em Deus e nada acontece, no ? Quando saio de casa j saio logo me apegando com Deus. (...) mas, graas a Deus que meus filhos no bebem. O nico filho que bebe, aqui, acol, mas, a cachaa dele s prejudica a ele mesmo, no diz nada dentro de casa. (...) quando eu comeo a discutir assim, com algum, dizem: mulher no vai discutir com ningum, olha a sua presso, voc sabe que no pode ter raiva. Tem gente que diz, ah! ela no tem nada, uma mulher nova dessa? Isso ai, no tem nada, s charme dela, chantagem para chamar a ateno. 140. 140 Posicionamentos Efeitos Positivos: No sa de casa com presso alta Andar a ps Andar desacompanhada (...) eu digo: quando vierem saber j estou no buraco, enterrada. Dona Nair tambm briga. Quando vou sair ela diz, j vai caminhar, no ? Gosta de caminhar. Vem que est tudo certo. Sabem que eu tenho a doena e no me aquieto. (...) s se for um caso necessrio. Eu nunca gostei de sair de casa e agora com a presso alta que eu no saio mesmo. Ento, s gosto de andar a p. (...) um dia o mdico perguntou, voc tem filho? No. E porque meus filhos no me acompanham, porque eu no gosto. Vai que no recupero, o que que eu vou fazer? No quero, prefiro ir s. L em casa tem dois elementos que se pudesse eu j tinha morrido, j tinha ido para o cemitrio. 141. 141 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE I - Tabela 8 - Palavras em suas formas reduzidas, com maior freqncia e valor de K 2 significativamente associadas classe 2, Corpus II FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS FREQ. tom+ cois+ as remdio+ vou hora+ dia+ deix+ esquec+ *Catg_02 *gruf_06 *gruf_07 Toma, tomando, tomar, tomava, tome, tomei; coisa, coisas; as remdio, remdios; vou; hora, horas; dia; deixa, deixar, deixei, deixo; esquea, esquecer, esqueo; 47,09 9,02 8,85 33,10 18,84 31,14 25,86 22,52 52,18 5,11 7,36 7,34 26 20 19 18 16 15 15 11 9 34 11 15 142. 142 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE I1 - Quadro 14 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas Ao tratamento e estilo de vida para o controle da HA, Classe 2, Corpus II Manifestaes/Descrio das portadoras sobre o tratamento e controle da Hipertenso Arterial PosicionamentosNegativos No toma medicamento: Esquece horrio por preocupao Esquece horrio por ocupao Medo de chocar os horrios No alimentao J passou o horrio (...) eu no tomo quando me esqueo na hora, eu tenho medo de encontrar o horrio, no ? Porque eu tomo de manh cedo em jejum ou depois do caf eu tomo. (...) s tomo de noite. Na hora que eu sei que vou sair e no no horrio de tomar o remdio, eu levo para tomar. s vezes, por causa da preocupao que eu no tomo na hora, me esqueo. (...) s vezes, quero me levantar e tomar logo. A, fao uma coisa, outra, vou escovar os dentes, fazer isso, fazer aquilo e tudo, depois tomar o caf, a, nesse continente me esqueo de tomar o remdio, no momento, mas, no todo dia, l uma vez. E! Eu no gosto de caf, no tomo caf, quando eu tomo um cafezinho bem cedinho, s vezes, quando vou tomar caf com um pedao de cuscuz, com outra coisa, s dez horas, para poder tomar o remdio. (...) s isso que eu tenho, a eu j sei. Mas, meus remdios, antigamente eu no tomava, no. Tomava, no era acostumada, agora, eu s tomo na hora, aps o caf eu tomo. (...) a, eu passo o dia todinho fazendo as coisas, vou buscar menino na escola. A doutora me proibiu de caminhar porque eu j estou caminhando bastante. Eu pego essa aqui, na escola So Jos e levo para casa, se ela quer ficar eu deixo, se ela no quer ficar eu levo para a escola. (...) a, se eu sair nesse horrio que eu no tomar, eu chego por acaso s onze horas, s treze horas, eu no tomo porque j passou do horrio. (...) todo dia tomo no horrio certo. Eu s tomo um por dia. Agora, a mame toma trs por dia, o remdio que toma para o AVC. Ela estava at falando para a Ftima, que est tomando remdio demais. Ela tem que falar com o mdico para diminuir esse remdio, pelo menos, o de oxignio do crebro. (...) porque seno voc nunca se cura. Se eu fosse assim, eu no sei, porque se eu lhe contasse a minha historia todinha, de doena, leva um dia. (...) ela no toma. A, ela veio. E, agora, a filha esta em cima, direto, recebeu o AAS. A, outro dia foi l em casa, para saber porque ela no tinha recebido o remdio. Relacionadas Como contrair a doena Associa a outras doenas Tratamento alternativo para cura das doenas (...) ah! Para as outras pessoas, se elas no sofrem da doena elas acham que, como que diz, pode chegar a elas, e sofrerem a mesma coisa. (...) com quatro anos de idade que sofro dessa doena! Est entendendo? Tinha quatro anos de idade, antigamente, as coisas eram tudo diferente. Curava-se com palavras, se curava com remdio do mato, com raiz de pau, antigamente, a aconteceu um dia, meu pai me viu com isto assim meio grosso, tireide, a, ele mandou um pessoal ensinar que era para ele mandar uma pessoa, aqui. EfeitosPsicossociais Efeitos Negativos: Insegurana Medo da morte pela ausncia do remdio Tenso pelo uso incorreto do remdio Efeitos Positivos: Reage doena Assume as tarefas dirias (...) e eu gosto de fazer, gosto de ir para o interior, trabalhar de roa. s vezes, eu levanto cedo, sem caf, sem coisa nenhuma. Porque eu chego no horrio do caf, porque no horrio do caf, mesmo que eu no tome caf, eu levanto cedo. Todo mundo fica dormindo na casa da comadre e eu trabalhando e quando dar onze horas eu venho embora. (...) a, pronto! Mas, meu Deus me leva. Eu a, chegava l, fazia minha fisioterapia, tudo direitinho, eu ia embora, se no pudesse mais tomar porque tinha passado o horrio. (...) para mim, eu acho que uma doena muito perigosa. Eu tomo remdio todo dia. Eu tomo dois comprimidos, um de manha outro de noite. E ainda tomo AAS. Correndo risco de morrer qualquer hora se esquecer do remdio, morre, j foi! (...) ele est apavorado de domingo para c. A primeira coisa que ele disse ontem a doutora foi que nunca mais deixa de vir, nem de tomar o remdio. (...) a, eu a com aquela impresso. Eu digo, meu Deus do cu! Se der alguma coisa por a, eu vou morrer porque eu no tomei o remdio, ou ia acontecer alguma coisa. (...) muito ruim porque tem dia que estou ruim, no posso fazer nada, mas, tambm no dou bolas, levanto-me, vou fazer uma coisa, no deixo a doena me pegar. (...) Nesse momento ele sentiu que a doena existe, o dia dele melhor tinha sido exatamente antes, e ele veio convencido ontem, aqui, porque agora ele estava sentindo alguma coisa. (...) eu me sinto, graas deus, eu estou indo bem, no ? Porque estou tomando meus remdios, estou bem controlada. A, se eu no tomar, j viu. Tenho que tomar na hora certa. s vezes, eu me esqueo. Tem vez que eu vou para o hospital do Bueno Aires. Eu sa e me esqueci de tomar o remdio. 143. 143 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE J - Tabela 9 - Palavras em suas formas reduzidas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas classe 3, Corpus II FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS FREQ. Comid+ Com+ Sal Gordura+ Gost+ Diz+ Vou Diss+ Bot+ Fa+ *catg_02 *gruf_04 *gruf_06 Comida, comidas, comido; Comerem, comes; coma, comem, comer; Sal; Gordura, gorduras, gordurosa; Gosta, gostam, gostar, gostava, gostei, gosto, gostoso; Diz, dizem, dizer, dizia; Vou; Disse, disso; Bota, botam, botar, botas, botei, boto; Fao; 187,30 76,16 96,72 87,01 52,96 4,01 4,81 7,11 11,69 8,94 6,01 29,81 17,72 42 38 26 23 21 14 13 10 10 9 41 18 16 144. 144 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE J1 - Quadro 15 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas aos Hbitos Alimentares para o controle da HA , Classe 3, Corpus II Manifestaes/Descrio das portadoras sobre hbitos alimentares para controle da Hipertenso Arterial Dificuldadesparaasmudanas Hbitos alimentares para controle: Pouco sal Pouca gordura Comer verdura Comida sem gosto botar sal Dificuldade para mudanas nos hbitos alimentares: Falta dinheiro para comprar verduras No se faz comida separada Diminui o sal Comer outras coisas (...) como mais essas coisinhas, pouquinhas, s um pedacinho de bife, um arroz branco, a, pronto. As outras comidas eu no como no, nem gordura, nem salgado. Verdura, eu no gosto no, fao tudo, eu no sinto nada, nem dor de cabea, nem dor no corpo, nem nada. No, de jeito nenhum, ali, antes de eu tomar os remdios, quando eu no tomava me sentia, mas, a, depois eu no sinto mais nada. A gente precisa botar um pouquinho de sal porque sem gosto demais. A minha irm, s vezes, faz a maior briga, l em casa. Eu fao qualquer coisa ali, eu frito alguma coisinha simples ou boto caldo de feijo, eu boto um pouquinho de sal e misturo aquela comida para ter um pouquinho de sal. Eu tenho que separar, eu tenho que fazer diminuir aquilo para mim. Interfere, neste sentido eu acho que interfere. Pelo menos assim, para que no haja problema, esse negcio da comida tem que ser sem gordura, sem o sal. Para que a pessoa se sinta melhor, viva melhor, voc diz mesmo, voc pega, faz separado, ou ento, no come aquilo e pronto. A comida que eu mais gosto de comer e posso comer mesmo o feijo misturado com arroz, bem leve de sal e gordura, s posso comer verdura, mas, quando no tenho dinheiro para comprar eu no compro. Isso conversa de doutor. Se voc for atrs disso, vai morrer mais depressa. assim que vem a doena na gente, so mesmos, os familiares. Ah! Em casa, eu fao a comida fria de sal, sem gosto, eles vo e pegam o sal e botam na comida e comem. Na comida deles. Ou ento, no se faz a comida separada, diminui o sal, a gordura e acha que a comida est boa para ele, para o hipertenso. Mas, a, a gente acaba comendo outras coisas que teoricamente no deveria comer como salgados, lanches, mas, eles comem tanto bolinhos assados, e tal, e vo comendo tudo. (...) a eu disse assim, a senhora come alguma coisa de fritura? No como sal, no, como uma coxinha e tomo um refrigerante, toda noite. A, ento, est tudo explicado porque a sua presso est alta. porque a coxinha, quando ela frita fica cheia de gordura, encharcada. 145. 145 EfeitosPsicossociais Efeitos Positivos: Dieta constante por medo do derrame Familiares esto se acostumando Aceitao pouco sal, pouca gordura No se pode exagerar Dieta desde cedo Sem frituras Efeitos Negativos: Reduzir alimentao No comer o que gosta Retirar gordura Comer escondido No dormir com fome A minha av teve um infarto, ainda muito nova, e nunca tinha tido hipertenso, mas, ela tinha problema de tireide, o talvez tenha gerado o infarto e a, por conta disso, minha filha, ela vivia numa dieta, mas (...) aquele jantar, oh! Mas, tem tanto sal! No fala assim! (familiar) Est tudo salgado, ento! E eles esto se acostumando tambm, de pequeno, com pouco sal e gordura por causa disso. (...) porque eu, l em casa, a gente no come comida salgada, l em casa sem gosto. Mas, j lhe digo, meu patro, ele come muita gordura. (...) comer eu como, s no como nada com gordura e sal, porque eu nunca gostei mesmo! No gosto. E a, eu evito, eu tiro a gordura todinha e fao meu piro com verdura e como mesmo. (...) l em casa comeou-se desde cedo, com pouco gordura, a fritura quase no tem. A comida toda com pouco sal. Ai, s vezes, quando eu estou com pena, fao menos ainda. A alimentao eu no me preocupo que fria de sal e sem gordura, eu mesma fao. Quando vou para outros lugares no posso exagerar, eu j estou sabendo, assim, de no comer muita comida, porque as comidas desses lugares so todas, assim. (...) quer dizer, eles tm que comer escondido da famlia, comprar e deixar l e ficar comendo escondido, no, ? E dizem para os filhos que s comem um pedacinho, vo botar s um pouquinho, a, do a comida, eles pegam e colocam o leite de coco. E ela comia muito. Ela gostava mesmo daquela gordura. E eu, Ave Maria! E eu brigando todo tempo! Comia era muito. Ela no tinha presso alta, ela comia essas comidas. (...) elevando o colesterol, depende de organismo para organismo. Tem gente que come aquela gordura todinha, mesmo que no esta comendo nada. Depende, quero dizer que no adianta voc querer brigar contra seu organismo, se tiver que apresentar os sintomas, se tiver que ter a doena ir ter (...). Eu no como panelada tambm, minha comida bem pouquinha, tambm. Eu gosto de fazer l em casa, mas, para a famlia eu sou uma pessoa normal, como sempre! Mas, de comer o cozido com verdura (...). Eu retiro a gordura e fao meu piro, muitas vezes, e como, e dou valor. Eu mostrava para minha av que ela estava comendo queijo escondido. Porque ela enchia os bolsos e deixava l dentro. Ela comia mesmo, escondida. (...) ele vai ao saleiro e bota no prato dele. Ai, eu digo: o sal faz mal, faz e matar. Ele diz, faz nada de mal e come, vai buscar mais sal e bota na comida, no est ligando. Eu mesma como arroz e feijo, o que tiver de noite, eu como. Tudo bem, eu no vou exagerar, mas, dormir com fome eu no durmo nada. 146. 146 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE L - Tabela 10 - Palavras em suas formas reduzidas, com maior freqncia e valor de 2 significativamente associadas Classe 4, Corpus II FORMAS REDUZIDAS FORMAS ASSOCIADAS FREQ. presso+ gente doena+ fic+ pod+ problema+ cabea doente+ med+ preocup+ control+ pens+ sent+ tenh+ interfer+ sint+ cuid+ alter+ boa+ *catg_02 *gruf_04 *gruf_05 *gruf_06 *gruf_07 presso; gente; doena, doenas; fica, ficam,ficar, ficava,fico; pode, podem, podemos, poder, podia; problema, problemas; cabea; doente, doentes; mdica, mdico, medir, medo; preocupa, preocupao, preocupar, preocupada; controla, controlada, controlando, controlar; pensa, pensam, pensando, pensar; sentado, sentar, sente, sentem, sentia, sentiam, sentir, sentissem; tenho, tenham; interfere, interferncia, interferir; sinta, sinto; cuida, cuidando, cuidamos, cuidado, cuidar, cuido; altera, alterao, alterada, alteramos, alterar, alterava; boazinha; 35,95 16,58 33,30 24,48 8,25 21,06 71,58 38,63 23,16 6,68 12,41 52,78 23,33 4,58 7,12 23,92 7,57 12,12 9,05 108,28 19,27 12,35 4,55 35,62 43 40 39 33 27 26 23 22 21 21 21 19 18 18 15 14 11 9 9 97 21 25 16 35 147. 147 MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO PROGRAMA DE PS-GRADUAO MESTRADO EM ENFERMAGEM APNDICE L1 - Quadro 16 - Unidades de Contexto Elementar relacionadas aos Sentimentos das portadoras relativos HA , Classe 4, Corpus II Manifestaes/Descrio das portadoras sobre os sentimentos relativos a Hipertenso Arterial POSITIVOS A doena no interfere: Aceitao Felicidade Confiana Fcil de cuidar Controle Solidariedade Tolerncia Aprendizado (...) no, eu acho que a presso alta no interfere tanto, porque graas a deus eu hoje me sinto muito feliz pela presso. Eu acho que no interfere tanto e interfere porque doena mesmo. (...) porque a gente se preocupa mais voc e vai ficar mais doente ainda. Somos doentes sim, ns temos esse problema sim, mas, vamos botar na cabea que somos grandes e fica mais fcil cuidarmos dela (...). Eu digo assim, mesmo no estando com a presso alta, no , porque a doena tem hora que ela tem presso alta, tem hora que ela no tem. (...) mas naquele momento que alterar, pense em controlar aquilo ali, porque se voc controlar aquela emoo que voc tem. Voc controla o problema de sua presso. Eu aprendi muitas coisas, convivendo dentro de casa com meus filhos, porque quando eu sentia alguma coisa, que a presso alterava, eles diziam assim, me tente controlar a emoo, cuidado com a sua presso. (...) tem que demorar um pouco, que se a gente continuar arriscado a gente cair e pior. (...) explique direitinho o que est acontecendo que isso pode fazer bem para voc. Se voc encontrar uma pessoa bem acol com presso alta, est sufocada, est nervosa, tente conversar com ela. NEUTROS A doena pode interferir: Pouco No precisa mudanas No afastamento das atividades (...) ou est sentindo tontura, que se sentiam impossibilitados de fazer alguma coisa. Ai, assim eles, a interferncia maior, mas, se no, a interferncia que chega assim, pouca, eles continuam fazendo tudo, at que eles tenham alguma coisa forte, um impacto forte na presso, seno, no mudam muito. 148. 148 NEGATIVOS Interferncias: No trabalho Doena ruim Insegurana Limita as emoe